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Faculdade de Educação Departamento de Organização e Gestão da Educação Curso de Licenciatura em Organização e Gestão da Educação Monografia Influência da Gestão na Motivação e Comprometimento do Conselho de Escola no processo de ensino- aprendizagem: Estudo de Caso da Escola Primária Completa do Alto Maé

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  • Faculdade de Educao

    Departamento de Organizao e Gesto da Educao

    Curso de Licenciatura em Organizao e Gesto da Educao

    Monografia

    Influncia da Gesto na Motivao e Comprometimento do Conselho de Escola no processo de ensino-

    aprendizagem: Estudo de Caso da Escola Primria Completa do Alto Ma

  • ii

    Faculdade de Educao

    Departamento de Organizao e Gesto da Educao

    Curso de Licenciatura em Organizao e Gesto da Educao

    Monografia

    Influncia da Gesto na Motivao e Comprometimento do Conselho de Escola no processo de ensino-

    aprendizagem: Estudo de Caso da Escola Primria Completa do Alto Ma

    Monografia apresentada em cumprimento parcial dos requisitos exigidos para obteno de grau de

    Licenciatura em Organizao e Gesto da Educao na Universidade Eduardo Mondlane

    Rosa Atlia Joaquim Ubisse

    Supervisor

    dr. Augusto Bassa

  • i

    DECLARAO DE HONRA

    Eu, Rosa Atlia Joaquim Ubisse, declaro por minha honra que este trabalho do fim de curso para

    obteno de grau de Licenciatura em Organizao e Gesto de Educao, da Faculdade de Educao na

    Universidade Eduardo Mondlane, nunca foi apresentado, na sua essncia, para obteno de qualquer

    grau e que ele constitui o resultado da minha investigao pessoal, estando no texto e na bibliografia as

    fontes utilizadas para realizao do mesmo.

    Rosa Atlia Joaquim Ubisse

    ___________________________________

    Maputo, Maro 2017

  • ii

    DEDICATRIA

    Dedico a este trabalho a minha me e minha sogra (em memria), aos meus filhos, e em especial ao

    meu esposo Abel Jambane, pela fora que me deu para continuar quando os estudos se tornavam rduos

    e acabava por pensar em desistir, em funo das muitas dificuldades que foi encontrado ao longo destes

    4 anos da minha caminhada.

  • iii

    AGRADECIMENTOS

    A concretizao deste trabalho s foi possvel com o apoio de todos aqueles que directas e

    indirectamente colaboraram para a concretizao deste sonho. A estes, gostaria de manifestar o meu

    sincero agradecimento:

    Agradeo em primeiro lugar a Deus nosso Criador pela vida e sade durante estes 4 anos.

    Aos professores do curso de Licenciatura em Organizao e Gesto de Educao, em especial ao dr.

    Augusto Bassa, orientador deste trabalho, pelo apoio prestado ao longo de todo este processo, atravs

    dos seus ensinamentos e conselhos, pela compreenso demonstrada, bem como toda a disponibilidade

    manifestada.

    Aos colegas do curso de OGED, perodo ps laboral, pela cumplicidade nimo constante, em especial a

    Fazira pela foa.

    Ao meu esposo Abel Jambane e filhos Khevin Jambane e Weiny Jambane, pela compreenso,

    pacincia, dedicao e colaborao demonstrada pelos tempos que deixei de cumprir com o meu papel

    de me esposa, para me dedicar aos estudos.

    Direco da Escola Primria Completa do Alto Ma, aos professores e aos alunos pela informao

    disponibilizada o que tornou possvel a realizao deste trabalho.

    A todos que no citei, mas que directas ou indirectamente ajudaram-me nesta minha longa caminhada, o

    meu Muito Obrigado!

  • iv

    LISTA DE ABREVITURAS

    CE - Conselho de Escola

    EPC - Escola Primaria Completa do Alto Ma

    MEC - Ministrio da Educao Cultura

    RGEB - Regulamento Geral do Ensino Bsico

    OTOS Orientao e Tarefas das Escolas Obrigatrias

    PEA - Processo de Ensino e Aprendizagem

    PEE - Plano Estratgico da Educao

    PEEC - Plano Estratgico de Educao e Cultura

    ZIP - Zona de Influncia Pedaggica

  • ndice Figura

    Figura 1: Organograma das Escolas Primrias Moambicanas .............................................................................. 15

    ndice Tabela

    Tabela 1: Efectivo de alunos da EPC do Alto Ma .................................................................................. 22

    ndice Grficos

    Grfico 1: Distribuio dos professores por sexo .................................................................................................. 23

    Grafico 2: Faixa etria dos inqueridos ................................................................................................................... 24

    Grafico 3: Nvel acadmico dos inqueridos ........................................................................................................... 24

  • Indice

    DECLARAO DE HONRA .................................................................................................................... i

    DEDICATRIA......................................................................................................................................... ii

    AGRADECIMENTOS .............................................................................................................................. iii

    LISTA DE ABREVITURAS .................................................................................................................... iv

    1.1 Problematizao ................................................................................................................................... 6

    1.3 Perguntas de pesquisa........................................................................................................................... 7

    1.4 Justificativa........................................................................................................................................... 8

    CAPITULO II Reviso da literatura .......................................................................................................... 9

    2.1. Sintese de Estudos Realizados Sobre Conselho de Escola ................................................................. 9

    2.1 Gesto escolar .................................................................................................................................... 10

    2.2 Tipos de gesto ................................................................................................................................... 10

    2.3 Motivao ........................................................................................................................................... 12

    2.4 Comprometimento .............................................................................................................................. 13

    2.5 Conselho de escola ............................................................................................................................. 14

    2.6 Organizao Escolar ........................................................................................................................... 15

    Capitulo III: Metodologia......................................................................................................................... 18

    3.1 Pesquisa Qualitativa ........................................................................................................................... 18

    3.2 Pesquisa Quantitativa ......................................................................................................................... 19

    3.3 Amostragem ....................................................................................................................................... 19

    3.4 Tcnica de recolha de dados............................................................................................................... 20

  • 3

    3.4.2 Questionrio .................................................................................................................................... 20

    CAPITULO IV Analise e interpretao de dados .................................................................................... 22

    4.1. Anlise e interpretao dos dados ..................................................................................................... 22

    4.2 Caracterizao da Escola Primria ..................................................................................................... 18

    4.3 Apresentao dos resultados .............................................................................................................. 24

    CAPITULO V Concluso ........................................................................................................................ 28

    Concluso ................................................................................................................................................. 28

    Referncias bibliogrficas ........................................................................................................................ 30

  • 4

    Capitulo I. Introduo

    A escola uma instituio orientada para a preparao do cidado para a vida. Ela existe para servir a

    sociedade e a comunidade onde se situa, tambm precisa ser um lugar aberto a participao na gesto

    escolar e onde a democracia se desenvolve.

    A implementao de uma gesto escolar democrtica constitui, actualmente, uma exigncia da

    sociedade em todos os nveis, que v nesta, um dos caminhos para uma boa escola, integrando os

    alunos numa sociedade mais moderna (PEE, 2012, p. 62).

    Contudo, o sistema educativo importante para a sociedade, pois tem por finalidade de formar os

    indivduos que nela vivem, (LIBNEO, 2002). Nesse sentido, tem como principal objectivo a

    formao do individuo, tanto na vertente da educao escolar, como social, dos cidados que

    questionem, actuem e transformem a realidade social. Nesta vertente, para que haja eficincia no

    processo educativo preciso que se viva na escola uma gesto participativa que envolva a todos os

    intervenientes.

    At no sc. XVII vigorava nas organizaes, o modelo de gesto autocrtico que obedecia uma

    hierarquia, seguindo o sentido vertical, sendo de cima para baixo, onde as ordens partiam do topo a

    partir do dirigente mximo (Director) da instituio para baixo (Chiavenato 2005). Outros funcionrios

    apenas limitavam-se por cumprir as ordens emanadas pelos seus superiores. Com a revoluo industrial,

    no sc. XVIII, este tipo de gesto comeou paulatinamente a ser deixado de lado porque no dava

    resultados que as sociedades esperavam.

    Os conselhos de Escola inserem-se na estrutura dos sistemas de ensino como mecanismos de gesto

    escolar, para tornar presente a expresso da vontade da sociedade na formulao das polticas e das

    normas educativas e nas decises dos dirigentes escolares. Assumindo-se, portanto, como uma das

    estratgias de gesto democrtica, uma vez que este garante a participao de toda a comunidade

    escolar nos processos de tomada de deciso.

    Em Moambique o conselho de escola foi institudo pelo diploma Ministerial n 54/2003 de 28 de Maio

    e afirmado pelo diploma Ministerial n 46/2008 de 14 de Maio, como uma estratgia de gesto

    democrtica e que se orienta por princpios de gesto participativa e transparente. Bem como por

    outros documentos normativos como: o plano Estratgico da Educao e Cultura 2006-2011 (PEEC),

    Plano Estratgico da Educao 1012-2016 (PEE), documento sobre Orientao e Tarefas das Escolas

  • 5

    Obrigatrias (OTEOS), para o perodo de 2010 a 2014, Manual de apoio ao Conselho de Escola e

    Agenda do professor. Nhanice (2013)

    Deste rgo fazem parte o director, representante dos professores, representantes dos alunos, do pessoal

    administrativo, dos pais e encarregado de educao e os representantes da comunidade, E buscava

    formas de participao representativa directa, tendo como horizonte o fim de um poder centralizador e

    autoritrio.

    A pesquisa de natureza qualitativa e para a sua elaborao, recorreu - se a reviso bibliogrfica que

    consistiu na consulta de artigos, livros e revistas referentes ao conselho de escola, gesto, motivao e

    comprometimento, trabalho de campo atravs da aplicao de inquritos por questionrio, observao e

    entrevistas.

    O presente trabalho compreende Cinco captulos. O primeiro captulo, apresenta a introduo, o

    problema da pesquisa, o contexto local, a justificativa do tema, as perguntas de pesquisa e os

    respectivos objectivos, geral e os especficos; No segundo capitulo, trata da reviso da literatura,

    segundo vrios autores que abordam sobre o tema em estudo; No terceiro captulo, refere a

    metodologia usada, instrumentos de recolha de dados; No quarto captulo, discute-se os resultados

    obtidos atravs dos instrumentos de recolha de dados no campo da EPC Alto Ma e toda a sua intensa

    anlise atravs de grficos ilustrativos e quadros sntese. Finalmente, no quinto captulo, apresenta-se

    as concluses e recomendaes.

  • 6

    1.1 Problematizao

    Com base, aos dados da pesquisa exploratria, revelam que na escola em causa, o conselho de escola e

    a gesto no tem sido democrtica, pois os professores e outros funcionrios reclamam que no so

    envolvidos na tomada de deciso, na elaborao do plano de desenvolvimento de escola, na

    planificao da utilizao dos fundos de maneio, e geralmente os professores se sentem surpreendidos

    pela vinda de novos materiais, pela alterao e ampliao das infra-estruturas.

    Sabe-se que nas prticas de gesto que se encontram as bases do descontentamento e a sua

    consequente desmotivao, bem como a falta de comprometimento dos professores, que se rebate no

    modo como estes desenvolvem as suas actividades com os seus alunos (FERREIRA, 2011, p. 23).

    Nos dias que ocorrem, constitui preocupao tanto do Governo moambicano como da sociedade em

    geral tornar o ensino mais relevante no sentido de formar pessoas capazes de contribuir para a melhoria

    das suas vidas, da vida das suas famlias, da comunidade e do pas. Para que isso seja possvel,

    necessrio que haja aprofundamento da democracia e respeito pelos direitos humanos. Est perspectiva

    defendida pelo poder central (MEC, 2006), Plano Estratgico da Educao.

    De acordo com o MEC, (2005), no perodo ps independncia o envolvimento de pais/encarregados de

    educao realizou se pela primeira vez atravs das comisses de pais e de ligao escola comunidade.

    Portanto, o surgimento dos conselhos de escola em muitas organizaes escolares do pas tem seguido

    as orientaes que as normais regem do Ministrio da Educao.

    Na lei 6/92 de 6 de Maio no seu artigo n 2 afirmado que um dos princpios pedaggicos que orienta a

    educao em Moambique a ligao entre a escola e a comunidade. O conselho de escola

    considerado o rgo mximo da escola e destina-se a ajustar as directrizes e metas estabelecidas, a nvel

    central e local, a realidade da escola assim como garantir a gesto democrtica, solidria e co-

    responsvel. (Regulamento Geral do Ensino Bsico 2008). Diante a constataes acima referenciadas,

    coloca- se a seguinte questo: Qual a influncia da gesto na motivao do conselho de escola no

    processo de ensino-aprendizagem (PEA)?

  • 7

    1.2. Objectivos da pesquisa

    1.2.1. Objectivos gerais

    Analisar a influncia da gesto na motivao e comprometimento do conselho de escola no processo de

    ensino-aprendizagem na Escola Primaria Completa do Alto Ma.

    1.2.2. Objectivos especficos

    Para se atingir o objectivo geral foram identificadas os seguintes objectivos especficos:

    Identificar o tipo de gesto que se verifica na escola Primria Completa do Alto Ma.

    Avaliar as principais estratgias utilizadas pelo conselho de escola na melhoria do PEA na

    escola em estudo.

    Analisar a influncia do conselho de escola no processo de ensino e aprendizagem.

    1.3 Perguntas de pesquisa

    E de salientar que com tudo isto, como forma de dar resposta aos objectivos da pesquisa foram

    elaboradas algumas questes que se consideram pertinentes e necessrios, assim se questiona:

    Que tipo de gesto se verificada na Escola Primaria Completa do Alto Ma?

    Quais as principais estratgias utilizadas pelo conselho de escola na melhoria do PEA na escola

    em estudo?

    Qual a influncia do conselho de escola no processo de ensino e aprendizagem?

  • 8

    1.4 Justificativa

    O tema relevante e actual, pois, contribui para a aquisio de mais conhecimentos na rea de gesto

    escolar; ao nvel social, d-se referncia ao desenvolvimento da sociedade pela melhoria na qualidade

    de ensino que o fruto de boas prticas de gesto escolar na Escola Primria Completa do Alto Ma

    que se rege pelo Regulamento Geral do Ensino Bsico (RGEB 2008), onde est prevista a prtica de

    uma gesto democrtica.

    O mesmo, constitu subsdio adicional cincia na matria de gesto escolar, no que concerne

    motivao e comprometimento dos conselho de escola, na medida em que chama ateno aos gestores

    escolares a seguirem a prtica de gesto participativa ou democrtica e na medida que a escola um

    bem pblico fundamental na educao e socializao do indivduo, e que a sua conservao contribui

    para uma educao de qualidade. No entanto, muitas escolas tm na sua gesto o conselho de escola que

    um rgo usado na gesto democrtica da escola. Nesta ideia, preciso alertar a toda comunidade e a

    sociedade da importncia que tem a escola e que o envolvimento de todos vai ajudar a melhorar o

    ensino, contribudo para um ambiente saudvel e uma educao de qualidade. O surgimento do

    Conselho de Escola nas instituies foi implementado para democratizar a gesto escolar.

    Importa salientar que, o Conselho de Escola constitui o elo de ligao entre a escola e a comunidade e

    assegura a participao activa de todos os grupos ou seja, a todos os intervenientes no processo

    educativo, tambm tem como funo ajustar todas as directrizes e metas estabelecidas, a nvel central e

    local, realidade vivenciada na escola, ou seja, s vrias orientaes que partem do Ministrio da

    Educao e chegam escola atravs da direco provincial, distrital e zonas de influncia pedaggica.

  • 9

    CAPITULO II Reviso da literatura

    Neste captulo vamos apresentar uma sntese sobre o debate neste campo de estudo na perspectiva de

    diferentes autores que desenvolveram pesquisas em diversas reas; e de seguida se apresenta o quadro

    conceptual que assenta na definio e explicao de conceitos operatrios ligados ao tema em anlise,

    Imfluencia da gesto na motivao do conselho de escola no processo de ensino-aprendizagem na

    Escola Primria Completa do Alto Ma, na tentativa de esclarecer, de forma sinttica, o fenmeno que

    se est a pesquisar e responder seguinte pergunta de partida: Qual a imfluencia do conselho de

    escola na Escola Primria Completa do Alto Ma?

    2.1. Sintese de Estudos Realizados Sobre Conselho de Escola

    Em relao ao tema em estudo, sobre influncia da gesto na motivao e comprometimento do

    conselho de escola no processo de ensino-aprendizagem, destacamos que tericos das mais diferentes

    reas de de pesquisa desenvolveram alguns estudos de modo a compreender o fenmeno em estudo.

    Assim, isso mostra que a nossa pesquisa ir se basear em alguns desses trabalhos j desenvolvidos.

    Nhanice, B, Jos (2013), desenvolveu um estudo que tinha como titulo o papel do conselho de escola

    na gesto democrtica da escola bsica: As lies da experincia das escolas primrias completas: 3 de

    Fevereiro da cidade de Maputo, o estudo foi realizado em Maputo na escola 3 de Fevereiro e tinha

    como objectivo analisar o papel do conselho de escola na gesto democrtica da educao, tomando

    como exemplos as experincias das Escolas Primrias Completas 3 de Fevereiro da cidade de Maputo

    e 29 de Setembro do distrito de Marracuene, provncia de Maputo, de modo a contribuir para

    identificao de propostas que levem ao fortalecimento dos conselhos de escola. Optou-se numa

    pesquisa de natureza qualitativa, quanto aos objectivos da pesquisa era descritiva. Para a recolha de

    dados recorreu-se ao questionrio e entrevista. Relativamente ao ngulo de abordagem era um estudo de

    caso, deste estudo o autor conclui que a violao das normas que regem a constituio dos conselhos de

    escola, pois alm do director, que o nico membro isento da eleio, existem outros indicados e no

    eleitos nos conselhos das duas escolas. O estudo mostrou, tambm que, apesar da participao dos

    membros da comunidade nas reunies do conselho de escola, na prtica, eles tem pouco protagonismo

    no decurso dos encontros, o que mostra ainda forte influncia do segmento dos professores no tipo de

    decises tomadas pelo C.E.

    Um outro estudo foi realizado por Rosrio, R, Octvio (2015), com o ttulo anlise da influncia da

    Gesto na Motivao e Comprometimento dos Professores na Escola Primaria Completa da Fepom,

  • 10

    cidade de Chimoio. Este estudo foi desenvolvido em Chimoio, o objectivo central deste estudo era

    analisar a influncia da gesto na motivao e comprometimento dos professores no processo de ensino

    e aprendizagem na escola primria completa da Fepom. A realizao do trabalho permitiu ao autor

    acima citado concluir que existe pouca participao dos professores nas diversas actividades

    desenvolvidas na escola, como resulta do tipo de gesto nela implementada.

    Os conceitos importantes para este tema so: (i) gesto escolar, (ii) motivao, (iii) comprometimento, e

    (iv)conselho de escola .

    2.1 Gesto escolar

    Dalbrio (2008), a origem da palavra gesto advm do verbo latino gero, gessi, gestu, gerere, cujo

    significado levar sobre si, carregar chamar a si, executar, exercer e gerar.

    A gesto um processo que permite a obteno de resultados (bens ou servios) com o esforo dos

    outros. Esta deve incidir sobre as pessoas, recursos, processos e resultados, promovendo aces

    recprocas e orientando o sistema no seu conjunto (Teixeira, 2005, p.5).

    A gesto uma aplicao ordenada e sistemtica do saber que envolve processos e resultados, pois o

    alcance destes implica o saber, o saber fazer e saber ser, (Drucker 2004, p. 17) .

    A gesto escolar um conjunto de normas, directrizes, aces e procedimentos que asseguram a

    racionalizao de recursos humanos, materiais, financeiros e intelectuais, tendendo a formao de

    cidados com competncias e habilidades necessrias insero social, (Libneo, et al; 2002, p. 293).

    Portanto tanto a gesto escolar a forma de organizar o funcionamento da instituio de ensino nos

    aspectos polticos, culturais e pedaggicos, procurando dar transparncia s suas aces e actos,

    possibilitando comunidade escolar o local de aquisio de conhecimentos, saberes, ideias num

    processo que consiste em aprender, criar, dialogar, construir, transformar e ensinar.

    2.2 Tipos de gesto

    Na arena de administrao e gesto distinguem-se vrios tipos de gesto. Entretanto, no mbito

    organizacional destacam-se trs tipos de gesto.

    a) Autocrtica

    Gesto autocrtica um tipo de gesto que se baseia pela centralizao do poder, imposio dos pontos

    de vista e impede a participao membros na tomada de deciso da organizao (Chiavenato, 2006, p.

    18).

  • 11

    Na gesto autocrtica o lder fixa as regras, sem qualquer participao do grupo, delibera as

    providencias e as tcnicas para a execuo das tarefas, na medida em que se tornam necessrias e de

    modo imperecvel para o grupo e decide qual a tarefa que cada um deve executar e qual o seu

    companheiro de trabalho, (Fortuna, 2005, p. 92).

    b) Burocrtica

    Gesto burocrtica aquela em que o lder se ocupa sempre pelos formulrios, fichas de controlo e

    afirma seguir as normas de modo a dar instituio uma organicidade rgida, explcita e regularizada,

    diviso de responsabilidades e especializao do trabalho. (Chiavenato, 2006, p. 19

    A gesto burocrtica caracteriza-se pela hierarquia e controle enfocado nos processos, constituda por

    uma estrutura social racionalmente organizada e compete ao lder a autoridade e o poder de aco sobre

    os subordinados e meios coercivos capazes de impor a disciplina (Robbins, 2002).

    c) Democrtica

    A gesto democrtica consiste na descentralizao de poder e o lder compartilha problemas da

    organizao com os demais membros, ausculta propostas e toma decises baseando-se na colectividade

    (Teixeira, 2005, p. 8).

    Na gesto democrtica participativa, as directrizes, as providncias e as tcnicas so debatidas e

    esboadas pelo grupo, estimulado e assistido pelo lder e solicitam explicao tcnica ao lder quando

    necessrio, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. (PARO 2001 p.

    201). A liderana democrtica a mais adaptada para a conduo das actividades de uma escola. O

    bom director tem sempre a preocupao de auscultar os demais participantes, colhendo suas sugestes,

    ideias, contribuies espontneas. (Luck, et al, 2005, p. 16).

    Entretanto, Luck, (2002, p. 18) aponta alguns indicadores de uma gesto participativa:

    Promoo de um clima de confiana;

    Valorizao das capacidades e aptides dos participantes;

    Associao de esforos, fragmentao de arestas, eliminao de divises e integrao de

    esforos;

  • 12

    Estabelecimento de demanda de trabalho centrado nas ideias e no em pessoas e

    desenvolvimento de prtica de assumir responsabilidades em conjunto.

    A gesto democrtica depende da transparncia, controle e avaliaes; debate e votao das decises

    colectivas; normas de gesto regulamentadas e legitimadas pela maioria; coerncia da gesto da

    democrtica, vigilncia e controle da efectividade das aces (Fortuna, 2000, p.19)

    Portando, a gesto democrtica um modelo que possibilita o envolvimento, a participao de todos

    membros na tomada de deciso da vida da organizao, o esboo das directrizes e tcnicas so

    debatidas pelo grupo. Para o efeito e a gesto participativa o mais adequado para o sucesso e o alcance

    das metas das organizaes escolares.

    2.3 Motivao

    Motivao o gosto de executar altos nveis de esforo em direco a objectivos organizacionais,

    condicionados pela capacidade de satisfazer objectivos individuais. A motivao depende dos

    propsitos, fora e intensidade do comportamento, durao e firmeza (Chiavenato, 2005, p. 162).

    Motivao o reforo da vontade das pessoas em se esforarem para alcanar os objectivos da

    organizao (Teixeira 2005, p. 63).

    Sendo assim, a motivao um conjunto de foras internas que mobilizam e orientam o

    comportamento da pessoa, permite que se atinjam os objectivos da instituio, melhora a qualidade dos

    servios, a criatividade e a disposio para o trabalho. Por conseguinte deve ser vista como um

    processo que d aos membros da organizao a oportunidade de satisfazer as suas necessidades e

    cumprir os seus objectivos.

    Rocha (2007, p. 82), salienta que a motivao apresenta variaes consoante a interaco entre os

    indivduos e as variveis situacionais, logo, no um processo meramente ligado pessoa no seu

    aspecto singular, mas sim um processo que envolve o meio/contexto e a pessoa em causa.

    A motivao est dividida em extrnseca e intrnseca. A extrnseca parte do prazer que a pessoa tira a

    quando da participao ou execuo de alguma actividade para si prpria cujo objective e obter prazer e

    satisfao, e a intrnseca baseia-se no prazer que tem e que ira sentir ao fazer tal actividade, mas sim

    numa possvel recompense externa que poder ou ira obter.

    Segundo Robbins (2005), o ser humano e formado por caractersticas de personalidade nica e

    complexa e o seu comportamento muitas vezes e influenciado pelos factores motivacionais.

  • 13

    Ainda com o mesmo autor refere a falta de elemento adequados e condies propcios de trabalho

    fazem com que a motivao e a produtividade caiam.

    2.4 Comprometimento

    Existem vrios significados para comprometimento, tais como, agregamento e envolvimento.

    O comprometimento um vnculo do trabalhador com os objectivos e interesses da organizao,

    estabelecido e perpetuado por intermdio dessas presses normativas (Bastos et al, 1997, p. 99).

    Logo, o comprometimento a ligao organizacional do indivduo com a empresa que proporciona a

    realizao de esforo considervel para o alcance das metas da instituio.

    O comprometimento usado para descrever no s actividades, mas o prprio indivduo. assumido

    como um estado de nimo, caracterizado por sentimentos ou reaces afectivas, positivas, tais como

    lealdade em relao a algo (Fortuna, 2005, p. 101). O comprometimento com a profisso pode ser

    entendido como relao positiva do indivduo com a sua vocao ou profisso. positiva quando se

    relaciona procurando o desenvolvimento de competncias profissionais e negativa quando existe a

    inteno de abandonar a profisso (Paro, 2001, p. 202).

    Ferreira (2011, p. 19) particulariza o comprometimento e direcciona aos professores, dizendo:

    No caso concreto dos professores o comprometimento pela satisfao ou insatisfao destes tem sido

    frequentemente alvo de reflexes e trabalhos de investigao, pois lhe reconhecida uma grande

    influncia na motivao para o desenvolvimento do seu trabalho, melhoria das prticas educativas e

    realizao profissional. Baixos nveis de motivao e satisfao podem concorrer para elevados nveis

    de absentismo, abandono da profisso, diminuio da auto-estima.

    A motivao e o comprometimento dos professores tm sido estudados a partir de duas abordagens: a

    psicolgica, que utiliza vrios conceitos como satisfao no trabalho, satisfao ocupacional e

    satisfao para a vida; e, a sociolgica, que se concentra na socializao e na carreira do professor

    (Moreira 2005). usualmente tratada como certa ou ento como uma constante. Porm, h evidncias

    para acreditar que, como na maioria das ocupaes, existe uma discrepncia considervel entre os

    professores em termos de motivao e comprometimento no trabalho (Paro, 2001).

  • 14

    2.5 Conselho de escola

    De acordo com o grande Dicionrio Enciclopdico Verbo (1997:466), a designao conselho e definida

    como um organismo que pode possuir diferentes funes, tais como a funo consultiva, tcnica e

    executiva

    Ferreira e Aguiar (2004, p.86), o termo conselho, vm do Latim Consilium, que significa tanto ouvir

    algum quanto submeter algo a uma deliberao de algum, aps uma ponderao reflectida, prudente

    e de bom senso.

    Em Mocambique no periodo ps-independencia nacional o Conselho Escola foi usado como um meio

    de liga entre a escola-famlia e escola-comunidade.

    O Conselho Escola o orgo mximo do estabelecimento de ensino, que constitui o elo de ligao entre

    a escola e acomunidadeatraves de uma particiapao activa de todos os intervenientes do processo de

    ensino e aprebdizagem.(REGEB, 2005, p.104)

    Sendo a escola, um espao social da educao de qualidade e incluso social, um espao privilegiado

    de formao humana emancipadora na sociedade, o Conselho Escolar tem, de modo particular, o direito

    e o dever de zelar pela educao de qualidade socialmente refernciada.

    De acordo com o Regulamento Geral do Ensino Bsico (2008;15) os sistemas de regulamentao e

    normas de ensino em Moambique, conferem aos conselhos de escola as competncias: deliberativo,

    consultivo, fiscalizador e mobilizador. Ainda na perspectiva do autor, os conselhos de escola so

    entendidos como instncias decisivas e indispensveis para a qualidade da educao socialmente

    referenciada e de incluso social. So entendidos, tambm, como instncia necessria democratizao

    da gesto escolar.

    Silva e Cabral Neto (2007), acrescentam que o Conselho de Escola tambm apresenta caractersticas

    executivas, normativas e propositivas.

    Entretanto no Conselho Escolar onde deve actuar, a participao dos sujeitos de forma efectiva. Essa

    participao, que deve envolver no apenas os que actuam directamente na escola, mas tambm

    pais/responsveis e pessoas da comunidade de entorno requisito fundamental para este seja

    considerado actuante.

    O conselho de escola deve estruturar-se por um mnimo de quatro comisses, nomeadamente:

    comisso de finanas, comisso de HIV/SIDA e saneamento de sade escolar; construo e produo

    escolar e comisso de gnero; alunos rfos e vulnerveis e comisso de cultura e desporto escolar.

  • 15

    O conselho de escola na sua condio de rgo mximo rene-se pelo menos trs vezes por ano para a

    discusso de vrios assuntos: a) aprovar o regulamento interno da escola e garantir a sua

    implementao; b) pronunciar-se sobre o aproveitamento pedaggico da escola; c) aprovar o plano

    estratgico da escola e garantir a sua implementao.

    Figura 1: Organograma das Escolas Primrias Moambicanas

    2.6 Organizao Escolar

    De um modo geral, qualquer organizao pode ser vista como uma forma de disposio de um

    determinado sistema para atingir os resultados pretendidos. No entanto, no mbito social, uma

    organizao tida como um agrupamento humano intencionalmente construda e reconstruda, a fim de

    se atingirem objectivos especficos, no sendo portanto uma unidade pronta e acabada, mas sim um

    organismo social, vivo e sujeito a mudanas (Teixeira 2005, p. 24);

  • 16

    Uma organizao pode ainda ser considerada como uma unidade social conscientemente coordenada,

    composta de duas ou mais pessoas, que funciona de maneira relativamente contnua, para atingir um

    objectivo comum (Robbins 2002, p. 4).

    Contudo, o conceito de organizao escolar especfico na medida em que a organizao escolar tida

    como uma unidade social com responsabilidades educativas que rene pessoas que interagem entre si,

    intencionalmente, operando por meio de estruturas e de processos organizativos prprios a fim de

    alcanar objectivos educacionais (Libnio et al, 2002, p. 316).

    Portanto, a organizao escolar distingue-se de outras organizaes pela sua finalidade, que se

    circunscreve em formar e educar o homem, de modo a torna-lo um indivduo til na sociedade em que

    se insere e capaz de dar um contributo eficaz para o desenvolvimento sustentvel da prpria sociedade.

    2.7 Contribuio do conselho de escola na melhoria do ensino

    A maior preocupao deste estudo, de compreender de que modo o conselho de escola pode contribuir

    na melhoria do processo de ensino e aprendizagem do aluno.

    Diante dos trs modelos de gesto (tradicional, participativo e liberal), o participativo mais adequado

    para as unidades escolares, pois permite o envolvimento de professores e de outros funcionrios na

    deciso da vida da escola (Pires 1987, p. 105).

    Todavia, a existncia apenas de gesto participativa no reflecte a existncia da democracia na escola,

    necessrio que o gestor tenha em si respeito, sinceridade, transparncia, credibilidade, dedicao,

    sade, famlia, finanas, educao, camaradagem e harmonia (Freitas, 2011 p. 6).

    Na gesto directiva, o lder toma decises individuais, desconsiderando a opinio dos liderados; a

    gesto consultiva, esta voltada para as pessoas e h participao dos liderados no processo decisrio e

    na gesto liberal as pessoas tm mais liberdade e no h superviso constante (Valente 1999 p. 99).

    A influncia da gesto escolar na motivao e no comprometimento, depende do tipo de gesto e da

    natureza do lder, na medida em que os professores e funcionrios so envolvidos ou excludos na

    tomada de deciso da vida da escola (Gumieiro 2010, p. 43).

    Segundo MEC (2005:10), participao construtiva na tomada de decises podem melhorar a escola, a

    qualidade de ensino e promover o sucesso da escola, ps o envolvimento da comunidade e dos pais est

    positivamente, ligado aos resultados dos alunos.

  • 17

    Ainda neste pensamento, o Ministrio da Educao (MEC) institucionalizou o conselho de escola com o

    objectivo de envolver a comunidade na resoluo dos problemas escolares surgidos na escola, em parte,

    dividido a massifio do ensino. Contudo o pensamento da sociedade Moambicana diferente, ps ela

    atribui para as reprovaes dos seus filhos, principalmente nas classes com exame, a m qualidade do

    ensino e a falta de motivao e comprometimento dos professores e gestores da escola, ignorando por

    completo a responsabilidade que os pais tm para o sucesso dos seus educados.

    Entretanto, em relao a questo como que as actividades do conselho de escola podem contribuir

    para a melhoria da qualidade do ensino, os participantes apontaram a necessidade de estudar vrias

    estratgias, como: o maior envolvimento dos pais nas actividades da escola; maior participao dos pais

    no acompanhamento do ensino dos seus educados; aumento do apoio moral aos professores e a

    melhoria das condies de trabalho dos professores includo as infra-estrutura.

  • 18

    Capitulo III: Metodologia

    Neste captulo destacamos em especial as bases da escolha metodolgica e o mtodo de pesquisa

    utilizado.

    Metodologia o conjunto de mtodos ou caminhos que so percorridos na busca do conhecimento

    (Andrade, 1999, p. 111).

    3.1. Caracterizao da Escola Primria

    A Escola Primria Completa do alta Ma B, localiza se no Distrito Municipal Kampfumu, no Bairro

    do alto Ma na cidade de Maputo, ao longo da Avenida 24 de Junho n 1.092 e com Avenida Mohamed

    Siad Bar n 1.203 e a leste pela Avenida da Zmbia e com Avenida Josina Machel n 1.070. a escola

    situa-se numa zona de influncia pedaggica (ZIP).

    A escola constituda por 15 salas de aulas, 2 casas de banho, um bloco administrativo, secretaria, salas

    dos professores e um gabinete do Director da escola, um ginsio onde fazem educao fsica, uma

    reprografia. No momento a escola esta com falta de janelas e fechaduras em algumas portas e a

    estrutura da escola carece de uma reabilitao, algumas partes da estrutura da escola esta danificada

    mesmo a sua pintura. O corpo docente constitudo por 30 professores, desses sete so do sexo

    feminino e vinte e trs do sexo masculinos todos com formao psicopedaggica que varia do nvel

    bsico at a licenciatura.

    No que concerne a forma de abordagem do problema, destacam-se duas vertentes para a realizao da

    presente pesquisa: a pesquisa quantitativa e a qualitativa. (Richardson, 1999 p.70). Na pesquisa

    qualitativa considera que esta difere, em princpio, do quantitativo a medida que no emprega um

    instrumental estatstico como base do processo de anlise de um problema. No pretende numerar ou

    medir unidade ou categoria homognea. Abordagem qualitativa foi materializada atravs de estudo de

    caso.

    3.1 Pesquisa Qualitativa

    Na pesquisa qualitativa existe uma relao indissocivel entre o mundo objectivo e a subjectividade do

    sujeito que no pode ser traduzido em nmeros (Richardson, 1999, p. 72). Segundo este autor, neste

    tipo de pesquisa, os dados no so analisados por meio de instrumentos estatsticos, pois a mensurao

    e a enumerao no so o foco deste tipo de pesquisa.

  • 19

    3.2 Pesquisa Quantitativa

    Gil (1999, p. 32), defende que o mtodo quantitativo empregue no desenvolvimento de pesquisas

    descritivas de mbito social, econmico, de comunicao, de administrao e representa uma forma de

    garantir a preciso dos resultados, evitando distores. Para tal, nesta pesquisa foram usados

    questionrios para a obteno de dados quantitativos.

    Para a pesquisa qualitativa, o pesquisador selecciona os objectos de acordo com o problema da

    pesquisa. Quem sabe mais sobre o problema? Quem pode validar tal informao com outro ponto de

    vista ou uma viso mais crtica dessa situao problemtica (Silveira & Crdova, 2009, p. 31).

    O uso da combinao de mtodos permitiu uma melhor compreenso dos fenmenos em estudo e

    alcanar resultados mais seguros (Sousa & Baptista, 2011 p. 63). Portanto Para esta pesquisa, a

    combinao de mtodos quantitativos e qualitativos permitiu uma complementaridade dos dados e a

    obteno de informaes mais credveis.

    3.3 Amostragem

    O processo de amostragem aplicado neste estudo amostragem por convenincia. Portanto amostra por

    convenincia consiste na seleco de um subgrupo da populao e com base nas informaes

    disponveis, passam a ser considerados representativos de toda a populao (Gaya 2008 p.86). Apesar

    de amostra no ser representativa, til, pois economiza o tempo, capta ideias e identifica aspectos

    crticos da situao em estudo (Sousa & Baptista 2011, p. 77). O tipo de amostragem aplicado permitiu

    o contacto com determinados indivduos convenientes ao tema em estudo e facilitou a recolha de

    aspectos que afectam a motivao e o comprometimento do conselho de escola.

    De salientar que as entrevistas foram feitas de forma individual a qual seguiu a anlise dos dados

    recolhidos e a posteriormente a sua compilao. O estudo incluiu a direco da escola, professores, pais

    e encarregado de educao.

    Seleccionados com base em seleco aleatria por convenincia, nesse caso a escola em estudo conta

    com um universo de 20 membros do CE, e foram entrevistados 3 pais ou encarregados de educao, 4

    professores, 2 director pedaggico da escola e 3 funcionrio no docente, contudo no presente estudo

    foram inqueridos 13 membros do CE. Os professores e o director foram entrevistados com o intuito de

  • 20

    responder algumas perguntas que se julgam ser pertinentes para a percepo do fenmeno em estudo.

    As entrevistas aos pais e encarregados de educao foram realizadas na escola objecto de estudo, no dia

    em que a escola abria o ano lectivo de 2016, tendo em conta que seria difcil localiz-los fora da escola.

    3.4 Tcnica de recolha de dados

    Para Bogdan & Biklen (1994), a definio do instrumento de recolha de dados depender dos

    objectivos que se pretende alcanar com a pesquisa e do universo a ser investigado.

    Na presente pesquisa, utilizou-se como tcnica de recolha de dados inqurito por questionrio , por so

    instrumentos importante e privilegiados na recolha de informaes para a pesquisa e no exigem

    treinamento de pessoas e garantem o anonimato. O inqurito por questionrio foi dirigido aos membros

    do conselho de escolar na escola Primria Completa do Alto-Ma.

    Nesta pesquisa o inqurito por questionrio foi dirigida aos professores da EPC do Alto Ma, e como

    forma de conseguir recolher dados precisos, a mesma composta por 14 perguntas, (vide os anexos).

    3.4.2 Questionrio

    Nesta pesquisa usou-se o questionrio, que para Deshies (1992), questionrio um instrumento de

    investigao que visa recolher informaes baseadas geralmente a aquisio de um grupo

    representativo da populao em estudo para tal coloca-se uma serie de questes que abrangem o tema

    de interesse para o investigador.

    O questionrio serviu para inquerir aos professores e poder aferir o seu grau de percepo no que

    concerne ao tema em estudo sobre gesto participativa, como forma de obter informaes relevantes

    que no foram recolhidas atravs da entrevista, com vista a criar uma concordncia como a informao

    obtida do director em relao as suas aces no processo de gesto participativa na escola em causa.

    Como todos os instrumentos, o questionrio tambm apresenta suas vantagens. Alaiz et al. (2003)

    citados em Alves (2012, p. 51), as vantagens do questionrio so:

    O inqurito apresenta 14 perguntas (fechadas e de mltipla escolha), onde se encontram divididos em

    duas partes. Onde, na primeira parte temos a identificao dos inqueridos e por fim, a segunda parte

    encontramos questes relacionadas a temtica.

  • 21

    Deste modo foram inquiridos professores, pais e encarregados de educao e ao director adjunto

    pedaggico escola, como forma de conseguir colher dados precisos. e optou-se pelo uso da abordagem

    qualitativa e quantitativa, de modo a permitir uma melhor compreenso dos fenmenos em estudo e

    alcanar resultados mais consistentes.

    3.5. Plano de anlise de dados

    Segundo Andrade (2010), a anlise de dados uma actividade que consiste em transformar um conjunto

    de dados com objectivo de poder verific-los melhor, dando-lhes ao mesmo tempo uma razo de ser e

    uma anlise racional.

    Para a anlise de dados, Bardim (2006) sugere trs fases nomeadamente: (i) pr-anlise, (ii) explorao

    do material e (iii) tratamento dos resultados, inferncia e interpretao.

    1. A pr-anlise: nesta fase faz - se a organizao do material obtido com o objectivo de torn-lo

    operacional, sistematizando as ideias iniciais. Foi feita a descrio da nossa amostra

    populacional e de seguida a leitura das informaes colectadas durante o trabalho de campo.

    2. A explorao do material: nesta fase os registos obtidos por meio do questionrio e a entrevistas

    que foram seleccionados minuciosamente para constarem do texto escrito tendo em conta os

    objectivos estabelecidos para o trabalho. Foi nesta fase em que as respostas dadas pelos

    inqueridos foram organizadas consoante as perguntas de pesquisa de modo a facilitar a anlise

    das mesmas.

    3. Tratamento dos resultados inferncia e interpretao: esta etapa foi dedicada ao tratamento dos

    resultados; onde foi feita a condensao e o destaque das informaes para anlise. A anlise de dados

    recolhidos foi feita a partir dos contedos, por meio da qual analisamos os discursos oficiais sobre o

    papel da gesto participativa. Primeiro comeamos por organizar todos os dados, as opinies

    apresentadas pelos inqueridos da investigao e o tratamento dos dados ser feita na base de dados do

    Excel.

  • 22

    CAPITULO IV Analise e interpretao de dados

    4.1. Anlise e interpretao dos dados

    Este captulo dedicado a apresentao e discusso dos resultados do estudo, para o efeito feita a

    descrio das escola e de seguida a caracterizao dos inquiridos e por fim a anlise e interpretao dos

    dados.

    No ano de 2016, a escola matriculou dois mil e oitocentos e cinco alunos da 1 a 7 classe dos quais 1390

    so rapazes e 1415 so raparigas. Os alunos que frequentam esta escola so provenientes de vrios

    bairros da cidade de Maputo e Matola.

    Tabela 1: Efectivo de alunos da EPC do Alto Ma

    Nvel de ensino

    Efectivos

    Masculino Feminino Masculino e

    Feminino

    EP I 731 699 1430

    EP II 459 487 946

    Total 1390 1415 2805

    Fonte: Elaborada pela autora.

  • 23

    Grfico 1: Distribuio dos professores por sexo

    Fonte: Elaborado pela autora do trabalho

    A pesquisa abrangeu 13 membros do CE afectos nesta instituio, o que corresponde a 14,1% das 14

    turmas de 7a classe. Dos professores inquiridos, 8 so do sexo masculino (61,5%) e 5 (38,5%) do sexo

    feminino. Como ilustra o grfico acima.

    Relativamente ao total de 13 membros do CE inqueridos, 54% que constitui a maioria tm uma idade

    que varia de 31 a 40 anos, e a minoria que corresponde a 8% tm acima de 50 anos, ver grfico n 2.

  • 24

    Grafico 2: Faixa etria dos inqueridos

    Fonte: Elaborado pela autora do trabalho

    Quanto ao nvel acadmico, 54% corresponde ao nvel de licenciatura, que por sinal, a maioria e 15%

    que a minoria tem a formao de 10classe +1, 31% tem a 10 classe +2, e no existem casos de 12

    classe +1, bacharelato nem 6 e 7 Classe respectivamente, como mostra o grfico n3.

    Grafico 3: Nvel acadmico dos inqueridos

  • 25

    Fonte: Elaborado pela autora do trabalho

  • 24

    4.3 Apresentao dos resultados

    Actualmente a Escola Primria do Alto Ma conta com um total de 10 membros da CE, destes

    80% so do sexo masculino e 20% do sexo feminino. Nas entrevistas efectuadas analisamos a

    primeira parte que trata do perfil dos entrevistados, possvel afirmar que as perguntas foram

    respondidas por ambos os sexos, totalizado 100% da amostragem, que apresentam idades

    compreendidas entre 30 a 50 anos de idade. Quanto ao nvel de escolaridade as respostas

    variam, 60% licenciatura e bacharelato 40% ensino mdio completo, com base a estes dados

    podemos ver que h um bom nvel de escolaridade dos membros da CE.

    Ao referimos, que tipo de gesto existe na escola, num total de 100%, 69%dos inqueridos que

    a maioria afirmaram que a gesto e democrtica. E os restantes 31% consideram a sua gesto

    autocrtica.

    De acordo com estas respostas possvel observar-se que, na escola em estudo a gesto

    patente democrtica h envolvimento e participao de todos os membros do conselho.

    No que diz respeito a representao dos entrevistados na CE foi possvel identificar

    representaes dos profissionais (como a maioria), do pessoal administrativo e os

    representantes dos pais e encarregados de educao. Importa salientar que a participao dos

    alunos da escola em estudo no notvel uma vez que estes so duma idade inferior aos

    dezasseis anos.

    Sobre o processo de institucionalizao da CE, 17% dos nossos entrevistados responderam que

    esta regulamentada em lei no regimento da escola e no prprio estatuto da escola, 54% afirmam

    que esta regulamentada no regimento da escola e 29% confirmaram a regulamentao num

    total de 100%.

    O restante que corresponde a 55% desconhecem o prprio estatuto do C.E. Entrevistados sobre

    as competncias do CE da EPC do Alto Ma, os conselheiros reconhecem que a escola

    apresenta caractersticas mltiplas em sua natureza de acordo com a seguinte aspectos: de

    natureza deliberativa, executiva e fiscalizadora 100%.

  • 25

    A participao dos entrevistados na reunio da assembleia geral, realizada a 05 de Fevereiro de

    2016, permitiu que fosse verificada a actuao do CE; mostrando-se eficientes em suas

    competncias fiscalizadoras e deliberativas. No encontro, o presidente do conselho o (director)

    apresentou ao conselho fiscal a prestao de contas dos ltimos recursos utilizados em

    compras, do ADE (fundo de Apoio directo as escolas primrias). Este programa ADE tem por

    objectivo fortalecer a autonomia da gesto escolar a partir da definio de um plano para a

    melhoria dos resultados, com foco na aprendizagem dos alunos, (MEND, 2015). O conselho

    deliberou, ainda, sobre o processo dos membros da CE, ficando clara a eleio como

    instrumento e forma de escolha dos membros do conselho, resposta reconhecida por

    unanimidade.

    Sobre a periocidade de reunies ordinrias do CE, no total de 100%, 57% responderam que so

    anuais e 43% que so semestrais.

    A terceira parte das entrevistas composta por quatro perguntas subjectiva. Primeiramente foi

    perguntado se o CE da EPC do Alto Ma participa efectivamente nas tomadas de decises da

    escola e 14% dos conselheiros entrevistados responderam que sim, justificando que as reunies

    so utilizados como forma de promover discusses dos problemas mais presentes da escola,

    uma vez que partir delas que surgem sugestes e decises e 86% responderam que no,

    considerando que as decises so tomadas de forma centralizada, pelo Director da escola.

    Na segunda pergunta questionados sobre as principais actividades desenvolvidas pelo CE na

    EPC do Alto Ma, as respostas variam, testemunhando diferentes competncias do CE,

    convocao de reunies deliberativas; elaborao das previses oramentais da escola;

    assessoria aos professores com apoio directo ao material didctico; elaborao de projectos que

    viabiliza a integrao da escola com as famlias e com a comunidade; normalizao de regras

    para incluso no regulamento escolar; e fiscalizao quanto a utilizao de recursos financeiros

    disponveis.

    A terceira pergunta trata de verificar em qual dos nveis de decises (financeiro, administrativo

    e pedaggico), este conselho exerce uma maior actuao? As respostas apresentam se

    distribudas da seguinte forma: num total de 100%, 29% reconhecem o nvel financeiro; 43%

  • 26

    reconhecem os nveis administrativos e pedaggicos; 14% reconhecem os nveis financeiros e

    pedaggicos e os restantes 14% s reconhecem o nvel pedaggico. Essas respostas apontam

    para uma pronta actuao do CE em questes de ordem financeiro, representado na totalidade

    das respostas 86%. Em questes de ordem decisrias as respostas apontam ainda para uma

    pouca participao do CE no campo administrativo.

    No que diz respeito motivao na realizao das diferentes tarefas que desenvolvem na

    escola, dos 100%, (46,2%) dos inquiridos sentem-se motivados e comprometidos,

    argumentando o seu gosto pela docncia e por disporem de condies materiais mnimas para a

    realizao das suas actividades. Toda via, 53,8% dos questionados afirmam que participam

    nestas actividades porque so obrigados e como dever de professor cumprir com o processo

    de ensino - aprendizagem. Examinando esses dados pode-se constatar que os professores no

    esto motivados para as tarefas que lhes cabem, sendo deste modo, a docncia uma opo para

    a sua sobrevivncia, porque no possuem outras alternativas profissionais. Este aspecto mostra

    claramente que os gestores da escola no se preocupam pela situao do professor. Isto reflecte

    o no envolvimento dos professores e encarregado de educao na vida da escola e pode

    contribuir para o elevado de reprovaes.

    Chiavenato (2001) defende que as teorias modernas de gesto recomendam a considerao

    social e envolvimento dos funcionrios para que a organizao tenha uma produtividade

    qualitativa.

    Para analisar quem tem voz no conselho de escola recorreram-se a duas tcnicas: anlise de atas

    e observao das sesses do conselho, nas quais no nos foi permitido reproduzir. Para tal,

    foram analisadas e observadas as intervenes de cada representante que compe o rgo:

    representantes de professores, director da escola, representantes dos alunos; representantes dos

    membros da comunidade, representantes do pessoal administrativo e representantes dos pais e

    encarregados da educao.

    As quatro actas analisadas mostraram que os representantes mais interventivos so: o director

    da escola, os professores e presidente do conselho de escola. Por exemplo, na ata do dia 15 de

    Maio de 2016 onde estiveram presentes 4 representantes dos professores, 2 representantes do

  • 27

    pessoal administrativo, director da escola, 1 representante dos encarregados da educao, 1

    representante da comunidade e 3 representantes de alunos. Este encontro foi convocado pela

    direco da escola e tinha como primeiro ponto da agenda, fundo de Apoio directo a escola

    (FADE), segundo ponto anlise da segurana da escola e finalmente o terceiro ponto de

    diversos.

    Depois do encontro com o conselho de escola, foram questionados aos alunos e aos pais porque

    que no intervieram durante a discusso. As respostas foram quase unnimes: o GRPC

    afirmou que os assuntos discutidos eram pedaggicos e no tinham conhecimento para o efeito

    e confiavam e aceitavam o que era dito. Para o GRA afirmou que falar na presena do professor

    no coisa fcil.

    Estes aspectos apresentados remetem para uma anlise profunda sobre quem deve fazer parte

    do conselho de escola, ou seja, quem tem legitimidade para tomar decises que melhorem a

    escola. No basta ter um rgo composto por todos os representantes (director, representantes

    dos professores, representantes dos alunos, representantes dos pais e encarregados da educao,

    representantes da comunidade), mas preciso que cada um desses se empenhe para o bom

    funcionamento da escola. Todavia, h que fornecer ferramentas bsicas aos membros do

    conselho da escola para que possam exercer as suas tarefas com a competncia desejada.

    Finalizando, questionou-se aos membros do conselhos sobre as limitaes que a CE sofre em

    relao a sua forma de actuao, 30% do membro do conselho afirmaram no existir limitaes

    e 70% apontaram para a questo da falta de autonomia em relao administrativa, sobre tudo no

    mbito da gesto da escola.

  • 28

    CAPITULO V Concluso

    Concluso

    Neste captulo procuramos trazer a concluso da pesquisa e o resumo as respostas sobre as

    questes do estudo.

    A nossa pesquisa assumiu uma abordagem qualitativa e quantitativa e teve como tipologia de

    pesquisa o estudo de caso. O instrumento de recolha de dados foi inqurito por questionrio.

    O estudo mostra que na escola em causa o conselho de escola dirigido pelo director de escola,

    dadas as ausncias constantes dos respectivos presidentes que, no geral, so provenientes do

    segmento dos pais. Tambm verificou-se ainda que, apesar da participao dos membros da

    comunidade nas reunies do conselho de escola, na prtica, eles tem fraca participao no

    decurso dos encontros, o que mostra ainda forte influncia do segmento dos professores nas de

    decises tomada pelo conselho de escola.

    Portanto, partindo das respostas analisadas os membros do conselho entrevistados apontam

    para a afirmao de que o CE da EPC do Alto Ma , de facto um conselho no actuante, uma

    vez que este apresenta algumas limitaes em relao a tomada de deciso e em termo dos

    encontros a se realizarem na escola. Importa salientar que a escola no apresenta uma iniciativa

    no desenvolvimento das actividades em diferentes nveis decisrias tendo em conta que estes

    poderiam contribuir de forma positiva para o processo de gesto escolar participativa dos

    membros do conselho de escola. Apensar da maior parte dos membros afirmarem terem

    respondido que, acreditam que a sua participao nas reunies do conselho poderiam ajudar na

    resoluo dos problemas da escola. Por outro lado os dados das observaes feitas reforam a

    ideia de que na escola em causa no predomina uma participao passiva nos processos de

    tomada de deciso, tambm observamos algumas situaes de divergncias de opinies entre os

    membros das discusses geradas em uma das reunies que participamos .

    Em relao CE como um rgo de gesto, podemos concluir que a sua constituio parece ter

    acontecido mediante um processo marcado por uma diversificao de forma de eleio dos

    membros, isto para cada membro do conselho a forma de eleio foi diferente, assim o

    processo de escolha dos representantes no acontece numa concepo de democracia

  • 29

    representativa, pelo que o modelo de governao da escola aproxima-se de uma democracia

    elitista (Estanque, 2006).

    Apesar de termos identificado situaes que demostrem a existncia de dilogo e negociao

    verificamos que o processo de tomada de deciso centralizado nas mos do director da escola

    e, em regra realizado sem participao dos membro do conselho o que confirma o maior poder

    centralizado nas mos do director.

  • 30

    Referncias bibliogrficas

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    Nacional de Educao, reajustando a Lei no 4/83 que aprova a Lei do Sistema Nacional de

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    http://www.mec.gov.mz/Legislacao/Legislacao/Lei%20%20do%20Sistema%20Nacional%20de%20Educa%C3%A7%C3%A3o.pdf
  • ANEXO

  • Questionrio

    Exmo./a Senhor/a.

    Este questionrio faz parte dum estudo que pretendemos realizar no mbito da concluso do curso de

    Licenciatura em Organizao e Gesto de Educao, na Universidade Eduardo Mondlane tendo como tema:

    Implicaes do conselho de escola na Motivao e Comprometimento Conselho de Escola: Estudo de caso

    da Escola Primria Completa da Alto - Ma.

    Agradecamos que colaborasse connosco, respondendo as perguntas porque as suas respostas so

    extremamente importantes. No h respostas certas nem erradas. Todas as respostas so validas,

    agradecamos que responda de acordo com a sua opinio todas as questes. Garantimos a confidencialidade

    das suas opinies e respostas.

    Obrigada pela colaborao.

    Por favor, preencha ou assinale com X nos espaos apropriados

    Identificao

    1. Sexo

    Masculino Feminino

    2. Idade

    Menos de 25 anos; De 26 a 30 anos; De 36 a 40 anos;

  • De 41 a 45 anos; De 31 a 35 anos; Mais de 46 anos.

    3. Qual a sua formao profissional?

    a) 12 Classe _____ b) Mestrado ____

    c) Sem formao____ d) 10 classe mais 1 ______

    e) 12 classe mais 1 _____ f) Licenciado _______

    g) Bacharelato _____ h) Doutoramento ______

    i) Outro _________ j) Qual? ________________________________.

    4. H quantos anos trabalha nesta escola? _________

    5. Qual a sua funo? Director/a Director Pedaggico/a Professor/a

    Outra funo (especificar) _____________________________________________________.

    Assinale com X no espao em branco, a opo abaixo:

    6. De entre vrios rgos de direco, qual o rgo de que a escola dispe?

    Das alternativas que se seguem, assinale com X nos espaos em branco:

  • a) Direco da escola ( ) b) Conselho da escola ( )

    c) Direco pedaggica ( ) d) Secretaria da escola ( )

    e) Nenhum dos rgos ( )

    6. Como que o conselho de escola constitudo?

    R:....................................................................................................................

    ........................................................................................................................

    7. Quem so as pessoas que fazem parte do conselho de escola?

    R:.....................................................................................................................

    .........................................................................................................................

    8. O que que o conselho de escola faz?

    R:...................................................................................................................

    .......................................................................................................................

    9. Qual a relao entre o director e o presidente?

    R:..................................................................................................................

    ......................................................................................................................

    10. Quem tem voz no conselho de escola?

  • a) Director ( ) b) Presidente ( )

    11. Que assuntos so discutidos no conselho da escola?

    R:..................................................................................................................

    ......................................................................................................................

    12. Como se chega a deliberao geral?

    a) Unanimidade ( ) b) Votao ( )

    13. Quais so os instrumentos de regulao da aco educativa da escola?

    R:.................................................................................................................

    .....................................................................................................................

    14. Que tipo de Gesto se verifica na escola?

    a) Autocrtica ( ) b) Burocrtica ( ) c) Democrtica ( )