desenvolvimento de mudas prÉ-brotadas (mpb) de cana … · marcelino, lucas mingoranse; relva,...

43
UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Engenharia Agronômica Lucas Marciano Relva Lucas Mingoranse Marcelino DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA-DE-AÇÚCAR EM DIFERENTES VOLUMES DE TUBETES E SUBSTRATOS LINSSP 2019

Upload: others

Post on 18-Jan-2021

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Engenharia Agronômica

Lucas Marciano Relva

Lucas Mingoranse Marcelino

DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA-DE-AÇÚCAR EM DIFERENTES

VOLUMES DE TUBETES E SUBSTRATOS

LINS–SP

2019

Page 2: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

LUCAS MARCIANO RELVA

LUCAS MINGORANSE MARCELINO

DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA-DE-

AÇÚCAR EM DIFERENTES VOLUMES DE TUBETES E SUBSTRATOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, do curso de Engenharia Agronômica sob a orientação Prof. Dr. Carlos Suguitani e orientação técnica do Prof. Me. Thiago Flávio de Souza.

LINS-SP

2019

Page 3: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano

Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em diferentes volumes de tubetes e substrato / Lucas Mingoranse Marcelino; Lucas Marciano Relva – – Lins, 2019.

43p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Engenharia Agronômica, 2019.

Orientadores: Carlos Suguitani; Thiago Flavio de Souza 1. Cana-de-açúcar. 2. Mudas pré-brotadas. 3. Tubetes. 4. Substrato

I Título. CDU 631

M263d

Page 4: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

LUCAS MARCIANO RELVA

LUCAS MINGORANSE MARCELINO

DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA-DE-

AÇÚCAR EM DIFERENTES VOLUMES DE TUBETES E SUBSTRATOS

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para

obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agronômica.

Aprovada em:___/____/_____

Banca Examinadora:

Dr. Carlos Suguitani

Titulação: ___________________________________________________________

___________________________________________________________________

Assinatura: _________________________________________

Nome (Banca 1)

Titulação: ___________________________________________________________

___________________________________________________________________

Assinatura: _________________________________________

Nome (Banca 2)

Titulação: ___________________________________________________________

___________________________________________________________________

Assinatura: _________________________________________

Lins – SP

2019

Page 5: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

A todos que direta e indiretamente nos apoiaram e sustentaram

nosso animo para que conseguíssemos concluir com êxito mais

uma etapa de nossas vidas. Aos professores do curso de

Engenharia Agronômica e demais funcionários do

UNISALESIANO LINS.

DEDICAMOS.

Page 6: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

AGRADECIMENTOS

A Deus e seu único filho, Jesus Cristo.

Aos familiares. Aos nossos professores que nos prepararam para cada etapa que

passaríamos durante o curso. Ao nosso orientador e coordenador do curso por

perseverar e confiar em nossa capacidade.

Com afago, nosso obrigado.

Page 7: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

RESUMO

A cana-de-açúcar é cultivada em diferentes regiões do mundo, sendo que no Brasil

desde a sua introdução tem se expandido e ganhando importância econômica.

Existem quatro sistemas de plantio, cana inteira, picada, mini toletes e Mudas Pré-

Brotadas (MPB). A utilização do MPB tem aumentado no setor sucroenergético em

função da sanidade, pois a proposta dessa técnica é produzir mudas livre de pragas

e doenças. Mudas bem desenvolvidas também é outra característica desejada e ainda

há muitas dúvidas em relação ao melhor substrato e tamanho de tubete a se utilizar.

Em função disso esse trabalho buscou verificar o desenvolvimento (altura, diâmetro,

massa seca e fresca da parte aérea e raízes) das mudas com uso de dois substratos

(torta de filtro com bagaço de cana e o Carolina II) e dois volumes de tubetes (136 e

180ml). O experimento foi conduzido na área da Usina Cafealcool, município de

Cafelândia, seguindo os padrões comerciais de produção de MPB, sendo

delineamento utilizado o de blocos casualizados. Observou-se que as diferenças no

desenvolvimento estavam mais relacionadas ao tipo de substrato, sendo o Carolina II

o que apresentou os melhores resultados. Os valores encontrados em relação ao

volume do tubete não foram diferentes estatisticamente para altura e diâmetro de

plantas nas diferentes medições, existindo diferenças somente na massa fresca e

fresca da parte aérea e fresca das raízes.

PALAVRAS-CHAVE: Cana-de-açúcar. Mudas Pré-Brotadas. Tubete. Substrato.

Page 8: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

ABSTRACT

Sugarcane is grown in different regions of the world, and in Brazil since its introduction, it has expanded and gained economic importance. There are four systems of planting, whole cane, chopped, mini toletes and pre-budded seedlings (MPB). The use of MPB has increased in the sugar-energy sector due to the sanity, since the proposal of this technique is to produce seedlings free of pests and diseases. Well-developed seedlings are also another desired characteristic and there are still many doubts regarding the best substrate and size of tube to be used. This work aimed to verify the development (height, diameter, fresh and dry mass of shoots and roots) of the seedlings using two substrates (filter cake with sugarcane bagasse and Carolina II) and two volumes of 136 and 180ml). The experiment was conducted in the area of the Cafealcool Plant, in the municipality of Cafelândia, following the commercial standards of MPB production, and a randomized block design was used. It was observed that differences in development were more related to substrate type, and Carolina II presented the best results. The values found in relation to the volume of the tube were not statistically different for height and diameter of plants in the different measurements, existing differences only in the fresh and fresh mass of the aerial part and fresh of the roots. KEYWORDS: Sugarcane. Pre-sprouted seedlings. Tubete.

Page 9: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Colheita das canas para extração de mini rebolos ..................................... 24

Figura 2: Corte dos minis rebolos com a guilhotina elétrica ...................................... 25

Figura 3: Possíveis danos no mini rebolo .................................................................. 25

Figura 4: Imersão com fungicida authorit .................................................................. 26

Figura 5: Mistura de torta de filtro com bagaço branco ............................................. 26

Figura 6: Etiqueta de identificação de tratamentos ................................................... 27

Figura 7: Estufa de pré-germinação .......................................................................... 27

Figura 8: Medição da altura ....................................................................................... 28

Figura 9: Avaliação do diâmetro do caule ................................................................. 29

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Fases da produção de MPB ..................................................................... 17

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Diâmetro de colo (mm). ............................................................................. 31

Tabela 2: Análise do diâmetro das plantas separando o efeito do substrato e do

volume de tubete nas avaliações. ............................................................................. 31

Tabela 3: Altura da planta (cm). ................................................................................ 32

Tabela 4. Análise dos tratamentos separando o efeito do substrato e do volume de

tubete nas alturas das mudas. .................................................................................. 32

Tabela 5: Massa fresca da parte aérea das mudas nos diferentes tratamentos. ...... 33

Tabela 6: Massa seca da parte aérea das mudas nos diferentes tratamentos. ........ 33

Tabela 7: Massa fresca das raízes nos diferentes tratamentos. ............................... 34

Tabela 8: Massa seca das raízes nos diferentes tratamentos................................... 34

Page 10: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

Tabela 9: Pesagem das Massas (Frescas e Secas), raízes...................................... 34

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

C4: Metabolismo da cana, considerada altamente eficiente na conversão de

energia radiante em energia química;

CO2: Monóxido de Carbono;

DAP: Dias após plantio;

MPB: Mudas pré-brotadas.

GLOSSÁRIO

Cantosi: Termo utilizado para os viveiros cultivados em um canto das áreas (cerca de

20% do espaço) as quais serão reformadas e que se encontram distantes da área de

fornecimento de cana-muda. Assim, passa-se a ter muda próximo ao local do plantio

comercial. As mudas são plantadas com entrelinhas de 1,50m.

Folha +1: De acordo a CASAGRANDE(1991), a partir da enumeração de Kuijiper, a

Folha +1 consiste na primeira folha de cima para baixo do talo com barbelas.

Meiosi: O método consiste em intercalar culturas de interesse econômico e/ou

agronômico com o canavial para reduzir custos de implantação, melhorar o sistema

de logística e promover a melhora do local de cultivo (condições químicas, físicas,

biota e microbiota do solo).

Mini rebolo: São mudas pré-brotadas produzidas através do corte da cana.

Rebolo: Pedaço de cana com dois ou mais brotos, usado no plantio.

Page 11: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 12

2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................... 13

2.1 Cultura da Cana de Açúcar ............................................................................ 13

2.1.1 Plantio ............................................................................................................. 14

2.1.2 Mudas Pré-Brotadas ....................................................................................... 16

2.2 Substratos ...................................................................................................... 18

2.3 Tubetes ........................................................................................................... 19

2.4 Pragas e doenças da cana-de-açúcar ............................................................ 19

2.4.1 Broca e Bicudo da Cana-de-Açúcar ............................................................... 20

2.5 Doenças ......................................................................................................... 20

2.6 Tratamentos De Mudas .................................................................................. 21

3 MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 23

3.1 Conhecimento da Área Experimental............................................................. 23

3.2 Tratamento e Delineamento Experimental ..................................................... 23

3.3 Avaliações ...................................................................................................... 28

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 31

5 CONCLUSÕES .............................................................................................. 36

6 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 37

Page 12: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

12

1 INTRODUÇÃO

A cana-de-açúcar é uma Poacea cultivada ao longo da história por várias

regiões do planeta. Desde sua introdução no país, a cultura vem se expandindo em

área e ganhando cada vez mais importância econômica. Em 2003, o lançamento dos

carros flex fuel fez com que o mercado sucroenergético acelerasse e o país produzisse

cerca de 520 milhões de toneladas, no ano de 2007, visando atender a demanda de

álcool hidratado (NOVACANA, 2008). De acordo com o IBGE (2019), a produção

atingida no ano de 2018 foi de 674.178.718 milhões de toneladas solidificando

aumento de área plantada.

SANTOS; BORÉM (2016) citam que existem quatro sistemas de plantio, cana

inteira, picada, mini toletes e mudas pré-brotadas (MPB). O sistema de plantio de

mudas pré-brotadas é uma técnica que foi criada pelo IAC – Instituto Agronômico –

visando a sanidade do material inserido ao gerar um novo canavial, uma vez que o

material propagativo deve ser idôneo e livre de pragas e doenças, as quais geram

perdas significativa.

Na produção de mudas existem muitos aspectos que influenciam a qualidade

e vigor, podendo-se citar os tubetes em que as mudas serão plantadas e o substrato

utilizado, isso pode acarretar vantagens ou desvantagens ao produtor, visto que tal

elemento reflete diretamente no custo de produção e desenvolvimento das mudas.

A escolha de um recipiente que não seja adequado à necessidade da muda

pode ser economicamente viável, contudo, pode levar a problemas como assimetria

entre raiz e parte aérea da planta, desidratação e deformação radicular, demandando

futuramente taxas elevadas de replantio. Por ser uma técnica ainda recente existem

poucas informações quanto ao volume ideal do tubete para produção de mudas e

necessita de aprimoramentos, dessa forma o presente estudo visa avaliar o

desenvolvimento do MPB em diferentes volumes de tubetes e substratos.

Page 13: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

13

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Cultura da Cana-de-Açúcar

Com relatos do uso da cana-de-açúcar antes de Cristo, no decorrer do tempo

e descobrimento de novas terras e formas de cultivo, tornou-se uma cultura de

importância mundial agregando no desenvolvimento e evolução do ser humano,

demandando mão de obra na área tecnológica e geração de produtos e subprodutos.

A cultura da cana-de-açúcar tem como centros origem o sudeste da Ásia e índia

ocidental, a partir dessa região a cana foi disseminada para outras partes do mundo.

No século XI e XII o açúcar chegou à Europa propagando seu uso e comercio. A cana

chegou à América na segunda viagem de Cristóvão de Colombo (BASTOS, 1987;

CRUSCIOL, 2016).

No Brasil, em 1522, Martin Afonso de Sousa trouxe da Ilha da Madeira para a

Capitania de São Vicente cana do primeiro plantio em terras brasileira, dando início

aos primeiros engenhos de São Jorge, Capitania de São Vicente, e de Nossa Senhora

da ajuda, Capitania de Pernambuco (BASTOS, 1987).

De grande importância para o desenvolvimento do Estado de São Paulo,

antecedente à época da mineração, o cultivo expandiu ao ponto de atingir potencial

para exportar açúcar a Java, sendo uma das principais fontes de renda do país, assim,

tirando o foco principal da extração de Pau Brasil (CASTRO; KLUGE, 2001).

De hábito ereto e ciclo perene, o seu desenvolvimento é delimitado em função

da deficiência hídrica ou temperaturas baixas. A formação dos perfilhos é em forma

de touceira e planta, obtendo grande capacidade fotossintética (EMBRAPA, 2012).

Pertencente à família das Poaceae, a cana-de-açúcar obteve sucesso no Brasil

devido ao seu potencial produtivo e adaptação climática a diferentes regiões do país.

De acordo a UMEBARA (2010), demonstram melhor desenvolvimento submetido à

radiação solar e estação chuvosa com sucessão de período seco e menor onda de

raios solares.

Eficaz em conversão de energia radiante em energia química, o metabolismo

C4 que se faz presente na cana-de-açúcar, torna a planta mais efetiva na bioconversão

de energia, podendo ser afetado por fatores ambientais como luz, água, concentração

de CO2, temperatura e nutrientes. O mecanismo possibilita fixar o CO2 gerando

Page 14: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

14

menores perdas de água, utilizando-a de maneira mais eficiente. Dessa forma, mostra

viabilidade de expansão da cultura para outras regiões (MAGRO et al. 2011).

A evolução da produtividade de cana-de-açúcar (por hectare), nos últimos

anos no Brasil, chama atenção para o fato de que, no ano de 2006, a região sudeste

destacava-se com 80.000 kg/ha. Neste período, a região sul produzia 70.000 kg/ha.

A safra de 2011 reduziu a produtividade chegando a cerca de 60.000 kg/ha, em todas

as regiões. Já no ano de 2018, demonstrou estabilidade de produção entre 60.000 e

70.000 kg/ha para todas as regiões, exceto à região nordeste, a qual se encontra com

cerca de 50.000 kg/ha. No estado de São Paulo, em 2005, a área colhida de cana-de-

açúcar era de 3 milhões de hectares. Com o aumento do consumo de produtos

provenientes da cana e o surgimento de novas usinas esse valor foi elevado a 4.8

milhões de hectares no ano de 2017/18. (CONAB, 2018)

2.1.1 Plantio

Os portugueses adotaram o plantio de cana-de-açúcar em larga escala no Brasil

por dominarem métodos de cultivo. O clima, solo e alta lucratividade do açúcar foram

os aspectos responsáveis para que se tornasse uma monocultura de interesse

comercial. Neste período, a maneira de trabalho era totalmente manual e o comércio

de escravos africanos gerava lucro ao governo português (CAVALCANTI, 2018).

O plantio da cana inteira é o método pioneiro de propagação da cultura. A qual

se tornou uma das principais culturas cultivadas, necessitando de grandes

quantidades de mão de obra e de cana. Sendo utilizada em plantio manual e picado

em rebolos de aproximadamente 50 cm, após introduzidas no sulco. Outro método é

cana picada, constituída de 3 a 5 gemas, o corte é efetuado por meio de máquinas,

ou manualmente em viveiros. O terceiro método são minis toletes são gemas únicas

de 5 cm que permitem um melhor controle fitossanitário. Seu sucesso está ligado a

boas condições edafoclimáticas por não haver grande quantidade de reserva nutritiva

(SANTOS; BORÉM, 2016).

O plantio manual carece de uma sucessão de etapas que se tornaram inviáveis

devido à escassez de mão de obra. O corte manual de mudas possibilita melhor

seleção do material, entretanto, baixo rendimento de área. O carregamento para

caminhões canavieiros era auxiliado por maquinário denominado motocana,

coletando aglomerados e dispondo, de forma a não ocasionar danos mecânicos, às

Page 15: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

15

mudas. Os caminhões transportavam de 10 a 15 toneladas e trafegavam em baixa

velocidade para não acarretar compactação. Empregavam-se colaboradores

dispersos nas linhas e na carroceria do caminhão, realizando a distribuição nas linhas

de plantio. Outro processo que demanda mão de obra é a retampa, a qual era

realizada manualmente, após a cobrição da muda, feita com implemento (TEIXEIRA,

2016).

Com o aumento da operação mecanizada e a proibição das queimadas, os

produtores adaptaram-se à nova realidade. Atualmente, podem ser citados os

espaçamentos: alternados, duplo alternados e simples, devido possibilitarem um

manejo na palha da cana, nos tratos da soqueira, plantas daninhas e maior

aproveitamento na área plantada, aperfeiçoando a colheita mecanizada (UDOP,

2016).

No plantio mecanizado, as colhedoras de muda são responsáveis pela colheita

e corte, eliminando a mão de obra utilizada no processo manual. Adaptadas para não

causar danos mecânicos às gemas. O rendimento e operação variam conforme o

maquinário, disponível ou acessível, podendo ser feito em etapas separadas com

esparramadeira ou com a plantadora, a qual realiza as operações simultaneamente

(PESSAN; SCARTOZZONI, 2012).

Dificuldades de adaptação, exposição de mudas no sulco, danos às mudas, o

excesso ou falta de material propagativo e falhas no plantio, resultaram em inovação

em técnicas de multiplicação, agregando economia operacional e melhor

aproveitamento de área, empregando menor número de funcionários, possibilitando a

realização do plantio em épocas mais secas (TEIXEIRA, 2016).

Um dos sistemas de plantio de viveiros que visa a formação de um canavial

sadio através do uso de MPB é a cantosi. Esse método possui distribuição espacial

diferente ao introduzir as mudas em campo, onde uma parte é escolhida para

implantação de MPBs. Esse sistema permite o uso de 1 hectare de cantosi, para

formação de 4 hectares, possibilitando a introdução de adubos verdes como

amendoim e soja no restante da área (CHERUBIN 2017).

A cantosi pode ser instalada em áreas de reforma distribuído em uma área com

20% de MPB e 80% de leguminosas. Produzindo mudas sadias para o próximo ano e

reduzindo custo com aquisição de MPB para área comercial total (INFORMATIVO

PRODUTOR, 2016).

Page 16: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

16

A meiosi (método Inter rotacional ocorrendo simultaneamente) não era vista

pelo setor sucroalcooleiro como medida viável a ser instalada. Com o surgimento e

sucesso em questão de sanidade, vigor e identidade genética das mudas pré-brotadas

lançada pelo IAC, a técnica voltou a ser explorada (COPLANA, 2017).

No plantio, o caminhão passa por meio das linhas depositando as canas para

distribuição em sulcos. O espaçamento utilizado para meiose difere do plantio

comercial, havendo distanciamento maior nas entrelinhas, possibilitando a realização

do plantio de adubo verde (XAVIER, 2014).

Para implantação do sistema de meiosi é necessário rigoroso

acompanhamento técnico, todavia, possui benefícios como: maior vigor e sanidade

das plantas, menor consumo de gemas e redução de maquinários (DOLLEVEDO,

2016).

A revista RPANEWS (2017) publicou o relato do produtor Ricardo Bellodi

Bueno, de Jaboticabal, descrevendo a instalação de 100 MPBs de 17 variedades.

Totalizando a instalação de 1700 unidades provenientes de MPBs, cada muda no

ponto de colheita gera de 10 a 12 perfilhos, totalizando cerca de 170 mil novas plantas,

com isso, viabilizou a implantação de um canavial sadio sem necessidade de

aquisição de novas mudas.

Mediante autores consultados, com a mecanização das operações e a

incidência de doenças que atacam a cultura, surgiu a necessidade de se pesquisar

novas tecnologias para o cultivo, visando a qualidade e maior produtividade.

2.1.2 Mudas Pré-Brotadas

As mudas pré-brotadas foram desenvolvidas devido a problemas com

disseminação de pragas e doenças que causam a baixa produtividade e falhas, as

quais, frequentemente, demandam o aumento no uso de colmos, no momento do

plantio. Novas tecnologias estão em estudo para que haja melhor aproveitamento dos

colmos, que, eventualmente não brotam. Fator ocasionado por aumento na densidade

de plantio ou problemas fitossanitários (IAC, 2012).

Com o passar dos anos e o avanço tecnológico, houve o desenvolvimento de

novas formas de cultivo da cana-de-açúcar. As MPB permitem o uso de menor volume

de mudas por talhão e aumento do trabalho mecânico para o plantio, todavia, garante

Page 17: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

17

mudas sadias associadas à melhoria da sanidade e taxa de multiplicação (GÍRIO et

al., 2015).

ZERA; SCHIAVETTO; AZANIA (2016) descrevem que as tecnologias de MPB

utilizam variedades, conforme o microclima e tipo de solo, entretanto, o intuito de

formar viveiros para promoção de um cultivo com o padrão fitossanitário em vigor, é

apenas uma das vantagens proposta para MPB, dentro de uma unidade industrial.

NETO (2018); MAIA (2017) proferem que o sistema de MPB disponibiliza 80%

do material que seria destinado ao plantio, para o processo industrial. A necessidade

de material propagativo para 1 hectare utilizando MPB é 1,5 toneladas, em

contrapartida, no plantio convencional é necessário, em média, 13 toneladas para

efetuar o plantio da mesma medida.

De acordo com o IAC (2012), deve-se ter cautela ao realizar a adubação de

mudas em viveiros, visto que, o manejo errado de dosagens e escolha do produto a

ser aplicado, pode acarretar a morte da muda, pois, encontra-se em local controlado

e geralmente de pouco espaço. Recomendando-se adubos de liberação lenta.

Conforme SANTOS; BORÉM (2016) os materiais propagativos devem ser

oriundos de viveiros com sanidade confiável. Assim sendo, ao desempenhar os

processos para produção de MPB, do corte e preparo dos minis rebolos, até a fase de

aclimatação, conta-se com um período de 60 dias, após este período as mudas estão

aptas ao plantio no campo, conforme o quadro abaixo.

Quadro 1 - Fases da produção de MPB

(continua)

Etapas Detalhamento

Etapa 1

Realização do corte e preparo dos mini rebolos, utilizando plantas com

existência de 6 a 10 meses, visando o rendimento devido ao maior

número de gemas. O corte é feito por um instrumento denominado

guilhotina de lâmina dupla, devidamente sanitizado, efetuando um corte

de medida 3cm. Esse processo permite a seleção das melhores gemas

e exclusão das que apresentam sintomas da broca da cana-de-açúcar.

Etapa 2

Efetua-se o tratamento por imersão das gemas durante 3 minutos, em

calda fungicida, permitindo, também, outros tratamentos para ampliar o

vigor inicial, sanidade e promotor de enraizamento.

Etapa 3

Os minis rebolos são acomodados em caixas plásticas e cobertos com

substrato. A irrigação deve ser suficiente para suprir a necessidade

hídrica do processo de pré-brotação, a durabilidade do processo varia

em função da idade da cana utilizada e adjacências.

Page 18: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

18

(conclusão)

Etapas Detalhamento

Etapa 4

Ocorre a individualização dos mini rebolos, onde são dispostos em

tubetes com fertilizante e substrato, em suporte adequado, permitindo o

maior desenvolvimento da planta e descarte das que não brotaram.

Etapa 5

As mudas individualizadas são deslocadas em ambiente de aclimatação,

o turno de irrigação é delimitado de acordo a evolução da planta. Nessa

fase é imprescindível a manutenção da umidade pois o efeito de altas

temperaturas pode acarretar a má formação, limitando a muda a campo.

Após um período é realizado poda foliar para estimular o

desenvolvimento radicular e diminuir a perda de água.

Fonte: Desenvolvido pelos autores com base em IAC (2012) e SANTOS; BORÉM (2016).

O uso de MPB vem crescendo por apresentar vantagens como a diminuição

de colmos por talhão, gerando uma uniformidade entre plantas e não promovendo a

competição por água, luz, nutriente e permitindo maior sanidade e vigor do canavial.

2.2 Substratos

O substrato, componente que oferece suporte às MPBS, onde as plantas

fixarão suas raízes, exibe sua importância ao desempenhar funções diretas na

manutenção radicular, estabilidade, suprimentos básicos (água, oxigênio e nutrientes)

e ao transportar o dióxido de carbono entre as raízes da planta (REVISTA CULTIVAR,

2014).

Nesse sentido, coloca-se em evidência o Carolina 0.7, à base de Turfa de

Sphagnum, comercializado pela empresa Carolina Soil, sendo escolhido devido à alta

capacidade de retenção de água, concomitante à alta porosidade. É interessante

ressaltar que este substrato por conter o Sphagnum em sua base, juntamente a

fertilizantes com liberação imediata, apresenta um resultado rápido e eficiente de

fertirrigação, dificultando o súbito aparecimento de deficiências nutricionais

(GROWPLANT, 2019).

A torta de filtro é um resíduo de suma importância à indústria sucroalcooleira,

oriundo da filtração do caldo extraído das moendas no filtro rotativo. Sua concentração

é constituída de aproximadamente 1,2 a 1,8% de fósforo e 70% de umidade,

garantindo, assim, a brotação da cana, plantadas em temporadas de inverno

(ROSETTO; SANTIAGO, 2010).

Produzida na ordem de 2,5 a 3,5% de cana moída a torta de filtro apresenta

elevada umidade, teor de matéria orgânica, fósforo, cálcio, magnésio e nitrogênio,

Page 19: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

19

sendo possível melhorar ainda mais sua concentração adicionando-se gesso, cinza

de caldeiras ou palhadas, dessa forma, aumentam-se os nutrientes, todavia, sua

umidade é diminuída.

Sequencialmente, evidencia-se o bagaço branco, o qual é o resultado do

processo de moagem do colmo extraído para o alcance do caldo que passa por etapas

até a obtenção do açúcar. Sua utilização varia desde fins energéticos a não

energéticos, tornando-se, cada vez mais, matéria-prima para outros processos como

a produção de etanol (BUCKERIDGE et al., 2008).

2.3 Tubetes

O tipo de recipiente pode apresentar vantagens e desvantagens. Entretanto, a

designação do recipiente padrão é delimitada por custo.

A escolha do recipiente ideal serve como suporte para funções biológicas,

evitando danos mecânicos no transporte e minimizando a desidratação, optar pelo

recipiente errado pode apresentar desvantagens como: a deformação radicular

causada por insuficiência de espaço e desequilíbrio no desenvolvimento da raiz com

a parte aérea, afetando o desenvolvimento da muda a campo (JUNIOR et al., 2011).

Azevedo et al. (2013) descrevem que o tamanho maior do recipiente garante

melhor desenvolvimento e aumento na estadia da muda no viveiro. Contrapartida

necessita de volume maior de substrato. As radicelas e pelos absorventes sofrem

aumento na utilização de volume menor, melhorando a capacidade de absorção de

nutrientes.

De acordo com DUARTE (2016), o tamanho do tubete, usado para produção

de muda, atua diretamente no custo de produção, pois, quanto maior o volume maior

será a quantidade de insumos e ocupação de espaço no viveiro. ANTONIAZZI et. al.,

(2013) aponta que o uso de tubetes de menor volume geram aumento na taxa de

replantio, não havendo adaptação positiva após plantio a campo.

2.3 Pragas e doenças da cana-de-açúcar

As principais pragas e doenças que podem acarretar prejuízos tanto na

produção do MPB ou na produtividade do canavial com seu uso no plantio são: broca

da cana, bicudo da cana-de-açúcar, carvão, escaldadura das folhas e raquitismo.

Page 20: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

20

2.4.1 Broca e Bicudo da Cana-de-Açúcar

A broca da cana, Diatraea Saccharalis, acarreta prejuízo após a eclosão da

lagarta, atacando partes moles do colmo, abrindo galerias longitudinalmente,

facilitando a entrada de patógenos. Diretamente, causa danos como a perda de peso,

morte das gemas, secamento dos ponteiros e brotações laterais. Quando adulto é

identificada como uma mariposa (MACHADO, 2016).

O bicudo da cana-de-açúcar, Sphenophorus levis, perfura o colmo e se aloja

na base das plantas construindo galerias no rizoma, danificando seus tecidos,

causando a morte da planta e falhas no plantio.

O inseto adulto tem hábito noturno e pouca agilidade, entretanto, se disseminou

para todo o país por meio do transporte de mudas contaminadas. No estado de São

Paulo, acarretou perdas de 20 a 30 toneladas/ha/ano (PÉREZ et al., 2009).

2.4.2 Doenças

O carvão é causado pelo fungo Ustilago Scitaminea e infecta a planta

instalando-se nas gemas de brotos novos, deixando-a com colmos curtos, finos e com

um apêndice de coloração preta na gema apical da planta. Os esporos são

disseminados por água, vento ou implementos. No solo, em condições favoráveis, se

houver períodos de seca, pode acumulá-los deixando-os viáveis. Para o controle,

geralmente, utilizam-se variedades resistentes e mudas com tratamento térmico

(SANGUINO, 2018).

Conhecida como escaldadura das folhas, a bactéria Xanthomonas albilineans

atinge o xilema da planta causando queima total das folhas e, em estágios crônicos,

faz apresentar estrias brancas e longas. Em variedades suscetíveis, causam má

formação de tolete provocando uma perda de 100% do canavial. Sua disseminação

ocorre pelo corte. Seu controle é através da descontaminação de facões, colhedoras

e uso de variedades resistentes (CANAOESTE, 2013).

A podridão vermelha, causada pelo fungo Colletotrichum falcatum, se instala

na planta, aproveitando a galeria feita por meio do ataque da broca, causando

degradação dos colmos, proporcionando perdas de 50% a 70% ao ocasionar a

inversão da sacarose. Sua identificação é feita por corte do colmo de forma

Page 21: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

21

longitudinal. Sua propagação ocorre por agentes naturais, como chuvas e ventos,

devido à esporulação em acérvulos do fungo, o qual necessita da ação da água para

liberar os seus conídios da mucilagem que os prende, e carregá-los até a região das

gemas no colmo, onde se dá a penetração. O vento é o agente disseminador para

longas distâncias (SANGUINO, 2018).

A bactéria Leifsonia xyli subsp. xyl causa o raquitismo da soqueira. Atinge o

xilema da planta, obstruindo e dificultando o transporte de água e nutrientes, deixando

com aspecto visual de colmos finos e desenvolvimento irregular, a maneira de

identificar a doença é por meio de sorologia. A referida doença propaga-se por

máquinas, facões e uso de mudas contaminadas.

Ainda não há resistência genética, sendo assim, a melhor forma de controle é

a desinfecção de material propagativo e o tratamento térmico, o qual consiste em

inserir a cana em um recipiente com água aquecida a 52°C por 30 minutos ou 50,5°C

por 120 minutos. Para ter um controle eficaz são necessárias medidas de prevenção

(GAGLIARDI, 2008).

A terminologia de manejo requer o uso de todas as técnicas de controle dentro

de um programa, visando restringir pragas abaixo do nível de dano econômico, com

o uso de técnicas de condução com fundamentos que, por meio do uso de controle

químico e biológico, são reguladores de ambiente naturais. O controle eficiente das

doenças em mudas de cana-de-açúcar é feito por meio de tratamento térmico e o uso

de variedades resistentes (PANIZZI, 2006).

2.4.3 Tratamentos de Mudas

Tratamentos convencionais em MPBs visam sanidade, usando o tratamento

térmico, tratando-se da mistura de tempo, considerado cerca de 30 minutos e

temperatura cerca de 52°C. De acordo com AFONSO (2017), o principal objetivo é a

eliminação das doenças de importância econômica. FARIA (2016) relatou a ação do

tratamento na destruição das proteínas e enzimas das bactérias e ambos exaltam a

economia desse processo pelas unidades produtoras.

Sistemas de plantio mecanizado de grande porte, possuem processos

automatizados que realizam pulverizações de tratamento pré-plantio, atendendo a um

conceito de tecnologia de aplicação, o qual visa economia, com o mínimo de

Page 22: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

22

contaminação ambiental, tornando-se uma forma eficiente no controle fitossanitário

(FERREIRA et al., 2008)

Para tratamento das gemas, utiliza-se em sua grande maioria, o sistema de

imersão em fungicida a base de Pyraclostrobin com 0,1% em solução. Promotor de

enraizamento, dentre outros tratamentos, podem ser utilizados para aprimorar a

sanidade e vigor de MPB (IAC, 2012).

O uso de plantas resistentes é uma estratégia adotada por diversos produtores,

visando o menor custo operacional com a aplicação e por mostrar-se promissora no

controle de doenças. Entretanto, algumas variedades e doenças requerem outros

métodos de controle, recorrendo ao uso de fungicidas. Todavia, é importante ressaltar

que o uso indiscriminado pode ocasionar danos ecológicos e financeiros (PALHA et

al., 2015).

Dentro do contexto do controle alternativo, o produtor encontra-se amparado

por diversos métodos que são eficientes e economicamente viáveis, porém, um

método isolado costuma não atender às necessidades de controle, tornando

indispensável a criação de um programa de controle e prevenção, acompanhado de

análises. Com o avanço do aprimoramento genético, na agricultura, o produtor pode

contar com mudas resistentes, entretanto, necessita de tratos culturais adequados

para que essa resistência seja preservada (EMBRAPA, 2014).

Page 23: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

23

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Área Experimental

O experimento foi conduzido nas dependências da Usina Cafealcool

Agroindustrial, localizado nas coordenadas geográficas latitude 21º 39’ 40” S e

longitude 49º 26’ 07” Oeste, altitude 445 m, no município de Cafelândia, estado de

São Paulo, no período de 06 de março de 2019 a 10 de abril de 2019.

A muda foi coletada na Fazenda Colombo que está arrendada a Cafealcool

Agroindustrial e está localizada nas coordenadas 21° 70’ 36’’ S e longitude 49° 51’ 26’’

O, no município de Cafelândia, na região oeste do estado de São Paulo.

As canas que deram origem aos minis rebolos utilizados no experimento vieram

de um viveiro com dez meses de idade, no momento da coleta, que é considerada

ideal, pois, tem rendimento e vigor na brotação.

3.2 Tratamentos e Delineamento Experimental

O delineamento experimental foi de blocos ao acaso no esquema fatorial, tendo

dois substratos e dois volumes de tubetes diferentes. Cada tratamento tem 4

repetições, totalizando 16 parcelas, levando-se em consideração que cada parcela foi

composta por 15 minis rebolos nos tubetes de menor volume e de 15 nos maiores.

O substrato utilizado no experimento foi o Carolina 0,7 a base de Turfa de

Sphagnum da empresa Carolina Soil (de pH 5,6, com capacidade de retenção de água

51%, CTC 1200 mmolc/dm³ e composição físicas: sphagnum 70% palha de arroz

torrefada 20% e 10% perlita).

O bagaço é obtido ao final do processo de moagem da cana, enquanto a torta

de filtro é o rejeito da filtragem do caldo da cana.

Os tratamentos testados foram:

• T1 – Substrato torta de filtro misturado com bagaço de cana e bandejas

com células de 136 ml em cada célula;

• T2 - Substrato torta de filtro misturado com bagaço de cana e bandejas com

células de 180 ml em cada célula;

• T3 - Substrato Carolina com bandeja de 136 ml em cada célula;

Page 24: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

24

• T4 - Substrato Carolina com bandeja de 180 ml em cada célula.

Todos os tratamentos tiveram adição de 60 g de sulfato de amônio, 40 g de

cloreto de potássio, 150 g de Yoorin, 135 g de Osmocote Plus e 135 g de Osmocote

M Pril que é a recomendação padrão para a produção de MPB, segundo a IAC(2012).

E foram utilizados tubetes de volumes diferentes: Bandeja Nutriplan de 136 ml e tubete

JKS de 180 ml.

A variedade utilizada no experimento foi a RB966928, a qual foi testada e

liberada sob a responsabilidade da Universidade Federal do Paraná. Em acordo a

RIDESA (2010), A variedade RB966928 é a segunda mais cultivada nos estados

brasileiros de acordo com o Censo Varietal Brasil, safra 2017/2018.

A RB966928 possui características como: maturação precoce, alta

produtividade, colheita entre os meses de abril e maio, alto perfilhamento em cana

planta e cana soca, bom fechamento entre linhas, velocidade rápida de crescimento,

porte médio, florescimento raro, despalha fácil, media restrição em exigência de

ambiente, médio teor de sacarose, médio teor de fibra, tolerante a carvão, ferrugem

marrom, escaldadura e mosaico (RIDESA, 2010).

Para extração de 300 minis rebolos coletou-se 50 canas inteiras, na Fazenda

Colombo, por meio do método de “quebra quebra”, sem o uso do facão para que não

haja disseminação de doenças (figura 1), e foram levadas para a sede da Usina

Cafealcool Agroindustrial, no município de Cafelândia, na região Oeste do estado de

São Paulo.

Figura 1: Colheita das canas utilizando a técnica de “quebra quebra” para extração de minis rebolos.

Fonte: Autores (2019).

Page 25: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

25

Os minis rebolos, foram extraídos com dimensão de 40mm de comprimento,

sobrando 20mm de cada lado do nó, utilizando uma ferramenta denominada guilhotina

elétrica (Figura 2), de uso exclusivo para produção de MPB e desinfetada com água

quaternária, sendo descartado os que apresentavam broca e danos na gema (Figura

3).

Figura 2: Corte dos minis rebolos com a guilhotina elétrica.

Fonte: Autores (2019).

Na Figura 3 é possível perceber quatro tipos de danos, os quais são:

A. Mini rebolo com presença de broca (Diatraea saccharalis); B. Mini rebolo saudável; C. Mini rebolo com dano na gema; D. Mini rebolo com dano na gema.

Figura 3: Possíveis danos no mini rebolo.

Fonte: Autores (2019).

Page 26: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

26

Após o corte dos minis rebolos foi realizado tratamento de imersão com

fungicida Authority, na proporção 1%, e enraizador Enraizimax, na proporção de 0,5%,

por um período de 10 minutos. Visando a prevenção do raquitismo e escaldadura das

folhas (Figura 4).

Figura 4: Imersão com fungicida Authority.

Fonte: Autores (2019).

O meio de propagação utilizado foi o de mini rebolos, como também, dois

volumes de tubetes, dois tipos de substratos: Carolina 0,7 e torta de filtro com bagaço

branco na proporção de 1:1 (Figura 5). Ambos os substratos receberam adição de

sulfato de amônio, cloreto de potássio, Yoorim, Osmocote Plus e Osmocote M Pril.

Figura 5: Mistura de torta de filtro com bagaço branco.

Fonte: Autores (2019).

Os tratamentos 1 e 2 tiveram, respectivamente, 60% e 70% do volume de suas

células preenchidas com torta de filtro e bagaço branco, onde foram dispostos os mini

Page 27: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

27

rebolos, com o lado da gema para cima e mesma direção, logo após, foram abertas

com 3 cm de torta de filtro e bagaço até a borda e irrigado.

Nos tratamentos 3 e 4, respectivamente, tiveram 60% e 70% do volume de suas

células preenchidas com substrato e adubo e repetiu-se o mesmo procedimento de

plantio dos tratamentos anteriores.

Nas bandejas utilizadas foram fixadas etiquetas para identificação com o

número de tratamentos (Figura 6).

Figura 6: Etiqueta de identificação de tratamentos.

Fonte: Autores (2019).

O plantio dos mini rebolos seguiu a metodologia utilizada no IAC (2012), sendo

que as bandejas com os tubetes foram levadas, após o plantio, para uma estufa de

pré-germinação para início do crescimento (Figura 7)

Figura 7: Estufa de pré-germinação.

Fonte: Autores (2019).

A irrigação na estufa de pré-germinação foi realizada manualmente três vezes

ao dia conforme recomendação estipulado na ficha de produção de MPB elaborado

por IAC (2012). O interior da estufa conta com termo higrômetro digital. Micro

aspersores instalados no corredor central, para manutenção da umidade do ambiente,

que não influenciam na irrigação das mudas e luz para controle de temperatura.

Page 28: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

28

Após os 14 dias na casa de pré-germinação, as bandejas foram levadas para

uma área coberta com sombrite 50%, onde permaneceram até o fim do experimento.

3.3 Avaliações

Após o período de 14 dias do plantio e com o estágio de germinação finalizado,

realizou-se a obtenção dos dados a campo. As 10 plantas de cada parcela foram

avaliadas, em características como brotação, altura, diâmetro do colmo, massa fresca

e seca, as quais representam a altura da planta em relação ao substrato e tubete,

diâmetro do caule, pesagem da parte aérea e das raízes e, após coletada a pesagem

da massa fresca, realizou-se o processo de secagem, para obtenção da massa seca.

A determinação da altura das plantas foi entre a base até a folha +1, utilizando

régua graduada em centímetro (figura 8), com início aos 14 DAP e realizada a cada

sete dias, os dados foram submetidos a análise estatista pelo método de Scott-Knott

a 10%.

Figura 8: Medição da altura.

Fonte: Autores (2019).

A avaliação do diâmetro do caule foi realizada através da extremidade inferior

da planta, próximo ao substrato, utilizando paquímetro digital com escala em

milímetros (mm), com início 14, após a germinação e realizada a cada 7 dias.

Page 29: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

29

Figura 9: Avaliação do diâmetro do caule.

Fonte: Autores (2019).

No momento de pesagem, para obtenção da massa fresca e seca, as mudas

passaram por um processo de lavagem com o uso de balde e mangueira, para

eliminação de substratos e impurezas.

Após a limpeza, utilizou-se estiletes para separação da muda, eliminando o

meio de propagação, para não haver interferência na avaliação foram secos e

identificados.

As pesagens de parte aérea e raízes foram realizadas no laboratório de

microbiologia do Unisalesiano Lins, com o auxílio da balança de precisão.

Passado a fase de obtenção de dados a campo, as raízes e parte aérea das

plantas foram avaliadas, para mensurar matéria fresca e seca, usando forno micro-

ondas.

A metodologia utilizada para o processo é: Pesar um prato de papelão, colocar

amostra a ser avaliada da planta, colocar um copo de água quase cheio, programar o

forno micro-ondas para 5 minutos, em potência máxima, retirar o prato e pesar a

amostragem, aquecer novamente por mais 3 minutos e retirar para nova pesagem,

continuar levando ao forno com intervalos de 1 minuto até que o peso seja constante.

Quando o peso se mantiver constante, a secagem pode ser interrompida dando

início ao cálculo da porcentagem de umidade da amostra, assim sendo: Pesagem da

amostra úmida (PU) = peso do prato + peso da amostra – peso do prato. Peso da

Page 30: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

30

amostra seca (PS) = peso do prato + peso da amostra seca – peso do prato. Com

isso, podemos determinar a porcentagem de umidade = (PU-PS) / PU x 100

(EMBRAPA, 2012).

Page 31: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

31

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Diâmetro do colmo

Na tabela 1 estão apresentados o diâmetro dos diferentes tratamentos, entre

os tratamentos, não houve diferença significativa para o volume de tubete. O T3 difere

estatisticamente dos demais, mostrando um valor maior de diâmetro.

Tabela 1: Diâmetro de colo (mm).

Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si.

T1 –Torta de filtro com bagaço de cana e células de 136 ml; T2 - Torta de filtro misturado com bagaço

de cana e células de 180 ml; T3 - Substrato Carolina com bandeja de 136 ml em cada célula; T4 -

Substrato Carolina com bandeja de 180 ml em cada célula; DAP: Dias após plantio.

Fonte: Autores.

Tabela 2. Análise do diâmetro (mm) das plantas separando o efeito do substrato e do

volume de tubete nas avaliações.

Tratamentos 14 DAP 21 DAP 28 DAP 35 DAP

Substratos

Torta + bagaço 4,63 b 5,37 b 5,96 b 6,44 b

Carolina 5,43 a 6,39 a 6,87 a 7,29 a

Volume do tubete

136 ml 5,12 a 6,04 a 6,64 a 7,20 a

180 ml 4,94 a 5,72 a 6,19 b 6,53 a

Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si.

T1 –Torta de filtro com bagaço de cana e células de 136 ml; T2 - Torta de filtro misturado com bagaço

de cana e células de 180 ml; T3 - Substrato Carolina com bandeja de 136 ml em cada célula; T4 -

Substrato Carolina com bandeja de 180 ml em cada célula; DAP: Dias após plantio.

Fonte: Autores.

MACAN (2018) em sua pesquisa com MPB utilizou tubete de volume 130 ml e

na avaliação de 38 DAP obteve resultado de diâmetro de 8,0 mm, valor próximo ao

obtido neste experimento de 7,78 mm. Os resultados observados não corroboram com

Tratamentos 14 DAP 21 DAP 28 DAP 35 DAP

T1 4,61 b 5,31 c 6,07 c 6,60 c

T2 4,65 b 5,42 c 5,84 c 6,26 b

T3 5,63 a 6,77 a 7,2 a 7,78 a

T4 5,22 a 6,01 b 6,53 b 6,79 b

Page 32: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

32

o apresentado também por Gazola et al. (2017), aos 49 DAP apresenta resultados

inferiores aos apresentados com 35 DAP no presente estudo.

4.2 Altura das Plantas

Em relação à altura não houve diferença significativa para o volume de tubete,

existindo diferença somente em relação ao substrato utilizado (tabela 2). Os

tratamentos T3 e T4 diferiram estatisticamente com maior altura comparando com os

tratamentos T1 e T2 ficando evidente a influência do substrato na altura das mudas.

Tabela 3: Altura da planta (cm).

Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si.

T1 – Torta de filtro misturado com bagaço de cana e com células de 136 ml em cada célula; T2 - Torta

de filtro misturado com de cana e com células de 180 ml em cada célula; T3 - Substrato Carolina com

bandeja de 136 ml em cada célula; T4 - Substrato Carolina com bandeja de 180 ml em cada célula;

DAP- Dias após plantio

Fonte: Autores.

Tabela 4. Análise dos tratamentos separando o efeito do substrato e do volume de

tubete nas alturas das mudas(cm).

Tratamentos 14 DAP 21 DAP 28 DAP 35 DAP

Substratos

Torta + bagaço 7,07 b 7,82 b 8,96 b 9,67 b

Carolina 8,38 a 9,57 a 10,81 a 11,45 a

Volume do tubete

136 ml 7,64 a 8,60 a 10,15 a 11,09 a 180 ml 7,81 a 8,79 a 9,63 a 10,04 a

Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si.

T1 –Torta de filtro com bagaço de cana e células de 136 ml; T2 - Torta de filtro misturado com bagaço

de cana e células de 180 ml; T3 - Substrato Carolina com bandeja de 136 ml em cada célula; T4 -

Substrato Carolina com bandeja de 180 ml em cada célula; DAP: Dias após plantio.

Fonte: Autores.

SEGATO; CARVALHO (2018) comentaram quem a análise de crescimento

possibilita a obtenção de dados sobre o crescimento durante o ciclo da cultura

Tratamentos 14 DAP 21 DAP 28 DAP 35 DAP

T1 6,99 a 7,71 b 9,13 b 10,13 b T2 7,14 a 7,93 b 8,79 b 9,20 b T3 8,29 a 9,49 a 11,15 a 12,03 a T4 8,46 a 9,64 a 10,46 a 10,86 a

Page 33: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

33

submetida em diferentes condições ambientais permitindo previa sobre seu potencial

produtivo sendo a folha responsável por grande parte da produção de substância

essenciais ao crescimento e desenvolvimento.

PEIXOTO (2004), a área foliar é de grande importância pois retrata a matéria

prima para a fotossíntese, sua determinação é importante para mensurar taxa de

crescimento relativo, taxa assimilatória líquida e índice de área foliar. O maior

desenvolvimento da parte aérea expõe que as condições de cultivo são favoráveis ou

desfavoráveis para o desenvolvimento da planta.

4.3. Massa Fresca e Seca da Parte Aérea

De acordo com os valores de massa fresca apresentados na tabela 5, houve

diferença estatística entre os tratamentos, sendo o que o T3 se destacou dos demais,

demonstrando maior (7,62 g), não havendo influência do volume de tubete.

Tabela 5: Massa fresca(g) da parte aérea das mudas nos diferentes tratamentos.

Substratos 136 ml 180 ml

Torta + bagaço 5,65 Ba 3,60 Bb

Carolina 7,63 Aa 4,84 Ab Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem

estatisticamente entre si.

Entre dos volumes 136 ml e do 180 ml – diferença entre os substratos. Carolina

foi o melhor. (Letras maiúsculas na coluna). Entre dos substratos torta e carolina –

diferença entre os volumes. O de 136 ml melhor (minúsculas na linha).

Tabela 6: Massa seca da parte aérea das mudas nos diferentes tratamentos.(g)

Substratos 136 ml 180 ml

Torta + bagaço 0,82 Ba 0,58 Ab

Carolina 0,97 Aa 0,65 Ab Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem

estatisticamente entre si.

Entre dos volumes 136 ml e do 180 ml – diferença entre os substratos só no

136, Carolina foi o melhor. No 180 os dois foram iguais. Entre dos substrato torta e

carolina – diferença entre os volumes.

Page 34: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

34

Tabela 7: Massa fresca das raízes nos diferentes tratamentos. (g)

Substratos 136 ml 180 ml

Torta + bagaço 1,81 Aa 1,64 Ab

Carolina 2,13 Aa 0,92 Ab Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem

estatisticamente entre si.

Entre dos volumes 136 ml e do 180 ml – não houve diferenças. Entre dos

substrato torta e carolina – houve diferença nos dois substratos. O Carolina foi melhor.

Tabela 8: Massa seca das raízes nos diferentes tratamentos. (g)

Substratos 136 ml 180 ml

Torta + bagaço 0,21 Aa 0,17 Aa

Carolina 0,24 Aa 0,21 Aa Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem

estatisticamente entre si.

Entre dos volumes 136 ml e do 180 ml – não houve diferenças. Entre dos

substratos torta e carolina – não houve diferenças.

PEIXOTO (2004), descreve o crescimento da matéria seca da parte aérea

acompanhado pelo aumento do teor de água nos tecidos da planta, sendo a massa

do material em equilíbrio com o ambiente podendo sofrer variações dependendo da

umidade do ar em local de amostragem.

Com a pesagem da matéria fresca das raízes (g), disposto na tabela 3, entre

os tratamentos, não houve diferença estatística entre os tratamentos. Entretanto o

tratamento que mais se destacou foi o T3, que corrobora com Azevedo et al. (2013)

defendendo que o menor volume de tubete possibilita capacidade de superior de

absorção de nutrientes e desenvolvimento de radicelas.

Tabela 9: Pesagem das Massas (Frescas e Secas), raízes.

Massa fresca das raízes (g) Massa seca das raízes (g)

T1 1,81 a 0,21 a T2 1,84 a 0,17 a T3 2,13 a 0,24 a T4 0,92 b 0,21 a

T1 – Substrato torta de filtro com bagaço de cana e com células de 136 ml em cada célula; T2 -

Substrato torta de filtro com bagaço de cana e com células de 180 ml em cada célula; T3 - Substrato

Page 35: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

35

Carolina com bandeja de 136 ml em cada célula; T4 - Substrato Carolina com bandeja de 180 ml em

cada célula;

DAP- Dias após plantio

Fonte: Autores.

Na pesagem da massa seca das raízes (g) que estão representadas na tabela

4, não houve diferença significativa para o tratamento volume de tubete de 136 ml e

180 ml e substrato, apenas o T4 foi inferior no peso da massa fresca das raízes.

Nos tratamentos substrato Carolina com adubação e torta de filtro mais bagaço

branco também não houve diferença significativa. Entretanto o T3 obteve ligeira

superioridade em massa seca comparada aos demais tratamentos.

Page 36: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

36

5 CONCLUSÕES

Não houve diferença significativa entre os tratamentos em relação ao volume

do tubete para diâmetro de colo, altura de planta, massa fresca e seca da parte aérea

e massa fresca e seca de raízes.

O substrato Carolina foi superior à Torta de filtro mais bagaço nas avaliações

de massa fresca e seca da parte aérea diferindo estatisticamente da mesma.

Não houve diferenças significativas entre volume do tubete e nem substrato

nas avaliações de massa fresca e seca de raízes.

Page 37: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

37

REFERÊNCIAS

AGRODON. Plantio de Cana-de-Açúcar Mecanizado - PCP 6000. Aparecida de

Goiânia, GO. Ago. 2010. Disponível

em:<https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=bI6rN0qmGWw>. Acesso

em: 23 de jan. 2019.

ANTONIAZZI, Ana Paula; BINOTTO, Beatris; NEUMANN, Graciele Marta; SAUSEN,

Tanise Luisa; BUDKE, Jean Carlos. Eficiência de recipientes no desenvolvimento

de mudas de Cedrela fissilis Vell. (Meliaceae). R. bras. Bioci., Porto Alegre, v. 11,

n. 3, p. 313-317, jul. /set. 2013.

AZEVEDO, J. M. A.; MIQUELONI, D. P.; NEGREIROS, J. R. Tamanhos de

recipientes e substratos na produção de mudas de pimenta longa. Disponível

em:< https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/977999/tamanhos-

de-recipientes-e-substratos-na-producao-de-mudas-de-pimenta-longa>. Acesso em:

26 de abril de 2019.

BASTOS, Edna. Cana-De-Açúcar: O Verde Mar De Energia. p.9. Ed. Ícone. São

Paulo, 1987.

BUCKERIDGE, M.S., AIDAR, M.P.M., MARTINEZ, C.A. & SILVA, E.A. 2008.

Respostas de plantas às mudanças climáticas globais. In Biologia das mudanças

climáticas no Brasil (M.S. Buckeridge, org.). Ed. Rima, São Carlos, p.77-92.

CALVANCANTI, Maria. Ciclo da Cana-de-Açúcar. 2018. Disponível em:<

https://querobolsa.com.br/enem/historia-brasil/ciclo-da-cana-de-acucar>. Acesso em

22 de jan. 2019.

CANAL-JORNAL DA BIOENERGIA. Plantio da cana-de-açúcar exige planejamento

detalhado. Goiânia, GO, nov. 2016. Disponível em:

<http://www.canalbioenergia.com.br/qual-o-melhor-espacamento-no-plantio-da-cana-

de-acucar/>. Acesso em 22 de jan. 2019.

CANAOESTE. Doenças da Cana; Manejo das principais Doenças da Cana-de-

Açúcar. Sertãozinho, SP. Disponível em:<

http://www.canaoeste.com.br/conteudo/doencas-da-cana>. Acesso em: 13 de fev.

2019.

Page 38: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

38

CANAVIEIROS. Censo Varietal da Região Centro-Sul Safra 2017/2018. N.140-Ano

XI p.48, fevereiro, 2018. Revista Canavieiros. Sertãozinho-SP. Disponível em:

https://www.revistacanavieiros.com.br/imagens/pdf/09f565a3c66e3938ab965b0e837

8b66f.pdf>. Acesso em: 19 de mar. 2019.

CARVALHO, Nathália Leal; BARCELLOS, Afonso Lopes. Adoção Do Manejo

Integrado De Pragas Baseado Na Percepção E Educação Ambiental. Disponível

em: <https://periodicos.ufsm.br/reget/article/viewFile/4204/2804>. Acesso em 26 de

jan. 2019.

CARVALHO, Nathália; BARCELLOS, Afonso. Adoção Do Manejo Integrado De

Pragas Baseado Na Percepção E Educação Ambiental. v (5), n°5, p. 749 - 766,

2012.

CASTRO, Paulo R.C.; KLUGE, Ricardo A. Ecofisiologia de culturas extrativas:

Cana-de-açúcar; Seringueira; coqueiro; Dendezeiro e oliveira. Cosmópolis:

Stoller Do Brasil. Piracicaba-SP. 2001.

CASAGRANDE, A.A. Tópicos de morfologia e fisiologia da cana-de-açúcar.

Jaboticabal: Funep, 1991. 157p.

CHERUBIN, Natália. MPB + Meiosi Ou CantosI. Rev. RPANEWS. 04 mai. 2017.

Disponível em:< https://revistarpanews.com.br/71-edicao2015/edicao-186/1580-mpb-

meiosi-ou-cantosi>. Ribeirão Preto, SP. Acesso: em 19 de fev. 2019.

COPLANA. Sistema de Meiosi com MPB é alternativa viável para a produção de

viveiros com sanidade e economia. Guariba, 2017. Disponível em:<

http://www.coplana.com:8090/wcoplana/2017/08/24/sistema-de-meiosi-com-mpb-e-

alternativa-viavel-para-a-producao-de-viveiros-com-sanidade-e-economia/>. Acesso

em: 14 de fev. 2019.

CRUSCIOL, Carlos Alexandre Costa. Cultura Da Cana-De-Açúcar (Saccharum

Spp.). p.3-4. Ilha Solteira-SP. 2016.

DOLLEVEDO, Luis Gustavo. Meiosi: Sistema Antigo Volta A Ser Opção Para

Aumentar Produtividade Da Cana. SNA. Novo Horizonte, 2016. Disponível em:<

https://www.sna.agr.br/meiosi-sistema-antigo-volta-a-ser-opcao-para-aumentar-

produtividade-da-cana/>. Acesso em 19 de fev. 2019.

Page 39: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

39

DUARTE, Marciel Lelis. Tubetes E Substratos Na Produção De Mudas De Cássia-

Rosa (Cassia Grandis L.F) E Canafístula (Cassia Ferruginea (Schrad.) Schrader Ex

Dc). Locus- UFV. Viçosa, Minas Gerais, 2016. Disponível em:<

http://www.locus.ufv.br/bitstream/handle/123456789/8367/texto%20completo.pdf?se

quence=1>. Acesso em 19 de mar. 2019

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Agroecologia e

produção orgânica. Embrapa mostra a importância do Manejo Integrado de Pragas

na Agrishow. 2014. Disponível em:<https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-

/noticia/1671932/embrapa-mostra-a-importancia-do-manejo-integrado-de-pragas-na-

agrishow>. Acesso em 22 de jan. 2019.

FERREIRA, Marcelo da C.; WERNECK, Corolina F.; FURUHASHI, Silvio; LEITE,

Gilson J. Tratamento De Toletes De Cana-De-Açúcar Para O Controle Da

Podridão-Abacaxi Em Pulverização Conjugada Ao Plantio Mecanizado.

Jaboticabal, SP,2008. p. 263-273. Disponível

em:<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-19082008-170642/pt-

br.php>. Acesso em: 12 de fev. 2019

GAGLIARDI, Paulo Roberto. Avaliação da resistência à Leifsonia XYLI SUBSP.

XYLI, agente causal do raquitismo-da- soqueira (RSD), em variedades

comerciais de cana-de-açúcar. Piracicaba, SP, 2008. Disponível

em:<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-19082008-170642/pt-

br.php>. Acesso em: 20 de fev. 2019.

GÍRIO, Lucas; DIAS, Fábio; REIS, Veronica; URQUIAGA, Segundo; SCHULTZ,

Nivaldo; BOLONHEZI, Denizart; MUTTON, Miguel. Bactérias promotoras de

crescimento e adubação nitrogenada no crescimento inicial de cana-de-açúcar

proveniente de mudas pré-brotadas. 2015. Bras. vol.50 no.1 Brasília jan. 2015.

Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-

204X2015000100033&lng=pt&nrm=iso&tlng=en#aff3>. Acesso em 17 de jan. 2019.

GOMES, Carla. Nova Cana. As 7 etapas do sistema de plantio de mudas pré-

brotadas. 2014. Disponível em:< https://www.novacana.com/n/cana/plantio/as-7-

etapas-sistema-plantio-mudas-pre-brotadas-271113>. Acesso em 17 de jan. 2019.

GROWPLANT. Carolina Soil II - A base de Turfa de Sphagno. 2019. Disponível

em: < https://www.growplant.com.br/carolina-soil.html >

Page 40: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

40

HOFFMANN, Lúcia Vieira; LUCENA, Valeska Silva. Para Entender Micorrizas

Arbusculares 1. p. 14-16. Campina Grande, PB. Disponível em:<

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/276480/1/DOC156.pdf>

Acesso em 19 de fev. 2019.

INFORMATIVO PRODUTOR. Guariba, SP. Ano 1. N2, p .4. Fev. 2016. Disponível

em:< http://socicana.com.br/2.0/wp-content/uploads/small_informativo-produtor-

2.pdf>. Acesso em: 19 de fev. 2019.

INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS. Sistema De Multiplicação Cana-De-

Açúcar Com O Uso De Mudas Pré-Brotadas (Mpb), Oriundas De Gemas

Individualizadas. p. 5-13. Campinas, SP. Disponível

em:<http://www.udop.com.br/ebiblio/pagina/arquivos/2013_sistema_multiplicacao_ca

na_com_mudas_pre_brotadas.pdf>. Acesso em 20 de jan. 2019.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Levantamento

Sistemático da Produção Agrícola. Jan. 2019. Disponível em:<

https://sidra.ibge.gov.br/home/lspa/brasil>. Acesso em 29 de jan. 2019.

JUNIOR, Mário Dobner; TAZZI, Paulo André; HIGA, Antonio Rioyei; SEITZ, Rudi

Arno. Influência do volume do tubete e do método de plantio no crescimento de

um povoamento de Pinus taeda aos nove anos de idade. Sci. For., Piracicaba, v.

41, n. 97, p. 007-014, mar. 2013. Disponível em:<

https://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr97/cap01.pdf>. Acesso em: 19 de mar.

2019.

MACAN, Natalia. Solução Nutritiva Para Produção De Mudas Pré-brotadas De

Cana-De-Açúcar Em Mesas De Sub irrigação. p.19. Campinas, SP. 2018.

Dissertação de Mestrado. Disponível

em:<http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/332071/1/Macan_Natalia

PradoFortuna_M.pdf>. Acesso em: 20 de fev. 2019.

MACHADO, Lucas. Broca Da Cana-De-Açúcar. Universidade federal de Lavras –

3rlab. 28 set. 2016. Disponível em:< https://3rlab.wordpress.com/2016/09/28/broca-

da-cana-de-acucar-a-principal-praga-da-cultura/>. Acesso em: 12 de fev. 2019.

MAGRO, Fábio; TAKAO, Guilherme; CAMARGO, Pedro; TAKAMATSU, Stanley.

Biometria Em Cana-De-Açúcar. Piracicaba SP, junho, 2011. p. 2-3. Disponível

em:< https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4287002/mod_folder/content/0/Biometri

Page 41: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

41

a/Biometria%20em%20canadea%C3%A7ucar%20exemplo%20de%20texto%20alun

o.pdf?forcedownload>. Acesso em 25 de jan. 2019.

MAIA, Edilson. Plantio Mecanizado E Semi-Mecanizado De Cana De Açúcar No

Brasil. Arapiraca, AL. 2017. Disponível em:<http://pages.cnpem.br/wectbe/wp-

content/uploads/sites/83/2017/04/Edilson_Maia_Plantio-Mecanizado-de-Cana-de-

Acucar-no-Brasil-280317-Final.pdf. >. Acesso em: 18 de fev. 2019.

MARAFON, Anderson Carlos. Análise Quantitativa de Crescimento em Cana-de-

açúcar: Uma Introdução ao Procedimento Prático. p. 10. Aracaju, SE, 2012.

Disponível em:< http://www.cpatc.embrapa.br/publicacoes_2012/doc_168.pdf>.

Acesso em 27 de jan. 2019.

NETO, João Monteiro De Araújo. Produção De Mudas Pré-Brotadas (Mpb) De

Cana-De-Açúcar Sob Diferentes Estratégias De Irrigação. Monte Carmelo MG,

dezembro, 2018. p. 15. Disponível em:<

https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/24188/3/Produ%C3%A7%C3%A3oMu

dasPr%C3%A9-brotadas.pdf>. Acesso em 11 de fev. De 2019.

NOVACANA. A Promoção De Cana-De-Açúcar No Brasil (E No Mundo). 2008.

Disponível em:<https://www.novacana.com/cana/producao-cana-de-acucar-brasil-e-

mundo>. Acesso em 18 de jan. 2019.

PALHA, Robson; SANTOS, Silvana; ALVES, Gabriela; REIS, Veronica. XXXV

Congresso Brasileiro De Ciência De Solo 2015. P.1. Influência Do Tratamento

Térmico De Toletes E Inoculação Com Mistura De Bactérias Diazotróficas Na

Germinação E Acúmulo De Massa De Duas Variedades De Cana-De-Açúcar.

Disponível em: <https://eventosolos.org.br/cbcs2015/arearestrita/arquivos/816.pdf>.

Acesso em 26 de jan. 2019.

PANIZZI, Antônio. Abandono Do Mip Pode Ter Consequências Desastrosas.

Visão Agrícola N°5, p. 81, Jan/jun. 2006. Disponível em:

<http://www.esalq.usp.br/visaoagricola/sites/default/files/va05-fitossanidade01.pdf>.

Acesso em 26 de jan. 2019.

PÉREZ, Katherine Girón; NAKANO, Octávio; SILVA, Amanda C.; SOUZA, Melissa

Oda. Atração de adultos de Sphenophorus levis Vaurie (Coleoptera:

Curculionidae) a fragmentos vegetais em diferentes estados de conservação.

Piracicaba, SP, 2009. Disponível

Page 42: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

42

em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519566X20090006000

19&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em:18 de fev. 2019.

PESSAN, Edson Barbosa; SCARTOZZONI, Eduardo. PLANTIO MECANIZADO DE

CANA-DE-AÇÚCAR (Saccharum Spp.) UMA ABORDAGEM GERAL. Pompeia,

SP. Dez. 2012. p.4. Disponível

em:<http://atividaderural.com.br/artigos/5601a42a00217.pdf>. Acesso em 20 de fev.

2019.

REV. CULTIVAR. Pelotas, RS, Ano XV. N.185, p .40-43, out. 2014. Disponível em:<

https://www.grupocultivar.com.br/acervo/359>. Acesso em 21 de jan. 2019.

REDE INTERUNIVERSITÁRIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO SETOR

SUCROENERGÉTICO. Censo Varietal de Cana-de-açúcar - Safra 2017/18. Araras,

SP. Disponível em:< https://www.ridesa.com.br/censo-varietal>. Acesso em: 20 de

mar. 2019.

REDE INTERUNIVERSITÁRIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO SETOR

SUCROENERGÉTICO. Catálogo Nacional De Variedades “Rb” De Cana-De-Açúcar.

p.63. Curitiba, PR. Março, 2010. Disponível em:<

https://www.ridesa.com.br/variedades>. Acesso em 20 de mar. 2019.

ROSETTO, Rafaela; SANTIAGO, D. Antônio. Adubação - resíduos alternativos.

2010. Disponível em:< http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-

acucar/arvore/CONTAG01_39_711200516717.html> Acesso em: 20 mar. 2019.

SANGUINO, Álvaro. As Principais Doenças Da Cana-De-Açúcar. p.6-7;14-15.

Piracicaba, SP: Curso IAC. Junho, 2018. Disponível em:<

http://www.infobibos.com/cursocana/alunos/aulas/aula9/aula_9.pdf>. Acesso em: 20

de fev. 2019.

SANTOS, Fernando; BORÉM, Aluízio. Cana-de-açúcar: do plantio à colheita.

Viçosa, MG: RD. UFV, 2016.

SILVA, João; SILVA, Maria. Noções da Cultura da Cana-de-Açúcar. INSTITUTO

FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA Inhumas, GO, 2012. p. 59.

Disponível em:

<http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos/ifgo/tecnico_acucar_alcool/nocoes_cultura_c

ana_acucar.pdf>. Acesso em 23 de jan. 2019.

Page 43: DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA … · Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em

43

TEIXEIRA, Edson. Plantio De Cana-De-Açúcar. Jan. 2016. Disponível em:<

https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/fitotecniatecnologiadealimentosesoci

oeconomia716/plantio-da-cana-de-acucar---edson-belisario---alcoolvale.pdf>.

Acesso em: 04 de fev. 2019.

TESTA, Fernanda. G1, Globo. Plantio de muda de cana pré-brotada eleva

produtividade em 20%, diz IAC. 2015. Disponível em:<

http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2015/03/plantio-de-muda-de-

cana-pre-brotada-eleva-produtividade-em-20-diz-iac.html>. Acesso em 21 de jan.

2019.

UMEBARA, Tiemi. Microfiltração De Caldo De Cana: Caracterização Do Caldo

Permeado E Retentado. p. 16. Curitiba, 2010. Disponível em:<

http://www.posalim.ufpr.br/Pesquisa/pdf/DissertaTiemi%20Umebara.pdf>. Acesso

em 25 de jan. 2019.

UNIÃO DOS PRODUTORES DE BIOENERGIA (UDOP). Cana-de-açúcar. Abr.

2016. Disponível

em:<http://www.udop.com.br/index.php?item=noticias&cod=1135561>. Acesso em:

25 de jan. 2019.

XAVIER, Mauro Alexandre. Viveiros De Mudas De Cana-De-Açúcar. p. 17. out.

2014. Disponível

em:<http://www.infobibos.com/cursocana/alunos/aulas/Aula10/AULA_10_2014.pdf>.

Acesso em 05 de fev. 2019.