desafios para projetos futuros de transmissão a longas...
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“ Desafios para projetos futuros de transmissão a longas distâncias”
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transmissão a longas distâncias”
Sidnei Ueda – Nexans Brasil SA
• Introdução – Demanda da eletricidade
• Desafios para transmissão a longas distâncias
• Aumento da capacidade das linhas de transmissão
Roteiro apresentaçãoRoteiro apresentação
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• Longas travessias
• Conclusão
5000
6000
7000
8000
Electricity consumption (in TWh)
1990
2005
Consumo mundial de eletricidade
8% 2%7,1% 1,6% 2,2% 1,4% 4,8% 4,3% 4,5% 3,9%
10000
15000
20000
25000
30000
3,5%
Nov/2008Nov/2008 3
0
1000
2000
3000
4000
China
India
USA
OECD
Pac
ific EU
Russ
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velopp
ing As
iaSo
uth Am
erica
Middle Ea
st
Afric
a
Wor
ld
Electricity consumption (in TWh)
2005
2015
2030
Aumento médio anual 2005-2015Source: World Energy Outlook 2006, IEA
Source: World Energy Outlook 2007, IEA
“Um dos dilemas que tem preocupado os governos e as concessionárias hoje é como suprir grandes quantidades de eletricidade para uma população e demandas crescentes, sendo eficiente e com um mínimo de impacto ambiental. Em alguns países como o Brasil, China e India, o grande desafio
LT longas - Desafios
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Brasil, China e India, o grande desafio é conectar os centros urbanos de consumo com a geração a milhares de quilômetros. A tecnologia ultra-alta tensão é uma das soluções para este desafio”
International Symposium on International Standards for Ultra High Voltage, Beijing, China, 18-27 Julho de 2007
113 GW
43%
26 GW
11%
TOTAL: 260 GW
IN OPERATION: 80 GW (30%)
FATORES CONDICIONANTES
• Transmissão a longas distâncias.
Potencial hidroelétrico - Brasil
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36 GW
14%43 GW
16%
42 GW
16%
distâncias.
• Sistemas de transmissão de alta capacidade. CA e CC.
• Alternativas que reduzam o custo da transmissão deverão ser aplicadas / desenvolvidas.
Estratégias a serem seguidas
• Desenvolver LTs CA com alta capacidade de trasmissão, como linhas compactas e potência natural elevadas;
LT longas – Mais eficientes
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como linhas compactas e potência natural elevadas;
• Utilizar compensadores estáticos e compensadores séries variáveis para permitir uma aplicabilidade e flexibilidade maior na tecnologia CA;
• Avaliar a transmissão em CC – uma opção que pode ser vantajosa para transmissão a longas distâncias.
Tucuruí -Manaus
1,470km 1.900MW (2010-2011)
LT: Projetos futuros (próximos)
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Madeira 2,375km
(2011-2012)
� Comprimento de 1.470km
� LT 500kV, circuito duplo
� 1,900MW de capacidade de transmissão
� Longas travessias, acima de 2.000m
Desafios na LT Tucuruí - Manaus
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� Longas travessias, acima de 2.000m
� Floresta densa
� Solo úmido e não firme para as estruturas
� Logística para implantação da LT
Conceito - LT curtasAmpacidade ou Limite Térmico
Equação de equilíbrio térmico: o cabo ganha calor por corrente (efeito Joule) e por insolação; e libera calor por convecção (vento) e irradiação.
RI + Q = Q + Q2
s c i
LT – Capacidade de transmissão
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Ao se aumentar a corrente o cabo aquece, dilata, aumenta a flecha, e reduz a distância de segurança (d), havendo portanto uma limitação desta corrente máxima: Fator limitante geralmente em linhas curtas.
d
Conceito – LT longas
Potência Natural ou SIL (Surge Impedance Loading) SIL = V2/Z, onde V é a tensão e Z é a impedância: Quanto menor Z, maior o SIL.
C/2 C/2
V VP Z
LT – Capacidade de transmissão
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Quando circula na linha uma potência (P) igual ao seu SIL, existe o equilíbrio entre a energia reativa gerada pela capacitância (C) e a energia consumida pela impedância série (Z), e não há queda de tensão.
Estudos de sistemas exigem instalação de reatores, que reduzem o SIL efetivo, e impõem redução da potência máxima da linha: Fator limitante em linhas de longa distância.
LINHAS COMPACTAS – CONCEITOS BÁSICOS
• Compactação é uma tecnlogia em que altera a geometria das torres para aproximar as fases o máximo possível;
• Compactação aumenta o acoplamento entre as fases e consequentemente a impedância mútua (ZM);
• O aumento da impedância mútua resulta numa redução da impedância de sequência positiva (Z );
LT – Aumentar o SIL = V2/Z
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sequência positiva (Z1);
• A redução da impedância de sequência positiva (Z1) significa um aumento do SIL;
• V2SIL = ____________
Z1 = ZS – ZM
• A compactação das linhas pode aumentar o SIL entre 20% a 25%.
LINHAS COMPACTAS – LPNE – FEIXE EXPANDIDO
Compactação máxima – Fatores limitantes:
• Coordenação de isolação entre fases;
LT – Aumentar o SIL = V2/Z
Reduzir a Impedância (Z)
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• Gradiente do campo elétrico na superfície dos sub-condutores aumentando o Corona.
Outras possibilidades:
• Aumentar o número de condutores por fase (feixe);
• Aumentar o raio do feixe;
• Introduzir feixe expandido no vão.
Torres 500 kV
LT – Aumentar o SIL = V2/Z
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Torre Compacta Torre Convencional
Obs: Dimensões em (m)
TENSÃO LT 1200 kV 765kV 400kV
Tensão Nominal (kV) 1150 765 400
Tensão Máxima (kV) 1200 800 420
Resistência (pu/km) 4.338 x10-7 1.951x10-6 1.862x10-5
LT – Aumentar o SIL = V2/Z
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Resistência (pu/km) 4.338 x10-7 1.951x10-6 1.862x10-5
Reatância (pu/km) 1.772 x10-5 4.475x10-5 2.075x10-4
Susceptância (pu/km) 6.447 x10-2 2.4x10-2 5.55x10-3
SIL - Surge Impedance Loading (MW)
6030 2315 515
Tensão (kV) 800 1100 1200 1500
Número de Circuitos por Linha
× Número de Linhas
2 × 4 2 ×××× 2 2 × 2 1 × 2
Capacidade 9GW
LT – Aumentar o SIL = V2/Z
Aumentar a tensão (V)
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Capacidade Transmissão
9GW
(Insuficiente)10GW >10GW >10GW
Viabilidade Técnica Fácil Viável Viável Difícil
Total
Custo Construção1.06 1.00 1.19 1.09
Altura da Torre(m) 91 110 123 125
LT – Histórico
• As primeiras linhas em 500kV surgiram nos anos 60, e em 765kV nos
anos 70, nos USA e na USSR, países de grandes dimensões e com
grandes desafios no setor energético.
• No fim dos anos 70 surgiu na Itália, para estudos e desenvolvimento, o
projeto 1000 kV (CESI).
• A USSR apresentou o projeto 1200kV nos anos 80.
• No BRASIL, as linhas de 500kV surgiram ao fim dos anos 60 e de 765kV
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• No BRASIL, as linhas de 500kV surgiram ao fim dos anos 60 e de 765kV
ao fim dos 70 no projeto de Itaipu.
• Todos os casos citados tinham conceito de feixes convencionais.
• Ao final dos anos 80 os Russos mostraram o conceito de arranjos e
feixes otimizados, com o aumento da Potência Natural (SIL).
• No Brasil, no anos 90, surgiram as linhas Compactas e ao final da
década as linhas de Feixe Expandido, com aumentos de até 25%
no SIL.
• Hoje temos mais de 8000km de LTs operando com esses conceitos.
As iniciativas pós ITAIPUJAPÃO
- Linha de transmissão 1100kV, 430km UHV já construído, mas operando em 550kV � 800kV.
LT – Aumentar o SIL = V2/Z
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- Todos os equipamentos para SE 1100kV energizados e testados em campo desde 1996.
- Upgrading da LT para 1100kV planejado para meados de 2010.
• LT CA - UHV- Corona é o fator mais sensível para UHV, maior que em EHV e consequentemente a escolha do condutor e o seu feixe, tornam-se preponderantes no projeto da LT.
- Pela análise das LTs existentes entre 500-1150kV, o
LT – Aumentar o SIL = V2/Z
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- Pela análise das LTs existentes entre 500-1150kV, o critério final em relação à performance Corona, é determinado conforme abaixo: Nível RIV (Radio Interference Voltage) � 58dB Nível ruído audível � 55dB(A)
- Como resultado, a LT no Japão foi projetado com 8 ACSR 500mm2.
As iniciativas pós ITAIPU
- Altura da torre típica é de 110m
(para LT 1100kV).
110.0m
Ground wires
Conductors
a
b
LT – Aumentar o SIL = V2/Z
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(para LT 1100kV).
- O campo eletromagnético é equivalente a de uma LT de 550kV.
39.0m (right of way)
110.0m
c
• Feixe de 8 condutores em teste de Corona (Japão)
– Shiobara, CRIEPI
– Dimensão da gaiola:
8m × 8m × 24m
LT – Aumentar o SIL = V2/Z
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8m × 8m × 24m– Máxima tensão:
até 1200kV
• Tensão
- UHV CA: 1000kV, max. 1100kV
- UHV CC: ±800kV.
• Viabilidade técnica
A implementação de 1000kV CA e ±800kV CC com
LT – Desenvolvimento de UHV
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A implementação de 1000kV CA e ±800kV CC com
capacidade de 6400MW é praticável
• Fabricação de equipamentos UHV
- Experiência em 750kV CA
- Experiência em ±800kV HVDC equipmentos
Definição:Definição:
LT – Longas travessias
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VãoVão:: LL ≥≥ 10001000 mm
AlturaAltura torretorre:: HH ≥≥ 100100 mm
Os maiores vãos no mundo:
PaísNome da Travessia
Tensão (kV)
Tipo Travessia
Altura Torre
Vão (m) Year
Groelândia Ameralik Fjord 132 Fiorde 18 5374 1993
Noruega Sognefjord II 300 Fiorde N.A 4735 1975
NoruegaSognefjord
(Refsdal-Fardal)132 Fiorde 68 4600 1985
Noruega Sognefjord I 300 Fiorde N.A 4552 1967
LT – Longas travessias
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Noruega Sognefjord I 300 Fiorde N.A 4552 1967
Noruega Langfjorden 132 Fiorde N.A 3973 1968
Noruega Sunndalsfjorden 132 Fiorde N.A 3800 1971
NoruegaSunndalsfjorden
I300 Fiorde N.A 3785 1972
NoruegaSunndalsfjorden
II300 Fiorde N.A 3785 1972
Noruega Klabu-Viklandet N.A Fiorde N.A 3700 N.A
Itália Messina Strait 220 Mar 224 3646 1955
Vão : 5.374 m
Altura:18 m
Ameralik Fjord - GroelândiaAmeralik Fjord - Groelândia
LT com maior vão
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� Tensão mais alta em CA: 1.150kV, Cazaquistão
� Tensão mais alta em CC: ± 600kV, Itaipu
(± 800kV em construção na China)
LT mundial – dados informativos
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� Torre mais alta: 346m, rio Yang-tze (China)
(travessia - vão de 2.200m)
� Mais longa: 1.700km, Inga-Shaba (Zaire)
� Maior travessia: 5,374m (Groelândia)
No. Projeto País Tensã
o
(kV)
Vão
(m)
No.
Circuit.
Condut.
por fase
Altura
Torre (m)
Ano
1 Jiangyin
Yangtze River
Crossing
China 500 2303 2 4 346.5 2004
2 Nanjing China 500 2053 2 4 257 1992
LT – Longas travessias
As estruturas mais altas no mundo:
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2 Nanjing
Yangtze River
Crossing
China 500 2053 2 4 257 1992
3 Orinoco River
Crossing
Venezu-
ela230 2537+
2161
2 1 240 N.A
4 Zhujiang
Crossing
China 500 1547+
931
2 2 235.75 1990
5 Wuhu Yangtze
River Crossing
China ±500 1910 2 4 229 2003
Travessia rio Yang-tze - ChinaTravessia rio Yang-tze - China
LT com torre mais alta
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Travessia de 2.200m – A torre é 22,5m mais alta que a torre Eiffel,Tendo a metade do peso ~ 5kton.
A capacidade de transmissão é de 2 x 2000 MVA ou 3200 MVA para apénas 1
LT – Longas travessias
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A capacidade de transmissão é de 2 x 2000 MVA ou 3200 MVA para apénas 1 circuito em operação. (Os condutores têm que transmitir a corrente correspondente a uma temperatura ambiente de 40°C e vento de 0,6 m/s).
Capcidade de curto-circuito do OPGW: 400kA 2s.
OPGW, “loose” de 24 fibras, “single mode”
Sistema anti-vibração, para as fases e cabo pára-raios: “stockbridge” + “festoon”
LT – Longas travessias
Instalação de isoladores
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Venezuela: travessia do lago Maracaibo Vão: 1500m (máx.)Altura: 148 m
LT – Longas travessias
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Vão: 1335 mAltura: 116 m
No Brasil: Travessia do rio Tocantins Sistema 500kV de Tucuruí
LT – Longas travessias
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Conclusões – Longas Travessias
� Projetos únicos e específicos
� Maior nível de tensão: 500 kV (várias)
� Máximo nr circuitos: 4 x 380 kV (Rio Elba)
LT – Longas travessias
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� Máximo nr circuitos: 4 x 380 kV (Rio Elba)
� Tipo de condutor mais utilizado: AACSR
� Projetos conservadores, alta classe de confiabilidade
Desafio: demanda de eletricidade
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Áreas teóricas para suprir demanda de eletricidade mundial,
européia e alemã.
Muito obrigado pela atenção!!!
Título Título títuloTítulo Título título
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Sidnei Ueda – Nexans Brasil SA
E-mail: [email protected]
Tel.: (12)3185-2022