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DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS MANUAL DE NORMAS PARA ELABORAÇÃO DOS SERVIÇOS TÉCNICOS E PROJETOS JANEIRO/2007

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Page 1: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO

ESTADO DE MINAS GERAIS

MANUAL DE NORMAS PARA ELABORAÇÃO

DOS SERVIÇOS TÉCNICOS E

PROJETOS

JANEIRO/2007

Page 2: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

INTRODUÇÃO

Na ambiência atual das organizações - públicas e privadas - e dos cidadãos imperam

as máximas da globalização econômica, da modernização e da competitividade dos

diversos agentes do sistema; exigindo um reposicionamento dos papéis e ações

destes diversos agentes.

Assim é que o DEOP-MG, antevendo e buscando se alinhar com esse atual e futuro

momento, definiu-se por estabelecer os padrões de qualidade para fornecimento de

serviços e obras à Entidade. Assim, capacita-se ao pleno exercício das novas funções

públicas coerentes à nova ambiência referida, quais sejam as de gerenciar e auditar a

qualidade da execução das atividades que tem sob seu comando.

Os padrões de qualidade estabelecidos voltam-se à plena satisfação dos usuários

diretos e indiretos dos serviços e obras públicas sob gestão da Entidade, à

maximização do uso dos recursos públicos, à garantia da vida útil dos equipamentos e

bens públicos, à transparência e aprimoramento do relacionamento entre os diversos

agentes do sistema, observados ainda os critérios ambientais e sociais destes

empreendimentos.

No intuito de colocar os conhecimentos técnicos desenvolvidos à disposição da

sociedade, assegurando a todos os agentes da mesma o compromisso de

aperfeiçoamento das sistemáticas de trabalho concebidas, é que a Entidade apresenta

o alicerce de seus trabalhos: os padrões de qualidade para elaboração de projetos de

obras civis do Estado de Minas Gerais.

Os seguintes documentos consolidam estes padrões, sendo objeto de apresentações

individualizadas:

Page 3: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Manual de Normas para Elaboração de Serviços Técnicos e de Projetos;

Manual de Padronização da Apresentação Gráfica de Projetos;

Caderno de Encargos e Planilha Geral do DEOP-MG, de orientação à execução de

Serviços e de Edificações.

Page 4: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

APRESENTAÇÃO

O presente “Manual de Normas para Elaboração de Serviços Técnicos e de

Projetos” destina-se a orientar a execução de serviços desta natureza; constituindo -

para todos os profissionais envolvidos neste trabalho - fonte obrigatória de consulta.

O “Manual” encontra-se estruturado em 4 (quatro) partes. A primeira delas - Diretrizes

Básicas - contem orientações gerais de balizamento da execução dos trabalhos

constantes do documento; a segunda - Serviços Técnicos - orientações específicas

para execução destes serviços; a terceira - Projetos de Edificações - os norteamentos

para correta elaboração dos mesmos e; a última - os Critérios para Elaboração dos

Projetos de Implantação e de Arquitetura.

Este tem por objetivos:

1. Caracterizar o objeto a ser contratado;

2. Estabelecer as normas,especificações e procedimentos, que orientem os

processos de desenvolvimento, avaliação e aprovação de projetos, que se

constituem em:

Este Manual de Normas;

Caderno de Encargos e Planilha Geral do DEOP-MG;

Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT;

3. Estabelecer a metodologia de planejamento gerencial das atividades de projeto,

que constitui-se nas etapas de Projeto Básico e Projeto Executivo e nas fases

de Verificação e Aprovação;

4. Estabelecer o nível de qualidade desejada para o projeto, com base nos

elementos que constituem esse Edital de Licitação;

5. Estabelecer os critérios de medição para os serviços a serem desenvolvidos

durante o cumprimento do contrato.

Page 5: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .............................................................................

APRESENTAÇÃO .......................................................................

I DIRETRIZES BÁSICAS ..............................................................

01 Generalidades .........................................................................

02 Atribuições das Partes Envolvidas ..........................................

03 Representação Gráfica dos Projetos .......................................

II SERVIÇOS TÉCNICOS ..............................................................

01 Reconhecimento do Terreno

Características e Condicionantes ............................................

02 Levantamento Planialtimétrico.................................................

03 Cadastro de Edificações ..........................................................

04 Sondagem do Terreno .............................................................

III PROJETOS DE EDIFICAÇÕES ................................................

01 - Projeto de arquitetura de Arquitetura ......................................

02 - Projeto de Implantação e Movimento de Terra .......................

03 - Projeto de Estrutura de Concreto ............................................

04 - Projeto de Instalações Elétricas ..............................................

05 - Projeto de Telecomunicações .................................................

06 - Projeto de Instalações Hidro-sanitárias ...................................

07 - Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Anti-Pânico ...

08 - Projeto de Sistema de Proteção Contra

Descargas Atmosféricas ..........................................................

09 - Projeto de Impermeabilização .................................................

10 - Projeto de Drenagem Pluvial Superficial

Page 6: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

11 - Projeto de Paisagismo ............................................................

12 - Projeto de Climatização ..........................................................

13 - Projeto de Leiaute ...................................................................

14 - Projeto de Comunicação Visual ..............................................

15 - Projeto de Instalações Especiais ............................................

16 - Projeto de Acústica .................................................................

17 - Projeto de Estrutura Metálica ..................................................

18 - Projeto de Rebaixamento de Lençol Freático .........................

IV CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS ...........

01 Projetos de Implantação e Arquitetônicos ...............................

02 Projetos Arquitetônicos ............................................................

Page 7: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

I DIRETRIZES BÁSICAS

1 Generalidades

1.1 Sempre que este Manual mencionar o termo "Projeto" estará se referindo ao

projeto executivo completo. O projeto é considerado completo, quando dele

fizerem parte integrante o projeto de arquitetura e os seus respectivos

complementares.

1.2 O Projeto deve obedecer às disposições e orientações do CADERNO DE

ENCARGOS e PLANILHA GERAL DO DEOP-MG e as de ordem legal e

técnica determinadas pelos poderes públicos e entidades abaixo relacionados:

1.2.1 Município, Estado e União, através de legislação própria pertinente ao assunto,

caso houver. Embora exista uma hierarquia entre as três esferas consideradas,

o autor do projeto deverá considerar, para casos específicos, a prescrição mais

exigente, que eventualmente pode não ser do órgão de hierarquia superior;

1.2.2 Órgãos e concessionárias locais de prestação de serviços públicos;

1.2.3 Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

1.3 É de fundamental importância que a CONTRATADA tenha conhecimento do

local do Empreendimento/Obra, para que tenha melhores condições de avaliar

toda complexidade e exigências mínimas dos projetos.

1.4 Projeto Executivo de Arquitetura será a base para a compatibilização dos

diversos Projetos Executivos Complementares.

Page 8: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

1.5 Na concepção de uma edificação pública é necessário observar os seguintes

aspectos:

1.5.1 É de responsabilidade da CONTRATADA o pedido de licenciamento ambiental

junto aos ÓRGÃOS AMBIENTAIS, através do preenchimento do FCEI

(Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento).

1.5.2 Social: o projeto deve atender o órgão solicitador e como conseqüência os

anseios e expectativas da população/usuários; atender às necessidades de

acessibilidade do indivíduo portador de necessidades especiais; responder

adequadamente ao fluxograma e ao programa arquitetônico através do

aproveitamento racional do espaço e da sua funcionalidade;

1.5.3 Padrões: deverão ser utilizados, sempre que possível, os projetos padrões do

DEOP-MG;

1.5.4 Custo/Benefício: prever técnicas construtivas adequadas que visem

durabilidade e facilidade de manutenção, promovendo o conceito de economia

de soluções que permitam a otimização no emprego dos recursos materiais e

humanos, e a redução do custo posterior de conservação e operação;

1.5.5 O Projeto, uma vez aceito, será registrado no arquivo técnico e passará a ser

de propriedade do DEOP-MG ou do Cliente;

1.5.6 Caberá ao DEOP-MG o direito de implantar o Projeto em outro local, se assim

achar conveniente, resguardados os procedimentos legais;

1.5.7 Qualquer modificação no Projeto só deverá ser feita com a anuência do seu

autor e/ou responsável técnico. Caso não seja possível o contato com estes, o

DEOP-MG assumirá tal modificação;

Page 9: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

1.5.8 Os serviços e projetos que possuam características de excepcionalidade por

exigirem técnicas especiais e sofisticadas, ou que sejam de aplicabilidade

restrita e esporádica, não serão aqui detalhados. Estes trabalhos terão sua

elaboração embasada em critérios específicos e com forma de apresentação

própria. Caso venham a ser contratados, deverão ser estabelecidas,

previamente, na proposta técnica, todas as suas peculiaridades.

Page 10: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

2 Atribuições das Partes Envolvidas

A contratação dos projetos pressupõe a existência de três partes interessadas,

a saber: o Cliente,o Supervisor e o Contratado. Para o bom desenvolvimento

do trabalho a participação e responsabilidade de cada um destes elementos

deve ficar bem definida , assim como o seu inter-relacionamento. Desta

maneira, estão descritas, a seguir, as principais atribuições e competências de

todos os envolvidos:

2.1 Cliente

É considerado Cliente o órgão ou entidade de administração pública que

solicitou ao DEOP-MG a execução do serviço, objeto do instrumento contratual,

tendo as atribuições de :

2.1.1 Elaborar o programa pretendido ou fornecer ao Supervisor todos os elementos

necessários para esta finalidade;

2.1.2 Apresentar ao Supervisor todos os dados necessários à execução dos

trabalhos;

2.1.3 Acompanhar e aprovar as diversas etapas do projeto: estudo preliminar, projeto

básico e projeto executivo.

2.2 Supervisor

Supervisor é um profissional da Gerência de Produção de Projetos – GPP do

DEOP-MG a quem cabe:

2.2.1 Convocar para reuniões os demais envolvidos, assumindo a função de

mediador e orientando a aprovação das questões tratadas, sendo o

responsável pela aprovação do projeto conjuntamente com o Cliente;

Page 11: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

2.2.2 Representar o elo entre o Cliente e o Contratado, gerenciando as atividades

entre as partes;

2.2.3 Decidir sobre as dúvidas referentes a este Manual e ao Projeto.

Todos os trabalhos serão coordenados por funcionários do DEOP-MG e/ou

contratados por ele, com poderes para verificar se os serviços especificados

estão executados de acordo com o previsto, analisar e decidir sobre

proposições da CONTRATADA que visem melhorar o projeto, fazer

advertências quanto a qualquer falta da CONTRATADA, aplicar multas, efetuar

retenções de medição e demais ações necessárias ao bom andamento dos

serviços.

Sempre que a Supervisão julgar necessário, a concepção do projeto será

discutida.

A Supervisão poderá solicitar formalmente a CONTRATADA a substituição de

membros de sua equipe técnica , assim como um reforço da mesma, a

qualquer momento que julgar necessário.

2.4 Contratado

Contratado é a pessoa jurídica ou física signatária do contrato com o DEOP-

MG, e representada por uma empresa de projetos e serviços técnicos ou um

profissional liberal legalmente habilitado, responsável pela elaboração do

projeto. Sua competência e obrigações além das previstas no contrato, estão

discriminadas a seguir:

2.4.1 Garantir que os profissionais especializados integrantes de seu corpo técnico e

relacionados no procedimento licitatório realizem pessoal e diretamente os

serviços objeto do contrato;

2.4.2 Participar das reuniões convocadas pelo Supervisor para elucidar dúvidas

levantadas, para formalizar a entrega de documentos, para recebimento de

informações ou para tratar de assuntos diversos;

Page 12: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

2.4.3 Submeter cada etapa do projeto à Supervisão e aos profissionais/analistas

envolvidos no processo;

2.4.4 Fazer as alterações e/ou correções solicitadas dentro dos prazos

estabelecidos;

2.4.5 Fazer a compatibilização entre todas as disciplinas de um Projeto de forma a

não haver nenhuma interferência entre elas, que possa prejudicar a elaboração

da planilha orçamentária, prejudicar ou mesmo inviabilizar a execução da obra;

2.4.6 Entregar uma cópia do Projeto para análise e, após a sua aprovação final, o

seu original, completo;

2.4.7 Garantir que os projetos obedeçam às posturas e aos parâmetros urbanísticos

do município, adotando os equivalentes estabelecidos para Belo Horizonte

naqueles municípios onde ainda não tenham sido definidos;

2.4.8 Pesquisar junto à Prefeitura local, às concessionárias de água e esgoto,

energia elétrica, telefonia, aos órgãos ambientais, de trânsito, de preservação

do patrimônio, vigilância sanitária e demais entidades envolvidas, todas as

normas aplicáveis aos projetos;

2.4.9 Aprovar cada disciplina do projeto na respectiva concessionária prestadora do

serviço em referência ou no órgão público responsável, como exemplo: CEMIG,

TELEMAR, IEPHA-MG, Prefeitura Municipal, Corpo de Bombeiros, etc;

2.4.10 Fazer os respectivos registros de Anotação de Responsabilidade Técnica

(ART) no CREA-MG, dos projetos elaborados;

2.4.11 Consultar o Supervisor para esclarecer eventuais dúvidas de aplicação ou de

interpretação do presente Manual de Normas.

Page 13: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

2.4.12 É de responsabilidade do Contratado qualquer divergência entre especificações

de projeto e planilha de orçamento que possa acarretar prejuízo ou mesmo

inviabilizar a execução das obras, estando este sujeito às penalidades legais.

Page 14: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

3 Representação Gráfica dos Projetos

A representação gráfica relaciona-se, exclusivamente, aos aspectos da

apresentação, sendo, os aspectos técnicos específicos de cada disciplina,

tratados em seus capítulos correspondentes.

3.1 Desenhos

A representação gráfica será de acordo com o Manual de Padronização da

Apresentação Gráfica de Projetos do DEOP-MG.

O projeto será composto de formatos de mesmas dimensões, e

preferencialmente, o padrão A1. Excepcionalmente, será aceito o padrão A1

alongado. A utilização de outros formatos deverá ser discutida com a

Supervisão.

3.2 Parte Descritiva

Os projetos e serviços técnicos terão, além de sua parte de desenho, um

memorial descritivo contendo conceitos e justificativas, planilhas de

quantitativos, listas de materiais, memórias de cálculo, relatórios, pareceres,

etc. Para apresentação destes documentos utilizar papel no formato A4 ou o

modelo de formulário próprio adotado pelo DEOP-MG.

3.3 Documentação Fotográfica

A determinação da quantidade de fotografias, dos objetos a serem retratados,

bem como, dos seus ângulos visados, fica condicionada ao assunto e objetivos

a serem alcançados. As fotos deverão ser digitais, a cores, (10 x 15) cm. As

mesmas serão inseridas no formulário próprio e com legendas explicativas.

3.4 Condições Gerais

Page 15: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

3.4.1 A representação gráfica de desenhos fora dos padrões e das escalas

convencionadas, deverão ter aprovação do Supervisor do DEOP-MG, conforme

Padronização.

3.4.2 A terminologia adotada neste “Manual de Normas” servirá como referência para

os títulos de desenhos e para as partes descritivas dos serviços técnicos e

projetos.

3.4.3 Caso sejam solicitadas outras formas complementares de apresentação do

trabalho, como por exemplo: maquetes eletrônicas, plantas humanizadas,

banner de fotografias, etc., estas poderão ter, forma individualizada, conforme

acordado com o Supervisor.

3.4.4 Cada formato conterá o maior número possível de desenhos, dentro da clareza

necessária à sua compreensão, facilitando a consulta e reduzindo quantidade

de formatos.

3.4.5 Os projetos desenvolvidos com a utilização de computador, obedecerão a

representação gráfica de acordo com do DEOP-MG.

3.4.6. A CONTRATADA fará a entrega final dos projetos executivos, conforme o

especificado a seguir:

3.4.6.1 Projetos plotados em papel vegetal, com gramatura mínima de

90/100gr/m², assinados. Os projetos aprovados nas concessionárias ou

órgãos públicos deverão ser entregues encadernados em papel sulfite

com as respectivas aprovações.

3.4.6.2 02 conjuntos completos encadernados em volumes e impressos no

formato A4, com cópias de todos os documentos: Estudos, Memoriais

Descritivos, Justificativos e de Cálculo, Planilhas, Laudos, Relatórios,

ART’s conforme os critérios e normas fixadas pelo DEOP-MG.

Page 16: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

3.4.6.3 Um volume (formatoA4) contendo exclusivamente a planilha de

quantitativos, e preço, conforme Planilha Padrão DEOP-MG, em

conjunto com as memórias de cálculo dos quantitativos apresentados

3.4.6.4 CD, e relação de todos os documentos e desenhos, contendo:

- Todos os projetos em arquivos eletrônicos, versão atualizada em

extensão DWG,nomeados conforme os critérios e normas fixadas pelo

DEOP-MG;

- Planilha de quantitativos e de orçamento, em arquivos eletrônicos

extensão XLS, conforme Planilha Padrão DEOP-MG;

- Memorial descritivo, Caderno de Especificações de materiais e

Boletins de Sondagens.

3.4.7 O trabalho a ser apresentado não poderá ter manchas ou rasuras, facilitando a

leitura e interpretação do seu conteúdo, cabendo ao Supervisor exigir uma

nova apresentação, caso a apresentada não se enquadre nos parâmetros aqui

estabelecidos.

3.4.8 Para se fazer a análise do Projeto, em qualquer uma de suas fases de

elaboração, o Contratado deverá fornecer cópias em papel sulfite, dos

desenhos originais.

3.4.9 Caso não exista indicação expressa em sentido contrário, as cópias solicitadas

ao Contratado deverão ser entregues devidamente dobradas.

3.4.10 Será exigido como menor espessura de traço 0,1mm e como menor tamanho

de caracteres o correspondente à régua nº 80 de normografia ou fonte 12.

3.4.11 Os originais da parte descritiva do trabalho serão entregues ao DEOP-MG,

devidamente numerados e classificados em cadernos em espiral. Estes terão,

externamente, uma capa com o título de identificação do serviço ou projeto a

que se refere e, internamente, uma folha índice com a relação de seu conteúdo

e o correspondente número de páginas.

Page 17: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

II SERVIÇOS TÉCNICOS

São considerados como Serviços Técnicos, neste Manual de Normas, os

trabalhos profissionais especializados na área da engenharia e arquitetura,

relacionados aos terrenos a serem edificados ou às construções já existentes

e, cuja execução está afeta à supervisão da GPP/ DEOP-MG, a saber:

1 - Reconhecimento do Terreno - Características e Condicionantes

2 - Levantamento Planialtimétrico

3 - Cadastro de Edificações

4 - Sondagem do Terreno

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1 Reconhecimento do Terreno - Características e Condicionantes

1.1 Objetivo

Este serviço refere-se, especificamente, aos terrenos a serem edificados e

deve ser feito, de preferência, pelo arquiteto contratado para a elaboração do

projeto de arquitetura. Através deste reconhecimento, este profissional deverá

obter no próprio local as informações básicas para o desenvolvimento do

trabalho.

1.2 Detalhamento do Serviço

Verificar e avaliar a possível interferência dos aspectos relacionados abaixo

com o projeto a ser elaborado:

1.2.1 Condições físicas do terreno e da região:

a) topografia, vegetação e tipo de solo;

b) clima e índices pluviométricos;

c) drenagem superficial, possibilidade de alagamento e cotas de máxima cheia;

d) córregos, ribeirões e rios;

e) norte verdadeiro;

f) ventos dominantes;

g) insolação e salubridade;

h) servidões;

i) elementos construídos;

j) situação em área urbana ou rural;

k) tipo de construções vizinhas;

l) serviços públicos (energia elétrica, água, esgoto e telefone);

m) tipo e pavimentação dos logradouros públicos de acesso;

n) proximidade com rodovias e ferrovias.

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1.2.2 Condições sócio-econômicas da região:

a) mercado de materiais de construção;

b) jazidas de minerais e pedreiras;

c) matérias-primas comumente empregadas;

d) categoria e qualidade da mão-de-obra;

e) tipo e padrão econômico das edificações.

1.3 Apresentação

1.3.1 Relatório Técnico

Deverá ser apresentado um “Relatório de Reconhecimento do Terreno”, em

formato A4 padrão do DEOP-MG com os dados do terreno em referência.

1.3.2 Croquis de Localização

Apresentar um croquis com a situação do terreno na cidade, indicando as vias

de acesso e os logradouros com as principais construções como edifícios

públicos, hospitais, indústrias, etc., que estejam localizados num raio inferior a

200 m. Fornecer as distâncias aproximadas ao centro da cidade, à estação

rodoviária e à rodovia.

1.3.3 Documentação Fotográfica

Fotografar toda a área, particularmente os detalhes de maior interesse.

Apresentar um croquis do terreno com a localização dos pontos de tomada de

cada foto com o sentido de sua respectiva visada, para melhor entendimento.

1.4 Condições Gerais

1.4.1 Verificar quais as tensões disponíveis no fornecimento de energia elétrica e,

caso necessário, estudar a possibilidade de ampliação da rede.

Page 20: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

1.4.2 Com referência à rede pública de abastecimento de água, verificar a sua vazão

e se existe continuidade no seu fornecimento.

1.4.3 Quando as redes públicas de energia elétrica, de abastecimento de água, de

esgoto ou de telefone, não atingirem o terreno, mas existirem em suas

imediações, estudar a possibilidade de viabilizar a sua extensão para atender a

futura edificação. Isto deverá ser feito junto aos escritórios regionais das

concessionárias de prestação destes serviços públicos.

Page 21: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

2 Levantamento Planialtimétrico

2.1 Levantamento Planimétrico

2.1.1 O levantamento planimétrico será representado por uma poligonal implantada,

seguindo os limites da área determinada ou o perímetro das divisas do terreno.

O levantamento deverá ser estadimétrico com o emprego de teodolito de

precisão mínima de 20" ou Estação Total.

2.1.2 O início do serviço deverá partir do Norte Magnético e um ou mais de seus

vértices que deverão ser amarrados por estadimetria, constando o azimute e o

ângulo interno com referência a um ponto de segurança (PS). Este ponto

deverá ser externo a área levantada, facilmente identificável e permanente

como por exemplo, a interseção dos eixos de duas vias públicas confluentes ou

um marco de concreto, cravado nas proximidades, ao lado de locais notáveis e

imutáveis como postes, quinas de muros, construções sólidas, torres de alta

tensão, árvores de porte, etc.

2.1.3 A poligonal demarcatória do limite do terreno deverá ser cotada em toda sua

extensão e piquetada a cada 10 metros.

2.1.4 Quando houver mudança de rumo da poligonal será colocado um marco de

concreto neste local e indicado o ângulo interno do seu vértice.

2.1.5 Nos trechos curvos da poligonal levantar os pontos de tangência (PT, PC), o

ângulo central e o raio de curvatura, piquetando-se a curva.

2.1.6 Todos os marcos empregados nos levantamentos serão de concreto e terão

uma seção de 8 x 8 cm e comprimento de 50 cm, sendo cravado no chão até

Page 22: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

uma profundidade de 45 cm e procedendo-se a uma limpeza à sua volta num

raio aproximado de 50 cm.

2.1.7 Estabelecer linhas básicas paralelas e ortogonais, constituindo um sistema

rígido de coordenadas, que servirão para demarcação de sub-áreas internas e

como referência para a implantação da edificação no terreno. Estas linhas

serão locadas pela colocação de piquetes e terão uma distância de 10 metros

umas das outras. Este espaçamento deverá ser reduzido se a topografia do

terreno for bastante acidentada.

2.1.8 Fornecer as cadernetas de campo ou arquivo de dados em meio eletrônico.

2.2 Levantamento Altimétrico

2.2.1 O nivelamento será feito a partir de um ponto de referência de nível (RN),

representado por um marco de concreto cravado em local facilmente

identificável e que não seja atingido pela futura terraplanagem. Este marco será

locado estadimetricamente com azimute a um dos vértices do perímetro ou ao

ponto de segurança (PS), determinado no levantamento planimétrico. O RN,

uma vez determinado, será mantido para todos os projetos.

2.2.2 Toda a área será levantada através de seções determinadas pelas linhas

básicas, as quais serão niveladas e contraniveladas. As seções serão

prolongadas além dos limites do terreno, principalmente as que seccionam as

vias públicas adjacentes.

2.2.3 Nos terrenos onde o espaçamento entre as curvas de nível for muito grande,

sua altimetria será representada, ainda, por piquetes intermediários

devidamente cotados e locados.

Page 23: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

2.2.4 Serão determinadas as altitudes de quaisquer elementos significativos que se

encontrem em seu interior, sobretudo a base das árvores, postes e muros ao

longo de sua extensão e a cada 5 m.

2.2.5 Caso exista córrego, ribeirões ou rios nas proximidades da área, o seu nível

d'água (NA) na máxima cheia deverá ser indicado.

2.3 Representação Gráfica do Levantamento

2.3.1 Os levantamentos planimétrico e altimétrico serão representados

conjuntamente num mesmo desenho. A escala adotada deve ser compatível

com as dimensões do terreno e o formato empregado, podendo ser 1:100,

1:200 ou 1:500.

2.3.2 Todos os projetos desenvolvidos, posteriormente, terão seus respectivos

formatos de implantação desenhados a partir deste levantamento

Planialtimétrico, adotando-se, inclusive, a mesma escala. Isto permitirá fazer a

justaposição entre os desenhos, o que facilitará a transcrição dos dados de

relevância de cada projeto especificamente, além de padronizar a

apresentação final.

2.3.3 O desenho das seções transversais e longitudinais do terreno coincidirão com

as linhas básicas. A escala será a mesma da planta do levantamento.

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2.3.4 No memorial descritivo deverá constar a descrição das divisas do terreno com

seu perímetro, área em metros quadrados e demais dados complementares

que não foram informados no desenho em planta.

2.3.5 Na representação gráfica do levantamento deverá constar, também, a locação

de elementos significativos existentes na área e a citação de outros dados de

interesse, como por exemplo:

a) norte verdadeiro;

b) ventos dominantes;

c) curvas de nível traçadas de metro em metro;

d) árvores de porte com sua denominação e diâmetros do tronco e da copa;

e) acidentes topográficos notáveis como afloramento de rochas, barrancos,

grotas, lagoas, curso d'água, etc;

f) edificações, caracterizando o seu tipo de construção, a sua área de projeção,

o número de pavimentos, o seu perímetro e a cota altimétrica das soleiras

externas;

g) construções diversas como muros, cercas, torres de alta tensão, etc;

h) nomes dos proprietários dos imóveis confrontantes;

i) nomes dos logradouros públicos adjacentes ao terreno com indicação de sua

largura e dos passeios e tipo de pavimentação;

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j) redes de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial, energia elétrica e

telefone, com seus respectivos elementos como postes, canalizações, bueiros,

caixas de passagem, poços de visita, tubulações, etc., seus alinhamentos

cotados e suas profundidades;

k) faixa de domínio de rodovia e de rede de alta tensão.

2.3.6. O levantamento planialtimétrico deverá ser fornecido em arquivo eletrônico em

2D, extensão DWG nomeado conforme os critérios e normas fixadas pelo

DEOP-MG, uma via plotada em papel sulfite devidamente dobrada e uma via

plotada em papel vegetal, com gramatura mínima de 90/100gr/m², assinada.

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3 Cadastro de Edificações

3.1 Objetivo

Este serviço refere-se às edificações existentes e consiste, principalmente, no

seu levantamento planialtimétrico, que será representado por desenhos em

plantas, cortes, elevações, e, em algumas situações, inclusive os detalhes

arquitetônicos, assinalados os efeitos danosos provocados pelo tempo e pelo

uso em suas instalações e estruturas. Este cadastro fornecerá as informações

necessárias para a elaboração dos projetos de reforma e/ou acréscimo. Para

um projeto de restauração este Cadastro de Edificações terá uma

metodologia própria de estruturação, conforme explicitado no item 1.5 do

capítulo referente ao Projeto de Arquitetura.

3.2 Detalhamento do Serviço

No cadastro de uma edificação, além de se proceder às medições

propriamente ditas, outros aspectos terão que ser observados e relatados com

referência as suas condições físicas. Para tanto, será feito um Relatório de

Avaliação do Estado de Conservação onde, além da descrição dos problemas

e das deficiências constatadas, serão preenchidos formulários próprios que

expressarão os dados relativos ao grau de deterioração e o índice percentual

de reaproveitamento de seus elementos. Estes dados servirão, mais tarde,

como subsídio essencial para determinar as ações que visem a recuperação ou

substituição destes elementos. A seguir, será descrito o roteiro para o

desenvolvimento deste serviço:

3.2.1 Fundação

Verificar a existência de recalques de fundação ou abatimento de terreno. Caso

necessário, poderão ser solicitados serviços de prospecções.

3.2.2 Estrutura

Page 27: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Determinar o tipo de sistema estrutural e as suas condições de solidez e

estabilidade. Caso seja justificável, poderá ser solicitada prova de carga sobre

lajes, vigas e pilares.

3.2.3 Alvenaria

Verificar se as paredes são de vedação ou estrutural e de que tipo de alvenaria

são feitas. Observar se os paramentos estão devidamente aprumados e

alinhados ou se apresentam trincas.

3.2.4 Revestimentos

Os aspectos referentes à sua conservação e manutenção serão considerados,

e apontados os defeitos de sua superfície como desgaste e fissuramento, de

forma a quantificar o seu reaproveitamento. Preencher o Quadro de

Acabamentos no formato que contém a planta do Cadastro de Edificações.

3.2.5 Esquadrias

Testar o seu funcionamento e apontar os serviços de recuperação a serem

feitos, inclusive, com relação à substituição de elementos danificados ou

faltantes. Fazer o preenchimento do Quadro de Esquadrias.

3.2.6 Cobertura

Detectar possíveis problemas de infiltração de água. A cobertura com telhas

será desenhada em planta mostrando o seu engradamento em madeira ou

estrutura metálica, com suas respectivas peças devidamente identificadas e

cotadas em suas seções. Complementar as informações da cobertura com o

preenchimento das Fichas de Vistoria referentes ao telhado e sua estrutura. No

caso de lajes planas impermeabilizadas, deverão ser indicados os sentidos das

inclinações e seu percentual, os pontos de descida de água pluvial, o estado de

conservação inclusive do teto abaixo deste.

Page 28: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

3.2.7 Instalações Hidro-sanitárias, Elétricas e Telefônicas

Vistoriar as instalações internas da edificação, anotar a posição das redes

públicas de fornecimento destes serviços, a vazão e a continuidade do

fornecimento de água, a tensão de entrada de energia elétrica e o

posicionamento da rede de telefonia, quanto ao lado da rua em relação à

edificação e se a rede é aérea ou subterrânea.

3.2.8 Aparelhos e Equipamentos

Verificar o estado de conservação de cada um dos aparelhos e equipamentos

das diversas instalações, levando-se em conta se estão com defeito, no final de

sua vida útil ou se tornaram obsoletos. Após a avaliação destes elementos,

determinar os que necessitam serem reparados, substituídos ou mesmo, serem

instalados outros novos.

3.3 Apresentação

3.3.1 Representação Gráfica

Desenhar o Cadastro de Edificações em formatos, adotando-se as mesmas

escalas estipuladas para cada um dos desenhos, conforme indicado no

capítulo referente ao Projeto de arquitetura.

3.3.2 Relatório Técnico-Fotográfico

Apresentar o Relatório de Avaliação do Estado de Conservação, em formato

A4, constando, além do parecer técnico, as Fichas de Vistoria devidamente

preenchidas.

Fotografar toda a edificação e o terreno remanescente, indicando nas plantas

do levantamento a localização dos pontos de tomada de cada foto com o

sentido de sua respectiva visada, para melhor entendimento.

Page 29: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

3.3.3 A entrega final do cadastro de edificações, deverá ser conforme o especificado

a seguir:

a. Desenhos plotados em papel vegetal, com gramatura mínima de

105/110gr/cm², assinados.

b. 01 conjunto completo encadernado em volume e impresso no formato A4,

com cópias de todos os documentos: Memoriais Descritivos, Justificativos e

de Cálculo, Laudos, Relatórios, ART’s conforme os critérios e normas

fixadas pelo DEOP-MG.

c. CD, e relação de todos os documentos e desenhos, contendo todos os

desenhos em arquivos eletrônicos, versão atualizada em extensão

DWG,nomeados conforme os critérios e normas fixadas pelo DEOP-MG;

Page 30: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

4 Sondagem do Terreno

4.1 Conceituação

4.1.1 A finalidade deste procedimento é fornecer ao engenheiro calculista de

estrutura os dados da natureza do terreno que possibilitem determinar o tipo de

fundação a ser empregado para suportar as cargas estáticas da obra.

4.2 Procedimentos

4.2.1 Servirá de base para estipular as cotas altimétricas da sondagem, o mesmo RN

do levantamento topográfico.

4.2.2 Quanto aos furos de sondagem à percussão, o DEOP-MG definirá a melhor

alternativa a ser empregada:

a) o cliente definirá previamente a locação dos furos através de croquis

apresentado à firma que fará a sondagem;

b) a sondagem fará parte do escopo da Projetista, sendo esta a responsável

pela locação dos furos.

4.2.3 O número de furos de sondagens necessários, será definido conforme norma

técnica e de acordo com o tipo da obra a ser construída e a uniformidade

apresentada pelo subsolo após o início do serviço de sondagem, não devendo,

contudo, ser inferior a dois 2 (dois).

4.2.4 No caso de ocorrência de formações rochosas, deve-se fazer prospecções

para determinar a sua constituição, estabilidade e dimensionamento.

Page 31: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

4.2.5 O Supervisor, caso julgue oportuno, poderá solicitar, como complementação ao

serviço de sondagem, a abertura de poços de exploração donde serão

retiradas amostras representativas das camadas do subsolo para análise.

4.3 Apresentação

4.3.1 O resultado obtido deste processo será apresentado em forma de um relatório

técnico, o Relatório de Sondagem, contendo os dados básicos, a seguir:

a) data em que foi iniciado e concluído o trabalho de campo;

b) planta de locação dos furos com respectivas cotas altimétricas;

c) perfil individual de cada sondagem, em escala, representado por um gráfico;

d) identificação das diversas camadas do subsolo com suas respectivas

profundidades;

e) classificação tátil-visual dos materiais perfurados;

f) cota do lençol freático, quando encontrado;

g) outras ocorrências ou achados dignos de notificação.

4.3.2 As amostras representativas dos tipos de solos deverão ser devidamente

acondicionadas e conservadas pelo período mínimo de 30 (trinta) dias após a

entrega dos resultados, ficando à disposição do DEOP-MG ou Contratante para

eventuais ensaios de verificação de seu comportamento mecânico ou de suas

características físicas.

Page 32: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

III PROJETOS DE EDIFICAÇÕES

As conclusões contidas nos Serviços Técnicos serão repassadas aos

profissionais responsáveis pela elaboração dos projetos, no que concerne a

área de atuação específica de cada um deles. O objetivo destes projetos é

gerar todas as informações que assegurem a viabilidade executiva da

edificação e possibilite, previamente, a avaliação detalhada de seu custo e do

seu prazo de realização.

Estes projetos estão subordinados à supervisão da Gerência de Produção de

Projetos (GPP) do DEOP-MG e encontram-se relacionados abaixo:

01 - Projeto de Arquitetura

02 - Projeto de Implantação e Movimento de Terra

03 - Projeto de Estrutura de Concreto

04 - Projeto de Instalações Elétricas

05 - Projeto de Telecomunicações

06 - Projeto de Instalações Hidro-sanitárias

07 - Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Anti-Pânico

08 - Projeto de Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas

09 - Projeto de Impermeabilização

10 - Projeto de Drenagem Pluvial Superficial

11 - Projeto de Paisagismo

12 - Projeto de Climatização

13 - Projeto de Leiaute

14 - Projeto de Comunicação Visual

15 - Projeto de Instalações Especiais

Page 33: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

16 - Projeto de Acústica

17 - Projeto de Estrutura Metálica

18 - Projeto de Rebaixamento de Lençol Freático

Page 34: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

1 Projeto de Arquitetura

1.1 Projeto Específico

É o projeto de uma edificação que, tendo por objetivo o atendimento às suas

funções específicas - definidas pelo Cliente -, deverá ter um partido

arquitetônico condizente com tais funções e uma implantação adequada ao

terreno.

1.2 Projeto Padrão

Como o projeto padrão será implantado em diferentes localidades do Estado,

deverá ser levado em consideração na sua concepção as diversificadas

condições de viabilidade. Para cada situação de locação, fazer uma

implantação e as necessárias adaptações no projeto, em função das

particularidades do terreno.

1.3 Projeto de Ampliação e Reforma

a) O acréscimo é a criação de novas dependências ou anexos à edificação

existente, com o conseqüente aumento de sua área.

b) A reforma é a modificação de espaços com a execução e/ou demolição de

elementos de vedação e estrutura, no corpo da edificação existente sem

acréscimo de área. Poderá ser ainda a recuperação ou substituição de

elementos e/ou acabamentos.

OBSERVAÇÃO:: Independentemente do tipo de projeto (específico, padrão, de

reforma e acréscimo ou implantação), este deverá ser elaborado considerando

a NBR-9050, da ABNT, que dispõe sobre a acessibilidade de pessoas

portadoras de necessidades especiais a edificações, espaço, mobiliário e

equipamentos urbanos.

Page 35: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

1.4 Etapas de Elaboração do Projeto

O projeto será desenvolvido em três etapas seqüenciais ao longo das quais

pretende-se atingir os objetivos previamente estabelecidos. A descrição de

cada uma delas encontra-se a seguir:

1.4.1 1ª Etapa - Estudo Preliminar

a) Descrição

Consiste na representação gráfica da solução resultante do processo de

ordenação dos dados disponíveis, dos parâmetros definidos pelo programa

arquitetônico de necessidades, pelo fluxograma e pelas condicionantes

ambientais e do terreno.

b) Apresentação

Será em cópia em papel sulfite. Este estudo preliminar se fará acompanhar por

um memorial justificativo das soluções adotadas e, ainda, caso se faça

necessário por uma maquete eletrônica volumétrica de conjunto.

A representação gráfica será em forma de desenhos esquemáticos na escala

1:200.

c) Conteúdo

Planta do terreno com indicação dos acessos, locação da edificação,

determinação dos níveis altimétricos, destinação de áreas remanescentes e

livres com previsão de futuras expansões, logradouros, norte verdadeiro,

áreas da edificação e do terreno.

Planta dos diversos pavimentos, cortes e fachadas.

Page 36: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Dimensionamento dos ambientes devidamente identificados; metragens

quadradas, determinação dos fluxos de circulações, do sistema estrutural.

d) Aprovação

Submeter o Estudo Preliminar à análise e aprovação do Cliente e do DEOP-

MG, como condição para o início da 2ª etapa.

1.4.2 2ª Etapa - Projeto Básico de Arquitetura

a) Descrição

Consiste no desenvolvimento do estudo preliminar aprovado. Considerar, nesta

fase, as observações e determinações do Coordenador e do Supervisor.

Nesta etapa, a equipe de profissionais responsáveis pela elaboração dos

projetos complementares, desenvolverá, conjuntamente com o arquiteto, as

soluções a serem adotadas de estrutura e de instalações.

O projeto básico de arquitetura, uma vez concluído, será repassado aos outros

projetistas, para que cada um, dentro de suas atribuições, desenvolva o seu

trabalho específico de maneira compatibilizada com as demais disciplinas.

b) Apresentação

Apresentar cópias em papel sulfite.

Page 37: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

c) Conteúdo

Memorial Descritivo;

Planta de Situação;

Plantas de Implantação e Movimento de Terra;

Planta de Locação;

Plantas de Pavimentos;

Cortes;

Fachadas;

Cobertura;

Quadro de Esquadrias;

Código de Especificações de Acabamentos;

Caderno de Especificação Técnica.

d) Memorial Descritivo

O Memorial Descritivo conterá:

Programa e Escopo;

Parâmetros de Dimensionamento dos Ambientes;

Fluxograma;

Conceitos;

Critérios;

Forma;

Função;

Conteúdo;

Comunicação adequada.

e) Aprovação

Submeter o Projeto Básico de Arquitetura à análise e aprovação pelo

Supervisor do DEOP-MG, como condição para o início da 3ª etapa.

Page 38: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

1.4.3 3ª Etapa - Projeto Executivo

a) Descrição

Nessa etapa, serão atendidas as solicitações de correções ou de alterações do

Projeto Básico de Arquitetura, propostas pelo Supervisor. Serão elaborados,

também, os detalhes construtivos referentes aos elementos do projeto.

A compatibilização dos projetos complementares entre si e destes com o

projeto de arquitetura, será ratificada nesta fase do trabalho. Caso seja

necessário, em função de divergências entre eles outras modificações poderão

ser efetuadas.

Ao término desta etapa, com a entrega final do Projeto, nenhuma dúvida mais

deverá persistir acerca da sua interpretação. Nele estarão contidos todos os

dados necessários e suficientes para a elaboração dos serviços posteriores

como o orçamento e o cronograma da obra, além de sua execução.

b) Apresentação

A apresentação desta 3ª etapa será em cópias em papel sulfite, para análise. A

representação gráfica dos desenhos, obedecerá o Manual de Padronização da

Apresentação Gráfica de Projetos.

c) Conteúdo

Desenhos;

Memorial Descritivo;

Caderno de Especificações Técnicas;

Planilha de quantitativos;

ARTs;

Page 39: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Aprovações;

c.1) Desenhos

Os desenhos seguirão as seguintes diretrizes:

c.1.1) Planta de Situação com representação do terreno e respectivas

dimensões, áreas vizinhas, logradouros limítrofes, projeção da edificação,

amarrações, tabela com áreas de pavimentos projetados, área total projetada e

área do terreno.

c.1.2) Plantas de Implantação

A sua forma de apresentação será detalhada em Projeto de Implantação.

c.1.3) Plantas de Pavimentos

Os desenhos conterão todos os dados e cotas planimétricas, enquadrados em

malha de coordenadas alfanumérica, conforme estipulado a seguir:

Representar a planta na escala 1:50; excepcionalmente será aceito desenho

na escala 1:75 ou 1:100, após a aprovação do Supervisor do DEOP-MG.

Caso o dimensionamento do desenho seja superior ao do próprio formato,

deve-se recorrer ao desmembramento deste desenho em partes devidamente

setorizadas e articuladas.

Cotar os cômodos internos, as espessuras das paredes, os diversos

elementos construtivos além de cotas parciais e totais da planta.

Transcrever os principais elementos estruturais quando necessário.

Codificar as portas e as janelas conforme o Manual de Padronização da

Apresentação Gráfica de Projetos do DEOP-MG.

Dar a designação dos cômodos e especificar os seus materiais de

revestimento preenchendo o Quadro de Especificação de Acabamento,

Page 40: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

conforme o Manual de Padronização da Apresentação Gráfica de Projetos do

DEOP-MG.

Calcular a área total construída considerando as suas áreas parciais

referentes a cada pavimento e a cada bloco, indicando-as no quadro de

observações existente no selo do formato.

Nos projetos de acréscimo e reforma, indicar a área das construções

existentes. Fazer, também, legenda contendo a forma de representação das

paredes conforme o Manual de Padronização da Apresentação Gráfica de

Projetos do DEOP-MG.

c.1.4) Planta de Cobertura

Representar a planta na escala 1:75 ou 1:100, conforme o seu grau de

complexidade e dimensionamento, enquadrada no sistema de coordenadas

alfanumérico.

Determinar o tipo de telhado utilizado com seus respectivos elementos:

cumeeiras, rufos, rincões, espigões e telhas, no caso de estrutura de madeira.

Indicar o caimento das águas do telhado com suas respectivas declividades

expressas em termos percentuais.

Especificar as peças em chapa galvanizada como rufos, rincões, calhas e

condutores, com o desenvolvimento de suas seções transversais detalhadas

e cotadas.

Detalhar os arremates dos rufos e calhas junto às paredes e platibandas.

Desenhar a estrutura do telhado, representando em planta o posicionamento

das peças devidamente cotadas, de eixo a eixo.

Desenhar um corte transversal desta estrutura, em detalhe na escala 1:20,

mostrando tesouras ou sistemas de apoio, os encaixes e/ou emendas das

peças de madeira dando as suas bitolas e indicando os seus respectivos

reforços, no caso de estrutura de madeira.

Page 41: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

A cobertura em laje impermeabilizada terá um projeto específico. Representar

o sentido de escoamento da água em direção aos ralos, devidamente

locados, e as linhas de concordância dos planos inclinados, como cumeeiras,

espigões e rincões.

A cobertura em estrutura metálica deverá ser representada apenas em suas

peças básicas. Esta estrutura será objeto de um projeto específico, conforme

estipulado em Diretrizes Básicas.

Quando se empregar telhas de fibrocimento em que haja o seu recobrimento

longitudinal, deverá ser obedecida a orientação técnica do fabricante.

c.1.5) Cortes

Os cortes conterão todos os dados do projeto referentes a sua altimetria,

enquadrados no sistema de coordenadas alfanumérico, além dos citados

abaixo:

Serão representados um mínimo de dois cortes, um longitudinal e o outro

transversal, na escala 1:50 ou 1:75.

Os principais aspectos a serem considerados referem-se às alturas de

peitoris, de vergas de aberturas, de janelas, de portas, de guarda-corpos, de

prateleiras, de bancas, de escadas, platibanda, cumeeira, etc.

Fornecer as cotas altimétricas dos pisos já revestidos, tomando-se por base o

RN, assinalando as diferenças de nível entre eles e a medida de pé direito

dos cômodos.

c.1.6) Fachadas/Elevações

Todas as fachadas, enquadradas no sistema alfanumérico, serão desenhadas

adotando-se a escala 1:50, 1:75 ou 1:100, e conter as informações abaixo:

Especificar os códigos dos diversos materiais de revestimento de suas

superfícies.

Page 42: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

As esquadrias externas serão representadas de forma esquemática, porém

mostrando suas divisões ou quadros.

Desenhar as molduras e frisos indicando as suas saliências ou reentrâncias

em detalhes específicos.

Detalhar os elementos decorativos.

Detalhar a paginação da elevação quando se empregar peças cerâmicas

como revestimento ou, quando se utilizar elementos modulados.

c.1.7) Ampliações

As áreas de sanitários, cozinhas, vestiários e outras áreas molhadas, deverão

ser ampliados em desenhos na escala 1:20 ou 1:25 a partir dos quais serão

representadas seções e/ou vistas, na mesma escala, indicando as peças

sanitárias, as divisórias, os acessórios, bancas, a paginação de revestimentos

e pisos, níveis de pisos acabados, etc.

c.1.8) Detalhes Arquitetônicos

Os detalhes serão representados na forma e escalas adequadas 1:20, 1:10,

1:5, 1:2, permitindo a sua perfeita compreensão executiva. Serão detalhados,

sobretudo:

As peças de serralheria e de estrutura metálica como janelas, portas, portões,

gradis, guarda-corpos, alçapões, etc., sendo desenhadas as suas elevações

nas escalas 1:10 ou 1:20 e suas seções nas escalas 1:1, 1:2 ou 1:5.

Os arremates entre piso e parede e entre a parede e o teto.

As peças de carpintaria e as esquadrias em madeira sendo desenhadas as

suas elevações na escala 1:20 e suas seções na escala 1:2, inclusive os

marcos, batentes e peças de acabamento.

Soleiras de portas e peitoris de janela.

A paginação de acabamentos em pedra serrada.

Page 43: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Os forros rebaixados, com seu sistema próprio de fixação quando necessário

e com seus materiais constitutivos, de acabamento e de arremate.

c.2) O Memorial Descritivo, já apresentado em fase de anteprojeto, deverá ser

complementado, se for o caso.

c.3) Caderno de Especificações Técnicas

Constitui-se como parte integrante do projeto de arquitetura, e deve ser

apresentado impresso.

Conterá a especificação técnica dos acabamentos, materiais, equipamentos,

mobiliários e acessórios previstos para a obra de forma mais ampla e

detalhada, em complementação à codificação de acabamentos adotada nos

desenhos. O trabalho deverá ser agrupado por tipo de serviço mantendo

estreita correlação com a Planilha Geral do DEOP-MG.

Na especificação de um produto, quando constar a sua marca comercial ou

for citado nominalmente o seu fabricante, deve-se ter em conta que se trata,

de uma referência à sua qualidade técnica ou de acabamento, não excluindo

a possibilidade de se utilizar outro material de características rigorosamente

equivalentes e não, apenas, similar. Todos os materiais obedecerão às

prescrições da ABNT e deverão ser aprovados pelo DEOP-MG.

Caso ocorra, em um projeto, alguma divergência de informações, deve-se

obedecer a relação de prevalência de cotas escritas sobre medidas em

escala.

No caso de divergências de informações de projetos, especificações,

denominações e métodos, é de responsabilidade da CONTRATADA o

esclarecimento das dúvidas e a elaboração das revisões necessárias.

Forma de apresentação

Page 44: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

- Introdução. Sistema de Codificação adotado (conforme o Manual de

Padronização da Apresentação Gráfica de Projetos do DEOP-MG);

- Especificação de Acabamentos;

- Especificação de Materiais;

- Especificação de Louças e Acessórios;

- Especificação de Ferragens;

- Especificação de Metais;

- Especificação de Equipamentos;

- Especificação de Mobiliário.

c.4) Caderno de Encargos

Será adotado para todos os projetos e obras o Caderno de Encargos do

DEOP-MG. Qualquer item de projeto que não conste do mesmo deverá ser

apresentado pelo Contratado como anexo junto ao Caderno de Especificações

Técnicas.

As sugestões de complementação de especificações e/ou métodos executivos

poderão ser encaminhadas oficialmente ao Supervisor do DEOP-MG.

1.5 Projeto de Restauração

Refere-se a edificações com características que as enquadrem como um

monumento do patrimônio histórico e artístico e, portanto, subordinadas às

ações preservacionistas dos organismos oficiais responsáveis pela guarda e

proteção deste acervo cultural. Desta forma, o projeto de restauração

obedecerá às diretrizes estabelecidas por estes órgãos e ao roteiro básico a

seguir:

a) Pesquisa Histórica;

b) Levantamento Cadastral;

c) Diagnóstico;

d) Proposta de Intervenção.

Page 45: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

As duas primeiras etapas são investigatórias e consistem no estudo da

evolução histórica da edificação, na sua medição para a representação gráfica

de seus elementos construtivos, na prospecção e vistoria minuciosa de suas

instalações, visando a obtenção de dados para se fazer o diagnóstico. Este

será abrangente abordando os aspectos relativos as caracterizações

tipológicas, as alterações arquitetônicas e ao estado de conservação.

Essas etapas do projeto possibilitam, em suma, o conhecimento aprofundado

da edificação, indispensável à elaboração de uma proposta de intervenção

adequada, que contemple, ao mesmo tempo, a recuperação de suas

características originais e a adaptação de seus espaços às funções que vão se

impondo pela adoção de novos usos.

1.6 Projeto de Escolas Públicas

Os projetos arquitetônicos de prédios escolares serão tratados de forma

própria, complementando as diretrizes, de ordem geral, estabelecidas no sub-

ítem referente ao seu conteúdo. A seguir, estão discriminadas as

características e orientações particulares que serão consideradas na

concepção arquitetônica destas escolas.

1.6.1 Coordenação Modular

Considerando ser a sala de aula o cômodo de maior repetição nas edificações

escolares, o seu dimensionamento servirá de base para a determinação da

modulação. Também deve-se levar em conta duas outras variáveis - sistema

estrutural e tipo de cobertura. A modulação proposta respondendo

satisfatoriamente a estes aspectos, definirá o dimensionamento de todos os

outros ambientes, pelo agrupamento ou fracionamento dos módulos.

1.6.2 Agrupamento de Atividades

As atividades escolares podem ser agrupadas em cinco conjuntos funcionais:

Page 46: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

a) direção: setor responsável pelo controle e coordenação de todas as

atividades administrativas da escola e do seu relacionamento com a

comunidade local;

b) apoio técnico: tem como função o planejamento, a coordenação e a

supervisão das atividades pedagógicas;

c) pedagógico: está ligado, essencialmente, às atividades curriculares;

d) vivência: trata da recreação, saúde, alimentação e atividades

extracurriculares;

e) serviços gerais: cuida da limpeza, conservação e manutenção do prédio e da

guarda de materiais de consumo.

1.6.3 Dimensionamento dos Ambientes

O dimensionamento dos ambientes será definido em função da população

escolar, do mobiliário, dos equipamentos e das atividades neles desenvolvidas.

A população escolar é representada pelos alunos, professores, pessoal

administrativo e de apoio operacional, e está determinada no programa

arquitetônico, bem como, as suas atividades.

1.6.4 Aspectos Relativos ao Conforto Ambiental

Para que os ambientes possibilitem o desenvolvimento pleno das atividades

pedagógicas devem ser consideradas as seguintes recomendações que

propiciam o conforto ambiental:

a) Tratamento Acústico

Page 47: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Considerar os ambientes que necessitam de silêncio, as salas de aula e a

biblioteca, em relação aos ambientes com atividades ruidosas, como o recreio

coberto e quadras de esporte. Considerar um afastamento conveniente entre

os blocos e destes em relação as ruas e construções vizinhas.

b) Tratamento Térmico

Deve-se procurar formas de controle da radiação solar e da temperatura no

interior da edificação, propiciando um maior conforto térmico aos seus

usuários.

c) Iluminação e Ventilação Naturais

A aeração natural dos ambientes de maior ocupação deve ser assegurada

através de um sistema de ventilação cruzada, que possibilite a renovação

constante do ar.

A iluminação natural das salas deve ser feita por janelas colocadas à esquerda

dos quadros de giz evitando-se, a incidência direta de raios solares sobre sua

superfície e, também, sobre as carteiras procurando evitar problemas de

ofuscamento e desconforto térmico para os alunos.

1.6.5 Detalhes Arquitetônicos

Os elementos arquitetônicos de utilização específica para as escolas públicas,

foram devidamente projetados, constituindo-se num acervo de detalhes

padrões que foram catalogados através de códigos próprios. Nos projetos

arquitetônicos que constarem estes elementos, o seu detalhamento pode ser

prescindido resumindo-se, apenas, na citação (referência) dos seus respectivos

códigos e alguma especificação complementar.

1.7 Projetos de Estabelecimentos Penais e de Segurança

Page 48: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Os projetos arquitetônicos de estabelecimentos penais e de segurança deverão

atender ao disposto nas leis, normas e diretrizes do Ministério de Justiça,

Departamento Penitenciário Nacional, Secretaria de Estado da Defesa Social

de Minas Gerais e Vigilância Sanitária.

1.8 Projetos de Estabelecimentos Assistências de Saúde

Os projetos arquitetônicos de estabelecimentos assistenciais de saúde deverão

atender ao disposto nas leis, normas e diretrizes do Ministério da Saúde,

Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais e Vigilância Sanitária.

Page 49: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

2 Projeto de Implantação e Movimento de Terra

2.1 Introdução

A implantação de um projeto padrão será aqui tratada de forma diferenciada da

implantação de projeto de arquitetura. A razão deste tratamento diferenciado é

atender às necessidades do projeto padrão, que será implantado em terrenos

diversos.

2.2 Conteúdo

O projeto de implantação será representado graficamente em, pelo menos, dois

formatos contendo, respectivamente, as plantas de locação e de movimento de

terra. Caso necessário, desenhar outros, conforme detalhamento a seguir:

2.2.1 Planta de Movimento de Terra

Representar a Planta de Movimento de Terra na mesma escala do

levantamento topográfico, ou seja, 1:100, 1:200 ou 1:500; contendo:

a) indicação prioritária dos dados envolvendo a altimetria do terreno como a

referência de nível (RN), as curvas de nível e as cotas dos pontos notáveis;

b) representação das plataformas devidamente dimensionadas e cotadas em

sua altimetria, com a indicação de sua forma de arremate, ou de concordância

com outros planos de terreno, seja através de muros de contenção ou de

taludes;

c) determinação das declividades, em termos percentuais, dos taludes e das

plataformas, considerando a necessidade de escoamento de água pluvial

superficial, prevendo a construção de sarjetas e canaletas para drenagem;

d) representação do terreno natural remanescente;

Page 50: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

e) indicação das seções;

f) indicação das demolições, quantificando as metragens quadradas;

2.2.2 Seções do Terreno

a) Representação altimétrica das seções definidas na planta de movimento de

terra, conforme escalas adotadas naquela planta, inclusive representando

esquematicamente as edificações a serem construídas e as existentes, se

houver.

Page 51: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

b) Indicação dos níveis das plataformas definidas na planta de movimento de

terra.

c) As seções possibilitam o cálculo de volume de corte e aterro, os volumes a

serem deslocados dentro do próprio terreno, tirados como bota-fora ou trazidos

como empréstimo.

d) Caso o espaço no formato da planta de movimento de terra seja insuficiente

para conter, também, as seções do terreno, estas poderão ser representadas

em um outro formato.

2.2.3 Planta de Locação

Representar a planta de locação a partir da planta de movimento de terra, na

mesma escala adotada, contendo:

a) A planta da edificação no terreno devidamente amarrada ao ponto de

segurança (PS) e às divisas do mesmo.

b) Cotas de amarração dos principais elementos construtivos externos como,

por exemplo, placas, pedestais, postes, mastros de bandeira, arquibancadas e

bancos de concreto, jardineiras, etc, quando estes não constarem na planta da

arquitetura.

c) Dimensões e amarrações dos passeios, quadras esportivas, pátios, escadas,

rampas e acessos pavimentados externos, das áreas de estacionamento e vias

internas de trânsito de veículos e dos seus arremates como meios-fios, as

juntas de dilatação, as sarjetas e as canaletas de drenagem.

Page 52: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

d) Cotas e ângulos do perímetro do terreno, especificando e detalhando, em

outro formato se for o caso, o tipo de vedação empregado, os acessos e

portões.

e) Indicação das redes públicas de água potável, água pluvial e esgoto

sanitário e das entradas padrão de água, energia elétrica e telefone deverão

constar dos projetos de implantação específicos de cada disciplina.

f) Representação das quadras poliesportivas e as áreas de lazer detalhando,

em outro formato, seus respectivos equipamentos esportivos e lúdicos.

g) Especificação de tinta apropriada para piso, linhas demarcatórias das

quadras, das vagas de estacionamento de veículos e disciplinadoras do fluxo

de trânsito interno.

h) Nomes dos proprietários dos imóveis confrontantes e dos logradouros

públicos adjacentes ao terreno.

i) Complementação da locação com o traçado das linhas básicas e a

transcrição dos dados de relevância do levantamento planialtimétrico, como,

por exemplo, a indicação do norte verdadeiro e as locações da arborização

existente e dos acidentes naturais notáveis.

j) Definição do paisagismo adotado e/ou outra forma de tratamento quando não

for contratado um projeto específico de paisagismo. Levando em consideração

a representação das áreas livres a serem ajardinadas ou pavimentadas.

Especificação das espécimes vegetais a serem conservadas ou plantadas,

considerando, principalmente, os aspectos abaixo:

- ambientação e harmonia estética de plantas ornamentais de diferentes

florações;

Page 53: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

- proteção de taludes com a utilização de forrações;

- sombreamento e correção da insolação com o plantio de árvores de porte e

copa variados.

2.3 Implantação de Escolas Públicas

Devido a especificidade dos projetos arquitetônicos de escolas públicas para o

ensino fundamental e médio, eles serão tratados de forma individualizada em

relação a sua locação no terreno, além de obedecer aos parâmetros de ordem

geral descritos no item 2.2, anterior. Assim, serão, a seguir, abordados os

aspectos e critérios particulares referentes a esta implantação;

2.3.1 O bloco ou o conjunto dos blocos será locado de modo que as janelas das

salas de aula sejam orientadas, prioritariamente, para o quadrante

compreendido entre o SE - Sudeste e o SO - Sudoeste.

2.3.2 Os blocos devem ser locados com um afastamento frontal mínimo de 10,00 m

em relação ao alinhamento da rua e, caso o terreno seja de esquina, o

afastamento lateral poderá ser de 5,00 m.

2.3.3 O afastamento mínimo em relação às divisas do terreno da fachada que

contenha as janelas das salas de aula, será de 10,00 m e de 5,00 m para as

demais fachadas.

2.3.4 O afastamento recomendável entre dois blocos paralelos de um mesmo

conjunto é de 10,00 m. Sempre que possível, prever áreas livres para futuras

ampliações.

2.3.5 O pátio cimentado será previsto contíguo ao recreio coberto tendo como base

de cálculo para a área total 20,00 m² para cada sala de aula.

Page 54: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

2.3.6 A quadra de esporte terá, quando descoberta, uma localização que possibilite

ser uma continuação do espaço do recreio coberto e tendo seu eixo

longitudinal segundo a direção norte-sul, preferencialmente, mas admitindo-se

deflexões de até 15º em relação a este eixo.

2.3.7 As ligações externas aos prédios, entre plataformas com níveis diferentes

serão em forma de escadas e rampas conforme as normas técnicas e de

acessibilidade.

2.3.8 Prever a colocação de bancos modulados de concreto armado, no pátio

descoberto. Para cada sala de aula corresponderá um módulo de 1,50 m de

comprimento.

2.3.9 Prever a construção de arquibancadas em concreto na lateral da quadra

esportiva, de preferência aproveitando talude, com 6,00 m lineares para cada

sala de aula.

2.3.10 Prever a instalação de três mastros para bandeiras situados em local que

permita a realização de cerimônias cívicas e ao mesmo tempo possam ser

vistos da via pública.

2.3.11 Além das áreas pavimentadas, prever o plantio de grama em torno do prédio

até uma distância de 10,00 m.

2.3.12 Prever o plantio de árvores evitando localizá-las nas proximidades da

construção ou nas áreas de possível ampliação.

2.3.13 As divisas do terreno terão uma vedação em muro de alvenaria ou alambrado

conforme o caso.

Page 55: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

2.3.14 O passeio público em toda a extensão do alinhamento do terreno será

cimentado, quando houver meio fio na rua.

2.3.15 Deverá ser obedecida a lei que regulamenta o acesso de portadores de

necessidades especiais à edificação pública.

Page 56: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

3 Projeto de Estrutura de Concreto

3.1 Este projeto terá por base o projeto de arquitetura e será, totalmente,

compatibilizado a ele em todas as suas etapas de elaboração.

3.2 O cálculo estrutural aqui apresentado refere-se, exclusivamente, as obras em

concreto armado que englobam quase a totalidade das construções,

juntamente com as de paredes autoportantes.

3.3 Os demais projetos de estruturas como as especiais em madeira, as de perfis

metálicos para telhado e as coberturas espaciais, considerando o seu caráter

não convencional, serão tratadas como tal, conforme previsto no item 4.7 das

Diretrizes Básicas/Condições Gerais.

3.4 No projeto padrão, o projeto estrutural ficará restrito à superestrutura e às vigas

de cintamento inferior, uma vez que a escolha do tipo de fundação dependerá

das características particulares de cada terreno, onde será implantada a obra.

Neste caso, a complementação do projeto, referente a sua infra-estrutura,

dependerá das conclusões dos estudos técnicos preliminares.

3.5 Conteúdo

Os aspectos técnicos a serem considerados na elaboração deste projeto estão

relacionados a seguir:

3.5.1 A definição do tipo de fundação dependerá do resultado da sondagem e das

demais condições do terreno, e considerando-se as cargas da edificação e sua

distribuição.

3.5.2 Verificar as interferências que o tipo e a locação das fundações possam

provocar nas instalações prediais e nas construções vizinhas.

Page 57: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

3.5.3 Para os prédios de dois ou mais pavimentos recomenda-se que sejam

estruturados e para os de um pavimento aceita-se o emprego de paredes

portantes, desde que isso resulte numa solução tecnicamente apropriada e

economicamente vantajosa.

3.5.4 A adoção da estrutura pré-fabricada em concreto armado para uma obra, seja

total ou parcial, deverá ser justificada ao Supervisor.

3.5.5 Para as estruturas mistas, assim denominadas aquelas cujas vedações em

alvenaria são aproveitadas para resistir aos esforços de compressão

transmitidos pelas lajes, impõem-se as seguintes condições:

a) Embora não sendo necessário, teoricamente, para suportar as cargas

estáticas, empregar pilares de concreto armado visando o travamento de

paredes de 1/2 ou de 1 tijolo, quando o seu comprimento total exceder a 6,00

m ou a 8,00 m, respectivamente.

b) Paredes de 1/2 tijolo deverão ter altura inferior a 3,00 m. Para suportar carga

de laje e para paredes acima desta altura, prever uma amarração por meio de

uma viga de cintamento.

c) A espessura mínima admitida para as paredes portantes é de 15 cm, depois

de revestidas.

3.6 Apresentação

O projeto estrutural terá sua representação gráfica distribuída em formatos

conforme detalhado a seguir. Adotar a escala 1:50 em todos os desenhos,

salvo os detalhes que terão uma escala compatível com o nível de clareza

Page 58: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

pretendido, e excepcionalmente na escala 1:75 ou 1:100. dependendo da

aprovação do Supervisor do DEOP-MG.

3.6.1 Locação das Fundações

Esta locação refere-se às fundações profundas através de tubulões e estacas

pré-fabricadas, hélice ou moldadas "in loco". Será representada em planta com

os dados abaixo:

a) medidas de distância entre os eixos;

b) cotas de arrasamento das estacas ou tubulões;

c) numeração das estacas e tubulões com a indicação, num quadro, da carga

de trabalho de cada um deles;

d) detalhamento dos blocos de coroamento ou das sapatas isoladas e das

vigas de cintamento ou de equilíbrio, com suas respectivas cotas altimétricas.

e) Para o caso de prédios modulados o projeto deverá contemplar eixos

numéricos e alfanuméricos, objetivando a coincidência das ligações entre eles.

3.6.2 Armação e Formas de Infra-estrutura

Elaborar as armações e formas dos elementos componentes da fundação

como sapatas corridas ou isoladas, blocos de coroamento, radiers, estacas,

tubulões, vigas baldrame e vigas de cintamento inferior.

3.6.3 Formas da Superestrutura

Elaborar as plantas de forma dos diversos pavimentos, dos níveis mais baixos

para os mais altos e de maneira que o observador esteja sobre a laje que se

está representando. Indicar as cotas altimétricas dos rebaixos e dos ressaltos

Page 59: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

da estrutura. Além da laje, representar, também, em cortes e vistas os demais

elementos: pilares, vigas, escadas e caixas d'água com suas respectivas

numerações.

3.6.4 Escoramento

Para as estruturas mais complexas, elaborar projeto específico de

escoramento.

3.6.5 Armações da Superestrutura

No cálculo das armaduras para os projetos em concreto armado convencionais

adotar as seguintes categorias de aço: CA-50A, CA-50B e CA-60B.

3.6.6 Concreto Protendido

Nos projetos em concreto protendido detalhar, convenientemente, o sistema

especificado com seus elementos: bainhas, cordoalhas RB e RN, tirantes,

ancoragem, etc.

3.6.7 Elementos Construtivos sobre Terreno

Fazem parte destes elementos os muros de arrimo em concreto armado ou

ciclópico, pilaretes para sustentação de gradis ou travamento interno de muros

de alvenaria com respectiva fundação, reservatórios d'água subterrâneos,

escadas, quadras de esporte, pátios pavimentados e lajes sobre o solo.

3.6.8 Peças Premoldadas em Concreto

Detalhar os elementos premoldados, que serão fabricados no próprio canteiro

de obras como painéis de vedação, brise-soleil, placas de piso, bancos, etc.

3.6.9 Memória de Cálculo

Page 60: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Todo o projeto deve vir acompanhado de sua Memória de Cálculo apresentada

em formato A4 e arquivo eletrônico, onde constará os dados referentes às

cargas, as condições de apoio, aos esforços encontrados, etc.

3.7 Condições Gerais

3.7.1 A numeração dos elementos estruturais como estacas, blocos, sapatas, pilares,

vigas e lajes será feita em planta, de forma seqüencial da esquerda para a

direita e de cima para baixo, a partir do canto superior esquerdo do formato.

3.7.2 Apresentar listagem de ferros em cada formato de armações, constando o seu

tipo, o seu diâmetro, a sua quantidade e os seus comprimentos unitários e

totais. Elaborar, também, um quadro resumo da ferragem efetivamente

necessária, considerando um valor percentual a ser acrescido a título de perda

de material, durante o serviço de corte.

3.7.3 Especificar a tensão de ruptura do concreto expressa na unidade MPa (mega

pascal). Calcular o volume de cada tipo de concreto empregado por formato,

em particular.

3.7.4 Apresentar no primeiro formato do projeto, um quadro de quantitativos

constando os volumes totais de concreto e de escavação e a área total de

forma.

3.7.5 Deverão ser adotadas, na elaboração do projeto, as diretrizes preconizadas

pelo Manual de Padronização da Apresentação Gráfica de Projetos do DEOP-

MG.

Page 61: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

3.7.6 Nos serviços de recuperação de peças estruturais ou de tratamento de

concreto aparente detalhar todo o procedimento a ser seguido e especificar os

materiais a serem aplicados.

3.7.7 Nos serviços de controle de abatimento das fundações ou de sua estabilização

estrutural, determinar as ações necessárias e os processos a serem adotados.

3.7.8 Para os projetos de estruturas de concreto de estabelecimentos penais e de

segurança deverão ser atendidas orientações específicas do DEOP-MG e/ou do

Cliente.

Page 62: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

4 Projeto de Instalações Elétricas

4.1 Projeto Novo

Terá um projeto próprio em função de suas características particulares e da

localização do terreno.

4.2 Projeto Padrão

Quando a obra se tratar de um projeto padrão, este ficará restrito às soluções

internas à edificação, uma vez que a locação do quadro medidor e a ligação

desse aos quadros de distribuição dependerá das condições de cada local.

Neste caso, será contratado um projeto específico de implantação, que

obedecerá ao estipulado no sub-item 4.2.2 deste capítulo.

4.3 Projeto de Acréscimo e Reforma

O projeto deve prever o aproveitamento da instalação elétrica existente,

conforme parecer técnico expresso no Relatório de Avaliação do Estado de

Conservação do Cadastro de Edificações e dentro de certos parâmetros como,

por exemplo, não causar prejuízo ao bom funcionamento do sistema, não

colocar em risco a segurança e mantendo o conforto dos seus usuários.

Deverá ser feito um estudo no padrão entrada de energia existente se

comporta o aumento de carga, caso contrário redimensioná-lo, apresentando

relação de carga atual e do acréscimo separadas.

4.4 Conteúdo

O projeto de instalações elétricas será representado graficamente em formatos

de desenho, como se segue.

4.4.1 Plantas

Page 63: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

a) Representar as plantas na escala 1:100 ou, excepcionalmente, 1:75.

b) As plantas serão desenvolvidas a partir de uma matriz do desenho

arquitetônico, constando todas as linhas que definem os ambientes, com as

respectivas identificações.

c) Indicar a localização dos pontos de consumo de energia elétrica, com suas

respectivas cargas, seus comandos e indicações dos circuitos a que estão

ligados.

d) Cotar em milímetros os diâmetros dos eletrodutos e em milímetros

quadrados as seções transversais dos condutores elétricos.

e) Locar os QDCs (quadros de distribuição de circuitos) em áreas coletivas de

fácil acesso, indicando o seu dimensionamento e a sua altura em relação ao

piso (no caso de escola ou estabelecimento penal ou de segurança consultar o

DEOP-MG).

4.4.2 Planta de Situação

a) Representar a Planta de Situação na escala 1:100 ou 1:200.

b) Locar o padrão de entrada de energia e sua interligação ao primeiro quadro

de distribuição ou ao QGBT (Quadro Geral de Baixa Tensão).

c) Especificar o tipo de ligação do padrão de entrada de energia elétrica à rede

pública, indicando se a alimentação geral será aérea ou subterrânea.

d) Prever a iluminação externa ao prédio que deverá destacar os pontos e

ângulos visuais de maior interesse. Da mesma maneira, alguns elementos

Page 64: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

construtivos serão realçados como os pedestais, as placas comemorativas,

informativas e de identificação do prédio público.

e) Projetar a iluminação das áreas externas do entorno da edificação,

principalmente, os acessos, os estacionamentos de veículos, as passarelas

pavimentadas, os caminhos, as áreas ajardinadas, os recantos de estar, os

pátios descobertos, as áreas de lazer, as quadras esportivas e as

arquibancadas.

4.4.3 Diagrama Unifilar

Os diagramas unifilares deverão apresentar os circuitos alimentadores de

distribuição de luz e força, contendo a capacidade dos disjuntores de proteção

e a especificação do barramento de cobre quando se fizer necessário.

4.4.4 Detalhes

Detalhar as soluções não padronizadas de instalações de aparelhos ou

equipamentos, entre os quais citamos algumas luminárias especiais.

4.4.5 Relação de Cargas

Apresentar quadro resumo da relação de cargas para cada quadro de

distribuição de circuitos (Q.D.C.), será apresentado as cargas de modo a se ter

a relação em cada circuito considerando-as de forma parcial e global

constando os seguintes dados:

Page 65: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

a) descrição;

b) quantidade;

c) potência instalada em W ou KW;

d) potência instalada em VA ou KVA;

e) fator de potência dos equipamentos;

f) equilíbrio de fases;

g) bitola dos condutores.

4.4.6 Convenções e Simbologia

Empregar as convenções gráficas normalizadas pela ABNT, nos casos em que

estas se aplicarem; ou criar outros símbolos para identificar novos

equipamentos ou sistemas, mas sempre em conformidade com os demais

projetos.

4.4.7 Memorial Descritivo

Conterá a relação completa dos desenhos integrantes do projeto, as normas

adotadas, a justificativa das soluções propostas, a memória de cálculo, a

descrição detalhada do projeto e os requisitos, obrigações e deveres do ponto

de vista técnico referentes à execução das instalações.

4.4.8 Lista de Material

Apresentar a lista dos equipamentos e materiais elétricos especificados, com

respectivos quantitativos. Empregar formulário padronizado, conforme modelo

DEOP-MG.

Page 66: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

4.4.9 Caderno de Especificações

A especificação dos materiais empregados, os equipamentos e aparelhos

elétricos cujas especificações envolvem a escolha de um modelo ou um padrão

de acabamento, como por exemplo as luminárias, será feita no capítulo

referente às instalações elétricas do Caderno de Especificações Técnicas do

Projeto de arquitetura, conforme disposto no item 1.4.3-c.3 deste capítulo.

4.5 Condições Gerais

Estão descritas, a seguir, algumas orientações e instruções que devem ser

observadas na concepção do projeto. Além da determinação destes

procedimentos serão considerados, também, o desempenho desejado para

alguns materiais e equipamentos.

4.5.1 Uma vez definido o índice de iluminamento de um ambiente, determinar,

conjuntamente com o arquiteto autor do projeto de arquitetura, o tipo, o

número, a posição e a altura que serão montadas as luminárias e arandelas,

bem como a especificação das lâmpadas.

4.5.2 Indicar as alturas de instalação dos aparelhos elétricos, como interruptores,

tomadas, cigarras, botoeiras de campainhas, chuveiros, caixas diversas, etc.,

visando a comodidade dos usuários e as normas de acessibilidade aos

portadores de necessidades especiais.

4.5.3 Quando o projeto envolver instalações de força do tipo industrial, será admitido

o emprego de eletrocalhas, tubulações aparentes e demais componentes

apropriados para este uso.

4.5.4 Em casos especiais, será admitido fazer a instalação elétrica de um prédio,

total ou parcialmente, de forma aparente, desde que se utilize para isto

Page 67: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

recursos e materiais apropriados a este fim. O projeto deverá levar em

consideração este fato e, assim, prever um detalhamento exclusivo.

4.5.5 A carga das instalações deverá ser distribuída tão igualmente quanto possível

entre os diversos circuitos em que foi subdividida, de forma a equilibrar da

melhor maneira a carga entre os condutores alimentadores de energia.

4.5.6 Prever circuitos independentes para cada tomada e/ou ponto de força que

alimentarão máquinas ou outros equipamentos com potência superior a 600

watts.

4.5.7 Todos os aparelhos e partes metálicas componentes das instalações elétricas

suscetíveis de provocar choque, inclusive as carcaças de motores elétricos,

serão permanentemente ligados à terra, através de um eficaz sistema de

aterramento.

4.5.8 Os eletrodutos serão instalados de modo a constituir uma rede contínua de

caixa a caixa, na qual os condutores possam ser enfiados com facilidade, sem

obstruções de qualquer natureza.

4.5.9 Os eletrodutos, quando ficarem aparentes, serão em tubos de aço galvanizado

ou em conduletes, fixados com braçadeiras apropriadas ou PVC mas com

prévia aprovação do Supervisor do projeto.

4.5.10 Os condutores que passam em pisos sujeitos à umidade e/ou subterrâneo,

devem ser isolados com PVC - 70ºC para 0,6/1kV e atender as demais

exigências das normas técnicas vigentes. O condutor neutro deve ser

identificado com fita isolante na cor azul.

Page 68: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

4.5.11 A projetista deverá, na concepção do projeto, colher subsídios fornecidos pela

concessionária local, além de atender as suas especificações.

4.5.12 Caso seja necessário o uso de tomada de piso, deverá ser fornecido o detalhe

de sua instalação.

4.6 Equipamentos e Projetos

Atentar para a existência de equipamentos especiais e que serão considerados

neste projeto, para efeito de detalhamento de sua instalação ou que

necessitam de projetos específicos para a sua operacionalização.

4.6.1 Câmara Transformadora e Subestação Abrigada

A alimentação em alta tensão com o emprego destes equipamentos, terá um

projeto próprio e obedecerão as instruções normativas da concessionária local

de fornecimento de energia elétrica.

4.6.2 Proteção contra Descargas Atmosféricas (Pára-raios)

Quando não for contratado o projeto de sistema de proteção contra descargas

atmosféricas, mas se constatar a real necessidade de se instalar um pára-

raios, este será previsto e devidamente detalhado, neste projeto e deverá

atender as exigências das normas técnicas vigentes.

4.6.3 Iluminação de Emergência

Conforme a destinação do prédio, projetar um sistema de iluminação de

emergência alimentado a partir de um grupo gerador estacionário ou de

baterias apropriadas, quando constar do Projeto de Prevenção e Combate a

Incêndio.

4.6.4 Intercomunicação

Page 69: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Poderá ser feito através de interfone. As edificações que demandarem este tipo

de sistema serão equipadas com alto-falantes na área específica e operação

em área definida pelo Cliente juntamente com o Supervisor do DEOP-MG.

4.6.5 Ligação de Equipamentos e Motores

Prever a ligação elétrica de equipamentos e motores diversos, com respectivos

comandos para acionamento e um circuito próprio.

4.6.6 Interfone / Campainha Sonora

Previsão de sistema de comunicação entre a portaria e em área definida pelo

Cliente juntamente com o Supervisor do DEOP-MG.

4.6.7 Para os projetos de instalações elétricas de estabelecimentos penais e de

segurança deverão ser atendidas as normas pertinentes ao assunto e

orientações específicas do DEOP-MG e/ou do Cliente.

4.6.8 Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - EAS

As instalações nestes estabelecimentos deverão ser elaboradas em

conformidade com as normas pertinentes ao assunto e vigentes no local da

execução da edificação.

Page 70: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

5 Projeto de Telecomunicações

5.1 Apresentação

O projeto será apresentado graficamente em formatos, como se segue:

5.1.1 Planta

a) Representar a planta em escala 1:50 ou 1:75 exceto em casos de prédios

escolares, a escala deve ser 1:100 ou conforme orientação do Supervisor do

projeto.

b) A planta será desenvolvida a partir de uma matriz do desenho arquitetônico,

constando todas as linhas que definem os ambientes, com suas respectivas

identificações.

c) Definir a localização dos pontos de ligação dos aparelhos de

telecomunicações a partir do projeto de leiaute.

d) Projetar a tubulação com sua respectiva cabeação secundária interligando

as diversas caixas e equipamentos e determinando toda a rede telefônica e de

lógica ou cabeamento estruturado no pavimento.

e) Locar as caixas de distribuição geral em áreas coletivas de fácil acesso,

indicando o seu dimensionamento e a sua altura em relação ao piso, se for

embutida na alvenaria.

f) Prever a interligação das caixas de distribuição situadas em pavimentos

diferentes através de tubulação embutida na alvenaria ou passando no interior

de "shaft".

Page 71: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

5.1.2 Planta de Situação

a) Representar a Planta de Situação na escala 1:100 ou 1:200.

b) Caso a edificação possua apenas um pavimento, o projeto se restringirá na

representação conjunta em uma única planta.

c) Determinar o tipo de entrada, se aérea ou subterrânea, com sua respectiva

tubulação e cabeação primária ligada a primeira caixa, devidamente locada.

5.1.3 Detalhes

Caso necessário, para o seu entendimento, fazer o detalhamento dos seus

elementos constitutivos.

5.1.4 Memorial Descritivo

Apresentar Memorial Descritivo, contendo os conceitos e critérios das soluções

adotadas.

5.1.5 Lista de Material

Apresentar a lista dos materiais e equipamentos fixos, com respectivos

quantitativos, empregando formulário próprio, conforme modelo DEOP-MG.

5.1.6 Caderno de Especificações

A especificação dos materiais empregados, os equipamentos e aparelhos

cujas especificações envolvem a escolha de um modelo ou um padrão de

funcionamento, será feita no capítulo referente às instalações de

telecomunicações do Caderno de Especificações Técnicas do Projeto de

Arquitetura, conforme disposto no item 1.4.3-c.3 deste capítulo.

Page 72: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

5.2 Condições Gerais

5.2.1 Quando couber a projetista especificar o equipamento deverá fazê-lo

consoante com o Cliente e conforme os padrões de telecomunicações.

5.2.2 Prever o aterramento de todo o sistema, inclusive, dos equipamentos, e de

forma independente dos demais.

5.2.3 A projetista deverá, na concepção do projeto, colher subsídios fornecidos pelas

concessionárias locais destes serviços, além de atender as suas

especificações técnicas.

5.2.4 A competência quanto a análise e aprovação do Projeto de Telecomunicações

é da concessionária local, devendo o projeto ser submetido a essa

concessionária.

Page 73: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

6 Projeto de Instalações Hidro-sanitárias

6.1 Projeto Novo

Terá um projeto próprio em função de suas condições específicas.

6.2 Projeto Padrão

Este se restringirá, unicamente, à edificação não incluindo-se a área externa da

mesma. Neste caso, a ligação do ramal de alimentação d'água dos

reservatórios e de irrigação à respectiva rede de fornecimento público ou a

qualquer outra fonte alternativa de abastecimento, será detalhada no projeto de

implantação, bem como o que se refere ao lançamento de esgoto ou água

pluvial. Estes procedimentos estão previstos no sub-ítem 6.4.2 deste capítulo.

6.3 Projeto de Acréscimo e Reforma

O reaproveitamento total ou parcial da instalação hidrosanitária existente fica

condicionado ao parecer técnico de avaliação de suas condições físicas e

expresso no relatório próprio do Cadastro de Edificações. Verificar, também, se

a capacidade da rede pública e da instalação hidráulica interna suportam o

acréscimo da demanda, tanto de consumo d'água potável como de seu

posterior despejo.

Prever a interligação do sistema projetado ao existente com o detalhamento

das transições ou acoplamentos entre eles e a identificação precisa dos seus

elementos construtivos.

6.4 Apresentação

O projeto de instalações hidro-sanitárias será representado graficamente em

formatos, como se segue:

6.4.1 Planta

Page 74: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

a) Representar a planta na escala 1:50 ou 1:75.

b) A planta será desenvolvida a partir de uma matriz do Projeto de arquitetura,

constando todas as linhas que definem os ambientes e a representação das

peças sanitárias e demais pontos de consumo, com suas respectivas

identificações.

c) Traçar a rede de distribuição de água fria e quente a partir da coluna de

alimentação até as peças de utilização. Indicar o diâmetro das seções das

tubulações e os registros de fechamento ou de controle de vazão d'água.

d) Projetar a rede de esgoto a partir das peças sanitárias até as caixas de

passagem e inspeção externas. Considerar as tubulações internas com

respectivas conexões, caixas, e ralos seco e sifonado.

e) Locar os pontos de subida das colunas de ventilação da rede de esgoto e de

descida dos tubos de queda, inclusive de água pluvial, com respectivos

diâmetros das tubulações.

6.4.2 Planta de Situação

a) Representar a Planta de Situação na escala 1:100 ou 1:200.

b) Projetar a entrada d'água a partir da ligação à rede pública de

abastecimento, com a instalação de um padrão munido de hidrômetro,

conforme a norma do concessionário local de fornecimento deste serviço.

c) Caso não exista rede pública d'água, prever a construção de cisterna ou de

poço artesiano.

Page 75: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

d) Projetar rede de irrigação.

e) Indicar o reservatório d'água inferior, tanques, poços, chafarizes e fontes

ornamentais, piscinas e seus respectivos equipamentos, tais como, bombas

centrífugas, filtros de limpeza, extravasores, saídas para limpeza, etc..

f) Projetar a rede de esgoto primário, a partir das caixas coletoras externas até

a ligação com a rede pública de esgoto ou ao sistema de fossa séptico-

diluidora com sumidouro ou vala de absorção ou estação de tratamento de

esgoto. Indicar o dimensionamento da tubulação com o seu sentido de fluxo e

declividade.

g) Prever um conjunto de caixas coletoras d'água pluvial e sua emissão na rede

pública de drenagem ou, na sua falta, prever outro sistema de absorção ou

dissipação.

h) Projetar um sistema de drenagem superficial do terreno, sobretudo, das

áreas pavimentadas externas, prevendo as caixas com grelha, canaletas e

sarjetas para condução d'água, e respectiva tubulação.

6.4.3 Planta de Cobertura

a) Indicar nos reservatórios d'água superiores as respectivas tubulações de

alimentação, distribuição, extravasor, limpeza e o sistema de combate à

incêndio.

b) Prever barrilete de distribuição d'água sobre a laje.

c) No caso de adoção de um sistema de aquecimento d'água, prever as

tubulações de alimentação e distribuição com seus respectivos pontos

Page 76: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

terminais de entrada e saída d'água. Se o equipamento utilizado for uma

caldeira de acumulação d'água, levar em consideração a sua fonte de

alimentação e se for através de coletores de energia solar, especificar e

detalhar convenientemente a sua instalação.

d) Prever os arremates de acabamento nos tubos de ventilação emergentes na

cobertura.

e) Dimensionar as calhas e condutores d'água pluvial. Compatibilizar estes

elementos com os previstos na planta de cobertura do Projeto de arquitetura.

6.4.4 Diagrama da Tubulação de Água

Representar seção vertical da edificação, de forma esquemática, e mostrar

toda a rede de distribuição d'água fria e/ou quente, a partir dos reservatórios

superiores até as peças de utilização.

6.4.5 Diagrama da Tubulação de Esgoto

Representar seção vertical da edificação, de forma esquemática, e mostrar

todo o sistema de esgoto.

6.4.6 Diagrama D'água Pluvial

Indicar no mesmo desenho do diagrama da tubulação de esgoto, o de água

pluvial.

6.4.7 Isométrico da Tubulação de Água.

Representar em isométrico o desenho das redes de distribuição d'água fria ou

quente, com a indicação das conexões, derivações, válvulas, registros e

ligações às peças de utilização, com suas respectivas alturas em relação ao

piso acabado do pavimento em referência.

Page 77: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

6.4.8 Detalhes da Tubulação de Esgoto

Representar em planta, na escala 1:20, os cômodos mostrando os aparelhos

sanitários, tubulações, conexões, caixas e ralos, devidamente detalhados,

inclusive com a utilização de gabaritos apropriados, as tubulações de

esgotamento internas a edificação deverão ser cotadas em relação ao eixo das

peças sanitárias, caixas sifonadas e ralos, e em relação às paredes fixas.

6.4.9 Detalhes Complementares

Serão feitos desenhos, em planta ou corte, detalhando os elementos da

instalação hidráulica, sobretudo, os confeccionados de alvenaria como caixas

de passagem de esgoto ou água pluvial, caixas de gordura, caixas de areia,

canaletas, etc.

6.4.10 Convenções e Simbologia

Empregar as convenções e símbolos gráficos padronizados pela ABNT, ou

criar outros para identificar elementos da instalação que não foram

normalizados, mantendo, porém, a necessária correspondência com os

empregados nos demais projetos.

6.4.11 Memorial Descritivo

Conterá a relação completa dos desenhos integrantes do projeto, as normas

adotadas, a memória de cálculo, a justificativa das soluções propostas, a

descrição detalhada do projeto, e os requisitos, obrigações e deveres do ponto

de vista técnico referentes à execução das instalações.

6.4.12 Lista de Material

Apresentar a lista dos aparelhos sanitários e dos materiais hidráulicos

especificados, com respectivos quantitativos. Empregar formulário adotado pelo

DEOP-MG.

Page 78: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

6.4.13 Caderno de Especificações

A especificação dos materiais empregados, os equipamentos, aparelhos e

metais sanitários cuja especificação envolve a escolha de um modelo ou um

padrão de acabamento, será feita no capítulo referente as Instalações Hidro-

sanitárias do Caderno de Especificações do Projeto de arquitetura, conforme

disposto no item 1.4.3-c.3 deste capítulo.

6.5 Condições Gerais

Estão descritos, a seguir, algumas orientações e prescrições que devem ser

observadas na concepção do projeto. Além da determinação destes

procedimentos serão considerados, também, o desempenho desejado para

alguns materiais e peças.

6.5.1 Compatibilização entre Projetos

Ao se projetar as instalações hidráulicas deve-se compatibilizá-las com as

soluções adotadas pelos demais projetos, a fim de que não haja interferências

danosas entre eles.

6.5.2 Rede Pública de Abastecimento

A projetista deverá tomar conhecimento, através do Relatório de Vistoria de

Terreno ou do Cadastro de Edificações, das condições locais da rede pública

de abastecimento d'água com referência a regularidade, a vazão e a pressão

de fornecimento d'água.

6.5.3 Reservação d'água

O conhecimento das informações do sub-item anterior é essencial para a

projetista calcular a capacidade de reservação necessária para o atendimento

do consumo diário d'água, o que o levará a determinar a quantidade e o volume

dos reservatórios a serem instalados, inclusive na possibilidade de eliminar o

Page 79: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

reservatório inferior. Considerar, também, a previsão da reserva para combate

a incêndio, caso seja especificado.

6.5.4 Entrada d'água

Quando a rede pública de abastecimento tiver pressão suficiente, prever a sua

ligação direta, partindo do hidrômetro, até os reservatórios superiores,

derivando nesse percurso para piscina, reservatório inferior, quando existirem,

e para a rede de irrigação. Todo este sistema será projetado em tubos de PVC

rígido rosqueável e conexões em ferro maleável devidamente protegidos com

concreto ou embutidos na alvenaria.

6.5.5 Rede de Irrigação

Projetar as tubulações para atender as áreas externas à edificação, sobretudo

as áreas verdes. Colocar as torneiras de irrigação espaçadas 20 m, umas das

outras, e de preferência, junto aos pontos de escoamento natural d'água,

como, por exemplo as canaletas e caixas coletoras com grelha.

6.5.6 Cisterna ou Poço Artesiano

Quando não houver rede pública de abastecimento , prever outro tipo

alternativo de captação d'água como cisterna ou poço artesiano. Para tanto,

serão feitos testes de potabilidade d'água e verificação das condições de

vazão. Estas fontes serão locadas no próprio terreno devendo, porém, ficar a

uma distância mínima de 20 m da fossa e do sumidouro, e de 10 m da

edificação. Neste caso, será eliminada a construção do reservatório inferior,

sendo os superiores abastecidos diretamente destas fontes, através de

conjunto elevatório.

6.5.7 Reservatório Inferior

Page 80: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

A caixa d'água poderá ser subterrânea ou semi-enterrada e executada em

alvenaria ou em concreto armado, bem como, o compartimento que abrigará as

bombas de recalque.

6.5.8 Reservatório Superior

Instalar, preferencialmente, caixas pré-fabricadas, sobretudo, se a capacidade

de acumulação d'água for pequena ou se forem bem distribuídos os pontos de

consumo devendo, entretanto, as mesmas serem interligadas. Caso contrário,

prever um reservatório elevado em concreto ou metálico. Em qualquer dos dois

casos, dividir internamente o reservatório, transformando-o em duas câmaras

contíguas e de igual volume. A finalidade é possibilitar a limpeza de cada uma

destas câmaras, separadamente, sem interromper a distribuição d'água.

6.5.9 Rede de Distribuição d'Água Fria

A alimentação da rede de distribuição interna será indireta, isto é, por meio da

gravidade a partir dos reservatórios elevados, mesmo que as condições de

vazão, pressão e continuidade de abastecimento da rede pública permitam

distribuição direta.

Os tubos serão em PVC rígido rosqueável e as conexões em ferro galvanizado,

quando a tubulação for embutida na alvenaria. Quando ficarem expostos eles

serão convenientemente apoiados e fixados.

6.5.10 Rede de Distribuição d'Água Quente

As tubulações serão em cobre, e, quando ficarem expostos, receberão um

invólucro para isolamento térmico.

6.5.11 Esgoto Secundário

Page 81: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

a) Os tubos e conexões do esgoto secundário serão em PVC rígido, do tipo

ponta e bolsa, e de junta soldável.

b) Os sifões e válvulas dos lavatórios serão em metal, com acabamento

cromado.

c) Os mictórios terão tubulação em PVC que será ligada a uma caixa sifonada

hermética, também, em PVC, quando for locada internamente à edificação.

d) O efluente de áreas onde se manipula produtos químicos.

6.5.12 Esgoto Primário

a) Os tubos e conexões do esgoto primário serão em PVC rígido, do tipo ponta

e bolsa, e de junta elástica com virola para anel de borracha.

b) Prever as caixas de passagem, de inspeção, de gordura e de limpeza, em

alvenaria ou concreto.

c) A rede de esgoto deve ser projetada, sempre que possível, em terreno firme,

evitando-se a sua localização sobre aterros ou taludes.

d) A ligação do coletor predial de esgoto à rede pública será, imediatamente,

precedida por uma caixa de passagem e de poço luminar colocados no

passeio. O projetista deverá se certificar, através do conhecimento dos dados

do Levantamento Planialtimétrico relativos as cotas altimétricas da rede pública

de esgoto, a possibilidade de emissão, por gravidade, do esgoto.

e) O lançamento do esgoto através de conjunto elevatório deverá ser

autorizado pelo Supervisor.

Page 82: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

f) Não existindo rede pública de esgoto, prever fossa séptico-diluidora com

sumidouro ou vala de absorção, com dimensionamento compatível com as

características locais.

g) O lançamento do efluente de fossa séptica diretamente em águas

superficiais, mesmo após tratamento, dependerá da aprovação de autoridade

sanitária competente.

6.5.13 Rede d'Água Pluvial

a) Os tubos e conexões da rede d'água pluvial serão em PVC rígido, do tipo

ponta e bolsa, e de junta elástica com virola para anel de borracha.

b) Não será permitida o despejo de águas pluviais à rede pública de esgotos.

c) Os tubos de queda das redes pluvial e de esgoto, e de ventilação serão,

preferencialmente, em PVC embutidos na alvenaria ou passando por "shaft".

Entretanto, caso esta tubulação venha a ser locada externamente à edificação

e sujeita a sofrer impactos e a ação da radiação solar, ela será substituída por

ferro fundido.

6.5.14 Instalação de Equipamentos

a) Motobomba

A instalação de bomba de recalque para abastecimento dos reservatórios

superiores a partir do reservatório inferior ou da cisterna e poço artesiano,

exigirá um comando elétrico com acionamento automático.

b) Ar condicionado

Page 83: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

A instalação de equipamento de ar condicionado central, com refrigeração à

água, deverá prever os respectivos pontos de alimentação e esgotamento.

6.5.15 Projeto de Drenagem Pluvial

Quando for implantado uma rede de canalização pluvial, envolvendo a

elaboração de um Projeto de Drenagem específico, prever a sua interligação às

caixas de passagem do sistema de drenagem das áreas internas da edificação

e que recolhem, também, as águas da cobertura.

6.5.16 Normas

Os Projetos de Instalações hidro-sanitárias deverão ser elaborados em

conformidade com as Normas Técnicas Brasileiras - ABNT - pertinentes ao

assunto e também as orientações da concessionária local.

Em especial, atender às Normas e as orientações específicas do Cliente e do

Supervisor do DEOP-MG para os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde –

EAS, Estabelecimentos Penais e de Segurança e edificações tombadas por

órgãos de proteção do patrimônio.

Page 84: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

7 Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Anti-Pânico

7.1 Conteúdo

Projeto elaborado a partir do Projeto de arquitetura, conforme as normas do

Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais, deverá contemplar as

seguintes características:

7.1.1 Características arquitetônicas da edificação que permitam à sua população

abandoná-la com segurança ou se protegerem, em caso de incêndio.

7.1.2 Meios físicos que retardem ou evitem a propagação das chamas.

7.1.3 Dispositivos e equipamentos fixos ou móveis que auxiliem o combate ao fogo

extinguindo-o.

7.1.4 Sensores e instrumentos de controle e de sinalização sonora e visual que

detectem a presença de fumaça ou de calor, facilitando a operação de

salvamento das pessoas como:

a) alarmes de incêndio automáticos;

b) sirenes de acionamento manual;

c) sinais luminosos de aviso;

d) placas ou pictogramas convencionais indicativos de equipamentos de

combate ao fogo e de delimitação de áreas com risco de incêndio.

7.2 Condições Gerais

Page 85: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

7.2.1 A projetista legalmente habilitada deverá aprovar o referido projeto no setor

competente do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais.

7.2.2 O projeto deverá, ainda, estar perfeitamente compatibilizado com os demais

sendo as interferências, porventura existentes entre eles, perfeitamente

solucionadas. Prever as interligações necessárias com os Projetos de

Instalações Hidro-sanitárias e Elétricas.

7.2.3 O Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Anti-Pânico deverá atender às

orientações específicas do Cliente e do Supervisor do DEOP-MG para os

Estabelecimentos Assistenciais de Saúde – EAS, Estabelecimentos Penais e

de Segurança e edificações tombadas por órgãos de proteção do patrimônio.

7.3 Apresentação

7.3.1 Representação Gráfica

Desenhos em formatos com as características citadas a seguir:

a) adotar a mesma escala utilizada no Projeto de arquitetura;

b) localizar na planta dos pavimentos a posição dos extintores, dos hidrantes e

dos "sprinklers" com respectivas tubulações d'água;

c) apresentar um diagrama vertical indicando as prumadas das tubulações

d'água, desde o reservatório superior até os hidrantes e "sprinklers";

d) descrever e detalhar os dispositivos e equipamentos aprovados para a

proteção e combate a incêndio, em função dos tipos de riscos verificados;

e) apresentar quadro com a simbologia e as convenções adotadas.

Page 86: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

7.3.2 Memorial Descritivo

Preencher os impressos próprios do CBM/MG, contendo os dados referentes à

edificação e a memória de cálculo do projeto, propriamente dito.

7.3.3 Lista de Material

Apresentar relação de materiais com respectivo quantitativo de todos os

equipamentos empregados.

7.3.4 Caderno de Especificações

A especificação dos materiais empregados, os equipamentos cujas

especificações envolvem a escolha de um modelo ou um padrão de

funcionamento, será feita no capítulo referente às instalações de Prevenção e

Combate a Incêndio e Anti-Pânico do Caderno de Especificações Técnicas do

Projeto de Arquitetura, conforme disposto no item 1.4.3-c.3 deste capítulo.

Page 87: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

8 Projeto de Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas

8.1 Apresentação

8.1.1 Representação Gráfica

a) este projeto será representado por desenhos da planta de situação e dos

cortes longitudinal e transversal da edificação, em escala reduzida e de forma

esquemática. Nestes desenhos serão indicados os elementos Sistema de

Proteção contra Descargas Atmosféricas;

b) apresentar o detalhamento de todo o Sistema de Proteção contra Descargas

Atmosféricas envolvendo a instalação do equipamento de captação, a fixaçao

dos condutores e o sistema de aterramento.

8.1.2 Memorial Descritivo

Deverá constar da descrição do sistema adotado e a memória de cálculo do

projeto.

8.1.3 Lista de Material

Apresentar a relação de materiais com respectivos quantitativos.

8.1.4 Caderno de Especificações

A especificação dos materiais empregados, os equipamentos e aparelhos

cujas especificações envolvem a escolha de um modelo ou um padrão de

funcionamento, será feita no capítulo referente às Instalações de Sistema de

Proteção Contra Descargas Atmosféricas do Caderno de Especificações

Técnicas do Projeto de Arquitetura, conforme disposto no item 1.4.3-c.3 deste

capítulo.

Page 88: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

9 Projeto de Impermeabilização

9.1 O projeto de impermeabilização deverá atender ao disposto nas Normas

Técnicas Brasileiras pertinentes ao assunto.

9.2 Apresentação e Conteúdo

O projeto será apresentado graficamente através de desenhos e acompanhado

de uma parte descritiva, conforme se segue.

9.2.1 Plantas

A planta será desenvolvida a partir de um desenho matriz do Projeto de

arquitetura e na mesma escala deste, envolvendo todos os pavimentos com

áreas úmidas e sujeitas a ação direta das águas de chuva ou de lavagem.

Nesta planta serão indicados os dados a seguir:

a) áreas a serem impermeabilizadas;

b) legenda com os produtos e sistemas impermeabilizantes adotados;

c) áreas úmidas ou sujeitas à ação de águas de lavagem mas que não serão

impermeabilizadas possuindo, apenas, camada de regularização com

caimentos em direção aos ralos;

d) caimentos dos pisos e lajes de concreto com respectivas inclinações e cotas

de nível;

e) linhas formadas pelo encontro de planos inclinados como as cumeeiras, os

espigões e os rincões;

f) calhas de alvenaria, canaletas, ralos e drenos.

Page 89: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

9.2.2 Detalhes Específicos

Apresentar o detalhamento, com representação em planta ou corte, e em

escala apropriada, dos elementos constitutivos da obra e que sejam

impermeabilizados como, por exemplo:

a) abóbadas, cúpulas, marquises, beirais e lajes de cobertura;

b) lajes de piso sujeitas a trânsito;

c) platibandas, muretas e vigas invertidas;

d) piscinas e tanques;

e) reservatórios d'água subterrâneos e superiores;

f) caixas de passagem em alvenaria;

g) juntas estruturais de dilatação;

h) muros de arrimo;

i) galerias e túneis subterrâneos;

j) jardineiras e floreiras.

9.2.3 Detalhes Genéricos

Este detalhamento refere-se aos arremates de concordância ou de

acabamento a serem executados no encontro do sistema impermeabilizante

com os elementos interferentes a ele, tais como:

Page 90: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

a) rodapés, encontros de superfícies horizontais com verticais e bases de

pilares;

b) soleiras de vãos abertos e em desníveis de piso;

c) arestas e quinas vivas;

d) cantos de paredes;

e) ralos, drenos e bocas de condutores d'água pluvial;

f) tubulações ou elementos passantes;

g) suportes metálicos diversos e bases de concreto para fixação de

equipamentos.

9.2.4 Convenções e Simbologia

Criar uma legenda própria para identificar, na representação gráfica, tanto, em

planta, como em detalhe os materiais e sistemas de impermeabilização

adotados.

Page 91: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

9.2.5 Memorial Descritivo

Este documento abrangerá a descrição dos sistemas de impermeabilização,

bem como, do respectivo memorial descritivo, contendo os conceitos e critérios

adotados. Abaixo, encontram-se relacionados os principais procedimentos a

serem adotados em um serviço de impermeabilização e que devem ser

abordados no detalhamento deste memorial descritivo, a título de

recomendações técnicas de execução:

a) correções de concretagem;

b) correções de fissuras e trincas;

c) camada de regularização da superfície;

d) método de aplicação do impermeabilizante;

e) tratamento de juntas de dilatação;

f) camada de proteção mecânica;

g) tratamento termo-acústico.

9.2.6 Lista de Material

Apresentar devidamente quantificado, a relação dos materiais a serem

utilizados.

9.2.7 Caderno de Especificações

A especificação dos materiais empregados será feita no capítulo referente a

Impermeabilização do Caderno de Especificações Técnicas do Projeto de

arquitetura, conforme disposto no item 1.4.3-c.3 deste capítulo.

Page 92: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

10 Projeto de Drenagem Pluvial Superficial

10.1 A indicação dos componentes do sistema de drenagem se baseará no estudo

do Projeto de Implantação e no Topográfico Planialtimétrico, que fornecerá os

dados relativos às plataformas, aos taludes, às áreas pavimentadas, etc. e

seus respectivos caimentos. Também, se constitui numa fonte importante de

informação para o projeto o levantamento de dados do terreno, que precisará

outras áreas de contribuição vizinhas e o caminhamento natural seguido pelas

águas pluviais. Estes dados deverão ser analisados em função do movimento

de terra a ser procedido na implantação da obra, evitando-se que o mesmo se

constitua em uma barreira que se interponha ao fluxo normal das águas ou,

então, se prevendo estas interferências, possam ser propostas as

concordâncias necessárias.

10.2 Apresentação e Conteúdo

10.2.1 Representação Gráfica

O projeto será representado através de desenhos em formatos com as

características e conteúdo descritos a seguir:

a) adotar como desenho matriz a planta do Projeto de Implantação e na mesma

escala em que este foi representado;

b) indicar o plano geral de escoamento d'água;

c) verificar os locais de afluência d'água e prever seu caminhamento com seu

posterior recolhimento através de elementos como canaletas, sarjetas, bueiros,

bocas de lobo, etc.;

Page 93: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

d) projetar a rede de canalizações, para condução d'água, considerando todos

os seus elementos como tubulações, poços de visita, caixas de passagem, etc.;

e) projetar as obras de lançamento e de dissipação de energia no corpo

receptor;

f) detalhar todos os componentes do sistema de drenagem, sobretudo, os

confeccionados no local em alvenaria ou concreto, como caixas de passagem,

poços de visita, bocas de lobo, canaletas, sarjetas, dissipadores, etc.;

g) detalhar a execução da tubulação indicando as suas cotas de profundidade,

as suas declividades e a sua forma de assentamento no fundo das valas;

h) apresentar quadro com as legendas adotadas.

10.2.2 Memorial Descritivo

a) apresentar o memorial descritivo contendo os conceitos e critérios adotados,

bem como a memória de cálculo;

b) descrever os processos e métodos de execução.

10.2.3 Lista de Material

Apresentar devidamente quantificado, a relação dos materiais a serem

utilizados.

10.2.4 Caderno de Especificações

A especificação dos materiais empregados, os equipamentos e aparelhos

cujas especificações envolvem a escolha de um modelo ou um padrão de

funcionamento, será feita no capítulo referente à Drenagem Superficial do

Page 94: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Caderno de Especificações Técnicas do Projeto de Arquitetura, conforme

disposto no item 1.4.3-c.3 deste capítulo

Page 95: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

11 Projeto de Paisagismo

11.1 Apresentação e Conteúdo

11.1.1 Representação Gráfica

a) O projeto será apresentado através de desenhos em plantas, de toda a área

a ser trabalhada e de detalhes de setores, quando necessário. A vegetação

será representada por convenções que permitirão visualizar o tratamento

paisagístico adotado.

b) Na planta serão delimitadas as áreas, canteiros ou jardineiras de plantio,

devidamente cotados.

c) Indicar todos os espécimes que compõem as unidades de vegetação, a

saber: árvores, arbustos, folhagens, floríferas e forrações.

d) As árvores e arbustos serão locados individualmente. Apresentar quadro,

onde constará, além, da convenção adotada, designação e os dados referentes

a sua altura, diâmetro da copa, tipo de raiz, época de floração e cor e

quantidades de mudas.

e) As folhagens, floríferas e forrações, serão locadas através de um sistema de

coordenadas cartesianas ortogonais indicando, ainda, o número de mudas a

serem plantadas por unidade de área considerada.

f) Quando forem previstos caminhos e áreas de lazer com equipamentos, estes

serão detalhados.

11.1.2 Memorial Descritivo

Page 96: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Apresentar Memorial Descritivo contendo os critérios adotados.

Dentre os aspectos a serem abordados incluir, obrigatoriamente, as

orientações e observações a seguir:

a) abertura das covas de plantio;

b) adubação do solo;

c) forma de plantio ou de transplante de mudas;

d) métodos de irrigação;

e) tutoramento, ceifas ou podas;

f) cuidados gerais.

11.1.3 Caderno de Especificações

Fornecer a designação usual ou popular acompanhada do nome científico dos

espécimes.

A especificação dos materiais empregados e espécimes, será feita no capítulo

referente ao Paisagismo do Caderno de Especificações Técnicas do Projeto de

Arquitetura, conforme disposto no item 1.4.3-c.3 deste capítulo.

11.1.4 Lista de Material

Quantificar os espécimes vegetais a serem plantados. Considerar, também, os

materiais e produtos como estacas, adubo orgânico e químico, calcário

dolomítico, etc.

11.2 Condições Gerais

Page 97: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

11.2.1 Apresentar a análise do solo, verificando o seu PH e quando for o caso, propor

ações corretivas.

11.2.2 Quando se pretender obter um efeito especial de destaque visual de algum

arranjo vegetal, através de focos de luz, prever os mesmos no Projeto de

Instalações Elétricas.

11.2.3 Verificar se as condições locais de umidade, de insolação e tipo de solo são

apropriadas ao espécime.

11.2.4 Verificar as possíveis interferências das copas e raízes das árvores sobre as

edificações, instalações, áreas pavimentadas e muros de vedação.

11.2.5 Prever canteiros para hortas e/ou pomares comunitários, quando for o caso.

Page 98: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

12 Projeto de Climatização

12.1 Ar Condicionado

A projetista escolherá o sistema mais adequado a edificação, mediante o

estudo e a análise dos fatores condicionantes e determinantes relacionados a

seguir:

a) localização e vizinhança;

b) características e particularidades;

c) carga instalada de energia elétrica;

d) custo;

e) manutenção e durabilidade;

f) confiabilidade e flexibilidade.

12.2 Ventilação Mecânica

A natureza dos agentes poluidores, nos ambientes, determinará o sistema de

ventilação mecânica a ser adotado, podendo ser uma ventilação mecânica

geral diluidora ou local exaustora.

12.3 Conteúdo

Prever no projeto os elementos descritos a seguir:

12.3.1 Casas de Máquinas

Page 99: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

a) Sempre que possível, os condicionadores serão instalados no interior da

casa de máquinas, situada próxima ao local a ser beneficiado e numa posição

central para a redução dos custos com a distribuição de ar.

b) Prever, ainda, alimentação de água e esgotamento para instalação de

equipamentos.

12.3.2 Tomadas de Ar Exterior

a) Serão dotadas, no mínimo, de veneziana, tela metálica, registro e filtro.

b) Verificar a queda de pressão máxima admissível de forma a garantir a

passagem de ar.

c) No caso de utilizar dutos, estudar a necessidade de ventilador para forçar a

renovação de ar.

12.3.3 Distribuição de Ar

a) Serão adotados sistemas de insuflamento e retorno, através de dutos

aparentes ou embutidos, construídos em chapas de aço galvanizado ou em

alumínio.

b) As grelhas e difusores possuirão registros para regulagem de vazão.

c) Os dutos serão revestidos com materiais isolantes térmicos nas passagens

por áreas não condicionadas.

12.3.4 Quadros Elétricos

Page 100: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

a) Para interligação dos pontos de força aos equipamentos será previsto, no

interior da casa de máquinas, um quadro elétrico dotado de seccionamento

geral e parcial dos circuitos, com respectivos dispositivos de proteção. Cada

condicionador será alimentado por um circuito parcial.

b) Será previsto um eletroduto independente para passagem da fiação de

intertravamento dos elementos do sistema como, torres, bombas,

condensadores remotos, etc.

c) Caberá a projetista de ar condicionado fornecer o diagrama de comando e

força, contendo a lógica e seqüência de funcionamento das proteções e

intertravamentos do sistema do quadro elétrico.

d) As carcaças de máquinas, equipamentos, quadros elétricos e dutos serão

aterrados.

Page 101: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

12.3.5 Torres de Arrefecimento

a) Levar em consideração na localização destes equipamentos os dados

referentes ao seu peso, e as suas interferências na edificação relativas,

principalmente, às vibrações causadas e ao nível de ruído gerado.

b) Para operacionalização das torres, levar em consideração as suas

exigências funcionais em relação a sua interligação ao sistema hidro-sanitário.

12.3.6 Bombas

a) O conjunto Motobomba será montado sobre base rígida com tratamento anti-

vibratório.

b) Prever a instalação de bomba reserva.

12.3.7 Condensadores

a) Serão aceitos condensadores a ar ou água.

b) Para instalações sujeitas a grande variação de temperatura externa, adotar

um dispositivo para regulagem de vazão do agente de condensação.

12.3.8 Unidades Resfriadoras de Líquido

Possuirão circuitos frigorígenos independentes, modulação de capacidade,

termostato de anti-congelamento, partida seqüencial, dispositivo de anti-

reciclagem e válvula solenóide.

12.3.9 Unidades Condicionadoras de Expansão Direta

Page 102: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Possuirão circuitos frigorígenos independentes para capacidades superiores a

7,5 TR.

12.4 Apresentação

12.4.1 Representação Gráfica

Apresentar os desenhos em formatos com as características citadas a seguir:

a) Projetar os elementos constituintes do sistema em plantas e cortes, a partir

do desenho matriz do Projeto de Arquitetura.

b) Detalhar a casa de máquinas em planta e em cortes, longitudinal e

transversal, na escala 1:20.

c) Representar os isométricos.

d) Representar o fluxograma do sistema.

e) Detalhar os elementos básicos, sobretudo suas fixações.

f) Indicar o esquema elétrico da instalação, com trifilar de força e comando,

contendo proteções e intertravamentos.

12.4.2 Memorial Descritivo

Conterá os conceitos e critérios das soluções propostas e a memória de

cálculo, constando de um quadro resumo com os cálculos de carga térmica

discriminando, por ambiente, o calor sensível, o calor latente, o calor total, as

vazões de ar exterior e insuflamento.

12.4.3 Especificações

Page 103: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Especificar todos os elementos do sistema. Quanto aos equipamentos, constar

os dados referentes à sua capacidade nominal, a tensão de funcionamento, o

número de fases, a freqüência e a potência, inclusive com os respectivos

prospectos fornecidos pelos fabricantes.

12.4.4 Lista de Material

Apresentar a lista de material com respectivos quantitativos.

12.4.5 Caderno de Especificações

A especificação dos materiais empregados, os equipamentos e aparelhos

cujas especificações envolvem a escolha de um modelo ou um padrão de

funcionamento, será feita no capítulo referente a Climatização do Caderno de

Especificações Técnicas do Projeto de Arquitetura, conforme disposto no item

1.4.3-c.3 deste capítulo

Page 104: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

13 Projeto de Leiaute

13.1 Apresentação e Conteúdo

13.1.1 Representação Gráfica

a) representar em desenho, a partir do Projeto de Arquitetura, as plantas dos

ambientes ou pavimentos a serem considerados, adotando-se as escalas 1:20,

1:50 e 1:100, conforme o seu dimensionamento e o número de elementos a

serem representados;

b) locar em planta os diversos equipamentos considerando-se o atendimento

ao fluxograma determinado e as exigências funcionais e operacionais dos

mesmos;

c) locar em planta o mobiliário em função da demanda de seus usuários e

determinado por suas atividades funcionais;

d) prever as subdivisões ou a setorização de ambientes, através da colocação

de divisórias;

e) apresentar legenda dos equipamentos e do mobiliário, conforme os códigos

adotados em planta indicando, ainda, sua especificação sumária e a sua

quantidade e, inclusive, fornecer os prospectos fornecidos pelos fabricantes

dos equipamentos.

13.1.2 Memorial Descritivo

Conterá os critérios das soluções adotadas.

13.1.3 Especificações

Page 105: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

a) especificar todo o equipamento, seja fixo ou móvel, conforme determinado

no escopo do trabalho;

b) especificar todo o mobiliário, fornecendo a descrição detalhada dos seus

materiais constitutivos, do seu acabamento, do seu dimensionamento podendo-

se citar o nome de alguma linha comercial de produto e de seu fabricante, a

título de orientação e determinação do padrão de qualidade pretendido;

c) especificar as divisórias, determinando os materiais de sua parte estrutural e

de vedação, a sua forma de fixação, as suas características físicas e o seu

acabamento final;

d) a especificação do mobiliário e dos equipamentos e aparelhos cujas

especificações envolvem a escolha de um modelo ou um padrão de

funcionamento, será feita no capítulo referente ao Leiaute do Caderno de

Especificações Técnicas do Projeto de arquitetura, conforme disposto no item

1.4.3-c.3 deste capítulo.

13.1.4 Lista de Material

Apresentar a lista de material com os quantitativos respectivos.

13.1.5 Condições Gerais

a) compatibilizar o Projeto de Leiaute com os Projetos de Instalações Elétrica,

Hidro-sanitário, de Telefonia e de Informática, observando-se, principalmente, a

posição das luminárias em relação as subdivisões do ambiente e a locação das

tomadas elétricas e pontos de telefone e pontos para computadores;

b) compatibilizar o atendimento às exigências operacionais dos equipamentos

com os projetos de instalações;

Page 106: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

c) adotar como parâmetros para elaboração deste projeto, além dos já

estabelecidos, a observância as condições ambientais necessárias aos vários

espaços.

Page 107: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

14 Projeto de Comunicação Visual

14.1 O projeto deverá contemplar 04 (quatro) tipos ou classes de placas indicativas,

constituindo-se em grupos de informações a saber:

a) educativas;

b) de emergência e advertência;

c) de identificação dos ambientes;

d) indicativos de fluxos de acesso e de circulação.

14.2 Apresentação e Conteúdo

14.2.1 Representação Gráfica

a) representar em desenho as plantas dos pavimentos, adotando-se a mesma

escala do Projeto de arquitetura;

b) nomear ou numerar os diversos ambientes do projeto e designar os que

receberão identificação através de placas, letreiros ou símbolos;

c) as placas indicativas instaladas externamente à edificação serão

representadas na planta de situação;

d) detalhar as placas indicativas, internas e externas, desenhando-as em

escalas compatíveis, devidamente cotadas, contendo os pictogramas modelos

e o tipo de letra adotado com suas respectivas cores, inclusive, a de fundo, se

houver;

Page 108: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

e) indicar o material das placas, das letras, tipo de pintura e tipo de adesivo;

f) detalhar a forma de fixação das placas, indicando a sua locação;

g) apresentar uma legenda dos pictogramas adotados e das placas indicativas

contendo o seu código, dimensões, título, altura de fixação, material,

acabamentos, etc.

14.2.2 Memorial Descritivo

Conterá os critérios das soluções adotadas.

14.2.3 Especificação

a) apresentar a caracterização dos pictogramas, símbolos, letras e números;

b) de acordo com o Projeto de Arquitetura as áreas de circulação, de

estacionamento e manobra, deverão ser caracterizadas através de faixas

demarcatórias e setas pintadas no piso, além de placas indicativas ou de

sinalização;

c) quando utilizar letreiros luminosos prever a sua interligação ao sistema

elétrico;

d) a especificação dos materiais utilizados, será feita no capítulo referente à

Comunicação Visual do Caderno de Especificações Técnicas do Projeto de

Arquitetura, conforme disposto no item 1.4.3-c.3 deste capítulo.

14.2.4 Lista de Material

Apresentar lista de material com respectivos quantitativos.

Page 109: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

14.2.5 Condição Geral

Prever, em toda edificação pública, sua designação ou denominação de forma

visível, em sua fachada ou área externa.

Page 110: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

15 Projeto de Instalações Especiais

15.1 Alarme

Caso haja indicação expressa neste sentido, prever um alarme contra incêndio

ou invasão por arrombamento, ativado automaticamente através de sensores

capazes de detectar a presença de fumaça e/ou pessoa no ambiente. O

alarme, uma vez acionado, permitirá operar diversos dispositivos de proteção

como válvulas hidráulicas, sirenes, avisos luminosos, travas de segurança, etc.,

conforme a anormalidade constatada e seu tipo.

15.2 Sinalização Sonora

Prever a instalação de cigarra e botoeira de campainha. As edificações que

demandarem este tipo de sistema serão equipadas com sirene em área

específica e acionamento na administração.

15.3 Circuito Fechado de TV (CFTV)

O projeto de CFTV deverá prever as tubulações para o caminhamento dos

cabos que interligarão as câmeras e sistema receptor de imagens.

As localizações das câmeras deverão ser definidas juntamente com o

Supervisor do DEOP-MG e o Cliente e indicadas em planta conforme a matriz

do Projeto de Arquitetura.

O cômodo que abrigará a central receptora das imagens será definido pelo

projetista de Arquitetura juntamente com o Supervisor do DEOP-MG e o

Cliente.

Page 111: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Os equipamentos e cabos que compõem o sistema serão adquiridos e

instalados posteriormente à obra pelo proprietário. Sendo assim a lista de

materiais ficará restrita às tubulações e caixas.

15.4 Sonorização

O projeto de Sonorização deverá prever as tubulações para o caminhamento

dos cabos que interligarão as caixas acústicas, amplificadores e central de

som.

As localizações das caixas acústicas deverão ser definidas juntamente com o

Supervisor do DEOP-MG e o Cliente e indicadas em planta conforme a matriz

do Projeto de Arquitetura.

O cômodo que abrigará a central de som será definido pelo projetista de

Arquitetura juntamente com o Supervisor do DEOP-MG e o Cliente.

Os equipamentos e cabos que compõem o sistema serão adquiridos e

instalados posteriormente à obra pelo proprietário. Sendo assim a lista de

materiais ficará restrita às tubulações e caixas.

Projetar, em caso de auditório, um sistema de sonorização local com

amplificação própria, interligado ao sistema central, com possibilidade de

operação inteiramente independente.

15.5 Apresentação

15.5.1 Representação Gráfica

Page 112: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

a) representar em desenho as plantas dos pavimentos do Projeto de

arquitetura que servirá como matriz escala 1:100;

b) determinar os cômodos e locais que conterão os equipamentos das centrais

de som, alarme e CFTV e as caixas acústicas, câmeras, sirenes e avisos

luminosos conforme orientação do Supervisor dos projetos e do Cliente;

c) detalhar a instalação dos diversos equipamentos com suas fixações e alturas

correspondentes;

d) indicar a simbologia de equipamentos e as legendas das convenções

adotadas.

15.5.2 Memorial Descritivo

a) conterá a descrição do sistema adotado;

15.5.3 Lista de Material

Apresentar a lista dos materiais serem utilizados com respectivos quantitativos.

15.5.4 Caderno de Especificações

A especificação dos materiais empregados será feita no capítulo referente às

Instalações Especiais do Caderno de Especificações Técnicas do Projeto de

Arquitetura, conforme disposto no item 1.4.3-c.3 deste capítulo

15.6 Condições Gerais

15.6.1 Elevadores

Nas edificações com elevadores e sistema de sonorização, será previsto um

terminal de som na sua casa de máquinas para interligação com as cabines.

Page 113: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

15.6.2 Auditório

a) quando houver auditório na edificação, prever a sua sonorização através de

um projeto específico;

b) adotar um sistema de linguafone (tradução simultânea) com a instalação de

uma mesa de operação e dispositivos de fones de ouvido para a platéia,

quando solicitado pelo cliente;

15.6.3 O projeto deverá, ainda, estar perfeitamente compatibilizado com os demais,

especialmente os Projetos de Estruturas sendo as interferências, porventura

existentes entre eles, devidamente solucionadas. Prever as interligações

necessárias com os Projetos de Instalações Elétricas e Telecomunicações.

Page 114: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

16 Projeto de Acústica

16.1 Apresentação e Conteúdo

16.1.1 Representação Gráfica

a) a representação se baseará em desenhos em plantas, cortes e elevações

dos ambientes, a partir da matriz do Projeto de arquitetura, contemplando as

superfícies dos pisos, paredes e tetos;

b) detalhar os arremates, as formas de fixação e os acabamentos dos materiais

especificados.

16.1.2 Memorial Descritivo

Conterá os conceitos e critérios das soluções adotadas, bem como a memória

dos cálculos de tempo de reverberação e isolamento acústico

16.1.3 Especificação

Deverá conter a especificação dos materiais de acabamento e de revestimento,

a serem utilizados, compatibilizado com o Projeto de arquitetura e será feita no

capítulo referente à Acústica do Caderno de Especificações Técnicas do

Projeto de Arquitetura, conforme disposto no item 1.4.3-c.3 deste capítulo

16.1.4 Lista de Material

Apresentar lista de material com respectivos quantitativos e especificações.

Page 115: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

17 Projeto de Estrutura Metálica

17.1 Este projeto terá por base o Projeto de Arquitetura e será, totalmente

compatibilizado a ele e ao de Estrutura de Concreto com todas as suas etapas

de elaboração.

17.2 Apresentação

O Projeto de Estrutura Metálica terá sua representação gráfica distribuída em

formatos conforme detalhado a seguir:

17.2.1 Formatos

Para os desenhos deverá ser usado preferencialmente o formato A1 e para

listas e especificações os formatos A4 ou A3.

17.2.2 Escalas

Deverão ser usadas as escalas 1:15, 1:20, 1:50 e 1:100, porém, levando-se em

considerações que as dimensões no desenho fornecem as indicações

necessárias à fabricação ou à montagem, serão permitidos pequenos desvios

de escalas desde que as proporções gerais não sejam comprometidas. Para

detalhe de solda deverão ser usadas as escalas 1:2 e 1:5.

17.2.3 Unidades

Todas as cotas serão dadas em milímetros.

17.2.4 Desenhos

Os tipos de desenhos basicamente são os seguintes:

a) Diagrama de Montagem

Page 116: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Os diagramas apresentam conjuntos parciais de determinada obra e

fornecerão ao montador todos os elementos necessários para a montagem das

estruturas.

b) Desenhos de Fabricação

O desenho de fabricação fornecerá ao fabricante todos elementos necessários

para que de um material qualquer - isolado ou em combinação com outros -

seja elaborada uma determinada peça que corresponde exatamente à função a

ela atribuída pelo projeto, qual seja, de viga, tesoura, coluna, etc.

17.2.5 Listas Complementares

a) Listas de Parafusos

Estas listas relacionam tipos e quantidades de parafusos, porcas e arruelas

necessárias à montagem de campo.

b) Listas de Tirantes

Nestas constarão os diversos tipos de tirantes e sua localização na estrutura.

c) Listas de Telhas e Acessórios

Fornecem as quantidades necessárias de telhas e seus elementos de fixação.

17.2.6 Memória de Cálculo

Todo o projeto deve vir acompanhado de sua Memória de Cálculo apresentada

em formato A4 e arquivo eletrônico, onde constará os dados referentes às

cargas, as condições de apoio, aos esforços encontrados, etc.

Page 117: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

18 Projeto de Rebaixamento de Lençol Freático

18.1 O Projeto de Rebaixamento do Lençol D’Água envolve a definição, através de

cálculos específicos, quando houver nível da edificação igual ou inferior ao

nível máximo do lençol freático.

18.1.1 O Projeto constará de todos os elementos necessários tais como drenos, filtros,

coletores, mangotes, conexões, válvulas, registros, bombas centrífugas e de

vácuo, dispositivos de condução de água, etc.

Page 118: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

IV CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE

IMPLANTAÇÃO E PROJETOS ARQUITETÔNICOS

Este capítulo tem como objetivo estabelecer as diretrizes e critérios básicos a

serem seguidos nos Projetos de Implantação e no desenvolvimento dos

Projetos Arquitetônicos, para que se enquadrem nos padrões de qualidade do

Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais - DEOP-MG.

A concepção de um Projeto de Arquitetura inicia-se com a adoção de

parâmetros que visem contribuir para a boa qualidade de sua elaboração,

dentro de critérios de economia, de adeqüabilidade, de segurança, de

durabilidade e, de integração à edificação existente, se for o caso de

acréscimo.

Page 119: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

1. Projetos de Implantação e Projetos Arquitetônicos

1.1 Condições Locais

Deverão ser observadas, para a abordagem da realidade a ser trabalhada,

algumas condições locais, como:

a) Conhecimento sobre os materiais de construção e as técnicas construtivas

condizentes com a região;

b) Conhecimento da área onde haverá a implantação da edificação, quanto à

topografia, à drenagem natural, às leis de uso e ocupação do solo, código de

obras, plano diretor, etc. Deverão ser adotados as posturas e parâmetros

urbanísticos equivalentes aos estabelecidos para Belo Horizonte naqueles

municípios onde ainda não tenham sido definidos;

c) Dados do subsolo e histórico de inundações;

d) Dados referentes a altitude, norte verdadeiro, temperatura, umidade relativa

do ar, ventos, chuvas;

e) Dados sobre níveis e fontes de ruído nas proximidades do local;

f) Dados sobre a poluição do ar;

g) Conhecimento do extrato vegetal e possíveis áreas a serem preservadas;

h) Infra-estrutura e serviços existentes e os necessários ao empreendimento

(eletricidade, água, esgoto, lixo e outros) e suas capacidades;

Page 120: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

i) Serviços locais de transporte, comércio, policiamento, bombeiros, saúde e os

serviços sócio-culturais e esportivos;

j) Condições de tráfego local, quanto ao tipo, freqüência e velocidade, bem

como condições urbanísticas da área em questão;

k) Sempre que possível, tirar partido da vegetação existente;

l) A paisagem natural deverá ser preservada na medida do possível;

m) Onde não houver possibilidade da preservação da vegetação local, deverá

ser elaborado um projeto de paisagismo, conforme recomendado pelas

posturas legais e/ou plano diretor de cada município;

n) Procurar utilizar espécies disponíveis de mudas dos viveiros da Prefeitura

local.

1.2 Parâmetros para os Projetos

a) O projeto deverá garantir uma área livre compatível com o uso da edificação

conforme os parâmetros definidos para Belo Horizonte, caso as posturas

municipais não indiquem as taxas e coeficientes de ocupação.

b) A edificação deverá localizar-se no terreno, adequando-se às condições

topográficas existentes e considerando, no mínimo, as seguintes condições:

Viabilizar economicamente e em termos executivos os cortes em relação aos

aterros;

Aproveitar a camada superficial do terreno, quando a sua qualidade justificar

o uso em ajardinamento;

Page 121: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Utilizar, sempre que possível, taludes em lugar de arrimos.

c) Para os acessos e circulações prever, no mínimo, as seguintes condições:

Fluxos predominantes (externos e internos);

Hierarquia dos acessos e circulação de veículos e de pedestres;

Acessos de serviços;

Atendimento às pessoas portadoras de necessidades especiais - conforme lei

estadual, federal e ABNT;

As dependências que demandam acentuado contato com o público deverão,

preferencialmente, estar localizadas no térreo (nível da calçada) da

edificação. Se tais dependências forem localizadas acima ou abaixo do nível

da calçada, deverão ser servidas por rampa de acordo com a lei específica

em pelo menos uma entrada da edificação;

Os elementos e vias de acesso ao edifício deverão obedecer as dimensões

mínimas, compatíveis com os fluxos de pessoas e veículos, conforme as

normas da ABNT;

As rampas deverão ter as inclinações compatíveis com normas específicas e

as de acessibilidade aos portadores de necessidades especiais.

d) O projeto da edificação deverá levar em conta as necessidades de conforto

acústico, térmico e de iluminação; oferecendo, sempre que possível, soluções

através de meios naturais:

Apresentar vedações, coberturas e estruturas que proporcionem desempenho

térmico compatível com as condições climáticas locais.

Dimensionar os sistemas de iluminação de modo a não alterar ou agravar as

condições de conforto térmico.

Apresentar tratamento acústico compatível com a necessidade do ambiente

quando houver fontes de ruído interno.

Page 122: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Isolamento adequado para partes da edificação que produzam ou transmitam

vibrações e/ou ruídos a outros ambientes.

e) A escolha de materiais e técnicas construtivas deverá adequar-se às

condições ambientais e de desempenho, manutenção e conservação da

edificação levando em consideração:

A representatividade do edifício, objetivando resultado visual adequado;

Aproveitamento dos materiais em suas dimensões de fabricação;

Características funcionais da edificação;

Condições climáticas locais, principalmente quanto ao regime de chuvas;

Durabilidade das partes componentes da edificação em harmonia com o todo;

Facilidade de conservação e manutenção dos materiais escolhidos;

Possibilidade de modulação e padronização dos componentes construtivos;

Implicações com chuva, vento, insolação e agentes agressivos;

Condições de higiene compatíveis com o ambiente e atendendo às normas

da Vigilância Sanitária;

Desempenho adequado ao tipo de utilização do ambiente (molhado, abrasivo,

ácido e outros), fornecendo proteção de partes da edificação contra ações

decorrentes da sua utilização normal, tais como tráfego de equipamentos,

mudanças de mobiliário, agentes químicos de limpeza, equipamentos de

faxina, manutenção geral, etc;

Padronização dos materiais de revestimento, sempre que possível;

Economia quanto ao custo inicial e ao de manutenção;

Segurança no desempenho térmico e acústico da cobertura;

Proporcionar estanqueidade e segurança das funções;

Permitir acomodações para as diferenças de dilatação dos materiais;

Compatibilizar materiais diferentes que não podem ser ligados diretamente,

sem interferir no desempenho do sistema.

Page 123: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

f) A escolha de equipamentos físicos ou móveis, incluindo mobiliário

convencional ou não, e acessórios, deverá considerar:

Os equipamentos necessários ao desenvolvimento de atividades específicas,

tais como laboratórios, cozinhas, lavanderias e outras, implicarão na

execução dos projetos específicos;

Especial atenção para com as dimensões, localizações (leiaute), formas e

operações de equipamentos por pessoa portadora de necessidades

especiais.

Page 124: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

g) A impermeabilização, quando necessário, será adequada a cada caso

(coberturas, fundações, reservatórios de água, pisos laváveis e outros) e

deverá ser escolhido em função de:

Sistema estrutural adotado;

Tipo de utilização da superfície (passagens, acessos para manutenção da

edificação, terraços, jardins e outros);

Tipo de movimentação, quer seja por efeitos das cargas atuantes (fixas e

móveis), quer seja por efeitos de dilatação térmica;

Cuidados especiais com cargas fixas (de compressão) e móveis (de atrito)

que possam danificar o sistema de impermeabilização;

Variação térmica e higroscópica local;

Vida útil dos sistemas de impermeabilização;

Resistência dos materiais (capacidade elástica);

Proteção térmica e mecânica dos sistemas impermeabilizantes;

Cuidados com detalhes e arremates especiais (rodapé, rufos, juntas de

dilatação, juntas anti-compressão, juntas de enfraquecimento e outros) desde

a concepção estrutural à limpeza final da obra.

Page 125: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

2. Projetos Arquitetônicos

2.1 Projetos de Reforma e Projetos de Acréscimo

Dentro do conjunto das edificações públicas do Estado de Minas Gerais há

várias categorias de edificações (se não todas) as quais são freqüentemente

reformadas. Dentro dessa dinâmica surge uma questão que se torna de

fundamental importância, a de se estabelecer critérios para conduzir este

processo de forma a preservar a memória do Estado e garantir a manutenção

do seu patrimônio.

Um aspecto fundamental é o levantamento planialtimétrico e cadastral, o qual

deve ser elaborado criteriosamente.

A elaboração de projetos de reforma e acréscimo de prédios públicos deverá

considerar sempre as respectivas identidades arquitetônicas, como fator de

preservação e resgate da memória cultural.

Os materiais de reposição de acabamentos deverão, ser compatíveis com

aqueles existentes, de forma a manter as características iniciais do edifício.

Os prédios tombados pelo patrimônio público, quando forem alvos de reformas

e ampliações, merecerão cuidados e intervenções especiais.

2.2 Categorias

De acordo com as finalidades a que se destinam, os Projetos Arquitetônicos

estão divididos em categorias para, através desta organização, aumentar a

compreensão dos vários critérios que os compõem.

As categorias que mais estão presentes nos projetos elaborados pelo DEOP-

MG - Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais, estão

Page 126: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

divididas de acordo com suas finalidades, nas áreas de saúde, de educação,

de saneamento, de segurança e outros.

2.2.1 Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - EAS

Todos os projetos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - EAS - terão

que ser elaborados em conformidade com as disposições e prescrições

estabelecidas em Códigos, Leis e Normas pertinentes ao assunto e vigentes no

local da execução da edificação, quer da esfera Municipal, Estadual ou

Federal. Embora exista uma hierarquia entre as três esferas consideradas, o

autor do projeto deverá considerar, para casos específicos, a prescrição mais

exigente, que eventualmente pode não ser do órgão de hierarquia superior.

Page 127: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Dentre os documentos específicos, estão:

a) Legislação Específica do Ministério da Saúde:

Sobre Elaboração de Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de

Saúde.

b) Legislação Específica do Ministério do Trabalho:

Relativa à Segurança e Medicina do Trabalho;

Normas Regulamentadoras - NR - Relativas à Segurança e Medicina do

Trabalho;

Portarias, Leis e Decretos complementares.

c) Normas Técnicas Brasileiras (ABNT), em especial:

Saídas de Emergência em edifícios altos;

Cálculo do tráfego de elevadores;

Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço,

mobiliário, e equipamentos urbanos;

Instalações centrais de ar condicionado para conforto - parâmetros básicos de

projetos;

Tratamento de ar em unidades médico-assistenciais.

d) Normas e Padrões de Construções e Instalações de Serviços de Saúde da

Vigilância Sanitária.

e) Códigos, Leis, Normas Municipais, inclusive regulamentação de

concessionárias.

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f) Códigos, Leis, Normas Estaduais inclusive:

Sobre funcionamento e instalações físicas e operacional de estabelecimento

de radiodiagnóstico médico e odontológico.

g) Códigos, Leis, Normas Federais.

Page 129: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

2.2.2 Escolas

Serviram como principais subsídios para elaboração destes critérios os

trabalhos técnicos correlatos da extinta - CARPE.

Feita uma compilação e depuração das informações contidas naqueles

documentos, objetivando preservar a valiosa e importante memória técnica

legada a seu órgão sucessor, o DEOP-MG, apresentamos a seguir os

principais critérios específicos às escolas, sem minimizar aqueles gerais

anteriormente demonstrados.

a) Aspectos Conceituais

a1) Projetos de Reforma

Trata-se da reconstrução de uma edificação, visando a reorganização dos

espaços internos, com a criação ou não de novos ambientes, a recomposição

ou a substituição de elementos de acabamento e outros, etc.

Deverão ser preservadas e recompostas as características e proporções do

prédio, através de demolição de elementos e volumes estranhos à

composição da unidade arquitetônica original.

Recuperação de elementos construtivos e ambientes deteriorados.

Atualização dos ambientes didáticos, necessários à evolução da pedagogia,

sem ferir a unidade construtiva.

Prever acessos para portadores de necessidades especiais.

a) Projetos de Acréscimos

Trata-se do aumento da área construída do prédio, cuidando-se para que haja

uma harmonia entre as partes (novas e velhas).

Page 130: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Há que observar que a harmonia poderá ser de partes análogas ou de partes

contrastantes; dentro dos conceitos de forma, função e conteúdo da edificação.

b) Aspectos Construtivos (Projetos Novos, de Reforma ou de Acréscimo)

Deverão ser utilizados, sempre que possível, os projetos padrões adotados

pelo DEOP-MG.

As proporções de recreio coberto, cantina-palco e instalações sanitárias, serão

flexíveis no caso da utilização dos padrões.

As edificações deverão ser locadas de modo que as salas de aula seja

prioritariamente orientadas para SE, S, SO.

Page 131: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

Os afastamentos mínimos deverão ter:

em relação ao alinhamento das ruas: 4,00 m;

em relação às divisas do terreno: 2,00 m para as extremidades dos blocos, e

4,00 m para as faces;

em relação ao bloco existente: 10,00 m (eixo a eixo das estruturas) para

blocos paralelos, e 3,50 m para blocos perpendiculares.

Os pátios pavimentados deverão ser locados contiguamente ao recreio coberto.

As quadras de esportes, quando descobertas, deverão ser locadas de modo a

haver continuidade do ambiente do recreio coberto e tendo seu eixo

longitudinal segundo a direção Norte-Sul preferentemente, admitindo-se em

casos especiais variação de até 15º.

Em casos de exigüidade de terreno serão dispensadas as quadras de esportes.

As plataformas destinadas às quadras de esportes deverão ser ligadas às do

recreio coberto, por rampa e escada pavimentada, conforme normas técnicas.

As bases dos taludes, nas plataformas, deverão receber canaletas para águas

pluviais, desviando-as e lançando-as na rede pública.

Todo o terreno remanescente deverá receber arborização e outras vegetações,

inclusive de floração, visando:

ambientação e sombreamento;

proteção de taludes;

correção de insolamento.

Page 132: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

As salas de aulas deverão ter sempre iluminação natural, através de janelas à

esquerda dos quadros negros. Para possibilitar a ventilação cruzada as janelas

deverão estar à direita do quadro negro, acima de 2 metros de altura.

A área das janelas corresponderá sempre a 1/6 da área das salas, no mínimo.

As lajes utilizadas serão de preferência pré-fabricadas.

A área das salas de aulas deverá ser calculada tomando-se 1,20 m² por aluno

e considerando-se uma variação de 36 a 40 alunos por sala.

Page 133: DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE …

As cozinhas deverão conter bancas para pia e para tanque, prevendo-se o

espaço para fogão e geladeira. O espaço mínimo entre as bancas será de 1,20

m.

Os taludes laterais das quadras poderão ter arquibancadas cimentadas, com

área na proporção de 6,00 m por sala de aula.

As modificações (quando houver) serão mínimas no prédio existente,

admitindo-se a reformulação da parte administrativa e das instalações

sanitárias, quando aproveitáveis mas insuficientes. Em caso contrário, estas

deverão ser demolidas e totalmente projetadas no acréscimo.

No caso de acréscimos projetados em continuação ao existente, eles deverão

ter as mesmas características, assim como:

dimensões e acabamento dos beirais;

altura e arremates de vergas, janelas e peitoris;

esquadrias com os mesmos detalhes.

Os blocos e os pavimentos serão interligados por circulações cobertas, de

acordo com a topografia. Deverá ser previsto o acesso aos portadores de

necessidades especiais, assim como os ambientes para seu uso específico.

Quando a implantação da escola exigir composição de blocos para atender à

demanda de um determinado número de salas de aulas, estes deverão ter

suas posições fixadas em função, principalmente, da insolação.

Os bancos deverão ser locados nos pátios e terão a proporção de 1,50 m por

sala de aula.

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Cada estabelecimento terá três mastros para bandeiras, cada um de altura de

9,00 m, situado de modo a permitir cerimônias cívicas e ser visto do exterior.

Quando alimentados por rede pública de água e em caso de pouca pressão, os

prédios serão dotados de reservatórios subterrâneos de 5,00 m³ para prédio

com até 5 salas; prédios de 6 salas, reservatórios de 10.000 lts e assim por

diante, conforme demanda (população da escola).

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2.2.3 Estabelecimentos Penais e de Segurança

O Projeto de arquitetura de estabelecimento penal ou de segurança deve ser

elaborado a partir dos elementos fornecidos pela Secretaria de Estado da

Defesa Social de Minas Gerais, obedecidas as normas e os programas

específicos.

Os estabelecimentos penais e de segurança obedecerão as normas e os

programas estabelecidos pelo Ministério da Justiça e órgãos afins e Vigilância

Sanitária, atendendo-se ao número de vagas pretendidas pela Secretaria de

Estado da Defesa Social de Minas Gerais conforme a população a ser

atendida.

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CRÉDITOS

EQUIPE

Coordenação:

Antônio Francisco Fortes

Elaboração:

Carlos Guíllen Taboada

Colaboradores: Holos: Eng. Antônio Francisco Fortes

Arq. Clermont Gomes Oliveira

Proj. Deoclides de Freitas Maia

Arq. Maria Luiza Queiroz Horta

Edição: Simone Winter da Silva Viana

Emmanuel M. Nascimento Martins

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Revisão: DEOP-MG: Arqt. Cleber José Costa

Arqt. Karina Roquete Monteiro

Arqt. Laura de Melo Aguiar

Arqt. Marianna Freire Teixeira Santos