DESAFIOS PARA A SUSTENTABILIDADE DO SETOR DE SAÚDE NO PAÍS

4 de março de 2010.

SAÚDE DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO

FUNÇÕES: REGULAR, FICALIZAR,CONTROLAR,

EXECUTAR

- A SAÚDE NO BRASIL - PROBLEMAS-CAUSAS

1) MÁ CONDIÇÃO DE VIDA DO BRASILEIRO;2) DESCUMPRIMENTO DO MODELO SUS

DE FAZER SAÚDE;3) GESTÃO INADEQUADA;4) PERDAS POR MAU USO;5) SUBFINANCIAMENTO.

- A SAÚDE NO BRASIL –O TAMANHO DO SUS

• 1,3 bilhões de atendimentos básicos,• 1,2 bilhões de procedimentos especializados,• 600 milhões de consultas,• 212 milhões de ações odontológicas,• 360 milhões de exames,• 11 milhões de ultra - sonografias,

• Fonte: Ministério da Saúde

- A SAÚDE NO BRASIL -

• 11,8 milhões de internações,• 3,1 milhões de cirurgias, sendo 141 mil cirurgias

cardíacas,• 150 milhões de vacinas,• 12 mil transplantes,• 1,3 milhões de tomografias,• 23 milhões de ações de vigilância sanitária, etc...

Fonte: Ministério da Saúde

- A SAÚDE NO BRASIL -

• O MS compra anualmente R$ 8 bilhões em medicamentos, equipamentos e produtos de saúde;

• Em números de 2008 o complexo da saúde representa 8% do PIB ao movimentar R$ 160 bilhões, em 2009, algo em torno de 9%;

• 10% da população ativa têm vínculo empregatício com o setor de saúde;

• O mercado farmacêutico movimenta R$ 28 bilhões.Fonte: Ministério da Saúde

- A SAÚDE NO BRASIL -

Alguns fatores contribuem para a afetar a sustentabilidade da saúde no Brasil e no Mundo,

podemos citar:• alterações demográficas refletidas com o aumento

da esperança de vida e o envelhecimento da população;

• as novas doenças e o recrudescimento de outras;• a inovação tecnológica e terapêutica.

EFEITOS DO SUBFINANCIAMENTOEFEITOS DO SUBFINANCIAMENTO

Superlotações nas emergências;

Caos no atendimento psiquiátrico;

Falta de medicamentos de uso contínuo vitais na maioria absoluta

dos Estados

Prolongado tempo de espera para consultas e procedimentos

Falta de leitos em UTI’s

Medicamentos especiais

Novas tecnologias

• Para a população - Exclusão assistencialPara a população - Exclusão assistencial

EFEITOS DO SUBFINANCIAMENTO

Prolongada crise na assistência médica-hospitalar; Impossibilidade de sobrevivência na assistência ao SUS; Redução da oferta de serviços; Perda gradativa da qualidade assistencial; Depreciação física e tecnológica; Endividamento com bancos e fornecedores; Não recolhimento de tributos; Atrasos e defasagens salariais; Fechamento de leitos; Fechamento de hospitais; Intervenções públicas; Precarização das relações de trabalho; Atos de má gestão; Dilapidação patrimonial

• Para os Prestadores de ServiçosPara os Prestadores de Serviços

PAPEL DO LEGISLATIVO

REGULAMENTAÇÃO DA EC-29

EC 29/2000

O QUE DEFENDEMOS:

MANTER 12% PARA ESTADOS

MANTER 15% PARA MUNICÍPIOS

PARA A UNIÃO:

SAIR DE UM PERCENTUAL DO PIB: EMPENHADO NO ANO ANTERIOR + VARIAÇÃO NOMINAL DO PIB

E ENTRAR EM % DA RECEITA:

UNIÃO 10% DA RECEITA CORRENTE BRUTA

DEPUTADO DARCÍSIO PERONDI - PMDB/RS

ESTIMATIVAS REG.EC 29 - R$ bi -ARREDONDADOESTIMATIVAS REG.EC 29 - R$ bi -ARREDONDADO

ANOANOATUALATUAL

PLP-306 – CÂMARAPLP-306 – CÂMARACOM CSSCOM CSS

PLS-121PLS-121SENADOSENADO

VNPVNPValor nominal Valor nominal

PIBPIB10% RECEITA 10% RECEITA

CORRENTE BRUTACORRENTE BRUTA

20082008 5050 5050 606020092009 5656 6565 707020102010 6161 7171 828220112011 6666 7878 9494

A MAIS/HOJEA MAIS/HOJE 00 3333 7373

GASTOS SAÚDEGASTOS SAÚDEPÚBLICO – PRIVADOPÚBLICO – PRIVADO

BRASILBRASIL20082008

ESTIMATIVA GASTO PÚBLICOESTIMATIVA GASTO PÚBLICOSAÚDE BRASIL – 2008 - PCSAÚDE BRASIL – 2008 - PC

ESFERA ESFERA GOVERNOGOVERNO

R$ BIR$ BI R$ P HABR$ P HAB US$ PPPUS$ PPP(1,46)(1,46)

FEDERAL 47%(1,7% PIB)

48,7 257 176

ESTADUAL 26% (0,93% PIB)

26,8 141 97

MUNICIPAL 27% (0,96% PIB)

27,8 147 101

TOTAL PÚBLICO 100%

103,3 545 374

FONTE: MS-SPO – MS-SIOPS – ANS – IBGE-POF – ESTUDOS GC – PIB PPP= BANCO MUNDIAL

ESTIMATIVA GASTO SAÚDE BRASIL – 2008 – em R$ BIESTIMATIVA GASTO SAÚDE BRASIL – 2008 – em R$ BIPÚBLICO PÚBLICO 48 48 %%3,6 % do PIB3,6 % do PIB

FEDERAL 47% FEDERAL 47% (1,7% PIB)(1,7% PIB) 48,7 48,7

ESTADUAL 26% ESTADUAL 26% (0,93% PIB)(0,93% PIB) 26,826,8

MUNICIPAL 27% MUNICIPAL 27% (0,96% PIB)(0,96% PIB) 27,827,8

TOTAL PÚBLICO 100%TOTAL PÚBLICO 100% 103,3103,3PRIVADO PRIVADO 52 %52 %(TEM $ PÚBLICO DE (TEM $ PÚBLICO DE RENÚNCIA FISCAL)RENÚNCIA FISCAL)3,9% DO PIB3,9% DO PIB

PLANOS SEGUROS 51%PLANOS SEGUROS 51% 56,956,9

DESEMBOLSO DIRETO 21%DESEMBOLSO DIRETO 21% 24,124,1

MEDICAMENTOS 28%MEDICAMENTOS 28% 31,431,4

TOTAL PRIVADO 100%TOTAL PRIVADO 100% 112,4112,4PÚBLICO-PRIVADOPÚBLICO-PRIVADO7,5% DO PIB7,5% DO PIB

TOTAL BRASIL TOTAL BRASIL 215,7215,7

FONTE: MS-SPO – MS-SIOPS – ANS – IBGE-POF – ESTUDOS GCFONTE: MS-SPO – MS-SIOPS – ANS – IBGE-POF – ESTUDOS GCESTIMADA RENÚNCIA FISCAL R$8,7 BI (PF-PJ-MED-FILANTRÓPICAS.)ESTIMADA RENÚNCIA FISCAL R$8,7 BI (PF-PJ-MED-FILANTRÓPICAS.)

16

OS TRÊS PRÓXIMOS PASSOS DA VOTAÇÃO DA REGULAMENTAÇÃO DA EC-29 – O QUE PODE OCORRER?

1. NA CÂMARA (Casa Revisora): EM VOTAÇÃO O SUBSTITUTIVO QUE MANTÉM A VARIAÇÃO NOMINAL DO PIB E CRIA A CSS

2. SENADO (Casa de Origem) RATIFICA SEU PROJETO (10% DA RCB – ESCALONADO -8,5-9-9,5-10%) OU ADOTA

SUBSTITUTIVO CÂMARA (VNP+CSS) OU FAZ MIX DOS DOIS PROJETOS.

3. ATENÇÃO - Presidente LULA JÁ AFIRMOU QUE VETA QUALQUER PROJETO DE DINHEIRO NOVO PARA A SAÚDE

SEM INDICAÇÃO DE UMA NOVA FONTE (CSS)

A VIRADA PÚBLICO –PRIVADO:A VIRADA PÚBLICO –PRIVADO:

PRIVADO = R$ 107,7 BI (49%)PRIVADO = R$ 107,7 BI (49%)PÚBLICO = R$ 112,0 BI (51%)PÚBLICO = R$ 112,0 BI (51%)TOTAL = R$ 219,7 BI (100%)TOTAL = R$ 219,7 BI (100%)

PC PÚBLICO (112 BI/189 MI): R$ 591PC PÚBLICO (112 BI/189 MI): R$ 591PC PRIVADO (PLAN/SEG) (55,8 BI/40,9 MI): R$ 1.365PC PRIVADO (PLAN/SEG) (55,8 BI/40,9 MI): R$ 1.365

SOMANDOS PÚBLICOS E TODOS OS PRIVADOS (219 BI/189 MI) = SOMANDOS PÚBLICOS E TODOS OS PRIVADOS (219 BI/189 MI) = R$1159PCR$1159PC

R$ 1159,00 = US$ 794 (INTERNACIONAL – PPP)R$ 1159,00 = US$ 794 (INTERNACIONAL – PPP)R$ 591 PÚBLICO = US$ 405R$ 591 PÚBLICO = US$ 405

R$ 1365 PRIVADO = US$ 935R$ 1365 PRIVADO = US$ 935

RECEITA % DA SAÚDE POR ESFERA DE GOVERNO RECEITA % DA SAÚDE POR ESFERA DE GOVERNO BRASIL – 1980 – 2006 – SIOPS + MSBRASIL – 1980 – 2006 – SIOPS + MS

ANO % UNIÃO % ESTADOS % MUNICÍPIOS

1980 75,00 17,80 7,20

1995 63,80 18,80 17,40

2000 59,74 18,53 21,73

2001 56,17 20,67 23,16

2002 53,11 21,64 25,25

2003 50,69 22,80 25,24

2004 51,14 23,62 25,24

2005 50,64 24,48 24,98

2006 46,70 26,12 27,18Fontes: SIOPS – MS – ESTUDOS GC

DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE EM RELAÇÃO AO PIB - UNIÃO, ESTADO E SAÚDE EM RELAÇÃO AO PIB - UNIÃO, ESTADO E

MUNICIPIO: 2000 a 2005MUNICIPIO: 2000 a 2005

Ano União % Estado % Município % 2000 1,73 0,54 0,63 2001 1,73 0,64 0,71 2002 1,67 0,73 0,81 2003 1,61 0,72 0,80 2004 1,68 0,83 0,84 2005 1,73 0,81 0,94

Fonte: SIOPS (Estado e Municípios) SPO/MS (União) Posição em 10/04/2007

RELAÇÃO ENTRE RECEITA CORRENTE DA UNIÃO E RELAÇÃO ENTRE RECEITA CORRENTE DA UNIÃO E DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE

SAÚDE, 1995 A 2005SAÚDE, 1995 A 2005• As receitas correntes

entre 1995 e 2006 elevaram-se de 18,01% para 25,14 do PIB, refletindo a elevação da carga tributária.

• A participação da despesa do MS nas receitas correntes passou de 9,64, em 1995, para 6,98, em 2006.

Ano

Receita Corrente

(em milhares R$)

Receita Corrente em % do

PIB

Despesas do MS em

% daReceita

Percentual B/PIB

1995 127.094 18,01 9,64 1,741996 156.830 18,58 7,91 1,471997 175.270 18,66 8,82 1,651998 200.455 20,47 7,61 1,561999 218.021 20,47 8,42 1,722000 252.519 21,41 8,06 1,732001 289.411 22,23 7,77 1,732002 343.075 23,21 7,21 1,672003 384.447 22,62 7,07 1,62004 450.590 23,21 7,26 1,682005 527.325 24,55 7,04 1,732006 584.067 25,14 6,98 1,75

21

•

22

OBRIGADO

DARCÍSIO PERONDI