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des- alinhado Nº 54 | DEZEMBRO DE 2015 | 1 LETRA © NAZARÉ ÁLVARES

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Nº 54 | DEZEMBRO DE 2015 | 1 LETRA

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ARÉ

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Editorial ......................................................| 03A Escola em Notícia .......................................| 04Os Nossos Clubes ...........................................| 14O Mundo à Nossa Volta ...................................| 15Os Nossos Escritores ......................................| 18Os Nossos Críticos .........................................| 20A Voz dos Pais ..............................................| 21Quem Fala Assim ...........................................| 22Última Página ...............................................| 24

ÍNDICE

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FICHA TÉCNICA

Neste número do Jornal, colaboraram alunos, pro-fessores, assistentes operacionais e a Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Se-cundária de Inês de Castro.

Paginação: Direção de Comunicação e Marketing.

18 de novembro | 30 Anos de ESIC

EFEMÉRIDE

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A nossa escola tem vindo a concretizar ações que a dignificam, de tal forma que o seu reconhecimento público a coloca num patamar de qualidade.A nossa essência deve permanecer, pois só assim re-unirá condições de continuidade sustentável.À nossa volta, haverá sempre quem acompanhe o nos-so suave caminhar, desconhecendo o quão difícil foi o desbravar caminhos para a legítima qualidade.Não nos interessa correrias, mas antes suaves passei-os pela aprendizagem paulatina, sabedores dos ritmos muitas vezes desconcertados dos nossos membros da orquestra que fazem vibrar as cordas do violão escolar.Aqui e ali, haverá sempre vozes e olhares discordantes, resultantes das idiossincrasias, sendo certo que o mais certo é que o desfecho trará sempre consigo uma manta de coisas boas, que servirá no futuro para um deleite frutuoso, sob um carvalho verdejante, numa

O Peso do Sucesso

EditorialAgostinho Sequeira Guedes | Diretor da ESIC

EDITORIAL

sinfonia de sabores, cujo desfecho será sempre uma novidade.Para bem da nação, seja feita a vontade de todos aqueles que anseiam por um Portugal mais esclareci-do, assente numa formação inicial académica adequa-da, sem vaidades, sem invejas!Nós, a comunidade da ESIC, saberemos dar corpo às linhas orientadoras em curso, de forma responsável e conducente ao desígnio último que visa, natural-mente, a felicidade dos nossos jovens.Faço um apelo a todos vós: ensinai e aprendei! O Saber é uma bondade para satisfação daqueles que querem conhecer o universo!Para concluir esta reflexão, acrescento: jovens, vós não estais sós! Os vossos professores são o Portal do vosso futuro; por isso, acreditai no sucesso!Eu acredito!

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A ESCOLA EM NOTÍCIA

contras-te no TCP. O que é que te motiva para continu-ar a praticar esta modalidade?A minha motivação prende-se, sobretudo, com as relações que criei com o meu mestre e os meus companheiros de equipa.

Quais os títulos que conquistaste até agora? Qual é a tua graduação atual?Até agora, conquistei um 2.o lugar no Open Internacio-nal de Ponte Vedra, dois 3.os lugares em dois Open’s de Portugal, um 1.o lugar no Campeonato Distrital, um 3.o lugar no Campeonato Nacional, um 1.o lugar no Open de Peniche e outro 1.o lugar no Open de Lourosa. Neste mo-mento, sou 1.o Dan credenciado pelo Kukkiwon.

Tiago, qual foi a influência que o taekwondo teve na tua vida?Bem, o Taekwondo deu-me grandes noções de humildade, cooperação e respeito para com os outros.

Para terminar, o que achaste da organização deste Workshop?A meu ver, este workshop não só possuiu uma organização excelente, devido a uma grande equipa que contou com o grande apoio da nossa professora de GPPD. Sem a profes-sora Eugénia, esta experiência magnífica não seria, certa-mente, possível.

Nos dias 8 e 15 de outubro, pelas 14h20min, foi realizado um workshop de Taekwondo na Escola Secundária de Inês de Castro, integrado na disciplina de Gestão de Programas e Projetos Desportivos (GPPD). Este workshop foi dirigido pelo aluno Tiago Soares, de 15 anos, do 10º ano, turma F, do Curso de Apoio à Gestão Desportiva, praticante de Taekwondo há 12 anos.Tivemos oportunidade de falar com o Tiago, para trocar-mos impressões com ele sobre a sua vida pessoal e profis-sional.

Para dar início à nossa conversa, gostava que me des-ses uma rápida definição de taekwondo.Taekwondo, para mim, significa perseverança, espírito in-domável, autodomínio, cortesia e integridade.

O que te levou a iniciar a prática de Taekwondo?O que me levou a iniciar a prática deste desporto foi a ne-cessidade de acalmar a minha hiperatividade e aumentar a minha concentração.

Que clubes já frequentaste? De todos, qual foi aquele em que mais evoluíste?Já frequentei o Taekwondo Clube de Portugal (TCP) e o SC Braga, tendo sentido que a evolução foi maior no TCP.

Neste momento, continuas a praticar Taekwondo e en-

A importância do Taekwondo na vida de um jovemAntónio Joaquim, nº2 | Francisca Peixoto, nº11 | 10ºF

Na manhã do passado dia 12 de junho, realizou-se um Encontro Pedagógico na ESIC, dedicado à Supervisão em Colaboração, no qual se pretendeu efetuar uma retrospetiva do Percurso da Supervisão na Escola, des-de a década de 90 até à atualidade.

Foi realçada a importância que a criação do Conselho de Supervisão assumiu, não só no exercício da formação inicial, mas também na dinamização da Formação In-terna creditada na ESIC, através do incremento das Oficinas Pedagógicas, dirigidas às diferentes áreas dis-ciplinares e à área da Supervisão em Colaboração.

A dinamização do primeiro momento deste Encontro fi-cou a cargo da Drª. Alcina Ramos, a qual, para além de ser o membro do Conselho de Supervisão com mais anos de experiência na Escola, é docente de História. Poste-riormente, a Drª. Eugénia Silva apresentou um resumo da Oficina Pedagógica - Supervisão em Colaboração,

Encontro PedagógicoProfªs Alcina Ramos e Eugénia Silva

que não só visa edificar a cultura colaborativa, como pretende potenciar o dispositivo que a observação de aulas multidisciplinar pode assumir, enquanto estraté-gia de desenvolvimento pessoal e profissional.

Ao longo do tempo, a Oficina Pedagógica foi ganhando contornos de Projeto de Supervisão em Colaboração. Esta iniciativa teve como objetivo divulgar a génese e desenvolvimento desse mesmo Projeto, para o qual muito tem contribuído o trabalho realizado pelas do-centes que nele têm participado.

A partilha do refletido na Oficina Pedagógica, bem como daquilo que se espera venha a ser a sua Con-tinuidade - Formação em Rede , foi também difundido.Estamos crentes de que esta iniciativa foi ao encontro daquilo de que os Professores precisam: Espaço de Re-flexão para “Pensar a Escola”.

É bastante útil para nós, estudantes universitários, podermos participar neste tipo de atividades, que nos enriquecem, não só a nível profissional, mas também pessoal, e é muito importante que não des-perdicemos estas oportunidades… Não quero sair da faculdade a saber apenas Matemática! Há muitas

componentes para além do estudo que devem fazer parte da tua vida académica, para que tenhas um futuro cheio de sucesso. E nunca te esqueças… O teu futuro começa hoje!

Pelo terceiro ano consecutivo, os Criativos ESIC foram selecionados para participar na final da competição na-cional de Criatividade (OC2015), organizada pelo Torrance Centre Portugal, com uma equipa composta pelos seguintes alunos do ensino secundário: Bruna Remelga-do, Gonçalo Ferraz, Pedro Apura e Pedro Alves. Este evento realizou-se em abril de 2015, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Por-to. A referida equipa concorreu na modalidade de Assuntos Globais e obteve dois prémios, a saber:

- 1º lugar em Assuntos Globais, 1ª divisão, escalão Sénior (a par-tir de uma pequena história passa-da no futuro, os alunos idealizam desafios e escolhem um, partindo em seguida para a busca de uma

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A ESCOLA EM NOTÍCIA

Parabéns, Criativos ESIC!Prof.ª Cristina Sousa e Pedro Apura | nº18, 12ºA

No dia 10 de novembro de 2015, o jornalista Mário Au-gusto veio à nossa escola para falar sobre a história e evolução do cinema a algumas tur-mas do ensino básico.O jornalista do programa “Janela In-discreta”, da RTP, veio à ESIC con-tar-nos como tudo começou no ci-nema. Ao mesmo tempo, mostrou-nos alguns pequenos excertos de filmes antigos que nos fizeram rir, como, por exemplo, “O primeiro bei-jo” ou “Os primeiros áudios”. Também nos falou sobre a história

Mário Augusto na ESICAna Oliveira | nº2 | 7ºF

solução criativa e futurista para o mesmo)

- 1º lugar em Plano de Ação em Sketch, 1ª divisão, es-calão Sénior (uma espécie de drama-tização, onde a equipa mostra a solução encontrada para resolver o desafio escolhido de uma forma in-teligente e divertida, de forma a en-treter o público). Durante o evento, os alunos tiveram, ainda, oportunidade de participar em palestras sobre assuntos da atu-alidade, dos últimos avanços da neu-

rologia, passando pelo ColorADD, um sistema de legenda para pessoas daltónicas, por exemplo. A obtenção destes prémios engloba um convite para par-ticipar na Conferência Internacional do Future Problem Solving Program Internacional (IC 2016), que se re-alizará no próximo ano, nos Estados Unidos da América.

TESTEMUNHO

Chamo-me Francisca Frias e sou ex-aluna da Escola Secundária de Inês de Castro, onde fiz parte do projeto CriAtivos ESIC. (Aconselho todos os alunos a informarem-se sobre ele).Neste momento, estou no segundo ano da Licenciatura em Matemática e, recentemente, participei nas Jornadas de Em-preendedorismo Diogo Vasconcelos 2015, evento organizado pela Federação Académica do Porto, que se realizou em ou-tubro.Para além de ter aprendido imenso, a equipa da qual fiz parte desenvolveu uma ideia bastante inovadora, que nos fez ven-cer estas Jornadas. Devo dizer que a criatividade nos serviu de muito em todo o processo.

Francisca Frias | Estudante universitária, ex-aluna da ESIC

da aposta entre os irmãos Lumière, considerados uns dos fundadores do cinema e conhecidos como “os irmãos tei-

mosos”. Um defendia que o cavalo a galope ficava sempre com uma pata no chão e o outro insistia no argu-mento de que o cavalo ficava sem nenhuma pata no chão. E foi assim que eles construíram uma máquina com uma sequência de fotos que dava a sensação de que o cavalo, a certa altura, ficava mesmo sem ne-nhuma pata no chão. Ouvimos, também, que as primeiras

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A ESCOLA EM NOTÍCIA

ficámos ainda a saber que uma boa história pode dar um bom filme e que um mau filme nunca poderá vir de uma má história.Divididas por duas sessões, tiveram a possibilidade de ouvir este especialista em cinema as turmas do 7.º, 8.º e 9.º anos que vão participar no Plano Nacional de Cinema (PNC), em que, neste ano le-

tivo, a nossa Escola vai participar pela primeira vez.

imagens em movimento fo-ram apresentadas em Paris, em 1895, mostrando um com-boio em andamento e pes-soas a mexerem-se. Quando os expectadores viram este pequeno filme na sala onde estavam, começaram a levan-tar-se, porque pensavam que o comboio ia entrar por lá dentro.Mas não foi só isto que Mário Augusto nos apresentou sobre a história do cinema:

Surf e BodyboardO grupo/equipa de Surf e Bodyboard, no seu sexto ano de existência, liderado pelo professor Manuel Rui, teve dois níveis de aprendizagem: iniciados e alunos inter-médios/avançados.Foram realizados três encontros regionais, na praia de Matosinhos, em fevereiro e maio. Os alunos mais evoluídos foram representar a nossa escola aos campe-onatos nacionais, em maio, atividade que se realizou na praia de Carcavelos. Destacamos os resultados obti-dos nas meias finais de surf juvenil por Filipe Justiça e Jorge Antão.Finalmente, realce para os alunos-juízes Catarina Gomes e Ricardo Soares, que tiveram uma excelente prestação no palanque de julgamento no nacional.

BadmintonNo presente ano letivo, o grupo/equipa de Badminton foi liderado pelos professores Cláudia Fernandes, no escalão de iniciados, e António Santos, no escalão de juvenis.Este grupo, que iniciou a época de treinos em setem-bro, realizou, em outubro, um torneio de abertura, para conquistar diversos alunos para a modalidade. Também nesse mês, foi dinamizada uma mostra de desporto es-

A ESIC sempre em forma! Profs Manuel Rui Silva | Joana FélixCláudia Fernandes | Paulo Santos | Tiago Mendes

colar nas modalidades que a escola oferece/representa. Participámos em 6 jornadas do torneio Gaiamar do desporto escolar, entre os meses de novembro e feve-reiro. O torneio culminou com a participação de uma aluna/atleta na final CLDE, que se realizou em maio, na Esco-la Secundária Garcia de Horta: Marisa Santos - inicia-dos femininos.Destaque ainda para os alunos Ângelo Alves e Rute Moreira, que, no escalão de iniciados, conquistaram terceiros lugares em algumas das jornadas; e também para as alunas Catarina Teixeira e Sandra Rocha que, no escalão de juvenis chegaram, por diversas vezes, às meias-finais. De realçar o elevado número de alunos inscritos e de presenças em cada treino, o que motiva a continuidade do grupo no próximo ano letivo.

GolfeOs treinos de golfe decorreram às sextas-feiras, das 17h00 às 19h00, no pavilhão da Escola Secundária Inês de Castro e no Campo da Quinta do Fojo.Iniciamos a época de treinos em setembro e em outubro realizamos um torneio de abertura, a fim de conquistar

Carlos Gonçalves, Campeão Regional de Juniores no corta-mato regionalno Parque da Cidade, fevereiro 2015

Equipa de Badminton, atividade organizada na nossa escola.

Golfe nos Nacionais com Pedro Quinta, com um honroso 3ºlugar.

Futsal feminino, Campeãs regionais e 4º lugar no Nacionais em Lisboa, Maio de 2015

ESIC e a representação Norte Surf e Bodyboard nos Nacionais em Carcavelos, maio 2015

Grupo de Atividades Rítmicas Expressivas no sarau da ESIC, junho 2015

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A ESCOLA EM NOTÍCIA

diversos alunos para as modalidades. No Golfe, participámos em 6 jorna-das: no dia 11 de dezembro, na Quinta do Fojo; no dia 9 de fe-vereiro, no Oporto – Espinho; no dia 17 de março, na Quinta da Bar-ca; no dia 27 de abril, na Estela Golfe; no dia 28 de abril, Regional de Juvenis de Golfe - Axis Golfe de Ponte de Lima; e nos dias 14 a 17 de maio, no Nacional no Campo do Paço do Lumiar, em Lisboa.Os resultados foram muito bons, uma vez que mere-ceram diversas medalhas, destacando-se o 1ºlugar em net nos regionais e o 3ºlugar em net nos Nacionais, alcançados pelo aluno Pedro Quintã.O aspeto mais negativo deste ano foi a organização e as datas dos torneios; o aspeto mais positivo, os resultados obtidos pelos alunos.

Futsal FemininoCom um apuramento direto para o Torneio Futsal CLDE como campeãs do CLDE, a nossa e-quipa teve uma participação brilhante. Este grupo - equi-pa de Futsal Feminino - foi um enorme sucesso, tendo as alunas demonstrado um grande empenho, caráter e vontade de vencer. Estiveram envolvidas 25 alunas do escalão de Juvenis, durante toda a fase de treinos e jogos. As alunas com-portaram-se sempre muito bem, mostraram grande interesse e apre-sentaram uma grande evolução rela-tivamente aos elementos técnicos e tácticos da modalidade. Através dos vários encontros, as-sistimos a uma fantástica promoção da modalidade, tendo ficado prova-do, mais uma vez, que este é um desporto de eleição a todos os níveis. Aquando do último jogo desta 1ª fase da moda-lidade, realizada em Santa Maria da Feira, assistimos a uma enorme envolvência por parte de todos. De realçar a magnifica exibição das nossas atletas, culminando numa magnífica festa com a participação de todos os envolvi-dos no projeto e com a consagração da nossa equipa, que se tornou campeã!!Destaca-se o merecidíssimo 1º lugar da fase única do quadro competitivo do CLDE Porto no escalão de Juvenis femininos e o excelente 1º Lugar e respetivo título de campeãs regio-nais!De realçar, ainda, a participação

do nosso árbitro (aluna da escola - Margarida Lopes), que, com rigor na aplicação dos regulamentos espe-cíficos elaborados para este efeito, fez cumprir sempre os regulamentos da modalidade.Com o título alcançado de Campeãs Regionais, a nossa equipa represen-tou a Zona Norte nas Finais Nacio-nais em Lisboa. Apesar do 4º lugar,

a nossa equipa demonstrou um excelente Futsal, e as alunas mostraram um empenho acima da média. Mais uma vez, ficou patente uma enorme entrega por parte de todas e um espírito de equipa invulgar, demonstrando

que o título de Campeãs Nacionais estava perfeitamente ao nosso al-cance. No entanto, serviu também esta participação para as alunas/atletas elevarem o seu nível de conheci-mentos e vivenciarem novas situ-ações. Resta-nos continuar a lutar e treinar para que sejamos melhores.

Dança/ Atividades Rítmicas Expressivas (ARE)O grupo/equipa de Atividades Rítmicas Expressivas, no seu segundo ano de existência, liderado pela professora Joana Félix, participou na competição de nível básico, conseguindo, entre 24 escolas da região do Porto, um honroso quinto lugar. Participaram assiduamente vinte alunas. Foram realiza-

dos três encontros regionais, em Águas Santas, Valongo e Póvoa de Varzim, e Gondomar.

Durante o ano letivo 2014/2015, o grupo participou e dinamizou os seguintes eventos: -Exposição “Escolas no Te-atro”(video), Teatro Carlos Alberto, outubro 2014

-“Casa Assombrada”, Harhui, ESIC, dezembro 2014-Dia da árvore, Solusel, Canidelo, março 2015-IV Encontro DE- ARE, Gondomar, abril 2015-Ida ao Teatro Nacional São João para assistir ao bailado “Terra”, de Olga Roriz, abril 2015

-Dia do Japão - Harhui, ESIC, maio 2015-Sarau do Departamento de Ex-pressões, ESIC, junho 2015-Dia Medieval, ESIC, junho 2015-Férias desportivas, Curso Intensivo de Técnica de Dança, julho 2015

Ao todo, foram apresentadas 5 co-reografias ao longo do ano letivo.

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Visita à Polónia (Niegowa) - 27 de abril a 1 de maio1º dia - Porto – Londres ( Stansted) –Katowice (aero-porto) – Niegowa

Partida do Aeroporto Francisco Sá Carneiro com destino a Stansted às 06.35hChegada a Stansted às 09.00hStansted para Katowice – partida às 11.20hChegada a Katowice às 14.35h (hora local)

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A ESCOLA EM NOTÍCIA

A nossa escola candidatou-se a mais um projeto euro-peu e mais uma vez temos, por dois anos, um projeto ligado ao ambiente:“ CITIES ON RIVERS”. Neste projeto, coordenado pela Roménia (Suceava), para além de Portugal (Vila Nova de Gaia), participam ainda a Polónia (Bydgoszcz), Espanha (Navalcarne-ro), Turquia (Antália) e Itália (Coreggio). Os objetivos principais são a consciencialização da comunidade em geral para a importância dos rios e para o entendimen-

ERASMUS + | UM NOVO PERCURSOProf.ª Gabriela Reis | Coordenadora ERASMUS+ em Portugal

to dos mesmos como um elemento natural, cultural e histórico. Entre os dias 11 e 13 de novembro, ocorreu o primeiro encontro transnacional do projeto. Este encontro teve lugar em Antália e nele participaram as professoras Ga-briela Reis e Ana Antão, bem como o diretor Agostinho Guedes. Foi essencialmente um encontro de trabalho e de consciencialização da importância do rio Manavgat em todas as suas vertentes.

Projeto Parcerias Multilaterais Profs. Elda Martins | Gabriela Reis | João Magalhães | Jorge MargaridoManuela Azevedo | Manuela Magalhães | Maria José Gomes

Diferença horária: mais 1 hora na Polónia.Chegados a Katowice, estava um motorista de táxi à nossa espera para nos levar para Lesniow, onde se encontrava o grupo grego, eslovaco, finlandês e polaco a almoçar. O grupo português era constituído por seis alunos (três do 9ºano e três do 11º ano) e duas docentes.A viagem durou mais ou menos uma hora.Após os cumprimentos e apresentações, fomos em direcção a Niegowa, onde as famílias esperavam os nossos alunos.

Este projeto terminou após dois anos de vigência (2013/2015), tendo alunos e professores visitado os seguintes países: Itália, Finlândia, Alemanha, Áustria, Polónia e Turquia (estes dois últimos, já no ano de 2015).Temos um blogue que todos podem consultar: esicte-mas1315.blogspot.com e onde muitos alunos se vão, certamente, rever nas diferentes atividades realizadas na ESIC.Podem, igualmente, ver o filme das atividades que decor-reram de 10 a 14 de maio de 2014, realizado pelos nos-sos alunos do curso profissional de Multimédia nesse ano. https://www.youtube.com/watch?v=xbjb2LGpfxM&fea-ture=em-upload_ownerOutro filme, feito especialmente para apresentação da

nossa escola em Itália, em 2013: https://www.youtube.com/watch?v=IUgH7_MBVD8&feature=em-upload_ownerPara complemento do nosso trabalho, existe ainda um DVD na ESIC com pequenos filmes dos 10 países intervenientes no projeto. Este trabalho foi concluído pelo aluno Nuno Fonseca, finalista do curso profissional de Multimédia em 2014.Por outro lado, podem aceder a:https://drive.google.com/open?id=0Bw7UhsV2CBXxVXRRb-mptbXU1ZzQMais uma vez, agradecemos a todos os alunos, professores, funcionários, Direção da Escola, autarquias e Câmara Mu-nicipal de Gaia pelo apoio incondicional prestado desde o primeiro momento da implementação deste projeto.

Projeto Parcerias Multilaterais:Visitas à Polónia e Turquia

Prof.ª Maria José Gomes | Coordenadora do Projeto

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A ESCOLA EM NOTÍCIA

Os professores ficaram alojados numa “guesthouse”.O grupo de Itália, por motivos de atraso no voo, só che-gou no dia seguinte.

2º dia – Niegowa

Após o pequeno- almoço, seguimos para a escola.

Chegados à escola, fomos recebidos pela coordenadora do projeto e pela Diretora. As aulas começam às 8:15h e terminam às 15:00h, tendo a duração de 45 minutos. As turmas são constituídas, no máximo, por 20 alunos.Todos os parceiros já estavam na posse do programa para a semana. Às 9.00h, os professores que viajaram até à Polónia (da Eslováquia, Portugal, Grécia, Finlândia e Itália) dis-tribuíram-se pelas salas que lhes tinham sido atribuídas, para uma apresentação do seu país.

Às 10h, deu-se a abertura oficial da reunião. Tomou a pa-lavra a diretora, a coordenadora polaca do projeto e algu-mas entidades.Seguidamente, cada país apresentou-se. Os alunos pola-cos aproveitaram este encontro para mostrarem o vídeo que tinham realizado aquando da sua estada na Grécia.

Por volta das 10.30h, os alunos praticaram algumas ativi-dades desportivas, enquanto os coordenadores realizavam uma reunião conjunta. O objetivo era analisar o que já tinha sido feito no âmbito do projeto, o que faltava fazer por parte de cada país e ainda retificar a data do último encontro, a realizar em Aydin, Turquia, entre 18 e 22 de maio.

Por volta das 12.00h, foi servido o almoço na cantina da escola.Às 13.00h, partimos para Bobolice, para uma visita ao castelo, propriedade privada construída em meados do século XIV. Este castelo fica situado numa colina íngreme, 360 metros acima do nível médio do mar. Os alunos teriam depois a oportunidade de fazer uma excursão por Mirow e também de experimentar a escalada. Como os elementos do grupo (alunos e docentes) eram muitos, tiveram que utilizar uma camioneta e uma carrinha. As condições atmosféricas foram, porém, tão adversas, com chuva forte e trovoada, que, após algum tempo de espera dentro da camioneta e atendendo a que não ha-veria melhoria tão cedo, se regressou à escola. Os alunos foram para a casa das famílias e os docentes regressaram ao hotel e aproveitaram o tempo para agendar o trabalho seguinte. Para os alunos, foi uma oportunidade de convi-verem por mais tempo com as famílias que os acolheram. Estava programado, para depois da escalada, o “bonfire” acompanhado de “snacks”.O jantar teve lugar no hotel, propriedade de Anna (profes-sora de Inglês). Nesse dia, tivemos a visita de Lucyna e de Janina (coordenadora e diretora da escola de Mikolow) que fizeram parte do projeto anterior e que, sabendo que a coordenadora Maria José Gomes estava em Niegowa, de-cidiram fazer um percurso de 80 quilómetros, apenas para

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A ESCOLA EM NOTÍCIA

nos encontrarmos. Foi excelente o reencontro de amigos envolvidos no projeto anterior.

3º Dia 8.30h - Partida para Cracóvia.A viagem durou aproximadamente duas horas.Tivemos visita guiada.Aguardamos na Praça do Mercado pelo bater das horas. O guia explicou-nos que, todas as horas (de dia e de noite), um homem dá quatro voltas a uma das duas torres da Basílica de Santa Maria enquanto soa a característica “Hejnał Mariacki”, para recordar o primeiro trompetista que avistou os tártaros quando estes estavam prestes a atacar a cidade, no século XIII. Conseguiu dar o alarme, mas foi atingido por uma flecha que o matou.

Visitamos o castelo real de Wawel, a Igreja da Virgem Ma-ria, o Cloth Hall, o Mercado.Alguns aproveitaram para experimentar o delicioso Ob-warzanek, um pãozinho salgado, em forma de anel, que se vende em carros ambulantes em todas as partes da cidade. O que é que o torna tão especial e saboroso? Está coberto de sal e sementes de sésamo.

Esta é a Universidade Jagiellonian, onde estudaram perso-nagens famosos como Nicolaus Copernicus, Karol Wojtyla e Nawojka, a primeira mulher que, no século XV, para fazer estudos reservados ao género masculino, se disfarçou de homem, enganando professores e companheiros durante anos. Finalmente descoberta, optou pela carreira monásti-ca para poder ensinar.

Aguardamos que o dragão lançasse fogo.

4º dia – Partida do parque da escola para o Mosteiro de Jana Góra, em Czestochowa. Aqui, visitamos a “Madona Negra”, havendo quem com-pare este santuário ao de Fátima.

Pelo caminho, paramos no quartel dos bombeiros que nos tinham convidado para assistir a um simulacro de salva-mento e combate a incêndio.

Depois, partimos para Osikowa Dolina, em Kozieglowy.Tivemos um workshop.

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A ESCOLA EM NOTÍCIA

Visitamos, ainda, um castelo em ruínas, como tantos que existem na Polónia.

Às 16.30h, jantamos em Lesniów e tivemos oportunidade de admirar o Santuário.

Após o jantar e de regresso ao hotel ou às famílias, ainda foi feita uma pequena paragem num supermercado.À noite, houve despedidas, pois alguns grupos regressa-vam bastante cedo.

5º dia – Patida de Niegowa em direcção a Katowice, para regressar a Portugal.

À medida que se aproximava a hora da partida de cada grupo, havia uma despedida e o desejo de um ótimo re-gresso.Deixamos o hotel por volta das 10.00h, rumo a KatowiceKatowice – 15.00h Standsted – 16.20hStandsted – 20:55h Porto – 23.20h

Num dos almoços, tivemos a oportunidade de provar os tradicionais Pierogi, um tipo de ravioli com vários rechei-os.

Visita à Turquia (Aydin) - 18 a 22 de maio de 2015

Itinerário: avião - Porto – Barcelona – Istambul – IzmirAutocarro: Izmir – AydinAlojamento no hotel Ozlu, um hotel medíocre no centro da cidade.O primeiro dia não tem programa, resume-se à viagem e alojamento dos participantes.

Dia 19 de maio: rumo a Pamukkkale, uma maravilha da Natureza. Pamukkale é um conjunto de piscinas termais de origem calcária que, com o passar dos séculos, formaram bacias gigantescas de água que descem em cascata numa colina; situado próximo a Denizli, na Turquia.

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Dia 20 de maio: visita guiada à escola. Receção dos par-ticipantes pela Diretora.

Atividades na escola. Uma explosão de alegria e juven-tude. Acolhimento excelente por todos os alunos e profes-sores da escola.

Após o jantar servido na escola, tivemos oportunidade de assistir a um espetáculo de som e cor.A atuação dos alunos e alunas foi inesquecível! As sensações de entusiasmo e de pleno envolvimento fize-ram-se sentir por todos os parceiros que estavam a as-sistir.

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A ESCOLA EM NOTÍCIA

Dia 21 de maio: Visita a Sirince, Ephesus e Kusadasi, lo-cais marcantes a nível cultural e histórico. A aldeia de Sirince foi formada quando Ephesus foi aban-donada no século XV, mas uma grande parte do que é visto atualmente data do século XIX. Local muito turístico, com paisagens deslumbrantes.

Chegada a Ephesus, antiga cidade grega.

Kusadasi fica no Mar Egeu e é um dos principais destinos turísticos da Turquia. É uma estação de veraneio para tur-cos e outros europeus.

Jantar de despedida com pratos tradicionalmente turcos.

A escola sem aulas, sem alunos, sem professores e funcionários pode ser assustadora?!Se perdesses, na escola, a chave de casa e só nisso reparasses à noite, quando precisasses de entrar em casa, certamente virias à escola e, às escuras, tentarias encontrar a chave por todo o Bloco C. Andando nos corredores sem alunos a correr, a gritar e a rir, mas apenas com sombras sinistras e o som dos teus passos ecoando no espaço vazio, sem que te apercebas, o teu coração bate mais rápido e até imaginas que alguém vai sair daquele

recanto. A fraca luz da noite tor-na ainda mais tétricos os frascos de vidro com as cobras e os animais empalhados dentro dos armários. O Bloco C é enorme e fantástico.Os fantasmas dos testes, o braço no ar sem corpo, e outros sustos que vivem nas salas e nos corredores e reaparecem, com som dos papéis

espalhados no chão de-baixo dos teus pés, fazem aumenta r a adrena -lina. O que te assusta é o teu próprio medo, pois a Casa Assombrada é apenas o pavilhão C, com algumas brincadei-ras preparadas pelo Clube Japonês .

Clube Japonês

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A ESCOLA EM NOTÍCIA

Comemoração dos 30 Anos da ESIC

Casa Assombrada - 14 de novembro de 2015

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OS NOSSOS CLUBES

Malheureusement le terrorisme continue à tuer des personnes innocentes. Cette fois-ci au cœur de l’Europe, à Paris, le vendredi 13 novembre.Le Club de Français est solidaire avec la famille et les amis de toutes les victimes et on tient à leur rendre notre humble hommage.On croit que la meilleure façon de répondre à ces actes de violence et de folie, c’est de continuer à vivre normalement et à défendre ses idées en respectant les autres.

Attentats à ParisLes responsables du Club

« Notre seule possibilité de salut, c’est de vaincre la peur. »Cátia Costa, nº6, 11ºE

« Un pour tous, tous pour un! La France et le monde entier se sont unis pour condamner et combattre ces actes bar-bares. »Marta Daniela, nº17, 10ºG

L’opinion des élèves:

“Je définis les attentats de Paris comme une bêtise col-lective sans explication. »Daniela Silva, nº8, 11ºE

« Je vois des êtres humains, mais je ne vois pas d’hu-manité »Ruben Santos, nº20, 11ºE

« Je pense que l’objectif des attaquants est de semer la peur. »Joana Silva, nº15, 11ºE

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OS NOSSOS CLUBES

O PNC afirma-se num quadro alargado de valorização da literacia para os media e de promoção do conhecimento de obras cinematográficas e audiovisuais, enquanto instru-mentos de expressão e diversidade culturais, de afirmação da identidade nacional e da promoção da língua e da cul-tura portuguesas.Estando efetivamente previsto como um plano de literacia para o cinema e de divulgação de obras da produção cine-matográfica nacional e mundial junto do público escolar, pretende despertar nos jovens e nas comunidades educa-tivas o hábito de ver e valorizar o cinema enquanto arte e património cultural.

Plano Nacional de CinemaInformação para as Escolas

Para a ESIC, torna-se igualmente relevante o contributo do PNC para a formação integral dos alunos, bem como para a melhoria da qualidade do ensino e do desenvolvimento profissional da classe docente. A aplicação de estratégias de ensino marcadas pela inovação torna-se uma realidade; o contributo do PNC para a valorização das Artes, em ge-ral, e do Cinema, em particular, é inegável. O PNC ganha, assim, o seu espaço próprio, no seio de uma comunidade escolar onde se cruzam múltiplas formas de «Acolher, Formar e Preparar para a Vida».

Equipa de docentes:António Grilo, Carla Leal, Celeste Leão, Isabel Graça, José Ferreira, Paulo Brito, Sérgio Martins

Coordenação da Equipa PNC:Isabel Graça

Turmas Selecionadas:7.º C / 7.º D / 7.º F / 7.º G / 8.º C / 9.º A / 9.º C

Plano Nacional de Cinema

O MUNDO À NOSSA VOLTA

Decidi abordar o tema da desvalorização da formação académi-ca dos jovens por parte do Estado, visto que é um assunto atual e que cada vez mais tem um peso negativo no mercado de trabalho e no desenvolvimento da economia em Portugal.Atualmente, observamos uma sociedade fragilizada devido à elevada taxa de desemprego jovem que, segundo um relatório – “Tendências Globais de Emprego para a Juventude de 2015” – divulgado pela Organização Mundial de Trabalho (OMT), ul-trapassa os 30%. Os recém-licenciados têm dificuldade em encontrar um em-prego fixo, apesar das suas qualificações acima da média. Por-tugal apenas oferece empregos temporários/”part-time” com a duração máxima de 6 meses/1 ano, o que leva ao descon-tentamento e à ideia de que a única solução é a emigração. E “Porque é que eles emigram?”. Eles emigram porque querem arranjar um emprego seguro, querem ter melhores salários e, principalmente, querem um local onde possam ascender na carreira profissional. Um dos principais destinos é a Inglaterra, seguida da Suíça, que recruta jovens licenciados sobretudo no setor da saúde. Estes são necessários em qualquer parte do mundo e, no nosso país, vive-se uma situação de emprego precário. Convém referir que se registou, nos últimos anos, um aumento de 6% para 10% na taxa de emigração dos qua-lificados.Assistimos, assim, em Portugal a uma “fuga de cérebros” bem demarcada, ou seja, uma fuga de jovens qualificados, que le-vam consigo os conhecimentos adquiridos aqui para outros países, beneficiando-os na sua economia e desenvolvimento dos setores. Como já referi anteriormente, eles emigram à procura de um emprego estável, de melhores salários, de maior probabilidade de ascensão na carreira, mas também em busca de uma valorização por parte do Estado, por todo o esforço dispendido durante o seu percurso académico.

Fenómeno da “Fuga De Cérebros”em Portugal

Sofia Taio | nº 22 | 11ºD

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O MUNDO À NOSSA VOLTA

Hoje irei falar-vos de alguém que, a meu ver, além de ter um talento extraordinário e uma excelente carreira profissional, tem influenciado a nossa sociedade de uma forma muito positiva e tem tentado deixar o mun-do um pouco melhor - a Angelina Jolie-Pitt. Esta atriz é, de facto, uma inspiração para todas as mulheres que desejam atingir um nível de autênti-co estrelato em Hollywood; mas, para mim, Angelina Jolie-Pitt merece ser idolatrada pela sua coragem e determinação. Em 2013, face ao peri-go de cerca de 87% de desenvolvimen-to de cancro da mama, a atriz de-cidiu submeter-se a uma mastectomia dupla (remoção dos seios), seguida de uma cirurgia de re-moção dos ovários. A morte da mãe de Angelina Jolie-Pitt, aos 56 anos, vítima de cancro dos ovários, foi o principal motivo que in-fluenciou a sua decisão. Assim, penso que a atriz re-presenta um autêntico símbolo do feminismo, já que tomou a iniciativa de partilhar a sua história para que outras mulheres que estão a passar pela mesma situação possam sentir-se inspiradas por alguém com tamanha coragem e bravura. O lado humanitário de Angelina Jolie-Pitt é também uma das características que mais aprecio, sendo que a atriz é, atualmente, uma das celebridades mais en-volvidas em causas humanitárias, com objetivos que vão desde a manutenção da paz à ajuda aos refugia-dos, à erradicação da fome e da falta de água, ao ensino acessível a todos e ao respeito pelos direitos humanos. Desde 2001, a atriz tem-se envolvido, em conjunto com várias organizações não-governamen-tais, em campanhas e missões com vista a eliminar es-tes problemas que afetam as populações mais carenci-adas de ajuda, tendo já visitado mais de vinte países, entre os quais o Sri Lanka, o Camboja, o Paquistão, a

Uma Mulher de CoragemBeatriz Delgado | nº6 | 11ºA

Síria e o Iraque. Angelina Jolie-Pitt ajudou, por exem-plo, as vítimas do terramoto do Haiti e, mais recente-mente, os refugiados da Síria. É por atos como estes que a atriz é hoje a embaixadora do UNHCR (Office of the United Nations High Commissioner for Refugees) e participa em várias reuniões de organizações como a ONU e a UNICEF. Assim, penso que o que me inspira ver-dadeiramente em Angelina Jolie-Pitt é a sua preocupação com os mais necessitados e a sua capacidade de pôr o seu

estatuto social e a sua riqueza de lado, de forma a tentar mudar o mundo para melhor, fazendo um pouco de cada vez. Um dos aspetos que mais prezo na atriz é o facto de se importar verda-deiramente com a igualdade e com o respeito entre to-dos os cidadãos. Angelina Jolie-Pitt

tem, desde sempre, desempenhado um importante papel como defensora dos direitos dos homossexuais, especialmente no que toca à legalização do casamento gay. A atriz e o seu marido, Brad Pitt, recusaram-se a casar antes que este fosse legalizado em todos os estados da América. (Esta promessa não se cumpriu, uma vez que os atores acabaram por ceder à pressão dos filhos para que se casassem). Ainda assim, o casal tem uma filha a quem dá todo o seu apoio, Shiloh Jolie-Pitt, que, desde sempre, optou por um estilo an-drógino, ou seja, escolhe vestir-se como um rapaz em vez de uma rapariga, servindo, assim, de exemplo a todos os pais que estejam a passar pela mesma situ-ação.Admiro Angelina Jolie-Pitt por ser uma verdadeira inspiração para todas as mulheres, graças à coragem e perseverança que demonstra e por tentar que, aci-ma de tudo, todas as pessoas do planeta sejam res-peitadas e possam viver em países que lhes ofereçam condições de vida adequadas.

De comboio até Coimbrões...Prof. José Ferreira

A capacidade regeneradora permite-nos ver o rasgo, mas, por vezes, ocultá-lo na claridade celeste. O olhar oscilante reconduz-nos à espera eternamente quieta e lúcida. Ini-ciámos namoro com o percurso, decorámos já as estações e os apeadeiros, as entradas e as saídas, os lugares sentados e em pé, até conversas gagas e silêncios denunciadores e

olhares vazios e paisagens corridas. Tudo se afina e avança numa corrente traçada que encontra curvas aparentemente acalentadoras e desejosas de descobertas. O on e o botão verde acionam e aceleram metástases diagnosticadas em sinais vermelhos. Os apitos vão soando estridentes, ao longe e em cima de recusas alheias, que incomodam e,

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O MUNDO À NOSSA VOLTA

ainda assim, salpicam vontades ténues. A passagem sem paragem conduz-nos a um lugar sentado. Sinais e marcas agigantam-se e amainam o vento. Procura-se a sombra. Levantam-se as folhas e os restos de tudo que nos encolhe a espera e a forma. Qualquer foto nos distrai da memória. O pé e o auricular impacientam as estórias. Desculpe a menina estava a dormir? Para aonde vai? É que

podia adormecer e não sair no seu destino. Espinho? Onde é que mora, é que eu também sou de lá. Não há melhor terra do que a nossa cidade! Melhor do que essas por aí assim. Ao menos tem tudo, mar e essas coisas. Eu há vinte anos que me arrasta esta perna esquerda. Tenho 79 anos, fiquei viúvo da minha primeira mulherzinha há 43 anos, ela tinha 32, morreu de uma coisa na maminha, coitadinha. Depois casei com outra, vivi com ela 28 anos, mas lá se foi também e agora estou sozinho. Tenho três filhos, mas para a sopinha ainda tenho. Sexta-feira tenho de ir ao médico outra vez por causa desta perna, acho que este acertou com a coisa e quer avançar para a ope-ração. As senhoras de lá dizem que eu estou muito bem conservado, tenho a cara lisinha e ainda sou bonito, a menina também acha? Que idade tem a menina? 21? Pois, ainda tem a cara laroca.Dona Fátima* entrou em conver-sa na carruagem com outra pas-sageira que provavelmente co-nhecera no banco da estação en-quanto esperava pela hora do com-boio. Esta era mais nova e parecia sua conterrânea. Sentaram-se am-bas nos lugares deixados vagos pelo senhor de Espinho e pela menina de 21 anos. Camiso-la escura e às riscas, lenço ao pescoço, calças também es-curas e calçado ainda veraneante, trazia como auxiliar-an-dante um guarda-chuva comprido. Costumo trazer um pequeno para andar na carteira, mas qualquer vento o vira, e hoje então!... pelo que decidi trazer este, fez questão de

referir à sua companheira. Mas procurava dar continuidade à conversa que vinha do exterior, Vou lá fazer-lhe três ho-ras por dia da parte da manhã, três vezes por semana, e ele ainda tem um quintal grande que também o costumo regar. O bilhete, não é este!, ouviu-se da voz do revisor. Onde é que tu estás?, perguntou ela por ele à carteira, me-xendo e remexendo o seu interior, mas não exteriorizando qualquer nervosismo ou sinal de preocupação. Com a ajuda da nova conhecida, lá conseguiu mostrar o outro andante, que comprara, e não o recibo, como pensava que fosse, que lhe haviam dado aquando da compra do bilhete. Esta atrapalhação terminou com humor e boa disposição, que lhe pareciam característicos, Eu é que estou habituada a andar de comboio!, levando mesmo ao esboçar de sorrisos por parte do revisor e dos vizinhos próximos.A conversa seguia agora para o Homem de palavra, a propósito de um tal de Henrique*. Eu quando chega o dia e a hora não falho, porque isto de dinheiros acontece a qualquer um, ainda no outro dia fui à farmácia, onde me costumo servir disto e daquilo, do que é preciso, pois as-sim, e não tinha levado dinheiro. O senhor disse que de-pois pagava, que não era preciso ir lá de propósito, mas eu disse para mim mesma, “Não, quando for à missa, passo por lá!”, e assim foi! Mas olhe que hoje já não há pessoas de palavra como dantes!, retorquia a nova vizinha. Não é bem assim, porque... olhe, eu vou-lhe contar o que aconteceu com esse Henrique. Estou viúva há 20 anos, o meu marido era emigrante na Alemanha e, como era hábito, vinha cá nas férias. Numa delas, adoeceu, coitado, deu-lhe aquela

coisa, foi de repente… Mas an-tes de morrer disse-me “Olha que fulano assim assim deve-me este dinheiro!” Eu, Está bem! Ele mor-reu e passados uns meses, dia 25 de abril, nunca me esquece, esse Henrique veio ter comigo e dis-se-lhe, “Ó dona Fátima, olhe, pas-sa-se isto assim assim, eu fiquei a dever dinheiro ao seu marido, se calhar a dona Fátima nem sabia, mas ficou combinado pagar-lhe só no fim do ano…” Por acaso sabia, disse-lhe e acrescentei, Ó homem, deixe lá isso, quando ti-ver de pagar, paga. Se fosse outro, nem dizia nada, calava-se como tantos outros fazem por aí assim! Por isso lhe digo, ainda há pessoas honestas, Homens de palavra, não há regra sem exceção! A vizinha f icou-se. Mas logo cont inu-

ou conversa, E conhece aquele que mora na rua de cima, o senhor Fernando*? A história desse é diferente…, se é quem estou a pensar, não foi o que quis ser Presidente da Junta? É esse, é!

* nomes fictícios

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OS NOSSOS ESCRITORES

O 7ºH no PaleolíticoAlmerinda Pereira | nº1 | 7º H

09/10/2015Querido diário, nem vais acreditar no que me aconteceu! Lembras-te de ter falado daquele projeto da escola, o 7up? Pois é, a minha turma conseguiu e por isso ganhamos um acampamento num parque radical com atividades aquáticas.Estou tao ansiosa que já tenho tudo pronto; aposto que não vou usar, mas vou levar. Espero que não aches exagero: vou levar a televisão de campismo do meu primo, o fogão de campismo da mãe, o saco-cama da minha prima, roupa e as coisas para as minhas necessidades básicas, e claro que não me podia esquecer de ti!Só espero que a tenda da Bruna chegue para todas as rapari-gas, inclusivamente a minha DT. Se toda a gente levar a quantidade que eu levo, não chega de certeza.O Leandro prometeu que me emprestava o mp3. Tenho que ir! Já é tarde, amanhã acordo cedo! Mas não te preocupes, vou-te pôr a par de tudo.

10/10/2015Querido diário, acreditas que viemos parar ao sítio errado? Não sei como te explicar, ainda estou um boca-do confusa. Hoje foi um dia cheio de emoções; certamente deves estar a pensar que me refiro às atividades radicais que o parque tem, mas não! Quando estávamos a chegar ao parque, encontrámos uma porta que pensávamos que era a entrada do parque, mas não, viemos parar ao Paleolítico!E agora, como é que eu vou viver sem Facebook, sem Snap-chat, Instagram, Twitter …?Parei agora para pensar: aqui não há casa de banho, aqui não há cozinha, nem eletricidade!Era a única que tinha saldo, e por isso fui eu que liguei para a Telepizza, mas nem deu tempo para falar - ninguém se lembrou de que aqui não há rede! Temos fogão, mas não temos nada para cozinhar. Apesar disto, encontramos um homo sapiens, contudo, não conseguimos comunicar com ele. Até que o Pedro se lembrou de desenhar com paus na terra, e foi assim que conseguimos que o Salvador (foi o nome que demos ao homo sapiens) nos ensinasse a constru-ir e a utilizar instrumentos de caça. Os rapazes foram com o Salvador e as raparigas seguiram com a DT o caminho que

ele nos indicou.Quando chegamos à tribo, encontrámos uma mulher com um bebé ao colo e carregada de lenha. Eu trouxe o bebé e pelo caminho descobri que era um rapaz; dei-lhe o nome de Martim. Aliás, ele está aqui a brincar com a minha escova, acho que ele ainda não percebeu para que serve.Enquanto o Martim me mostrava os “cantos” à tribo, en-contrámos uma bicicleta. Na minha opinião, nós somos os primeiros a vir cá parar. Quando chegámos ao abrigo da mãe dele, já os rapazes tinham regressado. As mulheres da tribo começaram a cozinhar e os rapazes ensinavam os homens e as crianças da tribo a andar de bicicleta.

Depois do jantar, enquanto os rapazes se diver-tiam com a bicicleta, a Maria apercebeu-se de uma faísca. Foi então que começámos a utilizar a bicicleta para criar energia.Para animar o serão, fizemos uma fogueira à vol-ta da qual todas as raparigas, inclusive as da tri-bo, dançavam e cantavam ao som dos batuques, que os rapazes produziam num género de jambé. Foi então que apareceu o Martim e me questio-nou para o que servia o mp3. Nós explicámos

que o usávamos para ouvir através dos fones.E foi assim que se passou o nosso primeiro dia de aventuras no Paleolítico.

11/10/2015Querido diário, hoje acordei com o Martim a fazer-me os desenhos que ele tem na cara. Achei piada e ainda os tenho.Enquanto procurávamos alimento para o pequeno-almoço, um dos homo sapiens encontrou a porta que pensávamos ser a do parque. Levamo-la para a tribo.Depois do almoço, despedimo-nos de todas as pessoas da tribo. Depois, arrumámos as nossas coisas, deixámos a mar-ca das nossas mãos numa gruta perto. Entretanto, os homo sapiens começaram a pedalar para dar energia à porta e foi assim que conseguimos regressar.Quando acabar de te contar o último dia de aventuras no Paleolítico, vou terminar o álbum de fotos que estou a fazer com fotos de todos os momentos e aventuras; a primeira foto é uma selfie minha com o Martim. Despeço-me assim de ti, querido diário, que me acom-panhaste ao longo de todas as aventuras.

A minha existência e o marCatarina Ramalho | nº1 | 12ºE

Quando nascemos, entramos num mar que se chama “vida” e começamos a navegar rumo ao desconhecido. Cada dia tem uma batalha a vencer e no mundo natural só os mais fortes conseguem sobreviver.Nesta vida, todos os dias temos de trabalhar para conseguir o necessário e para nos mantermos vivos.

Imagino-me no mar desde criança. Lutei sempre até não poder mais, cresci diante de um obstáculo, e hoje lido com este problema. Cresci longe do meu pai, mas sempre tive a minha família do meu lado, a apoiar-me nos bons e maus momentos.Hoje, a situação mudou e, sentada numa rocha, lem-

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OS NOSSOS ESCRITORES

bro-me de todos os momentos de amor e de alegria que vivi. Quando olho para o mar, vejo que nada é impossível e que, às vezes, sermos abandonados por certas pessoas torna-nos mais fortes. Temos de tomar decisões que podem mudar o rumo da nossa vida, mas temos de enfrentar os problemas tais como eles são.Muitas vezes, a vida torna-se lenta e difícil, e isso deixa-nos desanimados e exaustos, por isso, temos de remar contra a maré e enfrentar as tempestades da vida.

Minha vida é como um marLuan Silva | nº13 | 12º E

Toda a vez que olho para o mar, paro sempre para o admirar, me fascinar e encantar com a sua beleza. Mar vasto e profundo, mas mais vasto ainda é o meu coração que dentro dele carrega um sentimento in-tenso e profundo, que já não cabe mais neste mun-do. Mais do que navegar, é preciso atirar-se de corpo e alma neste vasto mar.Comparo-me sempre com ele, desde pequeno. Sem-pre lutei pelos meus obje-tivos, quebrando barreiras, superando os obstáculos e encarando a vida como real-mente é. Cresci longe dos meus pais, devido a uma barreira que não consegui quebrar ainda, que é a dis-tância, mas sempre tive a minha família ao meu lado e hoje... hoje a situação inverteu-se e, sentado nesta esplanada de café, olho o mar e relembro ótimos momentos de pura alegria e harmonia. Atualmente, o que me resta são apenas lembranças que, no entanto, serão eternamente guar-dadas e recordadas dentro da minha rica memória e

deste vasto coração.Outrora fui feliz, mas atualmente vejo que o futuro será ainda melhor. Vejo que nada é impossível, pois para quem tem o pensamento forte, o impossível é só questão de opinião, como um ditado muito antigo diz:

“água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Cada louco tem a sua loucu-ra e eu sou assim e viajo por isso. A brisa de vento maciço bate em meu rosto, até parece um feitiço, mas eu não desisto. O mar cha-ma-me e eu perco-me sem-pre nisso.Mar gigante, cheio de in-certezas e por vezes traiço-eiro connosco, fortalece-se e reestabelece-se numa

química perfeita comigo. Fui uma criança pequena, sonhadora e com um enorme potencial. Tal como o mar, sempre quis mais, ser cada vez maior, sem rumo, destino e direção, viajar e perder-me completamente em meus pensamentos. Resumindo, a minha vida é como um mar.

A vida bela que me sorriaRicardo Gomes | nº23 | 12ºC

“Sei que nada sei”,Espero poder ficar a saber,Desejo o que nunca terei,Mesmo assim não deixarei de ser.Sou de carne We osso,Comum como todos,Sejas pequeno, sejas colosso.Não interessa o que fomos,Nada importa do passado,Apenas temos de nos focar no presente,Tudo o que começou está acabado,

Apenas o que resta encontra-se na mente.Nela guardo memórias de pequeno, ainda fraldiqueiro,De chupeta como o resto das crianças,Portava-me mal, açoitavam-me o traseiro,Ainda assim, adoro rever essas lembranças.Tudo tão simples, tudo tão facilitado,A vida bela que me sorria,Quem me dera mais tempo assim ter ficado,Decerto ninguém sabe, ninguém o sabia.O tempo não para por nada deste mundo,Quer estejamos no topo, quer estejamos no fundo.

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OS NOSSOS ESCRITORES

À Procura...Ricardo Afonso | nº21 | 12ºF

Moinho, MarMar, Vento,Vento, Moinho...

Eu aqui, sozinho,Perdido na pedreiraA tentar achar um caminhoE o moinho à minha beira.

A Felicidade é um grãoEu estou em plena moagemToca o vento na velaQue maravilhosa paisagem!

E o mar vem e vaiE a corrente intensificaNa vida tudo mudaMas o moinho fica.

Oiço o barulho de pedras a explodirParo e penso para onde ir.Eu só quero escaparMas existe melhor sítio para ficar?

Não existe!Era uma pergunta retórica.Eu sou como um MoinhoE não de forma metafórica.

Estou sem rumoE preciso de ventoPara me levar para longe,Eu já não aguento.

Talvez seja infelizMas sem argumento,Quero ir para longeMas ficar aqui ao mesmo tempo.

Obrigado por me escutares!Depois falarei mais um bocadinho.Serás sempre o meu refúgio,Meu Amigo Moinho.

OS NOSSOS CRÍTICOS

MadalenaRui Teixeira | nº 21 | 11º D

No passado dia nove de novembro, as turmas A e D, de 11º Ano, assistiram, no Mosteiro São Bento da Vitória, no Porto, à representação da peça “Madalena”, a partir de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. Com encenação de Jorge Pinto, a peça conta com um elenco de luxo do mundo do teatro e da televisão, com particular destaque para a atriz Emília Sil-vestre, que interpreta a personagem que dá o título à peça.

Todos os elementos visuais e linguísticos contribuem para uma encenação coesa e harmoniosa. Todo o ambiente cria-do, desde a música às vestes negras, das luzes à expressão dos atores, resultou numa obra densa, trágica, em que nem o amor nem a família resistem. A música que acompanha toda a ação dramática, numa articulação perfeita com os

momentos que provocam pânico em Madalena, acentua o sentimento de culpa com que vive a personagem, dando expressão aos contínuos terrores que a perseguem. Apesar de a obra refletir muitos dos valores da época em que se passa a ação e de alguns deles terem já perdido a sua importância (como a ilegitimidade dos filhos ou a gravi-dade de um segundo casamento), prevalece um valor que é intemporal, o da família, defendido, não só por Madalena, mas também pelo seu marido, D. Manuel Sousa Coutinho, e por Maria, sua filha. Resta-me aconselhar-vos a assistirem a esta peça que, ape-sar de retratar a realidade e a mentalidade de uma época passada, se mantem intemporal.

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A VOZ DOS PAIS

Quando preparamos o banco de livros APESCA para o ano letivo 2015/16, com o intuito de ajudar a comu-nidade escolar, estávamos longe de pensar que este seria de profundo desalento quanto à sua utilidade. Este desconcertante sentimento advém do facto de sermos impotentes para contornar os entraves coloca-

dos, utilizados pelas editoras, para fazer de manuais úteis, inúteis pedaços de papel. Nesta questão, o que deve preocupar todos aqueles que se inquietam com a educação é que o facto de alterar a capa e algu-mas ilustrações não é motivo suficiente para tornar desatualizado um manual, quando o seu conteúdo é praticamente ou exatamente o mesmo. Será que isto é um paradigma de uma sociedade evoluída, ou signifi-ca, pelo contrário, um enorme atraso civilizacional? Penso que nos mantemos num limbo: nem evoluímos nem retrocedemos, simplesmente estamos mais pobres em lucidez.Durante o período em que decorreu o banco de li-vros, o desânimo e a frustração foram uma constante, pelo facto de nos sentirmos incapazes de ajudar quem nos procurou, na esperança de obter um livro escolar que servisse para diminuir a lista dos que tinha que adquirir e, assim, minimizar o enorme encargo que recai, na grande maioria, sobre orçamentos familiares periclitantes. Foram momentos de enorme inquietude. A nossa sala tinha prateleiras com centenas de livros entristecidos por não saberem qual seria o seu futuro. Quem olhasse para eles, de forma mais atenta, poderia descortinar

Começar de novoVítor Pereira | Presidente da Direção

que a sua ânsia antevia o insofismável desejo de que as suas folhas fossem novamente folheadas e as suas palavras lidas, porque a razão primordial da sua exis-tência é ajudar os alunos a crescer com integridade e com responsabilidade.Lamentavelmente, este ano, de forma mais gritante, isso não aconteceu: os livros que nos doaram até de-terminado momento não tinham ajudado ninguém. No entanto, quando achávamos que estávamos manieta-dos na obtenção de uma solução, aos nossos olhos, surgiu a organização não-governamental para o de-senvolvimento HELPO, que se apresentou como a al-ternativa mais viável para dar nova vida aos manuais, os quais tinham como fim mais previsível o papelão. Esta organização desenvolve programas em múltiplos países dos hemisférios Norte e Sul, incidindo prin-cipalmente em Portugal, Moçambique e São Tomé e Príncipe. A HELPO foi, por isso, um parceiro de enorme importância para a resolução do problema dos manuais desatualizados, uma vez que os recebeu com grande satisfação e os enviou para Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Antevemos, por isso, a alegria proporcionada a todos os alunos desse mundo, que tiveram o privilégio de receber os manuais que já não utilizamos na educação dos nossos filhos. Este ato altruísta deve ser motivo de enorme orgulho para todos aqueles que intervieram neste processo, porque, sem a sua dedicação, não se-ria possível contribuir para que as desigualdades que proliferam no atual mundo civilizado sejam minimiza-das. A APESCA continuará sempre a defender a escola em todos os seus aspetos e deseja que o ano letivo 2015/16 seja para todos de enorme sucesso.

FORMAS DE CONTACTO COM A ASSOCIAÇÃO

- email: [email protected] Caixa de Reclamações/Sugestões – colocada no átrio de entrada.- Atendimento - Segundas 3ªs feiras de cada mês às 21h30 na ESIC.

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QUEM FALA ASSIM

“Aqui é que está o busílis…”

Busílis – Para explicar a origem deste termo, alude-se a uma anedota, contada desde o século XII, sobre um es-tudante que não conseguiu traduzir a expressão latina in diebus illis – “naqueles dias”. Consta que o jovem não conseguiu entender o latim, porque, como a palavra diebus aparecia partida em duas linhas por falta de espaço, ele fez uma de duas asso-ciações erradas. Assim, a translineação terá feito com que o estudante ao olhar para in die (que é o singular de in diebus) numa linha e bus illis na outra, não conseguiu, obviamente, compreender-lhe o sentido.O termo busílis, muito usado na expressão “Aqui é que está o busílis”, faz alusão ao ponto onde está a principal dificuldade em resolver alguma situação.

In, As faces secretas das palavras, Edições Asa

Para bom entendedor…Prof.ª Maria José Sousa

“Quem abrolhos semeia espinhos colhe.”

O vocábulo abrolhos deriva da frase latina aperi ocu-los! – “abre os olhos!”. Esta expressão consistia, inicial-mente, numa advertência a quem segava num terreno coberto de abrolhos para que se defendesse deles: “abre os olhos!”, subentendendo-se “para te protegeres, para não te ferires nos espinhos”. Posteriormente, passou a designar a própria planta herbácea, rasteira, de frutos espinhosos, nativa da região mediterrânica. Esta palavra é empregue em sentido figurado na conhecida expressão “vida cheia de abrolhos”, que ilustra as dificuldades, as contrariedades, os obstáculos da vida. O provérbio “Quem abrolhos semeia espinhos colhe” encerra a mesma ideia.

In, As faces secretas das palavras, Edições Asa

Sem PalavrasProf. Sérgio Martins

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QUEM FALA ASSIM

ORNEMENTS ET DÉCORATION de NOËLClub de Français

Enrichis ton vocabulaire: complète les légendes

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