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(DES)ENCANTOS DA MODERNIDADE PEDAGÓGICA CLARICE NUNES APRESENTADO PELAS ALUNAS: ANAUYLA, IZABEL, JESSICA DE JESUS E JOSELAINE

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(DES)ENCANTOS DA

MODERNIDADE

PEDAGÓGICA CLARICE NUNES

APRESENTADO PELAS ALUNAS:

ANAUYLA, IZABEL, JESSICA DE JESUS E

JOSELAINE

• O texto começa com poema de Affonso

Romano de Sant’Anna que aborda o espírito

republicano encontrado dentro das salas de aula

neste período da década de 20.

• Houve um grande entusiasmo geral, em uma

fase de otimismo pedagógico

• Mesmo com uma escola com abordagem risonha e franca ,

havia pontos fracos, como pratica de castigos físicos e

morais.

• Exagerava-se na vigilância sobre o estado de limpeza do

corpo,roupas e comportamento.

• A bandeira nacional era símbolo máximo do Brasil

republicano,foram realizadas enumeras cerimônias para

comemorar o dia da bandeira em São Paulo nos anos 20

estas festividades ficaram famosas.

• Dentro dos livros também haviam esta

idealização, um destes livros chamado histórias

da nossa terra, usado por varias gerações de

alunos de escolas primarias, inventava uma

tradição republicana como expressão de um

povo virtuoso.

• Na defesa desta raça virtuosa, historias da nossa

terra, criava uma parábola de salvação humana

através salvação nacional, usando concepções

dominantes e subordinou boa parte do debate

no âmbito da política,economia e cultura em

nosso país.

• No livro citado a única exceção de perfis

heróicos, era um negro evadido da cadeia do

Recife.

• Os descendentes de Africanos em primeiro

momento e as classes trabalhadora que era

grande parte constituídas por outros

imigrantes.

• Em segundo momento ao lado de todos não

tinham meios de subsistência e

desempenhavam tarefas menos qualificadas.

• Com a república á medida de que se ampliava a

preocupação com a questão “Quem somos nós” também

ampliava se a exigência da resposta de outra interrogação

de quem são os outros.

• As respostas foram sendo formuladas e esboçadas nos

livros didáticos, romances,crônicas da época, nos jornais e

nos livros textos de avaliação do regime republicano.

• Ocorria também as mudanças na infra-estrutura ,meios de

transporte, gastronomia e cultura em geral porem ainda

resistiu com foco a insalubridade e criminalidade.

• A escola primária nos grandes centros revelava

não só os problemas urbano das políticas de

habitação,saneamento e trabalho, mas também a

tensão entre o poder público e privado.

• É nos espaços com diferentes ritmos e

intensidade que as escolas deixam de configurar-

se como extensão do campo familiar,privado e

religioso e começa gradativamente se integrando

em uma rede escolar desenhada pelo governos

municipais.

• Almejava a escola primária mais do que novas catedrais,quadro ou salas, pretendia construir nela um estado de espírito moderno.

• Independentemente das peculiaridades a política de intervenção na escola primaria visava modificar profundamente os hábitos pedagógicos e combinando um processo de renovação escolar via renovação da formação do docente.

• Por esse motivo espaços de aprendizagem se multiplicaram como as bibliotecas,teatros,cinemas, radio educativo entre outros.

• A capital da republica era a Cidade que resistia as modernizações dos processos em geral e da escolarização, uma cidade que se encheu de antipatia pela republica sua proclamação.

• Apesar de toda resistência esta cidade constituí dos anos 30 uma rede escolar municipal primarias com diversos tipos incluindo os grupos escolares as escolas técnicas secundarias com formação docente elevada ao nível superior e a Universidade do Distrito Federal

• Associação Brasileira de Educação ascensão das disputas regionais e lutas constituintes, tumultos das ruas em várias capitais brasileiras.

• No entre choque dessas lutas é tecida relação entre a república,a escola primária e a modernidade pedagógica.

• As mudanças na escola primária do Rio de Janeiro, será usada para apoiar uma reflexão que se por prudência não deve ser indevidamente generalizada

• Com aspectos significativos e contraditórios dessa relações que atingiram nossos maiores centros urbanos.

QUANDO A CASA VIRA ESCOLA

• Na escola primaria, onde estudaram nossos avos temos como características

o abecedário , a soletração e a tabuada que eram lições de rotina.

• Em Salvador as escolas encontradas eram antigas residências onde o aluguel

era pago com o dinheiro do professor e sobre as mobílias, quem tinha que

levar eram os alunos.

• Na primeira década do séc. XX os alunos eram matriculados pelo exame dos

dentes, quando não tinham certidão de nascimento. As casas se

transformavam em escolas e com isso vinham as epidemias. Não tinham luz

nem água. Os altos índices de mortalidade atingiram outras cidades.

• Essa escola primaria estava sob ordem crista com um ideal civilizatório. O

sentimento religioso e suas praticas invadiram a área escolar.

• “Foi criada uma cartilha elaborada” segundo os métodos do Barão de

Macaúbas, chamada “Leitura universal” com lições e atividades cristas. Ao

final da década de 20 a igreja tinha controle de 70% das escolas de ensino

privado.

• Apesar dos rituais, essas escolas não mantinham procedimentos

disciplinares cristãos e utilizavam de muita violência na hora de disciplinar os

alunos (Ex: Bola de cera).

• A urbanização crescia e a pobreza também. Com o crescimento das industrias as pessoas necessitavam morar próximos do trabalho criando uma favelização irreversível.

• Os governos das grandes cidades se preocupavam com esse problema habitacional.

• Entre 1920-1925 o preço dos alugueis subiram devido o fechamento das casas de cômodos devido a politica de planejamento urbano fazendo com que os habitantes procurassem áreas menos valorizadas.

• A jornada do professor foi reduzida a quatro horas dificultando o trabalho

do professor. Pedir para que o governo construísse prédios escolares não

resolvia nada. O conselho municipal tocava votos por favores nos alugueis e

lugares para o magistério.

• A falta de qualidade nas escolas prejudicava os alunos então era necessário

mesmo uma mudança. Então o Major Alfredo Vidal apresentou um modelo

de escola vindo de modelos escolares americanos e inglês.

QUANDO A ESCOLA SIMULA A CASERNA

• Major Vidal oferecia sugestões para a construção dos Edifícios

Escolares, distribuindo- os pelos espaços urbanos.

• Imaginava a escola como uma metáfora de um corpo saudável,

que respira bem, enxerga bem, se locomove bem, utiliza da

higiene para os desejos do corpo, é controlado e tem noções de

ordem e asseio.

• Visava construir dispositivos de circulação de ar, dispositivos de alimentação, espaços para exercícios físicos, aparelhos sanitários, dispositos de circulação interna, paredes com indicações e prescrições inscritas.

• A estutura da escola ideal tinha que ter dimensão mínima de 65 m. por 130 m, subordinados às correntes de ar, às condições de boa iluminação, dividindo o corpo da estrutura em 3 partes, a parte central para os menores, esquerda para as meninas e direita para os meninos.

• Deveriam conter também um vestuário para guardar vestimentas e outros produtos, portaria, sala de exame médico, diretoria e biblioteca, corredor com reservatório de água, sala central com ventilação de água e luz, ampla galeria coberta onde de um lado estariam as salas de aula e do outro, áreas para aulas ao ar livre.

• As aulas ao ar livre tinham o intuito de combater os malefícios da aglomeração de pessoas. As instituições pedagógicas visavam a uniformidade dos processos pedagógicos em todas as escolas primárias.

• Major Vidal preocupava- se com o ensino do uso dos sanitários, o uso da ginástica, a construção das escolas de forma que a ação pedagógica fosse higiênica para alunos e professores.

• O intuito era de combater doenças e a delinquência, utilizando a metáfora da cidade ideal que expulsa da cidade real a sujeira, a aglomeração, a ociosidade. Seria a resposta aos problemas urbanos.

• O espaço escolar era organizado conforme as condições presentes nas cidades, a proposta era de edificação, de domesticação dos rebeldes da cidade.

• A escola real apresentava as crises da dificuldade da intervenção da autoridade municipal sob o caos, Major Vidal teria razão em dizer que a escola precisava mudar, já que ali se manifestava a resistência da cidade ao Império Modernizador.

• Fazia- se necessário disciplinar o corpo, a mente, os modos em geral, distribuir a população em espaços adequados, regulamentar a moradia, controlar o lazer, o trabalho. Havia a campanha contra os cortiços, becos, favelas e essa campanha era sustentada pelo tripé: moral, higiene e estética.

Criação de fichas de saúde e pelotões de saúde, nas décadas de 10, 20 e 30, esses

pelotões eram constituídos pelos alunos mais comportados, mantinham a vigilância

pela limpeza do corpo e os modos dos colegas.

Link abaixo trata do tema também, interessante indicar como leitura.

http://www.bvanisioteixeira.ufba.br/artigos/cultura10.html

A ESCOLA REINVENTA E RESISTE AO

MODERNO

Prédios escolares que expressavam o

moderno foram construídos no final da

década de 20 e meados da década de 30,

quando o prefeito da cidade do Rio de

Janeiro era Pedro Ernesto e Anísio

Teixeira como secretário da educação.

• As construções obedeciam ao planejamento de remodelar a

cidade, as áreas escolhidas para a construção eram onde havia

grande demanda e o transporte era facilitado.

• Os prédios escolares tinham a intenção de criar novos

comportamentos e sentimentos diante da escola, reinventando o

espaço público.

Escola Platoon

• A arquitetura escolar mostrou a primeira arquitetura moderna

oficial ao município e ao país, divulgando também a pintura de Di

Cavalcanti e Georgina de Albuquerque.

• Arquitetura inspirada na vanguarda modernista e identificada com a Art

Decô.

• Foi tão importante a questão da arquitetura escolar que, foi criada uma

exposição em 1934, pela Associação Brasileira de Educação.

• Essa nova estrutura das escolas foi comparada ao mundo urbano

Hollywoodiano, conforme Oswald de Andrade na década de 30, a população

aceitava essa nova construção pois eram seduzidos pelo cinema, comparando

cenários hollywoodianos com a fachada das escolas.

• Foram incorporados às salas de aula bibliotecas, anfiteatros, jardins, desta

forma a população mais pobre que não tinha o hábito de frequentar estes

locais eram sociabilizados.

Instituto de Educação do Rio de Janeiro

• Problemas de saúde e epidemias atingiam a alunos e professores,

caracterizando a escola como foco de epidemias e seu caráter de

interdependência social, pois poderia atingir a qualquer pessoa de

qualquer classe social.

• Visando o controle das epidemias, o Estado utiliza da escola

como estratégia para o controle do restabelecimento da saúde e

também, como controle da participação política das massas.

Crianças - 1920

• Novos livros didáticos foram distribuídos para atender aos novos programas

e os ideais reformistas, consequentemente novas metodologias foram

instituídas, sobretudo no campo da leitura onde o objetivo era o de construir

não só um leitor mas uma pessoa capaz de decifrar a cultura urbana em

constante transformação.

• A questão disciplinar era um problema bem sério quando feria os bons

costumes da época, algumas atitudes dos alunos como mostrar partes do

corpo, masturbação, consumo de bebidas alcoólicas desconcertavam os

professores.

• A formação do professor foi repensada para controlar estas práticas, eles

eram formados em institutos controlados por liberais, o padrão de ensino foi

substituído pelo norte- americano, o papel exercido pelas mulheres do

magistério revisto.

• As mudanças curriculares e programáticas do Instituto de Educação

evidenciaram a vontade de unificar a metodologia, o agrupamento de classes,

à avaliação escolar, a modificação do caráter cívico e moral do curso referia-

se ao problema do uso da liberdade e autoridade docente.

• Essa nova escola tinha o intuito de antecipar a revolução como também

reinventá-la.

• O movimento de 1930 tornou o conceito de revolução como uma experiência concreta e próxima, deixando de ser abstrata. Esse movimento não resolveu algumas contradições da época, a produção intelectual denota bem as novas interpretações que avaliavam movimentos cruciais da nossa história.

• A organização escolar podia ser entendida como forma de expressão e produtora de uma cultura escolar, essa cultura expressava um conjunto de normas e práticas produzidas historicamente por sujeitos/ ou grupos relacionados com a definição dos saberes a serem ensinados.

• O ponto central da política educacional no Rio de Janeiro e em outras cidades na década de 20 e 30, era quanto a modificação do habitus pedagógico.

• Mudar a mentalidade da população era fundamental para a

mudança de costumes.

• De 1922 a 1935 foram construídos uma política educacional

liberal. Reinventando o espaço escolar e social, ampliando a

influência da escola na cidade, retirando a educação da tutela da

Igreja e do Estado

• Pagina 392

• Os esforços procuravam produzir não somente reprodução

ambiente pedagógico do maquinismo industrial,mas associar

de modo imediato e mecânico a organização escolar fabril.

• As preocupações disciplinar estava presente por meio de

medidas diversas como controle do tempo e do espaço escolar

que não surtiram no entanto efeito desligado.

• PG 394

Formação docente como ponto de partida das reformas de instrução pública no país, construção de uma “experiência pedagógica inovadora”.

• Tempos modernos, o primeiro grande movimento de organização dos profissionais da educação do país. Alavanca para a criação e a expansão da capacidade do Estado de implementar políticas de alcance nacional.

• Intenção de mostrar a resistência e a diversidade para além da construção dos espaços da cidade e da escola como produção / reprodução de controle da opressão.

• O efeito mais importante da modernidade pedagógica foi produzir identidades sociais que se definiram em uma produção da diferença cultural e social.