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O PHS, seus membros e organizações parceiras não se responsabilizam pela autenticidade das informações produzidas ou
divulgadas por usuários deste Guia, tampouco pelo eventual uso indevido dessas informações por terceiros. Este Guia tem
objetivo de orientar organizações de saúde no uso da ferramenta de cálculo de emissões do Programa Brasileiro do GHG
Protocol, não caracterizando aval ou garantia por parte do PHS ou de seus parceiros em relação aos resultados obtidos
pelos usuários. Todas as marcas citadas nesta publicação são propriedade das respectivas organizações.
Elaboração
Projeto Hospitais Saudáveis
Coordenação
Vital Ribeiro - Arquiteto | Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo
Desenvolvimento
Diego Pereira Ramos - Especialista em Sustentabilidade | Projeto Hospitais Saudáveis
Isabel Santos - Gestora de Sustentabilidade e Comunicação Estratégica | Projeto Hospitais Saudáveis
Victor Kenzo - Especialista em Sustentabilidade | Projeto Hospitais Saudáveis
Colaboração
George Magalhães - Coordenador do Programa Brasileiro do GHG Protocol | GVces – Fundação Getúlio Vargas (FGV)
Ingrid Cicca - Consultora de Sustentabilidade | Rede D’Or São Luiz
Jonas Age Saide Schwartzman - Engenheiro Ambiental | Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM)
Neilor Cardoso Guilherme - Engenheiro Ambiental | Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
Vitor Silva - Analista de Governança | Hospital 9 de Julho
Ficha Catalográfica
Projeto Hospitais Saudáveis
Guia para Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa em Organizações de Saúde / Projeto
Hospitais Saudáveis – São Paulo, Projeto Hospitais Saudáveis, 2016
38 p: il. (2016)
1. Mudança Climática – Brasil 2. Meio Ambiente e Saúde Pública – Brasil I. Projeto Hospitais Saudáveis. II.
Saúde Sem Dano. III. Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima.
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Índice
Apresentação 4
Contexto da Mudança do Clima 6
A Mudança do Clima e o Setor Saúde 7
Sobre o Desafio 2020 – A Saúde pelo Clima 10
Sobre este Guia 12
Iniciando o Processo de Elaboração de um Inventário 13
Tipos de Emissões 14
Níveis de Abrangência de um Inventário 15
Estrutura das Categorias 17
Preenchendo a Planilha do GHG Protocol 17
Combustão Estacionária 19
Combustão Móvel 21
Emissões Fugitivas 25
Escopo 2 – Emissões Indiretas por Consumo de Energia 27
Compra de Energia Elétrica 27
Escopo 3 – Outras Emissões Indiretas 28
Resíduos sólidos na operação 28
Viagens a Negócios 33
Outras Categorias de Escopo 3 35
Envio dos Dados da Planilha 36
Crédito das imagens 37
Links úteis 37
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Apresentação
O Projeto Hospitais Saudáveis (PHS) tem o prazer de apresentar este Guia para Inventários de
Emissões de Gases de Efeito Estufa em Organizações de Saúde, resultado do esforço de nossa
equipe e da inestimável colaboração de membros e parceiros que acreditaram nesta iniciativa e que
compartilharam conosco, desde sedo, o sentimento de urgência por uma ampla mobilização de
pessoas, organizações civis e governos, necessária ao enfrentamento do desafio da mudança
climática.
A ferramenta de cálculo do Programa Brasileiro GHG Protocol é importante indutora das
competências necessárias para inventariar emissões de GEE. Trata-se de metodologia amplamente
utilizada em diversos países e organizações. Por atender aos mais diversos setores, a ferramenta
contempla numerosos recursos que, à primeira vista, podem intimidar usuários menos familiarizados
ou limitar sua aplicação em setores onde é menos conhecida. Um dos objetivos deste Guia é facilitar
às organizações de saúde o uso das ferramentas do GHG promovendo um ambiente favorável ao
debate de questões comuns em direção à formação de consensos, compartilhamento de
experiências e construção de conhecimento.
Para tanto, evitamos uma abordagem de simplificação que pudesse limitar o potencial das
ferramentas, ao contrário, buscamos promover o acesso integral à ferramenta, para que a
incorporação dos inventários de emissões se incorpore progressivamente à cultura de gestão do
setor saúde.
Entendemos que inventariar emissões de GEE não implica inaugurar novo capítulo na gestão de
recursos e processos em hospitais e demais unidades de saúde. Observamos que, em sua maioria,
os dados necessários para compor os cálculos já são rotineiramente administrados pelas
organizações. O consumo de insumos, as relações com fornecedores de produtos e serviços, bem
como os principais processos internos ou externos já são gerenciados com vistas à eficiência e
qualidade da atenção à saúde. Nesse sentido, critérios ambientais e, em especial, emissões de GEE,
pode ser aliados da boa gestão e adicionados às práticas com relativa facilidade.
O Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima propõe o engajamento do setor saúde no combate à mudança
do clima por meio de uma matriz que combina a defesa de políticas públicas (Liderança), o
fortalecimento da capacidade de resposta às demandas crescentes e situações desfavoráveis
(Resiliência) e o engajamento do setor saúde no esforço global por uma economia de baixo carbono
(Mitigação). Inventariar emissões de GEE beneficia à essas três frentes de ação, como exemplo para
a sociedade e por permitir identificar vulnerabilidades e gerenciar os esforços na redução de
emissões.
O engajamento do setor saúde no debate sobre clima é movimento natural e necessário, que
aproxima a assistência à saúde ao enfrentamento da principal ameaça à saúde pública no século
XXI. Reverter o aumento na carga de doenças por causas ambientais se apresenta como
oportunidade singular para preservar os avanços em saúde e qualidade de vida conquistados nas
últimas décadas e também a como forma de contornar a escalada de custos na assistência,
particularmente frente aos desafios de financiamento do setor.
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A primeira versão deste Guia foi apresentada e discutida por especialistas durante o VIII Seminário
Hospitais Saudáveis, em setembro de 2015 em São Paulo. A presente edição incorpora
contribuições dos primeiros usuários. Entre as alterações, destacamos a redução de três para dois
níveis de abrangência, agora limitados à Básico e Avançado. Com esta alteração, buscamos
estimular o benchmarking e acelerar a disseminação dos inventários no setor saúde. Também
destacamos a inclusão da versão 2016 da ferramenta intersetorial, bem como da nova ferramenta
para emissões por transportes pelo Programa Brasileiro do GHG Protocol.
Desejamos uma boa leitura e que este Guia seja um estímulo para que mais organizações de saúde
comecem a inventariar e gerenciar a redução de suas emissões unindo-se à campanha global
Desafio 2020 - a Saúde pelo Clima.
Projeto Hospitais Saudáveis, 2016.
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Contexto da Mudança do Clima
A mudança do clima é a maior ameaça à saúde pública do século 21
Comissão The Lancet
Esta afirmação foi feita em 2009 e, desde então, a crise climática tem se agravado. Enquanto a
ciência demonstra a gravidade dos cenários futuros, já começamos a sentir seus efeitos de forma
cada vez mais evidente.
Se as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) não forem sensivelmente reduzidas, a mudança do
clima imporá danos significativos e, possivelmente, irreversíveis em questão de poucas décadas,
comprometendo áreas tão diversas como abastecimento de água, produção de alimentos, qualidade
do ar, desertificação e perda de biodiversidade, conflitos e movimentos migratórios, desastres
naturais e, certamente, fortes crises econômicas, implicando no empobrecimento de grandes
contingentes, em especial as populações atualmente já vulneráveis.
A principal causa da mudança no clima é nossa dependência, a nível planetário, dos combustíveis
fósseis. Reverter este processo exige que a sociedade se mova em direção a uma economia
baseada em fontes de energias limpas e renováveis. A transição para uma economia de baixo
carbono é uma urgência para o planeta e também para a saúde pública.
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A Mudança do Clima e o Setor Saúde
O setor da saúde pode ter um papel central para ajudar as sociedades a se adaptar aos efeitos da
mudança climática e aos riscos que esta representa para a saúde humana.
Saúde Sem Dano, 2016
A mudança do clima afetará diretamente a capacidade dos sistemas de saúde de desenvolver suas
atividades, não apenas devido aos desastres naturais, progressivamente mais intensos e frequentes,
como principalmente pelo acesso limitado a recursos essenciais como água ou energia combinado à
crises sistêmicas de ordem econômica e social.
Este alerta tem sido repetido por centenas de cientistas e pelos principais órgãos internacionais,
como a Organização Mundial da Saúde, o Painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC,
na sigla em inglês) e a Comissão para Mudança Climática e Saúde da The Lancet que estudam os
efeitos deletérios da mudança do clima sobre a saúde pública.
Torna-se imperativo, portanto, que as organizações de saúde participem ativamente do combate às
causas do problema, não apenas dos esforços de adaptação, como são geralmente chamadas as
ações em resposta aos efeitos da mudança climática. Cabe às organizações de saúde assumir
posição de liderança também nas medidas de mitigação contribuindo com seu esforço e exemplo
para a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e o combate ao aquecimento global.
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A mudança do clima implica aumento da demanda e maior pressão sobre os custos da assistência
cobrando dos sistemas de saúde capacidade de resposta sem precedentes. O resultado deste
desafio dependerá da habilidade das organizações de saúde em ampliar sua eficiência no uso dos
recursos humanos, materiais, naturais e financeiros disponíveis, mantendo ou ampliando suas
operações, mesmo que em condições adversas e evitando contribuir para o agravamento da crise. A
esta habilidade podemos chamar resiliência.
Trata-se de produzir mais e melhor assistência, mais efetiva, consumindo menos recursos naturais,
emitindo menos Gases de Efeito Estufa e não ultrapassando os limites do meio ambiente. O setor
Saúde deve reconhecer a importância e a relevância de seu papel de liderança, engajando outros
seus atores e servindo de exemplo para a sociedade.
Para cumprir este objetivo ambicioso, o PHS, a organização internacional Saúde Sem Dano e a
Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis, se pautam pelo compartilhamento de valores,
conhecimento e experiências. A interação entre as mais de 20 mil organizações de saúde que
atualmente compõem essa rede faz com que acreditemos no sucesso do Desafio 2020 – a Saúde
pelo Clima e que as ações de liderança, resiliência e mitigação possam ser disseminadas por todo o
mundo a partir do setor saúde.
Saúde sem Dano
O Saúde sem Dano é uma coalizão internacional de hospitais e sistemas de
saúde, profissionais da saúde, grupos da comunidade, sindicatos e organizações
ambientalistas que se propõem transformar mundialmente o setor saúde, sem
comprometer a segurança ou o cuidado do paciente, para que seja
ecologicamente sustentável e deixe de ser uma fonte de dano para as pessoas e
o meio ambiente.
O Saúde Sem Dano promove programas para o setor saúde que visam a redução dos impactos ao
ambiente e à saúde pública. Para saber mais sobre o Saúde sem Dano, acesse:
https://saudesemdano.org/
Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis
A Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis (HVS) é uma comunidade de
organizações de saúde dedicadas a reduzir sua pegada ecológica e promover
a saúde pública e ambiental. Trata-se de uma iniciativa da organização
internacional Saúde Sem Dano, representada no Brasil pelo Projeto Hospitais
Saudáveis. A rede HVS instituiu e coordena a campanha mundial “Desafio 2020 – a Saúde pelo
Conheça as instituições que contribuíram com a elaboração deste Guia
Entenda melhor quem são e os objetivos da atuação das instituições, que contribuíram com a
elaboração deste Guia e para todo o engajamento necessário entre as partes que fizeram parte
da equipe:
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Clima”, além de manter uma agenda ambiental para o setor saúde composta de 10 temas e uma
comunidade virtual de profissionais de saúde a HVS Connect. Para saber mais sobre a Rede Global,
acesse: http://www.hospitaissaudaveis.org/rede_gobal_hospitais_verdes_e_saudaveis.asp
Projeto Hospitais Saudáveis
O Projeto Hospitais Saudáveis é o ponto focal no Brasil das organizações
internacionais Saúde Sem Dano e Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis. O
PHS é uma associação civil, sem fins econômicos, criada por profissionais de
saúde e ambientalistas com a missão de transformar o setor saúde em um
exemplo para toda a sociedade em aspectos de proteção ao meio ambiente e à
saúde do trabalhador, do paciente e da população em geral. Atualmente (abril de 2016) o PHS
congrega 527 membros individuais, 129 membros institucionais, entre hospitais e outras unidades de
saúde, além de 10 Sistemas de Saúde que administram cerca de 220 hospitais e outras 900
unidades não hospitalares. Para saber mais sobre o PHS, acesse: www.hospitaissaudaveis.org
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Sobre o Desafio 2020 – A Saúde pelo Clima
O “Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima” tem como objetivo conclamar as
organizações de saúde ao redor do mundo a tomar medidas concretas
contra a mudança do clima e em defesa da saúde pública ambiental.
Organizações de saúde podem e devem manifestar-se frente à mudança
do clima, assumindo compromissos de redução de suas emissões de GEE.
O Desafio 2020 oferece às organizações participantes ferramentas para medir e relatar suas
emissões GEE, bem como guias de apoio, seminários técnicos e prêmios em reconhecimento aos
avanços alcançados.
Esta campanha se fundamenta em três pilares que definem os compromissos das organizações
participantes:
Mitigação – Reduzir a própria pegada de carbono do setor saúde;
Resiliência – Preparar para os impactos do clima extremo e alterações na carga de doenças;
Liderança – Educar equipes de saúde e público em geral e promover políticas de proteção à saúde
pública face à mudança do clima.
Para saber mais sobre o Desafio 2020, acesse: http://www.hospitaissaudaveis.org/
Participando do Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima
O processo de redução de emissões de GEE torna-se mais efetivo na medida em que se é capaz de
obter dados qualificados sobre as fontes e as quantidades emitidas. De fato, gerenciar emissões
implica medi-las por meio de metodologia padronizada e minimamente acurada, o que também
contribui para que se identifique prioridades e oportunidades de redução, bem como permite que se
avalie os impactos da medidas tomadas e a evolução dos resultados totais e setoriais ao longo do
tempo. A figura abaixo resume as etapas básicas desse processo.
Figura 1 - Etapas do Desafio 2020 - a Saúde pelo Clima
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a. Adesão ao Desafio 2020 - a Saúde pelo Clima: para participar formalmente desta iniciativa
global é necessário acessar o site do PHS, www.hospitaissaudaveis.org e seguir os passos indicados.
b. Inventário de emissões de GEE: faça o download da ferramenta do GHG e utilize as instruções
deste Guia a partir do capítulo “Iniciando o processo de elaboração de um inventário”.
c. Estabelecimento de metas de redução de emissões de GEE: após o conhecimento das
quantidades emitidas por cada setor em sua organização, será possível melhor avaliar seu potencial
de redução e estabelecer metas voluntárias.
d. Gestão continuada de emissões de GEE: o monitoramento de emissões de GEE deve ser
continuamente aprimorado por meio da sistematização dos dados coletados e sua consolidação em
períodos determinados, tendo sempre como referência um ano base.
Como ter mais segurança na definição de metas e estratégias de redução de emissões:
A avaliação do comportamento das emissões de uma organização ao longo de dois ou mais anos permitirá melhor
planejamento das estratégias e definição da meta de redução.
É possível realizar inventários de emissões de GEE de anos passados retroativamente, desde que se tenha registros
que permitam recuperar as informações dos períodos correspondentes. Muitas vezes esses dados estão disponíveis
nas áreas de controle financeiro, engenharia, compras ou gestão de materiais.
Esses dados serão ainda mais úteis ao processo de decisão se puderem ser associados aos dados de capacidade
instalada e produção de cada período.
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Sobre este Guia
Este Guia para Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa em Organizações de Saúde
foi desenvolvido pela equipe do Projeto Hospitais Saudáveis e colaboradores de organizações
membros, com objetivo de auxiliar na elaboração de inventários e dar apoio para o uso da
Ferramenta Intersetorial (planilha de cálculo), desenvolvida pelo Programa Brasileiro GHG
Protocol.
Ao disponibilizar este Guia, o PHS busca estimular as organizações de saúde a medir e gerenciar
suas emissões de GEE, auto avaliando seu desempenho e relatando seus resultados de forma a
estimular a evolução constante dos inventários divulgados, gerando um processo virtuoso de avanço
no gerenciamento das emissões de GEE dessas organizações.
Quem pode utilizar o Guia?
Organizações de saúde no Brasil interessadas em gerenciar suas emissões de GEE. O uso do Guia
não implica necessariamente na adesão ao Desafio 2020 ou no envio de dados sobre emissões para
o PHS, embora estas sejam ações desejáveis.
Para foi criado o Guia?
Este Guia tem como objetivo auxiliar as organizações de saúde brasileiras no desenvolvimento de
suas capacidades para medir e gerenciar emissões de GEE e auxiliar no uso da Ferramenta
Intersetorial do Programa Brasileiro do GHG Protocol (planilha de cálculo de emissões).
Qual o custo para utilização?
A utilização do Guia, bem como a participação no Desafio 2020 são gratuitos.
Ao utilizar o Guia já estou fazendo parte do Desafio 2020 - a Saúde pelo Clima?
Não. O Guia é uma ferramenta para auxiliar no cálculo de emissões de GEE. Este cálculo é parte do
processo de adesão ao Desafio 2020, que implica em medir e estabelecer metas voluntárias de
redução de GEE. Para aderir ao Desafio, consulte a site do PHS ou clique aqui.
Como faço para utilizar sempre a versão atualizada do Guia?
O Guia terá edições anuais, concomitantes às edições das Ferramentas do Programa Brasileiro do
GHG Protocol. Ao longo do ano poderão haver revisões da edição atual para eventuais correções ou
complementações. Para verificar a existência de versões atualizadas deste material, acesse o site do
PHS: http://www.hospitaissaudaveis.org/
Envie suas críticas ou sugestões sobre este Guia para [email protected].
Saiba mais sobre o Programa Brasileiro GHG Protocol:
O Programa tem como objetivo estimular a cultura corporativa para a elaboração e publicação de inventários de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de acordo com a realidade brasileira, proporcionando aos participantes o acesso a instrumentos e padrões de qualidade internacional.
A metodologia é divulgada por meio da planilha do GHG Protocol, que é uma “ferramenta utilizada para entender, quantificar e gerenciar emissões de GEE” originalmente desenvolvida nos Estados Unidos pelo World Resources Institute (WRI).
Para saber mais sobre o Programa Brasileiro GHG Protocol, acesse: http://ghgprotocolbrasil.com.br/
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Iniciando o Processo de Elaboração de um Inventário
Para iniciar o processo, é necessário fazer o download gratuito da Ferramenta Intersetorial do
Programa Brasileiro do GHG Protocol, disponível em http://www.ghgprotocolbrasil.com.br/ferramenta-
de-calculo. Trata-se de uma planilha Excel, sendo a versão mais atual a
“Ferramenta_GHG_Protocol_v2016.1.1”.
Uma vez realizado o download, renomeie a planilha com o CNPJ de sua instituição (sem pontos ou
traços) seguido de underline e o ano de referência das informações prestadas, conforme o exemplo:
se seu CNPJ é 12.345.678/0001-96 nomear a planilha como 12345678000196_2015 para o
inventário de 2015.
Caso sua instituição seja composta por várias unidades assistenciais, cada uma deve utilizar uma
planilha própria e independente. Uma unidade pode ser um hospital, uma unidade básica de saúde
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ou um centro de diagnóstico, desde que caracterizem claramente unidades ou filiais distintas, tenham
CNPJ diferente e/ou se localizem em diferentes endereços. Se sua organização está realizando
inventários em diversas unidades poderá, se desejar, consolidar posteriormente os dados obtidos em
cada unidade em um relatório geral integrado, no entanto, é importante utilizar desde o início
planilhas distintas para cada unidade, para evidenciar o perfil das emissões de GEE de cada uma
delas.
É importante observar que após a inserção de cada dado, a planilha realizará todos os cálculos das
emissões de GEE automaticamente, atualizando o resultado final imediatamente após cada nova
entrada. Esse recurso pode ser útil por dar uma rápida ideia do impacto de determinado item no total
de emissões calculadas até aquele momento. Esta funcionalidade também serve para simular os
efeitos de determinadas medidas que se cogita empregar na redução das emissões, por exemplo, a
substituição de fontes de energia ou a redução do consumo de certos insumos.
Tipos de Emissões
Os Gases de Efeito Estufa (GEE) são emitidos por diferentes fontes primárias. Essas fontes podem
ser agrupadas de acordo com a forma como os gases a ela associados são emitidos, sendo esses
grupos definidos por categorias.
As categorias são classificadas conforme responsabilidade e controle das emissões pela
organização relatora.
Essa diferenciação ocorre com a finalidade de evitar a dupla contabilização da mesma emissão por
organizações diferentes.
Escopo 1 Emissões diretas de GEE
Escopo 2 Emissões indiretas de GEE
Escopo 3 Outras emissões indiretas de GEE
Emissões de responsabilidade e controle direto da organização.
Emissões da geração de eletricidade ou energia térmica adquiridas pela organização e utilizadas nas suas atividades.
Todas as demais emissões indiretas que são consequência das atividades da organização, mas ocorrem em fontes que não são de propriedade ou controladas pela mesma.
Exemplo: emissões da queima de combustível em fontes fixas como: óleo Diesel usado em geradores ou fontes móveis e a gasolina utilizada nos automóveis.
Exemplo: energia elétrica comprada da concessionária conforme fatura.
Exemplo: serviços de transportes terceirizados, tratamento externo de resíduos, viagens de negócios.
Tabela 1 - Escopos das Emissões de GEE
É importante notar que a ferramenta foi planejada para atender às atividades dos mais variados
setores produtivos, o que resulta em grande quantidade de campos menos relevantes, ou mesmo,
não aplicáveis às organizações de saúde.
Este Guia visa auxiliar os gestores, indicando os pontos que requerem mais atenção durante o
preenchimento da planilha e destacando as informações prioritárias a serem apresentadas por uma
unidade de saúde.
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Níveis de Abrangência de um Inventário
A abrangência de um inventário de GEE pode se estender por todas as categorias e escopos,
buscando dados mais detalhados e muitas vezes mais complexos. Nesse sentido, este Guia
estabelece um conjunto de fontes prioritárias para compor um inventário de GEE de uma
organização de saúde segundo critérios de relevância. Esse conjunto de fontes é chamado
[Conteúdo Básico].
Isso não significa que fontes que não aparecem na relação do [Conteúdo Básico] não devam ser
incluídas nos inventários. Os esforços para ampliar a cobertura são sempre positivos.
Visando estimular a produção de inventários progressivamente mais completos e representativos,
bem como subsidiar a permanente discussão sobre abrangência e relevância entre as fontes de
emissões, estabelecemos outro nível, designado [Conteúdo Avançado], conforme a Tabela 2.
Tabela 2 - Níveis de Abrangência do Inventário
Níveis de Abrangência
Escopo Categoria [Conteúdo Básico] [Conteúdo Avançado]
Escopo 1
Combustão estacionária Óleo combustível, óleo diesel, GLP, gás natural, lenha
Combustão móvel Opcional
Gasolina automotiva, óleo diesel, óleo combustível, etanol, GNV, gasolina de aviação, querosene de
aviação
Emissões fugitivas Óxido nitroso
(N2O)
[Conteúdo Básico], gás refrigerante (HFC-134a), recarga de extintores de incêndio, outros gases
refrigerantes
Outras categorias Opcional
Escopo 2
Compra de energia elétrica Sim
Outras categorias Opcional
Escopo 3
Resíduos (Tratamento fora unidade)
Sim
Viagens a negócios Opcional Sim
Outras categorias de escopo 3
Opcional
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A classificação entre [Conteúdo Básico] e [Conteúdo Avançado] busca ainda facilitar o
reconhecimento das fontes prioritárias para as atividades de assistência à saúde, destacando dentre
a variedade de opções oferecidas pela planilha, aquelas que melhor representam as emissões
típicas do setor.
A definição dos níveis de abrangência [Conteúdo Básico] e [Conteúdo Avançado] também tem
como objetivo melhorar a comparabilidade entre os resultados obtidos por diversas organizações, o
que possibilitará estabelecer um benchmarking básico e consistente para o setor. As organizações
que aderirem ao Desafio 2020 poderão fazer parte desse benchmarking a partir do atendimento
integral do [Conteúdo Básico].
Os inventários que não contemplarem todos os campos do [Conteúdo Básico]
serão recebidos como inventários em desenvolvimento, sendo estimulados a
complementar o preenchimento.
O [Conteúdo Avançado] inclui, além do [Conteúdo Básico], a categoria “Combustão móvel”, o gás
refrigerante (HFC 134-A), recarga de extintores de incêndio e outros gases refrigerantes, na
categoria “Emissões fugitivas” e a categoria “Viagens a negócios”, este último muito importante
quando são consideradas organizações com intensa atuação nacional.
!
Observações importantes:
Carbono biogênico:
Para cada categoria de emissão, em cada nível de abrangência, espera-se que seja informada a
respectiva emissão de carbono biogênico. Esse dado é calculado automaticamente pela ferramenta a
partir das informações prestadas e identificado nas tabelas de emissões totais como CO2 – biogênico.
Uma proporção significativa das emissões de CO2 tem origem na queima de biomassa. Sua queima
resulta em emissões consideradas neutras em termos de impacto climático, pois o CO2 é gerado através
de um ciclo biológico e não um ciclo geológico, como no caso do CO2 de origem fóssil.
Nos termos do Protocolo de Quioto, o uso de biomassa e de seus subprodutos como combustíveis
alternativos é considerado uma importante contribuição para a redução nas emissões de GEE.
Biocombustíveis: O consumo de biocombustíveis não é neutro em emissões de GEE, pois também gera
gás metano e óxido nitroso (N2O).
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Estrutura das Categorias
Para auxiliar o preenchimento da planilha, esse Guia apresenta, de forma padronizada, as seguintes
informações de apoio, para cada categoria de emissão:
Definição: dos principais conceitos (quando necessário);
Preparação: indicação das informações a serem coletadas previamente;
Preenchimento: localização na ferramenta do GHG Protocol para inserção das informações
coletadas.
Preenchendo a Planilha do GHG Protocol
O inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) será o produto do preenchimento da planilha do
Programa Brasileiro do GHG Protocol.
Essa ferramenta é dividida em abas, posicionadas na parte inferior da planilha e identificadas pelo
nome e por uma legenda de cores. No cabeçalho de cada aba é possível utilizar o “Menu de
navegação” para ir diretamente à aba selecionada. Os campos para preenchimento estão claramente
identificados pela cor “laranja claro”.
Figura 2 - Tela da aba "Introdução" da planilha
Cada aba da planilha possui orientações específicas, para as quais recomendamos a leitura atenta.
As abas não coloridas “Disclaimer” e “Atualizações” apresentam, respectivamente, o Termo de
isenção de responsabilidade e a lista com as modificações realizadas em relação à versão anterior.
Na aba verde - “Introdução”, preencha o nome e endereço de sua organização, o nome e telefone
do responsável, a data do preenchimento e selecione o ano inventariado.
Atenção: Para cada ano inventariado deve ser preenchida uma nova planilha.
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As abas em azul representam as emissões do Escopo 1 – Emissões diretas – ou seja, as emissões
de responsabilidade e controle diretos da organização como, por exemplo, emissões da queima
de combustível em fontes fixas ou em fontes móveis, como por exemplo veículos automotores.
As abas “Processos industriais” e “Atividades agrícolas” não precisam ser preenchidas, por
não se aplicarem diretamente às atividades das organizações de saúde.
A aba Efluentes e aba Resíduos sólidos, ambas referentes aos efluentes e resíduos tratados
na própria unidade, são de preenchimento opcional e requerem um detalhamento técnico que
deverá levar em consideração as características da instituição e da tecnologia empregada.
As abas em laranja referem-se às emissões do Escopo 2 – Emissões indiretas – que são as
emissões decorrentes da eletricidade comprada da concessionária de distribuição de energia
ou energia térmica adquirida, como vapor. A aba “Compra de Energia Térmica” também não
precisa ser preenchida devido a sua baixa representatividade no setor.
As abas em amarelo tratam das emissões do Escopo 3 – Outras emissões indiretas – que se
referem à todas as outras fontes de emissão atribuíveis à atividade da organização, como serviços
de transportes por empresas terceirizadas/contratadas, tratamento externo de resíduos ou viagens
de negócios.
Ao final de cada categoria desses escopos, apresenta-se o total de emissões de GEE calculado
automaticamente com base nos dados inseridos, incluindo o CO2 - biogênico.
Figura 3 - Tela com o total de emissões calculado por categoria.
As abas em verde ao final apresentam informações gerais, com destaque para a aba Resumo onde
você encontrará os totais de GEE emitidos em cada escopo e categoria. É nesta aba que você vai
conhecer o resultado final do seu trabalho.
O restante das abas em verde são informações de apoio, como: Fatores de Emissão, Fatores
Variáveis e Fatores de Conversão que podem ser observados nas respectivas abas.
Vale mencionar que o preenchimento da planilha é extenso e pode ser realizado em etapas, não
necessariamente na sequência das categorias apresentadas no Guia.
Recomenda-se fortemente que a estrutura e os fatores da planilha NÃO sejam alterados. Deve-se
preencher apenas os locais indicados.
Atenção: Mantenha a mesma fonte de coleta de dados, por exemplo, o consumo de óleo diesel pode
ser fornecido tanto pela área de “Manutenção” quanto por “Contas a pagar”, nesse caso, busque
manter o critério, ou caso mude de um ano para o outro, justifique e ajuste a série histórica de dados
para o novo padrão. Recomendamos utilizar sempre que possível o valor das faturas de compra.
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Combustão Estacionária
Definição
Fontes de combustão estacionárias incluem todas as fontes de emissões de GEE fixas, ou seja,
emissões do consumo de combustível em equipamentos fixos.
Preparação
[Conteúdo Básico]: Levante os dados de consumo dos seguintes combustíveis:
Óleo combustível (litros);
Óleo diesel (litros);
GLP (toneladas);
Gás natural (m3);
Lenha (toneladas).
Para os seguintes usos (conforme aplicabilidade na unidade):
Geração de energia (p.ex. gerador);
Produção de vapor (p.ex. caldeira);
Cocção de alimentos (p.ex. cozinha);
Aquecimento de água (p.ex. boiler).
Preenchimento
Na aba Combustão Estacionária:
1) No campo “Selecione o setor” (linha 36, coluna “D-F”), selecione a opção “Comercial ou
Institucional”;
Figura 4 – Tela da aba “Combustão estacionária” para preenchimento do setor
Combustão móvel
Emissões fugitivas
Compra de energia elétrica
Resíduos sólidos gerados na operação Viagens a negócios Combustão
estacionária
20
2) Na “Tabela 1. Fontes Estacionárias de Combustão” (linha 45, coluna “B”), insira os dados de
consumo de combustíveis indicados em Preparação desse item:
Selecionar o combustível na coluna “Combustível utilizado”.
Cada linha deve conter apenas um tipo de combustível.
Figura 5 - Tela da aba "Combustão estacionária" para preenchimento.
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Combustão Móvel
Definição
Fontes de combustão móveis incluem fontes de emissões de GEE que não possuem localidade
específica, ou seja, aeronaves, veículos automotivos, veículos utilizados no transporte de
documentos e funcionários e em outras atividades sem local fixo.
Observação
Categoria não necessária para completar o [Conteúdo Básico].
Para calcular as emissões decorrentes de viagens a negócios, em aeronaves/veículos de
terceiros, utilize a aba Viagens a Negócios no Escopo 3.
Devem ser informados somente dados da frota própria da unidade e no caso de frota de terceiros
para os serviços de ambulância. Nos casos dos demais serviços terceirizados que utilizam
transporte, esses devem ser relatados em Transporte & Distribuição (Upstream), quando
houver relação com a aquisição de bens e serviços, e em Transporte & Distribuição
(Downstream), quando não houver essa relação. Ambos no Escopo 3.
Preparação
[Conteúdo Avançado] Levante os dados de consumo dos seguintes combustíveis:
Gasolina automotiva (litros);
Óleo Diesel (litros);
Óleo combustível (litros);
Etanol (litros);
GNV (m3);
Gasolina de aviação (litros);
Querosene de aviação (litros).
Para os seguintes usos (conforme aplicabilidade na unidade):
Automóveis;
Motocicletas;
Caminhões;
Aeronaves.
Observação
Além da opção por tipo de combustível, há opções de consumo de combustível por tipo e ano da
frota (litros) – mais precisa – e por distância percorrida por tipo e ano frota (km) – menos precisa.
Somente uma opção deve ser preenchida.
Combustão móvel
Combustão estacionária
Emissões fugitivas
Compra de energia elétrica
Resíduos sólidos gerados na operação Viagens a negócios
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Preenchimento
Na aba Combustão Móvel:
1) Em “Transporte rodoviário” (linha 22, coluna “B”), há 3 opções de preenchimento, somente
uma delas deve ser preenchida. Os exemplos mencionados na seção Preparação desse item
dizem respeito à opção 2.
As 3 opções de tabela para preenchimento estão na ordem da mais precisa para menos precisa em
relação à qualidade da emissão calculada:
Opção 1 (linha 33, coluna “B”) – por tipo e o ano de fabricação da frota de veículos
Opção 2 (linha 97, coluna “B”) - tipo e quantidade de combustível consumido
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Opção 3 (linha 159, coluna “B”) - distância percorrida pela frota.
Em qualquer opção escolhida, os itens aplicáveis à organização devem ser preenchidos em cada
linha, selecionado a partir da lista da coluna “D” e informando os respectivos dados mensais OU
anuais.
2) Em “Transporte aéreo” (linha 356, coluna “B”), os combustíveis aplicáveis à frota da
organização, selecionados a partir da lista da coluna “D”, devem ser preenchidos em cada linha
da Tabela 6.
3) Preencha o consumo de combustível também para os modais ferroviário e hidroviário, se
aplicável.
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Emissões Fugitivas
Definição
Emissões fugitivas incluem todas as emissões não intencionais (ex. por vazamentos) de gases
utilizados para refrigeração, isolamento, nos extintores de incêndio e óxido nitroso (N2O) proveniente
dos gases anestésicos.
Preparação
[Conteúdo Básico]: Levante os dados de compra de:
Óxido nitroso (N2O) (kg)
O óxido nitroso é utilizado na composição de gases anestésicos;
Para a obtenção desse dado, recomendamos adotar a compra total desse gás no ano
inventariado.
[Conteúdo Avançado]: Levante os dados de compra de:
Gás refrigerante HFC-134a, utilizado nos sistemas de refrigeração (kg).
Observação
Indicamos o preenchimento da Opção 1 - Abordagem por Estágio do Ciclo de Vida por tipo de
combustível, por ser mais precisa. Para conhecimento, a Opção 2 - Abordagem por Balanço de
Massa (Compra) e a Opção 3 - Triagem: estimativa baseada em fatores de emissão e taxas de
vazamento padrão dos equipamentos também são formas de coletar as informações para esta
categoria.
Preenchimento
Na aba Emissões Fugitivas:
1) Em “Emissões de Equipamentos de Refrigeração e Ar Condicionado (RAC) e Extintores de
Incêndio”, na “Tabela 1. Emissões de GEE por equipamentos de RAC e extintores - balanço de
materiais por estágio do ciclo de vida” (linha 55, coluna “B”):
[Conteúdo Básico] Óxido nitroso (N2O):
Selecione a opção “Óxido nitroso (N2O)” na linha 60, coluna “B”;
Insira os dados de compra de Óxido nitroso (N2O) (kg) na linha 60, coluna “F”.
Emissões fugitivas
Combustão móvel
Combustão estacionária
Compra de energia elétrica
Resíduos sólidos gerados na operação Viagens a negócios
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[Conteúdo Avançado]: Gás refrigerante HFC-134a:
Selecione a opção “HFC-134a" na linha 61, coluna “B”;
Insira os dados de compra de Gás refrigerante HFC-134a (kg) na linha 61, coluna “F”.
Observação: Caso o gás utilizado na organização não conste entre as opções relacionadas, este
não faz parte do Protocolo de Quioto e logo, não faz parte do escopo do inventário de emissões de
GEE.
Figura 7 - Imagem de tela da “Opção 1. Abordagem por estágio do ciclo de vida” na aba Emissões fugitivas
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Escopo 2 – Emissões Indiretas por Consumo de Energia
Compra de Energia Elétrica
Preparação
[Conteúdo Básico] Levante os dados de consumo de eletricidade:
Energia elétrica comprada (kWh) mensal ou anual, para a unidade inventariante.
Essa informação consta na fatura de energia elétrica.
Preenchimento
[Conteúdo Básico] Na aba Compra de Energia Elétrica:
1) Preencher em Sistema Interligado Nacional (SIN) a energia elétrica comprada (em kWh) mensal
(Tabela 1, linha 36, coluna “D”) ou anual (Tabela 1, linha 36, coluna “P”).
Figura 8 - Tela da opção "Sistema Interligado Nacional (SIN)" na aba Compra de Energia Elétrica.
Preencher com dados somente da unidade inventariante, e não com dados de outras
unidades de um membro grupo;
Somente as organizações da região amazônica devem inserir dados em Sistema Isolado do
Amazonas (linha 121, coluna “B”).
Compra de Energia Elétrica
Emissões fugitivas
Combustão móvel
Combustão estacionária
Resíduos sólidos gerados na operação Viagens a negócios
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Escopo 3 – Outras Emissões Indiretas
Resíduos sólidos na operação
Preparação
[Conteúdo Básico] Levante os dados de geração de resíduos sólidos:
Toneladas de resíduos sólidos destinados para aterros;
Toneladas de resíduos sólidos destinados para compostagem;
Composição dos resíduos (conforme Passo 3 dessa seção), caso não seja possível essa
estimativa, adotar o padrão indicado.
Observação
Os resíduos sólidos enviados a reciclagem não devem ser considerados.
Preenchimento
Na aba Resíduos sólidos da operação:
1) Em “Resíduos aterrados”, no “Passo 1. Dados do local de disposição final dos resíduos“:
preencha o “Estado (UF)” (linha 50, coluna “D-F”) e o “Município” da unidade (linha 51, coluna “D-F”).
Os dados de precipitação anual [mm/ano] e temperatura anual média [°C] serão preenchidos
automaticamente.
2) No “Passo 2. Dados de atividade da organização inventariante”: insira a quantidade de
resíduos sólidos enviados para aterro no ano (em toneladas) (linha 63, coluna “E”).
Figura 9 - Tela dos Passos 1 e 2 da opção "Resíduos aterrados" na aba Resíduos sólidos da operação.
Resíduos sólidos gerados na operação
Emissões fugitivas
Combustão móvel
Combustão estacionária
Compra de energia elétrica Viagens a negócios
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3) No “Passo 3. Dados da composição do resíduo”: insira a estimativa (%) para cada categoria de
resíduo gerado em sua unidade nas células da coluna “E”, linhas 75 a 81.
Caso não possua essa estimativa, utilize o padrão de acordo com a realidade da unidade de saúde
em relação ao padrão de reciclagem, conforme tabela abaixo. Por exemplo, caso o hospital faça a
reciclagem de secos e orgânicos, utilizar a primeira coluna de percentuais.
A tabela abaixo foi desenvolvida com base na combinação de referências da literatura com dados
empíricos fornecidos por membros do PHS. Os valores adotados para cada categoria de unidade
hospitalar visam gerar resultados que reflitam diferentes situações. Destacamos que os valores
adotados foram adaptados para melhor adequação à ferramenta do GHG, de forma que sua
aplicação deve ser exclusiva à este contexto pois não refletem com precisão a real gravimetria dos
resíduos de serviços de saúde, e sim, apresentam valores que emulam o potencial de emissões
desses resíduos.
Ainda que esta solução tenha limitações e não apresente a precisão de uma análise gravimétrica
realizada com resíduos da própria unidade, entendemos que atende à proposta de proporcionar uma
avaliação inicial acessível.
A - Hospital com reciclagem
(secos e orgânicos)
B - Hospital com reciclagem
(secos)
C - Hospital com reciclagem (orgânicos)
D - Hospital sem reciclagem
Composição do resíduo Percentual (%) Percentual (%) Percentual (%) Percentual (%)
A – Papéis / papelão 9,0% 9,0% 13,0% 12,0%
B – Resíduos têxteis 1,0% 1,0% 1,0% 1,0%
C – Resíduos alimentares 23,0% 29,0% 22,0% 27,0%
D – Madeira 2,0% 2,0% 2,0% 2,0%
E – Resíduos de jardim e parque
4,0% 3,0% 3,0% 3,0%
F – Fraldas 2,0% 2,0% 2,0% 2,0%
G – Borracha e couro 1,0% 1,0% 1,0% 1,0%
Outros materiais inertes 58,0% 53,0% 56,0% 52,0%
Tabela 3 - Composição dos resíduos sólidos para o setor saúde
Observação
Devem ser excluídos da estimativa os resíduos enviados para reciclagem;
Resíduos enviados para compostagem ou incineração devem ser preenchidos nos
respectivos campos, descritos adiante nessa seção;
Resíduos enviados para autoclavagem ou outros tratamentos térmicos sem queima
devem ser considerados nessa estimativa;
Resíduos plásticos, como embalagens de produtos de limpeza, remédios e cosméticos e
luvas nitrílicas devem ser preenchidos na categoria “Outros Inertes”;
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Luvas de látex devem ser preenchidas na categoria “G - Borracha e couro”;
Fraldas e absorventes devem ser preenchidos na categoria “F – Fraldas”.
4) No “Passo 4. Qualidade da disposição de resíduos [MCF¹]”, na linha 97, coluna “E”, informe a
classificação do aterro para onde os resíduos de sua unidade são enviados.
Essa informação pode ser obtida em pesquisa na internet e por meio da concessionária de
abastecimento e saneamento público que atenda seu município;
Caso não seja possível atestar a classificação do aterro, selecione a opção “A”.
Na linha 102, coluna “D”, caso não saiba a Concentração do biogás, não será necessário
preencher esse campo.
Figura 10 - Tela do Passo 4 da opção "Resíduos aterrados" na aba Resíduos sólidos da operação.
5) No Passo 5. Recuperação de CH4, na linha 108, coluna “E”, informe “Sim” ou “Não” para a
existência ou não de recuperação de metano no aterro para onde os resíduos de sua unidade são
enviados.
Essa informação pode ser obtida em pesquisa na internet e por meio da concessionária de
abastecimento e saneamento público que atenda seu município;
Caso desconheça, selecione a opção “Não”.
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Figura 11 - Tela do Passo 5 da opção "Resíduos aterrados" na aba Resíduos sólidos da operação
6) Em “Compostagem anaeróbica”, no “Passo 1. Quantidade de resíduo destinado a
compostagem”: insira a quantidade de resíduos sólidos enviados a compostagem (toneladas) (linha
131, coluna “F”).
Caso não haja compostagem, deixe esse passo em branco;
Os demais passos nessa seção não precisam ser preenchidos, pois será adotado um
default (padrão).
Figura 12 - Imagem de tela da opção "Compostagem anaeróbica" na aba Resíduos sólidos da operação.
7) Em “Incineração”: preencha na linha 163, colunas “D-F”, as emissões de CO2, CH4 e N2O, em
toneladas.
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Essas informações podem ser calculadas por meio da metodologia do Intergovernmental
Panel on Climate Change (IPCC) (2006), em conjunto com o prestador de serviço de
incineração;
Caso não seja possível realizar essa estimativa, não será necessário preencher esses
campos.
Figura 13 - Tela da opção "Incineração" na aba “Resíduos sólidos da operação”.
33
Viagens a Negócios
Definição
Viagens a negócios incluem as emissões de transporte de funcionários para atividades
relacionadas aos negócios da organização inventariante, realizado em veículos operados por ou de
propriedade de terceiros, tais como aeronaves, ônibus e automóveis de passageiros e, se houver,
trens e embarcações.
O deslocamento de funcionários (casa-trabalho) deve ser contabilizado na Categoria 7, podendo
utilizar as mesmas ferramentas que serão mostradas a seguir.
Observação
Podem ser incluídos nesta categoria funcionários de outras entidades relevantes (por exemplo,
prestadores de serviços terceirizados), assim como consultores e outros indivíduos que não são
funcionários da organização inventariante, mas que se deslocam às suas unidades.
Preparação
[Conteúdo Avançado]: Levante os dados de:
Distância percorrida (km) por funcionários (e/ou prestadores, consultores, entre outros,
conforme definição do escopo) para Viagens a negócios, por transporte aéreo, rodoviário ou
automotivo.
Para o cálculo das emissões do transporte de funcionários em atividades relacionadas ao negócio da
organização inventariante, utilize a "Ferramenta auxiliar para cálculo de emissões de transporte
fracionado”, disponível em: http://www.ghgprotocolbrasil.com.br/ferramenta-de-calculo
Preenchimento
Na aba Viagens a negócios:
1) Para viagens em avião, metrô, ônibus ou trem, utilize a “Ferramenta auxiliar para cálculo de
emissões de transporte fracionado”, sendo apenas a Tabela 1 das abas “Avião (passageiros)”,
“Metrô”, “Ônibus”, “Trem (passageiros)”, respectivamente.
Insira o total das emissões de CO2, CH4 e N2O (sempre que forem emitidas) nas células
correspondentes na Ferramenta Intersetorial (linhas 70, 71 e 72 da coluna “E”), na aba "Categorias
de Escopo 3" e tabela da Categoria 6 (Viagens a negócios).
2) Para viagens em automóveis (por exemplo: taxi, automóvel alugado ou qualquer outro automóvel
de passageiro com um condutor que não seja de propriedade da organização inventariante) utilize a
aba “Combustão móvel” do Escopo 1, na opção “Transporte rodoviário”, para calcular as emissões
específicas de cada coluna (CO2, CH4, N2O, CO2e, CO2 – biogênico).
Viagens a negócios Resíduos sólidos gerados na operação
Emissões fugitivas
Combustão móvel
Combustão estacionária
Compra de energia elétrica
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Insira o total das emissões de GEE nas células correspondentes na Ferramenta Intersetorial (linhas
70, 71 e 72 da coluna “E”), na aba "Categorias de Escopo 3" e tabela da Categoria 6 (Viagens a
negócios).
Observação: caso tenha emissão de diversos tipos de meios de transporte, é necessário realizar a
soma das emissões de CO2, CH4, N2O, CO2e, CO2 – biogênico para inserir na tabela da Categoria 6
(Viagens a negócios), aba "Categorias de Escopo 3" da Ferramenta Intersetorial.
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Outras Categorias de Escopo 3
Definição
Observar as definições e exemplos em para cada subcategoria apresentada em: https://s3-sa-east-
1.amazonaws.com/arquivos.gvces.com.br/arquivos_ghg/133/GHG_Categorias-Esc0opo3-definicao-
curta_final.pdf
Preparação
O preenchimento dessas categorias não é necessário para o [Conteúdo Básico] ou [Conteúdo
Avançado].
Observação
As categorias Transporte & Distribuição (Upstream) e Transporte & Distribuição (Downstream)
possuem abas próprias para o preenchimento.
As categorias abaixo, são preenchidas na aba Categorias de Escopo 3. Nesses casos, atentar para
os comentários e exemplos de cada categoria.
Bens e serviços comprados
Bens de capital
Atividades relacionadas com combustível e energia não inclusas nos Escopos 1 e 2
Deslocamento de funcionários (casa - trabalho)
Bens arrendados (a organização como arrendatária)
Bens arrendados (a organização como arrendadora)
Processamento de produtos vendidos
Uso de bens e serviços vendidos
Franquias
Investimentos
Emissões de Escopo 3 não classificáveis nas categorias 1 a 15
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Envio dos Dados da Planilha
Procedimento para envio das informações, após a conclusão de seu inventário:
1) Renomear a planilha com o CNPJ de sua instituição (sem pontos ou traços) seguido de underline
e o ano de referência das informações prestadas, conforme o exemplo: 1318993400165_2014.
2) Acessar o site do PHS www.hospitaissaudaveis.org na área para membros. Acessar a página
“Desafio 2020: Gestão das emissões de GEE” e clicar em “Envio dos dados de emissões de GEE”.
Na página que se abrirá, clicar em “Dados de emissão de GEE na instituição”. Então, deve-se
preencher o formulário e realizar o upload da planilha.
Reiteramos que as informações prestadas serão tratadas de maneira confidencial. Posteriormente,
assim que houver um número suficiente de inventários, um estudo de benchmarking setorial será
elaborado, no qual os dados dos participantes serão apresentados de maneira anônima, salvo prévia
autorização da organização inventariante.
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Crédito das imagens
Geleiras: https://www.pexels.com/photo/climate-cold-glacier-iceberg-2969/
Painéis solares e torres eólicas: https://www.flickr.com/photos/99206485@N02/12648929455
Links úteis
Definições de subcategorias do escopo 3:
https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/arquivos.gvces.com.br/arquivos_ghg/133/GHG_Categorias-
Esc0opo3-definicao-curta_final.pdf
Ferramenta de cálculo de emissões:
http://www.ghgprotocolbrasil.com.br/ferramenta-de-calculo
GHG Protocol Brasil:
http://ghgprotocolbrasil.com.br/
Política de Privacidade – PHS:
http://www.hospitaissaudaveis.org/politicadeprivacidade.asp
Projeto Hospitais Saudáveis:
www.hospitaissaudaveis.org
Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis:
http://www.hospitaissaudaveis.org/rede_gobal_hospitais_verdes_e_saudaveis.asp
Saúde sem Dano:
https://saudesemdano.org/