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1804 DEMOCRACIA REAL É POSSÍVEL? Juliana Ribeiro Leite Soares Centro Universitário Assunção – UNIFAI Pedagogia Rua Afonso Celso, 671/711 http://www.unifai.edu.br/ [email protected] Resumo Considerando o advento do considerável aumento da polarização política nas sociedades oci- dentais nos últimos anos e a ampliação do apoio a grupos conservadores, que no Brasil cul- minou com o afastamento da presidente em 2017 e o alargamento do número de favoráveis a figuras políticas de extrema direita, é importante reacender o debate quanto à democracia e a representatividade, pois, concomitantemente, há o crescimento do número de abstinência e votos brancos e nulos nas últimas eleições do mundo ocidental como um todo, que se apoiam no discurso da não representatividade. Pensar a democracia desde seus primórdios com os gre- gos e seus desdobramentos ao longo da história é de suma importância se há a preocupação do enriquecimento do debate quanto a representatividade e seus efeitos. Em uma pesquisa biblio- gráfica, o presente trabalho destacará os cientistas políticos como Loic Blondiaux, Dominique Rousseau e Yves Sintomer que contribuem para a reflexão da possibilidade ou não da passagem de uma democracia representativa a uma democracia real. Se o ideal da democracia incarna os princípios da distribuição do poder, da igualdade entre os cidadãos e assim a possibilidade destes influenciarem as decisões que concernem à polis, e valores como a liberdade, por que a democracia direta se mostra frágil e limitada ou mesmo impossível para alguns? Os elementos já existentes de formas de participação do cidadão no intervalo das eleições, como o referen- dum, as petições, os conselhos, as associações são suficientemente compreendidos e utilizados como reais formas de participação cidadã? Palavras-Chave: Democracia Representativa, Democracia Participativa, Cidadão. INTRODUÇÃO É possível considerar a democracia brasileira como um processo ainda em desenvolvi- mento, se levarmos em conta o curto período no qual tal sistema político é vigente no Brasil. E como todo processo de amadurecimento, o tempo, que inclui as experiências vivenciadas, e as

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1804

DEMOCRACIA REAL É POSSÍVEL?

Juliana Ribeiro Leite Soares

Centro Universitário Assunção – UNIFAIPedagogia

Rua Afonso Celso, 671/711http://www.unifai.edu.br/

[email protected]

Resumo

Considerando o advento do considerável aumento da polarização política nas sociedades oci-dentais nos últimos anos e a ampliação do apoio a grupos conservadores, que no Brasil cul-minou com o afastamento da presidente em 2017 e o alargamento do número de favoráveis a fi guras políticas de extrema direita, é importante reacender o debate quanto à democracia e a representatividade, pois, concomitantemente, há o crescimento do número de abstinência e votos brancos e nulos nas últimas eleições do mundo ocidental como um todo, que se apoiam no discurso da não representatividade. Pensar a democracia desde seus primórdios com os gre-gos e seus desdobramentos ao longo da história é de suma importância se há a preocupação do enriquecimento do debate quanto a representatividade e seus efeitos. Em uma pesquisa biblio-gráfi ca, o presente trabalho destacará os cientistas políticos como Loic Blondiaux, Dominique Rousseau e Yves Sintomer que contribuem para a refl exão da possibilidade ou não da passagem de uma democracia representativa a uma democracia real. Se o ideal da democracia incarna os princípios da distribuição do poder, da igualdade entre os cidadãos e assim a possibilidade destes infl uenciarem as decisões que concernem à polis, e valores como a liberdade, por que a democracia direta se mostra frágil e limitada ou mesmo impossível para alguns? Os elementos já existentes de formas de participação do cidadão no intervalo das eleições, como o referen-dum, as petições, os conselhos, as associações são sufi cientemente compreendidos e utilizados como reais formas de participação cidadã?

Palavras-Chave: Democracia Representativa, Democracia Participativa, Cidadão.

INTRODUÇÃO

É possível considerar a democracia brasileira como um processo ainda em desenvolvi-mento, se levarmos em conta o curto período no qual tal sistema político é vigente no Brasil. E como todo processo de amadurecimento, o tempo, que inclui as experiências vivenciadas, e as

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refl exões e as aprendizagens delas oriundas são de grande importância para o enriquecimento do conhecimento e a solidifi cação de uma identidade democrática brasileira.

Vindo da área da pedagogia, que estuda a sistematização da educação (HAYDT, 2006), debater e esclarecer o conceito e a prática da democracia mostra-se válido se levarmos em conta a ideia da formação de cidadãos no trabalho do pedagogo. Se antigamente o aluno deveria se subornar à lei da coletividade, hoje, a educação se esforça para fazer do aluno uma personali-dade autônoma. Este trabalho é, logo, um convite para a ampliação da compreensão do termo tão utilizado e defendido – a democracia, a fi m de contribuir na elaboração de respostas às necessidades atuais do país.

Este trabalho está organizado da seguinte maneira: seção II pontua a fragilização da le-gitimidade do sistema político atual. A seção III e IV explana sobre o conceito de democracia e seu uso. A seção V destaca alguns problemas da representatividade no atual sistema econômico capitalista e as estratégiasindicadas para o exercício de uma democracia participativa na seção VI.

DESCRENÇA POLÍTICA

O momento político atual brasileiro, com o afastamento da presidenta Dilma Roussef, o crescimento da polarização política e o aumento do apoio a área conservadora ressona com a situação política das sociedade ocidentais em geral, na qual a questão da representatividade é questionada. Intelectuais da área da ciência política alertam quanto ao desgaste das instituições representativas e, consequentemente, o poder de tomada de decisões e soluções das autoridades se mostra fragilizado (CHOLLET, 2011). Um dos efeitos dessa crescente descrença no sistema político é a desconfi ança dirigida aos atores intermediários, como os partidos políticos, sindica-tos, a mídia etc (BLONDIAUX, 2008, p. 5).

As explicações para o crescente descrédito do sistema político muitas vezes são rela-cionadas à incapacidade gerencial dos políticos, dos partidos, à confl agração de escândalos, às características específi cas de uma cultura etc, contudo tais discursos não contemplam as causas de maneira satisfatória (SINTOMER, 2010, p.27).

Há problemas considerados estruturais como o setor socioeconômico, que vem aumen-tando a capacidade de produção no mundo, mas que igualmente aumenta as desigualdades sociais. A política é delegada aos especialistas econômicos que falsamente neutros, acabam por benefi ciar as camadas sociais privilegiadas. Constata-se o desengajamento político das classes populares,que refl etea diminuição da identidade de classe, principalmente nas classes popula-res, em oposição às elites que têm consciência de seus interesses. Juntamente a isso, o descré-dito da alternativa histórica do socialismo e a não efetiva representação dos interesses da classe por seus representantes políticos, que dentro de um modelo fortemente hierarquizado, tornou-se distante da classe operária. A consequência é o desligamento gradual dos trabalhadores das organizações representativas. A burocratização e hierarquização e a ideologia são, fi nalmente, fatores que contribuem para o olhar incrédulo ao sistema político (SINTOMER, 2010, p.30).

Em contrapartida, esta desconfi ança do sistema político que leva à fragilização da de-mocracia representativa, não signifi ca o fenecer da democracia ela mesma, mas, sim, a urgência

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do momento para a discussão e execução de outras formas legítimas de ação democrática, como a mobilização de cidadãos através de movimentos, conselhos e organizações que questionam as autoridades tradicionais. Para isso, é preciso pensar a democracia desde seus primórdios com os gregos e seus desdobramentos ao longo da história, assim como o advento da democracia representativa e os dispositivos para uma democracia real ou participativa.

PALAVRA DEMOCRACIA

Dominique Rousseau ressalta que a palavra democracia é difundida mundialmente, mas raramente é realmente entendida. Colóquios, fóruns, livros são criados com o fi m de discutir e entender esse conceito e sua prática. Constantemente falada, a democracia encontra-se por todo canto, porém muitas vezes inexistente no local pronunciado. A democracia não deve se resumir a uma frase ou a uma simples aplicação do sufrágio universal, ela é o exercício dos cidadãos de seus direitos, que se expressa na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Sendo assim, a democracia é uma experiência viva do indivíduo enquanto cidadão (ROUSSEAU, 2015, p. 13). Embora uma sociedade apresente parlamentos, governo, administração, coletividades lo-cais e mesmo eleições de sufrágio universal e declarações de direitos, se existe a ausência da experiência de ir e vir, da liberdade de expressão, liberdade de associação e de manifestação, do direito a greve, do direito ao respeito da vida privada, ou melhor, a prática de direitos que faz do indivíduo um sujeito político, ou melhor, um cidadão, se esses direitos fundamentais são negligenciados, não se pode considerar tal experiência de democracia, segundo o autor.

ORIGEM DA DEMOCRACIA

A origem da ideia e da primeira experiência de democracia que aconteceu em Atenas do VI ao IV século antes de Cristo, leva-nos a conceber a democracia como um sistema no qual os cidadãos, juntos na ágora, interveem nas decisões da cité. Essa intervenção, confi gurada sem intermediários, leva a uma hierarquização das diferentes concepções de democracia, por assim dizer, a democracia direta, semi-direta e a representativa, sendo esta última, em uma escala de valoração constitucional, é tida como menos apreciada, menos valorativa (ROUSSEAU, 2015, p. 34). Contudo, deve-se considerar que a representação na democracia permite com que o ci-dadão saia de seu espaço privado e suas determinações sociais e entram em um espaço no qual se veem como seres iguais de direito. Democracia é também uma forma de vida em comum, uma forma de sociedade, uma maneira de viver conjuntamente, considerando o outro como igual. A democracia assim, são princípios, valores, leis como liberdade, direito de se reunir, de se associar, separação de poderes, respeito das minorias, eleições. Inspirado em Robert Dalhs, Blondiaux declara a democracia como uma maneira de distribuir o poder, ou seja, a possibili-dade de dar a oportunidade a cada cidadão de infl uenciar a decisão coletiva, o que nos remete a Antoine Chollet que utiliza o termo “autolegislação”. O povo pode criar sua própria lei e não precisam se sujeitar às leis vindas de um monarca, um deus.

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DEMOCRACIA – REPRESENTAÇÃO -MERCADO

A ideia de democracia, que nos guia, nos orienta enquanto seres de direito, é inevita-velmentefragilizada diante de duas outras forças, ou seja, a representatividade e o mercado se-gundo Dominique Rousseau. Quando há a queda de uma ditadura, o primeiro gesto é o anúncio de eleições de representantes, se o princípio da democracia se difunde nas escolas, empresas e serviços públicos, ele se traduz com a eleição de representantes de pais, de colaboradores e servidores, quando os intelectuais trabalham para a renovação da democracia, pensam primei-ramente melhorar a representação política pela introdução da paridade e cotas de representação, em outras palavras, a democracia é reduzida pelo princípio da representação e nela fi ca prisio-neira. Intelectuais e revolucionários do século XVIII reforçam a ideia da representação como sendo a única via possível de exercício da democracia. Loic Blondiaux chama a atenção para o discurso de 7 de setembro de Emmanuel-Joseph Sieyès, no qual declara a única possibilidade do povo poder falar e agir senão por via de seus representantes. Jean- Jacques Rousseau contri-bui com o reforço da representação quando delega o poder de jurisdição aos legisladores, estes, sim, capazes de expressar a vontade geral.

O mercado contribui para que o indivíduo, estimulado incessantemente a realizar-se no campo econômico, abra mão das questões sociais, políticas e culturais que o envolvem. Como consequência, os representantes políticos permanecem submissosao mercado, sendo preferivel-mente responsáveis com a classe empresarial e menos como o povo. O resultado manifesta-se na acentuação da desigualdade social, na difi culdade do acesso ao emprego, à saúde,à educação, à moradia etc. Oprimi-se o indivíduo, paradoxalmente princípio fundamental do capitalismo.É preciso, assim, reverter essa ideia redutível da democracia enquanto representação e o capita-lismo.

POR QUE A DEMOCRACIA TORNOU-SE REPRESENTATIVA?

A partir do quarto século antes de Cristo até hoje, há um descrédito da experiência ateniense. Filósofos antidemocráticos como Platão, servem ainda de referência para o apon-tamento de problemas de colocar nas mãos do povo o poder. Blondiaux nos relembra, que os intelectuais e revolucionários, como Emmanuel-Joseph Sieyès e Jean-Jacques Rousseau do sé-culo XVIII pensavam o povo como incompetentes, sem estudos sufi cientes para participar das decisões. A democracia era considerada como a desordem, a instabilidade e mesmo a prévia da demagogia.

Constroem, todavia, uma alternativa à monarquia e à democracia, a democracia repre-sentativa. Nas primeiras constituições, americanas e francesas, o povo é soberano, mas não governam, e sim elegem representantes. Os representantes vão incarnar, assim, a soberania.

Com a revolução de 1848 emergiram-se movimentos na tentativa de aumentar a ação política do povo. Houve então o movimento que defendia uma democracia conservadora, na qual somente nas eleições haveria a expressão da vontade do cidadão e, do outro lado, o movi-mento poruma democracia social, na qual concebia a possibilidade da expressão da palavra do cidadão também nos intervalos das eleições, através de assembleias populares, por exemplo.

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A onda de tendência conservadora se sobressaiu e consequentemente, atualmente, verifi camos o discurso dos representantes identifi cando-se à democracia, pois eleitos. Aqueles que os con-testam são apontadoscomo indivíduos contra a democracia e outras formas de legitimidade da democracia são ignoradas. (BLONDIAUX, 2008).

DISPOSITIVOS PARA UMA DEMOCRACIA REAL

A questão que sobressai, então, é como pensar a passagem de uma democracia represen-tativa a uma democracia direta? Para Blondiaux, se existe a vontade de uma melhor participa-ção dos cidadãos nas questões públicas, é preciso considerar as maneiras efi cazes de concretizar tal ideal e não paralisar diante das difi culdades de implementação. Percebe-se um aumento da vontade de participação que se revela na exigência de inclusão e transparência por parte de movimentos sociais e indivíduos que clamam por autonomia no sistema político. Mesmo representando um pequena parte do corpo político, segundo Blondiaux, este movimento vem causando efeitos nas sociedades ocidentais. Os dispositivos participativos, como os conselhos de bairros, as associações, as organizações sociais, o orçamento participativo, o debate público, o júri popular são expressões ou respostas a essa reivindicação do cidadão da palavra e partici-pação política nas ações públicas (GASPARDO; FERREIRA, 2016)

Mesmo se algumas experiências de democracia participativa na França e no mundo não afetaram as relações de dominação existentes, outras permitiram um novo quadro de relações políticas. Blondiaux, propõe, assim, alguns preceitos que possibilitariam guiar as condições para uma efetiva democratização da representação pela participação.

Primeiramente, o autor chama a atenção da importância da organização do processo, dos dispositivos técnicos e o conjunto de equipamentos e formas materiais com o qual a partici-pação se desenvolverá. É preciso dispor aos cidadãos, considerando as diferentes classes sociais e o acesso à informação, aos dispositivos de comunicação e informação e serviços dedicados a população visada.

É importante, também, considerar o estatuto dos animadores das reuniões participativas, que devem ter uma independência real em relação aos outros componentes- atores. A autoridade é indispensável a esses animadores, mas o engajamento deve se basear nos princípios mesmo da democracia participativa.

Blondiaux chama a atenção da promoção de uma constituição democrática mista, ou melhor, a participação do povo deve manifestar-se em diferentes formas. Os júris de cidadãos, o orçamento participativo ou o debate público são formas que permitem e obrigam o cidadão a se deparar com a discussão pública. Confrontando dois poderes, aquele dos representantes e do povo. O cidadão tem a possibilidade de voz também entre os intervalos de eleições e a respon-sabilidade é, assim, compartilhada entre eleitos e o povo.

Deve-se considerar que o ideal da participação se manifesta de formas diversas e não se limitam ao júri cidadão, ao orçamento participativo ou ao debate político. Ao contrário, seria um erro reduzir e encerrar a participação cidadã nessas três fórmulas. Uma participação ativa e viva pressupõe a combinação de diferentes processo, infl uenciadas por diferentes objetivos ou necessidades.

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A ligação da participação e decisão é essencialmente importante no que se refere aos dispositivos existentes de participação democrática. Com exceção ao orçamento participativo, tais dispositivos são frequentemente resumidos a uma natureza de consulta. Por isso é neces-sário que o povo, quando reunidos, tenham claro as necessidades e os problemas a serem dis-cutidos para a busca de uma solução. Blondiaux ressalta a exigência de um horizonte de ação para vivência de uma participação democrática, dessa maneira a relação participação e decisão devem estar expressamente concebidas.

Finalmente, uma democracia direta ou participativa deve ter como base o intuito da inclusão, pois sua razão de ser é justamente a contrapartida de um modelo de sociedade capaz de incluir no debate político as minorias, os excluídos do modelo democrático tradicional. Essa seria, sobretudo, a maneira de legitimação da democracia participativa diante de um sistema político ainda essencialmente excludente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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