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Desenho Técnico para Engenharia de Produção Civil 1

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Desenho Técnico para Engenharia de Produção Civil

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Coordenação do Programa Formare Beth Callia

Coordenação Pedagógica Zita Porto Pimentel

Coordenação da Área Técnica – UTFPR Alfredo Vrubel

Elaboração GIPE Projetos Educativos Ltda.Av. Imperial, 407 / Ipanema91760-400 – Porto Alegre, [email protected]

Coordenação Geral Ana Mariza Ribeiro Filipouski eDiana Maria Marchi

Produção Gráfica Marta Castilhos

Autoria deste caderno Rosa Maria Rembowski Casaccia

Apoio MEC – Ministério da EducaçãoFNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da EducaçãoPROEP – Programa de Expansão da Educação Profissional

Iniciativa Realização

Fundação IOCHPEAl. Tietê, 618, casa 3, Cep 01417-020, São Paulo, SP

www.formare.org.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

CASACCIA, Rosa Maria Rembowski

Desenho técnico e gráfico / Rosa Maria RembowskiCasaccia ; Projeto Formare. - São Paulo : Fundação Iochpe,2006.

150p. (Cadernos Formare, 55)

Inclui: Exercícios; Glossário; Bibliografia.ISBN 85-98169-55-2

1. Ensino Profissional 2. Desenho técnico 3. Desenhográfico 4. CAD I. Projeto Formare II. Título III. Série

CDD-371.426

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Sobre o caderno

Você, educador voluntário, sabe que boa parte da performance dos jovens

no mundo do trabalho dependerá das aprendizagens adquiridas no espaço

de formação do Curso em desenvolvimento em sua empresa no âmbito do

Projeto Formare.

Por isso, os conhecimentos a serem construídos foram organizados em eta-

pas, investindo na transformação dos jovens estudantes em futuros traba-

lhadores qualificados para o desempenho profissional.

Antes de esse material estar em suas mãos, houve a definição de uma pro-

posta pedagógica, que traçou um perfil de trabalhador a formar, depois o

delineamento de um plano de curso, que construiu uma grade curricular,

destacou conteúdos e competências que precisam ser desenvolvidos para

viabilizar o alcance dos objetivos estabelecidos e então foram desenhados

planos de ensino, com vistas a assegurar a eficácia da formação desejada.

À medida que começar a trabalhar com o Caderno, perceberá que todos os

encontros contêm a pressuposição de que você domina o conteúdo e que

está recebendo sugestões quanto ao modo de fazer para tornar suas aulas

atraentes e produtoras de aprendizagens significativas. O Caderno

pretende valorizar seu trabalho voluntário, mas não ignora que o conheci-

mento será construído a partir das condições do grupo de jovens e de sua

disposição para ensinar. Embora cada aula apresente um roteiro e simpli-

fique a sua tarefa, é impossível prescindir de algum planejamento prévio. É

importante que as sugestões não sejam vistas como uma camisa de força,

mas como possibilidade, entre inúmeras outras que você e os jovens do

curso poderão descobrir, de favorecer a prática pedagógica.

O Caderno tem a finalidade de oferecer uma direção em sua caminhada de

orientador da construção dos conhecimentos dos jovens, prevendo objeti-

vos, conteúdos e procedimentos das aulas que compõem cada capítulo de

estudo. Ele trata também de assuntos aparentemente miúdos, como a apre-

sentação das tarefas, a duração de cada atividade, os materiais que você

deverá ter à mão ao adotar a atividade sugerida, as imagens e os textos de

apoio que poderá utilizar.

No seu conjunto, propõe um jeito de fazer, mas também poderá apresentar

outras possibilidades e caminhos para dar conta das mesmas questões, com

vistas a encorajá-lo a buscar alternativas melhor adequadas à natureza da

turma.

Como foi pensado a partir do planejamento dos cursos (os objetivos gerais

de formação profissional, as competências a serem desenvolvidas) e dos

planos de ensino disciplinares (a definição do que vai ser ensinado, em que

seqüência e intensidade e os modos de avaliação), o Caderno pretende

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auxiliá-lo a realizar um plano de aula coerente com a concepção do Curso,

preocupado em investir na formação de futuros trabalhadores habilitados ao

exercício profissional.

O Caderno considera a divisão em capítulos apresentada no Plano de Ensino e

o tempo de duração da disciplina, bem como a etapa do Curso em que ela está

inserida. Com esta idéia do todo, sugere uma possibilidade de divisão do tem-

po, considerando uma aula de 50 minutos.

Também há avaliações previstas, reunindo capítulos em blocos de conhecimen-

tos e oferecendo oportunidade de síntese do aprendido. É preciso não esque-

cer, no entanto, que a aprendizagem é avaliada durante o processo, através

da observação e do diálogo em sala de aula. A avaliação formal, prevista nos ca-

dernos, permite a descrição quantitativa do desempenho dos jovens e também

do educador na medida em que o "erro", muitas vezes, é indício de falhas ante-

riores que não podem ser ignoradas no processo de ensinar e aprender.

Recomendamos que, ao final de cada aula ministrada, você faça um breve regis-

tro reflexivo, anotando o que funcionou e o que precisou ser reformulado, se

todos os conteúdos foram desenvolvidos satisfatoriamente ou se foi necessário

retomar algum, bem como outras sugestões que possam levar à melhoria da

prática de formação profissional e assegurar o desenvolvimento do trabalho

com aprendizagens significativas para os jovens. Esta também poderá ser uma

oportunidade de você rever sua prática como educador voluntário e, simulta-

neamente, colaborar para a permanente qualificação dos Cadernos. É um desafio-

convite que lhe dirigimos, ao mesmo tempo em que o convidamos a ser co-autor

da prática que aí vai sugerida.

Características do caderno

Cada capítulo ou unidade possui algumas partes fundamentais, assim distri-

buídas:

Página de apresentação do capítulo: apresenta uma síntese do assunto

e os objetivos a atingir, destacando o que os jovens devem saber e o que se

espera que saibam fazer depois das aulas. Em síntese, focaliza a relevância do

assunto dentro da área de conhecimento tratada e apresenta a relação dos

saberes, das competências e habilidades que os jovens desenvolverão com o

estudo da unidade.

A seguir, as aulas são apresentadas através de um breve resumo dos

conhecimentos a serem desenvolvidos em cada aula. Sua intenção é indicar aos

educadores o âmbito de aprofundamento da questão, sinalizando conhecimen-

tos prévios e a contextualização necessária para o tratamento das questões da

aula. No interior de cada aula aparece a seqüência de atividades, marcadas

pela utilização dos ícones que seguem:

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Indica, passo a passo, as atividades propostas para o educador. Apresenta as

informações básicas, sugerindo uma forma de desenvolvê-las. Esta seção apre-

senta conceitos relativos ao tema tratado, imagens que têm a finalidade de se

constituírem em suporte para as explicações do educador (por esse motivo

todas elas aparecem em anexo num cd, para facilitar a impressão em lâmina ou

a sua reprodução por recurso multimídia), exemplos das aplicações dos conteú-

dos, textos de apoio que podem ser multiplicados e entregues aos jovens,

sugestões de desenvolvimento do conteúdo e atividades práticas, criadas para

o estabelecimento de relações entre os saberes. No passo a passo, aparecem

oportunidades de análise de dados, observação e descrição de objetos, classifi-

cação, formulação de hipóteses, registro de experiências, produção de relató-

rios e outras práticas que compõem a atitude científica frente ao conhecimento.

Indica a duração prevista para a realização do estudo e das tarefas de cada

passo. É importante que fique claro que esta é uma sugestão ideal, que abstrai

quem é o sujeito ministante da aula e quem são os sujeitos que aprendem, a

rigor os que mais interessam nesse processo.

Quando foi definida, só levou em consideração o que era possível no momen-

to: o conteúdo a ser desenvolvido, tendo em vista o número de aulas e o plano

de ensino da disciplina. No entanto você, juntamente com os jovens que com-

põem a sua turma, têm liberdade para alterar o que foi sugerido, adaptar as

sugestões para o seu contexto, com as necessidades, interesses, conhecimentos

prévios e talentos especiais do seu grupo.

O glossário contém informações e esclarecimentos de conceitos e termos

técnicos. Tem a finalidade de simplificar o trabalho de busca do educador e, ao

mesmo tempo, incentivá-lo a orientar os jovens para a utilização de vocabulá-

rio apropriado referente aos diferentes aspectos da matéria estudada. Aparece

ao lado na página em que é utilizado e é retomado ao final do Caderno, em

ordem alfabética.

Remete para exercícios que objetivam a fixação dos conteúdos desenvolvidos.

Não estão computados no tempo das aulas, e poderão servir como atividade de

reforço extraclasse, como revisão de conteúdos ou mesmo como objeto de

avaliação de conhecimentos.

Notas que apresentam informações suplementares relativas ao assunto que está

sendo apresentado.

Idéias que objetivam motivar e sensibilizar o educador para outras possibilidades

de explorar os conteúdos da unidade. Têm a preocupação de sinalizar que, de

acordo com o grupo de jovens, outros modos de fazer podem ser alternativas

consideradas para o desenvolvimento de um conteúdo.

Traz as idéias-síntese da unidade, que auxiliam na compreensão dos conceitos

tratados, bem como informações novas relacionadas ao que se está estudando.

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Em síntese, você educador voluntário precisa considerar que há algumas com-

petências que precisam ser construídas durante o processo de ensino-aprendi-

zagem, tais como:

� conhecimento de conceitos e sua utilização;

� análise e interpretação de textos, gráficos, figuras e diagramas;

� transferência e aplicação de conhecimentos;

� articulação estrutura-função;

� interpretação de uma atividade experimental.

Em vista disso, o conteúdo dos Cadernos pretende favorecer:

� conhecimento de propriedades e de relações entre conceitos;

� aplicação do conhecimento dos conceitos e das relações entre eles;

� produção e demonstração de raciocínios demonstrativos;

� análise de gráficos;

� resolução de problemas;

� identificação de dados e de evidências relativas a uma atividade experimental;

� conhecimento de propriedades e relações entre conceitos em uma situação

nova.

Como você já deve ter concluído, o Caderno é uma espécie de obra aberta, pois

está sempre em condições de absorver sugestões, outros modos de fazer,

articulando os educadores voluntários do Projeto Formare em uma rede que

consolida a tecnologia educativa que o Projeto constitui. Desejamos que você

possa utilizá-lo da melhor forma possível e que tenha a oportunidade de refletir

criticamente sobre eles, registrando sua colaboração e interagindo com os jovens

de seu grupo a fim de investirmos todos em uma educação mais efetiva e na

formação de profissionais mais competentes e atualizados para os desafios do

mundo contemporâneo.

GIPE – Gestão e Inovação em Projetos Educativos

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Caro(a) Educador(a)

Os conteúdos deste caderno podem ser desenvolvidos por mais de uma pessoa distribuídos por tópicos: desenho e conceitos e outra para desenho arquitetônicos e de estrutura de concreto armado).

Os conteúdos apresentados têm por objetivo incentivar aos alunos a desenvolver projetos e reconhecer a importância dos projetos na área da construção civil. Sugere-se considerar no planejamento dos objetivos do processo de ensino e aprendizagem: as dimensões do conhecimento “saber o quê” (factual, conceitual, procedimental, metacognitivo) e as dimensões do processo cognitivo “saber como” (lembrar, entender, aplicar, analisar, avaliar e criar). Sugere-se desenvolver os conteúdos adotando metodologias de ensino ativas (aprendizagem baseada em projetos, aprendizagem baseada em problemas, mapas conceituais conforme descritos nos planos de aula) que levem ao aperfeiçoamento/ refinamento dos comportamentos e posturas necessários para a vida profissional. Sugestão para os EV´s usar o como recurso auxiliar o SketchUp disponível no site: http://www.sketchupbrasil.com/

Orientações

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Sempre houve desenho na história da humanidade, seja para afugentar os

espíritos e representar a maneira como feririam o animal na próxima caçada,

como também para registrar o evento já realizado. No primeiro caso, pode ter

acontecido um planejamento. É o que inferimos pelos desenhos pré-históricos

encontrados nas Cavernas de Lascaux, na França, e Altamira, na Espanha, por

exemplo, bem como em algumas inscrições rupestres encontrados em Santa

Catarina, na Ilha do Campeche.

O desenho, entendido como figuras traçadas em uma superfície para represen-

tar objetos tridimensionais, apresenta um poderoso meio de expressão e co-

municação. É uma linguagem gráfica que acompanhou a humanidade em sua

evolução e diversificou-se a partir de sua função. Quando precisou ser descriti-

vo, gerou a linguagem escrita; quando precisou expressar sentimentos e valo-

rizar aspectos estéticos, buscando transmitir emoções e subjetividades, se trans-

formou em desenho artístico e, finalmente, em desenho técnico, para a

representação de formas e soluções de problemas. Sua finalidade passou a ser

a representação precisa de formas tridimensionais em superfície plana, a fim

de comunicar de maneira exata o objeto a ser fabricado. O desenho à mão

livre faz dele um instrumento muito usado pelos desenhistas, arquitetos e enge-

nheiros para acompanhar mais rapidamente o pensamento, podendo criar e ir

analisando conforme idealiza. As regras internacionais do desenho técnico

ajudam os criadores desenhistas a investirem na compreensão do que comuni-

cam. Daí a importância de estudar as chamadas NBR para Desenho Técnico (Nor-

mas Brasileiras da Associação Brasileira de Normas Técnicas). O computador, com

softwares especiais, também pode auxiliar nas soluções de problemas da fabri-

cação de peças em geral, bem como em desenho gráfico e editoração eletrônica,

na publicidade e na propaganda.

Este caderno apresenta sugestões de trabalhos que favorecem o reconhecimen-

to de aspectos básicos do Desenho Técnico e a construção de conhecimentos

importantes para as funções determinadas por uma empresa na área de

Operações Logísticas e Serviços. Inclui exercícios que atendem às necessidades

de desenvolvimento de habilidades e competências para perceber, criar e dese-

nhar objetos à mão livre e com instrumentos e a ler tabelas e gráficos. Possibi-

lita também o exame de materiais diversos usados pelos criadores e produtores

Introdução

9

de invenções, além de algumas ferramentas computacionais da área da arqui-

tetura e de design gráfico utilizadas pela publicidade e propaganda.

Todos os exercícios aqui reunidos são sugestões para que o educador os adote

a partir do que os jovens apresentam como necessidades urgentes no trato do

desenho técnico.

Os registros escritos pelos jovens, seus diários de bordo, as trocas de idéias, os

posicionamentos e participação em grupo possibilitarão ao educador acompa-

nhar o processo de aquisição dos conhecimentos e habilidades necessários à

disciplina, o que poderá ainda ser complementado por provas a serem elabo-

radas segundo a realidade vivida pela turma. Como estratégia avaliativa apoia-

da na recompensa aos que mais se empenham, sugere-se também que o edu-

cador ofereça alguns bônus, que funcionam como desafio e incentivo para

demonstrarem seu interesse e sua autonomia na busca e solução de problemas

que remetem a novas situações.

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Sumário

1 Desenho e conceitosPrimeira Aula

Normatização do desenho técnico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15Segunda Aula

Tipos de linhas técnicas: horizontais e verticais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Terceira Aula

Instrumentos para desenho técnico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19Quarta Aula

Tipos de linhas técnicas: linhas curvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Traçado à mão livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Traçado com instrumentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Quinta AulaForma dos números e letras técnicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Sexta AulaCaligrafia técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Sétima Aula

Cota nominal, linha de chamada e linha de cota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25Oitava Aula

Escalas normalizadas e uso do escalímetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25Nona Aula

Cotagem de desenhos de figuras geométricas planas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26Décima Aula

Escalas: redução e ampliação de desenhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27Décima Primeira Aula

Representação em perspectiva e a fotografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29Décima Segunda Aula

Realização de perspectiva isométrica de cubo e cilindro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33Décima Terceira Aula

Vista principal: conceituação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34Décima Quarta Aula

Esboço da perspectiva isométrica de peças com e sem furos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34Décima Quinta Aula

Projeções ortogonais: conceituação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36Décima Sexta, Décima Sétima e Décima oitava Aulas

Estudo em grupo e elaboração de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59Décima Nona e Vigésima Aulas

Apresentação dos trabalhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59Vigésima Primeira Aula

Organização de entrevista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60Vigésima Segunda Aula

Entrevista de um profissional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60Vigésima Terceira Aula

Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

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2 Leituras e interpretação de projetos e de estrutura de concreto armado

Primeira AulaFormas de representação arquitetônica: planta de situação e planta baixa . . . . . . . 65

Segunda AulaFormas de representação em elevação e perfil através dos softwares . . . . . . . . . . 66

Terceira AulaRepresentação arquitetônica através de softwares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

Quarta AulaImpressão do projeto elaborado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

Quinta AulaEquipamentos e software para CAD: princípios e funcionamento . . . . . . . . . . . . . . 72

Sexta AulaProjetos arquitetônicos em CAD: princípios de funcionamento . . . . . . . . . . . . . . . . 75

Sétima AulaVisita técnica e manejo do programa CAD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

Oitava AulaManejo do programa CAD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83Anexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

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Neste capítulo, serão apresentados conceitos de linhas curvas, retas, paralelas e perpen-

diculares que servem para o desenho projetivo em vistas ortogonais, além de regras para

escrita de letras e números em desenho técnico (NBR), relacionando-as com aplicações

práticas.

Os seguintes conceitos, já conhecidos, poderão ser rememorados em breve conversa

introdutória: linhas retas e curvas, segmento de reta, perpendiculares e paralelas, vertical,

horizontal, inclinada; noções básicas do uso de compasso e do esquadro.

1 Desenho e Conceitos

Este capítulo trata também da notação de cotas, ou cotagem, como fator

preponderante para a perfeita composição e funcionamento dos componentes de

uma máquina ou produto industrial. Também apresenta a noção de escala e manejo

dos instrumentos, como auxiliar na tarefa de medir.

Para desenvolver os conteúdos previstos neste capítulo, serão necessários conhecimen-

tos relativos às noções básicas de proporção e “regra de três”.

Neste capítulo os jovens aprenderão o que são projetos ortogonais e desenho de cro-

qui, a posição das vistas nos planos de projeção, as vistas usuais: planta, elevação e

perfil; a supressão de vistas; a visibilidade das arestas e a escolha da vista principal.

Também aprenderão a aplicar o princípio da proporcionalidade na execução das

projeções ortogonais em croqui de algumas peças fornecidas.

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Objetivos

� Conhecer as regras da NBR8402 e NBR8403 para desenhar linhas e escrita técnica;

� Familiarizar-se com os meios de expressão e representação gráfica de objetos, além

de usar os instrumentos básicos para a aplicação prática em trabalhos;

� Desenvolver habilidade no manejo do lápis, a desinibição e a espontaneidade em

desenho à mão livre, usando instrumentos próprios do Desenho Técnico;

� Saber valorizar e obedecer regras;

� Desenvolver o senso de observação e de medida.

� Conhecer as regras da NBR10126, que fixa princípios gerais de cotagem a serem

aplicados em desenho técnico;

� Familiarizar-se com a representação gráfica de cotas, além de usar os instrumentos

básicos para a aplicação prática em trabalhos a serem desenvolvidos;

� Desenvolver habilidade do manejo da régua e escalímetro.

� Familiarizar-se com a forma e a representação isométrica de objetos;

� Utilizar os instrumentos básicos para a aplicação prática em trabalhos de desenho,

leitura e interpretação destes objetos;

� Desenvolver habilidades no manejo da régua ou do esboço à mão livre, do papel

milimetrado, do escalímetro e do transferidor;

� Desenvolver o senso de observação e de medida.

� Familiarizar os jovens com a forma e a representação em vistas ortogonais de obje-

tos, além de seguir as regras de composição de seus campos de projeção;

� Compreender as diversas formas de esboçar croquis e a facilidade de comunicar

idéias através deles;

� Desenvolver habilidades no manejo da régua ou do esboço à mão livre, além da

escolha de vistas que mais detalham o objeto;

� Desenvolver o senso de observação, de medida e de proporcionalidade na execução

das projeções ortogonais.

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Descobrindo a necessidade denormatização para o desenho técnico

Depois das apresentações pessoais, dos objetivos e al-gumas combinações de ordem administrativa do curso,distribua folhas de desenho tamanho A4 e peça aosjovens que escrevam seu nome e, a seguir desenhemuma peça, ou inventem um objeto qualquer de manei-ra que não precisem descrevê-lo oralmente. Os desenhosdevem representar a peça de todos os lados.

Não entre em detalhes, apenas peça que os jovens façamsuas perguntas que possam ser respondidas somentecom as palavras sim ou não.

Passo

À medida que terminarem o desenho, os jovens escre-verão o nome da peça e o colocarão no quadro, pren-dendo-o com material adequado.

A seguir, peça que classifiquem os desenhos sob um crité-rio qualquer, escolhido por eles. justificando a escolha.Quem não concordar, pode movimentar os desenhos,refazendo a classificação do colega e argumentando arespeito do critério que achar mais lógico. Os jovens co-mentam e refazem as trocas até que todos estejamsatisfeitos.

Por fim, comente a classificação. Apresente a necessi-dade de regras a serem criadas para que todas as pes-soas estejam de acordo, internacionalmente, a respeitodos tipos de linhas e normas para a escrita das letras eposicionamento do selo de identificação nos desenhosprojetivos, por exemplo (NB8402 e 8403), a fim de quetodos possam ler e executar a mesma peça de formacorreta, em qualquer lugar do mundo.

Passo 1 / Aula teórica

20min

Se alguns jovens tiveram dificuldade de imaginar uma peça, sugira algumas, sem

chamar a atenção sobre elas. Só aja dessa forma se os jovens não tiverem tomado

a iniciativa de desenhar.

Primeira Aula

Normatização do desenho técnico

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Conhecendo e valorizando asdeterminações das normas

Proponha aos jovens que se distribuam em duplas outrios para a próxima tarefa, que será a apresentação eo estudo das Normas brasileiras para desenho técnicoNB 8402 e 8403)1.

Distribua as normas para leitura e peça que destaquemas mais significativas, anotando-as em um caderno queserá o seu diário de bordo.

Educador, deixe claro que o objetivo do trabalhodeve ser o resultado das discussões nas duplas ou trios,suas impressões a respeito dos desenhos dos colegas edos seus, e não cópia da norma.

1 As referidas normas estão disponíveis no sitehttp://geocities.yahoo.com.br/capatto_br/downloads.html

Passo 2 / Trabalho em grupo

30min

O educador pode dar para os jovens os polígrafos com os desenhos oferecidos pelas Normas

brasileiras do desenho técnico e propor que comparem com os desenhos produzidos por eles.

Pode também, com auxílio do computador, pedir que busquem solucionar o problema da

falta de critérios apresentados nos trabalhos realizados, através da verificação junto ao site da

Associação Brasileira de Normas Técnicas para Desenho Técnico.

Diário de bordo É o registro de todo e qualquer elemen-to que auxilie o jovem a construir seuconhecimento, desde recortes de jornal,apontamentos ou exercícios de aula,exercícios feitos em casa ou em qual-quer outro lugar, registros de visitas,tudo o que for vivenciado ou relaciona-do às questões em estudo. Estes serãocolocados em uma pasta com elástico ouqualquer outra de preferência do jovem.

Segunda Aula

De posse dos desenhos feitos, das NBRs e dos dados maisimportantes a respeito das suas observações quanto àsdiferenças apresentadas em seus próprios desenhos,oriente os jovens a formar um grande grupo na sala deaula. Sugira que analisem os resultados de sua investi-gação e organizem um Manual de Normas da Classe,com os itens que julgam ser importantes e que deverãoser lembrados.

Passo 1 / Análise coletiva

20min

Tipos de linhas técnicas:horizontais e verticais

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Ouvindo e anotando

Complemente e problematize as descobertas dos jovens,organizando-as e complementando-as com outras, taiscomo:

Tipos de desenho: termos empregados no desenhotécnico conforme a NBR106472. desenho projetivo; dese-nho não projetivo: diagramas, ábacos ou nomogramas;fluxogramas, organogramas e gráficos.

Escrita das letras: normógrafo; letras decalcáveis; letrasà mão livre.

Instrumentos: uso e conservação.

Materiais: lápis ou lapiseira com minas e grafites detamanhos e dureza diferentes: do 9H ao 6B. Tipos deborrachas adequadas para cada tipo de desenho.

Maneira correta de: segurar o lápis, traçar linhas retasverticais, horizontais e curvas, apagar com a borracha.

Os jovens ouvem e anotam.

2 http://www.abnt.org.br/cb04/admin/ProjRev%20NBR%2010647-1989.pdf (site da ABNT de 1994 que cancela e substitui a NBR10647-1989)

Passo 2 / Aula teórica

15min

Para os jovens que pesquisarem diversos tipos de lápis de desenho, explicarem como trabalhar

com eles, referirem onde encontraram essas informações, poderá ser dado um “bônus”. Além de

oportunizar que desenvolvam a autonomia, é um bom recurso para avaliar, num primeiro

contato, seu interesse. O educador poderá sugerir assuntos a serem pesquisados ou deixar livre a

possibilidade de ampliação de conhecimentos.

Passo 3 / Atividade prática

15min

Peça aos jovens que desenhem, primeiramente, retashorizontais e verticais à mão livre, com pequenos tra-ços sucessivos. Depois, eles as reforçarão com segu-rança, conforme mostra a Figura 1 e exercícios (1ª e 2ªtécnicas horizontais, disponíveis no final do caderno).

BônusUma recompensa que sinalize a posi-tividade da atitude do jovem: pode seruma guloseima, um lápis e até mesmouma marcação positiva a ser conside-rada na avaliação final.

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Fig. 1

Após, indique que façam outras retas horizontais everticais, desenhando de uma só vez e fixando os olhospara o ponto final da linha, conforme figuras 2 e 3 eexercícios (1ª e 2ª técnicas verticais, disponíveis nofinal do caderno).

Fig. 2

Fig. 3

18

Treinando a movimentação da mão e pulso

I: Treino com linhas paralelas verticais, horizontais einclinadas, superpondo-as, como em grades. Prepare omaterial em folhas A4, com a forma anteriormenteapresentada, como exercício.

II: Treino com linhas paralelas verticais, horizontais eparalelas aplicadas em desenhos simples, de peças co-muns da empresa, para que os jovens as copiem.

Utilizando os instrumentos de desenhoEsquadros de 45° e 60°

Demonstre no quadro branco como se faz a utilizaçãodesses instrumentos. Os jovens praticarão em diversostraçados, paralelos horizontais, verticais e inclinados.Poderão também utilizar o exercício como suportemais dirigido.

Educador, você pode preparar a folha com diversospontos ou dar o exemplo no quadro e os jovens execu-tarão em suas folhas de desenho. Eles estarão treinan-do uma habilidade importante para quem quer fazerdesenhos técnicos. No entanto, os desenhos de peçassimples deverão ser visualizados em cópias na folha A4e não no quadro branco, pois pressupõem a habilida-de de transferência de dados através de escala, o queainda não foi desenvolvido de maneira sistemática.

Passo 1 / Exercícios

30min

Passo 2 / Exercícios

20min

Instrumentos para desenho técnico

Terceira Aula

19

Fig. 4

2 Aplicação de curvas em desenho topográfico.

Na seqüência, os jovens irão:

1 Desenhar circunferências dentro de quadradospreviamente traçados, marcando os pontos cen-trais dos lados dos quadrados e depois unindo-oscom curvas.

2 Desenhar círculos concêntricos.

3 Desenhar sinuosas, também à mão livre, a partirde retângulos pré-traçados.

Traçando curvas com instrumentos

Demonstre o manejo do compasso e do esquadro, noquadro branco ou numa folha. Motive os jovens apraticarem em diversos desenhos, sobrepondo-os.

1 Traçado de curvas com movimentos amplos, de-pois de demarcar alguns pontos de referência,conforme figura 4.

Passo 2 / Exercícios

15min

Traçando curvas à mão livre

Proponha o treinamento do traçado de curvas à mãolivre através dos seguintes exercícios:

Passo 1 / Exercícios

20min

Tipos de linhas técnicas:linhas curvas

Quarta Aula

20

Analisando os exercícios

Proponha que, em pequenos grupos, os jovens expo-nham aspectos fáceis na realização do exercício. Depois,no grande grupo, motive-os a identificar as dificuldadesque encontraram. Discuta alternativas de resolvê-las.

Após a discussão, solicite que relatem as alternativasde solução, por escrito, no seu diário de bordo.

Passo 3 / Trabalho de grupo

15min

O educador pode ter folhas com vários exercícios para serem oferecidos aos jovens que se

interessarem em fazê-los em casa, ou, ainda, para o caso de o educador concluir que podem

melhorar sua habilidade na execução dos desenhos.

Começando a traçar letras

Proponha aos jovens o exercício 2, que deverá serexecutado atendendo a escrita nas direções indicadasem cada letra, até o fim da linha.

Passo 1 / Exercícios

15min

Quem descobrir um livro que ensine como realizar a escrita de numerais poderá receber um

“bônus”, isto é, algum brinde previamente acertado com a turma.

Formas dos números e letras técnicas

Quinta Aula

Esteja atento ao demonstrar o uso do compasso e dos esquadros, pois, no quadro branco, os

instrumentos exigem movimentos mais amplos e a maneira de segurá-los é diferente daquela

ao manejar o compasso e os esquadros sobre a mesa de trabalho. Os jovens poderão

experimentar as diferentes situações e serem desafiados a responder: "Onde há mais

dificuldade?". Na comparação entre os dois traçados, chegarão à conclusão de que não há

dificuldade, mas as duas situações requerem habilidade de manejar os instrumentos no plano

vertical ou no plano horizontal.

21

Educador, desafie os jovens perguntando o porquêdessas combinações. Esteja preparado para recebertodo o tipo de justificativa, mas a que melhor respon-derá é a que fizer referência à área que cada letraocupa junto à outra.

Descobrindo os truques

Proponha exercícios em que os jovens deverão escreverduas palavras que ilustrem que:

1 Letras com traço vertical que estejam perto de umacom traço curvo devem ser menos aproximadasdo que no caso de vertical com inclinado.Exemplo: O e I

2 Letras com linha vertical e linha inclinada devemser aproximadas. Exemplo: N e V

3 Letras com linha inclinada e linha curva, como emD e A , o espaçamento deve ser calculado, medin-do a partir da metade do traço inclinado.

4 Letras com linhas curvas junto a outra linha curva,numa combinação dos traços curvos com curvos,devem se aproximar mais do que em todos osoutros casos. Exemplo: O e C

Passo 3 / Exercícios

20min

Dependendo da habilidade e interesse demonstrados, o educador poderá pedir que escrevam

mais palavras.

Fazendo combinações de letras

Os jovens escreverão letras que tenham as caracte-rísticas abaixo descritas:

1 Linhas paralelas como intervalo, como N e H;

2 Linhas curvas, como O e C;

3 Linhas curvas e inclinadas, como D e A;

4 Linhas retas e inclinadas, como I e V;

5 Linhas paralelas inclinadas, como V e A.

Passo 2 / Exercícios

15min

22

Desenhando em espaços determinados

Prepare linhas com palavras de uso comum na empresae peça aos jovens que as repitam várias vezes e emdiversos tamanhos de linhas e espaços, usando ascaracterísticas da composição das letras, segundo suaforma e espaçamento.

Passo 2 / Trabalho individual

15min

Sexta Aula

Desenhando a escrita técnica

Coloque no quadro branco as letras X, J, P, L, F e T epergunte aos jovens: "Se a área das letras combinadasdetermina o tratamento dos espaços, como eles deverãotratar estas letras ao combiná-las com outras?"

A resposta que mais se aproximar de "sobrepondo-as"estará correta, como por exemplo: LV, TA, FT.

Solicite que os jovens desenhem três palavras com estascombinações, seguindo as regras estabelecidas.

Indique a construção de frases com estas palavras.Quando escolherem uma frase para escrever, eles jádeverão saber que:

1 na composição de frases em linhas estreitas (pau-tas de pouca altura), as letras largas e mais espa-çadas terão maior e melhor legibilidade;

2 o sinal de pontuação é considerado uma letra.

Passo 1 / Exercícios

15min

Caligrafia técnica

Refazendo o primeiro desenho

Proponha que os jovens retomem o desenho realizadona primeira aula e o refaçam, agora seguindo asdeterminações brasileiras quanto às normas técnicasde desenho projetivo. O novo desenho deverá atenderàs exigências da NBR8402 e as linhas usadas consi-derarão a NBR8403.

Passo 3 / Trabalho individual

20min

23

NB8403 – trata da aplicação de linhas em desenhos, especificando os tipos e as lar-

guras das linhas.

NB8402 – trata das regras de espaçamento entre as letras na escrita de desenho técnico.

Embora o estudo de desenho das vistas ortográficasseja especificado mais adiante, o desenho no inícioservirá como pré-avaliação, para verificar o que os jo-vens já conheciam.

Também possibilitará que percebam a necessidade denormas que permitam melhor comunicação entreleitores de desenho técnico projetivo e os executores daspeças nas fábricas ou empresas de produção gráfica.

Se não houver tempo suficiente para a reelaboração dodesenho, comente com os jovens os erros cometidospor ignorarem as regras.

24

Nesta aula os jovens aprenderão o que é cota

nominal, linha de chamada e linha de cota.

Passo 1 / Aula prática

50min

Medindo objetos

Os jovens, com trenas e escalímetro, medirão objetos eos desenharão colocando as medidas encontradas, emposições apropriadas, seguindo as regras NBR 10126 (quefixa princípios gerais de cotagem a serem aplicados emdesenho técnico).

Os desenhos e medidas serão guardados na pasta do diá-rio de bordo, para serem utilizados na aula seguinte.

Educador, providencie massa de modelar , estiletes,réguas e escalímetros, de modo a possibilitar o traba-lho da aula seguinte. Recomenda-se também que asclasses sejam protegidas com papel pardo ou que osjovens trabalhem sobre tabuinhas.

Nesta aula serão estudadas escalas normalizadas e o uso

do escalímetro (relação de redução e ampliação).

Oitava Aula

Passo 1 / Aula prática

50minInventando peças

Proponha que os jovens:

a) Confeccionem com a massa de modelar algumaspeças mecânicas;

b) Com o estilete, façam cortes nas peças;

c) Na seqüência, desenhem as peças anotando asmedidas com uma régua comum ou um escalímetro,que o educador explicará como usar;

Discuta com grupos as dificuldades encontradas. A dis-cussão fará surgir questões novas. Auxilie aos jovens a

Sétima Aula

25

Nesta aula os jovens aprenderão o que é cota-

gem de desenhos de figuras geométricas planas

e componentes (peças) de produtos industriais;

tipos de cotagem: em série, paralela e mista.

Nona Aula

Passo 1 / Trabalho em grupo

50min

Consultando sites e refazendo seus caminhos

Separe a turma em grupos de três e apresente a tarefaque segue, a ser desenvolvida em um ambiente infor-matizado. Os jovens acessarão sites disponíveis paraconsulta, com alguns exercícios correspondentes aostópicos já estudados, a partir da exposição do educa-dor, sobre a NBR 10126.

Dê liberdade para escolherem outros sites, disponibilizematerial com desenhos e exemplos além de bibliogra-fia própria para que estudem e resolvam questões/de-safios como:

Outra possibilidade de exercício é propor a interpretação da figura abaixo e, depois, desafiá-

los a reproduzir os seus com a mesma técnica. Neste caso, reporduza a figura para a visuali-

zação por todos os jovens.

resolvê-las. Suponha situações importantes que nãotenham surgido, tal como desenho de uma peça cujosfuros são internos ou ainda um desenho com sombra.

Fig. 1 – Expressão gráfica.Os claros e escuros dão

mais realismo ao desenho.

26

Educador, os sites incluem outros problemas além dosque estão relacionados com as questões/desafio soli-citadas. Auxilie os jovens a se aterem ao que interes-sa, mas prepare-se para as perguntas que virão, serealmente ficarem interessados.

Nesta aula os jovens aprenderão o que são esca-

las, redução e ampliação de desenhos e a fazer

anotações na escala que está sendo usada em

cada desenho.

Décima Aula

1Como solucionar problemas de cotagem em peças deprodutos industriais, quanto a:�tipos de cotagem: em série, paralela e mista?�cotagem de rasgo, de chanfro, de rebaixo, de furo?�cotagem com elementos angulares?�cotagem de figuras geométricas planas e compo-

nentes (peças) de produtos industriais?

2Como determinar a escala em que um desenho foiexecutado?

Os jovens poderão eleger um dos sites abaixo sugeridos,escrever e desenhar nos seus diários de bordo as res-postas às questões/desafios. Poderão redesenhar osexercícios e solucioná-los em algum dos programas dedesenho do computador, ou mesmo no Word.

Os sites recomendados para esta atividade são:

www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/6.htmthor.deec.uc.pt/~dcg/pdfs/cotagem.pdfwww.bibvirt.futuro.usp.br/textos/tem_outros/cursprofissionalizante/tc2000/des_tecnico/aula22.pdf

Passo 1 / Comunicação de resultados

50min

Resolvendo questões e refazendo conceitos

Proponha que, de posse dos resultados de sua inves-tigação, os grupos contem uns para os outros as dificul-dades encontradas e tentem resolvê-las no grandegrupo. Anote as dificuldades solucione as dúvidas.

27

No banco de teses, disponível no site www.teses.eps.ufsc.br, o educador estará informado

sobre trabalhos que dizem respeito ao alunado dos cursos de Engenharia Mecânica e de

Produção Mecânica, da UFSC. Entre elas, aparecem novos modelos de aprendizagem que esti-

mulam a aprender e a ensinar o que há de mais atual nesta área.

Para a compreensão de escalas, é possível utilizar ospróprios desenhos que os jovens fizeram e simular com-ponentes maiores e menores. O método dos quadra-dinhos para desenhar em menor ou maior escala, é umdos que mais são entendidos pelos jovens e melhorexplica escalas, reduzindo ou ampliando desenhos.

A notação das escalas no desenho deverá ser novamenteexplicada pelo educador, caso as indicações no site nãotenham sido suficientes.

28

Nesta aula serão comparadas representação em

perspectiva e fotografia, introduzindo a noção

de perspectiva isométrica.

Décima Primeira Aula

Passo 1 / Discussão

15min

Procurando dar significado à palavra perspectiva

Coloque duas palavras no quadro e peça que os jovensdigam o que sabem sobre elas: PERSPECTIVA e ILUSÃODE ÓTICA

Tenha para si a explicação recomendada aqui, relacio-nada com o curso em andamento, mas deixe que osjovens discutam qual das experiências está relacionadacom o que eles irão estudar.

Por exemplo: “perspectiva é um termo de significadoamplo que possui várias acepções, muito embora elassejam bastante relacionadas umas com as outras. Aidéia básica que une todos os significados é a de que aexperiência humana é relativizada de acordo com oponto de vista de onde ela é vivenciada.” (www.gnu.org– Free Documentation License).

Em desenho técnico, quem constrói o desenho podefazer a escolha, mas deverá seguir algumas normas.

Construção impossível: o exemplo de constru-ção impossível é dado por Escher, em “Relativity”, alitografia que aparece na figura 1, e um desenho cor-respondente onde um boneco tenta fazer o caminhodas escadarias. Veja o que acontece.

Idéia dupla: na figura dupla (há vários exemplos mui-to conhecidos) vê-se uma só figura com duplo sentido,como na figura 2.

Ilusão de ótica: as figuras são uma coisa mas pare-cem ser outra coisa, como na figura 3.

Os três tipos de ilusão em relação ao ponto de vista são: a idéia dupla, a construção

impossível e a ilusão de ótica.

29

Passo 2 / Aula prática

20min

Fig. 1 – Relativity, Mauritus CornelisEscher (1898-1972). Desenho

mostrando os caminhos impossíveis.

Fig. 2 – O rosto de umhomem e o que mais?

Ilusão de ótica: levantando questões

As fotografias, os desenho e a arte de Escher podemlevantar questões entre os jovens sobre a ilusão que aperspectiva nos dá com as coisas que estão mais distan-tes ou mais perto do observador e sobre as fantásticase perturbadoras imagens que promovem.

As ilustrações aqui mostradas e outras para compreensãopoderão ser melhor visualizadas nos sites incluídos nasreferências no final deste capítulo, ou se for o caso, pode-rão ser copiadas para serem mostradas coletivamente.

30

Fig. 3 – Será que oscírculos brancos existem?

Fig. 4 – Galeria Terreirodo Paço, Lisboa.

Fig. 5 – HotelHorizonte, Madri.

Perspectiva isométrica

Para introduzir a noção de perspectiva isométrica,pergunte aos jovens, depois de observação atenta dasfotos e imagens:

Que tipo de perspectiva deverei usar no meu projeto de

desenho para dar as dimensões exatas à pessoa que vai

executá-lo?

Passo 3 / Aula expositiva-dialogada

15min

31

Fig. 6 – Tiposde perspectiva.

perspectiva

cônica

perspectiva

cavaleira

perspectiva

isométrica

Fig. 7 – Eixos isométricos.

x y

z

120º12

120º

Educador, para trabalhar esses conceitos, é impor-tante que os jovens dominem noções básicas de pro-porção, tridimensionalidade, bidimensionalidade,além de alguns aspectos de geometria. Caso seja ne-cessário que eles relembrem alguns desses conceitos,recomende a consulta ao sitewww.bibvirt.futuro.usp.br/textos/tem_outros/cursprofissionalizante/tc2000/des_tecnico/aula2.pdfNele, os jovens encontrarão uma aula completa sobregeometria, explicando retas, semi-retas, figuras geo-métricas planas, sólidos geométricos de revolução,sólidos truncados, vazados, além de introdução asólidos geométricos na área da mecânica.

Os exemplos de perspectivas a seguir, usadas para repre-sentar um objeto de três dimensões, ajudará os jovensa visualizar o que construirão como conceito:

A perspectiva isométrica, a que menos deforma a figura,é construída a partir de três ângulos consecutivos de 120°.São três semi-retas que têm o mesmo ponto de origem,formando entre si os três ângulos de 120° .

32

Desenhando prismas e círculos em perspectivaisométrica

Desenhe no quadro, representando com eixo isométri-co, primeiramente, uma figura simples, por exemplo, umprisma de base retangular, depois um cilindro.

Os jovens, em uma folha de papel reticulado, própriapara desenho, seguirão os passos do educador, tendo ocuidado de fazer linhas fracas, com a mão leve, paranão precisarem apagar e manchar o papel com aborracha.

Nesta aula serão desenhados o cubo e o cilindro

em papel milimetrado, em perspectiva isométrica.

Décima Segunda Aula

Passo 1 / Aula prática

50min

Fig. 8 – Passos a seguir para construção de um prisma de base retangular.

Fig. 9 – Passos a seguir na construção de um cilindro.

Como bônus, o educador poderá desafiar os jovens a construírem um cone e talvez uma ca-

lota, com a ressalva de que é uma calota em desenho geométrico. Será interessante verificar

os jovens desenhando calotas de carro.

33

Inventando peças para desenhar

Em massa de modelar ou em barras de sabão, soliciteque os jovens "fabriquem" peças com diversas dificul-dades, tais como: com rebaixo paralelo, oblíquo, dechanfro, com furo e com rasgo em V.

Mostre a dificuldade já em vista principal, no quadroou em lâminas.

Cada jovem, além do seu objeto, desenhará o do cole-ga ao lado e mais dois.

No final da aula, todas as peças e os vários desenhosserão expostos, e o grande grupo tentará descobrirquais as dificuldades que os desenhos apresentaram.Identificarão a importância da definição de vista prin-cipal. Convém propor que refaçam os desenhos cujasdificuldades foram comentadas.

Nesta aula será constuído o conceito de vista prin-

cipal.

Décima Terceira Aula

Passo 1 / Aula Prática

50min

Outro tipo de exercício que pode ser feito é desafiar os jovens a modelarem seu objeto e

solicitarem a um colega que o desenhe. Nesta proposta, o desafio de representação implica

em compreensão do objeto criado.

Nesta aula os jovens esboçarão a perspectiva iso-

métrica de peças com e sem furos e escolherão a

melhor face para desenhar.

Décima Quarta Aula

Passo 1 / Aula Prática

50minEscolhendo a face para desenhar

Os jovens deverão chegar à conclusão de que, paraescolher a vista principal em perspectiva isométrica, épreciso observar muito bem a peça.

Quanto mais perfeito for o desenho técnico, melhor será a execução da peça que se

orientou por ele.

34

Para que isso aconteça, ofereça diversas peças com umadas faces mais complicadas.

Pergunte qual delas deve ser a vista principal, parafavorecer ou simplificar o trabalho de quem vai fabri-car a peça.

Proponha que os jovens executem os desenhos a partirdeste princípio em folhas reticuladas que deverão serdisponibilizadas, em ângulo de 120°. No fim do perío-do, disponha os desenhos em uma grande mesa, paraserem observados e comentados.

Caso haja de tempo, os comentários podem ser feitospor escrito. Retome cada um com o grande grupo,discutindo outras alternativas de representação.

Os desenhos e o relatório podem fazer parte de um ál-bum comum que comporá o histórico da turma. À me-dida que vão avançando e melhorando desenhos etraçados, o grupo vai valorizando os mesmos. Isto osincentivará a fazê-los cada vez melhor.

35

Nesta aula os jovens construirão o conceito de

projeções ortogonais.

Décima Quinta Aula

Passo 1 / Aula prática

15min

Olhando de cima

Mostre em um cartaz ou confeccione os objetos dese-nhados na figura abaixo

A

B

A

B

A

B

A

B

Peça que os jovens desenhem os quatro elementos,como se os vissem de cima.

Pela comparação dos resultados, chegarão à conclusãode que todos os desenhos são semelhantes.

A

B

A

B

A

B

A

B

Desafie-os a desenharem os quatro elementos de modoque todos entendam o que está sendo desenhado. Paraisso, coloque números em cada uma das peças e discutaas possibilidades de representação com eles.

Os jovens deverão chegar à conclusão de que mais de umdesenho é necessário para que se entenda e interpretea peça.

Refira que, aos desenhos que completam a interpre-tação correta da peça, chamamos de desenho de vistasde projeções ortogonais, ou ortográficas.

Fig. 2

Fig. 1

36

Passo 2 / Trabalho de grupo

35minCriando objetos de aprendizagem

Esta parte da aula será utilizada para organizar a turmapara as atividades que serão desenvolvidas no decorrerdas próximas aulas.

O objetivo do trabalho que segue é fazer com que osjovens aprendam as diversas maneiras de estudar deta-lhes da posição dos objetos em vistas usuais, tais como:planta, elevação e perfil, supressão de vistas e visibili-dade de arestas dado um desenho em perspectivaisométrica e vice-versa.

Os jovens farão medições e compararão blocos, determi-nando suas medidas, orientados pela proporcionalidade.

Terão cinco aulas para aprender, construir objetos e pro-duzir as apresentações propostas. A presente prepara-ção supõe que o educador:

1 Divida a turma em cinco grupos.

2 Distribua os desafios e exercícios, contidos nospolígrafos anexos, para os grupos, ou os encami-nhe para a consulta aos sites sugeridos1. Cadagrupo receberá um polígrafo diferente. Porexemplo:Para grupo 1 – Projeções ortogonais e perspectivaisométrica; Para grupo 2 – Projeções ortogonais de figurasplanas;Para grupo 3 – Projeção ortogonais de sólidosgeométricos; Para grupo 4 – Projeção ortogonais de modeloscom elementos paralelos e oblíquos;Para grupo 5 – Projeção ortogonais de modeloscom elementos diversos;

3 Cada grupo construirá uma peça de demons-tração em Projeções Ortográficas, conforme asorientações contidas nos polígrafos distribuídos.

1 Os exercícios para compreensão de Projeções Ortogonais utiliza-dos nestas aulas são da Biblioteca Virtual do Estudante de LínguaPortuguesa, cujo site é www.bibvirt.futuro.usp.br/index.php.Também há outros sites, relacionados ao final do capítulo, nosquais as atividades sugeridas são encontradas.

37

4 Os grupos criarão, também, exercícios para oscolegas resolverem, com os conteúdos propostos.

5 Proponha que os grupos troquem informações.Ao apresentarem suas descobertas aos outrosgrupos, notarão que elas têm seqüências diferen-tes, que se complementam.

6 Ao final dos cinco encontros, os trabalhos serão apre-sentados em um painel e serão avaliados por todos.

2 A política de acervo do site da Biblioteca Virtual doEstudante de Língua Portuguesa diz o seguinte: Fazemoso possível para certificarmo-nos de que os materiaispresentes no acervo estão em domínio público (70 anosapós a morte do autor). Caso contrário, só publicamosmaterial após obtenção da autorização dos proprietáriosdos direitos autorais. Os materiais de domínio públicopodem ser redistribuídos livremente, desde que nãosejam alterados e que façam menção à Biblioteca Virtualdo Estudante de Língua Portuguesa, com a sua respectivaURL e os dados sobre a obra.

3 O conceito de objetos de aprendizagem (Learning Objects– LO) é muito amplo, e surgiu com o objetivo de localizarconteúdos educacionais na Web, para serem reutilizadosem diferentes cursos e plataformas. Há recentes estudosno Laboratório de Estudos em Educação à Distância doColégio de Aplicação da UFRGS ([email protected]), UFRGS a esserespeito, que podem ser consultados.

Oriente os jovens para o fato de que estes resultadosde aprendizagem precisam ser estudados e bem enten-didos, uma vez que, ao final, terão que responder àsperguntas dos colegas e suas respostas farão parte dodiário de bordo.

Mais uma vez o educador alertará sobre a importânciade terem atualizado o diário de bordo uma vez que eleserá objeto de avaliação em diferentes etapas da dis-ciplina.

É importante que você esteja atento para que todos ve-jam como cada grupo resolveu os exercícios apresenta-dos, seguindo caminhos diferentes, e que alguns dadosde um grupo complementam os de outros grupos.Assim, todos poderão compreender as formas de esbo-çar croquis em representações de vistas ortogonais.

Os textos que subsidiam estas aulas foram retirados daBiblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa2 econstituem aqui objetos de aprendizagem3.

As descobertas que fizerem poderão ser apresentadas através de Power Point ou em lâminas

para retroprojetor, ou através de formas mais criativas, de livre escolha do grupo.

38

Fig. 3 – Títulos dos trabalhos apresentados no site.

39

Grupo 1

Projeções ortográficas e perspectiva isométrica

Para quem vai ler e interpretar desenhos técnicos, é muito importante saber fazer a correspon-dência entre as vistas ortográficas e o modelo representado em perspectiva isométrica.Observe o prisma com rebaixo representado em perspectiva isométrica e, ao lado, seu desenhotécnico:

Fig. 4 – Verificação dascorrespondências perspectivaisométrica e seu desenhotécnico.

A letra A, na face da frente do modelo em perspectiva, aparece também na vista frontal. Issoocorre porque a vista frontal corresponde à face da frente do modelo.

Na perspectiva, as letras B e C indicam as faces de cima do modelo. Essas letras aparecem navista superior mostrando a correspondência entre as faces de cima do modelo e sua repre-sentação na vista superior. Finalmente, as letras D e E, ou seja, as faces de lado do modelo –correspondem às faces D e E na vista lateral esquerda.

Fig. 5 – Exercício: completar odesenho no sentido inverso.

1 Questão desafio: Por que a face C aparece em duas vistas, na lateral

e na superior?

Resposta: Isso ocorre porque o chanfro, que é a face com a letra C,

tanto é visto de cima como de lado.Confira sua resposta com o desenho:

figura resposta 6.

Outra atividade que ajuda a interpretar o desenho técnico é a correspondência entre as ares-tas das vistas ortográficas e as arestas do modelo. Veja um exemplo a seguir:

Fig. 7 – Verificação das arestas correspondentes. P

roje

çõ

es o

rto

grá

fic

as e

pe

rsp

ec

tiva

iso

tric

aFig. 6

40

Observe também a correspondência entre as arestas da vista lateral e as arestas das faces de

lado do modelo. Você deve ter notado que algumas letras aparecem em mais de uma vista do

desenho técnico. As letras repetidas indicam as arestas que o observador pode ver em duas ou

três posições.

Você já sabe fazer a correspondência entre as vistas ortográficas e as faces do modelo. Sabe

também fazer a correspondência entre as arestas do modelo e as arestas das vistas ortográficas.

Agora você vai aprender a fazer a correspondência entre os vértices das vistas ortográficas e

os vértices do modelo e vice-versa. Vamos analisar novamente o prisma com rebaixo e suas

vistas ortográficas.

Aqui você também pode observar a correspondência entre os vértices das faces de cima do

modelo e a vista superior.

Observe, agora, as letras marcadas nas faces laterais do prisma e na vista lateral esquerda. Os

vértices da vista lateral correspondem aos vértices das faces de lado do modelo.

Algumas letras aparecem em mais de uma vista. Essas letras repetidas indicam os vértices do

modelo que o observador pode ver em duas ou três posições. Nas duas figuras anteriores, as

letras que aparecem mais de uma vez são: A e C, na vista frontal, na vista superior e na vista

lateral esquerda; D, na vista frontal e na vista superior; E, na vista frontal e na vista lateral

esquerda; G e I, na vista superior e na vista lateral esquerda.

As letras que são vistas pelo observador em uma única posição só aparecem uma vez. São elas:

B (vista frontal), F (vista frontal) e J (vista superior).

Uma boa maneira de você verificar se está conseguindo formar a imagem mental do objeto a

partir de suas vistas ortográficas é esboçar a perspectiva isométrica de modelos com base

nestas vistas. Acompanhe o exemplo.

Fig. 8 – Verificaçãodos vértices.

2 Questão desafio: Por que algumas arestas aparecem em mais de uma vista?

Resposta: Isso ocorre porque o chanfro, que é a face com a letra C, tanto é visto de cima

como de lado.Confira sua resposta com o desenho: (figura resposta 4)

3 Questão desafio: quais as letras que são vistas apenas uma vez nas projeções? Por quê?

Resposta: Note que as mesmas letras que indicam os vértices da face da frente do modelo

aparecem nos vértices da vista frontal. Isso significa que os vértices são correspondentes.

41

Siga as fases do traçado da perspectiva isométrica para descobrir as formas e os elementos do

modelo representado no desenho técnico a seguir:

Fig. 9 – Desenho de vistas de um prisma qualquer.

4 Questão desafio: em uma folha quadriculada desenhar a perspectiva isométrica do

sólido apresentado nas projeções ortogonais.

Na seqüência, deverão apagar as linhas de construção e reforçar o modelo definitivo.

Fig. 12 – Terceiro passo é desenhar a vista superior.

Fig. 13 – Quarto passo é desenhar a vista lateral.

Fig. 11 – Segundo passo é desenhar a face da frente.Fig. 10 – Primeiro passo é desenharo prisma básico.

h

C

42

Começar a desenhar as projeções ortográficas de linhas e planos, e notação de vistas ortográfi-cas nos diversos diedros.

As formas dos objetos em perspectiva isométrica não são mostradas em verdadeira grandeza,apesar de conservarem as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura doobjeto, pois ela deforma a figura. Por isso, o profissional que vai produzir a peça não vaireceber o desenho em perspectiva, mas em projeções ortográficas.

O modelo, o observador e o plano de projeção, são os três elementos que se leva em consideração:

Fig. 14 –O observador

É a pessoa que vê, analisa, imagina ou desenha o modelo. Para representar o modelo em pro-jeção ortográfica, o observador deve analisá-lo cuidadosamente em várias posições. Asilustrações mostram o observador vendo o modelo de frente, de cima e de lado.

Fig. 15 – Osdiversos

modelos.

O modelo geralmente é representado em posição que mostre a maior parte de seuselementos. Pode, também, ser representado em posição de trabalho, isto é, aquela que ficaem funcionamento.

Fig. 16 –Modelos de

conjunto.

Quando o modelo faz parte de um conjunto mecânico, ele vem representado na posição queocupa no conjuntoP

roje

çõ

es o

rto

grá

fic

as d

e f

igu

ras p

lan

as

Grupo 2

Projeções ortográficas de figuras planas

Vendo o modelo de frente Vendo o modelo de cima Vendo o modelo de lado

União de eixos (conjunto) União de eixos (componentes)

43

Fig. 17 – A projeção,como no cinema.Salienta-se que aslinhas de projeçõesem vistas ortográficassão paralelas.

Os planos de projeção podem ocupar diversas posições no espaço.

Em desenho técnico usamos dois planos básicos para representar as projeções de modelos: umplano vertical e um plano horizontal que se cortam perpendicularmente.

SPVS – semiplano vertical superiorSPVI – semiplano vertical inferiorSPHA – semiplano horizontal anteriorSPVP – semiplano horizontal posterior

Esses dois planos, perpendiculares entre si, dividem o espaço em quatro regiões chamadasdiedros.

A Associação de Normas Técnicas Brasileiras propõe que se apresente a peça apenas no 1ºdiedro com as denominações Plano Vertical e Plano Horizontal. O símbolo indica que odesenho técnico está representado no 1º diedro. Este símbolo aparece no canto inferior direitoda folha de papel dos desenhos técnicos, dentro da legenda.

Fig. 19 – Indica que as vistas estão no 1º diedro.

4º diedro 1º diedro

3º diedro 2º diedro

PHP PH

PV

PVI

Fig. 18 – Os diedros: PV Plano vertical; PH Planohorizontal; PVI Planovertical inferior; PHP Planohorizontal posterior.

44

Projeção ortográfica do pontoTodo sólido geométrico nada mais é que um conjunto de pontos organizados no espaço dedeterminada forma. Por essa razão, o primeiro modelo a ser tomado como objeto de estudoserá o ponto. Imagine um plano vertical e um ponto A não pertencente a esse plano,observados na direção indicada pela seta, como mostra a figura a seguir. Traçando uma per-pendicular do ponto A até o plano, o ponto A1 – onde a perpendicular encontra o plano – éa projeção do ponto A.

A linha perpendicular que vai do ponto tomado como modelo ao plano de projeção é cha-mada linha projetante. Generalizando esse exemplo, podemos afirmar que a projeção orto-gráfica de um ponto num plano é sempre um ponto idêntico a ele mesmo.

Projeção ortográfica do segmento de retaA projeção ortográfica de um segmento de reta em um plano depende da posição que essesegmento ocupa em relação ao plano. Para começar, imagine um segmento de reta AB,paralelo a um plano vertical observado na direção indicada pela seta, como mostra a figura aseguir.

Traçando duas linhas projetantes a partir das extremidades do segmento, os pontos A e Bficarão determinados, no plano vertical, pelos pontos A1 e B1. Unindo estes últimos pontos,temos o segmento A1B1, que representa a projeção do segmento AB.

Fig. 21 – Projeçãode uma reta AB

no plano vertical.

Os segmentos AB e A1B1 são congruentes, isto é, têm a mesma medida. A projeção ortográficade um segmento paralelo a um plano de projeção é sempre um segmento que tem a mesmamedida do segmento tomado como modelo. Neste caso, a projeção ortográfica representa omodelo em verdadeira grandeza, ou seja, sem deformação. Os segmentos AA1 e BB1, comovocê já sabe, são linhas projetantes. Agora você vai ver o que acontece quando o segmento dereta é oblíquo em relação ao plano de projeção. Imagine um plano vertical e um segmento dereta AB, oblíquo em relação a esse plano, observados na direção indicada pela seta, como

linha projetante

PV

A1 Ax x

Fig. 20 – Projeção de um ponto A e sualinha projetante.

PV

B

A1 A

B1

45

mostra a próxima figura. Traçando as projetantes a partir das extremidades A e B, determi-namos, no plano vertical, os pontos A1 e B1. Unindo os pontos A1 e B1, obtemos o segmentoA1B1, que representa a projeção ortográfica do segmento AB. Observe que o segmento A1B1é menor que o segmento AB. Isso ocorre porque a projeção de um segmento oblíquo a umplano de projeção é sempre um segmento menor que o modelo. Neste caso, a projeçãoortográfica não representa a verdadeira grandeza do segmento que foi usado como modelo.

Pode acontecer, também, de a figura plana ficar perpendicular ao plano de projeção.

Imagine o retângulo ABCD perpendicular ao plano vertical, observado na direção apontadapela seta, como mostra a figura a seguir, e analise sua projeção ortográfica. A projeçãoortográfica do retângulo ABCD no plano é representada por um segmento de reta. Observeque os lados AB e CD são segmentos paralelos entre si e paralelos ao plano de projeção. Aprojeção ortográfica desses dois lados é representada em verdadeira grandeza por umsegmento de reta. Os outros dois lados AD e BC são perpendiculares ao plano de projeção.Você já sabe que a projeção ortográfica de um segmento de reta perpendicular a um plano deprojeção é representada por um ponto. Assim, a projeção do retângulo ABCD, perpendicularao plano vertical, fica reduzida a um segmento de reta.

Quando a figura plana é perpendicular ao plano de projeção, sua projeção ortográfica não érepresentada em verdadeira grandeza.

Fig. 23 – Projeçãode um plano ABCDperpendicular ao plano vertical.

A projeção ortográfica de uma figura plana depende da posição que ela ocupa em relação aoplano. Imagine um observador vendo um retângulo ABCD paralelo a um plano de projeção,como mostra a figura seguinte. Para obter a projeção ortográfica do retângulo ABCD no planovertical, você deve traçar projetantes a partir dos vértices A, B, C, D. Ligando os pontos A1, B1,C1 e D1, que são as projeções dos pontos A, B, C e D, fica definida a projeção ortográfica doretângulo ABCD no plano vertical. O retângulo A1B1C1D1 é idêntico ao retângulo ABCD.

Quando a figura plana é paralela ao plano de projeção sua projeção ortográfica é repre-sentada em verdadeira grandeza.

PV

B

A1 A

B1

Fig. 22 – Projeção deuma reta AB oblíqua ao plano vertical.

B

A

A1�D1

D

C

B1�C1

46

Quando a figura plana é oblíqua ao plano de projeção, sua projeção ortográfica não é repre-sentada em verdadeira grandeza. Acompanhe o próximo exemplo para entender melhor.

Imagine o mesmo retângulo ABCD oblíquo a um plano vertical. Para obter a projeção orto-gráfica desse retângulo no plano vertical, você deve traçar as projetantes a partir dos vértices,até atingir o plano. Ligando as projeções dos vértices, você terá um novo retângulo A1B1C1D1,que representa a projeção ortográfica do retângulo ABCD. O retângulo AB1C1D1 é menor queo retângulo ABCD.

5 Questão desafio: como se apresentarão estes mesmos traçadosno plano horizontal no 1º diedro.

Resposta: Primeiro, você deve ter traçado linhas projetantes a partirde cada vértice do retângulo até encontrar o plano a; depois, deveter unido as projeções de cada vértice, para obter a projeçãoortográfica A1B1C1D1, como mostra a ilustração

Fig. 26

C1

D1

A1 A

B

D

C

B1

PVFig. 24 – Projeçãode um plano ABCD

paralelo ao plano vertical.

D1

C1

A1

B1

A

B

D

C

PVFig. 25 – Projeção de um plano ABCD

oblíquo ao plano vertical.

47

Projeção ortográfica de um modelo em um único plano algumas vezes não representa omodelo ou partes dele em verdadeira grandeza. Mas, para produzir um objeto, é necessárioconhecer todos os seus elementos em verdadeira grandeza. Por essa razão, em desenho técni-co, quando tomamos sólidos geométricos ou objetos tridimensionais como modelos, costu-mamos representar sua projeção ortográfica em mais de um plano de projeção.

No Brasil, onde se adota a representação no 1º diedro, além do plano vertical e do planohorizontal, utiliza-se um terceiro plano de projeção: o plano lateral. Este plano é, ao mesmotempo, perpendicular ao plano vertical e ao plano horizontal.

Projeção ortográfica do prisma retangular no 1º diedro Para entender melhor a projeção orto-gráfica de um modelo em três planos de projeção você vai acompanhar, primeiro, a demonstra-ção de um sólido geométrico – o prisma retangular – em cada um dos planos, separadamente.

Imagine um prisma retangular paralelo a um plano de projeção vertical visto de frente por umobservador, na direção indicada pela seta, como mostra a figura seguinte. Este prisma élimitado externamente por seis faces retangulares: duas são paralelas ao plano de projeção(ABCD e EFGH); quatro são perpendiculares ao plano de projeção (ADEH, BCFG, CDEF e ABGH).

Traçando linhas projetantes a partir de todos os vértices do prisma, obteremos a projeção orto-gráfica do prisma no plano vertical. Essa projeção é um retângulo idêntico às faces paralelas aoplano de projeção.

Imagine que o modelo foi retirado e você verá, no plano vertical, apenas a projeção ortográficado prisma visto de frente.

Pro

jeç

ão

ort

og

ráfi

ca

de

lid

os g

eo

tric

os

Grupo 3

Projeção ortográfica de sólidos geométricos

plano vertical

plano horizontal

plano lateral

Fig. 27 – Planos de projeção devistas ortogonais.

B1=C1

D

C

A1=H1

E1=D1

C1=F1 C

E

H

AF

B

VF Fig. 28 – Projeção de umsólido ABCDEFGH no planode projeção vertical.

B1=C1

A1=H1

E1=D1

C1=F1

Fig. 29 – Projeção de um sólido no plano de projeção vertical.

48

Vista lateral

Para completar a idéia do modelo, além das vistas frontal e superior uma terceira vista é impor-tante: a vista lateral esquerda. Imagine, agora, um observador vendo o mesmo modelo de lado,na direção indicada pela seta, como mostra a ilustração a próxima figura.

Fig. 32 – Projeção do sólidoABCDEFGH no plano de projeção lateral.

Você acabou de analisar os resultados das projeções de um mesmo modelo em três planos deprojeção. Ficou sabendo que cada projeção recebe um nome diferente, conforme o plano emque aparece representada:

� a projeção do modelo no plano vertical dá origem à vista frontal; � a projeção do modelo no plano horizontal dá origem à vista superior; � a projeção do modelo no plano lateral dá origem à vista lateral esquerda.

Fig. 33 – Projeção dosólido no plano de

projeção lateral, sem o sólido.

Vista superior

A vista frontal não nos dá a idéia exata das formas do prisma. Para isso necessitamos de outrasvistas, que podem ser obtidas por meio da projeção do prisma em outros planos do 1º diedro.

Imagine, então, a projeção ortográfica do mesmo prisma visto de cima por um observador nadireção indicada pela seta, como aparece na próxima figura.

Fig. 31 – Projeção do sólidoABCDEFGH no plano de projeção

horizontal, sem o prisma.

Fig. 30 – Projeção do sólidoABCDEFGH no plano

de projeção horizontal.

F1=G1

B

CA

ED

H

G

F

B1=C1

A1=D1

E1=H1

F1=G1

B1=C1

A1=D1

E1=H1

A1=B1

E1=F1 D1=C1

H1=G1

H

G

C

F

B

DE

A

A1=B1

E1=F1 D1=C1

H1=G1

49

Rebatimento dos planos de projeção

Agora, que você já sabe como se determina a projeção do prisma retangular separadamenteem cada plano, fica mais fácil entender as projeções do prisma em três planos simultaneamente,como mostra a figura seguinte.

Fig. 34 – Todas as projeções nos 3 diedros.

As linhas estreitas que partem perpendicularmente dos vértices do modelo até os planos deprojeção são as linhas projetantes. As demais linhas estreitas que ligam as projeções nos trêsplanos são chamadas linhas projetantes auxiliares. Estas linhas ajudam a relacionar os

elementos do modelo nas diferentes vistas. Imagine que o modelo tenha sido retirado e vejacomo ficam apenas as suas projeções nos três planos:

Fig. 36 – O planovertical rebateu parabaixo e ficou assim.

Fig. 35 – Osólido foiretirado.

Mas, em desenho técnico, as vistas devem ser mostradas em um único plano. Para tanto, usamosum recurso que consiste no rebatimento dos planos de projeção horizontal e lateral. Veja comoisso é feito no 1º diedro: o plano vertical, onde se projeta a vista frontal, deve ser imaginadosempre numa posição fixa; para rebater o plano horizontal, imaginamos que ele sofre umarotação de 90º para baixo, em torno do eixo de interseção com o plano vertical. O eixo de inter-seção é a aresta comum aos dois semiplanos.

Linhas projetantesauxiliares

Linhas projetantesauxiliares

50

Fig. 37 – O plano lateral foi para o lado do plano horizontal e ficou assim.

Fig. 38 – Todos os planose suas projeções em

desenho técnico.

6 Questão desafio: quais as linhas que me ajudam a determinar a posição do sólido nodiedro?

Resposta: as linhas auxiliares projetantes

7 Questão desafio: como ficarão as representações sem as linhasprojetantes auxiliares em projeção ortográfica, do prisma retangularque tomamos como modelo?

Fig. 39

Em desenho técnico, não se representam as linhas de interseção dos planos. Apenas oscontornos das projeções são mostrados. As linhas projetantes auxiliares também são apagadas.

A

B

C

51

Todos os elementos que aparecem no desenho técnico – linhas, símbolos, números e indicaçõesescritas – são normalizados. É a ABNT (NBR 8403) que determina quais tipos de linhas devemser usadas em desenhos técnicos, definindo sua largura e demais características. Cada tipo delinha tem uma função e um significado. Você ficará sabendo como se faz a projeção ortográficade sólidos geométricos com elementos paralelos e oblíquos.

Fig. 40

Para ser bem-sucedido, você deverá acompanhar com interesse as instruções, fazer todos osexercícios com atenção e reler o conteúdo quantas vezes forem necessárias, até entender bemcada assunto.

Projeção ortográfica de modelos com elementos paralelos

O primeiro modelo com elementos paralelos a ser examinado é o prisma com rebaixo, quecorresponde ao modelo apresentado:

Fig. 41 – O sólido com rebaixo.

Refaça este desenho na sua folha.

Fig. 42– As linhas projetantes sãolinhas contínuas e estreitas.

Refaça este desenho na sua folha. Pro

jeção o

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oblíquos

Grupo 4

Projeção ortográfica de modelos com elementos paralelos e oblíquos

Linhas projetantesauxiliares

Linhas projetantesauxiliares

52

Fig. 43 – Rebatimentos e vistas ortográficas.

Refaça este desenho na sua folha.

Fig. 44 – Observe aslinhas tracejadas que

indicam o rebaixamento nesta peça, que aparecena vista lateral, apenas.

Refaça este desenho na sua folha.

Fig. 45 – Linhas earestas de contornosvisíveis e não visíveis

(tracejadas).

Refaça este desenho na sua folha.

Fig. 46 – Sólidocom face oblíqua.

Refaça este desenho na sua folha.

Questão desafio: qual a linha devo usar para apresentar um furo interno?

Procure no site, com os colegas ou pergunte ao professor. Esta será uma boa oportunidadepara trocarem idéias e desenhos.

vista frontal vista lateralesquerda

vistasuperior

53

Todos os elementos que aparecem no desenho técnico – linhas, símbolos, números e indicaçõesescritas – são normalizados. É a ABNT, por meio da norma NBR 8 403, que determina quais tiposde linhas devem ser usadas em desenhos técnicos, definindo sua largura e demais características.

Cada tipo de linha tem uma função e um significado. Você ficará sabendo como se faz aprojeção ortográfica de sólidos geométricos com elementos paralelos e oblíquos.

Para ser bem-sucedido, você deverá acompanhar com interesse as instruções, fazer todos osexercícios com atenção e reler o conteúdo quantas vezes forem necessárias, até entender bemcada assunto.

Projeção ortográfica de modelos com elementos paralelos

O primeiro modelo com elementos paralelos a ser examinado é o prisma com rebaixo, quecorresponde ao modelo apresentado:

Fig. 48 – O sólidocom rebaixo.

Refaça este desenho na sua folha.

Fig. 49 – As linhasprojetantes sãolinhas contínuas eestreitas.

5 P

roje

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Grupo 5

Projeção ortográfica de modelos com elementos diversos

Refaça este desenho na sua folha.

Linhas projetantes auxiliares

Linhas projetantes auxiliares

Fig. 47

54

Refaça este desenho na sua folha.

Fig. 51 – Observe as linhas tracejadas que indicam o rebaixamento nesta peça, que aparece na vista lateral, apenas.

Refaça este desenho na sua folha.

Fig. 53 – Sólidocom face oblíqua.

Refaça este desenho na sua folha.

Questão desafio: Qual a linha devo usar para apresentar um furo interno?

Procure no site, com os colegas ou pergunte ao professor. Esta será uma boa oportunidadepara trocarem idéias e desenhos.

Refaça este desenho na sua folha.

Fig. 50 – Rebatimentos e vistas ortográficas.

Fig. 52 – Linhas e arestas decontornos visíveis e não visíveis

(tracejadas).

vista frontal vista lateralesquerda

vistasuperior

55

Projeções ortogonais com elementos diversos, com furos,rasgos, espigas, canais e partes arredondadas

Sua execução requer a determinação do centro desses elementos.

Assim, a linha utilizada em desenho técnico para indicar o centro desses elementos é chamadade linha de centro, representada por uma linha estreita de traço e ponto.

Fig. 54 – Diversasformas de figuras.

O modelo a seguir tem dois rasgos paralelos, atravessados por um furo passante. No desenhotécnico deste modelo, é necessário determinar o centro do furo.

Observe que a linha de centro aparece nas três vistas do desenho.

Fig. 55 – Figura com furodetalhado com linhaestreita de traço e ponto.

Preste atenção a estes desenhos com cotas para calcular sua proporção:

Como os dois elementos são diferentes, é necessário colocar as cotas de tamanho de cada umdos rebaixos. Observe as linhas de cota que indicam as dimensões dos rebaixos, na perspectiva,e, ao lado, as cotas indicadas nas vistas ortográficas.

As cotas 21 e 10 indicam as alturas dos rebaixos. Os comprimentos dos dois rebaixos são iguais:18mm.

O dimensionamento completo do desenho, com cotas básicas e de elementos, é mostrado a seguir.

Fig. 56 – Sólido com rebaixos erespectivas cotas.

10

21

18

10

18

21

18

18

56

Fig. 57 – Pelaproporcionalidade, dados os

dois blocos de 18 cm,o terceiro também tem 18cm,

portanto a vista superiormostrará a cota 54cm.

Fig. 58 – Desenho de peça comvários furos e as linhas que osindicam, isto é, traço e ponto.

Observe a aplicação da linha de centro em outro modelo com furos e partes arredondadas.Acompanhe as os desenhos, analisando o modelo, representado a seguir.

Este é um modelo com partes arredondadas e três furos redondos passantes.

Vamos definir as vistas do desenho técnico com base na posição em que o modelo está repre-sentado na perspectiva isométrica. Neste caso, dois furos estão na posição horizontal e um furoestá na posição vertical.

Os contornos das partes arredondadas são representados, nas vistas ortográficas, pela linhapara arestas e contornos visíveis.

Observe, a vista frontal do modelo.

As projeções dos dois furos horizontais coincidem na vista frontal.

Esses furos têm a forma de círculos.

Para determinar seu centro, usamos duas linhas de centro que se cruzam.

Não enxergamos o furo vertical quando olhamos o modelo de frente.

Na vista frontal, esse furo é representado pela linha para arestas e contornos não visíveis (linhatracejada estreita). Uma única linha de centro é suficiente para determinar o centro desse furo.

Agora analise a vista superior do modelo:

Observando o modelo de cima, o furo vertical é o único visível e seu centro é indicado por duaslinhas de centro que se cruzam. Os outros dois furos são representados pela linha para arestase contornos não visíveis, e seus centros são indicados por uma linha de centro.

Por último, analise a vista lateral esquerda.

Observando o modelo de lado constatamos que nenhum dos furos fica visível, portanto todossão representados pela linha para arestas e contornos não visíveis. As linhas de centro queaparecem no desenho determinam os centros dos três furos.

Compare a representação do modelo em perspectiva com seu desenho técnico:

32

18

54

18

20

21 10

57

Os centros de elementos paralelos e oblíquos também devem ser indicados pela linha decentro, para possibilitar a correta execução do modelo. Observe, nas ilustrações a seguir, aaplicação da linha de centro em modelos com elementos paralelos e oblíquos.

Fig. 59 – Aplicação delinha de centro em figurasoblíquas e paralelas.

Note que o centro dos furos quadrados também é determinado pelo cruzamento de duas linhasde centro, na vista em que o furo é representado de cima.

58

Relembrando a orientação

A partir desta aula, os jovens terão autonomia pararealizarem os estudos dos polígrafos, procurando, sem-pre que necessário, a orientação do educador.

Retome com o grupo as questões estabelecidas na aulaanterior, lembrando-lhes que deverão se preparar parauma apresentação final aos seus colegas.

Nestas aulas, os jovens estudarão os cinco polí-

grafos distribuídos sobre projeções ortogonais.

Décima Sexta, Décima Sétima e Décima Oitava Aulas

Passo 1 / Trabalho em grupo

50min

Décima Nona e Vigésima Aulas

Passo 1 / Apresentação de resultados de trabalho

50minMostrando o que aprendeu

Estas duas aulas serão reservadas para os grupos mos-trarem o que aprenderam.

Com o material criado e a peça realizada, explicarãopara os outros colegas o tipo de desenho de projeçõesortogonais que estudaram, construirão um grande painele discutirão suas dificuldades, habilidades e conheci-mentos.

A ordem da apresentação poderá ser estabelecida decomum acordo com o grande grupo, ou seguindo aordem estabelecida pela numeração dos textos.

Os jovens que tiveram acesso aos polígrafos da Biblioteca Virtual do Estudante, já

terão noção, em diferentes níveis, do que seja Projeções Ortogonais. A apresentação

de cada grupo constituirá reforço para que valorizem suas aprendizagens.

59

Nesta aula os jovens concluirão as apresentações

dos trabalhos e elaborarão perguntas para uma

entrevista a ser realizada na aula seguinte sobre

aspectos gerais da profissão.

Vigésima Primeira Aula

Passo 1 / Análise e discussão

30minDiscutindo o que aprendeu

Os jovens concluirão as apresentações e discutirãosobre os trabalhos realizados.

Nesta aula os jovens receberão a visita de um pro-

fissional da área que responderá as questões por

eles elaboradas, objetivando esclarecer as dúvi-

das a respeito da profissão e do uso de desenho

técnico e gráfico

Vigésima Segunda Aula

Passo 1 / Aula prática

50minEntrevistando pessoas: a hora da verdade

Quem vai executar a peça?

Convide um técnico que fabrique os modelos de peçase proponha uma conversa com os jovens. Peça que elesanotem os pontos mais importantes da entrevista.Discuta a importância do trabalho de equipe para acorreta realização das peças criadas a partir dosdesenhos em projeções ortográficas.

Passo 2 / Trabalho em grupo

20minFormulando perguntas

Proponha aos jovens que organizem perguntas parafazer a uma pessoa que fabrica peças, tais como mar-ceneiros, torneiros mecânicos, matrizeiros, escultores,uma vez que, na próxima aula, farão uma entrevistacoletiva com um deles.

A tônica das perguntas girará em torno das dificuldadese gratificações que a profissão oportuniza, sob o pontode vista dos conhecimentos presentes nessa disciplina

60

1 A presente avaliação visa auxiliar os jovens a verifica-

rem eles mesmos, em conjunto e individualmente,

sua produção.

2 Os jovens devem ser estimulados a perceber o pro-

cesso de aperfeiçoamento de cada um, verificando

alternativas de solucionar erros cometidos nos pri-

meiros trabalhos em produções posteriores, amplia-

ção das habilidades de representação, reconheci-

mento da importância da atenção para o desenho

gráfico.

3 Os jovens exporão sobre as mesas seus diários de

bordo com os exercícios e demais pesquisas; eles as

percorrerão e folhearão os "produtos" de aprendi-

zagem de cada um.

4 Este percurso será registrado em uma folha de aponta-

mentos, criada pelo educador a partir das experiências

vividas (sugestão em anexo).

5 O educador fará uma lista mínima de todos os traba-

lhos que devem estar no "Diário de Bordo" e os jovens

acrescentarão, individualmente os trabalhos extras ou

os bônus realizados.

Se acharem conveniente, os jovens acrescentarão outros

itens, conforme critérios próprios em acordo justo.

O educador poderá apresentar ainda cinco exercícios

novos para verificar se os jovens aprenderam.

Nos sites de procura da Biblioteca Virtual do Estudante,

há sugestões que o educador poderá usar, lembrando-se

sempre de que a tarefa deve corresponder aos trabalhos

desenvolvidos em aula.

Nesta aula será realizada avaliação relativa aos

conteúdos dos capítulos um a quatro.

Vigésima Terceira Aula

Passo 1 / Avaliação

50min

61

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62

Quem não conhece ou ouviu falar nos personagem de histórias em quadrinhos cha-

mado Obelix e Asterix? Obelix é o grandalhão carregador de menires, aquelas pedras

compridas (o nome deriva do grego men, que significa pedra, e hir, que significa com-

prida). Estudiosos contam que os homens tinham o hábito de marcar as fronteiras com

elas, fazer sepulturas e, mais tarde, fechando-as ao redor, construir suas casas. Dólmens,

menires e cavernas foram as primeiras manifestações de construção.

2 Leituras e interpretação de projetos e de estrutura de concreto armado

O ser humano sente-se protegido quando tem por todos os lados as extensões do

corpo: roupa e casa. Parece tão normal vestirmos roupas e viver em casas que nem

pensamos por que ou como isto começou. Pode estar aí a origem da moda e da arqui-

tetura: a necessidade de um planejamento de construção que desse abrigo, conforto e

que fosse bonito. À medida que se conhecem mais materiais, as necessidades do meio

ambiente e da vida em sociedade, mais são desenvolvidos sistemas construtivos para

simplificar e dar conforto às pessoas. Para muitos problemas surgidos, foram criados

outros, mas também, outras soluções. Foi preciso inventar máquinas para projetar roupa

Fig. 1 – Catalunha, Espanha. Fig. 2 – Fasano, Itália.

63

e casa. Uma delas, o computador, quando dispõe de um programa próprio para proje-

tar, propõe-se a solucionar o problema do vestir, morar ou viver.

Neste capítulo os jovens farão seu primeiro contato com os fundamentos do desenho

de arquitetura, sistematizando informações da representação em plantas baixa em

elevação e em perfil, além do estudo da finalidade da planta de situação.

� Familiarizar-se com a representação, em planta baixa, de áreas, portas, janelas, cir-

culação, localização de pontos de abastecimento e acessórios;

� Desenvolver habilidades de leitura e interpretação dos detalhes construtivos de dese-

nhos de ambientes;

� Desenvolver o senso de observação e de medida.

Objetivos

� Introduzir o Desenho com Auxílio do Computador – CAD;

� Ler e distinguir desenhos elaborados no computador e elaborados na prancheta de

desenho;

� Familiarizar-se com o manuseio e leitura de elementos desenhados no programa CAD.

64

Desenhando à mão livre

Colete e leve para a classe jornais e panfletos com pro-jetos de apartamentos, casas, edifícios. Se desejar, peçaajuda aos jovens.

Sugira que escolham o projeto que mais lhe chame aatenção e que percorram com os olhos todos os cô-modos, desde a porta de entrada, como se estivessemdentro da construção. Estimule que leiam as plantaspara entender as posições do móveis e instalações emgeral, e comentem as dificuldades de leitura ou as me-lhores soluções encontradas. Dessa discussão, lance umproblema: o que é "melhor solução" para eles?

Solicite que façam um esboço de um cômodo qualquerde sua casa, do local de estudo ou do trabalho, à mãolivre, determinando espaços confortáveis e a quanti-dade de pessoas que irá atender.

Os esboços devem ser apresentados para os demais ejustificados.

A seguir, peça-lhes que procurem obter a planta desituação de um imóvel representado. Explore algumaspossibilidades de obtenção: em prefeituras, com o pró-prio dono da casa ou na empresa. Discuta com eles paraque serve esta planta.

Passo 1 / Atividade Prática

50min

Formas de representaçãoarquitetônica: planta de situação e planta baixa

Primeira Aula

Nesta aula os jovens desenharão a casa dos seus

sonhos ou o escritório dos seus sonhos, exercitan-

do formas de representação em elevação e em

perfil através do uso de softwares.

Segunda Aula

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O primeiro programa (XHome 3D) é uma forma simpli-ficada do terceiro, e todos eles precisam da autorizaçãodos fabricantes.

A compra do programa Home Design 3D pode ser feita emqualquer loja especializada em softwares, e o SketchUp,pode ser obtido na Internet.

O exemplo aqui utilizado baseia-se no Xhome 3D. Eleserve para ilustrar o tipo de estratégia de que o edu-cador pode lançar mão a fim de introduzir a noção deespaço na construção de uma casa.

Educador, estes não são programas simples, mas,com atenção e auxílio, poderão ser manuseados pelosjovens.

Desenhando uma casa ou escritório ideal

Na seqüência do trabalho, são apresentadas propostaspara serem solucionadas com qualquer um dos trêsprogramas identificados com estas figuras:

Passo 1 / Aula prática

50min

Fig, 5 – Home Design 3D.

Fig. 3 – ProgramaXHome 3D.

Fig. 4 – ProgramaSketchUp.

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Algumas explicações podem auxiliar os jovens a enten-derem os fundamentos da arquitetura, sem que paraisto seja necessário abrir os grandes tratados sobre oassunto. As atividades práticas aqui propostas darãosignificado ao conteúdo solicitado pelo curso.

Desafie os jovens a construírem um dos cômodos deuma casa e a mobiliá-lo.

A impressão em papel dos "projetos", tanto em plantabaixa como em perspectiva, dará uma idéia do que osjovens entenderam.

Os passos abaixo indicarão um exemplo de uso de umsoftware para executar o planejamento de um quartode dormir. Também pode ser de um escritório ou deum galpão de trabalho da empresa.

Fig. 6 – Os instrumentos para trabalhar: aseta, o girador, a parede, a porta, a janela,o telhado, as medidas, o texto, a mãozinhaindicadora e a lupa do zoom, estão àesquerda, ao lado do quadriculado, onde vaiser desenhado o projeto.

Fig. 7 – As três paredes em planta, com omaterial "paredes" indicado.

Fig. 8 – Com o material "porta", desenhar aporta.

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Fig. 9 – Com o material "janela", desenhar onde

ficará a janela.

Fig. 10 – Onde encontrar os móveis.

Fig. 11 – Os móveis na planta baixa.

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Fig. 14 – Material "helicóptero". Esta é uma "animação" que deixa passear por cima do projeto.

Fig. 12 – Com o material "pés", no canto inferior esquerdo, e o desenho "transparente" no canto superior direito, aparecem as linhas dos móveis na sua situação no espaço criado.

Fig. 13 – Vista de trás com o material "foto de trás",mostrado por um ícone com a máquina fotográfica.

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Agora vamos aos custos. No canto inferior direito, háum $ onde os custos podem ser calculados. Atenção pa-ra os preços e medidas, todos em indicação válida paraos Estados Unidos.

Procure no jornal a cotação do dólar e o valor do CUB(Custo Unitário Básico da construção) no Brasil. Faça oscálculos e boa construção!

Nesta aula os jovens criarão sua casa através do

uso de softwares.

Terceira Aula

Projetando a casa e o escritório ideal

Para esta etapa, os jovens deverão ter domínio básicodo manejo do programa. Poderão trabalhar em duplas,escolhendo uma casa (ou escritório) que possa agradara ambos. Farão seus projetos o mais criativos possível,dando asas à sua imaginação.

Passo 1 / Atividade prática

50min

Fig. 15 – Um exemplo de orçamento para

a casa planejada.

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Nesta aula os jovens imprimirão seus projetos e

farão o levantamento dos custos, ainda por meio

de softwares.

Quarta Aula

Impressão dos projetos

Os jovens terão oportunidade de ver no papel uma idéiade como "suas casas" (ou escritórios) poderiam ser.

De posse destas impressões, desenharão cortes edetalharão as espessuras das lajes, o parapeito dajanela, a partir das especificações encontradas em fôl-deres e manuais de lojas especializadas nestes materiais.

Disponibilize para consulta dados sobre detalhamentode espessuras de lajes, parapeito de janela. Possibiliteaos jovens manipularem estes materiais e informe-osonde encontrá-los.

Envolva os jovens na obtenção desses materiais,pedindo-lhes antecipadamente que busquem as apre-sentações de todo o tipo de manuais que demonstremas especificações em termos de medidas e qualidadedas lojas e fábricas de material de construção.

O projeto impresso comporá o Diário de Bordo.

Passo 1 / Atividade prática

50min

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Eficácia de um programa decomputador Os jovens lerão o texto de apoio que segue ou o edu-cador disponibilizará outros livros que digam respeitoao desenho em computador. O interessante nesta parteé que os jovens se informem para poderem se manifes-tar sobre a tecnologia e o que isto significa para eles.

Passo 1 / Leitura do texto

10min

Nesta aula serão demonstrados equipamentos e

softwares para CAD, bem como serão realizadas

simulações de modelamento.

Quinta Aula

72

Desenhos feitos com o auxílio do computador (CAD)

Computer Aided Design (CAD), ou desenho auxiliado por computador, é o nome genérico desistemas computacionais (softwares) utilizados pela engenharia, geologia, arquitetura e designpara facilitar o projeto e desenho técnicos.

Este sistema é formado por uma série de ferramentas para construção de elementos geomé-tricos planos (como linhas, curvas, polígonos) ou mesmo objetos tridimensionais (cubos, esfe-ras, etc). Também deve haver ferramentas para relacionar essas entidades ou esses objetos,por exemplo: criar um arredondamento (filete) entre duas linhas, ou subtrair as formas de doisobjetos tridimensionais para obter um terceiro.

Dentre as vantagens principais do CAD em comparação com desenhos feitos em prancheta,estão:

� Maior agilidade e flexibilidade;� Maior segurança;� Menor destreza manual do desenhista.

Uma divisão básica entre os softwares CAD é feita com referência à capacidade do programaem desenhar apenas em 2 dimensões ou criar modelos tridimensionais. Nos softwares podehaver intercâmbio entre o modelo 3D e o desenho 2D (por exemplo, o desenho 2D pode sergerado automaticamente a partir do modelo 3D).

Uma das vantagens de se usar CAD 2D é a rápida adaptação dos desenhistas, geralmente habi-tuados ao uso das pranchetas comuns. Mas o seu uso é limitado, correndo o risco de transformaro sistema em uma simples prancheta eletrônica, pouco mais produtiva que as pranchetas comuns.

Para algumas aplicações, a representação 2D é suficiente, como, por exemplo, em projetos deesquemas elétricos, hidráulicos, circuitos e placas eletrônicas, onde não há necessidade deinformações volumétricas.

O modelamento 3D apresenta dificuldades próprias do processo de desenho, pois o projetistaé obrigado a considerar as três dimensões simultaneamente.

Com o modelamento 3D, se tornam viáveis uma série de recursos adicionais que vão além dosimples desenho. A partir do modelo 3D é possível, por exemplo, fazer análises por elementosfinitos para verificação de tensões e deformações. Cálculo do volume, propriedades de massa,momento de inércia e verificação de interferências são outros recursos possíveis através domodelamento 3D.

O principal software CAD para indústrias pequenas, arquitetos e treinamento é o AutoCAD,produzido pela empresa Autodesk. Para grandes indústrias e projetos mais complexos, algunssoftwares mais usados são o SolidWorks, o Catia, o Pro-Engineer, o Inventor (também daAutodesk) e o Microstation, todos com tecnologia 3D.

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Passo 2 / Discussão do texto

30min

Discutindo a eficácia de umprograma de computador

Abra as discussões e fique atento aos depoimentos dosjovens, pois assim observará quem tem experiência pré-via de uso do programa e quem não tem.

Mostre desenhos em pranchas de arquitetura ou de en-genharia onde foi utilizado o plotter e onde foi utili-zado o desenho manual e a impressão comum.

Desafie os participantes a identificarem uma solução ea outra.

O grupo se manifestará em relação à melhor definiçãoe detalhamento do desenho.

Educador, para esta aula, providencie plantas ma-nuais e feitas através do CAD.

Posicionando-se sobre a eficácia deum programa de computador

Peça que elaborem um texto, colocando sua opinião efundamentando-a, na medida do possível.

Passo 3 / Trabalho individual

10min

Nesta aula serão desenvolvidos conceitos sobre

projetos arquitetônicos e sua relação com o uso

de programa de CAD, através de entrevistas de

pessoal habilitado a falar sobre os princípios,

origem, importância e funcionamento do CAD.

Sexta Aula

PlotterSão grandes impressoras para colocarem papel os desenhos efetuados emcomputador.

O texto elaborado pelos jovens poderá servir de instrumento de avaliação/acompanhamento da

aprendizagem dos mesmos, dependendo de uma combinação prévia com o grupo.

74

Passo 1 / Visita técnica

40min

Visita ao setor de engenharia da empresa

Caso a empresa não possua sistemas CAD no setor deengenharia, sugere-se que a visita seja realizada emoutra empresa onde o CAD seja empregado.

Mostre o sistema CAD e questione os jovens sobre asvantagens em relação a um sistema tradicional dedesenhos físicos em papel vegetal.

Estes deverão buscar a informação junto aos profissio-nais, observando, por exemplo:

Passo 1 / Atividade em grupo

10min

Passo 2 / Atividade prática

40minEntrevistando o profissional

Convide um profissional para conversar com os jovenssobre o Programa de CAD, sua importância para os pro-jetos arquitetônicos, os princípios de funcionamento.

Será interessante que a conversa seja realizada ondehaja acesso ao programa, para que as questões possamser exemplificadas.

Perguntas e respostas, mais os comentários dos jovens,serão colocados no Diário de Bordo. Para isso, é neces-sário alertar os jovens, no início da atividade, da necessi-dade de fazerem as anotações.

Elaborando perguntas

Com as dúvidas que surgiram, relacione, junto com osjovens, uma série de perguntas para a entrevista a umprofissional de CAD.

Não esqueça de anotar no quadro as questões que surgi-rem. Peça que os jovens façam o mesmo em seu caderno.

Nesta aula o educador levará a turma para conhe-

cer o setor de engenharia da empresa, em uma

visita técnica.

Sétima Aula

75

Passo 2 / Trabalho individual

10minApós visita técnica, os jovens elaborarão relatório da visi-ta, ressaltando os pontos que chamaram sua atenção.

� como são organizados os documentos; � onde ficam armazenados;� qual a confiabilidade do sistema.

Os profissionais devem estar disponíveis para explicar edemonstrar os recursos de representação e atualização,bem como modelamento, análise e simulação que oprograma possui.

Descobrindo como se faz

Providencie para que sejam disponibilizados computa-dores com o Programa CAD e um projeto em anda-mento para os jovens manipularem com o auxílio dosprofissionais que atuam na empresa.

Os jovens deverão manejar os equipamentos e exami-nar exemplos de desenhos de fabricação, de monta-gem e arquitetônico realizados no computador.

Nesta ocasião os profissionais proporcionarão aosjovens uma demonstração de como funciona um Pro-grama de Desenho Gráfico, como o Page Maker e oQuarkXPress.

Algumas noções do Corel Draw poderão ser valiosascomo incentivo ao interesse dos jovens.

Passo 1 / Atividade prática

40min

Nesta aula os jovens terão oportunidade de mane-

jar o Programa CAD, com o auxílio de monitores.

Oitava Aula

Passo 2 / Trabalho individual

10min

Registrando as descobertas

Ao final, solicite que os jovens façam o registro de seusachados, destacando o que mais chamou sua atençãoem relação aos programas observados/experimentados.

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Exercício 1

_ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ _

1ª Técnica horizontais

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_ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ _

2ª Técnica horizontais

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I I I I I I I

I I I I I I I

1ª Técnica verticais

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2ª Técnica verticais

I I I I I I I

I I I I I I I

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Exercício 2

81

Exercício 3

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BIBLIOTECA Virtual do Estudante de Língua Portuguesa. Telecurso 2000 disponível no site bibvirt.futuro.usp.br/textosBORNANCINI, José Carlos M. et alii. Desenho técnico básico-fundamentos teóricos e exercícios à mão livre. Porto Alegre:Sulina,1981.DESIGN GRÁFICO. São Paulo: Market Press, ano 2 n. 4, 1998.geocities.yahoo.com.br/capatto_br/downloads.html GRUSZYNSKI, Ana Cláudia. Design gráfico: do invisível ao ilegível. Rio de Janeiro: 2AB, 2000.MODENESI, Paulo J. Terminologia de soldagem. Santa Maria: Editora da UFSM, 2001.PENTEADO, José de Arruda. Curso de desenho para os cursos 1º e 2º Graus. São Paulo: Companhia Editora Nacional,1973.PERRENOUD, Philippe. Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza. Porto alegre Artmed Editora, 2001.PINHEIRO, Virgilio Athayde. Noções de geometria descritiva II. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1983PROVENZA, Francesco. Desenhista de máquinas. São Paulo: PRO-TEC Centro Escolar e Editorial, s.d.PUBLISH. San Francisco: International Data Group, v. 12, n.10, 1997.www.fw.uri.br/~elisa/desenho1.pdf www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/5.htm ZABALA, Antoni. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o currículo escolar. Porto Alegre: ArtesMédicas, 2002.

Sites para consultamyhome.shinbiro.com/~kbyon/dolmen/dolmen.htmEstudos sobre dolmens.

pt.wikipedia.org/wiki/CADSite livre para busca de assuntos diversos

teses.eps.ufsc.br/Resumo.asp?2233 Neste site o educador encontrará uma tese sobre Sistema Especialista conjugado a um sistema Cad para diagnosticar osconhecimentos de um estudante sobre cotagem no desenho técnico.

webquest.no.sapo.pt/web2/. Este site, criado por José António Gil Prata, 2001, apresenta exercícios, tarefas, processos e recursos para aprendizagem dedesenho técnico, chamado WebQuest

www.artesorrindo.com/ilusao/006.htmSobre ilusão de ótica com bom humor.

www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/tem_outros/cursprofissionalizante/Neste site você encontrará aulas sobre cotagem, estudos de projeções ortogonais, perspectiva isométrica, etc.

www.det.ufc.br/apaulo/APOSTILA%20DE%20DESENHO.htm Este site contém a apostila de desenho da Universidade Federal do Ceará, Centro de Tecnologia Departamento deEngenharia de Transportes. Instrumental para desenho técnico. Formato do papel – Normas Técnicas. Escalas. Determinaçãodo formato /posição do papel e escala da planta.

www.geocities.com/themsfxd/destec.htmAqui encontrarão uma noção básica de cotagem e construção de vistas (proximamente desenvolvida no curso).

www.itajaionline.com.br/menu.php?link_interno=www.5itajaionline.com.br/curiosidades/ilusao/ilusoes.htm Site com várias figuras de ilusão de ótica.

www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/cadv2.htmlSite com conceitos básicos e informações adicionais, de responsabilidade de Lucas Cley da Horta; Prof. Henrique Rozenfeldsobre o Auto CAD

www.portaldavaca.com.br/ilusao_de_otica.htmSobre ilusão de ótica, figuras duplas, construção impossível.

www.render.com.br/cursos_cdrom.phpSite com a relação de programas para desenho e projeto arquitetônico

www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/5.htmPágina do departamento de Expressão gráfica da UFRGS.

Referências

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Anexo

Parafusos são elementosde fixação, empregados

na união não permanentede peças, isto é, as peçaspodem ser montadas e

desmontadas facilmente,bastando apertar e

desapertar os parafusosque as mantêm unidas.

Porca é um peça de formaprismática ou cilíndrica,

geralmente metálica, comum furo roscado no qualse encaixa um parafuso,

ou uma barra roscada. Emconjunto com um

parafuso, a porca é umacessório amplamenteutilizado na união de

peças.

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