Sandra Falcone. Notícias de mim

Desde menina A carta, marcada com o meu batom,Guardo, amarrada numa outraNa minha sala de memória, cuidadosamente desamassada,Numa caixa de saudade, que ainda leio;Velhas cartas, fotografias e o anel de rubi,Objetos coloridos que não serve mais no anular,De encantos e desencantos na mesma correntinha,Lá estão com os dentinhos do meu filho, O bigode áspero do meu pai, sob a oração do seu sétimo dia,O dedal paciente de minha mãe, e o último poema que lhe escrevi.a trança despenteada da minha irmã, Todos os meus coloridosduas bolas de gudes quebradas encantos e desencantos que roubei dos meus irmãos; estão protegidos do tempona fita da primeira comunhão, num instante, num dia,a medalhinha de santo Antônio, muito tempo atrás,que a minha tia-madrinha nesse relógio parado,e casamenteira me deu; sem corda,o primeiro cartão-postal que junto delesdo vizinho João, deixei.com o cadeado do diário que perdiquando fiz 15 anos

1. É correto dizer que o sujeito do poema está falando de fatos e pessoas do seu passado? Justifique sua resposta

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2. que você entendeu pela expressão “sala de memória”?

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3. Todo mundo tem a sua sala de memória particular. E a sua, o que existe dentro dela? As coisas que estão dentro dela também existem na realidade?

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4. O que você entendeu do poema, você gostou? Comente