desafios atuais da reforma litúrgica no brasil processo" (cnbb, doc. 43, 190-192 e 194-195)....

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Desafios atuais da reforma litúrgica no Brasil Escrito por Elbson 40.º ANIVERSÁRIO DA SACROSANCTUM CONCILIUM INTRODUÇÃO Com grata satisfação, acolhi o convite da Direção do Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória para participar desta Semana Teológica que aqui se realiza. Além da alegria de poder reencontrar tantos amigos e de poder rever este Instituto, ao qual me sinto ligado por laços muito profundos, sinto-me feliz em poder abordar um tema que me é muito caro, isto é, a Sagrada Liturgia. Felicito o IFTAV pela oportuna iniciativa de comemorar nesta Semana Teológica os 40 anos da Constituição sobre a Sagrada Liturgia, intitulada Sacrosanctu m Concilium (SC) , aprovado no dia 04 de dezembro de 1963. A SC se inicia relembrando os objetivos Vaticano II: "O Sacrossanto Concílio propõe-se: fomentar sempre mais a vida cristã entre os fiéis; ajustar melhor às necessidades do nosso tempo as instituições que podem mudar; favorecer tudo quanto possa contribuir para a união d os que crêem em Cristo; e promover tudo o que conduz ao chamamento de todos ao seio da Igreja. Por isso, julga ser seu dever cuidar de modo especial da reforma e do fortalecimento da Liturgia" (SC 1); e acrescenta: "O Sacrossanto Concílio julga que devem ser relembrados princípios e estabelecidas normas práticas" (SC 3). 1 / 21

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Desafios atuais da reforma litúrgica no Brasil

Escrito por Elbson

40.º ANIVERSÁRIO DA SACROSANCTUM CONCILIUM

INTRODUÇÃO

Com grata satisfação, acolhi o convite da Direção do Instituto de Filosofia e Teologia daArquidiocese de Vitória para participar desta Semana Teológica que aqui se realiza. Além daalegria de poder reencontrar tantos amigos e de poder rever este Instituto, ao qual me sintoligado por laços muito profundos, sinto-me feliz em poder abordar um tema que me é muitocaro, isto é, a Sagrada Liturgia. Felicito o IFTAV pela oportuna iniciativa de comemorar nestaSemana Teológica os 40 anos da Constituição sobre a Sagrada Liturgia, intitulada Sacrosanctum Concilium (SC), aprovado no dia 04 de dezembro de 1963.

A SC se inicia relembrando os objetivos Vaticano II: "O Sacrossanto Concílio propõe-se:fomentar sempre mais a vida cristã entre os fiéis; ajustar melhor às necessidades do nossotempo as instituições que podem mudar; favorecer tudo quanto possa contribuir para a união dos que crêem em Cristo; e promover tudo o que conduz ao chamamento de todos ao seio daIgreja. Por isso, julga ser seu dever cuidar de modo especial da reforma e do fortalecimento daLiturgia"(SC 1); e acrescenta: "O Sacrossanto Concílio julga que devem ser relembrados princípios eestabelecidas normas práticas" (SC 3).

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Sem pretender apresentar uma definição acadêmica ou didática sobre a Liturgia, a SC deforma magisterial ensina-nos que "a Liturgia é o exercício do múnus sacerdotal de JesusCristo, no qual, mediante sinais sensíveis, é significada e, de modo peculiar a cada sinal,realiza-se a santificação do ser humano; e é exercido o culto público integral pelo CorpoMístico de Cristo, Cabeça e membros " (SC 7).

É bom sempre recordar que "toda celebração litúrgica como obra de Cristo sacerdote e de seuCorpo que é aIgreja, é uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia, no mesmo título e grau, não éigualada por nenhuma outra ação da Igreja" (SC 7).

Com o Vaticano II, soprou um vento renovador em toda a Igreja. O Povo de Deus experimentoua atmosfera alegre e vibrante de um novo Pentecostes. A Constituição sobre a SagradaLiturgia abriu caminhos novos para a vida litúrgica e mesmo para toda a vida eclesial. Porocasião do 25.º aniversário da SC, o Papa João Paulo II, em sua Carta Apostólica VicesimusQuintus Annusassim se expressa: "A renovação litúrgica é o fruto mais visível de toda a obra conciliar. Paramuitos, a mensagem do Concílio Vaticano II foi percebida antes de tudo por meio da reformalitúrgica" (VQA, 12).

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DESAFIOS ATUAIS

No Brasil, o empenho para aplicar o Concílio no contexto de nossa realidade tem sido muitogrande, não obstante as dificuldades encontradas no caminho. Muita coisa bonita vemacontecendo em nossas comunidades eclesiais, em toda a parte. A Igreja no Brasil pode sealegrar com os frutos colhidos ao longo desses 40 anos de intensa renovação litúrgica. Semnenhum pessimismo, mas, com realismo pastoral, constatam-se grandes desafios que aindapersistem em nossos dias. Entre esses destacam-se:

1.1. Aplicação da Reforma Litúrgica

Na Carta Apostólica sobre a preparação para o Jubileu do ano 2000, o Papa João Paulo IIpropõe uma séria revisão de vida pessoal e eclesial: "O exame de consciência não pode deixarde incluir também a recepção do Concílio, este grande dom do Espírito feito à Igreja quase aofindar do segundo milênio. É vivida a liturgia como ‘fonte e cume’ da vida eclesial? (cf. TMA36). "Muito resta a ser feito para assimilar em nossas celebrações a renovação litúrgicadesencadeada pelo Concílio Vaticano II, como para ajudar os fiéis a fazer da celebraçãoeucarística a expressão de seu compromisso pessoal e comunitário com o Senhor. Ainda nãose alcançou a plena consciência do que significa a centralidade da liturgia como fonte e cumeda vida eclesial. Persiste a pouca participação da comunidade cristã, e surge quem queira seapropriar da liturgia sem considerar seu verdadeiro sentido eclesial" (cf. SD 43). A aceitação e aplicação do Vaticano II certamente constitui-se num dos maiores desafios que a Igreja está enfrentando atualmente.

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1.2. A Formação Litúrgica

Não obstante os decênios transcorridos desde o Concílio, não se pode dizer que a formaçãolitúrgica, em geral, seja satisfatória. "É necessário e convém urgentemente empreender uma formação intensivapara fazer descobrir as riquezas que a liturgia contém" (DC n. 9). "A tarefa mais urgente -afirma o Papa - é a da formação bíblica e litúrgica do povo de Deus, dos pastores e dos fiéis(VQA 14-15).

"Descuidou-se a séria formação litúrgica segundo as instruções e documentos do magistérioem todos os níveis" (SD 43). É fundamental que os seminaristas se familiarizem com oespírito litúrgico e se preparem bem para presidir as celebrações; para isso importa que osdiversos aspectos da formação no seminário encontrem expressão privilegiada nascelebrações litúrgicas, além de observar atentamente a carga horária mínima e o conteúdoprogramático estabelecido. Assim, a vivência da Liturgia acompanha todas as etapas da vidado formando. É importante que desde o início do seminário, os seminaristas tenham umaparticipação consciente e ativa na Liturgia e aprendam gradativamente a celebrar a Liturgia dasHoras. O Ano Litúrgico deve orientar a espiritualidade comunitária do seminário. Que os presbíterosse aprimorem de modo permanente para crescerem na compreensão e animação dos váriosministérios, já que para a maioria do nosso povo a celebração da Liturgia é a únicaevangelização de que participam de fato ao longo de sua vida. E não se esqueçam que aLiturgia mal celebrada causa frequentemente o afastamento dos fiéis. Os presbíteros valorizema celebração da Liturgia das Horas como parte de seu ministério. Os(as) leigos(as) que assumem funções ou só participam na Liturgia sejam imbuídos do espírito litúrgico, tenhamconsciência dos mistérios que celebram e sejam capacitados para executar as suas funções; eque os(as) religiosos(as)tenham no programa de seu processo formativo a preocupação de transformarem a Liturgia emfonte da própria espiritualidade e de se tornarem animadores da celebração litúrgica. Tenha-se

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presente que a grande meta desta formação ampla e profunda é preparar agentes para aaculturação e a inculturação da Liturgia, porque homens e mulheres que vivem as duasrealidades, a sócio-cultural e a celebrativa, poderão facilitar a tarefa dos responsáveis por esseprocesso" (CNBB, Doc. 43, 190-192 e 194-195).

1.3. A Inculturação

A Conferência de Santo Domingo, constata: "Ainda não se dá atenção ao processo de um sãinculturação da liturgia. Isto faz com que as celebrações sejam, para muitos, algo ritualista eprivado que não os leva à consciência da presença transformadora de Cristo e de seu Espírito,nem se traduz em compromisso solidário para a transformação do mundo" (cf. SD 43). Emrelação aos indígenas, a Conferência de SantoDomingo propõe: "Promover uma inculturação da liturgia, acolhendo com apreço seussímbolos, ritos e expressões religiosas compatíveis com o claro sentido da fé, mantendo ovalor dos símbolos universais e em harmonia com a disciplina geral da Igreja" (SD 248). Emrelação aos afro-americanos , amesma Conferência propõe: "A Igreja na América Latina e no Caribe quer apoiar os povosafro-americanos na defesa de sua identidade e no reconhecimento de seus próprios valores,como também ajudá-los a manter vivos seus usos e costumes compatíveis com a doutrinacristã e favorecendo a manifestação das expressões religiosas próprias de suas culturas" (cf.SD 249). "Temos de promover uma liturgia que, em total fidelidade ao espírito que o ConcílioVaticano II quis recuperar em toda sua pureza, busque, dentro das normas dadas pela Igreja, aadoção das formas, sinais e ações próprios das culturas da América Latrina e Caribe. Nestatarefa, dever-se-á dar uma especial atenção à valorização da piedade popular, que encontrasua expressão especialmente na devoção à Santíssima Virgem, nas peregrinações aossantuários e nas festas religiosas, iluminadas pela Palavra de Deus"(SD 53).Além da inculturação nas várias etnias, não se pode esquecer o imenso desafio da inculturação no meio urbano

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e no meio dos pobres.

1.4. Os Ministérios

"Há forte tendência, hoje, na teologia e na prática pastoral, de considerar ministério,fundamentalmente, o carisma que assume a forma de serviço à comunidade e à sua missão nomundo e na Igreja e que, por esta, é como tal acolhido e reconhecido" (CNBB, doc. 62, n. 83).Mas, só pode ser considerado ministério o carisma que, na comunidade e em vista da missãona Igreja e no mundo, assume a forma de serviço bem determinado, envolvendo um conjuntomais ou menos amplo de funções, que responda a exigências permanentes da comunidade eda missão, seja assumido comestabilidade, comporte verdadeira responsabilidade e seja acolhido e reconhecido pelacomunidade eclesial (cf. n. 85). "A ‘recepção’ ou ‘reconhecimento’ dos ministérios temmodalidades e graus diversos, dependendo da natureza da função, ou seja, da sua relaçãocom a identidade e a missão da Igreja" (86) "Alguns dos ministérios que os leigos e as leigasexercem são chamados de ministério de "suplência",porque embora seu exercício não dependa da ordenação, as funções neles implicadas sãohistoricamente consideradas próprias e típicas do ministério ordenado. Portanto, quando osleigos ou leigas as assumem, estão suprindo a falta ou impossibilidade de ministros ordenados.A questão de fundo que se poderia colocar em relação a esta situação é a seguinte: se estasfunções, embora próprias e típicas do ministérioordenado, podem, em determinadas circunstâncias, ser assumidas por leigos e leigas, por quenão se pensar numa reorganização mais ousada dos ministérios eclesiais, criando verdadeirose próprios ‘ofícios’ a serem conferidos a leigos e leigas estavelmente e com responsabilidadeprópria e não simplesmente como ‘suplência’? Nas atuais circunstâncias, em muitos lugares, asuplência não tem o caráter de eventualidade ou de provisoriedade, mas de situação pastoralnormal e habitual, sem previsão razoável de mudança desse quadro" (cf. CNBB, Doc. 62, n.89).

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1.5. Liturgia e Catequese

"A Catequese é intrinsecamente ligada com toda a ação litúrgica e sacramental" (CT 23)."Muitas vezes, porém, a praxe catequética apresenta uma ligação fraca e fragmentária com aliturgia: atenção limitada aos símbolos e ritos litúrgicos, pouca valorização das fontes litúrgicas,percursos catequéticos que pouco ou nada têm a ver com o ano litúrgico, presença marginal decelebrações nos itinerários da catequese" (DGC 30). "Para realizar suas tarefas, a catequesese vale de dois grandes meios: a transmissão da mensagem evangélica e a experiência davida cristã. A educação litúrgica, por exemplo, necessita explicar o que é a liturgia cristã e oque são os sacramentos; porém, deve também fazer experimentar os diversos tipos decelebração, fazer descobrir e amar os símbolos, o sentido dos gestos corporais etc..."(DGC 87).

1.6. A Pastoral Litúrgica

Lamentavelmente, em muitas situações, continua válida a constatação feita em Puebla: "Nãose deu ainda à pastoral litúrgica a prioridade que lhe corresponde dentro da pastoral deconjunto" (cf. DP 901). A Liturgia "não esgota toda a ação da Igreja, mas promovendo-a,estamos desencadeando o dinamismo de toda atividade eclesial. Coração e cérebro destapastoral é a Equipe de Pastoral Litúrgica em nível nacional, diocesano e paroquial. Cabe-lhecom a CNBB, com o bispo ou com o pároco planejar, nos respectivos campos de ação, aPastoral Litúrgica, o que será mais eficiente se continuamente pesquisar a situação real dosque celebram, aprofundar sempre mais seu conteúdo teológico, formar agentes e organizar suaação. Essas equipes, grande anseio do Concílio (cf. SC 44 e 46), nós as estamos organizandode modo lento demais face às urgências da pastoral litúrgica. A grande tarefa destas equipes é

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dinamizar um processo de formação de todos os participantes da Liturgia, visando, de um lado,que a celebração seja sempre mais expressiva e, de outro lado, o enriquecimento espiritual detodo o povo" (CNBB, Doc. 43, n. 186-189).

1.7. A Recuperação dos Símbolos e Sinais

"Os sinais, importantes em toda a ação litúrgica, devem ser empregados de forma viva e digna,suposta uma adequada catequese. As adaptações previstas na Sacrosanctum Concilium e emoutras normas posteriores são indispensáveis para se conseguir um rito adequado às nossasnecessidades, especialmente às do povo simples, tendo em conta suas legítimas expressõesculturais" (DP 926). "A força dos símbolos e sinais, sobretudo quando retirados da vida e dacultura do povo, completam a grande variedade de elementos da nossa Liturgia"(CNBB, Doc. 43. n. 84). "É meta da criatividade a introdução de novos símbolos, maiscompreensíveis ao povo de hoje, porque criados pela piedade popular ou experimentados nasCEBs e outros grupos de oração. Para isso inaugure-se um processo de pesquisa, reflexão eanálise, com ajuda de um grupo de trabalho integrado por teólogos, liturgistas, pastoralistas eoutros" (CNBB, Doc. 43, n. 174). Vale aqui ressaltar os passos que foram dados com aelaboração do Ritual do Matrimônio e o novo Ritual do Batismo de Crianças próprios para oBrasil e o Ritual de Exéquias que se encontra em elaboração. É importantepromover o conhecimento de certos aspectos frequentemente esquecidos na pastoralquotidiana e que podem fazer redescobrir a densidade simbólica com a qual se exprime osentido mistérico dos sacramentos e os permite produzir todos os seus frutos: por exemplo apromoção do batismo por imersão, nos termos previstos pelo Ritual; a fração do pão na Missa;a comunhão sob as duas espécies; a dimensão pascal das exéquias; o valor simbólico dosespaços, lugares e objetos litúrgicos (Francesco Pio Tamburrino, in Duc in Altum, Libreria Editrice Vaticana, 2002, p.93), bem como "os projetos arquitetônicos e iconográficos,o altar, a sede, o ambão, a expressividade dos sinais como pão, vinho, óleo, água, incenso,cinzas, fogo, flores"... (cf. VQA n. 10).

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1.8. O Canto, a Música, o Silêncio e a Dança

"Auxiliam nossa prece, reforçando a palavra que ouvimos, a linguagem universal da música,cantada ou instrumental, que os momentos de silêncio ressaltam e ao mesmo tempo abremespaço para outro tipo de oração. E até mesmo a simples modulação da voz pode expressarnossa alegria, nossa confiança ou nossa dor. Nosso corpo, sensível e dócil ao movimento, éuma fonte inesgotável de expressão. Por isso, na liturgia têm importância os gestos, asposturas, as caminhadas e a dança" (CNBB, Doc. 43, n. 82 e 83). "A partir do Concílio,algumas intuições e critérios vão inspirando e provocando providencialmente toda umarenovação da música litúrgica:

Liturgia é a celebração do Mistério Pascal realizada pelo Povo de Deus: a participação daspessoas, da assembléia, como exercício do novo sacerdócio, com Cristo, por Cristo e emCristo, é de fundamentalimportância e constitui valor primordial;

Canto e música participam da dimensão sacramental da liturgia: são símbolos importantes doMistério de Cristo e da Igreja, e não ornamento exterior; são encarnação, em estruturascomunicativas, da Palavra, do diálogo salvífico entre as pessoas Divinas e as pessoashumanas, e não elementos rituais e estéticos de uma religiosidade qualquer;

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Canto e música, no contexto da ação litúrgica, não são realidades autônomas, mas funcionais:estão aí a serviço do Mistério da Fé, da assembléia sacerdotal. Artistas e demais atores devemse empenhar em encontrar a expressão musical mais bela e adequada, levando em conta o ritoe as pessoas que vão executá-lo. O que deve prevalecer não são os gostos, a estéticaindividual de cada um, mas a essencialidade do Mistério e a participação frutuosa e prazerosade todos. Os agentes litúrgico-musicais desempenharão tanto melhor o seu papel, quantomelhores intérpretes forem da fé, da vida e do jeito de ser da sua gente (CNBB - estudos 79).

1.9. O Espaço Celebrativo

"O templo é sinal da presença e ação salvífica do Pai; é imagem do Corpo Místico de Cristo,único e verdadeiro templo, construído com pedras vivas para oferecer sacrifícios novos (cf. Jo2,19 e 21). O próprio Deus consente que nossos edifícios sejam sua casa, pois nesse espaçoele nos dá vivenciar a sua união conosco e a união fraterna entre nós. Por isso, a igreja-edifícioé sinal também da Igreja-Comunidade. Assim este edifício não é uma construção qualquer: ésinal da Igreja peregrina, é imagem da Igreja celeste. A Igreja, como família de Deus, precisade uma casa para reunir-se, dialogar, viver na alegria e na comum-união os grandes momentosde sua vida religiosa" (cf. CNBB, Doc. 43, n. 139, 140 e 141). "Como pede sua natureza, aigreja terá de ser adequada às celebrações sacras, bela, resplandecente de nobre formosura enão de mera suntuosidade, e verdadeiramente sinal e símbolo das realidades celestes. Adisposição geral do edifício deve manifestar de algum modo a imagem do povo reunido epermitir uma ordem inteligente, bem como a possibilidade de se exercerem com decoro osdiversos ministérios" (RDI, 3).

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1.10. As Missas na TV e as "Missas Show"

"Precisamos fazer a celebração sempre mais autêntica, mais unida à vida, para transformar avida toda em oração" (CNBB, Doc. 43, 196). No encontro com os produtores de Missas na TV,realizado em setembro de 1998, promovido pelo setores de Liturgia e de Comunicação daCNBB, foram assumidas, entre outras, as seguintes proposições:

Sempre se deve ter presente que o que celebramos na liturgia é o mistério pascal de Cristo.Isso deve aparecer nas transmissões televisivas, ajudando o telespectador a entrar nessadimensão celebrativa, associando-se à Páscoa de Cristo. Os fatos significativos e osacontecimentos da vida devem ter lugar na celebração, associando-se os sinais de morte e devida ao mistério pascal do Senhor. Assim, vai-se expressando que a Páscoa de Cristo serealiza em nossa vida e nossa vida se insere no mistério de Cristo.

Haja, por parte de todos, respeito e fidelidade ao que está estabelecido pelo Magistério daIgreja sobre a celebração da Santa Missa e o Culto Eucarístico. Recomenda-se o estudoaprofundado da Instrução Geral sobre o Missal Romano e das orientações a respeito do CultoEucarístico fora da Missa, especialmente por parte dos que presidem e dos responsáveis pelaelaboração dos roteiros de celebração. É necessário que sejam observadas as normas eorientações do Magistério para que se evitem desvios e abusos especialmente nastransmissões televisivas pois essas ultrapassam os limites das paróquias e dioceses e seconstituem, de certa forma, modelo de celebração para as comunidades eclesiais. Por isso,

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deve-se redobrar a atenção nessas celebrações, inclusive para que não criem problemas emmuitas dioceses, como lamentavelmente vem acontecendo.

Como os destinatários da celebração da Missa na TV são principalmente os que estãoimpossibilitados de participar na assembleia litúrgica na comunidade eclesial, sejamexplicitamente mencionados nos roteiros da celebração. Ao mesmo tempo, haja fortemotivação para estimular os que podem a que participem da celebração na comunidade.

Toda a celebração se realize com unção e tenha sempre um tom mais de oração do que dediscurso ou de teatro. Evite-se tanto a postura artificial, fria e rígida como os exageros nosentido contrário. Deve-se evitar também a falta de autenticidade, o populismo e outrasexpressões que não condizem com a celebração litúrgica. É preciso zelar muito para quetranspareça a dimensão de sacralidade do mistério celebrado.

Haja empenho na formação, tanto litúrgica como na arte da comunicação, dos que presidem edos demais agentes que atuam na produção e na realização das Missas de TV.

Valorize-se o espaço celebrativo, tanto na conveniente decoração do ambiente, como tambémna disposição dos vários elementos: altar, mesa da Palavra, cadeira de quem preside, estantedo comentarista, coral, assembleia e outros.

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Como a linguagem celebrativa é eminentemente simbólica, dê-se o devido valor aos símboloslitúrgicos, garantindo-lhes sempre a devida autenticidade, beleza e verdade. Cuide-se daexpressão artística do canto, do espaço, dos objetos e das vestes litúrgicas.

Quanto às vestes, leve-se em conta o que diz a Instrução Geral sobre o Missal Romano: "NaIgreja que é o Corpo de Cristo, nem todos os membros desempenham a mesma função. Estadiversidade de ministérios se manifesta exteriormente no exercício do culto sagrado peladiversidade das vestes litúrgicas, que por isso devem ser um sinal da função de cada ministro.As vestes litúrgicas contribuam para a beleza da ação sagrada. Convém que a beleza e anobreza de cada vestimenta decorra não tanto da multiplicidade de ornatos, mas do tecido e daforma (IGMR 297 a 306).

O canto e a música sejam devidamente valorizados, respeitando-se a índole própria dacelebração, inclusive quanto ao tempo litúrgico e aos diversos momentos celebrativos, elevando-se em conta os critérios artísticos da composição e execução.

As transmissões de caráter nacional estejam atentas a essa realidade e tenham a preocupaçãoem expressar, o quanto possível, a riqueza e a variedade de nosso País.

Muitos outros desafios se somam a esses aqui apontados. Entre eles destacam-se: a

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necessária ligação entre liturgia e vida; a distinção entre teatro e ação simbólica; a questãoda linguagem; as dificuldades com a celebração do Dia do Senhornuma sociedade pluralista e dessacralizada; a problemática referente aos folhetos litúrgicos; e a persistência de graves questões em relação a algumas transmissões de Missas na TV.

2. CAMINHOS DA REFORMA LITÚRGICA

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2.1. Aplicações Erradas

Na Carta Apostólica Vicesimus quintus Annus, o Papa João Paulo II elenca uma série dedesvios, mais ou menos graves, na aplicação da reforma: "Constatam-se, às vezes, omissõesou acréscimos ilícitos; ritos inventados fora das normas estabelecidas; posturas ou cantos quenão favorecem a fé ou o sentido do sagrado; abusos na prática da absolvição coletiva;confusões entre o sacerdócio ministerial, ligado à ordenação, e o sacerdócio comum dos fiéis,que tem seu fundamento no batismo".

"Não se pode tolerar - diz o Papa - que alguns sacerdotes se arroguem o direito de compororações eucarísticas ou substituam textos da Sagrada Escritura por textos profanos. Iniciativasdeste gênero, longe de estar ligadas à reforma litúrgica, ou aos livros que lhe seguiram, acontradizem diretamente, a desfiguram e privam o povo cristão da riqueza autêntica da liturgiada Igreja".

E o Papa acrescenta: "Compete ao Bispo estirpar tais abusos pois que a regulamentação davida litúrgica depende do Bispo nos limites do direito, e a vida cristã dos seus fiéis de certomodo depende dele" (id. Ib. 13).

Mas, há também aberrações no sentido contrário, que se manifestam numa hostilidade radicalcontra toda a renovação conciliar e pós-conciliar. Nos mais inflamados tradicionalistas (que atéchegaram a consumar um cisma em nome da liturgia!) chega-se a duvidar da validade dos

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sacramentos que teriam sido gravemente contaminados por uma visão protestante do culto. Osmenos radicais pediram a permissão para celebrar com os ritos anteriores ao Concílio, e lutampara que se chegue urgentemente a uma "reforma da reforma". O fenômeno é extremamentecomplexo. Tenha-se em conta que, não é raro, alguns se aproximam do tradicionalismo emreação a certos desvios e experiências muitas vezes conduzidas de forma incompetente.

2.2. A busca do equilíbrio

A liturgia tem necessidade de dois aspectos complementares: de uma parte há o livro litúrgico,a norma objetiva que estabelece as condições de validade no uso de uma determinada matériae forma, descreve a estrutura e seqüência dos ritos, os sinais e símbolos, as fórmulas; de outraparte, há a assembléia concreta de pessoas, que exige senso das circunstâncias eadaptações. Compete ao ministro da celebração ser mediador entre o livro e a assembléia,entre a norma universalmente válida e as exigências próprias de cada comunidade.

O que falta muitas vezes é o conhecimento, o estudo do livro litúrgico, do rito específico que sevai celebrar. A verdadeira atenção ao livro e à sua normatividade leva a descobrir toda umasérie de estímulos que convidam a estar atento à assembléia concreta, à sua capacidadecelebrativa, à sua cultura, à sua linguagem, ao seu passado e a seu nível de fé. Quem sabe lerentre as linhas do livro litúrgico e entre a dobras do coração humano sabe que não temnecessidade de retorcer os ritos para ser criativo (Francesco Pio Tamburrino, op. cit. p 95).

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Desafios atuais da reforma litúrgica no Brasil

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3. A BUSCA DE SOLUÇÃO

Mesmo que sejam grandes os desafios para prosseguir na reforma litúrgica proposta peloVaticano II, não podemos nos deixar vencer por uma visão pessimista ou uma atitudederrotista. A saída se encontra na recuperação do autêntico espírito litúrgico que deve animarnossa espiritualidade e orientar nossa ação pastoral. "A Igreja encontra o sentido último de suaconvocação na vida de oração, louvor e ação de graças que o céu e a terra dirigem a Deus por‘suas obras grandes e maravilhosas’ (Ap 15,3s; 7,9-17). Esta é a razão pela qual a liturgia ‘é ocume ao qual tende a atividade da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de onde emana suaforça’ (SC 10). Mas a liturgia é ação do Cristo total, Cabeça e membros, e, como tal, deveexpressar o sentido mais profundo de sua oblação ao Pai: obedecer, fazendo de toda a suavida a revelação do amor do Pai pelo gênero humano. Por isso, o culto cristão deve expressara dupla vertente da obediência ao Pai (glorificação) e da caridade com os irmãos (redenção),pois a glória de Deus é que o ser humano viva (cf. SD 34). "O gesto litúrgico não é autêntico senão implica um compromisso de caridade, um esforço sempre renovado por sentir como senteCristo Jesus, e uma contínua conversão" (Medellín, Liturgia, n. 3).

CONCLUSÃO

Na hora presente de nossa América Latina, como em todos os tempos, a celebração litúrgicacoroa e comporta um compromisso com a realidade humana, precisamente porque toda acriação está inserida no desígnio salvador que abarca a totalidade do ser humano (cf. Medellín,Liturgia n. 4). Como consequência da deficiência de uma autêntica renovação litúrgica, oDocumento de Santo Domingo aponta a falta de coerência entre fé e vida em muitos católicos,incluindo, às vezes, a nós mesmos ou alguns de nossos agentes de pastoral (SD 44).

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"O serviço litúrgico tem, por si mesmo, um valor evangelizador que a Nova Evangelização devesituar em lugar de grande destaque. Na liturgia, Cristo Salvador se faz presente hoje. A liturgiaé o anúncio e realização dos feitos salvíficos (cf. SC 6) que nos chegam a tocarsacramentalmente; por isso, convoca, celebra e envia /.../ Sustenta o compromisso socialenquanto orienta os fiéis a assumir sua responsabilidade na construção do Reino /.../ Acelebração não pode ser algo separado ou paralelo à vida. Por último, é especialmente pelaliturgia que o Evangelho penetra no coração das culturas. Por isso, as formas de celebraçãolitúrgica devem ser aptas para expressar o mistério que se celebra e, por sua vez, ser claras einteligíveis" (cf. SD 35). "Sem capacidade de contemplação, a liturgia, acesso a Deus atravésde sinais, converte-se em ação carente de profundidade" (SD 37).

A celebração dos 40 anos da SC nos estimule a envidar todos os esforços para que a SagradaLiturgia seja de fato "cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, fonte deonde emana toda a sua força" (SC 10), certos de que, "na Liturgia terrena, antegozando,participamos da Liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusalém, para a qual,peregrinos, nos encaminhamos. Lá Cristo está sentado à direita de Deus, ministro do santuárioe do tabernáculo verdadeiro; com todo o exército celestial entoamos um hino de glória aoSenhor e, venerando a memória dos Santos, esperamos fazer parte da sociedade deles;suspiramos pelo Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até que ele, nossa vida, se manifeste, enós apareçamos com ele na glória" (SC 8).

SIGLAS:

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CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

CT - Catechesi Tradendae

DD - Dies Domini

DC - Dominicae Cenae

DGC - Diretório Geral para a Catequese

DP _ Documento de Puebla

IGELM - Introdução Geral ao Elenco das Leituras da Missa

IGMR - Instrução Geral sobre o Missal Romano

NMI - Novo Millennio Ineunte

PO - Presbyterorum Ordinis

SC - Sacrosanctum Concilium

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SD - Documento da Conferência do Episcopado Latino-americano em Santo Domingo (1992)

RDI - Ritual de Dedicação de Igreja

TMA - Tertio Millennio Adveniente

VA - Vicesimus quintus Annus

Vitória da Conquista, 08 de setembro de 2003

Palestra de D. Geraldo Lyrio Rocha, Arcebispo de Vitória da Conquista, no dia 16 de setembrode 2003, durante a Semana Teológica promovida pelo Instituto de Filosofia e Teologia daArquidiocese de Vitória - IFTAV.

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