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Distribuição gratuita para motoristas de caminhão PANDEMIA MOTORISTAS SE ADAPTAM À NOVA REALIDADE DA ESTRADA 537 DESDE 1970 TRANSPORTANDO INFORMAÇÃO | www.ocarreteiro.com.br | ano 49 | Nº ATIVIDADE SOB CONTROLE SERVIÇOS CONECTADOS TRAZEM SEGURANÇA PARA O MOTORISTA E O CAMINHÃO INOVAÇÕES ESSENCIAIS O CARRETEIRO 50 ANOS Tecnologia digital contribui para o aumento da eǠciência e da rentabilidade do setor História da indústria de caminhão mostra a relevância do transporte de carga no País CONEXÃO EM ALTA Covid-19 leva transportadores a entenderem mais rápido a importância da conectividade

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oPANDEMIA MOTORISTAS SE ADAPTAM À NOVA REALIDADE DA ESTRADA

537DESDE 1970 TRANSPORTANDO INFORMAÇÃO | www.ocarreteiro.com.br | ano 49 | Nº

ATIVIDADE SOB CONTROLE

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SERVIÇOS CONECTADOS TRAZEM SEGURANÇA PARA O MOTORISTA E O CAMINHÃO

INOVAÇÕES ESSENCIAIS O CARRETEIRO 50 ANOS Tecnologia digital contribui para o aumento da e ciência e da rentabilidade do setor

História da indústria de caminhão mostra a relevância do transporte de carga no País

CONEXÃO EM ALTACovid-19 leva transportadores a entenderem mais rápido a importância da conectividade

SOB CONTROLE

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No trânsito, dê sentido à vida.

A Mercedes-Benz está com você que segue nas estradas neste momento tão difícil. Nossa rede de concessionários está pronta para atendê-lo e resolver os imprevistos que podem aparecer no seu caminho. Enquanto isso, nossas fábricas estão produzindo respiradores e equipamentos de proteção hospitalar. Juntos vamos vencer esse desafio.

Aonde quer que você vá, nosso agradecimento vai junto.

#UnindoForças.

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EDITORIAL

UMA MUDANÇA A MAISaplicação da internet no setor do transporte rodoviário tem sido absorvida com rapidez. E agora, com o isolamento social criado pela pandemia da

Covid -19, aumentou a dependência. Isso porque a busca por soluções para para manter a roda girando, e se possível mais aprimorada, provocou um aumento significativo do uso dos recursos digitais, sobretudo pelos transportadores rodoviários de carga de todos os portes. De uma hora para a outra o que já era disponível para os transportadores, do autônomo ao grande frotista, se tornou mais necessário. Aplicativos de frete, softwares de gestão de frotas, controle da manutenção do caminhão, dos pneus, do consumo de diesel e do modo do motorista dirigir, assim como a eliminação de papéis e processos, entre outras mudanças, ganharam mais atenção e espaço no setor. Esse avanço digital parece não ter limite. Assim sinaliza o frequente surgimento de novas empresas de tecnologia (fretes, guias de serviços etc) geralmente acompanhadas de alguma novidade. Por outro lado, provedores de produtos e serviços, como as próprias montadoras de caminhão, também não param de ampliar suas opções de serviços digitais que possam contribuir com o desempenho e produtividade dos transportadores e, claro, também para o seu negócio de fabricar e vender veículos pesados, pois o sucesso delas depende do êxito de quem transporta. O período de isolamento social tem sido um certo divisor de águas em todos os setores. A precaução contra o novo coronavírus levou muitos profissionais de diferentes áreas a serem mais criativos, a pensarem “fora da caixa”, se reinventar e descobrir novos horizontes dentro de sua atividade. Para o motorista de caminhão existem boas chances de a tecnologia digital trazer mudanças de peso, como a que aconteceu há alguns anos ao aderirem ao WhatsApp. O “zap”, como dizem muitos caminhoneiros, está ganhando mais força e evidência no meio ao ser adotado por montadoras e redes de concessionárias como uma das principais plataformas de comunicação. Como se vê, a pandemia deu uma chacoalhada no mundo e se espera que tudo isso traga melhorias para quem dirige caminhão, cujo valor e importância estão mais do que provados. Portanto, fica a sugestão de uma mudança a mais: que tal o resgate do respeito que a categoria já teve um dia? É merecida e está fazendo falta.

JOÃO GERALDOEditor

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SUMÁRIO

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44 50 ANOS DA REVISTA O CARRETEIROEvolução da Indústria de caminhões nas últimas cinco décadas e a entrada no de novos fabricantes no mercado mostram que há mais de 50 anos o transporte rodoviário de cargas é uma das atividades mais importantes e atraentes do Brasil

22 VÍRUS E CONEXÃODIGITALA insegurança causada pela pandemia tem impulsionado transportadores a entenderem melhor o valor dos programas de manutenção e da conectividade

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/OCARRETEIRO

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/OCARRETEIRO

(11) 95428-8803

/REVISTAOCARRETEIRO

Publicação de: G.G. Editora de Public. Téc. Ltda.Rua Palacete das Águias, 395 - Vila Alexandria CEP 04635-021-SP - Tel.: (11) 5035-0000 [email protected]

A Revista O Carreteiro é dirigida a motoristas de ca minhão, empresários donos de transportadoras, frotistas, chefes de oficinas e demais profissionais ligados ao transporte rodoviário de carga.A publicação é distribuída em cooperação com pos-tos de serviços rodoviários “ ” ede ficial de Distribuidores da Revista O Carreteiro). É proibida a reprodução total ou parcial de matérias sem prévia autorização. Matérias e artigos assinados são de res ponsabilidade dos autores e não representam a opinião da Revista O Carreteiro.

Impressão e Acabamento: rafilar.Distribuição gratuita nos postos de rodovia cadas- trados no ROD.

DIRETOREdson Pereira Coelho

REDAÇÃO | [email protected]: João Geraldo (MTB 16.954)Reportagem: Daniela Giopato

ARTE | [email protected] de Arte: Pedro Hiraoka

DIGITALEduardo Arpassy

COMERCIAL | [email protected] Eurico Alves de Assis Nilcéia Rocha

ADMINISTRAÇÂOEd Wilson Furlan

TIDC Code Soluções em TI

DISTRIBUIÇÃOG.G. Ed. de Publicações Técnicas Ltda. Ricardo Lúcio MartinsRute Rollo

ASSINATURA | [email protected]

Exemplar avulso: RS 11,00

ED. Nº 537 • MAIO/JUNHO 2020

REVISTA

DESDE 1970 TRANSPORTANDO INFORMAÇÃO

38 VALOR DA TECNOLOGIACaminhões avançados e tecnologias garantem eficiencia, redução de custos e maior segurança ao setor, afirma vice presidente da Mercedes

26 CONEXÃO À MÃOIsolamento social e maior uso da internet estão derrubando barreiras sobre o os benefícios da conectividade no setor

34 JORNADA SEM VOLTAUso cada vez maior da internet para se comunicar é um caminho sem volta no setor de transporte, assegura executivo da DAF

16 NOVO NORMALEmbora existam ainda muitas dificuldades nas estradas, motoristas dizem que no início da pandemia a situação estava muito pior

12 ENTREVISTA Presidente da Volkswagen Caminhões fala sobre re exos da pandemia no setor, dos motoristas e observa que não há jogo perdido

30 MAIOR PROXIMIDADEO responsável pela Iveco na América do Sul diz que a após a pandemia montadoras, clientes e motoristas terão uma relação mais próxima

SEÇÕES06 Notícias | 43 Boletim de pneus51 Serviço | 54 Na mão certa55 lassi cados | 60 Tabelas | 66 Mundo

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PRIMEIRAS ENTREGAS DE CAMINHÃO A GÁS

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A cania entregou oficialmente os primeiros camin ões movidos a g s para duas grandes transportadoras a

ogística e a omed ransporte e ogística. oram duas unidades para cada uma. ssas empresas são anos parceiras

da montadora comprando camin ões, serviços conectados, cons rcio da marca e utili ando o anco cania. diretor comercial da compan ia, ilvio un o , destacou ue o g s é o combustível

ue o e re ne as mel ores condições econ micas e técnicas como opção ao diesel. uma solução ue entrega diversas alternativas, como o s atural

eicular , s atural í uefeito e iometano , listou o e ecutivo.

A cania trabal a anos para oferecer esta solução ao mercado brasileiro. m dos primeiros camin ões da marca movidos a finalmente começou a rodar em testes em , a serviço da itrosuco e

superou os mil m rodados. utros dois modelos movidos a rodam na Ambev. e acordo com un o , no total são unidades em demonstração. e ecutivo adiantou ue no mês de maio tin a mais camin ões a g s vendidos.

mercado brasileiro est maduro para essas novas alternativas , acrescentou.

o mundo, a cania tem mais de mil camin ões em operação movidos a g s.

un o acrescentou ue no rasil o camin ão movido a g s não tem ual uer incentivo do governo, como acontece em outros países cem relação a combustíveis alternativos. Por outro lado, adiantou ue a f brica tem pro eto de vender modelos para operações fora de estrada, até o final deste ano. setor de cana é um grande produtor de biometano transformado da vin aça, e as empresas mineradoras, por sua ve , também estão comprometidas em redu ir as emissões , concluiu.

Aos poucos, os extrapesados MAN TGX, produzidos pela Volkswagen Caminhões e Ônibus, vão ganhando espaço no mercado brasileiro de caminhões rodoviários. A montadora acaba de anunciar a venda de 25 unidades para a Aranão Transportes Rodoviários, empresa de transportes que está completando 35 anos de atividades. Os veículos, todos na versão 28.440 6x2, vão transportar granéis líquidos e sólidos, além de produtos embalados, em rotas nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. A Aranão já conhece os cavalos mecânicos MAN TGX desde 2015, quando adquiriu um lote de 21 unidades, seguidas por outras negociações do modelo. Com os novos veículos, dos 252 caminhões da frota da empresa 53 são MAN TGX. O gerente-executivo de vendas da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Sérgio Pugliese, destacou que em todas as negociações a Aranão Transportes optou pela adoção do contrato de manutenção MAN Service que, segundo ele, é um grande diferencial competitivo do produto da marca no mercado.

MAN TGX NA FROTA

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IVECO RODA 1,5 MILHÃO DE KM

anutenção em dia e aplicação de peças genuínas a udam a garantir alta

uilometragem. e emplo vem do transportador er nimo implício, transportador de in ares ue rodou mais de , mil ão de uil metros com um veco tralis , fabricado em .

Além do uso somente de peças genuínas, o transportador disse ue sempre observou as recomendações de giro do motor otor P ursor e as boas pr ticas na condução do camin ão.

veco tralis foi produ ido até e substituído pelo i oad, também disponibili ado nas configurações de ei o

, e . ma das características

do novo modelo est na tara, a ual segundo a montadora é a menor do segmento, o ue permite ue o veículo carregue mais carga. gerentede mar eting de produto da veco,

ernardo Pereira, destacou ue o i oad foi pro etado para ser uma evolução do tralis, com diferenciais como uma nova turbina, nova calibração do motor e aumento de tor ue. A

uilometragem alcançada pelo tralis demonstra como os veículos da marca são confi veis, e com o i oad demos um passo adiante na oferta de produtos para o segmento, pois mantivemos a robuste e a versatilidade do tralis , concluiu.

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ROUBO DE CARGA DIMINUI NO PAÍS

O número de roubos de carga caiu em 2019. De acordo com NTC& Logística, que desde 1998 divulga anualmente a estatística nacional de ocorrências, foram registradas 18.382 ocorrências em todo o País. Segundo o relatório, em 2018 o total havia sido de 22.183 casos. Apesar da redução, a quantidade de registros ainda preocupa os transportadores, pois os prejuízos computados chegaram em R$ 1,40 bilhão. “A pesquisa continua apontando uma considerável redução se comparada ao ano de 2018, mas estamos falando de milhares de roubos em todo o Brasil e precisamos continuar trabalhando para que esses crimes não aconteçam mais”, disse o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio. O dirigente acrescentou que a redução dos casos tem muito a ver com o investimento das empresas, em tecnologias e medidas de segurança em suas operações, o que possibilita uma resposta muito mais rápida e ativa em relação as tentativas de delito, e também com o trabalho dos órgãos de segurança pública nas esferas estaduais e federal, que têm atuado com mais rigor no

EVOLUÇÃO ANUAL DAS OCORRÊNCIAS2014 17.5002015 19.2502016 24.5502017 25.9502018 22.1832019 18.382

OCORRÊNCIAS POR REGIÃOSudeste 15.490Sul 1.199Nordeste 1.156Centro-Oeste 310Norte 227

combate aos delitos de carga. O vice-presidente para assuntos de segurança da NTC&Logística, Roberto Mira, destacou que os roubos ocorrem porque os receptadores, que compram as cargas roubadas e incentivam o crime estão impunes, por conta de uma legislação arcaica. “Temos urgentemente que agravar as penalidades para esse delito, tanto a pena para a pessoa do receptador como para o seu estabelecimento, que deverá ter a licença de funcionamento cassada”, completou.

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Das mais de 40 funções que integram o Programa Semirreboque Inteligente (Intelligent Trailer Program – ITP), da Wabco (fornecedora global de sistemas de controle de frenagem e tecnologias avançadas que ajudam na segurança, a eficiência e a conectividade de veículos comerciais), as fabricantes brasileiras de implementos rodoviários e frotistas do País têm mostrado mais interesse por cinco tecnologias. São elas o SafeStart, sistema que freia automaticamente o semirreboque quando detecta que o compartimento basculante está levantado, evitando o risco de perder a carga ou de acidente ao passar sob uma ponte; Tilt

Depois de ter lançado no segundo semestre de 2019 a lâmpada halógena de 24V MasterDuty X-treme Vision para veículos pesados, a Philips está apresentando ao mercado um novo produto para o segmento de veículos pesados. Trata-se da lâmpada Standard Essential 24, que tem como principal diferencial ser original de fábrica disponível no mercado de reposição. Segundo a fabricante, a nova lâmpada se

LÂMPADA ORIGINAL

TECNOLOGIA NO SEMIRREBOQUEAlert, função para veículos basculantes para auxiliar na descarga, que indica a inclinação do veículo, informando o motorista sobre o ângulo crítico para a operação e a condição de risco de acidente; OptiLevel™, que controla de maneira inteligente a suspensão, reduz o consumo de combustível na estrada e mantém a altura do rebocado durante a operação de carga e descarga, acelerando o processo e tornando-o mais seguro; OptiLoad™, controle automatizado que ajuda a evitar a sobrecarga do veículo trator, levantando automaticamente o último eixo do semirreboque e OptiLink™, aplicativo para telefone celular (smartphone) que controla e monitora um conjunto de funções de segurança e eficiência de combinações de veículos comerciais e se destaca como um marco na gestão de frota em todo o mundo. As soluções da empresa estão presentes mundialmente em caminhões, ônibus e semirreboques, inclusive para veículos especiais como rodotrens, bitrens e demais configurações brasileiras.

dintingue da maioria dos produtos encontrados no mercado, pois utiliza vidro de quartzo UV, que proporciona mais proteção, maior resistência às vibrações e mudanças bruscas de temperatura. Ainda de acordo com a empresa, esta lâmpada é utilizada pela maioria das montadoras em caminhões e ônibus zero quilômetro.

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TIPLER CHEGA AOS 45 ANOSA Tipler, uma das mais tradicionais fabricantes de bandas pré moldadas e produtos para reforma de pneus, acabou de completar 45 anos de atividades. Localizada em São Leopoldo/RS, a empresa se posiciona como uma das mais conceituadas do País da ind stria de reforma e recauchutagem de pneus de carga. A empresa conta com concessionários localizados em todo o

rasil e também na Argentina, ile e Uruguai. A rede atua de acordo com processos de reforma previstos em Manual Tipler de Recapagem MTR, o qual segundo a empresa entrega ao mercado pneus com padrão de segurança e qualidade internacional. A rede ipler é uma das

A Foton acaba de ampliar sua rede distribuição com 21 revendas autorizadas

ue antes eram ord amin ões. om a transição, a marca chinesa passa a contar com 45 concessionárias que atendem vendas e pós-venda com serviços e peças de reposição em 15 Estados brasileiros. Até o início de , a meta da empresa é chegar a 60 pontos no território brasileiro. Ricardo Mendonça de Barros, diretor de desenvolvimento da rede Foton do Brasil, destacou que os revendedores Ford conhecem bem o mercado e sabem que há um extraordinário potencial para os camin ões oton no País, por ue a montadora chinesa possui um portfólio de produtos de última geração e muito abrangente. Barros lembra que os ex-distribuidores Ford sabem trabalhar

DA REDE FORD PARA A FOTON

muito bem os produtos dos segmentos leves, médios, semipesados e pesados e com certeza isso fará com que a participação da marca cresça no mercado. Já o diretor de desenvolvimento produtos da Foton do Brasil, Eustáquio Sirolli, lembrou que a linha Foton tem similaridade com o portf lio ord, o ue também contribui com a migração, como motores

ummins e transmissões . s e uipamentos de diagn stico disponíveis na rede servem a ambas as marcas, facilitando as análises e seus reparos ou manutenções e resultando em muita sinergia na área de serviços”, explicou.

poucas no País ue todos os concessionários operam segundo as normas da A do nmetro, que determinam os requisitos para realização da atividade de reforma de pneus com segurança e qualidade.

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JOÃO GERALDO JOÃO GERALDO

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ENTREVISTA

NÃO TEM JOGO PERDIDO

APandemia da Covid 19 bateu forte na maioria das atividades econô-micas, reduziu a produção e ven-

das de veículos comerciais, vidas, empre-gos, renda de trabalhadores. O isolamen-to social trouxe muitas mudanças nas relações de trabalho, prestação e con-tratação de serviços e acelerou o uso da tecnologia digital pelo setor de transpor-te. Em entrevista à revista O Carreteiro, o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes, fala das mu-danças provocadas no setor de transpor-

te, da comunicação entre motoristas des-de o tempo do rádio PX e da necessida-de de renovação da frota de caminhões. “ ão tempos desafiadores, mas não jo-go perdido”, resume o executivo sobre a confiança no mercado e nas medidas ne-cessárias para a recuperação da econo-mia brasileira

REVISTA O CARRETEIRO – Tem se ouvido muito por aí, de pessoas de diferentes seto-res, credos e níveis social e intelectual, que o mundo será diferente após a pandemia da Co-

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NÃO TEM JOGO PERDIDOvid-19. O que você imagina que pode, ou que poderia mudar no setor de transporte rodo-viário de carga, especialmente na relação en-tre fabricantes de caminhão e clientes?ROBERTO CORTES – Períodos extremos, como o que o mundo está vivendo, têm o poder de acelerar transformações. O ho-me office, que foi um grande tabu para parte das empresas, por exemplo, tende a se tornar uma prática muito mais co-mum. Cremos ainda ser prematuro fazer um desenho do novo mundo, mas mode-los de negócios adotados neste período, como vendas de caminhões e ônibus por aplicativos, serviços via internet, uso de ferramentas virtuais para reuniões, ten-dem a ser mantidos.

O CARRETEIRO – Com as pessoas trabalhan-do em casa e se comunicando mais à dis-tância, sobretudo motorista de caminhão e familiares, a Internet ganhou importân-cia extra neste período de quarentena. Você acredita que essa necessidade suprida pelo mundo digital poderá provocar uma acelera-ção, por exemplo, na adesão dos transpor-tadores às tecnologias dos serviços conec-tados?ROBERTO CORTES A conectividade já era uma tendência antes da pandemia da Co-

vid-19. Tanto que o lançamento do Volks Care foi um dos destaques da Volkswa-gen Caminhões e Ônibus na Fenatran 2019. Entre os serviços dessa nova estru-tura para atendimento sob medida aos nossos clientes, está a gestão dos dados gerados pela RIO, a empresa de conecti-vidade do Grupo TRATON. Cremos que a crise atual deverá, e muito, acelerar esse movimento. Não apenas pela facilidade de acesso a dados remotos, mas, sobre-tudo, porque o foco nos resultados ficará ainda maior. A conectividade é uma forte aliada nesse sentido.

O CARRETEIRO – Hoje, os pacotes de servi-ços já atendem, senão de modo completo, quase que totalmente às necessidades dos transportadores. Você acredita que há es-paço a curto prazo para a introdução de no-vos produtos e serviços na área da conecti-vidade?ROBERTO CORTES – Sem dúvida. No-vas tecnologias e serviços surgem a to-do momento. As transformações promo-vidas por startups na área da mobilidade em todo o mundo são o maior exemplo disso. Pelo fato de a plataforma RIO ser modular, conseguimos incluir novos ser-viços próprios e de parceiros através do

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Períodos extremos têm o poder de ace erar trans orma es ome o fice que foi um grande tabu para parte das empresas tende a se tornar uma pr tica muito mais comum

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Marketplace, conforme a demanda dos clientes.

O CARRETEIRO – Diante das prováveis mu-danças na forma de relacionamento entre as pessoas, das quais os motoristas de cami-nhão autônomos, empregados, agregados etc não estarão livres, certamente o mun-do digital ganhará ainda mais relevância. De que forma esse movimento poderia trazer alguma contribuição para o setor de trans-porte rodoviário de carga?ROBERTO CORTES – Os motoristas de ca-minhão são uma categoria altamente co-nectada já há bastante tempo desde a

época em que o rádio era a única comuni-cação possível nas estradas, até o surgi-mento de aplicativos como o WhatsApp. A adoção de mecanismos de conectivida-de telemetria já é uma realidade, e vai se expandir cada vez mais.

O CARRETEIRO – A economia brasileira vi-nha num ritmo crescente e junto com ela os diferentes setores. Até que ponto, além da queda de produção e vendas, o período de isolamento pode ter alguma influência a mais nos rumos da indústria de veículos pe-sados no País?ROBERTO CORTES – A pandemia de Co-vid já traz fortes impactos nos resul-tados do mercado automotivo em todo o mundo, mas ainda é cedo para prever qual será o cenário ao final dessa crise.

O CARRETEIRO – Você acredita que ainda em 2020 o volume de produção e vendas de ca-minhões voltarão ao ritmo de antes da pan-demia?ROBERTO CORTES – Tudo depende do ca-minho a ser adotado pelo país para rea-quecer a economia. É preciso trabalhar desde já. No que é específico do nosso mercado, é importante falarmos de in-centivos (não subsídios) ao setor, para que os negócios retomem gradativamen-te aos patamares pré-crise.

O CARRETEIRO – Considerando não estamos numa guerra, portanto sem qualquer des-

ENTREVISTA

Os motoristas de caminhão são a tamente conectados astante tempo desde a poca em ue o r dio era a única comunicação possível nas estradas at o ats pp

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truição de meios de produção, há espaço pa-ra se pensar em tempos difíceis para as in-dústrias do setor automotivo neste ano e no próximo?ROBERTO CORTES – São tempos muitos desafiadores não apenas para as ind s-trias do setor automotivo, mas para a grande maioria das atividades econômi-cas, de uma forma geral. Mas não há jo-go perdido. Continuamos confiando no mercado e na equipe econômica do go-verno para adotar medidas necessárias para o aquecimento da economia. Acre-ditamos no Brasil e estamos à disposição para contribuir.

O CARRETEIRO – Uma questão à espera so-lução é a renovação da frota de caminhões, com idade perto dos 20 anos e com os mo-delos mais antigos nas mãos dos transporta-

dores autônomos. Essa não seria uma ques-tão para ser vista com mais atenção no novo momento pós-pandemia?ROBERTO CORTES – Sim. É também o mo-mento de retomar, desta vez de forma séria e duradoura, os programas de re-novação da frota. A idade média da fro-ta de caminhões circulante no País é 17 anos, mas não é raro ver veículos com 20 ou 30 anos nas ruas e estradas. Substituindo esses modelos por veícu-los atuais, haveria ganhos ambientais, de segurança e também reaqueceríamos os negócios de todas as fabricantes e de vários outros setores envolvidos nes-se processo. É necessário também uma ação para se aumentar a concessão de crédito, tanto para o capital de giro das empresas, como para fomentar o finan-ciamento de caminhões e ônibus.

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O NOVO

NORMAL

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Desde o início da quarentena como ação preventiva para conter o avanço da epidemia do novo coronavirus, há três meses, os motoristas de caminhão tiveram de se adaptar a uma nova realidade na estrada para manter a circulação de mercadorias no País

E m março, os motoristas de cami-nhão se depararam com um ce-nário bem diferente do que es-

tão acostumados no dia a dia da pro-fiss o s estradas ficaram va ias e os estabelecimentos que a eles davam su-porte estavam fechados: borracharias, mecânicas, lojas de autopeças e, princi-pa mente os restaurantes rovocadas pela chegada do novo Coronavírus ao País, as mudanças mexeram com a roti-na de toda popu a o rasi eira

O isolamento social foi adotado co-mo medida para conter a contamina-

o or m a uns motoristas tiveram de continuar a trabalhar por ser a ati-vidade de transporte considerada servi-o essencia para a sociedade oi o caso

dos carreteiros que, apesar de toda fal-ta de infraestrutura continuaram a via-jar para manter o abastecimento e a cir-cu a o de mercadorias no a s

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dovias houve distribuição de marmitas, kits de higiene, máscaras, tags de pedá-gio etc. Os restaurantes se adaptaram e passaram a atender de maneira delivery. Borracharias e oficinas mec nicas tam-bém foram consideradas serviços essen-ciais e puderam se manter abertas com restrições para aumentar a segurança.

Porém, apesar de todas essas ações, a rotina dos carreteiros está longe do que era antes da pandemia. Muitos hábitos tiveram de ser revistos para garantir uma maior segurança na estrada. Entre eles a utilização de máscaras, distanciamen-to entre os colegas, maior higienização pessoal (lavagem das mãos e utilização

Muita coisa mudou e algumas melhoraram, disse Sidinei Magagnin: agora até medem nossa temperatura para autorizar a entrada no Porto

de álcool em gel) e também do caminhão. Outro fator importante foi o aumen-

to da ansiedade em relação ao futuro da profissão, do transporte e o medo de se contaminar e transmitir a doença para familiares. Os motoristas passaram a li-dar também com um maior grau de insa-tisfação, por se sentirem descriminados mesmo em um período em que a profis-são foi considerada como atividade es-sencial para o País.

“Quando tudo isso começou eu me lembro que fiquei bastante assustado. Eu viajava na rota Mato Grosso do Sul, Paranaguá e Maringá. Parava nos pos-tos e conseguia apenas abastecer, pois todos os demais serviços estavam fe-chados. Em alguns postos, os restauran-tes permitiam fazer o pedido e receber a encomenda do lado de fora. Mas muitas vezes percebia um certo preconceito ao ver outros profissionais acessando o res-taurante”, desabafou Sidinei Magagnin,

anos, de profissão, de Cascavel P . Sidnei explica também que está tra-

balhando normalmente desde o início do isolamento. Apenas reforçou os cuidados para evitar ser contaminado e passar aos seus familiares. Tem opinião de que mui-to do p nico é criado pela mídia e a polí-tica. Acredita que outras doenças matam até mais, como a dengue. Conta também que apesar de todo esse cenário negati-vo, algumas coisas melhoraram.

“O frete melhorou e o diesel abaixou. Sou assalariado, mas vejo todas essas mudanças. Os restaurantes já adotaram medidas seguras como o distanciamento entre as mesas. No Porto de Paranaguá, eles medem a temperatura de todos an-tes de autorizar a entrada, bem diferente de quando tudo isso começou. A gente parecia bicho”, lembra Magagnin.

João Eldes Vieira dos Santos, São

PROFISSÃO

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Paulo P, anos de idade e de pro-fissão, também recorda de ter ficado bastante assustado quando o isolamen-to começou, principalmente pela falta de informação e conhecimento. Disse que lembra que uns falavam da velocidade que o vírus era transmitido, outros não tinham ideia do que fazer e os restauran-tes fechados. “Uma realidade bem dife-rente da que estávamos acostumados. E diante de todas as incertezas eu tinha de continuar trabalhando. Cheguei a passar fome quando viajava de Belo Horizon-te para São Paulo. Não achei restauran-te aberto nem para um lanche. Apenas a noite consegui um lanche através do de-livery”, conta.

Ainda segundo João Eldes, quando ele explicou a situação na transportado-ra teve como resposta que infelizmen-te ia ser assim, mas logo iria passar pois com certeza alguém ia dar um jeito. “En-tão passei a levar alguns alimentos no ca-minhão”, disse. Hoje, conforme explica, as coisas estão mais adaptadas à nova reali-dade. Os restaurantes voltaram a funcio-nar com espaçamento entre as mesas e o sistema delivery também foi ampliado.

“Eu compro a minha marmita e almo-ço no meu caminhão. Me sinto mais se-guro pois não tenho contato com nin-guém. Acredito estar agindo certo para proteger a mim e a minha família”, decla-ra. João reforça que o trabalho aumentou depois da pandemia. Lembra que antes conseguia ficar dois dias em casa e ago-ra trabalha o dobro. Chega em casa no domingo, 10 horas da manhã, mas quan-do é cinco da tarde já volta para a estra-

da. “Antes as estradas até estavam va-zias, mas agora parece que muitas pes-soas deixaram de respeitar a quarentena e o movimento está bem alto”, observou.

Em relação ao futuro do transporte e da profissão, João está otimista e acre-dita que o trabalho só vai aumentar. “O transporte pode até dobrar pois vai ter muito mais cargas para circular. E com fé em eus, com o fim da quarentena tudo que estava parado vai voltar a funcionar e automaticamente o frete vai acompa-nhar esse aumento. Vai ser correria para voltar a colocar em circulação aquilo que estava parado”, opinou.

A carreteira Vera Lúcia Sousa, mo-

João Eldes Vieira contou que compra a comida e almoça no caminhão, sem

contato com ninguém, para se sentir mais seguro e proteger sua família

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torista há três anos, mora na Bahia e sempre acompanhou o marido em suas viagens. Hoje ela faz a rota entre Luiz Eduardo e Salvador. Ela explica que as grandes mudanças realmente foram no início da quarentena, quando os estabe-lecimentos como restaurante, borracha-ria e oficinas fecharam. “Ficamos sem apoio na estrada. Até para ir ao merca-do estava difícil, pois existia preconcei-to em relação a permitir a entrada dos caminhoneiros nos estabelecimentos já que sempre ficamos expostos. Então não conseguíamos nem abastecer a nos-sa caixa cozinha. Mas logo essas dificul-dades passaram”.

Na rota feita por Vera tudo já voltou a normalidade, porém com restrições. Os restaurantes, oficinas, borracharia estão funcionando, porém com medidas de se-gurança para preservar os clientes. “Vol-tamos a ter apoio, mas claro que ape-sar disso continuamos tomando todos os cuidados”. Ela conta que pega as car-gas com os fazendeiros e sente que há um certo receio. “Tudo é feito respeitan-do uma dist ncia segura e com equipa-mentos de proteção. Mas nas B s o trá-fego está normal e não sentimos muita diferença. O frete está bom. Então real-mente não tenho muito o que reclamar”, explicou.

A carreteira faz questão de ressaltar que apesar da situação não estar ruim na rota que trabalha, ela e o marido estão se protegendo e mantendo todos os cui-dados recomendados pelo Ministério da Saúde. “Sempre temos no caminhão três máscaras para usar durante todo o dia, álcool em gel nas mãos o tempo inteiro e evitamos qualquer tipo de aglomera-ção e contato físico com muitas pessoas. Mas, infelizmente essa preocupação não faz parte do dia a dia de todos os cole-gas”, lamentou.

Segundo ela, algumas pessoas não estão tomando os mesmos cuidados e por isso temos que evitar ainda mais o contato com eles. “Esse cuidado é im-portante, porque o vírus está em toda a parte, não escolhe quem vai infectar e já afetou o mundo inteiro. “O medo exis-te, mas não podemos parar. E tomando as devidas precações estamos nos pro-tegendo”, concluiu.

Para Vera Lucia, as grandes mudanças aconteceram no início da pandemia quando resta rantes, orrac arias e oficinas fecharam e faltou apoio na estrada

PROFISSÃO

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CUIDADOS ALÉM DO MANUAL DO PROPRIETÁRIO

A queda de movimento e a insegurança causada pela pandemia que levou a população ao isolamento social têm ajudado transportadores a entenderem melhor a importância dos programas de manutenção como erramenta eficiênte para redu o de custos da opera o

PANDEMIA

Manutenção do caminhão do modo tradicional e de acor-do com o Manual do Proprie-

tário tem sido cada vez mais uma coisa do passado. Ao menos para quem uti-liza algum dos planos de manutenção oferecidos pelas montadoras, os quais por meio da conectividade disponibili-zam dados do caminhão, da operação

e até da forma de condução do moto-rista. Tudo é registrado e com as infor-mações as montadoras são capazes de oferecer a redução de custos do quilô-metro rodado. mais de uma montadora. Esses serviços têm facilitado a vida de transportadores, avisando de manuten-ções do veículo, além de outras informa-ções importantes para o bom andamen-

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CUIDADOS ALÉM DO MANUAL DO PROPRIETÁRIO

A Scaniatem 30 mil caminhões

da marca conectados

no Brasil e 450 mil

no mundo Foto

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to do negócio. O crescimento do número de caminhões conectados no País indi-ca que a prometida redução de custos e de aumento da produtividade - inclusi-ve autônomos - tem acontecido. Ofere-cidos normalmente junto com a venda do veículo m, as montadoras afirmam que a situação de pandemia causou um certo aquecimento na procura pelos ser-

viços conectados. Caminhões da marca produzidos a partir de maio de 2016, que já contam o módulo Scania Communica-tor, também são aptos ter serviços co-nectados.

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Como já de conhecimento dos trans-portadores, as ações de melhoria que podem contribuir com redução do custo do quilômetro rodado são feitas a partir de dados inteligentes gerados pelo ca-minhão por meio da conectividade pa-ra otimizar a operação. As informações possibilitam a identificação dos interva-los de manutenção do veículo, velocida-de média, estilo de direção do motorista e consumo de combustível.

No período de isolamento social o uso de ferramentas dos serviços conec-tados Scania passou a ser mais intenso, conforme observou Silvio Munhoz, dire-tor comercial da montadora. O executivo

PANDEMIA

A redução de custos tem contribuído para o crescimento da adesão de transportadores aos programas de manutenção da fábrica

acredita acredita numa provável acelera-ção das vendas de planos de programas de manutenção, porém com moderação. “Vamos demorar pra voltar aos volumes que tínhamos antes da pandemia, mas temos notado que a procura e o interes-se vem crescendo em relação à situação anterior”, afirmou.

De acordo com o executivo, desde o início o período de isolamento, em mar-ço, a adesão ao programa de manuten-ção Premium está crescendo em relação ao plano Básico. “Percentualmente, as vendas do Plano Premium eram meno-res, mas os transportadores estão que-rendo se assegurar da cobertura, pois essa situação de incertezas tem levado a buscar algo que lhe dê confiabilidade e mais segurança.

O programa Premium Flexível citado

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por Munhoz contempla manutenções preventivas e corretivas de forma indivi-dualizada, personalizada e cobrança por faixa dinâmica de economia de combus-tível. O objetivo é garantir rentabilidade máxima e disponibilidade do veículo. Um dos atrativos desse programa é a pro-posta de redução de 25% no custo to-tal do caminhão. Os contratos de adesão são de três, quatro ou cinco anos e a co-brança é baseada em cálculo prévio dos custos totais de manutenção se haver mudanças durante o tempo de vigência. Se houver mais gastos do que espera-do, a Scania assume a responsabilidade.

Ainda de acordo com Munhoz, a pandemia tem ajudado nesse processo de segmentação. "A gente falava e reco-mendava, mas agora na pandemia com o maior uso das ferramentas os trans-

portadores começaram a entender com mais rapidez a eficiência dos serviços e o uso de produtos está aumentando,

Em abril a Scania realizou um encon-tro digital com a rede de concessioná-rios para apresentar novos programas de mautenção e poder oferecer mais op-ções de serviços que se encaixem nas necessidades dos transportadores pois, segundo Munhoz é muito grande a ca-rência do mercado.

O executivo acrescenta que os trans-portadores buscam eficiência segurança, coisas que encontram nos programas de manutenção e na rede. "Eles sabem que as concessionárias estão abertas e pre-paradas para dar atendimento. É a con-fiança na marca, especialmente agora na pandemia, que a incerteza leva a buscar soluções confiáveis , finalizou.

Silvio Munhoz: a pandemia levou os transportadores a buscarem mais segurança e isso eles encontram na rede de concessionárias

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CONECTIVIDADE MAIS PRÓXIMADiante do crescimento do uso de serviços conectados, provocado pela pandemia da Covid-19 e pelo isolamento social, as tecnologias digitais já não encontram resistência para serem vistas pelos transportadores como eficientes ferramentas para redução de custos e maior segurança naoperação de transporte

PANDEMIA

A s guerras têm o poder de trans-formar culturas até mesmo quando o inimigo é invisível, e

não será diferente após a batalha con-tra a pandemia da Covid-19 que se ins-talou em todo o mundo. A frase, dita por um executivo de pós venda da Volvo, faz referência às mudanças que deverão acontecer na ind stria de caminhões, in-cluindo fábricas, veículos e os transpor-tadores. udo isso nos próximos anos.

ponto principal dentro desta visão é uma utilização melhor e mais ampla dos serviços conectados. Esta tecnologia ocupará cada vez mais um lugar de des-taque no setor do transporte rodoviário de cargas, dando sequência a um pro-

cesso que já se encontra em andamento.A mudança já começou, conforme

lembra o gerente de pós vendas da Vol-vo do Brasil, Carlos Banzzatto, com a conscientização, nos ltimos anos do quanto a tecnologia é favorável na ope-ração de transporte. Ele destaca que é grande a aderência dos clientes na uti-lização das plataformas digitais da mon-

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CONECTIVIDADE MAIS PRÓXIMA

Central Volvo de Assistência

Rápida, em Curitiba/PR

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tadora para reduzir custos. “A Volvo tem milhares de caminhões conectados e es-sa mudança veio para ficar e transfor-mar a cultura”, acrescentou.

E transformação vai além da utiliza-ção e aproveitamento dos benefícios da tecnologia, pois traz com ela também o interesse do transportador em saber co-mo tudo funciona e o que as inovações

podem lhe oferecer. Para o executivo, is-so tudo vem de um modo natural e será melhor para todos os tipos de negócio. Banzzatto cita como exemplo a facilida-de que existe hoje com a internet e tudo que ela trouxe para o acesso a todo tipo produtos e serviços.

A utilização da conectividade no se-tor do transporte rodoviário de cargas

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não é diferente. E quando se fala de mo-torista e tecnologia digital, pesquisas antigas já mostravam que esse profis-sional teve sempre um percentual maior de aderência ao smartphonedo quando comparado com os demais consumido-res. "E mais, a internet está ajudando muito na proximidade com o carreteiro, além disso ele fica mais tranquilo duran-te a jornada.

Embora já ocorra há algum tempo, a tecnologia digital está ganhando mais força com a atual situação provocada pelo Coronavírus. e acordo com Banz-zatto, antes da pandemia quando se fa-lava aos clientes em ganhos de até

PANDEMIA

Carlos Banzzato: com os serviços conectados o transportador passa a ter um leque cada vez maior de serviços e cada vez mais interação on-line

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no consumo de combustível com a apli-cação da telemetria, eles perguntavam quanto esse benefício iria gerar de custo e diziam que ia pensar. “ oje, no meio da pandemia, eles já olham diferente e per-guntam: quanto conseguimos melhorar com o uso da tecnologia?, completou.

egundo o executivo, ficou mais fá-cil mostrar para os transportadores que com a telemetria é possível se obter gan-hos reais da condução e reduzir o con-sumo ajudando o motorista a conduzir o caminhão da forma correta nas diferen-tes situações, com o caminhão carrega-do, rotas difíceis etc. “ serviço conecta-do aumenta substancialmente a produti-vidade e a disponibilidade do veículo.

Agora isso está mais evidente, re-duz custos, que é a parte mais sensível do transportador, sobretudo nessa fa-se. Por isso ele quer ajuda da tecnologia”. A grande mudança, prossegure, é pagar pouco por muito. Essa porta foi aberta nos serviços conectados do transporte", diz Banzzatto. Ele acrescenta que quan-do o transportador adere passa a ter um leque cada vez maior de serviços e cada vez mais interação com on line.

"Antes, quem ia comprar um cami-nhão verificava vários itens; os serviços conectados só vinham depois da conclu-são do negócio. sso mudou. Na Fena-tran, antes de perguntar do preço e as condições, muitos transportadores já fa-lavam da conectividade e do pós ven-das. ó depois perguntavam do veículo e das condições de pagamento”, explicou.

Banzzatto acrescenta que a Volvo calcula o que realmente os transporta-dores precisam, e nesse momento de pandemia a companhia os têm apoiado individualmente em diferentes setores.

isse que o próprio plano de manuten-ção tem ajudado muito, e eles estão va-

lorizando bastante por estarem pagan-do pelo menor custo operacional. "Cada vez mais a marca se tornou um “sócio” do cliente, porque a cadeia está mais en-xuta em termos de custos e produtivida-de, eficiência etc , declarou.

Para finalizar, Banzzato disse que hoje o engenheiro da Volvo fala com o cliente, que por sua vez fala com a con-cessionária enquanto a fábrica prosse-gue desenvolvendo produtos formando um elo que não pode ser quebrado. “ sso trouxe uma sinergia muito mais forte na qual nós, da fábrica, estamos preocupa-dos em apoiar o transportador para que ele seja rentável e não quebre.

A transformação vai além da tecnologia e traz com ela o interesse

em saber como tudo funciona e o que as inovações podem oferecer

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RELAÇÃO MAISPRÓXIMA NOTRANSPORTE

PÓS-PANDEMIA

N a mesma linha dos demais fabri-cantes de caminhões, e também com apoio da rede de concessio-

nários, a Iveco ampliou seus serviços di-gitais para tornar mais fácil e eficiente a comunicação e a relação com os clientes da marca durante o período de pande-mia e isolamento social. As ações já reali-zadas e outras que virão, certamente tra-rão mudanças para o setor de transpor-

tes, observou o responsável pela Iveco na América Latina, Márcio Querichelli.

Bastante otimista em relação ao futu-ro do País e do setor de transporte rodo-viário de carga, afinal o Brasil enfrentou diversas crises econômicas ao longo de sua história, conforme lembrou, o execu-tivo disse que o movimento de mudan-ças já é percebido principalmente no con-tato com clientes. "Nos próximos meses

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RELAÇÃO MAISPRÓXIMA NOTRANSPORTE

Uma das prováveis mudanças para o setor de transporte rodoviário de carga após a crise da pandemia da Covid-19 será a maior proximidade entre fabricantes de caminhão, rede de concessionárias, empresas de transporte e motoristas autônomos

JOÃO GERALDO JOÃO GERALDO

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vamos saber como o setor de transporte vai reagir a mais um contratempo. De to-do modo, acredito na força que os brasi-leiros têm diante de momentos adversos como esse", complementou.

Sobre as ações da Iveco, Querichelli contou que nesse período de pandemia a montadora ampliou as ações que en-volvem departamentos de vendas e pós--venda para atender os transportadores.

“Reforçamos os setores de atendimen-to por meio do que fica disponível 24 horas e possibilita atendi-mento remoto para pedir socorro emer-gencial, agendar atendimento em con-cessionárias, obter informações e tirar dúvidas”, explicou.

Outro movimento, complementou o executivo, foi intensificar a prestação de serviço aos caminhoneiros nas redes so-

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ciais, com dicas e informações úteis, me-didas de prevenção à Covid-19 e a hi-gienização do dia a dia. A empresa im-plementou também o atendimento via WhatsApp (31-2107-2355), justamente por ser a plataforma mais utilizada pelos motoristas de caminhão. “Esse caminho é irreversível. Temos de estar com nossos clientes em todos os momentos, com agi-lidade e eficiência”, acrescentou, desta-cando o crescimento do uso da tecnolo-gia digital pelos transportadores em ge-ral durante o período de isolamento.

Com as pessoas se comunicando mais à distância, sobretudo o motorista de ca-minhão com empresas e familiares, a in-ternet ganhou importância extra. O exe-cutivo destaca que essa necessidade su-prida pelo mundo digital deverá provovar uma aceleração, por exemplo, na adesão de transportadores às tecnologias dos serviços conectados.

Caminhões Iveco são monitorados por sistema inteligente de telemetria e conectividade que ajudam a melhorar a performance da operação

“Os transportadores estão utilizando a tecnologia para fazer a gestão de frota e se comunicarem com motoristas, e is-so vai ganhar impulso no pós-pandemia”, disse. Querichelli destacou também, co-mo exemplo, o crescimento de aplicativos de cargas que conectam empresas a ca-minhoneiros. “Para dar subsídio para is-so, nós temos ampliado a conectividade e a telemetria dos nossos produtos, com cada vez mais a inclusão de sistemas di-gitais que fazem conexão dos caminhões e dos caminhoneiros com suas bases, nas transportadoras e aplicativos”, contou.

O executivoreforça que os sistemas de conectividade já fazem parte do dia a dia das transportadores e os caminhões co-nectados são uma realidade. Com as fre-quentes mudanças na tesnologia da in-formação, é provavel que essa 'atualiza-ção constante' aconteça cada vez mais rápido. "Cito como exemplo o Iveco Co-

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nect, sistema de telemetria e conectivi-dade inteligente que agrega importantes funções em uma única ferramenta.

Com a central localizada na fábrica em Sete Lagoas/MG, o sistema monitora 24 horas ininterruptas as informações rece-bidas pelos dispositivos e tem a respon-sabilidade de antecipar a demanda dos clientes da marca em qualquer eventual problema com o veículo.

“O objetivo da marca é proporcionar a redução de custos, um melhor gerencia-mento da frota e estar cada vez mais pró-xima e conectada com os clientes. Há uma equipe especializada no monitoramen-to da frota conectada”, disse o executivo. O sistema está preparado para entregar informações da performance do veícu-lo, como por exemplo, rotação do motor, temperatura, torque, aceleração, consu-mo de combustível e geolocalização.

Por meio do histórico dos dados da operação do veículo, a tecnologia permi-te que se entenda a aplicação do clien-te e a montadora possa fornecer servi-ços cada vez mais adequados à realidade do cliente, prevenindo falhas e sugerin-do configurações técnicas apropriadas, por exemplo, da rota e até de outro veí-culo da marca que possa oferecer uma melhor performance na aplicação. Que-richelli acrescentou que, entre as várias funções, o sistema monitora permanen-temente o desempenho do motorista e as funções do veículo. Em caso de haver algum problema, o motorista é contatado e recebe sugestões de solução. As infor-mações, individuais de cada cliente, tam-bém servem de base para a Iveco ofere-

cer produtos mais adequados às aplica-ções do transportador.

Lembrou que a relevância cada vez maior da tecnologia no setor permiti-rá aproximar dos transportadores, pois não basta apenas vender o produto e fa-zer contato com o cliente apenas quan-do ele for à concessionária para uma revi-são do veículo. “Esse relacionamento será levado a outro nível. Falo de uma parce-ria em que ambos os lados têm benefí-cios”, explicou.

Querichelli acredita que o legado maior que ficará após a pandemia será mesmo o relacionamento com o cliente. “A proximidade ainda maior com trans-portadores e motoristas autônomos vai permitir que a montadora desenvolva produtos e serviços que atendam as ne-cessidades de forma plena, com redução de custos na operação, rentabilidade e parceria de longo prazo”, finalizou.

Estamos com nossos clientes em todos os momentos, com agilidade

e efici ncia, disse rcio eric elli, sobre a tecnologia digital no setor

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Utilizado há anos anos pelos motoristas de caminhão, o WhatsApp se tornou uma importante ferramenta de comunicação também para os fabricantes de caminhão e suas redes de concessionários falarem com os transportadores

Luis Gambim destaca que o mercado está aberto a novas tecnologias que

facilitem o trabalho do transportador e o ajudem na rentabilidade da operação

JOÃO GERALDO JOÃO GERALDO

T odo momento de crise moti-va a criatividade, leva as pessoas a pensarem além do convencio-

nal e ajuda a re etir sobre como fazer o trabalho de uma maneira ainda mais efi-ciente. Essas palavras, ditas por um dos principais executivos da DAF Caminhões, reforçam os comentários que após a pan-demia da Covid-19, a vida será diferente dentro fora das empresas, sobretudo pe-lo distanciamento físico entre as pessoas.

No setor de transporte não está sen-do diferente. As mudanças já começa-ram faz tempo e elas se aplicam a todos os profissionais ligados ao setor. os mo-toristas autônomos e agregados aos em-pregados; das montadoras às redes de concessionárias. "E reforçam as transfor-mações que já se encontram em anda-mento, pois com isolamento social esse processo sofreu uma aceleração", acres-centa Luis Gambim, diretor comercial da DAF Caminhões.

executivo destaca que graças à tecnologia e eficiência da internet, o afastamento físico entre as pessoas não conseguiu interromper o trabalho de contatos e de vendas com os transpor-

tadores que operam com caminhões, sobretudo da marca.

“Certamente que o contato pessoal é fundamental em diversas ocasiões, mas é possível estar próximos e presentes de nossos clientes mesmo sem estar à sua frente”, disse. Gambim destaca que nessa comunicação (montadora –clientes - con-cessionárias), o WhatsApp tem sido uma das ferramentas mais usadas, especial-mente no contato com a rede autorizada.

Para ilustrar a força e eficiência da co-municação nesse novo momento, Gam-bim cita o recém criado AF Agende Fácil, serviço de agendamento de ma-nutenção unificado para toda a rede de concessionários da marca, que pode ser acessado pelo Smartphone ou por uma li-gação telefônica gratuita. serviço cen-traliza o agendamento de manutenção preventiva e corretiva, presta orientações e informações sobre serviços, peças etc. No período de isolamento social, a mon-

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so a peças de reposição, podendo con-sultar, esclarecer dúvidas e comprar pe-lo e-commerce. “Este é um momento em que aproveitamos para acelerar a nossa forma de atender, orientar e prestar su-porte a nossos clientes e os heróis da es-trada, de forma mais próxima, mesmo que virtual”, complementou.

Assim como outros executivos da in-dústria de caminhão, Gambim não des-carta que a partir desse segundo semes-tredeverá haver uma retomada gradual da produção e das vendas. Ele lembra que a DAF também começou 2020 com resultados excelentes, tendo o modelo

F em terceiro lugar na sua catego-ria. “Estamos trabalhando para manter a participação de mercado, atender setores da economia que precisam de caminhões para continuar suas atividades e também para retomarmos assim que a situação do País se normalizar”, concluiu.

tadora registrou um crescimento médio de 20% nestas atividades, considerando os 38 pontos de atendimento que já con-ta distribuídos pelo País.

“O uso da internet e suas soluções são um caminho sem volta. Algumas de-las delas podem ser implementadas com grande velocidade e com resultado po-sitivo”, afirma. executivo lembra que o mercado está aberto a novas tecnolo-gias que facilitem o trabalho do transpor-tador e o ajudem na rentabilidade de sua operação. “ oda tecnologia neste senti-do é bem-vinda e será aceita pelo clien-te”, acrescenta.

Em sua opinião é provável que o im-pacto causado pelo novo momento se-rá positivo, pois a conectividade criará uma proximidade ainda maior entre a in-dústria e o mercado. Ele observa que os clientes também vão ganhar em agilida-de na prestação de serviços e no aces-

A facilidade de comunicação

proporcionada pela tecnologia ajuda a

dar agilidade no atendimento aos

transporadores

PÓS-PANDEMIA

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A pandemia da Covid-19 abriu caminho para a expansão da tecnologia digital no transporte rodoviário de cargas e reforçou a tendência de que os serviços são tão essenciais quanto os veículos. Sobre esse avanço, o vice-presidente de vendas e marketing caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil observa que as pessoas vão se acostumando com as inovações, entendendo seus conceitos, suas vantagens e o quanto elas são essenciais para proporcionar eficiência em suas atividades

TECNOLOGIAS

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TECNOLOGIAS ESSENCIAIS

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S e de um lado os transportadores estão bem assistidos com serviços e atendimento eficiente, por outro

as fabricantes de caminhões têm o cons-tante desafio de oferecer a eles produ-tos e tecnologias que entreguem a ren-tabilidade esperada, ou ao menos parte dela. Essa é uma tarefa bem executada pelas montadoras no Brasil, havendo até por parte delas antecipação às expecta-tivas do mercado, com veículos que tra-zem novas tecnologias e conduzem os profissionais do setor para um ambiente cada dia mais moderno e eficiente.

Um exemplo recente dessa entrega é o Novo Actros, um caminhão no qual a Mercedes-Benz ousou a disponibilizar novidades tecnológicas inéditas no seg-mento de cavalos mecânicos premium no Brasil. O lançamento colocou a montado-ra em um novo patamar de oferta de pro-

JOÃO GERALDO JOÃO GERALDO

duto e conectividade, conforme sugere o vice-presidente de vendas e marketing caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, oberto Leoncini.

O novo caminhão foi apresentado aos transportadores do País na Fena-tran 2019 como a principal novidade da feira. As entregas, no entanto, entanto, só começaram em abril deste ano, justa-mente num momento em que a tecnolo-gia digital ganhou ainda mais importân-cia em razão da crise da Covid-19.

Leoncini observa que o portfólio iné-dito de soluções que chegou ao merca-do juntamente com o Novo Actros se destaca por inovações exclusivas para o segmento de cavalos mecânicos. Como exemplo, ele destacou o Mercedes Benz

ptime, um serviço exclusivo para o no-vo veículo que re ne ações que anteci-pam e monitoram continuamente vá-

Novo Actros disponibiliza

tecnologia digital que o coloca na

posição de caminhão mais

avançado do mercado

brasileiro

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rios módulos e indicadores do caminhão e evitam paradas do não programadas.

Independente das tecnologias que o tornam o veículo Novo Actros um dos caminhões mais avançado e tecnológi-co no mercado brasileiro, os recursos da internet têm trazido grandes mudanças para o setor de transporte. Nesse que-sito, o executivo afirmou que as novas ferramentas de conectividade e servi-ços deram à Mercedes-Benz um poten-cial enorme de soluções para atender as demandas dos clientes e também o po-der para antecipar eventuais problemas. “Via comunicação digital, online e com telemática, podemos saber tudo sobre o caminhão, a rota e o comportamento do motorista na condução do veículo. Com isso, ajudamos o cliente na melhor ges-

Com base em telemetria, inteligência artificial, algoritmos, tecnologia digital e automatização, o Novo Actros elevou a Mercedes a um novo patamar de serviços

tão de sua frota e de seus profissionais do volante”, complementa.

O executivo disse que a crise da Co-vid-19 reforça o fato de que a tecnologia e os veículos são essenciais para propor-cionar eficiência e rentabilidade no ne-gócio de transporte. Falou também que o aumento e a diversificação da ofer-ta de serviços contribuem para isso e que nesse quesito a Mercedes-Benz tem avançado sistematicamente nos ltimos anos. Um exemplo é o canal de atendi-mento para clientes por WhatsApp que entrou em funcionamento em maio des-te ano. “Percebemos que ganharíamos muito em agilidade se o motorista pu-desse nos contatar pelo celular. Assim que recebemos a mensagem, a nossa Central de Atendimento avalia a neces-sidade do profissional da estrada e envia instruções. udo de forma rápida e efi-ciente”, explicou.

Disse também que a pandemia natu-

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ralmente abre caminhos para a expan-são da tecnologia nos serviços de trans-porte de cargas, porque as pessoas vão se acostumando com as inovações, en-tendendo seus conceitos e principal-mente as vantagens e benefícios para suas atividades.

Leoncini complementa dizendo que do mesmo modo que a internet e tam-bém o smartphone já se tornaram roti-na na vida pessoal e social das pessoas, com acesso fácil a informação, entre-tenimento e negócios, as ferramentas também estão cada dia mais presentes

nas empresas de transporte e logística, encurtando a comunicação entre os ges-tores, motoristas, fabricantes, distribui-dores e clientes finais, trazendo ganhos de agilidade, eficiência e produtividade ao sistema. Ele afirma que tem convic-ção de que esse é um caminho sem vol-ta, porque traz muitas vantagens para todos os envolvidos na cadeia de trans-porte e logística.

“E aqui eu destaco o que a nossa marca já oferece para o mercado brasi-leiro, porque temos atualmente o siste-ma mais tecnológico para caminhões do

A comunicação digital traz segurança para o motorista, porque o informa sobre o estado do veículo antecipando soluções para eventuais problemas técnicos, evitando quebras e paradas não previstas, diz Roberto Leoncini

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País. Além disso, lançamos aplicativos exclusivos para motoristas e frotistas, que poderão ser acessados com muita facilidade pelos celulares: Fleetboard Li-ga nas Estradas; Fleetboard; Fleetboard Jornada da Estrada; Fleetboard Vehicle Lens; App Mercedes Club”, listou.

O executivo acrescentou que as so-luções oferecidas pela Mercedes-Benz aos frotistas, autônomos e aos motoris-tas incluem caminhões robustos e resis-tentes que aguentam o tranco da severa atividade e que não deixam o motorista na mão. “Mas quando é preciso, a fábrica e a nossa rede de concessionários estão atentas às solicitações dos clientes, res-pondendo o mais rápido possível numa necessidade remota”, afirmou.

Leoncini destaca que todas as tecno-logias e recursos por ele citados diferen-ciam a Mercedes-Benz no mercado. Po-rém, enfatiza que não se pode esquecer que por trás disso tudo existem pessoas,

profissionais da fábrica e da rede de con-cessionários que trabalham focados na satisfação e na tranquilidade do clien-te. “Em suma, gente, tecnologia e mui-ta experiência são grandes diferenciais da nossa marca no Brasil, principalmen-te nesse momento que estamos vivendo um “Novo Normal”, expressou.

Para finalizar, Leoncini enfatiza que definitivamente as ferramentas digitais vieram para ficar. “Muitos dos contatos nos processos de venda serão modifica-dos e ganharão muito mais eficiência vir-tualmente e nós da Mercedes-Benz es-tamos preparados para isso, porque já vínhamos trabalhando nesta direção. Mesmo já entregando ao mercado o que há de mais moderno em tecnologia, nós não vamos parar de inovar”, concluiu.

Além das soluções e serviços oferecidos, a rede de concessionários

tem de estar atenta às solicitações dos clientes e respostas rápidas

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DESAFIOS DO FROTISTA N a maioria das empresas de trans-

porte, o pneu está entre segun-do ou o terceiro item na planilha

de custos. Por outro lado, é o que apre-senta maiores oportunidades de melho-ria de desempenho e redução de custo por quilômetro rodado (CPQ).

Apesar da grande importância dos pneus no custo operacional das empre-sas, vemos pouca preocupação ou inves-timentos para implantação de contro-les eficazes e melhorias de performan-ce. Entre tantos itens para reduzir o CP podemos citar alguns de maior impor-t ncia e eficácia: Controle de uilome-tragem; Manutenção dos Pneus; Manu-tenção Mecânica dos Veículos; Escolha do pneu correto para o serviço executado pelos veículos; Treinamento de motoris-tas, mecânicos e borracheiros; Criação de um departamento para cuidar dos pneus.

m controle de quilometragem efi-ciente, com consequente levantamen-to do CPQ, é o maior aliado na redução do custo com pneus. Isso possibilita sa-ber qual a marca e qual a recapadora é mais eficiente para o serviço veículomanutenção. Por isso sugerimos utilizar sempre pneus e serviços de mais de uma marca para criar uma concorrência e me-lhoria dos produtos e serviços visando a diminuição do custo operacional.

Os pneus de carga têm sua carcaça preparada para suportar reformas e pro-longamento de sua vida útil. A quanti-dade de reformas que cada produto su-porta é determinada por diversos fato-res que podem ser conseguidos através

do estudo CPQ. Com isso pode se saber, por exemplo, qual o momento de tirar o pneu de serviço antes do término de sua vida montado no veículo.

A fórmula básica para se determinar o CPQ é dividir o custo total do pneu (pneu novo mais reformas e consertos pela quilometragem total percorrida. Dessa forma é possível determinar os seguintes par metros de vital import ncia como:• Qual a marca de pneus apresenta o me-nor CPQ; ual a recapadora oferece o menor CP ;

• Qual veículo consome menos pneus;• Qual o momento de retirar o pneu de serviço, vendendo a carcaça no mercado.

Além de determinar quais os pneus apresentam o menor CPQ, o controle de quilometragem proporciona outros be-nefícios tais como:• Saber onde estão montados os pneus da frota a qualquer momento, coibindo roubos ou trocas indevidas;• Determinar se existe algum eixo consu-mindo mais pneu que outro; • Determinar quais as principais causas de sucateamento de pneus e determinar ações corretivas pontuais;• Determinar quais motoristas conso-mem menos pneus na operação.

Existem no mercado vários soft ares disponíveis para controle de pneus e da frota visando o controle do custo ope-racional e das operações como um to-do. Muitas vezes os detalhes fazem a di-ferença entre o sucesso e o fracasso de uma empresa.

Bom trabalho e até o próximo mês.

Este boletim é de responsabilidade de Guilherme Junqueira Franco, que tem a formação TTS (Truck Tire Specialist). Qualquer dúvida: [email protected]

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ANTES DO QUES ITO EFICIÊNCIANas últimas cinco décadas, a indústria de veículos pesados passou várias mudanças no Brasil e viu a chegada e partida de diferentes fabricantes. Independente da marca ou país de origem, os produtos de quem ficou no mercado brasileiro tiveram de se modernizar, evoluir e deixar no passado o caminhão "pau pra toda obra", numa época que consumo e emissões dos motores não eram ainda grandes motivos de preocupação

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ANTES DO QUES ITO EFICIÊNCIAA comemoração de 50 anos de

circulação da revista O Carretei-ro coincide, infelizmente, com a

pandemia global que já ceifou milhões de vidas humanas, lançou um duro gol-pe na economia mundial e mostrou que a humanidade e todo o sistema esta-belecido é bem mais frágil do que se imagina. A bomba caiu num momento em que a indústria de caminhões e to-

da a cadeia automotiva vem trabalhan-do em busca de meios e formas de apri-morar tecnologias que levem o trans-porte rodoviário de cargas a depender menos, ou se possível praticamente nada, do óleo diesel e ser ver livre das emissões de CO2 no meio ambiente.

Mas não é apenas a adoção de tec-nologias de propulsão, como moto-res elétricos e combustíveis de diferen-

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tes fontes para se movimentar os cami-nhões e demais veículos comerciais que a evolução se encontra em alta velocida-de. A aplicação da internet e de seus ilimi-tados recursos, em diferentes campos do setor de transporte, como a conectivida-de, que se tornou uma importante ferra-menta na atividade. As mudanças já es-tão presentes no dia a dia do motorista de caminhão brasileiro e, certamente, são recursos a serem utilizados cada vez mais após o fim da pandemia. Esse assunto claramente receberá muito destaque da-qui pra frente no setor de transporte.

Essa introdução tem por objetivo fa-zer um contraponto com o passado, para dimergir o leitor em uma viagem de volta no tempo, para uma época em que inter-net, conectividade e redução de emissões eram coisas desconhecidas e inimaginá-veis pelos transportadores rodoviários de carga, autônomos ou não, em atividade

quando as primeiras edições de O Carre-teiro ganharam as estradas do País, em julho de 1970.

Na ocasião, segundo registros, a fro-ta de caminhões, também chamados de “brutos”, se aproximava de 640 mil veícu-los. Não havia ainda por parte dos trans-portadores e motoristas, como há hpo-je, o mesmo compromisso com a perfor-mance da operação. O caminhão era um tipo de “faz tudo”, como diriam especia-listas do setor ao se referirem aos veícu-los de carga da época e à forma de ope-rá-los. Capacidade de carga chegava a ser mais importante que o consumo, a velo-cidade ou o nível de emissões dos moto-res. Ainda na primeira metade da déca-da de 1970, as montadoras produziam ca-minhões a gasolina e a diesel, sendo este vendido movido a óleo vendido a preços acima de 30% dos modelos equipados com propulsores ciclo Oto (gasolina).

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Em , por exemplo, an ncio da e-neral Motors publicado na revista o Car-reteiro para vender seu caminhão a ga-solina dizia o seguinte: “não pague 32% a mais por um caminhão diesel se você não tiver certeza de que precisa de um caminhão diesel”. Na sequência, lia-se o seguinte: “este anúncio pretende vender as utilizações de um caminhão a gasoli-na e, sem falsa modéstia, a do melhor ca-minhão a gasolina fabricado neste País, o Chevrolet C . Em Em outra publicida-de do mesmo ano a empresa reforçava: “Não compre diesel por engano”.

E como bem sabem os estradeiros “das antigas”, naquele tempo várias montado-ras de caminhão já disputavam a preferên-cias dos transportadores e motoristas. En-tre as marcas que aqui produziam veículos de carga naquele período, somente Mer-cedes-Benz e Scania ainda estão ativas no mercado brasileiro. As demais, Chrys-

ler (fabricava os modelos Dodge 400 e , eneral Motors e a Fábrica Nacional

de Motores Fenemê de onde vem a sigla FNM, e Ford deixaram saudades.

A Chrysler tinha começado a produzir caminhões no Brasil em 1969, na mesma fábrica onde foi montado até 1965 o ca-minhão International Harvester NV184, veículo com PBT de 8,4 toneladas. O mo-delo inicial da Chrysler foi o Dodge D700, para 19 toneladas de PBT. Depois vieram o médio D400 e a camionete D100, to-dos com motor V8 de 196cv de potência. Em janeiro de , a fábrica foi compra-da pela Volkswagen, que pretendia en-trar no mercado de caminhões, como ve-remos logo à frente.

A Fenemê, por sua vez, havia sido fun-dada em 1942 para produzir motores de avião em decorrência da uerra Mun-dial. A empresa, que já havia passado por algumas mudanças no âmbito da produ-

No início da década de 1970, frota brasileira chegava perto de 640 mil caminhões e incluia Alfa Romeo, Scania e Chevrolet. Anos mais tarde, a General Motors lançou no País modelos GMC

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ção e troca de mãos e de comando, em 1967 teve seu controle acionário transfe-rido para a Alfa Romeo. Anos mais tar-de para a Fiat iesel e depois veco, que deixou o Brasil em 1985 para retornar 10 anos mais tarde. fato é que o FNM era um caminhão de bastante presença nas estradas do País no início dos anos 1970. Afinal, a empresa tinha muitos mode-los em atividade, como o FNM . (equipado com motor de 7.3 litros,6 ci-lindros e 100cv de potência), o D-9.500 (130cv e 8 marchas nas versões chassi e cavalo mecânico) e o lendário D-11.000.

A veco retornou em ao País na Fena-tran de com modelos Eurotra er importados da Espanha. ois anos de-pois a matriz, na Itália, decidiu contruir fábrica no Brasil, em ete Lagoas M , com produção associada à fábrica da Ar-gentina. Em inaugurou a unidade brasileira com a produção do Daily nas

versões de e cv . Em a mon-tadora começou a produzir caminhões no complexo industrial de Sete Lagoas.

O crescimento do volume de carga transportada por rodovias entre 1970 e 1975 sinalizava a existência de um gran-de espaço para a expansão da indústria de caminhões. Na virada das décadas de 1970 para 1980, o então atrativo mercado de veículos pesados do Brasil ganhou re-forço com a entrada de duas novas mar-cas: Volvo e Volkswagen Caminhões. Di-ferente de outras montadoras, ao invés de escolher o ABC Paulista, perto do Por-to de Santos, a fabricante sueca cons-truiu sua fábrica em Curitiba/PR (próxi-ma ao Porto de Paranaguá) e começou suas atividades produzindo motores e chassis para ônibus. O primeiro caminhão da marca, o N10, chegou ao mercado em 1980, seguido pelo N12, em 1981, este equipado com motor de 12 litros.

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Volkswagen 11.130 e 13.330 e o Volvo N10 foram lançados no mesmo período, no início da decada de 1980. Na época, Scania e Mercedes já eram marcas conhecidas pelos transportadores

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Paralelamente à montadora sueca, em março de 1981 a alemã Volkswagen lançou os modelos médios VW 11.130 e 13.130 a diesel. No início do ano a mon-tadora havia lançado um caminhão a ál-cool denominado E . Exatamente dois anos antes (em janeiro de 1979), a ma-triz, na Alemanha, havia adquirido 67% da Chrysler Corporation do Brasil e com-plementou a compra de 100% em 1980. A empresa produzia globalmente somen-te automóveis e estava dando seus pri-meiros passos para entrar definitivamen-te no segmento de caminhões.

A Volkswagen tinha escolhido o mer-cado brasileiro para iniciar essa sua nova jornada no mundo dos veículos comer-ciais, onde a comprada Chrysler produzia os caminhões Dodge D-700 (com motor a diesel) e os modelos D-400 e D-950, ambos com motor a gasolina. Também no início da década de 1980, a Agrale, fa-

Xxxxel inctio excerro quo dolecullandi bernate lind mporepe lendunt omro

quo dolec monul andi bernate lind mpmoa ndae se vero mintia lindagui

bricante gaúcha de tratores começou a produzir e a comercializar caminhões le-ves com cabine em fibra. primeiro mo-delo da marca foi o TX 1100.

Desde então os caminhões Agrale são montados em sua fábrica instalada Caxias do Sul/RS. Com passar dos anos e o cres-cimento do parque industrial brasileiro de fornecedores da indústria automoti-va, outras montadoras se sentiram atraí-das a instalar fábrica no País, mas nem todas mantiveram seus planos de ficar. Em foi a vez da marca norte ameri-cana nternational, pertencente ao rupo Navistar. Após ter produzido 3.500 uni-dades – dentro das instalações da Agrale –, em 2002 a empresa interrompeu a co-mercialização de seus produtos no mer-cado doméstico e passou a produzir so-mente para exportação. Em , a em-presa voltou a distribuir seus veículos no Brasil, os quais passaram a ser montados

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em fábrica no município de Canoas/RS, mas logo acabou desistindo do Brasil dei-xando para traz concessionários e clien-tes que tinham caminhões da marca.

Fabricantes da sia sentiram o mes-mo apetite pelo mercado brasileiro. Duas delas são as gigantes do mercado chi-nês Sinotruk e a Shacman, que também não ficaram no Brasil . utra fabrican-te da China, a Foton, chegou ao mercado brasileiro em 2010 através de sua repre-sentante no Brasil, a Foton Aumar . A em-presa tem um terreno em uaíba , on-de pretende contruir sua fábrica. Após ter

montado seus veículos também dentro da Agrale, agora em a Foton transferiu a montagem para o lado de seu terreno.

Com a economia brasileira em cresci-mento a partir da década de 2000, o in-teresse pelo mercado brasileiro de cami-nhões atraiu outra grande marca de ca-minhões, a AF. A empresa chegou ao Brasil em 2011, construiu fábrica em Pon-ta rossa P e começou com a montar os extrapesados F no segundo semes-tre de 2013. A produção de motores teve início no final de , antes da chegdada dos modelos da linha pesada CF .

CARRETEIRO 50 ANOS

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A tecnologia elevou o padrão de quali-dade dos caminhões e da indústria de autopeças, numa parceria de duas vias. O custo pago pela tecnologia inserida aos veículos de carga - justificado como investimento e não como despesa - tornou-se uma estrada sem volta. Hoje, diferente do que ocorria 50 anos atrás, os transportadores querem caminhões mais adequados às suas operações, ao que transportam e mais econômicos. O pcaote vai de características do trem de força ao tipo de cabine, entre outros detalhes que dependem do grau de especialização de cada transportador.

A evolução do caminhão e toda tecnologia nele inserida mudou a vida do motorista de forma bastante acentuada, tanto na maneira de conduzir quanto no seu comportamento como profissional que passa a maior parte do tempo na estrada. As facilidades proporcionadas pela internet, os serviços de pós-vendas oferecidos para garantir que o veíuculo permaneça parado o menor tempo possível em manutenção, mais a facili-dade de comunicação e o conforto, fizeram o sinônimo “bruto” desaparecer da estrada. Mas esse assunto do "novo" é tema de outra matéria. (JG)

PADRÃO DE QUALIDADE E ESPECIALIZAÇÃO

O crescimento do volume de carga transportada por rodovias entre 1970 e 1975 sinalizava haver espaço para expansão da indústria de caminhões

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DÁ PARA GANHAR DINHEIRO COM CAMINHÃO?

A situação dos motoristas autôno-mos faz parecer que ganhar di-nheiro com caminhão é uma mis-

são quase impossível. Combustível, pe-dágio, manutenção e mais um leque de despesas e contas mais o mercado de frete são desafios conhecidos que difi-cultam a vida do motorista. A conta não fecha. Mas, com um pouco de organiza-ção e atenção em certos detalhes já co-nhecidos podem tornar o negócio pouco mais rentável, seguindo alguns passos.

CÁLCULO DO CUSTO DO QUILÔME-TRO RODADO– Essa operação é muito importante para o autônomo identificar se o valor negociado do frete vai propor-cionar algum tipo de lucro ou prejuízo. Nesta conta devem ser considerados to-dos os gastos da operação e da perda de patrimônio, como por exemplo impos-tos, IPVA, licenciamento, seguros veicu-lares e depreciação, entre outros.

SERVIÇO

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É possível sobreviver na profissão como autônomo. A resposta é sim, desde que algumas regras sejam seguidas, pois como em toda atividade o resultado está diretamente ligado ao modo como o profissional conduz o negócio. Abaixo, seguem algumas dicas simples e úteis

CUSTOS VARIÁVEIS – Manutenção preventiva, pneus, combustível, gastos com pedágios, seguro da carga e despe-sas de viagem, são custos que oscilam de acordo com o uso do caminhão.

FRETE DE RETORNO - Rodar vazio é sempre a pior opção para o autônomo. É muito importante que se tenha sempre uma carga de retorno para ajudar a pagar as despesas. Nesse aspecto, os aplicati-vos de frete podemcontribuir, pois posi-bilitam a busca de cargas disponíveis e que compatíveis com as datas de chega-da e partida do destino.

Portanto, é muito importante que to-das as viagens sejam planejadas com atenção. O frete de retorno é uma ex-celente estratégia para elevar a renta-bilidade e potencializar a sustentabili-dade do negócio. Para garantir frete de retorno é importante pesquisar as opor-

REDAÇÃO

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DÁ PARA GANHAR DINHEIRO COM CAMINHÃO?

tunidades do destino final de entrega de uma carga, formar parcerias e, como foi dito, negociar um valor que cubra ao menos o custo da viagem.

FRETE DIVERSIFICADO – Em tempo de crise, é importante aumentar a quan-tidade de serviços para se tentar manter a receita no mesmo nível. Muitos autô-nomos já perceberam que restringir o ti-po de carga pode contribuir para achatar o faturamento. Uma alternativa é estu-dar novas possibilidades e oportunidade para identificar quais quais fretes e ser-viços podem ser realizados pelo tipo de veículo que você possui e se tornar mais competitivo. Caminhão graneleiro, por exemplo, pode ser utilizado também pa-ra transportar produtos que não exijam muita proteção.

CAMINHÃO E MANUTENÇÃO – Ge-ralmente o embarcador tende a optar

por caminhões mais novos e com a ma-nutenção em dia. Especialistas garantem que reparos preventivos são, em média, três vezes mais baratos que reparos cor-retivos. Essa economia diz respeito ape-nas ao conserto dos veículos. Se forem acrescidas as perdas com paradas não programadas, cargas, garantia etc, a rea-lização de revisões periódicas são ainda vantajosas. Por isso, cuidados e conser-vação são imprecindíveis. É importante também ter os documen-tos pessoais e do veículo em bom esta-do e válidos, além de equipamentos de proteção individual (EPIs), rastreador e seguro, entre outros itens. Estar com o caminhão em dia evita também atrasos das entregas, quebra de contratos, veícu-los parados e perdas das cargas, por con-ta de tombamento s, saques entre outros incovenientes.

APLICATIVO DE FRETE – Apesar de ser uma ferramenta relativamente no-va no segmento, e utilizada ainda com certo receio pelos motoristas, o aplicati-vo de frete facilita a intermediação en-tre o autônomo e os embarcadores de carga. Todas as informações do frete e da empresa constam na plataforma, evi-tando desgaste na hora da negociação e gerando maior confiança ao motorista.

Porém, alguns cuidados são impor-tantes para não haver decepção com aplicativos: manter o cadastro atualiza-do, fornecer todos os documentos solici-tados, ter registro na AN , identificar as melhores rotas e tipo de caminhão, veri-ficar a procedência do aplicativo e confir-mar todas as informações do frete.

R edução do consumo de combus-tível é a principal novidade da li-nhabine e tornar o veículo mais

seguro. Vale dizer que as alterações dei-xaram a frente da família de semipesa-dos com a aparência um pouco mais pró-xima dos modelos pesados.

Tratando-se do FH, a economia de combustível pode atingir até 10%, de-pendendo da ontender melhor a topo-grafia da estrada, resultando em maior precisão no consumo.

XXXXINTERTÍTULO– As novidades da linha VM 2020 estão concentradas na

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se

O BRASIL PRECISA DOS CARRETEIROSN as últimas semanas, os bra-

sileiros assistiram ao cresci-mento da pandemia do CO-

VID-19 em todo o País. Para conter a propagação do vírus, governos de vários estados brasileiros vêm ado-tando medidas como: paralisação temporária de comércios; fechamen-to de fronteiras e outras ações im-portantes, mas que trarão impactos na economia.

Nesse momento, principalmente, carreteiro, o seu trabalho é funda-mental para manter o funcionamen-to do País: transportando mercado-

rias pelas estradas para assegurar o abastecimento das cidades, o fun-cionamento de serviços e da movi-mentação da economia brasileira. Para preservar a sua saúde, é impor-tante que você tome alguns cuida-dos preventivos: higienize com água e sabão ou álcool 70% o volante, câmbio, freio de mão e painel do seu caminhão; utilize talheres e pratos descartáveis nas refeições e nunca compartilhe suas toalhas de banho ou de rosto.

Além disso, carreteiro, pedimos que, em meio à pandemia, você con-tinue atento para outros proble-mas comuns nas estradas. A explo-ração sexual de crianças e adoles-centes, infelizmente, ainda é muito presente em postos de combustível, hotéis e outros locais de beira de es-trada. Mantenha seus olhos abertos e denuncie qualquer violência contra crianças e adolescentes.

Agradecemos a sua nobre ativi-dade, carreteiro! O seu árduo tra-balho é o que mantém as cidades do País funcionando todos os dias, ga-rante a rotina e o sustento de mi-lhões de brasileiros e protege crian-ças e adolescentes em todo o Brasil.

Para saber mais, acesse: Childhood Brasil - www.childhood.org.brPrograma Na Mão Certa - www.namaocerta.org.br

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Amigo motorista,mande sua mensagem para Revista O Carreteiro [email protected] www.ocarreteiro.com.br

(11) 95428-8803

facebook.com/ocarreteiro. Rua Palacete das Águias, 395 - Vila Alexandria - São Paulo SP - CEP 04635-021

Amigo motorista,

MERCADO CHINÊSNa China, o mercado de veículos de carga leves é o que predomina no País. De acordo com relatório divulgado, o segmento que corresponde à faixa acima de 1,8 até menor que 6 toneladas de PBT, tem volume total de vendas de 335.100 unidades/ano. A Foton, que está no mercado brasileiro desde 2010, participa com 74.800 veículos, volume que lhe garante posição de liderança. Para este segmento há perspectivas de um volume de vendas de aproximadamente 300 mil unidades somente da Foton até o final deste ano.

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FOTONNo primeiro trimestre de 2020, o mercado chinês absorveu 794.100 veículos de carga. Deste total, 116 mil são da marca Foton (14,6%) de participação sobre as vendas totais do País. As projeções indicam que até o final deste ano as vendas deverão chegar próximo a 3.200.000 unidades do segmento de veículos leves até os pesados. O relatório não considera os microtrucks, que se encaixam em categorias igual ou menor a 1,8 tonelada de PBT. Até o final deste ano, a Foton projeta vender 464 mil veículos de carga.

CARTÃO NO PEDÁGIOSete praças no Sistema Anchieta-Imigrantes e quatro nas rodovias do sistema Ayrton Senna e Carvalho Pinto, ambas em São Paulo, passaram a aceitar pagamento de pedágio via cartões de crédito. Estas já possuem as maquininhas com a tecnologia de pagamento por aproximação. O método permite que os motoristas façam pagamentos de até 50 reais somente encostando o cartão, smartphone,

CLASSIFICADOS

Inveja é sintoma de incompetência

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relógio ou pulseira que possua a tecnologia no visor das maquininhas. “Algumas cabines terão a indicação do símbolo universal de aproximação (parecido com o de Wi-Fi). Nelas o operador digitará o valor e o motorista aproximará o cartão, fazendo o pagamento automático”

POSTOS MAPEADOSA FreteBras também desenvolveu um site colaborativo para que os motoristas de caminhão possam rodar com previsibilidade em suas rotas. A ferramenta permite visualizar a situação dos postos por Estado. De forma gratuita, o caminhoneiro pode consultar os postos já mapeados, atualizar as informações de um estabelecimento ou incluir dados de um novo local que ainda não consta na plataforma. No total, já estão mapeados mais de 500 postos, em 24 Estados brasileiros. A solução pode ser acessada por meio do link: pagina.fretebras.com.br/rededea-poio-caminhoneiro.

Ame o próximo, mas não seja

flagrado

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VENTILADORESAs empresas Randon, assim como muitas outras do setor de transportes também está na luta contra a Covid-19. Entre outras ações, como doações para atender as necessidades provocadas pela pandemia, a empresa iniciou a produ-ção de ventiladores pulmo-nares para reforçar o aten-dimento da população na rede de saúde. A empresa forneceu 200 sensores de pressão importados para montagem de 200 unida- des do protótipo, peça fundamental para o funcio-namento do ventilador pulmonar que tem de ser usado em pacientes com indicação de intubação. No início de abril, a Randon havia doado embalagens e matéria-prima para a produção de mil litros de solução higienizadora para as mãos, destinado ao Hospital Geral, mantido pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e pelo Governo do Rio Grande do Sul.

CLASSIFICADOS

Não sou cobra mas só ando envenenado

Amor de verdade vai além da cama

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IMPLEMENTOSPor conta de pedidos em carteira de vendas realizadas no início do ano, 52% da indústria de implementos rodoviários se manteve operando entre 60% e 100% de sua capacidade produtiva, durante a quarentena por conta do coronavírus. Os números foram divulgados pela asso-ciação que reúne fabri-cantes do setor Anfir , a qual informou ainda que a parada nos négócios não foi completa porque alguns segmentos continuaram em operação por conta da necessidade urgente de distribuição de produtos necessários à população, como alimentos, medicamentos, combustíveis entre outros. De acordo com o residente da associação, por conta dessa perspec-tiva uma parcela dos associados acredita que o mercado deve reagir no início do segundo semestre. “É certo que teremos pela frente meses difíceis, mas sabemos que temos força, energia e determinação para superar mais esta crise”, concluiu Fabris.

Casei com Maria, mas só viajo com Mercedes

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CAMINHÕES NOVOS

DAF XF105 FTS 471.065,00XF105 FTT 501.901,00CF85 FT 386.049,00CF85 FTS 416.936,00

FORD F-350 151.360,00Cargo 816 169.105,00Cargo 1119 178.927,50Cargo 1419 220.535,00Cargo 1519 227.894,91Cargo 1719 240.334,37Cargo 1723 249.675,96Cargo 1723 Torqshift 264.191,28Cargo 1731 R Torqshift 275.497,48Cargo 1933 Rígido 294.642,50Cargo 2423 248.191,33Cargo 2429 265.285,00Cargo 2431 Torqshift 292.881,12Cargo 3031 Torqshift 329.150,95Cargo 2623 301.950,00Cargo 2629 311.200,73Cargo 3133 355.792,50Cargo 1731T Torqshift 273.654,96Cargo 1933 T Torqshift 276.654,50Cargo 2042 350.710,00Cargo 2842 374.782,00

HYUNDAI Hyundai HR 2.5 Diesel Euro V 73.720,00Hyundai HD80 118.800,00

IVECO Hi-Way 490S44T 4X2 Dies. 2P 300.000,00Hi-Way 490S48T 4X2 Dies. 2P 310.000,00Hi-Way600S44T 6X2 3e Dies. 2P 315.000,00Hi-Way 600S48T 6X2 3e Dies. 2P 320.000,00Hi-Way 600S56T 6X2 3e Dies. 2P 340.000,00Hi-Way 800S56TZ 6X4 3e Dies. 2P 375.000,00Daily Chassi 35S14 Dies. 2P 105.000,00Daily Chassi 35S13 108.000,00Daily Furgão 35S13 128.000,00Daily Chassi 35S14 Excl. Dies. 2P 109.000,00

IVECO (cont.) Daily Chassi 45S17 Dies. 2P 103.000,00Daily Chassi 70C17 Dies. 2P 112.000,00Daily Chassi 70C17 HD Dies. 2P 115.000,00Daily Chassi cab dup. 35S14 Dies. 4P 129.000,00Daily Chassi 45S17 Dies. 4P 131.000,00Stralis 600S40T (T.Alto) 6X2 3e Dies. 2P 326.400,00Stralis 600S40T (T.Bx) 6X2 3e Dies. 2P 315.500,00Tector 170E21 4X2 Dies. 2P 165.000,00Tector 240E28 6X2 3e Dies. 2P 180.000,00Tector 240E28S 6X2 3e Dies. 2P 190.000,00Tector 240E30 6X2 3e Dies. 2P 200.000,00

MAN/VOLKSWAGEN Delivery Express 150.104,00VW 4.150 D 156.704,00VW 6.160 D 159.992,00VW 9.170 D 193.619,00VW 11.180 D 203.850,00VW 13.190 E DC Robust 244.584,00VW 15.190 E DC Robust 251.320,00VW 17.190 E DC Robust 258.393,00VW 23.230 E DC Robust 294.907,00VW 13.190 E DC Constellation 252.196,00VW 15.190 E DC Constellation 257.568,00VW 17.190 E DC Constellation 263.192,00VW 17.190 E DC Constellation V-Tronic 294.272,00VW 17.230 E DC Constellation 261.525,00VW 17.280 E DC Constellation 295.453,00VW 17.280 E DC Constellation V-Tronic 291.250,00VW 17.330 E DC Constellation 307.058,00VW 19.330 E SC Constellation 325.350,00VW 19.330 E SC Constellation V-Tronic 358.518,00VW 19.360 E SC Constellation 324.869,00VW 19.360 E L.R Constellation 311.148,00VW 23.230 E DC Constellation 296.487,00VW 24.280 E DC Constellation 317.712,00VW 24.280 E DC Constellation V-Tronic 327.650,00VW 24.330 E DC Constellation 336.585,00VW 26.280 E DC Constellation 341.356,00VW 31.280 E DC Constellation 353.689,00VW 31.330 E DC Constellation 385.201,00VW 25.360 E SC Constellation 382.527,00VW 26.390 E SC Constellation 432.319,00VW 31.390 E DC Constellation 430.474,00

MODELO PREÇO

TABELA DE PREÇOS

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MODELO PREÇO

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MAN/VOLKSWAGEN (cont.) VW 19.390 E SC Constellation 321.638,00VW 19.420 E SC Constellation V-Tronic 335.792,00VW 25.360 E SC Constellation 363.333,00VW 25.390 E SC Constellation 389.745,00VW 25.420 E SC Constellation V-Tronic 367.372,00VW 26.420 E SC Constellation V-Tronic 406.022,00VW 31.390 E DC Constellation 400.444,00MAN TGX 28.440 6X2 503.170,00MAN TGX 29.480 6x4 536.725,00

MERCEDES-BENZ Accelo 815/31 181.045,77Accelo 815/39 182.696,74Accelo 815/46 184.712,04Accelo 1016/31 192.855,29Accelo 1016/39 194.774,84Accelo 1016/46 197.665,16Accelo 1316/37 220.868,54Accelo 1316/44 221.508,21Atego 1419 229.397,07Atego 1719 247.096,24Atego 1726 273.617,42Atego 1726 4x4 359.423,44Atego 1729 295.737,40Atego 1730S 277.295,99Atego 2426 6X2 311.843,19Atego 2430 6X2 329.781,59Atego 3026 8X2 353.915,39Atego 3030 8X2 366.636,84Atron 1635S 353.041,90Axor 1933LS 369.796,23Axor 2533 6X2 423.307,78Axor 2036S 401.563,80Axor 2041S 419.250,25Axor 2536S 6X2 414.134,50Axor 2544S 6X2 478.086,76Axor 2644S 6X4 512.540,49Actros 2546LS 6X2 Conforto T. Alto 518.889,84Actros 2546LS 6X2 Megasp. (Conf.) 556.862,48Actros 2546LS 6X2 Megasp. Plus (Seg.) 593.669,55Actros 2646LS 6X4 Conforto T. Alto 533.148,39Actros 2646LS 6X2 Conforto T. Alto 541.887,45Actros 2646LS 6X4 Megasp. (Conf.) 579.860,09Actros 2646LS 6X4 Megasp. Plus (Seg.) 611.217,80

MERCEDES-BENZ (cont.) Actros 2651S 6X4 Conforto T. Alto 545.502,79Actros 2651 LS 6x4 Conforto T. Alto 554.241,84Atego 2730 6X4 350.219,07Atego 2730 B 6X4 350.219,07Atego 2730 K 6X4 350.219,07Axor 3131 6X4 395.400,12Axor 3131 B 6X4 396.574,26Axor 3131 K 6X4 394.256,28Axor 3344 6X4 541.791,41Axor 3344 K 6X4 543.419,28Axor 3344 S 6X4 541.977,27Axor 4144 K 6X4 587.121,22Actros 4844 K 8X4 760.146,90

SCANIA P 250 A 4x2 379.200,00P 280 A 4X2 388.100,00P 280 A 4X2 409.600,00P 320 A 4X2 421.500,00P 360 A 4X2 433.400,00G 360 A 4X2 441.700,00G 410 A 4X2 461.600,00R 410 A 4X2 474.800,00R 450 A 4X2 489.400,00P 360 A 6X2 461.900,00G 360 A 6X2 470.200,00G 410 A 6X2 490.000,00R 410 A 6X2 503.200,00R 450 A 6X2 515.100,00R 500 A 6X2 530.000,00R 450 A 6X4 551.700,00R 500 A 6X4 566.600,00R 540 A 6X4 582.100,00S 540 A 6X4 599.500,00G 500 A 6X4 XT CS 550.200,00G 450 A 6X4 XT CS 519.800,00G 500 A 6X4 XT CS 534.700,00G 540 A 6X4 XT 555.300,00G 450 B 6X4 XT CS 612.300,00G 500 B 8X4 XT CS 757.000,00P 250 B 4X2 378.600,00P 280 B 4X2 387.800,00P 320 B 4X2 410.200,00P 320 B 6X2 432.800,00

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MODELO PREÇO MODELO PREÇO

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CAMINHÕES NOVOS (cont.)

TABELA DE PREÇOS

MODELO PREÇOSCANIA (cont.) P 280 B 8X2 412.400,00P 320 B 8X2 425.700,00

VOLVO VM220 4X2R ST L1H1 268.995,00VM330 4X2T LX L2H1 I-Shift 297.115,00VM270 6X2R LX L2H1 I-Shift 308.825,00VM330 6X2R LX L2H1 I-Shift 318.340,00VM270 6X4R ST L1H1 I-Shift 334.235,00VM330 6X4 ST L1H1 I-Shift 344.370,00VM270 8X2R LX L2H1 I-Shift 350.225,00VM 330 8X2R LX L2H1 I-Shift 360.360,00VM270 8X4 ST L1H1 I-Shift 364.550,00VM 330 6X4R ST L1H1 I-Shift 32 T 368.205,00FH 420 42T SC AT SLP RS 1360 500.760,00FH 420 62T SC AT SLP RS1360 544.415,00FH 420 82T SC AT SLP RS1360 561.855,00FH 460 64T SC AT SLP RST2370 624.025,00FH 460 64R SC AT SLP RST2610 637.720,00FH 540 84T SC AT HSLP RT3210 651.900,00FM 380 42T SC AT SLP RS1360 439.235,00FM 380 62T SC AT SLP RS1360 467.700,00FM 380 82R SC AT SLP RS1360 513.920,00FMX 420 64T SX VT SLP RT3210 562.390,00FMX 420 64R SX VT Daycab RT3210 587.430,00FMX 380 44R SX VT DAYCAB RS3210 sob.cons.FMX 380 44R SX VT DAYCAB RS1370 sob.cons.FMX 460 84R SX VT Daycab RT3312 687.795,00

MERCADO DE CAMINHÕES

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Foto

: DIV

ULG

AÇÃ

O

MARÇO/2020

ACUMULADO 2020

RANKING DE CAMINHÕES POR MARCA

POS. FABRICANTE QUANT. PART.1º MERCEDES-BENZ 1.215 31,07%2º VOLKSWAGEN 1.052 26,91%3º VOLVO 735 18,80%4º SCANIA 299 7,65%5º IVECO 258 6,60%6º DAF 175 4,48%7º MAN 119 3,04%8º FORD 50 1,28%9º HYUNDAI 5 0,13%10º SINOTRUK 1 0,03%

POS. FABRICANTE QUANT. PARTIC.1º MERCEDES-BENZ 8.199 33,97%2º VOLKSWAGEN 6.033 25,00,%3º VOLVO 4.662 19,32%4º SCANIA 2.192 9,08%5º IVECO 1.074 4,45%6º DAF 1.060 4,39%7º MAN 500 2,07%8º FORD 333 1,38%9º HYUNDAI 33 0,14%10º BYD 10 0,04%

Font

e: F

ENA

BRA

VE

O Volvo FH540 foio caminhão mais emplacado em abril. O modelo atingiu 276 unidades no mês, somando 1.671 licenciamentos no período de janeiro a abril. Em segundo l gar fico o 24.280, com 209 unidades emplacadas no período.

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LICENCIAMENTO 2020UNIDADES MAR/2020 ABR/2020 JAN-ABR/2020TOTAL DE CAMINHÕES 6.438 3.952 24.087

SEMILEVES 190 202 1.239 AGRALE 0 0 0FCA (DODGE) 15 64 449FORD 3 1 20IVECO 9 13 54VOLKSWAGEN 30 36 149MERCEDES-BENZ 120 74 498PEUGEOT 7 4 31CITROEN 6 10 38

LEVES 677 366 2.570 AGRALE 1 0 3CAOA HYUNDAI 9 5 33FORD 22 11 106IVECO 50 58 195VOLKSWAGEN 249 120 905MERCEDES-BENZ 346 172 1.328

MÉDIOS 583 389 2.174 AGRALE 0 0 0FORD 7 3 40IVECO 15 19 90MAN/VOLKSWAGEN 485 289 1.710MERCEDES-BENZ 76 78 334

SEMIPESADOS 1.633 1.101 5.993FORD 36 33 160IVECO 92 73 359MAN/VOLKSWAGEN 829 554 2.702MERCEDES-BENZ 517 331 2.138SCANIA 1 2 11VOLVO 158 108 623

PESADOS 3.346 1.893 12.086DAF 237 175 1.060FORD 2 2 9IVECO 59 95 375MAN/VOLKSWAGEN 264 172 1.065MERCEDES-BENZ 872 525 3.357SCANIA 704 297 2.181VOLVO 1.208 627 4.039

MERCADO DE CAMINHÕES

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Font

e: A

NFA

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Quilometragem rodada no mês Total do custo variável por km x = otal do c sto fi o mensal = Custo total do caminhão no mês =

PLANILHA DE CUSTOS OPERACIONAISCAMINHÕES Semileves Leves Médios

CUSTOS FIXOS MENSAISDepreciação do veículo R$ 907,72 R$ 1.036,45 R$ 1.329,96Remuneração de capital R$ 628,37 R$ 788,30 R$ 924,45Licenciamento + seg. obrig. + IPVA R$ 250,47 R$ 315,50 R$ 341,05Seguro do casco R$ 692,82 R$ 877,88 R$ 1.031,98Despesas com comunicação R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 217,77Total dos custos fixos mensais R$ 2.479,39 R$ 3.018,13 R$ 3.845,21

CUSTOS VARIÁVEIS POR KMManutenção R$ 0,249 R$ 0,278 R$ 0,217Pneus, câmaras e recapagens R$ 0,061 R$ 0,065 R$ 0,071Combustível R$ 0,491 R$ 0,558 R$ 0,646Arla 32 R$ 0,000 R$ 0,000 R$ 0,020Óleo de cárter R$ 0,010 R$ 0,017 R$ 0,014Lavagens e graxas R$ 0,048 R$ 0,011 R$ 0,042Total dos custos variáveis por km R$ 0,860 R$ 0,048 R$ 1,009

CAMINHÕES Semipesados Pesados Extrapesados

CUSTOS FIXOS MENSAISDepreciação do veículo R$ 1.820,33 R$ 3.004,43 R$ 3.911,12Remuneração de capital R$ 1.291,23 R$ 1.995,67 R$ 2.242,30Licenciamento + seg. obrig. + IPVA R$ 461,06 R$ 790,48 R$ 895,75Seguro do casco R$ 976,23 R$ 1.636,35 R$ 1.952,56Despesas comcomunicação R$ 217,77 R$ 308,50 R$ 308,50Total dos custos fixos mensais R$ 4.766,61 R$ 7.735,44 R$ 9.310,24

CUSTOS VARIÁVEIS POR KMManutençãoM R$ 0,265 R$ 0,461 R$ 0,421Pneus, câmaras e recapagens R$ 0,172 R$ 0,242 R$ 0,337Combustível R$ 0,823 R$ 1,324 R$ 1,433Arla 32 R$ 0,021 R$ 0,038 R$ 0,041Óleo de cárter R$ 0,014 R$ 0,027 R$ 0,025Lavagens e graxas R$ 0,046 R$ 0,073 R$ 0,075Total dos custos variáveis por km R$ 1,341 R$ 2,165 R$ 2,332

+

TRANSPORTE & ECONOMIA

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Calcule você mesmo quanto custa seu caminhão por mês:

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TABELA REFERENCIAL DE TRANSPORTE DE CARGA LOTAÇÃO (AUTÔNOMOS - CARGA GERAL)

NOTA 1: PREÇO DOS INSUMOS - Os cálculos acima têm como base o preço dos insumos pesquisados na região de São Paulo.NOTA 2: FRETE RETORNO VAZIO - Para que seja incluído retorno vazio no preço cobrado, deve-se utilizar os valores das faixas de distância que incluam a ida e a volta do caminhão.NOTA 3: TAXAS, GENERALIDADES E SERVIÇOS ADICIONAIS - Os valores na planilha acima não incluem: pedágio e despesas de viagem (alimentação, estadia, chapa, etc), que deverão ser calculados e cobrados à parte.NOTA 4: IMPOSTOS - Os valores na planilha acima incluem PIS e CONFINS. Não incluem, no entanto, ICMS.NOTA 5: LUCRO - Na construção da planilha acima adotou-se, como parâmetro, margem de lucro de 20%.Fonte: RLV Soluções Empresariais

VALOR DA DIÁRIA 621,26 551,00 589,00 833,00 841,001 a 50 107,52 46,62 25,28 25,80 24,28 51 a 100 164,12 69,37 38,02 34,23 32,02 101 a 150 220,72 92,12 50,76 42,66 39,76 151 a 200 277,32 114,87 63,50 51,09 47,50 201 a 250 333,93 137,62 76,23 59,53 55,23 251 a 300 390,53 160,37 88,97 67,96 62,97 301 a 400 503,74 205,87 114,45 84,82 78,45 401 a 500 616,94 251,37 139,92 101,68 93,93 501 a 600 730,15 296,88 165,40 118,54 109,40 601 a 700 843,35 342,38 190,87 135,40 124,88 701 a 800 956,56 387,88 216,35 152,26 140,36 801 a 900 1.069,77 433,38 241,82 169,12 155,84 901 a 1.000 1.182,97 478,88 267,30 185,98 171,31 1.001 a 1.250 1.465,99 592,64 330,99 228,13 210,01 1.251 a 1.500 1.749,00 706,39 394,68 270,29 248,70 1.501 a 1.750 2.032,02 820,14 458,36 312,44 287,39 1.751 a 2.000 2.315,03 933,90 522,05 354,59 326,08 2.001 a 2.250 2.598,05 1.047,65 585,74 396,74 364,78 2.251 a 2.500 2.881,06 1.161,40 649,43 438,90 403,47 2.501 a 2.750 3.164,08 1.275,16 713,12 481,05 442,16 2.751 a 3.000 3.447,09 1.388,91 776,81 523,20 480,86 3.001 a 3.250 3.730,11 1.502,67 840,49 565,35 519,55 3.251 a 3.500 4.013,12 1.616,42 904,18 607,51 558,24 3.501 a 4.000 4.579,15 1.843,93 1.031,56 691,81 635,63 4.001 a 4.500 5.145,18 2.071,43 1.158,93 776,12 713,01 4.501 a 5.000 5.711,21 2.298,94 1.286,31 860,42 790,40 5.001 a 5.500 6.277,24 2.526,45 1.413,69 944,73 867,78 5.501 a 6.000 6.843,28 2.753,96 1.541,06 1.029,03 945,17

CAMINHÕES LEVESR$/TON

CAMINHÕES SEMIPESADOS

R$/TON

BITREM 7 EIXOSR$/TON

DISTÂNCIA EM KM

CAMINHÕES MÉDIOSR$/TON

CAMINHÕES PESADOS

R$/TON

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MUNDO AFORA

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As rodovias que cortam as regiões de deserto da Austrália são verdadeiros tapetões com retas que se perdem de vista e por onde trafegam os trens da estrada, composições de grande porte (mais de 50 metros) tracionadas por cavalos mecânicos de alta potência. Embora a grande maioria dos transportadores do país têm preferência por caminhões com cabine convencional, de marcas da América do Norte como PeterBilt, Kenworth e Mack, não é raro ver na um pesadão com cabine avançada puxando vários vagões.

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