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Page 1: Demonstrações Financeiras e Relatório da …cgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2015.pdfPermanente de Tecnologia da Informação: Propor as políticas e diretrizes da Asses-soria

Demonstrações Financeiras e Relatório da Administração

2015

Page 2: Demonstrações Financeiras e Relatório da …cgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2015.pdfPermanente de Tecnologia da Informação: Propor as políticas e diretrizes da Asses-soria

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃOSENHORES ACIONISTAS E DEMAIS INTERESSADOSA administração da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – Eletrobras CGTEE, em conformidade com a legislação brasileira e as disposições estatutárias, submete à apreciação dos senhores acionistas e demais interessados, o Relatório da Administração e as Demonstrações Contábeis referentes ao exercício de 2015, acompanhado do Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras, e pareceres do Conselho Fiscal e Conselho de Administração, com relato das ações desenvolvidas.1. MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃOA Eletrobras CGTEE no exercício de 2015 envidou esforços para a viabilização de um novo modelo de negócios visando a recuperação econômica e operacional da empresa. O período em tela foi marcado por signifi cativas mudanças na gestão da empresa, em novembro de 2015 tomou posse o novo Diretor Presidente oriundo do Grupo Eletrobras. Em 22 de maio de 2015 foi constituída a Diretoria de Operação, com o objetivo de priorizar ações na operação e manutenção do Complexo de Candiota. Destaca-se a implantação da Manutenção Centrada na Confi abilidade, consolidação de indicadores operacionais, fortalecimento das áreas de engenharia de manutenção e operação, bem como a ampliação da qualifi cação e treinamento dos empregados para atuação nos processos fi nalísticos da empresa. A expectativa para 2016 é que as Unidades do Complexo de Candiota apresentem melhora signifi cativa nos níveis de disponibilidade, restando ainda as adequações técnicas iniciadas nesta gestão para a performance da UTE Candiota III. O resultado econômico fi nanceiro do exercício de 2015 acumulou um prejuízo de R$ 648,367 milhões. Ressalta-se, no entanto, que este efeito negativo é decorrente de problema imprevisível ocorrido no sistema de dessulfurizador da UTE Candiota III no fi nal do ano de 2014. O refl exo, em decorrência dos Contratos de Comercialização de Energia da unidade, ocorreu em 2015, constituindo-se no principal fato gerador responsável pela redução de 21% na receita. Em relação às despesas operacionais, obtivemos uma redução no ano de 2015 na ordem de 24%. Entre os principais itens que impactaram o resultado supracitado, destacam-se a compra de energia, que teve uma redução de 72% em comparação a 2014, e as ações na adequação dos custos com contratos de serviços terceirizados. Do ponto de vista da gestão estratégica do negócios, destaca-se processo de revisão do Plano de Negócios e Gestão da empresa para o período de 2016 a 2020. Nesse, foram atualizadas as diretrizes estratégicas de atuação, das quais ressaltamos: pro-mover uma grande reestruturação organizacional que permita melhorias na efi ciência operacional, combinada com a otimização dos custos operacionais, recuperação da performance da UTE Candiota III e articulação de um conjunto de ações institucionais necessárias para viabilizar a expansão sustentável da empresa. Tal processo será validado nas instâncias corporativas superiores, e implementado em 2016.Por fi m, ressaltamos, considerando dados do PNE - Plano Nacional de Energia 2030, conduzido pela Empresa de Pesquisa Energética - EPE, que as Usinas Térmicas de Base, serão fundamentais para a segurança do SIN - Sistema Interligado Nacional. Além disso, considerando que 90% das reservas nacionais de carvão mineral loca-lizam-se no estado do Rio Grande do Sul, este Estado poderá se converter em um futuro exportador de energia ao SIN. Esses dados constituem um cenário favorável à articulação de uma nova estratégia para Eletrobras CGTEE na busca da expansão do parque gerador em sua região de atuação.Assim, o empenho e o compromisso da Diretoria Executiva da empresa, será ao longo do exercício de 2016, envidar os esforços necessários para recolocar a Eletrobras CGTEE em um novo ciclo de desenvolvimento orientado por um paradigma adequado de custos e efi ciência operacional, e avaliando oportunidades de expansão da fonte energética em sua área de atuação

Francisco Romário WojcickiDiretor Presidente

2. PERFIL DA EMPRESAA Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – Eletrobras CGTEE foi constituída pela Lei Estadual do Rio Grande do Sul nº 10.900 de 26/12/1996, tendo iniciado efetivamente suas operações em 28/07/1997. É controlada pela Centrais Elétricas do Brasil S/A1 - Eletrobras desde 31/07/2000, constituindo-se numa so-ciedade de economia mista vinculada ao Ministério de Minas e Energia - (MME). A sede administrativa situa-se em Porto Alegre, e seu parque gerador em Candiota, ambos no Rio Grande do Sul. Além destas, possui unidades em desmobilização nas cidades de Porto Alegre (NUTEPA) e São Jerônimo (UTSJ). Tem como missão gerar energia elétrica promovendo o desenvolvimento sustentável e tem como matriz energética o carvão mineral.

UNIDADES TIPOPOTÊNCIA INSTALADA

(MW)LOCALIZAÇÃO

UTE SÃO JERÔNIMO Usina Térmica 20 São Jerônimo - RS

UTE NUTEPA Usina Térmica 24 Porto Alegre - RS

UTE PRESIDENTE MÉDICI Usina Térmica 446 Candiota - RS

UTE CANDIOTA III Usina Térmica 350 Candiota - RS

SEDE Sede Administrativa - Porto Alegre - RS

TOTAL 840 MW

Quadro 1 – Unidades da Eletrobras CGTEE3. GESTÃO3.1. EstratégiaMissão: Gerar energia elétrica com rentabilidade promovendo o desenvolvimento sustentável.Valores: Foco em resultados, empreendedorismo, valorização das pessoas, exce-lência na gestão e sustentabilidade.Visão: Até 2021 consolidar e expandir o negócio, introduzindo novas fontes de energia, prioritariamente na matriz térmica, com práticas e resultados compatíveis aos das melhores empresas do setor elétrico nacional.3.2. Planejamento EmpresarialNo ano de 2015, a agenda de debates foi focada no estudo dos cenários possíveis para o futuro da empresa. A Administração da Eletrobras CGTEE em conjunto com a Holding elaborou planejamento para o período de 2016 a 2020 buscando não apenas apontar o melhor futuro a ser empreendido para o negócio, mas também, investir em um novo modelo de gestão, com foco em resultados. Para o próximo ano projeta-se o início da execução do Plano de Negócios e Gestão 2016-2020, apostando-se na recuperação operacional e econômica da empresa.3.3. Governança CorporativaApresentamos a seguir o organograma das estruturas de governança corporativa da Eletrobras CGTEE:

Figura 1 – Estrutura de Governança da Eletrobras CGTEEAssembleia Geral de AcionistasA Assembleia Geral se reúne conforme a legislação vigente, isto é, ordinariamente até o último dia do mês de abril do ano subsequente ou extraordinariamente sempre que o Conselho de Administração ou o acionista majoritário demandar. No ano de 2015, ocorreu 01 (uma) Assembleia Geral Ordinária em atendimento à Lei 6.404 e 01 (uma) Assembleia Geral Extraordinária.

Conselho de AdministraçãoO Conselho de Administração é constituído por um presidente e cinco conselhei-ros, sendo todos acionistas, eleitos em Assembleia Geral para um mandato de um ano, com possibilidade de reeleição. Deste total de conselheiros, dois integrantes são indicados pelo Ministério de Minas e Energia e um é indicado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O Diretor Presidente, que é indicado pela Eletrobras, é conselheiro nato. Em 2015, em conformidade com a Lei nº 12.353 de 28 de dezembro de 2010, realizamos nova eleição para o Conselheiro representante dos empregados. Registramos que no ano em questão foram efetuadas 12 (doze) reuniões do Conselho de Administração para a deliberação de matérias de sua competência defi nidas no Estatuto Social da Companhia.Conselho FiscalO Conselho Fiscal é constituído por três membros titulares e seus respectivos suplentes, eleitos em Assembleia Geral Ordinária para um mandato de um ano, com possibilidade de reeleição. Um dos integrantes titulares e respectivo suplente, são indicados pelo Ministério da Fazenda (representante do Tesouro Nacional) e os demais pelo Ministério de Minas e Energia. O Conselho Fiscal reuniu-se 13 (treze) vezes em 2015, para fi scalizar os atos administrativos e cumprir com seus deveres estatutários.Diretoria ExecutivaA Diretoria Executiva é composta por um Diretor Presidente e quatro Diretores eleitos pelo Conselho de Administração, com mandato de três anos e com pos-sibilidade de recondução, nas seguintes áreas: Presidência, Diretoria Financeira e de Relações com o Mercado, Diretoria Técnica e de Meio Ambiente, Diretoria Administrativa e a recente criada, Diretoria de Operação. A criação da Diretoria de Operação constitui-se em uma das principais ações da Alta Gestão, na busca pela especialização e foco total no parque de geração. Destaca-se também, que a partir de novembro de 2015 foi nomeado novo Presidente para direção da empresa. A Diretoria Executiva se reúne semanalmente para deliberar sobre as matérias de interesse da Companhia, pontuadas pelas diferentes diretorias. Em 2015 foram realizadas 53 (cinquenta e três) reuniões.Gestão da ÉticaIntegrante do Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, a Comissão de Ética tem como fi nalidade orientar e aconselhar os integrantes da Eletrobras CGTEE quanto aos princípios e compromissos éticos, organizacionais e pessoais. Compete também à Comissão representar a CEP - Comissão de Ética Pública, su-pervisionando a observância do Código de Conduta da Alta Administração Federal. O Código de Ética das Empresas Eletrobras, abrange os membros do Conselho de Administração, diretores, conselheiros, empregados, contratados, prestadores de serviço, estagiários e jovens aprendizes. Auditoria InternaA Auditoria Interna, subordinada ao Conselho de Administração, planeja e executa as ações do Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna – PAINT, com avalia-ções independentes, imparciais e tempestivas sobre a efetividade e a adequação dos controles internos e o cumprimento das normas, regulamentos e da legislação associada à suas operações. Cabe também à Auditoria Interna, examinar e avaliar a documentação, registros, arquivos, dados, operações, funções, procedimentos e normas internas, bem como aferir o cumprimento das diretrizes, atos normativos internos e externos, a legislação vigente e adequabilidade dos métodos e controles existentes. Também é responsável por reportar e coordenar o atendimento, pelas unidades organizacionais da Companhia, às solicitações dos órgãos governamentais de controle e do Tribunal de Contas da União – TCU, relacionadas às inspeções e auditorias realizadas pelos mesmos. Controles Internos e Gestão de RiscosA Eletrobras CGTEE segue o modelo de gestão de riscos corporativos do Sistema Eletrobras, orientado às empresas de geração, tendo como base metodológica o COSO-ERM e a Norma ISO 31000. O modelo de gestão de riscos contempla o aprimoramento contínuo dos processos internos.Com o objetivo de identifi car, avaliar e reportar os riscos inerentes aos processos corporativos, a Gestão de Riscos trabalhou em 2015 com atividades de treina-mento, entrevistas com principais gestores e defi nição de uma matriz de riscos, contribuindo para a redução de eventos que possam refl etir negativamente nos objetivos estratégicos da empresa.Programa de Compliance da Eletrobras CGTEEA Diretoria Executiva da Eletrobras CGTEE, em março de 2015 aderiu ao Programa de Compliance das Empresas Eletrobras dando início a um conjunto de ações que visam, de forma contínua, identifi car, corrigir e prevenir fraudes e corrupções, ga-rantindo o cumprimento das leis anticorrupção no âmbito da empresa. No mesmo ano a Eletrobras CGTEE implementou cláusulas contratuais com res-ponsabilização administrativa sobre atos lesivos contra a Companhia. E mantém à disposição dos Órgãos de Controle Interno ou Externos, todos os registros das ações de divulgação e treinamento de áreas mais expostas a estes eventos como evidência de sua realização.ComitêsA Eletrobras CGTEE possui sete comitês internos reunindo empregados de diversas áreas da Companhia e que atuam conforme as atribuições defi nidas pela Diretoria Executiva:Permanente de Acompanhamento do Planejamento Estratégico: Acompanhar a aplicação do Planejamento Estratégico e elaborar relatório trimestral para a Dire-toria Executiva.Sustentabilidade: Promover a incorporação à Eletrobras CGTEE dos conceitos e práticas de sustentabilidade empresarial em suas dimensões econômico-fi nanceira, social e ambiental.Permanente de Tecnologia da Informação: Propor as políticas e diretrizes da Asses-soria de TI, elaborar o plano de investimento da área, defi nir prioridades na alocação de soluções tecnológicas, elaborar normas e procedimentos sobre TI.Pesquisa e Desenvolvimento: Identifi car, analisar, avaliar e propor à Diretoria Executiva a execução de projetos do interesse da companhia.Monitoramento da Implementação do Plano de Ação para Reestruturação Contábil da Eletrobras CGTEE: Buscar redução do prazo de demonstrações contábeis no padrão CVM e ANEEL e nível de qualidade diferenciado. Implantar o relatório resumo de fechamento contábil emitido pelo contador e certifi cado pelo Diretor Financeiro.Multidisciplinar de Ascensão – CMA da Eletrobras CGTEE: Acompanhar anualmente as metas das diretorias, analisar justifi cativas formuladas pelos gerentes para anulação das metas quando em fase de avaliação, analisar em última instancia os recursos da avaliação de desempenho e zelar pelo cumprimento das metas esta-belecidas pelo Sistema de Gestão de Desempenho - SGD do Sistema Eletrobras.Pró-Equidade de Gênero e Raça: Elaborar, divulgar e fomentar ações empresariais visando à equidade dos gêneros, raças, etnias e à superação das desigualdades no trabalho.3.4. Relações com a SociedadeOuvidoriaA Ouvidoria é um canal de comunicação e participação do cidadão na gestão pública, canal direto de diálogo entre a Companhia e seus públicos de interesse, funcionando como porta de entrada para solicitações, sugestões, reclamações, elogios e denúncias.A Ouvidoria também é a autoridade responsável junto à Controladoria Geral da União – CGU, pelas demandas oriundas do Serviço de Informação ao Cidadão – SIC, decorrente da Lei de Acesso a Informação, bem como integrante da equipe de Programa de Compliance, em cumprimento a Lei 12.846 de 01/08/2013.Em 2015, a Ouvidoria registrou 41 (quarenta e uma) demandas através dos diversos canais de acesso disponibilizados pela Eletrobras CGTEE, sendo as demandas mais frequentes, Solicitações (19 registros) e Reclamações (18 registros). Ainda neste exercício, foi registrado o ingresso de 21 (vinte e um) pedidos de informações através do Serviço de Informação ao Cidadão – e-SIC. Comunicação InstitucionalA Eletrobras CGTEE adota ações de Comunicação e Marketing com base nas diretrizes da Política de Comunicação Integrada, dialogando com o Código de Ética Único das Empresas Eletrobras e seguindo o determinado pela legislação pertinente, conforme disposição da Secretaria de Comunicação Social da Presi-dência da República (Secom).Em nossa política de Comunicação reforçamos ações e iniciativas na Metade Sul do Estado na busca de uma maior interação com a população de Candiota e arredo-res. Em 2015 publicamos campanha institucional nos jornais locais e de circulação estadual referente aos 18 anos da companhia. O tema utilizado foi: “Nesses 18 anos a Eletrobras CGTEE não produziu apenas energia. Produziu transformações na vida de muitas pessoas”.

4. NEGÓCIO4.1. Geração4.1.1. EmpreendimentosO parque gerador2 da Eletrobras CGTEE é composto por 04 (quatro) usinas ter-melétricas, estando 02 (duas) em processo de desmobilização, conforme detalhado no quadro 2 seguir:

Usinas Termelétri-

casTipo

Data da Concessão/

Autoriza-ção

Data doVenci-mento

Potência Instalada

(MW)Unidades

UTE São Jerônimo

Conces-são 8/7/1995 7/7/2015 20 02x 5MW - (1953)

01x 10MW - (1956)

UTE NUTEPA

Conces-são 8/7/1995 7/7/2015 24 02x 8MW - (1968)

01x 8MW - (1969)

UTE PresidenteMédiciFases A/B

Conces-são 8/7/1995 7/7/2015 446 02x 63MW - (1974)

02X 160MW - (1987)

UTE Candiota III

Autori-zação 18/7/2006 17/7/2041 350 01x 350MW - (2011)

TOTAL 840 MW

Quadro 2 – Parque Gerador da Eletrobras CGTEEUTE São JerônimoA Usina Termelétrica São Jerônimo - UTSJ, do tipo térmica a vapor, está localizada no município de São Jerônimo - RS, distante 70 quilômetros de Porto Alegre. A Central, como era denominada na época, foi o primeiro projeto energético do estado do Rio Grande do Sul e foi projetada em duas etapas, a primeira com duas unidades de 5 MW e a segunda com uma unidade de 10 MW, resultando na capacidade fi nal de 20 MW, tendo como combustível primário o carvão mineral. A Usina esteve em operação por 60 anos, estando em um processo de desmobilização que deve ser encerrado em 2016. UTE NUTEPAA Nova Usina Termelétrica Porto Alegre - NUTEPA, do tipo térmica a vapor, está localizada na margem esquerda do rio Gravataí, junto à BR 290, na área metro-politana de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul. A Usina entrou em operação em 1968 com três unidades de 8 MW cada, totalizando 24 MW. Seus equipamentos utilizavam óleo combustível como fonte primária para a geração de energia elétrica. A NUTEPA operou em regime contínuo até 1979 e a partir de então alternou períodos de “reserva fria” e períodos de operação. Desde 2013 a Usina encontra-se fora de operação estando em um processo de desmobilização que deve ser encerrado em 2016. UTE Presidente MédiciA Usina Termelétrica Presidente Médici - UPME, do tipo térmica a vapor, está lo-calizada no município de Candiota - RS, distante 400 quilômetros de Porto Alegre. Sua construção aconteceu em duas etapas. As unidades 1 e 2 da usina possuem capacidade instalada de 63 MW cada e foram inauguradas em 1974 quando foram integradas ao Sistema Interligado Nacional – SIN, tendo como combustível o carvão mineral. No fi nal de 1986 entraram em operação as unidades 3 e 4, com capacidade instalada de 160 MW cada, totalizando 446 MW instalados. Atualmente, estão em operação as unidades 1, 3 e 4. UTE Candiota III A Usina Termelétrica Candiota III é o primeiro projeto de expansão da Eletrobras CGTEE. Localizada no município de Candiota – RS, a obra era aguardada há mais de 23 anos pela comunidade da metade Sul do RS e incrementou fortemente os negócios envolvendo a relação comercial Brasil/China. O projeto gerou no período de instalação, 4.500 empregos diretos e 3.000 indiretos. Na fase de operação, estão envolvidos 225 empregados relacionados ao processo fi nalístico e 32 empregados voltados às atividades de suporte e apoio à produção. A usina opera com capacidade de geração de 350 MW. O empreendimento teve sua energia totalmente comercia-lizada no Leilão de Compra de Energia realizado pela ANEEL em 16/12/2005, pelo prazo de 15 anos, entrando em operação comercial no dia 01/01/2011.4.1.2. Geração de Energia ElétricaO sistema energético da Eletrobras CGTEE tem como parque gerador o Complexo Termelétrico de Candiota, composto pela UTE Presidente Médici e UTE Candiota III, conectado ao Sistema Interligado Nacional - SIN. Como principal fonte de geração instalada na região sul do Estado do Rio Grande do Sul auxiliando energeticamente o SIN, tem também função estratégica para controle de tensão do Sistema de Trans-missão da região, principalmente em períodos de levante hidráulico.Adicionalmente, as unidades geradoras do Complexo Termelétrico de Candiota tem fundamental importância para a operação da 2ª Interligação Brasil/Uruguai, através da Conversora de Frequência de Melo, em função da garantia da capacidade de fornecimento de energia na região, tanto para exportação quanto para importação, bem como pela elevação do nível mínimo da suportabilidade de eventual curto-circuito na região, de maneira a garantir a segurança das unidades geradoras instaladas na região, quanto dos equipamentos que compõem esta 2ª interligação.Neste aspecto, de forma a garantir confi abilidade e atendimento à demanda do SIN, no ano de 2015 as ações desenvolvidas foram centradas na consolidação da opera-ção da UTE Candiota III e na da manutenção das unidades da UTE Presidente Médici.4.1.2.1. DesempenhoA geração total de energia elétrica em 2015 foi de 2.211,976 GWh, representando uma queda de aproximadamente 10,19% em relação a 2014. A geração total da Eletrobras CGTEE foi composta com uma geração na UTE Candiota III de 1.537,709 GWh (variação de cerca -21,26%) e da UTE Presidente Médici com 674,267 GWh (variação de cerca de +32,18%).

Evolução da Energia Elétrica Gerada pela Eletrobras CGTEE – (GWh)

Gráfi co 1 – Evolução da Energia Elétrica Gerada pela Eletrobras CGTEE 2011-2015

A geração foi orientada prioritariamente para atendimento às necessidades do SIN estabelecidas pelo Operador Nacional do Sistema – ONS e em função do preço da energia do subsistema Sul (defi nido semanalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE) e das tendências do mercado de energia, considerando a sazonalidade dos montantes contratados, visando à redução de exposição da Eletrobras CGTEE ao mercado de energia.Para 2016 há perspectiva de alcançar um crescimento da energia gerada em torno de 19%, baseado nas seguintes projeções:• Para as unidades geradoras da UTE Presidente Médici, em torno de 30% do

montante disponível para geração (UG1: 23MW, UG3: 80MW e UG4: 0MW);• Para a UTE Candiota III, em torno de 60% da disponibilidade da capacidade

instalada da unidade.Geração UTE Presidente Médici

Evolução da Energia Elétrica Gerada pela UTE Presidente Médici – (GWh)

Gráfi co 2 – Evolução da Energia Elétrica Gerada pela UTE Presidente Médici 2011-2015

CausasA UTE Presidente Médici apresentou tal desempenho em função das seguintes causas:• As Unidades Geradoras 1 e 2 da UTE Presidente Médici foram retiradas da

operação comercial, conforme os despachos nos 4094 de 29/11/13 (UG1), 2426 de 11/07/14 (UG2), porém, visando a recuperação da UG1 a Eletrobras CGTEE

Presidência

Auditoria Interna

OuvidoriaAssessoria de

Controles Internos eGestão de Riscos

Diretoria Financeirae de Relações

com o Mercado

Diretoria Técnica ede Meio Ambiente

Diretoria deOperação

Diretoria Administrativa

Conselho Fiscal

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Diretoria Executiva

1Vide Nota Explicativa n° 23.1, integrante das Demonstrações Contábeis deste Relatório;2Vide Nota Explicativa n° 3, integrante das Demonstrações Contábeis deste Relatório;

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COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICACNPJ nº 02.016.507/0001-69 - NIRE nº 43 3 0003612 0

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contratou a fabricante ANSALDO para recuperação desta unidade. A UG1 foi re-montada utilizando-se o Gerador que estava instalado na Unidade 2 com a Turbina existente na unidade 1. A UG1, após a montagem, iniciou testes operacionais em agosto/15. Em 15/12/15 foi encaminhado ao ONS e à ANEEL o Relatório Técnico de Comissionamento da UG1 da UTE Presidente Médici e a documentação ne-cessária para obtenção do retorno à operação comercial desta unidade geradora. A média de geração, durante os testes, foi de 23,13MW;

• A Unidade 3 da UTE Presidente Médici, permaneceu indisponível a maior parte do ano de 2015. Esta condição iniciou em 2014 devido à substituição do rotor de baixa pressão da turbina e também devido a necessidade de manutenções no sistema de selagem de refrigeração do gerador. A partir da conclusão destes serviços foram iniciados os teste operacionais da unidade, quando foi detectada vibração acentuada no turbo-alternador, o que demandou várias intervenções, prorrogando a indisponibilidade da UG3 até julho/15.

• A indisponibilidade da torre de refrigeração das Unidades 1 e 2 da UTE Presi-dente Médici, que contribuiu para o atraso no início dos testes operacionais das Unidades 1 e 3 da UTE Presidente Médici, também foi fator limitante no aumento da Disponibilidade Geral de 2015.

Medidas AdotadasUnidades 1 e 2• Revisões anuais de 30 dias, onde espera-se manter o desempenho médio de

23,33 MW.Unidades 3 e 4• Revisões bianuais de 30 dias, para manter o desempenho médio. • Aquisições de materiais já incluídas no plano orçamentário. • Nova planta de desmineralização da água para caldeira, com previsão de con-

clusão março de 2016Geração UTE Candiota III

Evolução da Energia Elétrica Gerada pela UTE Candiota III – (GWh)

Gráfi co 3 – Evolução da Energia Elétrica Gerada pela UTE Candiota III 2011-2015

O resultado operacional da unidade, atingiu uma geração média anual de 175,54 MW médios, equivalente a 50,15% de fator de capacidade. CausasO desempenho da UTE Candiota III foi afetado negativamente em função dos se-guintes eventos que restringiram a operação da unidade:• Falhas na operação de válvulas controladoras das válvulas de admissão de vapor

na turbina, devido impurezas no fl uído de regulação das mesmas, bem como por desgastes nos componentes das próprias válvulas controladoras. As soluções adotadas foram a troca de algumas das válvulas, aquisição e instalação de novos fi ltros e substituição do fl uído de controle;

• Também tiveram impacto signifi cativo as indisponibilidades originadas por furos em tubulações da caldeira e por restrições na operação dos moinhos de carvão.

Medidas Adotadas• Melhoria no controle de qualidade da Cal;• Melhoria no controle de qualidade do Carvão;• Monitoramento on-line em todo o processo de dessulfurização;• Parada anual de manutenção de 37 dias (novembro e dezembro de 2015) –

correção do scraper, aquecedor de ar rotativo, precipitadores, moinhos, proteções contra desgastes em tubos de caldeira;

• Início do processo de aquisição do conjunto de peças de reserva nacionais e internacionais e serviço de supervisão para Revisão Especial de Manutenção (Overhaul) prevista para 2017 na ordem de R$130 milhões;

• Previsão de Parada Técnica Programada, com prazo de 03 meses de duração em 2017 e 01 mês em 2018, 2019, 2020 e 2021 para inspeção e reparação dos principais equipamentos, tais como: turbo-gerador (abertura completa), caldeira e auxiliares, sistema de tratamento de gases, etc.

Operação e Manutenção do Complexo Termelétrico de CandiotaAlém das medidas já citadas, também estão sendo realizadas as seguintes medidas na gestão das duas usinas que compõem o Complexo Termelétrico de Candiota:Ações de Gestão da Manutenção e Operação• Implantação do MCC – Manutenção Centrada na Confi abilidade.• Revisões dos procedimentos de Manutenção e Operação.• Fortalecimento do Laboratório de Operação.• Melhor controle no fornecimento de insumos para operação, serviços de manu-

tenção e materiais.• Consolidação de indicadores operacionais.• Fortalecimento na utilização do software de gestão da manutenção.Ações de Gestão Organizacional• Criação da Diretoria de Operação em Candiota;• Criação da Engenharia de Operação e fortalecimento da Engenharia de Manutenção;• Reorganização interna das áreas de O&M;• Otimização dos recursos humanos da operação e manutenção;• Certifi cação dos Operadores;• Ampliar a qualifi cação e treinamento na manutenção e operação;DisponibilidadeA Disponibilidade Geral da Eletrobras CGTEE atingiu o índice de 50,42% em 2015, sendo 33,31% na UTE Presidente Médici e de 66,06% na UTE Candiota III.

Disponibilidade Geral da Eletrobras CGTEE – (%)

Gráfi co 4 – Disponibilidade Geral da Eletrobras CGTEE 2011 - 2015A Disponibilidade Geral de 2015 fi cou cerca de 0,84% superior quando comparada ao ano de 2014. 4.1.3. Modernização, Revitalização e ManutençãoAs atividades principais da empresa para a manutenção e revitalização de suas usinas são realizadas através do Programa “Manutenção do Sistema de Geração de Energia Elétrica” – MSGEE e “Revitalização da UTE Presidente Médici” – RUPME.Em relação ao investimento no Complexo Termelétrico de Candiota em 2015, podem ser destacadas os seguintes:• Fase fi nal do processo de montagem da nova planta de desmineralização;• Conclusão do sistema digital de controle das Unidades 3 e 4;• Nova Torre úmida de resfriamento d’água das Unidades 1 e 2;• Sistema de coleta de dados operacionais;• Melhorias na correia transportadora de carvão;• Programa de aquisição por meio de licitação Nacional (para peças nacionais) e

licitação Internacional (para peças de fabricantes internacionais) além da licitação dos serviços associados para a realização do overhaul, para a UTE Candiota III;

• Aquisição de novos sopradores para a UTE Candiota III;• Conclusão da aquisição de sistema padronizado de análise contínua de emissões

atmosféricas da UTE Candiota III.

4.2. ComercializaçãoDurante o ano de 2015 a Eletrobras CGTEE comercializou energia da seguinte forma3:

a) Contratos CCEAR – 2º Leilão de Energia ExistenteEm decorrência do 2º Leilão de Energia Existente (LEE), realizado em 02/04/2005, a Eletrobras CGTEE assinou CCEARs com 34 empresas distribuidoras de energia elétrica. No decorrer dos anos ocorreram os processos de MSCD’s com acréscimo de distribuidoras, totalizando 41 clientes atrelados a este leilão. O montante total comercializado vinculado a este produto foi de 867,06 GWh, conforme quadro abaixo.

b) Contratos CCEAR – 4º Leilão de Energia ExistenteEm decorrência do 4º LEE, realizado em 11/10/2005, a Eletrobras CGTEE assinou CCEARs com 17 distribuidoras de energia elétrica. Após as realizações do meca-nismo MSCD o número de clientes vinculados a este leilão passou a ser 38 distri-buidoras. Neste leilão foram comercializados 283,70 GWh, conforme quadro abaixo. c) Contratos CCEAR – 1º Leilão de Energia Nova4

Em decorrência do 1º Leilão de Energia Nova (LEN), realizado em dezembro de 2005, a Eletrobras CGTEE assinou Contratos de Comercialização de Energia em Ambiente Regulado - CCEARs do tipo por disponibilidade com 31 empresas distri-buidoras de energia elétrica. Após as realizações do mecanismo MSCD o número de clientes vinculados a este leilão passou a ser 36 distribuidoras. Neste leilão foram comercializados 2.557,92 GWh com as seguintes distribuidoras:

CLIENTE 2° LEE 4º LEE 1º LEN

AES Sul D

Ampla D

Bandeirante D

Caiua Distribuidora D

Ceal D

CEB Distribuição D

CEEE Distribuição D

Celesc Distribuição D

Celg D

Celpa D

Celpe D

Celtins D

Cemar D

Cemat D

Cemig Distribuição D

Cepisa D

CNEE D

Coelba D

Coelce D

Copel Distribuidora D

Cosern D

CPFL Leste PTA D

CPFL Paulista D

CPFL Piratinga D

CPFL Santa Cruz D

CPFL Sul PTA D

EEB D

Elektro D

Eletropaulo D

Energisa BO D

Energisa MG D

Energisa PB D

Energisa SE D

Enersul D

Escelsa D

Light D

Paranapanema D

RGE D

Legenda: CCEAR fi rmado no Leilão

Quadro 3 – Portfólio de Clientes da Eletrobras CGTEEResumidamente, as receitas dos CCEAR’s referente ao ano de 2015 foram:2° Leilão de Energia Existente: R$ 120,593 milhões4° Leilão de Energia Existente: R$ 42,531 milhões1° Leilão de Energia Nova: Rec. Fixa: R$ 508,175 milhões (previsão) Rec. Variável: R$ 0,022 milhões (previsão)Liquidação no Mercado de Curto Prazo – CCEEMensalmente foi realizada pela CCEE a contabilização do Mercado de Curto Prazo na qual são comparadas as gerações realizadas associadas às energias adquiridas para lastrear a insufi ciência de lastro físico e a energia vendida. Considerando as gerações realizadas em 2015 acrescidas das energias compradas, comparadas as energias vendidas, o resultado estimado do ano foi de crédito equivalente a 473,46 GWh, que baseado no PLD do ano representou uma receita de R$ 80,4 milhões. É importante destacar que no ano de 2015 não ocorreram despesas devido a aplicações de penalidades por parte da CCEE.Ressarcimentos Devidos5

Devido a aplicação das Regras de Mercado (CCEE), os CCEAR’s vinculados à UTE Candiota III estão sujeitos a aplicação dos seguintes Ressarcimentos devidos pela Usina às distribuidoras compradoras: Ressarcimento por não atendimento ao Despacho do ONS no valor de R$ 205,8 milhões e Ressarcimento por não cumpri-mento à Infl exibilidade Anual no valor de R$ 112,19 milhões. Referente ao ano de 2015, os Ressarcimentos devidos pela UTE Candiota III foram de R$ 318 milhões, impactando nas receitas desta Usina. Compra de Energia no Ambiente de Contratação Livre – ACLEm função do volume de venda dos contratos de energia, associado com a entrada em efi cácia dos novos valores de garantia física, válidos desde janeiro/2008, e os problemas técnicos enfrentados pelas Usinas, a Companhia fi cou sujeita a pena-lidades por insufi ciência de lastro físico perante a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. Desde fevereiro de 2009, para solucionar este problema, a Companhia vem adquirindo sistematicamente montantes de energia, através da participação em leilões de compra de energia, evitando a exposição às penalidades supracitadas. No ano de 2015 foram adquiridos 1.182,60 GWh em leilões de compra de energia no ACL, ao custo de R$ 198 milhões.

5. DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIROAdoção das normas internacionais de contabilidade (IFRS)Os resultados apresentados nos exercícios fi ndos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 estão de acordo com as normas internacionais de contabilidade (IFRS), através da aplicação dos CPC’s emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, no que atinge o setor de geração de energia elétrica.5.1. Receita Operacional BrutaA receita operacional bruta da Eletrobras CGTEE, em 2015, no montante de R$ 428,6 milhões representou uma redução de 17% em relação aos R$ 517,3 milhões de 2014. Esta redução deu-se em função dos ressarcimentos às concessionárias clientes que estão previstos nos CCEAR’s do 1° Leilão de Energia Nova, em caso de indisponibilidade na geração das usinas da Companhia.5.2. Receita Operacional Líquida6

A receita operacional líquida, que considera as deduções de impostos e encargos setoriais, registrou redução de 21% em relação ao ano de 2014, atingindo o valor de R$ 374,6 milhões em 2015.5.3. Custos e Despesas Operacionais7

Os custos e despesas operacionais somaram R$ 587,6 milhões em 2015, uma redução de 24% em relação ao ano anterior. Esta redução refl ete especialmente a rubrica Compra de Energia, que sofreu uma redução de 73%, diminuindo de R$ 311,1 milhões em 2014 para R$ 84,9 milhões em 2015.

5.4. Resultado do Serviço de Energia Elétrica e Margem OperacionalComo efeito dos fatos anteriormente mencionados, o resultado operacional do serviço de energia elétrica registrou valor negativo na ordem dos R$ 212,9 milhões, representando uma contenção no resultado negativo que a empresa já havia apre-sentado no ano anterior (R$ 301,2 milhões). 5.5. Resultado Financeiro8

O resultado fi nanceiro no exercício apresentou uma receita líquida de R$ 845 mil, re-presentando um aumento de substancial em relação ao período de 2014 (R$ 43 mil). Contudo, houve um aumento signifi cativo na despesa fi nanceira, tendo registrado em 2015 o valor de R$ 351,9 milhões, ante os R$ 307,5 milhões registrados em 2014.5.6. Lucro/Prejuízo do ExercícioNo ano de 2015 a Companhia apresentou prejuízo de R$ 648,4 milhões, ante prejuízo de R$ 480,1 milhões registrado em 2014.5.7. Gestão Orçamentária Os orçamentos de custeio e de investimento para o ano de 2015 foram aprovados, respectivamente, pelo Decreto n° 8.383, de 29/12/2014, e pela Lei n° 13.115, de 20/04/2015, sendo o custeio revisado pelo Decreto n° 8.631 de 30/12/2015 e rema-nejo conforme Ofício SEI n° 29774/2015/MP, de 18/12/2015.Demonstramos a seguir a realização no exercício de 2015 por projeto de inves-timento: (b) Realizado até (b/a) Índice (a) Dotação Dezembro/2015 RealizadoINVESTIMENTOSManutenção de Bens Imóveis 350.000,00 0 0,00%Manutenção e Adequação dos Ativos de Informática 3.200.000,00 898.174,00 28,10%Manutenção de Bens Móveis, Veículos e Máquinas 450.000,00 65.631,00 14,60%Manutenção do Sistema de Geração de Energia 76.325.980,00 11.713.085,00 15,30%Revitalização da UTE Presidente Médici 23.003.708,00 11.207.258,00 48,70%Adequação Ambiental da UTE Presidente Médici 73.200.000,00 681.790,00 0,90%TOTAL INVESTIMENTO 176.529.688,00 24.565.938,00 13,90%

Quadro 4 – Acompanhamento do Investimento – 2015

6. RESPONSABILIDADE SÓCIO AMBIENTAL6.1. Gestão de PessoasOs colaboradores numa Empresa são seu ativo mais importante, e com esta dire-triz trabalhamos também em 2015. Empreendemos esforços para aprimorar uma política permanente de capacitação, valorização e motivação. Buscando assim, estabelecer um ambiente organizacional capaz de garantir sustentabilidade às estratégias da Eletrobras CGTEE. Profi ssionais motivados, produtivos e fi delizados a partir de uma cultura organizacional de valorização das pessoas foi e segue sendo um desafi o central para nossa Empresa.Força de TrabalhoA Eletrobras CGTEE encerrou o ano com o total de 621 empregados. Este número considera o total dos empregados diretos e indiretos (617), empregados cedidos de outras empresas (4). Além destes, compuseram a força de trabalho da Companhia em 2015, dois (2) diretores de carreira das empresas do Sistema Eletrobras e três (3) diretores nomeados pelo Conselho de Administração.Política SalarialO custo de pessoal no período totalizou R$ 97.5 milhões. Neste custo estão incluídos reajuste salarial de 10,67% ocorrido em maio de 2015, bem como valores decorrentes do crescimento vegetativo da folha de pagamento, procedente, por exemplo, de anuênio e da distribuição de mérito e antiguidade referente ao 3º Ciclo de Gestão do Desempenho – SGD. 6.1.1. Desenvolvimento de PessoasNuma estratégia de desenvolvimento de pessoas, os programas de treinamento foram estruturados levando em consideração as necessidades prementes da Companhia, numa identifi cação e construção partilhada entre Departamento de Recursos Humanos e Gestores. Qualifi cação na Gestão de ContratosEm 2015, visando à melhoria dos processos de gestão de contratos, a Eletrobras CGTEE disponibilizou aos empregados da área de compras, de controles internos e externos, bem como aos demais empregados envolvidos nos procedimentos de contratação, um qualifi cado processo de capacitação educacional em logística de suprimentos. O objetivo principal foi capacitar e aperfeiçoar estes empregados nas etapas de formalização e acompanhamento destes processos de aquisição. Buscando no espaço de capacitação, a troca de experiências e a uniformização no trato de algumas situações contravertidas e polêmicas apresentadas no dia a dia.

Programa de Educação Continuada para Operadores de Turno Ininter-ruptos – PECOTIniciado em 2015 com o objetivo de trabalhar com os operadores, uma evolução con-tinuada no desenvolvimento de suas atividades, servindo também como base para a realização da Certifi cação de Operadores exigida pelo Operador Nacional do Sistema - ONS. O Programa é conduzido por empregados educadores, com isso se busca também valorizar a experiência e o conhecimento técnico de todos os empregados.Programa de Treinamentos LegaisNo ano de 2015 a Eletrobras CGTEE deu continuidade aos Cursos Obrigatórios por Legislação (NR’s). O objetivo, além de atender a legislação, é buscar o compro-metimento permanente de todos, com o tema da Segurança no ambiente laboral. Ações por exemplo, como o Treinamento de Trabalho em Altura, maximizando a segurança das atividades de campo dentro do Complexo Termoelétrico de Candiota. Também foram intensifi cados os treinamentos práticos com ênfase na diminuição dos acidentes de trabalho. Trabalhadores do quadro atuaram nestas capacitações. A busca pela valorização dos talentos próprios e as restrições orçamentárias presentes em 2015, culminaram em uma experiência positiva nessa área.6.1.2. Medicina e Segurança do TrabalhoNo ano de 2015 a Eletrobras CGTEE desenvolveu inúmeras ações com visando à prevenção de acidentes de trabalho e bem estar dos colaboradores que atuam na Eletrobras CGTEE, entre as quais destacamos:Medicina• Implantação do Programa de Qualidade de Vida – “Aprendendo a Viver Melhor”,

visando incentivar os colaboradores a adotarem práticas saudáveis e desta forma prevenindo doenças como hipertensão arterial, diabetes, câncer de mama e próstata. Como ação deste programa, foram criados grupos de hipertensos e diabéticos e realizados três encontros de orientação, onde foram disponibilizados testes de glicemia, verifi cação da pressão arterial e café da manhã de acordo com as restrições dos grupos;

• Ação do Dia Mundial sem Tabaco, realizando a troca de cigarros por frutas, além da exibição de vídeos sobre os malefícios do cigarro e fi xação de informativos nas instalações da Eletrobras CGTEE;

• Aplicamos a vacina H1N1 em todos os empregados, terceirizados e estagiários;Além das ações elencadas acima, ao longo do ano foram efetuados atendimentos individualizados para realização de exames periódicos e acompanhamento funcio-nal de empregados, psicológicos, verifi cações de pressão arterial e frequência car-díaca, curativos, HGT, medição de temperatura axilar, lavagem ocular, entre outros.

Segurança do Trabalho• Intensifi cação das inspeções/fi scalizações nas frentes de trabalho, com objetivo

de cumprimento dos procedimentos implantados, como: Permissão de Trabalho e Análise Preliminar de Riscos/APR, Trabalho em Altura e Espaço Confi nado;

• Implantação do Procedimento de Fluxo de Veículos, onde todos os motoristas que ingressam no Complexo passam por integração de segurança e recebem seu Passaporte de Segurança;

• Realização de testes de vedação de respiradores;• Higienização de uniformes.3 Vide Nota Explicativa n° 6, integrante das Demonstrações Contábeis deste Relatório;4 Vide Nota Explicativa n° 34, item A, integrante das Demonstrações Contábeis deste Relatório;5 Vide Nota Explicativa n° 24, integrante das Demonstrações Contábeis deste Relatório;6 Vide Nota Explicativa n° 24, integrante das Demonstrações Contábeis deste Relatório;7 Vide Notas Explicativas n° 25.1 e n° 34, item D, integrantes das Demonstrações Con-

tábeis deste Relatório;8 Vide Nota Explicativa n° 26, integrante das Demonstrações Contábeis deste Relatório;

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO»»» Continuação

Continua »»»

COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICACNPJ nº 02.016.507/0001-69 - NIRE nº 43 3 0003612 0

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MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO6.2. Balanço Social (Valores expressos em milhares de reais)

1 - GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA Em 2015 Em 2014Distribuição do Valor Adicionado - DVA está apresentada, na íntegra, no conjunto das Demonstrações Contábeis. Colaboradores ...................................................................................................................................................... 94.984 89.865Governo ................................................................................................................................................................ 80.880 96.651Agentes fi nanceiros e aluguéis............................................................................................................................. 349.563 277.536Retenção/distribuição de Prejuízo do exercício ................................................................................................... (648.367) (480.112)

2 - RECURSOS HUMANOS2.1 - Remuneração Em 2015 Em 2014Folha de pagamento bruta (FPB) ......................................................................................................................... 62.088 59.257- Empregados ....................................................................................................................................................... 60.000 57.856- Administradores.................................................................................................................................................. 2.088 1.401Relação entre a maior e a menor remuneração:- Empregados ....................................................................................................................................................... 12,23 12,23- Administradores.................................................................................................................................................. 9,57 9,57

2.2 - Benefício Concedidos Valor (mil) % sobre FPB % sobre RL Valor (mil) % sobre FPB % sobre RLEncargos Sociais ....................................................................... 26.430 42,57% 7,05% 25.171 42,48% 4,58%Alimentação ............................................................................... 9.035 14,55% 2,41% 8.936 15,08% 1,63%Transporte ................................................................................. 2.514 4,05% 0,67% 2.575 4,35% 0,47%Previdência privada ................................................................... 5.627 9,06% 1,50% 5.317 8,97% 0,97%Saúde ........................................................................................ 2.884 4,65% 0,77% 2.616 4,41% 0,48%Segurança e medicina do trabalho ............................................ 730 1,18% 0,19% 618 1,04% 0,11%Educação................................................................................... 114 0,18% 0,03% 97 0,16% 0,02%Cultura ....................................................................................... 63 0,10% 0,02% 68 0,11% 0,01%Capacitação e desenvolvimento profi ssional ............................ 660 1,06% 0,18% 124 0,21% 0,02%Creches ou auxílio creche ......................................................... 1.480 2,38% 0,40% 1.419 2,39% 0,26%Outros ........................................................................................ 5.485 8,83% 1,46% 4.506 7,60% 0,82%Total ......................................................................................... 55.023 88,62% 14,69% 51.447 86,80% 9,37%

2.3 - Composição do Corpo Funcional 2015 2014Nº de empregados no fi nal do exercício .................................................................................... 621 634Nº de admissões ....................................................................................................................... 1 45Nº de demissões ....................................................................................................................... 8 16Nº de estagiários no fi nal do exercício ...................................................................................... 72 64Nº de empregados portadores de necessidade especiais no fi nal do exercício ....................... 2 2Nº de prestadores de serviços terceirizados no fi nal do exercício ............................................ 615 761Nº de empregados por sexo:- Masculino ................................................................................................................................ 506 513- Feminino.................................................................................................................................. 115 121Nº de empregados por faixa etária:- Menores de 18 anos................................................................................................................ 0 0- De 18 a 35 anos ...................................................................................................................... 192 220- De 36 a 60 anos ...................................................................................................................... 413 398- Acima de 60 anos .................................................................................................................... 16 16Nº de empregados por nível de escolaridade:- Analfabetos.............................................................................................................................. 0 0- Com ensino fundamental ........................................................................................................ 38 65- Com ensino médio .................................................................................................................. 463 367- Com ensino técnico * Cadastro de nível e técnico é * Cadastro de nível e técnico é agrupado em Nível médio agrupado em Nível médio- Com ensino superior ............................................................................................................... 107 186- Pós-graduados ........................................................................................................................ 13 16Percentual de ocupantes de cargos de chefi a, por sexo:- Masculino ................................................................................................................................ 85,14% 79,17%- Feminino.................................................................................................................................. 14,86% 20,83%

2.4 - Contigências e passivos trabalhistas 2015 2014Nº de processos trabalhistas movidos contra a entidade ..................................................................................... 565 733Nº de processos trabalhistas julgados procedentes ............................................................................................. 216 105Nº de processos trabalhistas julgados improcedentes ......................................................................................... - 30Valor total de indenizações e multas pagas por determinação da justiça ............................................................ - -

3 - Interação da Entidade com o Ambiente Externo3.1 - Relacionamento com a Comunidade 2015 2014 Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RLTotais dos investimentos em:Educação................................................................................... 933 -0,14% 0,25% 372 -0,08% 0,07%Cultura ....................................................................................... - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Saúde e Segurança Alimentar ................................................... 300 -0,05% 0,08% 400 -0,08% 0,07%Esporte e lazer ......................................................................... - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Alimentação ............................................................................... - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Geração de trabalho e renda..................................................... - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Outros (Patrocínio Institucionais não Incentivados e Rec. Financeiros) .................................................................... - 0,00% 0,00% 10 0,00% 0,00%Total dos investimentos ......................................................... 1.233 -0,19% 0,33% 782 -0,16% 0,14%Tributos (excluídos encargos sociais) ....................................... 35.926 -5,54% 9,59% 32.726 -6,82% 5,95%Total - Relacionamento com a Comunidade ........................ 37.159 -5,73% 9,92% 33.508 -6,98% 6,09%

3.2 - Interação com os Fornecedores São exigidos controles sobre:Critérios de responsabilidade social utilizados para a seleção de seus fornecedores

4 - Interação com o Meio Ambiente 2015 2014 Investimentos e gastos com manutenção nos processos operacionais para a melhoria do meio ambiente ....................... 15.124 -2,33% 4,04% 18.002 -3,75% 3,27%Investimentos e gastos com a preservação e/ou recuperação de ambientes degrados .................................................. 300 -0,05% 0,08% 3.033 -0,63% 0,55%Investimentos e gastos com a educação ambiental para empregados, terceirizados, autônomos e administradores da entidade ........................... - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Investimentos e gastos com educação ambiental para a comunidade ......... - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Investimentos e gastos com outros projetos ambientais ............................... 382 -0,06% 0,10% 938 -0,20% 0,17%Quantidade de processos ambientais, administrativos e judiciais movidos contra a entidade ............................................................ - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Valor das multas e das indenizações relativas à matéria ambiental, determinadas administrativas e/ou judicialmente ...................... - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Passivos e contigências ambientais .............................................................. - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Total da Interação com o meio ambiente ................................................. 15.806 -2,44% 4,22% 21.973 -4,58% 3,99%

5 - Outras informações 2015 2014Receita Líquida (RL)* ........................................................................................................................................... 374.637 549.720Resultado Operacional (RO) ................................................................................................................................ (648.367) (480.112)(*) Nos valores da Receita líquida está incluído (-) Recup. de Despesa - Subv. Combustível 2014 R$ 145.815

6.3. SustentabilidadeA Eletrobras CGTEE, em respeito às mudanças no cenário nacional e internacional, adota um modelo gestão voltado não apenas para o valor econômico, mas também a incorporação de práticas sociais combinadas com a preservação e qualidade do ecossistema. Neste sentido, atua na busca do equilíbrio entre as dimensões ambiental, econômica e social.Para o próximo exercício a companhia buscará qualifi car ainda mais sua conduta na busca pela excelência na gestão empresarial sustentável, equiparando-se às práticas das empresas referências do setor elétrico. Meio AmbienteA Eletrobras CGTEE investe em ações de responsabilidade socioambiental, visando promover o desenvolvimento sustentável nas áreas onde atua. Em agosto de 2011, fi rmou com o IBAMA, Ministério de Meio Ambiente, Ministério de Minas e Energia, Eletrobras e Advocacia Geral da União, um aditivo ao Termo de Ajustamento de

Conduta (TAC) foi fi rmado em 2014, assumindo uma série de compromissos, visando, sobretudo a adequação ambiental da sua principal unidade produtiva, a UTE Presidente Médici9. Visando atender os compromissos assumidos, em 2015, a Eletrobras CGTEE investiu o montante de R$ 681.789,00 (seiscentos e oitenta e um mil setecentos e oitenta e nove reais), destacando-se os seguintes projetos:

Principais Projetos Ambientais• Operação e manutenção da nova rede de monitoramento, constituída por cinco

estações de monitoramento da qualidade do ar;• Monitoramento das águas superfi ciais, subterrâneas e efl uentes líquidos;• Monitoramento das emissões atmosféricas;• Programa de Comunicação Social;

• Recomposição de 1.000 ha de matas ciliares nas bacias do Rio Jaguarão e Arroio Candiota;

• Revegetação da Área de Preservação Permanente da bacia de acumulação da Barragem II, da UTE Presidente Médici, no município de Candiota, com o plantio de aproximadamente 240.000 mudas de espécies nativas;

Em relação ao projeto de implementação de sistema de dessulfurização na UTE Presidente Médici, em decorrência da avançada vida útil das unidades que a compõem, a Alta Gestão, após revisar seu Plano Estratégico, envidou esforços buscando a repactuação do referido Termo de Ajustamento, na projeção de substituição das unidades desta Usina por nova planta adequada ambientalmente. Tal processo constituir-se-a numa das principais ações institucionais do exercício vindouro.Além disso, a Alta Administração da Companhia prioriza a preservação do meio ambiente em seus processos de tomada de decisão. A fi m de avaliar o impacto dos seus empreendimentos na fauna, fl ora, água e solo das áreas circunscritas, a Companhia realiza um extenso e detalhado monitoramento ambiental.O efl uente líquido gerado em seu processo industrial é totalmente tratado. Em suas Unidades de produção de Candiota, parte do efl uente é recirculado e outra parte, após tratamento, é devolvida ao Arroio Candiota, atendendo todos os padrões de qualidade exigidos pela legislação ambiental vigente. A Eletrobras CGTEE prioriza também a aquisição de novas tecnologias que permitam otimizar a utilização de recursos naturais, como o carvão, seu principal insumo, favorecendo o desenvolvimento econômico das comunidades do entorno de seus empreendimentos.

6.4. Responsabilidade SocialCiente dos efeitos que a implantação de um empreendimento do setor elétrico provoca nas condições ambientais e sociais de uma determinada região e almejando o desenvolvimento sustentável da sociedade, a Eletrobras CGTEE apoia projetos sociais em diferentes linhas de atuação, voltados ao benefício da comunidade.

Principais Projetos Sociais• Saúde e Segurança Alimentar - Projeto Quintais Orgânicos de Frutas:

Desenvolvido desde 2004 pela parceria entre a Eletrobras CGTEE, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – (EMBRAPA) e Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário Edmundo Gastal (FAPEG), tendo como objetivo principal contribuir com a sustentabilidade social, econômica e ambiental de públicos em situação de vulnerabilidade social. Especialmente agricultores familiares, comunidades indígenas, quilombolas e alunos de escolas rurais e urbanas. Aborda questões culturais, étnicas, ambientais, alimentares, econômicas e medicinais. Cada quintal possui cinco plantas de 18 espécies de frutas escolhidas em função de suas características nutricionais e medicinais, como também a adaptabilidade ao solo local e ao clima temperado da região. Entre 2004 e 2015, foram implantados dois mil quintais. O valor investido em 2015 neste projeto foi de R$ 300.000,00.

• Educação - Projeto Jovem Aprendiz: Em parceria com a Escola Técnica José Cesar de Mesquita e participação das Prefeituras de Bagé, Hulha Negra e Candiota, este projeto é uma importante iniciativa de desenvolvimento de política pública direcionada às juventudes, relacionando o tema da educação, trabalho, renda e inclusão social. Objetiva contribuir para a promoção de adolescentes e jovens de ambos os sexos em situação de vulnerabilidade social na região do empreendimento da Eletrobras CGTEE, através da qualifi cação e posterior encaminhamento para inserção destes no mercado formal de trabalho. No ano de 2015, dando continuidade ao projeto, o convênio contou com 30 jovens inscritos no curso de Auxiliar de Manutenção em Caldeiraria, e 30 jovens para o curso de Auxiliar de Manutenção Elétrica. O valor investido neste projeto em 2015 foi de R$ 933.450,00.

Pró-Equidade de Gênero e RaçaA Eletrobras CGTEE, através do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça, busca afi rmar seu compromisso contínuo com a promoção da equidade de gênero e diversidade, nas relações sociais e de trabalho.Dando continuidade a este esforço, em 2015 a Eletrobras CGTEE seguiu participando do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres e do Comitê Permanente para Questões de Gênero, sob a orientação da Eletrobras, visto serem espaços de atuação no âmbito do Governo Federal.No transcorrer do ano de 2015, participamos da quinta edição do Programa Pró-Equidade e a Eletrobras CGTEE foi uma das 68 Empresas Brasileiras premiadas com o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça, concedido pela Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, do Governo Federal, em parceria com a Sepir, ONU Mulheres e Organização Internacional do Trabalho (OIT).O Comitê de Pró-Equidade de Gênero e Raça e a Eletrobras CGTEE como um todo encerram o ano de 2015 com renovados compromissos com estes temas. Não só trabalhando na sexta edição do Programa Nacional de Pró-Equidade, que se desenrola entre 2016 e 2018, mas também no planejamento e execução de outras ações, que contribuam para a consolidação de um País igualitário, solidário, garantidor de direitos para todos os brasileiros e brasileiras.6.5. Pesquisa e DesenvolvimentoA Eletrobras CGTEE possui os seguintes valores devidos e realizados em Pesquisa e Desenvolvimento em 2015, conforme as Leis n° 9.991, de 24/07/2000, e a n° 10.484, de 15/03/200410, conforme Quadro 5 a seguir.P&D (Valor Devido – P&D (ValorLeis 9.991 e 10.484) Realizado) FNDCT (*) MME (**)R$ 1.816.521,07 R$ 54.015,50 R$ 1.816.512,07 R$ 908.260,53

(*) Contribuição para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (Ministério de Ciência e Tecnologia);

(**) Contribuição para a Empresa de Pesquisas Energéticas (Ministério de Minas e Energia).

Quadro 5 – Valores de P&D da Eletrobras CGTEE 2015No ano de 2015, continuaram em execução os projetos relativos à “Operação da unidade de biofi xação de gás carbônico por microalgas, instalada na UTE Presidente Médici (Microalgas)”, da Universidade Federal do Rio Grande - FURG e a Fundação de Apoio à Universidade do Rio Grande - FAURG, “Sistematização e organização de dados de qualidade do ar, meteorológicos e de fonte para a região de Candiota e seu uso em modelos prognóstico e diagnóstico da qualidade do ar na região de Candiota (Qualidade do Ar)”, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS e a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - FAURGS, e “Desenvolvimento de um produto inovador utilizando cinzas de carvão fóssil (volantes e de fundo) para aplicação como concreto compactado com rolo – CCR em pavimentação (CCR)”, da Fundação de Ciência e Tecnologias - CIENTEC e Fundação Luiz Englert - FLE. Está em execução, também, o projeto de P&D sem custos para a Eletrobras CGTEE: “Modelagem numérica da combustão de carvão visando à caracterização e otimização do processo: queima de carvão pulverizado”, com a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI.Foram realizadas tratativas de adequações nos Projetos de P&D selecionados na Chamada Pública P&D Eletrobras CGTEE 2014 que estão em contratação. Entre esses projetos selecionados, ocorreu à contratação e o início da execução do Projeto de P&D “Elastômero com uso de resíduo sólido da UTE Presidente Médici” do Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Polímeros-Centro Tecnológico de Polímeros - SENAI-CETEPO.Foi contratada a Empresa de Auditoria Independente (EAI) MullerEyng Auditores Independentes S/S para auditoria técnica e contábil dos projetos e programas de P&D antigos, de acordo com a regulamentação da ANEEL.

9 Vide Nota Explicativa n° 17, item D, integrante das Demonstrações Contábeis deste Relatório;

10 Vide Nota Explicativa n° 21, integrante das Demonstrações Contábeis deste Relatório.

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COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICACNPJ nº 02.016.507/0001-69 - NIRE nº 43 3 0003612 0

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BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 e 2014 - Em milhares de reais

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PASSIVO A DESCOBERTO)EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 e 2014 - Em milhares de reais

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 - Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 - Em milhares de reais

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTEExercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014

Em milhares de reais

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXAExercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014

Em milhares de reais

DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADOExercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014

Em milhares de reais

Capital Ajustes de avaliação Reserva Prejuízos social patrimonial legal acumulados TotalSaldo em 31 de dezembro de 2013 ....................................................... 845.510 (56.605) 2.596 (889.229) (97.728)Avaliação atuarial ................................................................................... - 24.788 - - 24.788Prejuízo do exercício .............................................................................. - - - (480.112) (480.112)Saldo em 31 de dezembro de 2014 .................................................... 845.510 (31.817) 2.596 (1.369.341) (553.052)Avaliação atuarial ................................................................................... - (9.209) - - (9.209)Prejuízo do exercício .............................................................................. - - - (648.367) (648.367)Saldo em 31 de dezembro de 2015 .................................................... 845.510 (41.026) 2.596 (2.017.708) (1.210.628)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações fi nanceiras.

ATIVO Nota 31/12/2015 31/12/2014CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa .............................. 5 5.190 25.717 Clientes................................................................. 6 86.540 98.614 Tributos a recuperar ............................................. 7 1.265 3.860 Direitos de ressarcimento - CCC / CDE ............... 8 46.930 62.346 Almoxarifado......................................................... 9 29.318 53.134 Outros ativos ........................................................ 1.838 1.312 Total do circulante................................................. 171.081 244.983

NÃO CIRCULANTE Realizável a longo prazo Tributos a recuperar ............................................ 7 33.659 27.834 Almoxarifado ....................................................... 9 142.196 105.778 Depósitos judiciais............................................... 17 5.048 6.653 Total do realizável a longo prazo .......................... 180.903 140.265 Imobilizado ........................................................... 10 1.432.885 1.571.944 Intangível .............................................................. 11 1.749 2.314 Total do não circulante.......................................... 1.615.537 1.714.523

TOTAL DO ATIVO ................................................. 1.786.618 1.959.506

Nota 31/12/2015 31/12/2014Receita operacional líquida ................................ 24 374.637 474.154Custos e despesas operacionais ....................... 25 (587.574) (775.321)Energia elétrica comprada para revenda ............... (84.877) (311.114)Encargos de uso da rede de transmissão .............. (39.019) (32.074)Pessoal ................................................................... (115.859) (109.983)Material ................................................................... (92.140) (89.056)Serviço de terceiros ................................................ (62.478) (77.564)Depreciação e amortização .................................... (76.009) (74.109)Combustíveis para produção de energia................ (184.397) (198.279)(-) Recuperação de despesas - subvenção de combustíveis...................................................... 106.296 145.815Outros ..................................................................... (39.091) (28.957)Resultado do serviço de energia elétrica .......... (212.937) (301.167)Outras receitas/despesas ................................... (479) (2.826)Resultado fi nanceiro ........................................... 26 (351.005) (263.987)Receita fi nanceira ................................................... 845 43.488Despesa fi nanceira ................................................. (351.850) (307.475)Resultado operacional antes do ajuste do ativo imobilizado ............................................... (564.421) (567.980)Ajuste do ativo imobilizado ................................ (83.946) 87.868Baixa provisão valor novo de reposição ................. 582 573(Perda) ganho com recuperabilidade de ativos ...... (84.528) 87.295Prejuízo operacional antes dos impostos ......... (648.367) (480.112)Prejuízo do exercício ........................................... (648.367) (480.112)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações fi nanceiras.

31/12/2015 31/12/2014Prejuízo do exercício ..................................................... (648.367) (480.112)Perdas atuariais do exercício ........................................... (5.605) (1.634)Total do resultado abrangente ..................................... (653.972) (481.746)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações fi nanceiras.

31/12/2015 31/12/2014RECEITAS Suprimento de energia elétrica.......................................... 425.114 513.741 Outras receitas operacionais ............................................. 4.004 9.340 429.118 523.081INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (INCLUI ICMS E IPI) Energia elétrica comprada para revenda .......................... (84.877) (311.114) Serviços de terceiros ......................................................... (62.478) (77.564) Materiais ............................................................................ (92.140) (89.056) Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica ................................................................ (184.397) (198.279) (-) Recuperação de despesas - subvenção combustíveis 106.296 145.815 Outros custos operacionais ............................................... (159.319) 21.656 (476.915) (508.542)VALOR ADICIONADO NEGATIVO BRUTO ........................ (47.797) 14.539Quotas de reintegração (depreciação e amortização) ........ (76.009) (74.109)VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (NEGATIVO) PRODUZIDO PELA ENTIDADE ........................................ (123.806) (59.570)VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Receitas fi nanceiras .......................................................... 845 43.488 Outras receitas - aluguéis.................................................. 21 22 866 43.510VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR .............................. (122.940) (16.060)DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Colaboradores ................................................................... 94.984 89.865 Governo ............................................................................. 80.880 96.651 Agentes fi nanceiros e aluguéis ......................................... 349.563 277.536 Retenção/distribuição de prejuízo do exercício ................. (648.367) (480.112)VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO ............................... (122.940) (16.060)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações fi nanceiras.

31/12/2015 31/12/2014ATIVIDADES OPERACIONAIS Resultado antes dos impostos ......................................... (648.367) (480.112) Prejuízo do exercício ............................................................ (648.367) (480.112) Ajustes no resultado por: Depreciação e amortização.................................................. 80.203 78.181 Baixa de ativo imobilizado e intangível ................................ 1.035 52.566 Encargos fi nanceiros apropriados ........................................ 315.673 175.517 Encargos fi nanceiros sobre dividendos não distribuídos ..... 8.733 6.508 Variações monetárias e cambiais líquidas ........................... 360 16.129 Provisões para contingências .............................................. 14.997 8.428 Perda (ganho) com recuperabilidade de ativos ................... 83.946 (87.868) Avaliação atuarial ................................................................. (5.605) (1.634) Total de ajustes .................................................................... 499.342 247.827 Variações nos ativos e passivos operacionais: Redução em clientes ............................................................ 12.074 (25.760) (Aumento) redução em tributos a recuperar ........................ (3.230) 14.767 Redução em cauções e depósitos vinculados ..................... 1.605 5.301 Redução (aumento) em direito de ressarcimento ................ 15.416 (30.553) Aumento em almoxarifado ................................................... (12.602) (44.970) (Aumento) redução em outros ativos ................................... (526) 9.651 Aumento em fornecedores ................................................... 51.456 61.345 Aumento em tributos e contribuições sociais a recolher ...... 19.023 5.025 Redução em obrigações estimadas ..................................... (362) (7.209) Aumento (redução) em encargos setoriais .......................... 4.886 (10.445) Aumento (redução) em outros passivos............................... 5.612 (8.620) Total de variações ................................................................ 93.352 (31.468) Pagamento de encargos fi nanceiros .................................... (10.788) (14.417) Caixa líquido aplicado nas atividades operacionais ....... (66.461) (278.170)ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Aquisições de ativo imobilizado............................................. (25.524) (43.500) Aquisições de ativo intangível ............................................... (36) (1.010) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento . (25.560) (44.510)ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Ingresso de adiantamento para futuro aumento de capital ... - 13.794 Ingresso de fi nanciamentos e empréstimos .......................... 89.889 345.030 Amortização do principal de fi nanciamentos e empréstimos (18.395) (27.530) Caixa líquido gerado pelas atividades de fi nanciamento . 71.494 331.294Redução de caixa e equivalentes de caixa ........................ (20.527) 8.614Saldo fi nal de caixa e equivalentes de caixa ..................... 5.190 25.717Saldo inicial de caixa e equivalentes de caixa .................. 25.717 17.103Redução de caixa e equivalentes de caixa ........................ (20.527) 8.614

As notas explicativas da administração são parteintegrante das demonstrações fi nanceiras.

PASSIVO E PASSIVO A DESCOBERTO Nota 31/12/2015 31/12/2014CIRCULANTE Fornecedores ....................................................... 12 232.394 264.375 Financiamentos e empréstimos............................ 13 339.120 224.318 Tributos e contribuições sociais a recolher .......... 14 33.146 14.123 Obrigações estimadas .......................................... 16 12.871 13.233 Encargos setoriais ................................................ 15 2.416 1.863 Provisões para contingências............................... 17 47.080 32.082 Benefícios pós-emprego....................................... 18.2 660 1.590 Remuneração aos acionistas ............................... 19 74.928 66.195 Outros passivos .................................................... 21 28.384 19.486 Total do circulante................................................. 770.999 637.265NÃO CIRCULANTE Fornecedores ....................................................... 12 18.920 21.284 Financiamentos e empréstimos............................ 13 2.074.115 1.830.496 Encargos setoriais ................................................ 15 4.333 - Benefícios pós-emprego....................................... 18.2 1.262 1.614 Adiantamento para futuro aumento de capital ..... 20 120.505 18.391 Provisão para passivo atuarial ............................. 18.1 7.112 3.508 Total do não circulante.......................................... 2.226.247 1.875.293 Total do passivo .................................................... 2.997.246 2.512.558PASSIVO A DESCOBERTO Capital social ........................................................ 23.1 845.510 845.510 Reserva de lucros................................................. 23.2 2.596 2.596 Ajustes de avaliação patrimonial .......................... (41.026) (31.817) Prejuízos acumulados .......................................... (2.017.708) (1.369.341) Total do passivo a descoberto .............................. (1.210.628) (553.052)TOTAL DO PASSIVO E PASSIVO A DESCOBERTO ............................... 1.786.618 1.959.506

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações fi nanceiras.

1. Informações geraisA Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE (“Companhia” ou “Eletrobras CGTEE”), é uma sociedade de economia mista integrante do grupo controlado pelas Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras (“controladora” ou “Eletrobras”). Foi constituída em 28 de julho de 1997, e está inscrita no CNPJ sob o nº 02.016.507/0001-69.A Companhia tem sede e Foro na cidade de Porto Alegre - capital do Estado do Rio Grande do Sul, podendo, a critério da Diretoria, criar sucursais, fi liais, agências e escritórios nesta mesma cidade ou em qualquer outra parte do território nacional ou estrangeiro, observada a legislação vigente.A Companhia tem por objeto social, conforme o seu estatuto: (a) realizar estudos, projetos, construções e operações de usinas produtoras de energia elétrica, de instalações de transmissão e de transformação de energia elétrica e serviços correlatos, inclusive sistemas de informática e a celebração de atos de comércio decorrentes dessas atividades, podendo participar de outras sociedades para a realização de seus objetivos sociais, observada a legislação vigente;(b) desenvolver atividades associadas à prestação de serviços de produção, transfor-mação e transmissão de energia elétrica, inclusive: transmissão de dados através de suas instalações, observada a legislação pertinente; prestação de serviços técnicos de planejamento, operação, manutenção de instalações elétricas, reparos e conser-vação de peças e equipamentos de terceiros; serviços de otimização de processos energéticos e instalações elétricas de autoprodutor e produtor independente, com a celebração de atos de comércio decorrentes dessas atividades; cessão onerosa de faixas de servidão de linhas e áreas de terra exploráveis de usinas e reservatórios, visando a maior efi ciência no uso da eletricidade;(c) integrar grupos de estudo, consórcios, grupos de sociedade ou quaisquer outras formas associativas com vista a pesquisas de interesse do setor energético, à formação de pessoal técnico a ela necessário, bem como à prestação de serviços de apoio técnico, operacional, administrativo e fi nanceiro a outras empresas;(d) associar-se, mediante prévia e expressa autorização do Conselho de Adminis-tração da Eletrobras, para constituição de consórcios empresariais ou participação em sociedade, com ou sem aporte de recursos, no Brasil ou no exterior, com ou sem poder de controle, que se destinem à exploração da produção de energia elétrica sob o regime de concessão ou autorização, direta ou indiretamente;(e) comercializar, mediante prévia e expressa autorização do Conselho de Adminis-tração da Eletrobras, direitos de uso ou de ocupação de torres, instalações eletro-energéticas e prediais, equipamentos e instrumentos e demais partes que possam constituir recurso de infraestrutura de telecomunicações da Empresa;(f) principal atividade operacional: Através do Contrato de Concessão nº 067, fi rmado com a União Federal, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a Companhia detém concessão de geração para as seguintes usinas termelétricas: Usina Presidente Médici, Fases A e B, localizada no município de Candiota; Usina de São Jerônimo, localizada no município de São Jerônimo; e Usina NUTEPA, localizada no Município de Porto Alegre, todas no Estado do Rio Grande do Sul. O referido Contrato de Concessão teve vigência até 7 de julho de 2015. O parque gerador, sob concessão, da Companhia possui potência instalada e em operação de 490 MW. Estas usinas serão afetadas pela Lei nº 12.783/13, conforme a Nota 3. Além da concessão citada, detém autorização, por meio da Portaria MME nº 304, de 17 de setembro de 2008, para estabelecer-se como produtor independente de energia elétrica, mediante a implantação da Central Geradora Termelétrica denominada UTE Candiota III (Fase C), localizada no Município de Candiota, com capacidade instalada de 350 MW. A nova usina foi implantada e entrou em operação comercial em 1o de janeiro de 2011. A energia gerada pela nova usina foi comercializada no Leilão de Energia, Edital ANEEL 002-2005, realizado em 16 de dezembro de 2005, para suprimento a 31 distribuidoras de todo o País, pelo período de 15 anos, de 1o de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2024. Esta usina não será afetada pela Lei nº 12.783/13.Com a instalação da usina Candiota III (Fase C), a Companhia passou a contar com potência instalada total de 840 MW, cuja geração efetiva atende a despacho do ONS (Operador Nacional do Sistema).Situação fi nanceiraA Companhia apresentou, em 31 de dezembro de 2015, um prejuízo de R$ 648.367, ante um prejuízo de R$ 480.112 em 31 de dezembro de 2014. Os resultados apre-sentados no período determinaram um passivo a descoberto em R$ 1.210.628 em 31 de dezembro de 2015 (R$ 553.052 em 31 de dezembro de 2014).Os resultados apresentados em 31 de dezembro de 2015 tiveram como principais causas:- A receita operacional líquida apresentou um decréscimo de 26,6% em relação ao exercício de 2014, ocasionado pela queda de 38,3% na receita de curto prazo junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE);- Redução dos custos e despesas operacionais em 24,2% em comparação ao exercício de 2014. As principais variações ocorreram nos gastos com compra de energia, que tiveram uma queda de 72,7% em relação a 2014, em função da existência, no primeiro semestre de 2015, de liquidações fi nanceiras da CCEE a débito da Companhia; nos gastos com serviços de terceiros, que tiveram uma queda de 19,4% em comparação ao exercício de 2014. O principal aumento nos custos operacionais ocorreu com o carvão utilizado na produção de energia, com um acréscimo de 48,9% em 2015, devido à redução do percentual de reembolso do gasto com o carvão utilizado nas Fases A e B;- O resultado fi nanceiro apresentou um défi cit de R$ 351.005, representando um aumento de 33,0% do défi cit verifi cado em 2014. O resultado foi impulsionado pelos encargos fi nanceiros sobre a dívida, que tiveram uma elevação de 47,9% em relação a 2014, em função de novas captações de R$ 178 mil de dívida e R$ 99 por meio de AFAC.

O total do passivo circulante, em 31 de dezembro de 2015, foi de R$ 770.999 (R$ 637.265 em 31 de dezembro de 2014). Deste total, R$ 414.048 (R$ 290.513 em 31 de dezembro de 2014) são referentes ao fi nanciamento da UTE Candiota III (Fase C), da revitalização da UTE Candiota II (Fase B), dividendos não distribuídos e demais empréstimos para custeio contraídos junto a Eletrobras.Para as principais atividades de investimentos, como a revitalização da Fase B da UTE Presidente Médici e do termo de ajustamento de conduta (TAC) assumido com o IBAMA, a Companhia conta com o apoio fi nanceiro da Eletrobras, através do fi nan-ciamento destas obras via empréstimos com recursos da RGR e pela integralização de recursos destinados ao aumento de capital social (AFAC) no caso específi co do TAC das Fases A e B.Diante do quadro atual, a Companhia mantem tratativas permanentes junto a holding para viabilizar ações que possibilitem a sua recuperação técnica e fi nanceira, onde neste sentido houve a aprovação (Del-106/2014) do Plano de Negócios pelo Conselho de Administração na reunião realizada em Brasília no dia 29/09/2014, destacando-se as seguintes ações:• Usinas de São Jerônimo e Nutepa: estas unidades estão com operação comercial suspensa (DTPJ: UG1 em 02/12/2011, UG2 e UG3 em 11/07/2014 – DTPP: em 06/10/2011). No momento estão em processo de avaliação quanto à desativação, devido ao término de vida útil, tecnologia obsoleta, baixíssimo rendimento e por consequência, alto custo operacional. Tais unidades já estão com saldo contábil zero;• Usina Presidente Médici (Fases A e B): necessitarão de recursos para revitalização e adequação ambiental (TAC), buscando o cumprimento dos contratos de venda de energia vinculados a elas que parte fi nalizaram em 2015 e os remanescetes fi naliam em 2016. A Fase A, conforme o TAC, deverá ser desativada após 31 de dezembro de 2017. A Fase B deverá operar até 2032, estando com protocolo junto à ANEEL de renovação da concessão. Os investimentos previstos e realizados para conclusão dos projetos em curso e recuperação da potência nominal das unidades geram perspec-tivas de equilíbrio econômico-fi nanceiro para a Companhia, pois determinarão uma maior disponibilidade de geração de energia;• UTE Candiota III (Fase C): o comprometimento de parte da receita da UTE Candiota III (Fase C), previsto nos contratos de venda de energia, quando há indisponibilidade da usina pelo não atendimento ao despacho do ONS, foi o principal fator de dese-quilíbrio em 2015. A Companhia obteve junto a ANEEL, em 28 de janeiro de 2014 a revogação da “Clausula 14”, dos referidos Contratos estando a mesma homologada através da Resolução ANEEL 599/2014. A revisão dos parâmetros técnicos desta unidade, de modo a mitigar eventuais penalidades, já está concluída junto a ANEEL, permanecendo ações da Companhia para ter seus efeitos aplicados integralmente em 2016, o que em conjunto com a melhoria de performance já verifi cada, sinaliza maior equilíbrio de receita para o próximo exercicio.• Cabe ainda destacar que a Eletrobras CGTEE está tendo todo o suporte fi nanceiro da holding para execução de suas atividades operacionais, bem como para seus investimentos futuros necessários.

2. Desempenho operacional (*)A geração total de energia elétrica da Eletrobras CGTEE no ano de 2015 foi de 2.211,976 GWh (2.462,939 GWh no ano de 2014). A geração da UTE Presidente Médici fi cou em 674,267 GWh (510,120 GWh no mesmo período de 2014). Na UTE Candiota III (Fase C) a geração atingiu a marca de 1.537,709GWh (1.952,819 GWh no mesmo período de 2014). Nas Usinas de São Jerônimo e NUTEPA, não houve geração no ano de 2015. Houve redução na geração total em torno de 10,19% em comparação ao mesmo período do ano anterior.Em função do volume de venda dos contratos de energia, associado com a entrada em efi cácia dos novos valores de garantia física, válidos desde janeiro de 2008, e os problemas técnicos enfrentados pelas Usinas, a Companhia vinha sofrendo penali-dades por insufi ciência de lastro perante a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. Desde fevereiro de 2009, para solucionar este problema a Companhia vem adquirindo sistematicamente montantes de energia, através da participação em leilões de venda de energia, evitando a exposição diante da CCEE. As aquisições de energia foram mantidas em 2015, prevendo a recuperação e manutenção dos índices de disponibilidade. No ano de 2015 foram adquiridos 1.182,600 GWh em leilões de compra de energia.Diante destas ações, a Companhia vem evitando penalidades e melhorando seu desempenho econômico devido a comparação entre o custo da energia adquirida e o valor desta energia no mercado de curto prazo (MCP). No ano de 2015, o valor da energia no MCP (preço de liquidação das diferenças – PLD) atingiu seu valor médio de R$ 282,71/MWh no submercado Sul, e de R$ 250,91/MWh no submercado Norte (onde foi adquirida a energia).A Disponibilidade Geral das Unidades da Eletrobras CGTEE (DISPGR) no ano de 2015 foi de 33,31% na UTE Presidente Médici e de 66,06% na UTE Candiota III, totalizando uma disponibilidade da Eletrobras CGTEE de 50,42% (50,00% no mesmo período do ano anterior). O DISPGR é calculado com base nos dados de TEIF e TEIP verifi cados pelo ONS em comparação com os dados de referência.A disponibilidade no ano de 2015 fi cou superior ao mesmo período de 2014 em função da alteração da metodologia de cálculo do indicador DISPGR, tendo em vista que foram excluídas do cálculo do DISPGR as unidades geradoras que encontram-se com a operação comercial suspensa, no caso da Companhia, as UTE’s São Jerônimo, Nutepa e das unidades 1 e 2 da Presidente Médici.

(*) Informações não auditadas pelos auditores independentes.

3. Das concessões de serviço público de energia elétricaA Companhia detém as seguintes concessões e autorizações de serviço público de energia elétrica junto à ANEEL, cujo detalhamento, capacidade instalada e prazos de vencimentos estão listados a seguir: Capacidade Data da instalada concessão/ Data deUsinas termelétricas (MW) (iii) autorização encerramentoUTE Presidente Médici (Fases A e B) (i) 446 08/07/1995 07/07/2015UTE São Jerônimo (i) .......................... 20 08/07/1995 07/07/2015UTE Nutepa (i)..................................... 24 08/07/1995 07/07/2015UTE Candiota III (Fase C) (ii) .............. 350 18/07/2006 17/07/2041(i) Contrato de Concessão no 067/2000, ANEEL.(ii) Autorização conforme Portaria MME no 304/2008 de 17 de setembro de 2008.(iii) Dados não auditados pelo auditor independente.

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COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICACNPJ nº 02.016.507/0001-69 - NIRE nº 43 3 0003612 0

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Em 11 de setembro de 2012, o Governo Federal emitiu a Medida Provisória nº 579, regulamentada pelo Decreto 7.805, de 14 de setembro de 2012, que dispõe sobre as concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a redução dos encargos setoriais, a modicidade tarifária e outras providências. As medidas ado-tadas pelo Governo Federal visam, também, benefi ciar os consumidores de energia elétrica através da redução de três componentes tarifários: custo de geração, custo de transmissão e encargos setoriais. Esta Medida Provisória foi convertida em 11 de janeiro de 2013 na Lei 12.783/2013 e passou a ser regulamentada pelo Decreto 7.891/2013, emitido em 23 de janeiro de 2013.As concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica que não forem prorrogadas por meio da aceitação das condições apresentadas pelo Poder Concedente, materializada pela assinatura de Termo Aditivo aos atuais contratos de concessão, nos termos da Lei nº 12.783/2013, serão licitadas quando do encerramento do prazo das concessões, na modalidade leilão ou concorrência, por até trinta anos.A prorrogação prevista depende da aceitação expressa dos critérios de remuneração, alocação da energia e padrões de qualidade, constantes na Lei, estando prevista a indenização dos ativos ainda não amortizados ou depreciados com base no valor novo de reposição - VNR.O contrato de concessão nº 067/2000, das UTE’s Presidente Médici (Fases A e B), São Jerônimo e Nutepa, encerrou em 07 de julho de 2015. A Companhia manifestou, no tempo hábil, intenção de renovação de suas concessões.O documento denominado “Síntese da Concessão/Autorização da Eletrobras CG-TEE”, datado de 10 de junho de 2015, contendo as tratativas, situação naquela data e proposta a ser levada ao Ministério das Minas e Energia (MME), foi validado pela holding e encaminhado ao Secretário Executivo do MME através da Carta Eletrobras CTA-PR-257/2015, protocolada no dia 11 de junho de 2015, logo após reunião com equipe do MME que trata da renovação das concessões. Sinteticamente, a proposi-ção levada pela Eletrobras ao MME consiste na renovação da Fase B sob forma de Autorização para atuar como “back-up” da Fase C; e para a Fase A, Nutepa e UTE São Jerônimo, renovação sob forma de Autorização para compor uma nova usina de 300 MW a ser implantada em Candiota/RS. Na ocasião, a equipe do MME apresentou suas avaliações iniciais para o caso das unidades da Eletrobras CGTEE, fi cando de se pronunciar novamente sobre o assunto, tão logo possível.Nova reunião foi agendada pela equipe do MME, para o dia 15 de julho de 2015, ocasião em que aquela equipe manifestou que iria propor, para as instâncias superiores deliberativas, a seguinte alternativa para as unidades da Eletrobras CGTEE: para a Fase B (2 x 160 MW), a prorrogação da Concessão por um novo período; e para a Fase A (2 x 63 MW), Nutepa (3 x 8 MW) e UTE São Jerônimo (2 x 5 MW + 1 x 10 MW), dada as condições de obsolescência das unidades, a extinção das Concessões sem a reversão dos bens à União. Na reunião, ao ser informada do possível encaminhamento a ser indicado para suas unidades geradoras, a Eletrobras CGTEE requereu, à equipe do MME, analisar a possibilidade de contemplar na prorrogação da Concessão da Fase B a inclusão de 01 unidade de 63 MW da Fase A, que foi recuperada e está em fase de testes para voltar a operar regularmente, para atuar como “back-up” das unidades da Fase B. Tal proposta somente poderá ser avaliada durante o Processo de Revisão das Caracterís-ticas Técnicas da Fase B, que deverá ser instaurado pela Eletrobras CGTEE junto à ANEEL, tão logo seja publicado o Decreto com a prorrogação da concessão da Fase B, processo este necessário para estabelecer os parâmetros técnicos referenciais da usina a serem considerados no período correspondente à concessão renovada.A equipe do MME informou também que estas usinas deverão ser consideradas como regulares até a emissão do Decreto de Renovação correspondente, ou seja, com a Concessão considerada vigente. Até o presente momento não há posição fi nal do poder concedente sobre a mani-festação da Companhia, e, portanto, até que o processo esteja encerrado, a Eletro-bras CGTEE permanece explorando estas unidades nas bases atuais da referida concessão. A Companhia também destaca que o poder concedente não manifestou estimativa de prazo para conclusão do processo.4. Apresentação das demonstrações fi nanceiras4.1. Base de apresentação das demonstrações fi nanceirasAs demonstrações fi nanceiras da Companhia foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, considerando o custo histórico como base de valor, bem como o valor justo para alguns ativos e passivos fi nanceiros, compre-endendo as disposições da legislação societária previstas na Lei 6.404/76, com as alterações da Lei 11.638/07, Lei 11.941/09, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), bem como os demais pronunciamentos, interpretações e orientações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) vigentes em 31 de dezembro de 2015.As demonstrações fi nanceiras estão apresentadas em reais, a moeda funcional da Companhia. Os itens incluídos nas demonstrações contábeis são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual a empresa atua, ou seja, a “moeda funcional”.As presentes demonstrações fi nanceiras foram aprovadas pela diretoria da Com-panhia em 21 de março de 2016 e pelo Conselho de Administração no dia 23 de março de 2016.

4.2. Mudanças nas políticas contábeis e divulgaçõesOs seguintes novos pronunciamentos e interpretações de pronunciamentos foram emitidas pelo IASB:(i) IFRIC 21 - “Taxas”. A interpretação esclareceu quando uma entidade deve re-conhecer uma obrigação de pagar taxas de acordo com a legislação. A obrigação somente deve ser reconhecida quando o evento que gera a obrigação ocorre. Essa interpretação é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2014.(ii) IFRS 9 - “Instrumentos Financeiros”, aborda a classifi cação, a mensuração e o reconhecimento de ativos e passivos fi nanceiros. O IFRS 9 foi emitido em novembro de 2009 e outubro de 2010 e substitui os trechos do IAS 39 relacionados à classifi -cação e mensuração de instrumentos fi nanceiros. O IFRS 9 requer a classifi cação dos ativos fi nanceiros em duas categorias: mensurados ao valor justo e mensurados ao custo amortizado. A determinação é feita no reconhecimento inicial. A base de classifi cação depende do modelo de negócios da entidade e das características contratuais do fl uxo de caixa dos instrumentos fi nanceiros. Com relação ao passivo fi nanceiro, a norma mantém a maioria das exigências estabelecidas pelo IAS 39. A principal mudança é a de que nos casos em que a opção de valor justo é adotada para passivos fi nanceiros, a porção de mudança no valor justo devido ao risco de crédito da própria entidade é registrada em outros resultados abrangentes e não na demonstração dos resultados, exceto quando resultar em descasamento contábil. A Companhia, em conjunto com o Sistema Eletrobras, avaliou o impacto total do IFRS 9. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2015. (iii) IFRS 15 – “Receita de contratos com clientes” - Essa norma substituirá em 2017 a IAS 11 e a IAS 18 e tem por objetivo fornecer maior orientação sobre a aplicação dos conceitos sobre reconhecimento de receitas em áreas mais complexas. Sua versão fi nal foi emitida pelo IASB em maio de 2014 e sua vigência defi nida para 2017. Não há outras normas IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram em vigor que poderiam ter impacto signifi cativo sobre as demonstrações fi nanceiras da Companhia.

4.3. Principais práticas contábeis(a) Caixa e equivalentes de caixaCaixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, e, quando aplicáveis, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez com vencimentos originais de 90 dias ou menos, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignifi cante risco de mudança de valor. (b) Instrumentos fi nanceirosA Companhia classifi ca seus ativos fi nanceiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado e empréstimos e recebíveis. A classifi cação depende da fi nalidade para a qual os ativos fi nanceiros foram adquiridos. A administração determina a classifi cação de seus ativos fi nanceiros no reconhecimento inicial.(i) Ativos fi nanceiros ao valor justo por meio do resultadoOs ativos fi nanceiros ao valor justo por meio do resultado são ativos fi nanceiros mantidos para negociação. Um ativo fi nanceiro é classifi cado nessa categoria se foi adquirido, principalmente, para fi ns de venda no curto prazo. Os ativos dessa categoria são classifi cados como ativos circulantes.

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 - Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

(ii) Empréstimos e recebíveisOs empréstimos e recebíveis são ativos fi nanceiros não derivativos, com pagamentos fi xos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São apresenta-dos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classifi cados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem “Contas a receber de clientes” e “Caixa e equivalentes de caixa”.(c) ClientesRegistradas pelo suprimento de energia elétrica realizado até a data das demonstra-ções fi nanceiras, com base nas disposições contratuais e no regime de competência.A provisão para créditos de liquidação duvidosa é avaliada levando em consideração os riscos na apuração de perdas na realização dos créditos.(d) Depósitos judiciaisExistem situações em que a Eletrobras CGTEE questiona a legitimidade de deter-minados passivos ou ações movidas contra si. Por conta destes questionamentos, ou por estratégia da Companhia ou ordem judicial para garantia de liquidação dos processos movidos contra a empresa, são realizados depósitos judiciais. Os depósi-tos são atualizados monetariamente e apresentados como dedução do valor de um correspondente passivo constituído quando não houver possibilidade de resgate dos depósitos, a menos que ocorra desfecho favorável da questão para a Companhia. (e) Conversão de moeda estrangeiraAs transações em moeda estrangeira são convertidas para reais (moeda funcional) usando-se as taxas de câmbio em vigor nas datas das transações. Os saldos das contas de balanço são convertidos pela taxa cambial da data do balanço. Ganhos e perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos na demonstração do resultado.As variações cambiais sobre itens monetários são reconhecidas no resultado no exercício em que ocorrerem exceto variações cambiais decorrentes de empréstimos e fi nanciamentos em moeda estrangeira relacionados a ativos em construção para uso produtivo futuro, que estão inclusas no custo desses ativos quando consideradas como ajustes aos custos com juros dos referidos empréstimos.(f) ImobilizadoO imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição ou construção, deduzido de depreciação acumulada calculada pelo método linear.Para os bens existentes em 31 de dezembro de 2015, os saldos contábeis registra-dos nos respectivos Tipos de Unidades de Cadastro (TUCs), conforme determina a Resolução ANEEL nº 367, de 2 de junho de 2009, atualizada pela Resolução ANEEL nº 674, de 11 de agosto de 2015, estão depreciados a taxas anuais constantes na “Tabela XVI - taxas de depreciação”, anexa à referida Resolução e atualizadas pela Resolução ANEEL nº 474, de 07 de fevereiro de 2012, descritas na Nota 10, que refl etem a vida útil estimada dos bens até a referida data.Em todos os bens adquiridos a partir de 1º de janeiro 2010 foram aplicadas as norma-tivas advindas da Resolução ANEEL nº 367/2009 que aprovou o Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico (MCPSE), com suas respectivas TUCs, Unidades de Adição e Retirada (UARs) e a respectiva tabela de depreciação acima citada. A Companhia tem mantido seu acervo patrimonial em consonância com a Resolução acima citada e suas alterações posteriores.Em relação ao imobilizado em curso, de acordo com o MCPSE, e regras emanadas do Comitê de Pronunciamentos Contábeis através do CPC 27, em conjunto com OCPC 05, juros e outros encargos fi nanceiros (variações monetárias e cambiais) relaciona-dos aos empréstimos, efetivamente aplicados em construções em andamento, são registrados nesta conta como parte dos custos, limitados à aplicação da taxa de juros WACC (custo médio ponderado de capital). Os custos diretos com pessoal, serviços e outras despesas das obras e dos inves-timentos em andamento estão sendo apropriados os efetivamente alocados nos respectivos projetos. A capitalização de encargos fi nanceiros (juros e variações) é descontinuada a partir da entrada em operação e transferência de imobilizado em curso para imobilizado em serviço. Os materiais em almoxarifado destinados a imo-bilizações estão classifi cados no ativo imobilizado em curso, sendo demonstrados ao custo médio de aquisição, que não excede ao valor de mercado.

(g) IntangívelO intangível refere-se a licenças adquiridas de programas de computador que são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil estimada, pelas taxas descritas na Nota 11.

(h) Redução ao valor recuperável de ativosEm atendimento aos requisitos emanados pelo CPC 01 - “Redução ao valor recuperá-vel de ativos” a Companhia realizou os testes necessários a fi m de verifi car eventuais reduções ao valor recuperável de seus ativos.Para as Unidades UTE Candiota II (Fase A), UTE São Jerônimo e UTE Nutepa não houve teste de impairment. Para estas usinas, em 2012 a Companhia provisionou suas baixas com base no valor novo de reposição (VNR), metodologia da Aneel que estima o valor indenizável dos ativos não depreciados em caso de não renovação das concessões. Como não há previsão de indenização para estas unidades, a Companhia provisionou como perda o valor residual contábil existente, que totalizou R$ 21.698 em 31 de dezembro de 2015 (R$ 22.280 em 31 de dezembro de 2014).No que se refere a UTE Candiota II (Fase B), a Companhia, por orientação da Con-troladora, efetuou os testes de impairment para o período de 2016 a 2034, a uma taxa para desconto do fl uxo de caixa defi nida para o Sistema Eletrobras de 7,50%a.a, resultando em uma provisão de perda de recuperabilidade de R$ 119.940 em 31 de dezembro de 2015 (R$ 35.412 em 31 de dezembro de 2014), o qual gerou um lançamento contábil de complemento no valor de R$ 84.528 em 31 de dezembro de 2015, sendo considerado os seguintes montantes de energia:ITENS Unidades 2016 2017 a 2034VENDA Leilões MWmédios 32,40 100,00Para a UTE Candiota III (Fase C), o período de análise foi de 2016 a 2041, em função de ser uma unidade nova e já ter ocorrido a comercialização de sua produção, não há, nesse momento, indicadores de perspectivas de perdas para estes ativos. Além disso, conforme testes de fl uxos de caixa projetados a valores presentes líquidos, apresenta o resultado de R$ 1.216.855, onde superam o valor contábil do ativo e do capital de giro que é R$ 1.112.353 em 31 de dezembro de 2015, sendo considerado os seguintes montantes de energia:ITENS Unidades 2016 a 2017 2018 a 2041VENDA Leilões MWmédios 292,00 227,00Nas projeções realizadas, foram consideradas as seguintes premissas para as estimativas futuras de PLD’s: • Utilização PLD médio dos últimos 10 anos no valor de R$ 186,59/MWh;• Estes valores de PLD foram utilizados para receita no mercado de curto prazo (MCP) e compra de energia.(i) Custos de empréstimosOs custos de empréstimos atribuíveis diretamente à aquisição, construção ou produ-ção de ativos qualifi cáveis, os quais levam, necessariamente, um período de tempo substancial para fi carem prontos para uso ou venda pretendida, são acrescentados ao custo de tais ativos até a data em que estejam prontos para o uso ou a venda pretendida, como descrito no item “f” acima.Todos os outros custos com empréstimos são reconhecidos no resultado do exercício em que são incorridos.(j) Imposto de renda e contribuição social sobre o lucroO imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro são calculados com base no lucro ajustado pelas adições e exclusões permanentes (lucro real) e por prejuízos fi scais acumulados e base negativa da contribuição social, aplicando-se as alíquotas vigentes. O imposto de renda e contribuição social diferidos são reconhecidos so-mente na proporção da probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser usadas. Como há, nesse momento, incertezas quanto a evidências de resultados positivos para os próximos exercícios, e a Companhia apresenta histórico de prejuízos, não foram registrados nas demonstrações fi nanceiras os efeitos do imposto de renda e contribuição social diferidos sobre prejuízos fi scais e bases negativas da contribuição social e sobre diferenças temporariamente não dedutíveis.

(k) Outros direitos e obrigaçõesOs demais ativos e passivos circulantes e não circulantes estão atualizados até a data das demonstrações fi nanceiras, quando legal ou contratualmente exigidos.

(l) Apuração do resultadoA receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita de vendas é apresentada líquida dos impostos incidentes, dos ressarcimentos às concessionárias, encargos e outras deduções similares. A Companhia reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (ii) é provável que benefícios econômicos futuros fl uirão para a Companhia; e (iii) quando critérios específi cos tiverem sido atendidos.A Eletrobras CGTEE reconhece as receitas de vendas de energia em contratos bilaterais, leilões e spot no mês de suprimento de energia de acordo com os valores constantes dos contratos e estimativas da administração da Companhia, ajustados posteriormente por ocasião da disponibilidade dessas informações.As receitas fi nanceiras são reconhecidas conforme o prazo decorrido, usando o mé-todo da taxa de juros efetiva, registradas contabilmente em regime de competência e são representadas principalmente por rendimentos sobre aplicações fi nanceiras, juros e descontos obtidos.As despesas são reconhecidas pelo regime de competência.(m) Ajuste a valor presenteEm atendimento ao Pronunciamento Técnico CPC 12 - “Ajuste a Valor Presente”, a Companhia não identifi cou ajustes a valor presente relevantes nos saldos de seus ativos, passivos e resultado.(n) Benefícios pós-emprego - obrigações de aposentadoriaA Companhia oferece aos seus empregados diversos benefícios, entre os quais o plano de previdência, plano de assistência médica, participação nos lucros e resul-tados, dentre outros. A Companhia tem plano de benefício defi nido. Os planos de benefício defi nido esta-belecem um valor de benefício de aposentadoria que um empregado receberá em sua aposentadoria, normalmente dependente de um ou mais fatores, como idade, tempo de serviço e remuneração, conforme Nota 19.A provisão atuarial referente ao plano de previdência é reconhecida com base em cálculo atuarial elaborado anualmente por atuário independente.(o) Outras obrigações pós-emprego A Companhia instituiu em 1997, um plano de aposentadoria incentivada, que pos-sibilitou aos empregados aposentados pelo INSS, o afastamento do trabalho com manutenção de seus rendimentos até atingir 55 anos, data de sua aposentadoria pela Fundação CEEE de Seguridade Social.Os custos esperados desses benefícios são acumulados durante o período do em-prego até a idade de 55 anos, dispondo da mesma metodologia contábil que é usada para os planos de pensão de benefício defi nido. Os ganhos e as perdas atuariais decorrentes de ajustes com base na experiência e na mudança das premissas atu-ariais são debitados ou creditados ao resultado e resultado abrangente no período esperado de serviço remanescente dos empregados. Essas obrigações são avaliadas, anualmente, por atuários independentes qualifi cados.(p) ProvisõesReconhecida em montante considerado sufi ciente para cobrir as perdas prováveis conforme estimativa dos assessores jurídicos da Companhia.As provisões para restauração ambiental e ações judiciais (trabalhista, civil e tribu-tária) são reconhecidas quando: (i) a Companhia tem uma obrigação presente ou não formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos passados e (ii) é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação.Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de liquidá-las é determinada levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe de obrigações seja pequena.As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser neces-sários para liquidar a obrigação, usando uma taxa antes dos efeitos tributários, a qual refl ita as avaliações atuais de mercado do valor do dinheiro no tempo e dos riscos específi cos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa fi nanceira.(q) Participação nos lucrosA Companhia reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados com base em uma fórmula que leva em conta o lucro atribuível aos acionistas da Companhia após certos ajustes. O reconhecimento dessa participação é usualmente efetuado quando do encerramento do exercício, momento em que o valor pode ser mensurado de maneira confi ável pela Companhia.(r) Distribuição de dividendosA distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo nas demonstrações fi nanceiras ao fi nal do exercício, com base no es-tatuto social da Companhia. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados pelos acionistas, em Assembleia Geral.(s) Demonstração do valor adicionado (DVA)Essa demonstração tem por fi nalidade evidenciar a riqueza criada pela Companhia e sua distribuição durante determinado período e é apresentada pela Companhia, como parte de suas demonstrações fi nanceiras individuais como informação suple-mentar pois não é uma demonstração prevista nem obrigatória para Companhias de capital fechado.A DVA foi preparada com base em informações obtidas dos registros contábeis que servem de base de preparação das demonstrações fi nanceiras e seguindo as dispo-sições contidas no CPC 09 - “Demonstração do Valor Adicionado”. Em sua primeira parte apresenta a riqueza criada pela Companhia, representada pelas receitas (receita bruta das vendas, incluindo os tributos incidentes sobre a mesma, as outras receitas e os efeitos da provisão para créditos de liquidação duvidosa), pelos insumos adquiridos de terceiros (custo das vendas e aquisições de materiais, energia e serviços de tercei-ros, incluindo os tributos incluídos no momento da aquisição, os efeitos das perdas e recuperação de valores ativos, e a depreciação e amortização) e o valor adicionado recebido de terceiros (receitas fi nanceiras e outras receitas). A segunda parte da DVA apresenta a distribuição da riqueza entre pessoal, impostos, taxas e contribuições, remuneração de capitais de terceiros e remuneração de capitais próprios.4.4. Estimativas e julgamentos contábeisEstimativas contábeis são aquelas decorrentes da aplicação de julgamentos subjeti-vos e complexos, por parte da administração da Companhia, frequentemente como decorrentes da necessidade de reconhecer impactos importantes para demonstrar adequadamente a posição patrimonial e de resultado da Companhia. As estimativas contábeis tornam-se críticas à medida que aumenta o número de variáveis e premissas que afetam a condição futura dessas incertezas, tornando os julgamentos ainda mais subjetivos e complexos.Na preparação das presentes demonstrações fi nanceiras da Companhia, a administra-ção adotou estimativas e premissas baseadas na experiência histórica e outros fatores que entende como razoáveis e relevantes para a sua adequada apresentação. Ainda que estas estimativas e premissas sejam permanentemente monitoradas e revistas pela administração da Companhia, a materialização sobre os valores contábeis de ativos e passivos e de resultado das operações são inerentemente incertos, por decorrer do uso de julgamento. 5. Caixa e equivalentes de caixa 31/12/2015 31/12/2014Caixa e depósitos bancários à vista ............................ 5.190 7.709Aplicações fi nanceiras ................................................. - 18.008Total ........................................................................... 5.190 25.717

6. ClientesA Companhia comercializa em leilões a energia elétrica produzida. O saldo a receber em 31 de dezembro de 2015 foi o seguinte: 31/12/2015 31/12/20142º Leilão CCEAR Energia existente - 2008/2015 ........ 12.795 12.9424º Leilão CCEAR Energia existente - 2009/2016 ........ 4.608 4.5291º Leilão CCEAR Energia nova - 2010/2024 ............... - 8.679Previsão energia de curto prazo.................................. 40.262 70.249Previsão receita 1º leilão ............................................. 27.185 -Renegociações ............................................................ 1.050 1.575Outros .......................................................................... 640 640Total ........................................................................... 86.540 98.614

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COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICACNPJ nº 02.016.507/0001-69 - NIRE nº 43 3 0003612 0

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NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 - Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

A Companhia efetua lançamento de previsão de receita de energia nas operações de curto prazo, quando há, para adequação ao regime de competência do saldo a receber de clientes.A composição, por vencimento, está demonstrada a seguir: Vencidos Vencidos há Vincendos até 90 dias mais de 90 dias 31/12/2015Suprimento de energia ... 85.882 17 641 86.540Total .............................. 85.882 17 641 86.540O saldo de clientes é o valor justo por representar o valor pelo qual a geração de energia da Companhia foi negociada via leilões e dentro dos regramentos contratuais da CCEE, e será liquidado entre partes interessadas com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. O saldo não teve ajuste a valor presente por representar efetivamente o montante a ser recebido, e não contém índices ou taxas de desconto para pagamentos antecipados. Os contratos de suprimento de energia são dados em garantia para as operações de empréstimos e fi nanciamentos tomadas junto a Eletrobras.

7. Tributos a recuperar 31/12/2015 31/12/2014IRPJ/CSLL a recuperar ......................................................... 163 288IR retido na fonte ................................................................... 15 173PIS/PASEP/COFINS a recuperar - regime não cumulativo (i) 53 2.529PIS/PASEP/COFINS a recuperar - inconstitucionalidade Lei 9718/98 (ii) ..................................................................... 659 626Outros .................................................................................... 375 244Total Circulante ................................................................... 1.265 3.860ICMS a recuperar (iii) ............................................................ 33.659 27.834Total Não Circulante ........................................................... 33.659 27.834Total ..................................................................................... 34.924 31.694

(i) PIS-PASEP/COFINS - Lei nº 10.833/2003 art. 3º - regime não cumulativoA Companhia poderá descontar créditos calculados em relação a:- Bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos;- Energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;- Aluguéis de prédios máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da empresa;- Encargos de depreciação e amortização.A Companhia está, mensalmente, tomando crédito dessas despesas no momento da apuração do PIS/COFINS.O saldo de R$ 53 em 31 de dezembro de 2015 (R$ 2.529 em 31 de dezembro de 2014) são créditos de PIS/COFINS apurados em períodos anteriores e do próprio mês, os quais foram reconhecidos contabilmente pela Companhia, e que em função da diminuição da receita de energia dos contratos da Fase C, não foram aproveitados até momento, mas com previsão de utilização nos próximos meses.(ii) PIS-PASEP/COFINS a recuperar – inconstitucionalidade Lei 9.718/98O Supremo Tribunal Federal - STF declarou a inconstitucionalidade do parágrafo 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98, que ampliou a base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS e deu, naquela época, novo conceito ao faturamento, que passou a abranger todas as receitas auferidas pelas pessoas jurídicas, independentes do tipo de atividade exercida e a classifi cação contábil adotada. Tal dispositivo não possuía previsão constitucional que o amparasse, tendo sido objeto de emenda constitucional posterior.A Companhia ajuizou ação ordinária em dezembro de 2007 através do Processo nº 2007.71.00.048592-4, onde consta como ré a Fazenda Nacional, requerendo a restituição dos tributos PIS/PASEP e COFINS cuja arrecadação foi declarada incons-titucional pelo STF.Em 1º de outubro de 2008, houve o julgamento de procedência da ação ordinária nº 2007.71.00.048592-4 na 2a. Vara Federal Tributária de Porto Alegre - RS ajuizada contra a União Federal na Justiça Federal, na qual a União Federal foi condenada a restituir à Companhia os valores recolhidos indevidamente no período de fevereiro de 1999 a novembro de 2002, em relação ao PIS (R$ 1.552), e de fevereiro de 1999 a janeiro de 2004, em relação à COFINS (R$ 10.745), totalizando R$ 12.297, que deverão ser atualizados pela taxa SELIC, desde a data de cada recolhimento indevido. Todavia, a União apelou, a Companhia apresentou contrarrazões, e o processo foi remetido ao Tribunal Regional Federal para julgamento. A apelação foi julgada par-cialmente procedente, entendendo que são repetíveis somente as parcelas pagas posteriormente a 08 de julho de 2000. As partes opuseram embargos de declaração, os quais foram acolhidos parcialmente para fi ns de prequestionamento. Após, as partes apresentaram recursos especiais e extraordinários, não sendo admitidos os recursos especial e extraordinário da União, sendo admitido o recurso especial da Eletrobras CGTEE e sobrestado o recurso extraordinário da Eletrobras CGTEE até decisão defi -nitiva do STF acerca da matéria.Negado seguimento ao recurso extraordinário da Companhia em decisão transitada em julgado, a Companhia apresentou pedido de habilitação de crédito junto à Receita Federal para compensação tributária (Processos nºs 11080.729739/2013-01 – PIS e 11080.729740/2013-28 – COFINS). Na data de 29 de outubro de 2013, o pedido foi deferido pela Delegacia da Receita Federal, nos termos da IN RFB nº 1.300/2012, au-torizando a Companhia a utilizar o crédito referente ao PIS, no montante de R$ 2.728, e à COFINS, no valor de R$ 20.124, atualizados até novembro de 2013, por meio de transmissão da Declaração de Compensação, gerada a partir do Programa PER/DCOMP.Até 31 de dezembro de 2015, o crédito da COFINS teve a seguinte movimentação:

Valor atualizado do crédito -

Novembro/2013

Atualização do crédito até

Dezembro/2015

Valores compensados por PER/DCOMP - Novembro/2013 à Dezembro/2015

Saldo disponível - Dezembro/2015

R$ 20.124 R$ 285 R$ 20.055 R$ 354

E o crédito do PIS foi assim movimentado:

Valor atualizado do crédito -

Novembro/2013

Atualização do crédito até

Dezembro/2015

Valores compensados por PER/DCOMP - Novembro/2013 à Dezembro/2015

Saldo disponível - Dezembro/2015

R$ 2.728 R$ 81 R$ 2.504 R$ 305

(iii) ICMS a recuperarOs créditos fi scais de ICMS no ativo não circulante, no valor de R$ 33.659 em 31 de dezembro de 2015 (R$ 27.834 em 31 de dezembro de 2014), originaram-se, princi-palmente, das operações de compra de cal e outros insumos utilizados no processo produtivo. Atualmente, o ICMS sobre as saídas por venda de energia elétrica para as concessionárias é diferido, conforme Livro III, art. 1º do regulamento do ICMS do Estado do Rio Grande do Sul. Entretanto, esses créditos poderão ser realizados através da compensação com pagamentos devidos pela importação de equipamentos, aquisição de cal do Uruguai e de transferências para outras empresas estabelecidas no Estado do Rio Grande do Sul, não sendo esperadas perdas pela administração da Companhia na realização dos referidos créditos. No acumulado até 31 de dezembro de 2015, a Companhia utilizou R$ 819 para a compensação em recolhimentos de ICMS referentes a importação de equipamentos para a UTE Candiota III – Fase C. Cabe destacar que a integralidade, dos créditos registrados nesta rubrica, está validada junto à Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul para futura compensação.8. Direito de ressarcimento – CCC / CDEEsta rubrica é composta pelos valores a receber da Eletrobras decorrente de subven-ção para aquisições de combustíveis fósseis com recursos da Conta de Consumo de Combustível – CCC, e também, da Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, de acordo com a Resolução Normativa ANEEL nº 129/2004.O saldo tem a seguinte composição: 31/12/2015 31/12/2014CCC UTE Candiota III - Fase C ......................................... 31.006 34.917CDE UTE Candiota II – Fases A e B .................................. 15.924 27.429Total .................................................................................. 46.930 62.3469. Almoxarifado 31/12/2015 31/12/2014Material de consumo .......................................................... 25.662 25.385Combustíveis ...................................................................... 3.656 27.749Total Circulante ................................................................ 29.318 53.134Combustíveis ...................................................................... 142.196 105.778Total Não Circulante ........................................................ 142.196 105.778Total .................................................................................. 171.514 158.912

Em 31 de dezembro de 2015, a Companhia previu que consumirá somente o estoque de combustíveis consignado à CCC/CDE em 2016. Assim, o estoque de combustíveis de propriedade da Companhia está registrado como ativo não circulante.Os demais estoques da Companhia são de peças, componentes, materiais de consu-mo e insumos utilizados no processo de geração de energia. Têm características de não obsolescência em função de que os equipamentos ou processos em que serão utilizados continuam em operação. Estão valorados pelos custo médio de aquisição.

10. ImobilizadoO saldo foi assim movimentado no exercício: Transferências 31/12/2014 Adições Baixas curso/serviço 31/12/2015Em serviço .................... 3.482.355 - (11.918) 3.139 3.473.576Depreciação .................. (1.927.734) (78.615) 10.898 25 (1.995.426)Em curso ....................... 68.914 24.579 - (3.120) 90.373Total Geração ............. 1.623.535 (54.036) (1.020) 44 1.568.523Em serviço .................... 14.406 - (231) 126 14.301Depreciação .................. (8.305) (987) 216 (25) (9.101)Em curso ....................... - 945 - (145) 800Total Administração ... 6.101 (42) (15) (44) 6.000Impairment ................... (35.412) (84.528) - - (119.940)Valor novo de reposição (22.280) - 582 - (21.698)

Total Provisões ........... (57.692) (84.528) 582 - (141.638)Total ............................. 1.571.944 (138.606) (453) - 1.432.885

No exercício de 2014, o saldo foi assim movimentado: Transferências 31/12/2013 Adições Baixas curso/serviço 31/12/2014Em serviço .................... 3.368.731 - (80.842) 194.466 3.482.355Depreciação .................. (1.879.441) (76.615) 28.322 - (1.927.734)Em curso ....................... 221.447 41.660 - (194.193) 68.914Total Geração ............. 1.710.737 (34.955) (52.520) 273 1.623.535Em serviço .................... 13.565 - (726) 1.567 14.406Depreciação .................. (7.835) (1.150) 680 - (8.305)Em curso ....................... - 1.840 - (1.840) -Total Administração ... 5.730 690 (46) (273) 6.101Impairment ................... (122.707) (35.412) 122.707 - (35.412)Valor novo de reposição (22.853) (22.280) 22.853 - (22.280)Total Provisões ........... (145.560) (57.692) 145.560 - (57.692)Total ............................. 1.570.907 (91.957) 92.994 - 1.571.944

O saldo do imobilizado, por unidade, sem a provisão para impairment, em 31 de dezembro de 2015, está assim composto:

Unidade 31/12/2015 31/12/2014UTE Presidente Médici (Fase A) ......................................... 13.041 13.041UTE Presidente Médici (Fase B) ......................................... 418.242 415.980UTE Candiota III (Fase C) ................................................... 1.126.205 1.183.194UTE Nutepa ......................................................................... 3.740 3.856UTE São Jerônimo .............................................................. 4.917 5.383Ofi cina São Leopoldo .......................................................... 573 607Sede administrativa ............................................................. 7.805 7.575Total ................................................................................... 1.574.523 1.629.636

Atendendo orientação da ANEEL, contida no Ofício nº 965/2002-SFF/ANEEL, de 7 de outubro de 2002, a Companhia tem sob sua guarda bens (materiais e equipamen-tos) recebidos da União destinados ao empreendimento UTE Candiota III (Fase C), em regime especial de utilização, sem ônus para a Companhia, no valor de R$ 189.292, tendo como base a data de 30 de abril de 2000, conforme avaliação constante do Relatório do Grupo de Trabalho instituído pela Portaria Interministerial no 19, de 28 de janeiro de 2000. Este valor não será incorporado ao ativo imobilizado da Companhia e, portanto, não está sujeito à indenização quando do término do prazo de concessão.Sobre os ativos operacionais das usinas da Companhia não pairam garantias fi duciárias ou judiciais em 31 de dezembro de 2015.As taxas de depreciação aplicadas em 31 de dezembro de 2015 são as defi nidas pela resolução normativa ANEEL nº 474/2012, e estão demonstradas no quadro a seguir:

2015 e 2014Geração Caldeira .......................................................................................... 4,00% Chaminé ......................................................................................... 4,00% Equipamento ciclo térmico ............................................................. 4,55% Equipamentos da tomada d’água ................................................... 3,70% Edifi cações - casa de força ............................................................ 2,00% Edifi cações - outras ........................................................................ 3,33% Máquinas e equipamentos ............................................................. 2,00 a 6,67% Reservatórios, barragens e adutoras ............................................. 2,00% Turbina a vapor............................................................................... 4,00% Veículos .......................................................................................... 14,29%Administração Máquinas e equipamentos ............................................................. 6,25% Móveis e utensílios ......................................................................... 6,25% Veículos .......................................................................................... 14,29%

11. IntangívelEm 31 de dezembro de 2015, o ativo intangível apresentou a seguinte movi-mentação: 31/12/2014 Adições Transferências 31/12/2015Em serviço Custo ................................... 13.786 - 32 13.818 Amortização ......................... (11.472) (601) - (12.073)Em curso Custo ................................... - 36 (32) 4Total ..................................... 2.314 (565) - 1.749

No exercício de 2014, o saldo foi assim movimentado: 31/12/2013 Adições Transferências 31/12/2014Em serviço Custo ................................... 12.776 129 881 13.786 Amortização ......................... (11.056) (416) - (11.472)Em curso Custo ................................... - 881 (881) -Total ..................................... 1.720 594 - 2.314

O saldo de ativos intangíveis em serviço, bem como o das adições do exercício, refere-se a aquisições de direito de uso de softwares. A taxa anual de amortização utilizada pela Companhia é a prevista no MCPSE, aprovada pela Resolução ANEEL nº 367/2009, atualizada pela Resolução ANEEL nº 474, de 07 de fevereiro de 2012, relativa ao Tipo de Bem - TIB 205, item 205.01 (Direito), 205.02 (Marca) e 205.03 (Patente) - 20% ao ano.

12. Fornecedores 31/12/2015 31/12/2014Materiais e serviços ........................................................... 22.214 9.917Suprimento de energia elétrica (a) .................................... 144.479 229.636Encargos de uso da rede elétrica ...................................... 1.002 3.535Aquisição de combustíveis (b)........................................... 64.699 21.287Total circulante ............................................................... 232.394 264.375Aquisição de combustíveis (b)........................................... 18.920 21.284Total não circulante ........................................................ 18.920 21.284Total ................................................................................. 251.314 285.659

(a) Suprimento de energia elétricaO saldo é composto das aquisições de energia elétrica para revenda a liquidar, das estimativas de exposição da Companhia na CCEE, e da provisão para ressarcimento às distribuidoras quando a geração de energia, pela Companhia, não for sufi ciente para cumprir os contratos. A queda verifi cada no seu saldo provém, principalmente, da redução da provisão para ressarcimento às distribuidoras, pois esses ressarcimentos estão ocorrendo, em maior volume, ao longo de 2015, com o abatimento das receitas dos contratos do 1º leilão de energia nova.

(b) Aquisição de combustíveisO aumento do saldo de fornecedor com a aquisição de combustíveis deu-se princi-palmente pela renegociação de quantidades e valores efetuada com a Companhia Riograndense de Mineração - CRM. A Eletrobras CGTEE renegociou junto a CRM, o pagamento e a entrega de duzentas mil toneladas anuais de carvão a serem recebidas pela Companhia durante 10 anos, com pagamento em parcelas anuais, também durante o mesmo período.13. Financiamentos e empréstimos13.1. Composição

31/12/2015

Encargos Circulante Total circulante

Não circulante Total

Moeda nacionalEletrobras

16.800 322.320 339.120 2.074.115 2.413.235

Total Moeda Nacional 16.800 322.320 339.120 2.074.115 2.413.235Total 16.800 322.320 339.120 2.074.115 2.413.235

31/12/2014

Encargos Circulante Totalcirculante

Nãocirculante Total

Moeda nacionalEletrobras 596 223.722 224.318 1.830.496 2.054.814

Total Moeda nacional 596 223.722 224.318 1.830.496 2.054.814Total 596 223.722 224.318 1.830.496 2.054.814

Os fi nanciamentos e empréstimos existentes foram tomados, em sua totalidade, junto à Eletrobras, e se destinaram a viabilizar a construção da UTE Candiota III (Fase C) e, também, para viabilizar as compras de energia que a Companhia necessitou nos últimos exercícios.Os fi nanciamentos e empréstimos não geram gravames sobre os bens patrimoniais da Companhia. As garantias oferecidas são constituídas sobre os contratos de suprimento de energia mantidos com as distribuidoras.13.2. Composição dos saldos por indexador 31/12/2015 31/12/2014Selic ................................................................................... 934.039 810.733IPCA .................................................................................. 697.012 681.648Juros contratuais ............................................................... 782.184 562.433Total ................................................................................. 2.413.235 2.054.81413.3. Vencimentos das parcelas do passivo não circulante 31/12/2015 31/12/20142016................................................................................... - 183.5732017................................................................................... 244.887 204.5122018................................................................................... 246.556 198.6652019................................................................................... 249.428 196.171Após 2019 ......................................................................... - 1.047.5752020................................................................................... 238.854 -Após 2020 ......................................................................... 1.094.390 -Total Não Circulante ...................................................... 2.074.115 1.830.49613.4. Movimentação dos fi nanciamentos e empréstimosMovimentação empréstimos Circulante Não circulante TotalSaldo em 31/12/2014 .............................. 224.318 1.830.496 2.054.814Ingressos .................................................. - 89.889 89.889Encargos .................................................. 51.046 246.669 297.715Renegociações ......................................... (88.067) 88.067 -Transferências .......................................... 181.006 (181.006) -(-) Amortizações do principal .................... (18.395) - (18.395)(-) Amortizações dos encargos ................. (10.788) - (10.788)Saldo em 31/12/2015 .............................. 339.120 2.074.115 2.413.235Movimentação empréstimos Circulante Não circulante TotalSaldo em 31/12/2013 .............................. 271.350 1.304.622 1.575.972Ingressos .................................................. - 345.030 345.030Encargos .................................................. 47.815 127.944 175.759Renegociações ......................................... (130.561) 130.561 -Transferências .......................................... 77.661 (77.661) -(-) Amortizações do principal .................... (27.530) - (27.530)(-) Amortizações dos encargos ................. (14.417) - (14.417)Saldo em 31/12/2014 .............................. 224.318 1.830.496 2.054.814As liquidações de empréstimos ocasionadas por renegociações de contratos não foram consideradas atividades de fi nanciamento na Demonstração dos Fluxos de Caixa, por não representarem movimentos de caixa.

14. Tributos e contribuições sociais a recolher 31/12/2015 31/12/2014PIS/PASEP .............................................................................. 46 210COFINS ................................................................................... 213 968ISS de terceiros ....................................................................... 292 228IRPJ, CSLL, PIS/PASEP/COFINS de terceiros ....................... 29.236 10.551INSS ........................................................................................ 2.456 2.115SENAI/SESI............................................................................. 6 38FGTS ....................................................................................... 897 13Total ....................................................................................... 33.146 14.12315. Encargos setoriais 31/12/2015 31/12/2014RGR ......................................................................................... 2.237 1.687TFSEE ..................................................................................... 179 176Total circulante ..................................................................... 2.416 1.863RGR ......................................................................................... 4.333 -Total não circulante .............................................................. 4.333 -Total ....................................................................................... 6.749 1.863A Companhia recolhe, por determinação da ANEEL, cotas da Reserva Global de Reversão (RGR) e da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE). A TFSEE e a RGR são apropriadas e recolhidas mensalmente, com valores estipulados pela ANEEL.

16. Obrigações estimadas 31/12/2015 31/12/2014Folha de Pagamento ............................................................... 4.446 4.157Encargos - Folha de pagamento ............................................. 2.282 2.125Provisão de férias .................................................................... 3.352 3.936Provisão gratifi cação de férias ................................................ 565 626Provisão de 13º salário ............................................................ - 2INSS s/provisão de férias e 13º salário ................................... 1.788 1.911FGTS s/provisão de férias e 13º salário .................................. 438 476Total ....................................................................................... 12.871 13.23317. Provisão para contingênciasEm 31 de dezembro de 2015, o passivo contingente teve a seguinte movimentação: 31/12/2014 Adições Reversões 31/12/2015Trabalhistas (a) ........................ 18.451 9.857 - 28.308Cíveis (b) ................................. 19.493 7.303 (24) 26.772Subtotal ................................. 37.944 17.160 (24) 55.080(-) Depósitos recursais compensáveis ........................ (5.862) (2.138) - (8.000)Total ....................................... 32.082 15.022 (24) 47.080

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COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICACNPJ nº 02.016.507/0001-69 - NIRE nº 43 3 0003612 0

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NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 - Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Os depósitos recursais referem-se aos valores exigidos para dar continuidade à discussão judicial dos processos trabalhistas, inclusive de reclamatórias ajuizadas por empregados da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE.

(a) Contingências trabalhistasContingências prováveisCom base na opinião de seus assessores jurídicos, a Companhia possui provisão no valor de R$ 28.308 em 31 de dezembro de 2015 (R$ 18.451 em 31 de dezembro de 2014) para cobrir as causas judiciais com risco de perdas prováveis. A Companhia rea-lizou depósitos recursais no valor de R$ 8.001 em 31 de dezembro de 2015 (R$ 5.862 em 31 de dezembro de 2014) para processos que possuem provisões contábeis.Depósitos judiciaisA Companhia efetuou depósitos judiciais em diversos processos trabalhistas, para garantir a continuidade da discussão dos litígios. Demonstramos estes valores no quadro abaixo: 31/12/2015 31/12/2014Depósitos judiciais ............................................................. 5.048 6.653Total ................................................................................. 5.048 6.653Contingências possíveisCom base na opinião dos assessores jurídicos da Companhia, existem processos trabalhistas classifi cados como de perda possível no valor de R$ 3.156 em 31 de dezembro de 2015.(b) Contingências cíveisContingências prováveisAs contingências cíveis referem-se principalmente a valores relativos a disputas com fornecedores. A assessoria jurídica da Companhia estima, como perda provável, o saldo de R$ 26.773 em 31 de dezembro de 2015 (R$19.493 em 31 de dezembro de 2014). Deste total, destaca-se a ação de autoria da CEEE-D para cobrança de valores contestados na data de transferência (1998/1999) da CGTEE para a Eletrobras. Em 31 de dezembro de 2015, a perda provisionada para esta ação é de R$ 24.302 (R$ 18.468 em 31 de dezembro de 2014). Este processo está na fase de execução provisória.Contingências possíveisCom possibilidade de perda possível, a Companhia é parte em processos cíveis que totalizam R$ 114.362 (cento e quatorze milhões, trezentos e sessenta e dois mil reais) em 31 de dezembro de 2015 (R$ 92.342 em 31 de dezembro de 2014), não provisionados.Processo 001/1.13.0298211-8Ajuizado pela empresa EMS Eletromecânica Silvestrini Ltda., através da qual alega erro ocorrido no edital de licitação lançado em 2010, cobrando todos os prejuízos ocasionados à empresa como valores não previstos na tabela de preços, prejuízos fi nanceiros, danos morais, etc. A Companhia apresentou defesa sustentando a legalidade do edital, contrato e mais de 7 termos aditivos fi rmados, execução dos serviços por cerca de 36 meses sem qualquer impugnação. Atualmente o processo está na fase probatória, com valor estimado em R$ 29.531 (vinte e nove milhões e quinhetos e trinta e um mil reais), não provisionados.Processo 001/1.14.0039179-3Ajuizado pela empresa EMS Eletromecânica Silvestrini Ltda., através da qual reclama valores glosados decorrentes de penalidades por descumprimentos parciais do contra-to e valores que foram penhorados na Justiça Trabalhista. A Companhia apresentou defesa no sentido de sustentar a legalidade das penalidades aplicadas, decorrentes de cláusulas contratuais, bem como o cumprimento de decisão judicial para depósito de valores penhorados pela Justiça Trabalhista. Atualmente, o processo está na fase probatória. O valor estimado do processo é de R$ 3.634 (três milhões, seiscentos e trinta e quatro mil reais), não provisionados.Processo 001/1.14.0060829-6Ajuizado pela empresa EMS Eletromecânica Silvestrini Ltda., através da qual solicita a nulidade de penalidade aplicada decorrente de inexecução total do contrato, com a liberação da garantia contratual oferecida. A Companhia está elaborando defesa sustentando a legalidade da penalidade aplicada. Atualmente, o processo está na fase probatória. O valor estimado do processo é de R$ 4.638 (quatro milhões, seiscentos e trinta e oito mil reais), não provisionados.Processo 2-12 0 236/12Ajuizado pelo Banco KFW na Justiça Alemã, cobrando os avais passados pela Ele-trobras CGTEE. A Companhia contratou o escritório alemão Noerr para representá-la. A Companhia apresentou defesa e, em 17 de abril de 2014, foi realizada audiência. Em 10 de dezembro de 2015 houve outra audiência. O valor estimado do processo é de R$ 216.570 (duzentos e dezesseis milhões, quinhentos e setenta mil reais) não provisionados.Ação ordinária 2009.71.00.013550-8 Partes adversas: (i) CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA – CCEE; (ii) AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL; Objeto: Declaração de nulidade da cobrança de percentual maior de 2% nas penali-dades de insufi ciência de lastro contratual aplicadas; - Vara de origem: 4ª Vara Cível Federal; - Situação: nosso recurso de apelação foi recebido no duplo efeito, mas sem ser restabelecida a antecipação de tutela. Propusemos a Ação Cautelar nº 0000091-19.2015.404.0000 perante o TRF4, na qual se obteve liminar suspendendo a exigibi-lidade da multa pela CCEE e estabelecendo multa diária caso esta última descumpra a decisão. Valor da causa: R$ 1.496 (um milhão, quatrocentos e noventa e seis mil). Através do e-mail de 09/04/2015, o representante do DFC informou que, em 14/01/2015, a CGTEE efetuou o pagamento de R$ 37.709 em cumprimento à decisão judicial desta ação, e consequentemente foi efetuada a baixa da provisão desta causa. Para tanto, o DFC encaminhou cópia do Memorando DTPE-016/2015 de 12/01/2015, contendo anexos, emitido pelo Chefe do DTPE ao Diretor Financeiro, cujo assunto era a aplicação de penalidade da CCEE e o cumprimento da decisão judicial.Nos autos da AÇÃO ORDINÁRIA Nº 2009.71.00.013550-8 (RS) que tramita perante a 4ª Vara Federal de Porto Alegre e que tem como partes adversas: (i) CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA – CCEE; e (ii) AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL; cujo objeto é a Declaração de nulidade da cobran-ça de percentual maior de 2% nas penalidades de insufi ciência de lastro contratual aplicadas, foi proferida sentença de extinção do feito sem resolução de mérito, e, como decorrência, o Juízo revogou a antecipação dos efeitos da tutela, razão pela qual o nosso recurso de apelação foi recebido no duplo efeito (devolutivo e suspensivo). Nesse interim, a fi m de restabelecer a medida liminar, foi proposta, perante o TRF/4ª Região a Ação Cautelar nº 0000091-19.2015.404.0000, na qual, em um segundo despacho a relatora reconsiderou a sua posição inicial, que havia indeferido o pedido de antecipação de tutela para, liminarmente suspender a exigibilidade da multa pela CCEE e estabelecendo multa diária caso esta última descumpra a decisão; revigo-rando, dessa forma, a liminar originalmente concedida. Em razão dessa discussão posta na ação cautelar, que atualmente já se encontra para inclusão em pauta de julgamento, os valores objeto de compensação/pagamento, poderão retornar à CGTEE, por força de medida liminar.Em decisão de mérito unânime proferida pela C. 3ª Turma, publicada em 05/06/2015, foi deferido o efeito suspensivo postulado pela CGTEE, bem como determinado à CCEE a devolução dos valores glosados/pagos pela Companhia. Recurso Especial apresentado pela CCEE em 11/09/2015, que teve seguimento negado. A CCEE agravou da decisão, recurso que ainda pende de contrarrazões e remessa ao STJ, sem efeito suspensivo.Segundo o escritório responsável, SCHMIDT CURVELO ADVOGADOS ASSOCIA-DOS, a probabilidade de êxito é possível.Ação ordinária 5014189-37.2010.404.7100 Partes adversas: (i) CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA – CCEE; (ii) AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL; Objeto: Declaração de ilegalidade da desproporcionalidade e ilegalidade da penalida-de e atraso pela instalação do sistema de faturamento SMF; - Vara de origem: 4ª Vara Cível Federal; -Tribunal Regional Federal: Apelação nº 5014189-37.2010.404.7100/

Conforme estimativa inicial (de 2011 a 2017), os valores envolvidos para os programas e projetos relacionados ao TAC, são os seguintes:

PROGRA-MA /PROJETO

TÍTULOESTIMADO 2011 a 2017 (em Reais)

SITUAÇÃO ATUAL

Projeto 01 Adequação ambiental Fase B 184.975.725,00Aguarda defi nição sobre as condições de renovação da conces-são da usina

Projeto 02 Adequação ambiental Fase A 1.000.000,00 Plano de descomissionamento encaminhado ao IBAMA

Projeto 03 Pavimentação das bacias de sedimentação 6.000.000,00 Concluído

Programa 04 Rede de monitoramento 5.048.463,00 Projeto: concluído / Monitoramento: em execução

Projeto 05 Modelagem de dispersão de gases na atmosfera 700.904,00 Concluído

Projeto 06.01 Medidas compensatórias (revegetação de 1.000 ha) 6.750.000,00 Plantio: concluído / Manutenção: em execução

Projeto 06.02 Medidas compensatórias (revegetação de 240.000 mudas) 2.650.000,00 Plantio: concluído / Manutenção: em execução

Projeto 06.03 Medidas compensatórias (Centro Cultural Candiota I) 7.750.000,00 Concluída a obra. Em execução a aquisição parcial do mobiliário

Programa 07 Programa de comunicação social 6.950.000,00Relatório inicial: concluído / Programa de comunicação: em execução

Programa 08Monitoramento de ruídos, gerenciamento de resíduos sólidos e efl uentes

5.965.663,00 Em execução

Programa 09Monitoramento contínuo das emissões atmosféricas das chaminés (Fases A e B)

1.415.232,00 Projeto: concluído / Monitoramento: em execução

Programa 10 Programa de operação das Fases A e B - Em execução

Projeto 11 Sistema de recirculação de efl uentes líquidos 163.105,00 Concluído

Projeto 12 Projeto piloto benefi ciamento de carvão (contrato CRM) -Projeto: concluído / Fase fi nal comissionamento pela CRM / Realizar teste de queima de carvão (CRM e CGTEE)

Programa 13 Estudos relativos à saúde da população (convênios CEVS) 1.200.000,00 Estudos do CEVS: concluído / Estudos da FURG: Em revisão

Projeto 14.01 Multa (cláusula vigésima oitava do TAC) 11.265.908,00 Concluído

Total dos programas / projetos 241.835.000,00

(*) Informações não auditadas pelos auditores independentes

18. Benefícios pós-empregoA Companhia mantém um programa de benefícios previdenciários pós-emprego, complementar ao programa da Previdência Social, administrado pela Fundação CEEE de Seguridade Social – ELETROCEEE, da qual é patrocinadora por contrato de adesão não solidário. A Fundação ELETROCEEE é uma entidade fechada de previdência complementar de característica multipatrocinada, sem fi ns lucrativos, voltada exclusivamente para administração de planos de benefícios previdenciários.

O plano de suplementação (Plano Único) é do tipo “benefício defi nido”, com regime fi nanceiro de capitalização, em que contribuem a Companhia e o empregado. Partici-pam do programa os empregados admitidos na Companhia. Os benefícios garantidos pelo programa são os seguintes: suplementação de aposentadoria por tempo de contribuição, por idade e por invalidez, pecúlio, suplementação de pensão, auxílio reclusão, auxílio doença e complementação do abono anual.Os ativos do plano são mantidos separadamente daqueles da Companhia e são contabilizados e controlados pela Fundação ELETROCEEE.

TRF; - Situação: Nosso recurso de apelação foi improvido, e os recursos adesivos da ANEEL e da CCEE parcialmente providos para majorar a verba honorária para 1% do valor da causa (este constante como R$ 1.110.000,00) a ser atualizado. A Companhia recorreu da decisão. O recurso especial foi admitido no TRF4 em 03 de março de 2015 e remetido ao Superior Tribunal de Justiça, sob o nº 1528291. O STJ não conheceu do recurso especial, decisão contra a qual a CGTEE interpôs embargos de declaração, que foram rejeitados em decisão que ainda pende de publicação. - Valor Estimado: R$ 1.110 (um milhão, cento e dez mil reais) – o valor é atualizado pela CCEE e pode ser executado a partir do trânsito em julgado do sentença de primeiro grau. É possível que a ANEEL determine aplicação contínua de penalidades e que o valor supere o montante inicial, pois a infração será continuada no tempo, isto é, a CGTEE continuará incorrendo no fato gerador se não implementar o sistema de faturamento conforme determinações regulatórias setoriais vigentes. Segundo o escritório responsável, SCHMIDT CURVELO ADVOGADOS ASSOCIA-DOS, a probabilidade de êxito é possível.

Ação ordinária 5069345-68.2014.404.7100 Parte adversa: (i) AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL;Objeto: cobrança de valores exigidos pelo ressarcimento por geração abaixo da infl e-xibilidade decorrentes da aplicação da cláusula 14 dos contratos (CCEAR) celebrados pela CGTEE tendo em vista o empreendimento Candiota 3; - Vara de origem: 2ª Vara Cível Federal; - Situação: A sentença de mérito publicada em 12/06/2015 foi de parcial procedência, na forma que segue: “1) determinar que a revogação da cláusula 14 dos contratos de comercialização de energia fi rmados pela CGTEE em decorrência de sua participação no Leilão nº 1/2005 retroaja até a data de apresentação, pela CGTEE, do recurso administravo inominado perante a Aneel, em 11/03/2013; e 2) condenar a Aneel a restituir os valores pagos de 11/03/2013 a 07/10/2013 pela CGTEE, por força da aplicação da cláusula 14, atualizados desde cada pagamento pela TR, nos termos da fundamentação, e com juros de mora de 0,5% ao mês, a partir da citação.” A ANEEL apresentou Embargos de Declaração em 18/06/2015, os quais foram rejeitados pelo Juízo em sentença proferida em 18/07/2015. Apelo da ANEEL distribuído à 4ª Turma do TRF/4ª Região em 09/09/2015.- Valor Estimado: R$ 85.689 (oitenta e cinco milhões, seiscentos e oitenta e nov mil reais); Segundo o escritório responsável, SCHMIDT CURVELO ADVOGADOS ASSOCIADOS, a probabilidade de êxito é possível.

Ação ordinária 5000593-10.2015.404.7100 Partes adversas: (i) AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL; (ii) OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELETRICO – ONS (RÉUS). Sendo a Eletro-bras CGTEE a autora.Objeto: aproveitamento, também econômico, da redução da garantia física do em-preendimento Candiota III (Fase C), inclusive para fi ns do despacho do ONS; - Vara de origem: 2ª Vara Cível Federal; - Situação: Autos com a juíza substituta Paula Beck Bohn para análise da inicial e do pedido de antecipação de tutela; Em decisão monocrática proferida em 24/06/2015 e integrada nos aclaratórios de 26/06/2015 (ainda não publicadas), nos autos do AI nº 5023087-23.2015.4.04.0000, o relator deferiu a antecipação dos efeitos da tutela determinando o imediato cumprimento da Portaria MME 140/2014 em relação a todos os contratos CCEAR, para todos os efeitos (contabilização, penalidades, etc.). Dessas decisões, o ONS embargou de declaração e a ANEEL pediu reconsideração. Aguarda-se o julgamento do agravo. - Valor da Demanda: R$ 154.295 (cento e cincoenta e quatro milhões, duzentos e noventa e cinco mil reais). Segundo o escritório responsável, SCHMIDT CURVELO ADVOGADOS ASSOCIADOS, a probabilidade de êxito é possível.

(c) Contingências tributáriasContingências prováveisNão há processos pendentes com probabilidade provável de perda em 31 de de-zembro de 2015.Em relação aos autos de infração em trâmite na Receita Federal (11050.720140/2011-90, 11050.720150/2011-25, 11050.720129/2011-20, 11050.720231/2011-25, 11050.720435/2011-66, 11050.720343/2011-86), oriundos do desembaraço aduaneiro de peças e equipamentos para a construção da Contadiota III

(Fase C), conforme informado pelo escritório Franceschini Advogados, a possibili-dade de perda na esfera administrativa é provável, considerando que o julgamento é realizado por autoridade do mesmo órgão que emitiu os Autos de Infração objeto das impugnações apresentadas. Não obstante, na hipótese de a Companhia não lograr êxito na esfera administrativa, ela ingressará judicialmente para discutir a tese objeto das defesas atualmente em trâmite na Receita Federal, hipótese em que a possibilidade de perda é possível.Contingências possíveisCom possibilidade de perda possível, a Companhia é parte ré em processos fi scais que totalizam R$ 35.964 (trinta e cinco milhões, novecentos e sessenta e quatro mil reais) em 31 de dezembro de 2015 (R$ 47.284 em 31 de dezembro de 2014), não provisionados.

Auto de infração nº 11080.722655/2010/96A Companhia através do Auto de Infração nº 11080.722655/2010/96, de 30 de julho de 2010, foi autuada em R$ 15.695 com relação à apuração das contribuições do PIS/COFINS sobre os contratos de fornecimento de energia com preço predeterminado. A Eletrobras CGTEE foi intimada eletronicamente pela Receita Federal em 15/06/2015 da decisão emitida pelo CARF referente ao exame de admissibilidade do Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional no Processo nº 11080.722655/2010-06, abrindo-se prazo para manifestação. O valor da causa é de R$ 24.384 (vinte e quatro milhões, trezentos e oitenta e quatro mil reais), de acordo com o Escritório Machado Meyer, Sendacz e Opice Advogados, a probabilidade de perda é possível.A Companhia apresentou impugnação através dos Advogados Meyer, Sendacz e Opice Advogados, sendo entendimento do referido escritório que a probabilidade de perda é possível.

Pedido de Restituição nº 11080.003212/2009-69 Trata-se de pedido apresentado em 2009 à Receita Federal de restituição de valo-res recolhidos a maior a título de contribuições ao PIS e à COFINS, sob o regime não-cumulativo, nas alíquotas de 1,65% e 7,6%, enquanto a companhia deveria ter recolhido as contribuições sob regime cumulativo (PIS - 0,65% e COFINS - 3%). Ao apreciar a Manifestação de Inconformidade a Receita Federal segregou a discus-são, passando a analisar cada PER/DCOMP ou grupo de PER/DCOMPs, gerando além desse processo, outros processos administrativos. O valor da causa é de R$ 11.365, de acordo com o Escritório Machado Meyer, Sendacz e Opice Advogados, a probabilidade de perda é possível.

(d) Questões ambientais (*)Usina termelétrica Presidente MédiciEm 13 de abril de 2011, foi celebrado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), entre a Eletrobras CGTEE, IBAMA, Eletrobras, Ministério de Minas e Energia, Minis-tério do Meio Ambiente e União, por intermédio da Advocacia Geral da União, para a adequação ambiental das Fases A e B da Usina Presidente Médici, localizada em Candiota - RS. O TAC inicialmente previa uma série de obrigações para a Eletrobras CGTEE até 31 de agosto de 2014.Em 16 de agosto de 2013, foi celebrado o Primeiro Aditamento ao TAC, que prevê obrigações para a Eletrobras CGTEE até 31 de dezembro de 2017. Após a conclu-são do TAC, espera-se a renovação pelo IBAMA da licença de operação da Usina Termelétrica Presidente Médici.O TAC é gerenciado através de um portfólio de projetos e programas, nos quais as suas cláusulas foram agrupadas. Dentre os compromissos assumidos pela Eletrobras CGTEE, destaca-se a conclusão da modernização e da ampliação da rede de monitoramento da qualidade do ar, da qualidade das águas de chuva e das condições meteorológicas. Do valor total estimado de R$ 241.835, conforme acompanhamento fi nanceiro até 31 de dezembro de 2015, a realização foi de R$ 52.566, sendo R$ 34.548 alocados como investimento, e R$ 18.018 alocados como custeio.A Eletrobras CGTEE instaurou quatro processos licitatórios para contratação de sistema de abatimento de material particulado e SO2 na Fase B, para redução das emissões atmosféricas da usina no meio ambiente, mas todos resultaram fracassa-dos. A Companhia está aguardando a defi nição sobre as condições de renovação da concessão da usina para reavaliação do projeto.

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COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICACNPJ nº 02.016.507/0001-69 - NIRE nº 43 3 0003612 0

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NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 - Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

Para o atendimento do CPC 33 - “Benefícios a Empregados”, a Companhia recebeu parecer do atuário independente contratado, Gama Consultores Associados, datado de 17 de fevereiro de 2016.Em 31 de dezembro de 2015, do total de 626 funcionários (638 em 31 de dezembro de 2014), 348 (355 em 31 de dezembro de 2014) participam do Plano, tendo contribuído com um total - incluindo contribuição normal e despesa administrativa - R$ 4.055 (R$ 3.835 em 31 de dezembro de 2014), sendo que a Companhia contribuiu com R$ 5.201 (R$ 4.884 em 31 de dezembro de 2014), não restando nenhuma obrigação vencida. O perfi l populacional dos participantes do Plano BD está abaixo demonstrado:

DADOS POPULACIONAIS 2015 2014Participantes ativos Participantes - nº ................................................................... 348 355 Idade média ........................................................................... 43,4 42,8 Salário médio em R$ ............................................................. 7.259,26 6.305,53Aposentados Participantes - nº ................................................................... 284 281 Idade média ........................................................................... 61,8 60,9 Benefício médio em R$ ......................................................... 4.212,96 3.750,17Pensionistas Participantes - nº ................................................................... 51 46 Benefício médio em R$ ......................................................... 1.705,92 1.632,35População total ..................................................................... 683 682

18.1. Efeitos do Plano BDEm atendimento ao CPC 33 - “Benefícios a Empregados”, a Companhia reconheceu integralmente em 31 de dezembro de 2015 o ajuste do passivo atuarial decorrente dos benefícios a que os empregados farão jus após o tempo de serviço.Os ganhos e perdas atuariais dos programas de benefícios pós-emprego são reconhecidos no próprio exercício em que ocorreram, em “Outros resultados abrangentes”, de acordo com as orientações CPC-33 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e IAS-19 do Inter-national Accounting Standards.Os valores reconhecidos no resultado do exercício e em outros resultados abrangentes são os seguintes: 2015 2014Custo de serviço corrente líquido ............................................ 404 (205)Custo de juros líquido .............................................................. - (3.046) Custo de juros sobre a obrigação atuarial ............................. (28.144) (28.525) Receita de juros sobre o ativo ............................................... 28.279 25.479 Juros sobre o efeito do teto do ativo ..................................... (135) -Receita (despesa) atuarial reconhecida no exercício ....... 404 (3.251)Ganhos (perdas) sobre o ativo justo ....................................... (15.697) 5.324Ganhos (perdas) sobre a obrigação atuarial do benefício defi nido .................................................................................. 6.353 19.464 Ganhos (perdas) resultantes de alterações de pressupostos demográfi cos ....................................................................... - 21.737 Ganhos (perdas) resultantes de alterações de pressupostos fi nanceiros ..................................................... 31.482 (6.252) Ganhos (perdas) atuariais decorrentes de ajuste de experiência........................................................................... (25.129) 3.979Efeito do teto do ativo .............................................................. 135 -Total registrado sobre outros resultados abrangentes .... (9.209) 24.788Total do custo do plano de benefícios ............................... (8.805) 21.537

A conciliação dos ativos e passivos reconhecidos no balanço está abaixo demonstrada:Status do plano de benefícios 2015 2014Valor presente obrigação atuarial ............................................ 243.364 237.566Valor justo dos ativos do plano ................................................ (236.252) (234.058)Passivo líquido ..................................................................... 7.112 3.508

Movimentação do passivo líquido reconhecido no balanço 2015 2014Passivo reconhecido no início do exercício............................. 3.508 29.929Contribuições da patrocinadora............................................... (5.201) (4.884)Provisão para plano de benefícios .......................................... (404) 3.251Valor reconhecido em outros resultados abrangentes ............ 9.209 (24.788)Passivo reconhecido no fi nal do exercício ........................ 7.112 3.508

18.1.1. Hipótese fi nanceiras e demográfi cas Hipóteses Financeiras 31/12/2015 31/12/2014Taxa de juros de desconto atuarial anual ....................... 13,26% 12,23%Taxa de juros real de desconto atuarial anual (i) ............ 7,36% 6,16%Projeção de aumento médio dos salários ...................... 7,61% 7,83%Projeção de aumento médio dos benefícios .................. 5,50% 5,72%Taxa média de infl ação anual ......................................... 5,50% 5,72%Expectativa de retorno dos ativos do plano.................... 13,26% 12,23% Hipóteses Demográfi cas 31/12/2015 31/12/2014Taxa de rotatividade .................................................... 0,00% 0,00%Tábua de mortalidade de ativos e inativos .................. AT-83 BASIC M AT-83 BASIC MTábua de mortalidade de inválidos.............................. AT-49 M AT-49 MTábua de invalidez ...................................................... Light média Light média% de casados na data de aposentadoria .................... 95% 95%Diferença de idade entre homens e mulheres............. 4 anos 4 anos

(i) Taxa de juros de longo prazoA defi nição dessa taxa considerou a prática de mercado dos títulos do Governo Federal, con-forme critério recomendado pelas normas nacionais e internacionais, para prazos similares aos dos fl uxos das obrigações do programa de benefícios, no chamado conceito de Duration.A taxa de juros de desconto atuarial foi defi nida considerando a duration do plano apurada para fi ns da avaliação atuarial, em atendimento a deliberação CVM 695/12, posicionada em 31 de dezembro de 2015, no valor de 10,5 anos, ocasionando, na defi nição da taxa de juros, o percentual de 7,36%.

18.1.2. Conciliação dos saldos do valor presente da obrigação atuarialA movimentação do valor presente das obrigações e do valor presente do ativo dos planos de benefícios no exercício corrente estão apresentadas a seguir: 2015 2014Valor presente da obrigação atuarial no início do exercício ....... (237.566) (242.022)Custo de juros ............................................................................. (28.144) (28.524)Custo de serviço corrente ........................................................... (3.651) (4.040)Benefícios pagos pelo plano ....................................................... 19.644 17.556Remensurações de ganhos (perdas) atuariais .......................... 6.353 19.464 Decorrentes de ajuste de experiência ...................................... (25.129) 3.979 Decorrentes de alterações em premissas biométricas ............ - 21.737 Decorrentes de alterações em premissas fi nanceiras ............. 31.482 (6.252)Valor presente da obrigação atuarial no fi nal do exercício (243.364) (237.566)18.1.3. Conciliação dos saldos do valor justo dos ativos 2015 2014Valor justo dos ativos do plano no início do exercício ............. 234.058 212.093Receita de juros....................................................................... 28.279 25.478Contribuições da patrocinadora............................................... 5.201 4.884Contribuições dos participantes .............................................. 4.055 3.835Benefícios pagos pelo plano ................................................... (19.644) (17.556)Ganhos (perdas) sobre os ativos do plano.............................. (15.697) 5.324Valor justo dos ativos do plano no fi nal do exercício ....... 236.252 234.058

18.1.4. Contribuições patronais esperadas para o próximo exercícioA Companhia espera contribuir com R$ 5.487 com os planos de benefícios defi nidos durante o próximo exercício.

A duração média ponderada da obrigação de benefício defi nido é de 10,5 anos.Análise dos valores dos benefícios esperados a serem pagos sem descontar a valor presente: Menos de Entre Entre Mais de31/12/2015 1 ano 1-2 anos 2-5 anos 5 anos TotalPagamentos esperados pelo Plano ........................... 16.052 16.321 50.547 509.195 592.11518.1.5. Composição carteira de investimentos do plano de benefício defi nidoOs ativos garantidores da ELETROCEEE estão assim distribuídos, em 31 de dezembro de 2015, a valores de mercado, em conformidade com as normas aplicáveis: Plano BD PercentualDisponível ................................................................................ - 0,00%Realizável ................................................................................ 12.983 4,88%Títulos públicos........................................................................ 142.443 53,60%Crédito de depósitos privados ................................................. 25.057 9,43%Ações....................................................................................... 25.924 9,75%Quota de fundo de investimentos - Renda fi xa ....................... 12.621 4,75%Quota de fundo de investimentos - Ações ............................... 10.060 3,79%Quota de fundo de investimentos - Direitos creditórios ........... 472 0,18%Quota de fundo de investimentos - Participações ................... 25.984 9,78%Quota de fundo de investimentos - Imobiliário ........................ 1.939 0,73%Quota de fundo de investimentos - Multimercado ................... 800 0,30%Investimentos imobiliários ....................................................... 2.060 0,77%Empréstimos e fi nanciamentos ............................................... 5.424 2,04%(-) Exigível operacional ............................................................ (703) -(-) Exigível contingencial ......................................................... (9.947) -(-) Fundos previdenciais .......................................................... (11.204) -(-) Fundo administrativo........................................................... (6.372) -Ajuste para valor de mercado.................................................. (1.289) -Valor justo dos ativos do plano .......................................... 236.252 100,00%Os valores justos dos instrumentos de capital e de dívida são determinados com base em preços de mercado cotados em mercados ativos enquanto os valores justos investimen-tos imobiliários não são baseados em preços de mercado cotados em mercados ativos.

18.1.6. Riscos atuariaisO plano de benefício defi nido normalmente expõe a Companhia a riscos atuariais, tais como risco de investimento, risco de taxa de juros, risco de longevidade e risco de salário.

(a) Risco de investimentoO valor presente do passivo do plano de benefício defi nido é calculado usando uma taxa de desconto determinada em virtude da remuneração de títulos privados de alta qualidade. Se o retorno sobre o ativo do plano for abaixo dessa taxa, haverá um défi cit no plano. Atu-almente, o plano tem um investimento relativamente equilibrado em títulos públicos, crédito de depósitos privados e ações, considerando os limites por segmento de aplicação, de acordo com as diretrizes da Resolução nº 3.792 do Conselho Monetário nacional e as suas alterações, além dos critérios de segurança, liquidez, rentabilidade e maturidade do plano.

(b) Risco de taxas de jurosUma redução na taxa de juros dos títulos aumentará o passivo do plano. Entretanto, isso será parcialmente compensado por um aumento do retorno sobre os títulos de dívida do plano.(c) Risco de longevidadeO valor presente do passivo do plano de benefício defi nido é calculado por referência à melhor estimativa da mortalidade dos participantes do plano durante e após a sua permanência no trabalho. Um aumento na expectativa de vida dos participantes do plano aumentará o passivo do plano.

(d) Risco de salárioO valor presente do passivo do plano de benefício defi nido é calculado por referência aos salários futuros dos participantes do plano. Portanto, um aumento do salário dos partici-pantes do plano aumentará o passivo do plano.

18.1.7. Análise de sensibilidade das principais hipótesesAs premissas atuariais signifi cativas para a determinação da obrigação defi nida são: taxa de desconto e mortalidade. As análises de sensibilidade a seguir foram determinadas com base em mudanças razoavelmente possíveis das respectivas premissas ocorridas no fi m do período de relatório, mantendo-se todas as outras premissas constantes.

Tábua biométrica Taxa de juros Idade - 1 Idade + 1 + 0,25% - 0,25% ParâmetroValor presente da obrigação atuarial do plano ................... 247.295 239.292 237.544 249.429 243.364Valor justo dos ativos do plano 236.252 236.252 236.252 236.252 236.252Superávit (défi cit) técnico do plano .............................. (11.043) (3.040) (1.292) (13.177) (7.112)VariaçõesAumento (redução) da obrigação atuarial ................. 1,6% (1,7%) (2,4%) 2,5% -Aumento (redução) dos ativos do plano ................................ - - - - -Aumento (redução) do superávit/défi cit técnico do plano .............................. 55,3% (57,3%) (81,8%) 85,3% -18.2. Programa de incentivo ao desligamento de pessoalA Companhia, em conjunto com a Eletrobras, aplicou, em 2013, um programa de incen-tivo a desligamento de pessoal – PID para seus colaboradores, do qual resta quitar as seguintes obrigações: 31/12/2015 31/12/2014Programa de incentivo ao desligamento - PID 2013 .............. - 1.009Plano de Saúde para empregados - PID 2013....................... 660 581Total Circulante .................................................................... 660 1.590Plano de Saúde para empregados - PID 2013....................... 1.262 1.614Total Não Circulante ............................................................ 1.262 1.614Total ...................................................................................... 1.922 3.20419. Remuneração aos acionistasA Companhia tem o seguinte saldo de dividendos a distribuir, relativos aos resultados dos exercícios de 2010 e de 2011: 31/12/2015 31/12/2014Dividendos a distribuirEletrobras ............................................................................... 74.907 66.177Outros ..................................................................................... 21 18Total ...................................................................................... 74.928 66.195Segue movimentação em 31 de dezembro de 2015:Saldo em 31/12/2014 ................................................................................. 66.195(+/-) Variação monetária sobre dividendos não distribuídos ....................... 8.733Saldo em 31/12/2015 ................................................................................. 74.928Segue movimentação no exercício de 2014:Saldo em 31/12/2013 ................................................................................. 59.687(+/-) Variação monetária sobre dividendos não distribuídos ....................... 6.508Saldo em 31/12/2014 ................................................................................. 66.19520. Adiantamento para futuro aumento de capitalA Companhia tomou recursos junto a sua controladora para futuro aumento de capital. As obrigações advindas destas origens de recursos estão registradas no passivo não circulante.A movimentação dos adiantamentos está demonstrada a seguir: Variação 31/12/2014 Ingressos monetária 31/12/2015Contratos ECF 2941/2011 ............................ 4.597 - 611 5.208 ECF 2941/2011-A ......................... 13.794 - 2.709 16.503 ECF 3219/2014 ............................ - 52.565 - 52.565 RES 0123/2015 ............................ - 32.709 - 32.709 RES 0123/2015-A ........................ - 13.520 - 13.520Total .............................................. 18.391 98.794 3.320 120.505

O saldo referente ao ingresso de AFAC, em 2015, foi utilizado diretamente para abati-mento de passivo com fornecedor. Assim, a Companhia não incluiu esse saldo como atividade de fi nanciamento na Demonstração dos Fluxos de Caixa, por não representar movimento de caixa. Os refl exos dessa movimentação compõem a variação dos saldos das atividades operacionais, na Demonstração dos Fluxos de Caixa.

21. Outros passivos 31/12/2015 31/12/2014Pesquisa e desenvolvimento (i).......................................... 18.993 15.581Credores diversos (ii) ......................................................... 9.391 3.905Total .................................................................................. 28.384 19.486

(i) Pesquisa e desenvolvimentoA Lei nº 9.991 de 24 de julho de 2000 dispõe sobre a realização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento em efi ciência energética por parte das empresas conces-sionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica, estabelecendo em seu artigo 2º que “as concessionárias de geração e empresas autorizadas à produção independente fi cam obrigadas a aplicar, anualmente, o montante de, no mínimo, 1% (um por cento) de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento”.

A Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004 alterou a Lei nº 9.991, estabelecendo em seu artigo 12, que do total aplicado anualmente em pesquisa e desenvolvimento devem ser destinados 40% ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico - FNDCT, 20% para o Ministério de Minas e Energia - MME, a fi m de custear os estudos e pesquisas de planejamento da expansão do sistema energético, bem como os de inventário e de viabilidade necessários ao aproveitamento dos potenciais hidrelétricos e 40% em projetos desenvolvidos pela própria empresa.

Alinhado com as novas orientações para a realização de projetos de P&D, a Companhia está procurando investir no desenvolvimento de tecnologias para inovação do sistema de combustão do carvão e biomassa, mitigação ambiental e efi ciência energética.

(ii) Credores diversosA Companhia registra neste grupo apropriações de contas a pagar pelo reconhecimento de obrigações para fi ns operacionais diversos.

22. Imposto de renda e contribuição social(a) Imposto de rendaO imposto de renda pessoa jurídica e a contribuição social estão sendo calculados pelo regime de apuração do lucro real anual, de acordo com o artigo 2º da Lei nº 9.430/1996.

(b) Prejuízo fi scal e base negativa de contribuição socialEm 31 de dezembro de 2015, a Companhia acumula prejuízos fi scais de imposto de renda e base negativa de contribuição social sobre o lucro, de caráter imprescritível, nos valores de R$ 2.302.763 (R$ 1.685.688 em 31 de dezembro de 2014) e R$ 2.302.999 (R$ 1.685.925 em 31 de dezembro de 2014) respectivamente. O CPC 32 - Tributos sobre os Lucros estabelece condições para o registro contábil do ativo fi scal diferido decorrente de diferenças temporárias e de prejuízos fi scais e base negativa de contri-buição social. Essas condições incluem expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, fundamentada em estudo técnico de viabilidade, que comprovam a realização do ativo fi scal diferido. O ativo fi scal diferido sobre tais prejuízos fi scais e base negativa de contribuição social não foi reconhecido nas demonstrações fi nanceiras considerando que as condições para registro não estão asseguradas. Tal ativo representaria, em 31 de dezembro de 2015, respectivamente, R$ 575.667 (R$ 421.398 em 31 de dezembro de 2014) e R$ 207.270 (R$ 151.733 em 31 de dezembro de 2014).

(c) Reconciliação da despesa do imposto de renda e da contribuição socialA reconciliação entre a despesa de imposto de renda e de contribuição social pela alíquota nominal e pela efetiva está demonstrada a seguir: 31/12/2015 31/12/2014 IRPJ CSLL IRPJ CSLLPrejuízo antes ajuste RTT .................... (648.367) (648.367) (480.112) (480.112)Ajustes contábeis RTT ......................... - - (1.634) (1.634)Resultado antes do IRPJ e da CSLL .... (648.367) (648.367) (481.746) (481.746)Efeitos líquido de provisões temporariamente não dedutíveis - constituídas/(realizadas) ..................... 27.134 27.134 (148.835) (148.835) (621.233) (621.233) (630.581) (630.581)Despesas não dedutíveis ..................... 4.158 4.158 5.086 5.086Lucro real e base da CSLL antes das compensações ................................... (617.075) (617.075) (625.495) (625.495)Base de cálculo do IRPJ e CSLL após compensações ................................... (617.075) (617.075) (625.495) (625.495)IRPJ e CSLL do período ....................... - - - -

23. Patrimônio líquido23.1. Capital socialO capital social, totalmente integralizado, é composto por ações ordinárias nominativas, sem valores nominais, pertencentes a acionistas domiciliados no país.As ações estão distribuídas conforme segue: Quantidade de ações em 31/12/2015 e em 31/12/2014 Saldo em Ordinárias Total R$ mil PercentualCentrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras ................ 8.161.020.279 8.161.020.279 845.461 99,993%Outros .......................... 592.355 592.355 77 0,007%Subtotal ....................... 8.161.612.634 8.161.612.634 845.538 100,000%(-) Ações em tesouraria (224.279) (224.279) (28) -Total ........................... 8.161.388.355 8.161.388.355 845.510 100,000%

23.2. Reserva de lucrosEm 31 de dezembro de 2015, é constituída unicamente pela reserva legal. 31/12/2015 31/12/2014Reserva Legal .............................................................. 2.596 2.596Total ............................................................................ 2.596 2.596

24. Receita operacional líquida 31/12/2015 31/12/2014Suprimento de energia elétrica.................................... 425.114 513.741Venda de cinzas .......................................................... 3.447 3.560Aluguéis ....................................................................... 20 22Total receita operacional bruta ............................... 428.581 517.323ICMS ............................................................................ (336) (329)COFINS ....................................................................... (28.338) (25.383)PIS/PASEP .................................................................. (6.150) (5.508)Total impostos e contribuições ............................... (34.824) (31.220)RGR ............................................................................. (14.648) (7.910)P&D ............................................................................. (4.472) (4.039)Total encargos setoriais .......................................... (19.120) (11.949)

Total deduções à receita operacional ..................... (53.944) (43.169)

Total ........................................................................... 374.637 474.154

Os contratos de comercialização de energia elétrica no ambiente regulado (CCE-AR’s) do 1º leilão de energia nova preveem ressarcimento às concessionárias clientes, por parte da Companhia, nos casos de indisponibilidade na geração das usinas da Companhia. A Companhia contabiliza sua receita com base no valor líquido a receber, já consi-derando eventuais ressarcimentos, conforme regras de comercialização da CCEE.

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NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 - Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

32. Análise de sensibilidade32.1. Moeda estrangeiraForam realizadas análises de sensibilidade dos passivos expostos à variação cambial em quatro cenários: dois com elevação das taxas de câmbio e dois com diminuição ao fi nal de 2016:a) Depreciação dos índices

PassivosSaldo em moeda estrangeira em

milhares em 31/12/2015

Saldo em milhares de R$ em 31/12/2015

Cotação em R$ Valor em milhares de R$

Cenário provável em

2016Cenário I

(-25%)Cenário II

(-50%)Cenárioprovávelem 2016

Cenário I(-25%)

Cenário II(-50%)

Dólar 168 656 4,3000 3,2250 2,1500 722 542 361

Total 168 656 - - - 722 542 361

b) Apreciação dos índices

PassivosSaldo em moeda estrangeira em

milhares em 31/12/2015

Saldo em milhares de R$ em 31/12/2015

Cotação em R$ Valor em milhares de R$

Cenário provável em

2016Cenário I (+25%)

Cenário II (+50%)

Cenário provável em

2016Cenário I (+25%)

Cenário II (+50%)

Dólar 168 656 4,3000 5,3750 6,4500 722 903 1.084

Total 168 656 - - - 722 903 1.084 32.2. Taxa de jurosForam realizadas análises de sensibilidade dos ativos e passivos indexados à taxa de juros pós-fi xada em quatro diferentes cenários: dois com elevação das taxas do saldo devedor e dois com diminuição dessas taxas, ao fi nal de 2016. As análises limitaram-se aos contratos concedidos que apresentem exposição à taxa de juros variável.

a) Depreciação dos índices

Passivos Saldo em 31/12/2015

Índice (%) Valor

Cenário provável em 2016

Cenário I (-25%)

Cenário II (-50%)

Cenário provável em 2016

Cenário I (-25%)

Cenário II (-50%)

Selic 1.054.544 14,2500 10,6875 7,1250 1.204.817 1.167.248 1.129.680

IPCA 697.012 7,5900 5,6925 3,7950 749.915 736.689 723.464

Total 1.751.556 - - - 1.954.732 1.903.937 1.853.144

b) Apreciação dos índices

Passivos Saldo em 31/12/2015

Índice (%) Valor

Cenário provável em 2016 Cenário I (+25%) Cenário II (+50%) Cenário provável

em 2016 Cenário I (+25%) Cenário II (+50%)

Selic 1.054.544 14,2500 17,8125 21,3750 1.204.817 1.242.385 1.279.953

IPCA 697.012 9,7000 9,4875 11,3850 764.622 763.141 776.367

Total 1.751.556 - - - 1.969.439 2.005.526 2.056.320

25.1. Energia comprada para revendaEm 2015, assim como em 2014, a Companhia precisou adquirir energia elétrica para cumprir seus contratos de comercialização.A Companhia mantém contratos de compra de energia junto à Eletronorte, que totalizam 135 MW médios mensais até dezembro de 2019, e 109 MW médios entre janeiro de 2020 e dezembro de 2023. Para demandas adicionais, a Companhia recorre ao Mercado de Curto Prazo da CCEE.

26. Resultado fi nanceiro 31/12/2015 31/12/2014Rendimento de aplicações fi nanceiras ............................ 121 1.116Variações cambiais ativas ............................................... 65 41.361Outras receitas fi nanceiras .............................................. 659 1.011Total receitas ................................................................. 845 43.488Encargos da dívida (i)...................................................... (324.337) (219.223)Variações cambiais passivas ........................................... (425) (74.807)Outras despesas fi nanceiras ........................................... (27.088) (13.445)Total despesas .............................................................. (351.850) (307.475)Total ............................................................................... (351.005) (263.987)(i) Encargos da dívidaO aumento dos empréstimos tomados pela Companhia em 2015, em comparação a 2014, ocasionou o aumento verifi cado nas despesas com encargos da dívida entre esses exercícios.

27. Remuneração do pessoal-chave da administraçãoO pessoal-chave da administração inclui os conselheiros, diretores e o chefe da auditoria interna. 31/12/2015 31/12/2014Remuneração .................................................................. 1.609 1.216Encargos sociais ............................................................. 384 289Benefícios ........................................................................ 90 85Total ............................................................................... 2.083 1.59028. Instrumentos fi nanceirosA Companhia opera com diversos instrumentos fi nanceiros, dentre os quais se destacam: contas a receber de clientes, direito de ressarcimento, contas a pagar a fornecedores e empréstimos e fi nanciamentos que se encontram registrados em contas patrimoniais, por valores compatíveis de mercado. 31/12/2015 31/12/2014Recebíveis Clientes.......................................................................... 86.540 98.614 Direito de ressarcimento - CCC/CDE ............................ 46.930 62.346Mensurados ao valor justo por meio do resultado Caixa e equivalentes de caixa ....................................... 5.190 25.717Total ativos fi nanceiros ................................................ 138.660 186.677Mensurados ao custo amortizado Empréstimos e fi nanciamentos ..................................... 2.413.235 2.054.814 Fornecedores ................................................................ 251.314 285.659Total passivos fi nanceiros ........................................... 2.664.549 2.340.473A Companhia não efetuou em 31 de dezembro de 2015, operações com características de derivativos, defi nidos no CPC 38 - “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração”.A Companhia mantém contratos de fornecimentos de Carvão com a CRM - Companhia Rio-grandense de Mineração, para atender suas unidades de produção em Candiota/RS. Em relação a estes contratos, a Companhia detém direitos de recebimento de subvenção para aquisição de combustíveis para produção de energia através da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), administrada pela Eletrobras. Desta forma, a maior parcela dos gastos com combustíveis destinados à geração é subsidiada.

29. Estimativa do valor justoA Companhia pressupõe que os saldos das contas a receber de clientes e contas a pagar aos fornecedores pelo valor contábil, menos a eventual estimativa de perda com créditos de liquidação duvidosa, esteja próxima de seus valores justos. O valor justo dos passivos fi nanceiros, para fi ns de divulgação, é estimado mediante o desconto dos fl uxos de caixa contratuais futuros pela taxa de juros vigente no mercado.A Companhia aplica o CPC 40 para instrumentos fi nanceiros mensurados no balanço patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da seguinte hierarquia de mensuração:i) Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (Nível 1);ii) Informações, além dos preços cotados, incluídas no Nível 1 que são adotadas pelo mercado para o ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos preços) (Nível 2);iii) Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou seja, inserções não observáveis) (Nível 3).Abaixo, a Companhia apresenta o saldo dos instrumentos fi nanceiros mensurados a valor justo por meio do resultado: 31/12/2015 Nível 1 TotalCaixa e equivalentes de caixa .................................................. 5.190 5.190Total ........................................................................................ 5.190 5.190 31/12/2014 Nível 1 TotalCaixa e equivalentes de caixa .................................................. 25.717 25.717Total ........................................................................................ 25.717 25.717O valor justo dos instrumentos fi nanceiros negociados em mercados ativos (como títulos mantidos para negociação e disponíveis para venda) é baseado nos preços de mercado, cotados na data do balanço. Um mercado é visto como ativo se os preços cotados estiverem pronta e regularmente disponíveis a partir de uma Bolsa, distribuidor, corretor, grupo de indústrias, serviço de precifi cação, ou agência reguladora, e aqueles preços representam transações de mercado reais e que ocorrem regularmente em bases puramente comerciais. O preço de mercado cotado utilizado para os ativos fi nanceiros mantidos pela Companhia é o preço de concorrência atual. Esses instrumentos, quando mantidos pela Companhia, são incluídos no Nível 1.A Companhia não mantém instrumentos fi nanceiros que não são negociados em merca-dos ativos (por exemplo, derivativos de balcão), tais instrumentos, quando existem, têm seus valores determinados mediante o uso de técnicas de avaliação. Essas técnicas de avaliação maximizam o uso dos dados adotados pelo mercado onde está disponível e confi am o menos possível nas estimativas específi cas da entidade. Se todas as informações relevantes exigidas para o valor justo de um instrumento forem adotadas pelo mercado, o instrumento estará incluído no Nível 2.Acrescenta-se, também, que a Companhia não detém instrumentos fi nanceiros classifi -cáveis no Nível 3. Os instrumentos fi nanceiros são classifi cáveis neste nível quando uma ou mais informações relevantes não estiver baseada em dados adotados pelo mercado.O CPC 38 - “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração” estabeleceu meca-nismos para a divulgação do valor de mercado dos instrumentos fi nanceiros reconhecidos, ou não, nas demonstrações fi nanceiras. Todos os ativos e passivos enquadrados como instrumentos fi nanceiros (empréstimos, aplicações fi nanceiras e outros), incluídos nas

presentes demonstrações fi nanceiras intermediárias, não apresentam diferenças entre o valor de mercado e o contábil.

30. Gestão de capitalOs objetivos da Companhia ao administrar sua estrutura de capital, são os de salvaguardar a capacidade de continuidade para oferecer retorno aos acionistas e qualidade nas obri-gações previstas no contrato de concessão, além de perseguir uma estrutura de capital ideal para a redução dos seus custos.Os índices de alavancagem fi nanceira podem ser sumariados conforme a seguir:

31/12/2015 31/12/2014Financiamentos e empréstimos....................................... 2.413.235 2.054.814Fornecedores .................................................................. 251.314 285.659(-) Caixa e equivalentes de caixa .................................... (5.190) (25.717)(-) Conta de consumo de combustíveis - CCC/CDE ....... (46.930) (62.346)Dívida líquida ................................................................ 2.612.429 2.252.410Patrimônio líquido ............................................................ (1.210.628) (553.052)Total do capital ............................................................. 1.401.801 1.699.358Índice de alavancagem fi nanceira .............................. 186,4% 132,5%

31. Gestão de risco fi nanceiroNo exercício de suas atividades a Companhia é impactada por eventos de riscos que podem comprometer os seus objetivos estratégicos. O gerenciamento de riscos tem como principal objetivo antecipar e minimizar os efeitos adversos de tais eventos nos negócios e resultados econômico/fi nanceiros da Companhia.Para a gestão de riscos fi nanceiros, a Companhia defi niu políticas e estratégias operacionais e fi nanceiras, aprovadas por comitês internos e pela administração, que visam conferir liquidez, segurança e rentabilidade a seus ativos e manter os níveis de endividamento e perfi l da dívida defi nidos para os fl uxos econômico-fi nanceiros.Os principais riscos fi nanceiros identifi cados no processo de gerenciamento de riscos são:

a) Risco com taxa de câmbioEsse risco decorre da possibilidade da Companhia ter seus demonstrativos econômico-fi nanceiros impactados por fl utuações nas taxas de câmbio. A Companhia apresentou, em 31 de dezembro de 2015, passivos em moeda estrangeira, conforme demonstrado abaixo:

31/12/2015 31/12/2014Passivos Dólar norte-americano ................................................... 656 529Total ............................................................................... 656 529b) Risco com taxa de jurosEsse risco está associado à possibilidade da Companhia contabilizar perdas em razão de oscilações das taxas de juros de mercado, impactando seus demonstrativos pela elevação das despesas fi nanceiras, relativas a contratos de captação externa.

31/12/2015 31/12/2014Passivos Selic ............................................................................... 1.054.544 815.330 IPCA .............................................................................. 697.012 681.648 Juros contratuais ........................................................... 782.184 562.433Total ............................................................................... 2.533.740 2.059.411

c) Risco de liquidezA Companhia atua no monitoramento permanente dos fl uxos de caixa de curto, médio e longo prazo, previstos e realizados, buscando evitar possíveis descasamentos e consequentes perdas fi nanceiras e garantir as exigências de liquidez para as necessidades operacionais.A tabela abaixo analisa os passivos fi nanceiros não derivativos da Companhia por faixas

de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento. Os valores divulgados na tabela são os fl uxos de caixa não descontados contratados. 31/12/2015 Menos Entre Entre AcimaPassivos de 1 ano 1 e 2 anos 2 a 5 anos de 5 anosFornecedores .................................. 232.394 2.365 7.095 9.460Empréstimos e fi nanciamentos ....... 339.120 244.887 734.838 1.094.390Obrigações estimadas ..................... 12.871 - - -Adiantamento para futuro aumento de capital ....................................... - 120.505 - -Total ............................................... 367.757 741.933 1.103.850

31/12/2014 Menos Entre Entre AcimaPassivos de 1 ano 1 e 2 anos 2 a 5 anos de 5 anosFornecedores .................................. 264.375 2.365 7.095 11.824Empréstimos e fi nanciamentos ....... 224.318 183.573 599.348 1.047.575Obrigações estimadas ..................... 13.233 - - -Adiantamento para futuro aumento de capital ....................................... - 18.391 - -Total ............................................... 501.926 204.329 606.443 1.059.399

A gestão do risco de liquidez tem como principal objetivo monitorar os prazos de liquida-ção dos direitos e obrigações permitindo que a Companhia identifi que se irá encontrar difi culdades que possam afetar a capacidade de pagamento da empresa, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações, que são liquidados com pagamentos à vista ou com outro ativo fi nanceiro. A abordagem da Companhia na administração de liquidez é de garantir liquidez sufi ciente para cumprir com suas obrigações ao vencerem, sob condições normais, sem causar perdas ou risco de prejudicar a reputação da Companhia.

d) Risco de preçoCom a Lei nº 12.783/2013, a remuneração das concessionárias geradoras hídricas passa a ser por tarifa determinada pela ANEEL. Já os contratos da Companhia se manterão inal-terados até a divulgação, pela ANEEL, das regras de renovação das concessões térmicas.Nas situações em que a Companhia precisa adquirir energia para complementar sua geração própria, ela o faz no mercado de curto prazo na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), fi cando, assim, exposta à variação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD).

e) Risco quanto à escassez de energia no mercadoRisco decorrente de possível período de escassez de chuvas, já que parte da energia vendida pela Companhia é adquirida no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), energia esta gerada basicamente por usinas hidrelétricas, que dependem do volume de água em seus reservatórios para funcionamento. Um período prolongado de escassez de chuva pode reduzir o volume de água dos reservatórios das usinas e resultar em perdas devido ao aumento dos custos com compra de energia elétrica necessária para a Companhia cumprir seus contratos de suprimento.

Quando há escassez de chuva, as usinas térmicas são despachadas pelo ONS à plena carga (despacho por mérito) para otimização do sistema. O despacho por mérito é limitado à disponibilidade da usina (índices de indisponibilidades - TEIP e TEIF), e estes índices entram no cálculo da garantia física.

(i) Os índices de indisponibilidades (TEIP e TEIF) ajustam a garantia física da usina.

(ii) Quando a soma dos 12 meses das garantias físicas for menor que a soma dos 12 meses dos contratos (lastro de venda) o agente é penalizado.

Pelas regras de mercado, o agente pode fi rmar contrato de compra de energia para constituir sua garantia física e assim reduzir sua exposição ao Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) e reduzir a penalidade por insufi ciência de lastro.

A exposição ao mercado de curto prazo é calculada com base no PLD.

A penalidade será determinada com base no montante de insufi ciência de lastro multiplicado pela média ponderada mensal dos PLD’s dos períodos de apuração em que se verifi cou a insufi ciência de lastro ou o Valor Anual de Referência (VR), o que for maior.

Em 2015, o valor do VR foi de R$ 80,69/MWh (R$ 97,64/MWh em 2014) - conforme des-pacho SEM/ANEEL nº 289/2014.

25. Custos e despesas operacionais 31/12/2015 31/12/2014 Custo Despesa Custo Despesa operacional operacional Total operacional operacional TotalEnergia comprada para revenda ...................................................... (84.877) - (84.877) (311.114) - (311.114)Encargos de uso da rede ................................................................. (39.019) - (39.019) (32.074) - (32.074)Pessoal ............................................................................................. (89.980) (25.879) (115.859) (76.050) (33.933) (109.983)Materiais ........................................................................................... (92.069) (71) (92.140) (88.760) (296) (89.056)Serviços de Terceiros ....................................................................... (52.397) (10.081) (62.478) (65.085) (12.479) (77.564)Depreciação e Amortização.............................................................. (74.835) (1.174) (76.009) (73.014) (1.095) (74.109)Provisões para contingências........................................................... - (17.136) (17.136) - (9.689) (9.689)Matéria-Prima e Insumos Prod. Energia Elétrica ............................. (184.397) - (184.397) (198.279) - (198.279)(-) Recup. Despesas Subvenção Combustíveis ............................... 106.296 - 106.296 145.815 - 145.815Outras ............................................................................................... (7.752) (14.203) (21.955) (11.808) (7.460) (19.268)Total ................................................................................................ (519.030) (68.544) (587.574) (710.369) (64.952) (775.321)

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Continua »»»

COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICACNPJ nº 02.016.507/0001-69 - NIRE nº 43 3 0003612 0

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NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 - Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

DIRETORIA EXECUTIVA

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSELHO FISCAL

PARECER DO CONSELHO FISCAL

CONTADOR

33. Saldos e transações com partes relacionadasA Companhia é controlada integral da Eletrobras. Até 31 de dezembro de 2015, a Companhia realizou transações com empresas do grupo Eletrobras conforme demonstrado abaixo:

Ativos Clientes Direito de ressarcimento - CCC/CDE

31/12/2015 31/12/2014

CEAL 203 - 203 275

CEPISA 264 - 264 140

ELETROACRE - - - -

CELG-D 1.190 - 1.190 720

ELETROBRAS - 46.930 46.930 62.346

Total do ativo 1.657 46.930 48.587 63.481

Passivos Fornecedores Empréstimos e fi nanciamentos

Dividendos a distribuir

Adiantamento para futuro aumento de

capital

Outros passivos 31/12/2015 31/12/2014

FURNAS 84 - - - - 84 253

CHESF 65 - - - - 65 223

ELETROSUL 72 - - - - 72 249

ELETRONORTE 113.328 - - - - 113.328 38.793

ELETROBRAS - 2.413.235 74.907 120.505 395 2.609.042 2.139.777

Total do passivo 113.549 2.413.235 74.907 120.505 395 2.722.591 2.179.295

Receitas Venda de energia Ressarcimento de combustíveis

31/12/2015 31/12/2014

CEAL 1.724 - 1.724 1.973

CEPISA 1.068 - 1.068 2.681

ELETROACRE - - -

CELG-D 7.313 - 7.313 10.958

ELETROBRAS - 106.296 106.296 145.815

Total da receita 10.105 106.296 116.401 161.427

Despesas Compra de energia Uso da rede elétrica Despesa fi nanceira 31/12/2015 31/12/2014

FURNAS - (2.772) - (2.772) (1.624)

CHESF - (2.378) - (2.378) (1.351)

ELETROSUL - (2.529) - (2.529) (1.638)

ELETRONORTE (205.864) (2.302) (10.275) (218.441) (119.478)

ELETROBRAS - - (310.709) (310.709) (143.585)

Total da despesa (205.864) (9.981) (320.984) (536.829) (267.676)

34. Compromissos operacionais de longo prazoOs principais compromissos operacionais de longo prazo da Companhia são os seguintes:a) Venda de energiaA Companhia fornece energia de acordo com contratos fi rmados através de leilões de energia. Como compromisso de longo prazo, está apenas o 1º leilão de energia de novos empreendimentos, com contratos vigentes até o ano de 2024. Os saldos estimados relativos à venda de energia para os próximos anos estão mostrados a seguir:

Venda de energia 1º leilão R$ mil MWh2017................................................................................... 557.520 2.557.900 2018/2019.......................................................................... 1.115.040 5.115.800 2020/2021.......................................................................... 1.115.040 5.115.800 Após 2021 ......................................................................... 1.672.560 7.673.700 Total .................................................................................. 4.460.160 20.463.200b) Aquisição de combustíveisA Companhia adquire carvão mineral da Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM), com a seguinte previsão para os próximos exercícios: Aquisição de carvão R$ mil Toneladas2017................................................................................... 136.189 3.288.000 2018/2019.......................................................................... 272.378 6.576.000 2020/2021.......................................................................... 272.378 6.576.000 Após 2021 ......................................................................... 408.567 9.864.000 Total .................................................................................. 1.089.512 26.304.000 c) Aquisição de insumosA Companhia adquire cal, para controle das emissões de resíduos das suas usinas, com a seguinte previsão para os próximos exercícios: Aquisição de cal R$ mil Toneladas2017................................................................................... 29.352 40.552 2018/2019.......................................................................... 58.704 81.104 2020................................................................................... 29.352 40.552 Total .................................................................................. 117.408 162.208 d) Compra de energiaA Companhia mantém contratos de compra de energia com a Eletronorte. Abaixo, segue previsão de desembolso para os próximos exercícios: Compra de energia R$ mil MWh2017................................................................................... 210.360 1.205.280 2018/2019.......................................................................... 420.720 2.410.560 2020/2021.......................................................................... 345.768 1.915.200 Após 2021 ......................................................................... 345.768 1.915.200 Total .................................................................................. 1.322.616 7.446.240 35. SegurosA especifi cação por modalidade de risco e data de vigência está demonstrada a seguir: 31/12/2015 31/12/2014 Data de Importância Prêmio Prêmio a Prêmio aRisco vencimento Segurada total apropriar apropriarResponsabilidade Civil - Fases A, B e C 31.12.15 20.000 215 - -Riscos Operacionais Fase C ....................... 31.12.15 1.100.000 4.619 - -Riscos Operacionais Fases A e B ............... 31.12.15 966.100 1.263 - - Roubo, Incêndio e Colisão....................... 16.06.15 2.500 13 - - 2.088.600 6.110 - -36. Eventos subsequentesA Companhia, através das resoluções RES-680/2015 e RES-069/2016 da Diretoria Executiva da Eletrobras, teve aprovada a concessão e liberação de recursos para o exercício 2016, na forma de Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC). A Resolução RES-680/2015, aprovou o valor de R$ 50.303, com liberação econômica e ingresso realizado em 07 de março de 2016. A Resolução RES-069/2016, aprovou o valor de R$ 251.000, com ingressos defi nidos da seguinte forma: em Fevereiro/2016, R$ 160.000, já realizado em março de 2016; em Março/2016, R$ 50.000, a realizar; e em Abril/2016, R$ 41.000, a realizar.

FRANCISCO ROMÁRIO WOJCICKI CELSO DE OLIVEIRA SANT’ANNA Diretor Presidente Diretor Financeiro e de Relações com o Mercado RICARDO LUIZ DE SOUZA LICKS JOSÉ PARIZZOTTO RUBEM ABRAHÃO GONÇALVES FILHO Diretor Técnico e de Meio Ambiente Diretor Administrativo Diretor de Operação

ARMANDO CASADO DE ARAÚJO FRANCISCO ROMÁRIO WOJCICKI RICARDO SPANIER HOMRICH Presidente MAURO HENRIQUE MOREIRA SOUSA WALTER BAERE DE ARAÚJO FILHO JAIME RENATO ESTEVE GARCIA

ROSÂNGELA DA SILVA JANETE DUARTE RENATO SACRAMENTO Presidente PEDRO PAULO DA CUNHA MÚCIO REIS DE OLIVEIRA WAGNER MONTORO JUNIOR Suplente Suplente Suplente

JOÃO LUIS LUCAS MARACCIContador - CRC-RS 46.907

O Conselho de Administração da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – CGTEE, tendo examinado o Relatório anual da Administração, o Balanço Patrimonial, Demonstrativo Financeiro e respectivas Notas Explicativas, referentes ao exer-cício de 2015, encerrado em 31 de dezembro de 2015, documentos esses aprovados pelos administradores responsáveis pela Companhia, considerando o Parecer dos Auditores Independentes é de parecer pela aprovação dos referidos documentos, e submete as matérias à apreciação dos Senhores Acionistas. Não há resultado a destinar, haja vista o mesmo ter sido negativo.

Porto Alegre, 23 de março de 2016. ARMANDO CASADO DE ARAÚJO FRANCISCO ROMÁRIO WOJCICKI RICARDO SPANIER HOMRICH Presidente do Conselho de Administração MAURO HENRIQUE MOREIRA SOUSA WALTER BAERE DE ARAUJO FILHO JAIME RENATO ESTEVE GARCIA

ROSEMARI NUNES DA SILVA - Secretária Geral

O Conselho Fiscal, no âmbito das suas atribuições legais e estatutárias, conheceu o Relatório Anual da Administração e procedeu ao exame das Demonstrações Financeiras da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE que compreendem o Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2015 e as respectivas Demonstrações do Resultado, do Resultado Abrangente, das Mutações do Patrimônio Líquido, dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado – DVA e das Notas Explicativas, para o exercício fi ndo nessa data. Com base nos exames efetuados ao longo do exercício, nas informações e esclarecimentos prestados pela Administração da Companhia, pelo Departamento de Contabilidade da Companhia e considerando o Parecer da KPMG Auditores Independentes, apre-sentado com ressalva e com as ênfases de continuidade operacional e renovação das Concessões, o Conselho Fiscal da CGTEE, por unanimidade, opina no sentido de que os referidos documentos estão em condições de serem submetidos à deliberação da Assembleia Geral Ordinária de Acionistas da Companhia. Porto Alegre, 23 de março de 2016. ROSANGELA DA SILVA JANETE DUARTE PEDRO PAULO DA CUNHA Presidente do Conselho Conselheira Conselheiro

Aos Conselheiros e Diretores da Companhia de Geração Térmica de Energia ElétricaPorto Alegre - RSExaminamos as demonstrações fi nanceiras da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fl uxos de caixa para o exercício fi ndo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.Responsabilidade da administração sobre as demonstrações fi nanceirasA administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações fi nanceiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações fi nanceiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.Responsabilidade dos auditores independentesNossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações fi nanceiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações fi nanceiras estão livres de distorção relevante.Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divul-gações apresentados nas demonstrações fi nanceiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações fi nanceiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações fi nanceiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fi ns de expressar uma opinião sobre a efi cácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contá-beis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações fi nanceiras tomadas em conjunto.Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é sufi ciente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalva.Base para opinião com ressalvaAtualização de imobilizado em cursoDurante o exercício fi ndo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia estornou saldos contabilizados de variação cambial sobre imobilizado em curso que não atendiam as defi nições de ativo conforme práticas contábeis adotadas no Brasil. Entretanto do montante estornado, R$ 32.987 mil eram relacionados a saldos anteriores à 1 de janeiro de 2014. Consequentemente os saldos comparativos, correspondentes ao resultado do exercício de 2014, estão apresentados a maior naquele montante. OpiniãoEm nossa opinião, exceto pelos efeitos do assunto descrito no parágrafo “Base para opinião com ressalva”, para fi ns de com-parabilidade, as demonstrações fi nanceiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e fi nanceira da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica em 31 de dezembro de 2015, o

desempenho de suas operações e os seus fl uxos de caixa para o exercício fi ndo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.ÊnfasesContinuidade operacional Chamamos a atenção para a nota explicativa 1 às demonstrações fi nanceiras intermediárias, que descreve que a Companhia tem apurado prejuízos repetitivos em suas operações, tendo acumulado em 31 de dezembro de 2015 prejuízo de R$ 2.017.708 mil e apresentou excesso de passivo circulante sobre ativo circulante, no montante de R$ 599.918 mil e patrimônio líquido negativo (passivo a descoberto) de R$ 1.210.628 mil. Essa situação, entre outras descritas na nota explicativa 1, suscita dúvida substancial sobre a sua continuidade operacional. As demonstrações fi nanceiras não incluem quaisquer ajustes em virtude dessa incerteza. Nossa opinião não está ressalvada em função desse assunto.Lei 12.783/2013 - Renovação das concessõesConforme descrito nas notas explicativas 3, em 15 de outubro de 2012, a Companhia protocolou junto à Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, a manifestação de interesse de renovação de todos os seus contratos de concessão, objetivando a prorrogação dos mesmos, conforme previsto na Medida Provisória 579 (Lei 12.783 /13).Adicionalmente, conforme descrito nas notas explicativas, não houve defi nição pelo poder concedente sobre os critérios de reno-vação e, consequentemente, a Companhia ainda não assinou os termos aditivos aos contratos de concessão de geração. O valor residual contábil dos ativos afetados pelas mudanças promovidas no ambiente regulatório, incluindo ativo imobilizado em curso, correspondem a R$ 298.302 mil, líquido de ajustes de impairment, em 31 de dezembro de 2015. A Companhia já apresentou à ANEEL seus estudos quanto ao Valor Novo de Reposição – VNR, conforme determinado pela administração a partir de suas me-lhores estimativas e interpretações do Decreto 7.805/2012, e aguarda homologação fi nal do valor dos ativos indenizáveis. Nossa opinião não está ressalvada em função desse assunto.Outros assuntosDemonstração do valor adicionado Examinamos também, a demonstração do valor adicionado (DVA) referente ao exercício fi ndo em 31 de dezembro de 2015, elaborada sob a responsabilidade da administração da Companhia, e apresentada como informação suplementar, uma vez que não é requerida pela legislação societária brasileira para companhias de capital fechado. Essa demonstração foi submetida aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, com base em nossa opinião, exceto pelos efeitos do assunto descrito no parágrafo “Base para opinião com ressalva”, para fi ns de comparabilidade, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que não foi elaborada, em todos os seus aspectos relevantes, de forma consistente com as demonstra-ções fi nanceiras tomadas em conjunto.

Porto Alegre, 23 de março de 2016

KPMG AUDITORES INDEPENDENTES WLADIMIR OMIECHUK CRC SP-014428/F-7 Contador CRC RS-041241/O-2

DANILO SIMAN SIMÕES Contador CRC 1MG058180/O-2 T-SP

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COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICACNPJ nº 02.016.507/0001-69 - NIRE nº 43 3 0003612 0

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