demétrio brasil produção agropecuária regional

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Produção agropecuária por regiões e seus principais produtos. Avanço da área plantada e produtividade.

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www.melo-geografia.blogspot.com

Relacionar as atividades da agricultura e pecuária

com a urbano-industrialização brasileira;

Identificar os principais produtos da produção

agropecuária nacional;

Relacionar o modelo agroexportador e as

consequências sociais no Brasil.

Competências de Área

• Competência de área 4 - Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

Habilidades

• H19 - Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos

• espaços rural e urbano.

• H20 - Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e

• ao mundo do trabalho.

http://melo-geografia.blogspot.com.br/2013/06/diretrizes-curriculares-em-geografia.html

O processo de mecanização agrícola no Brasil decorre da necessidade de financiamento interno do modelo de modernização-conservador no País.

Após o golpe de 1964 vai ocorrer uma “contra reforma agrária no Brasil”: o Estatuto da Terra e o Estatuto do Trabalhador Rural cria sérias restrições para o pequenos proprietários o que leva ao forte êxodo rural.

É criado o INCRA que serve como instrumento da política de assentamento fundiário nas Regiões de Fronteira Agrícola (Centro-Oeste e Norte), incentivando milhares de nordestinos à migração e os sulistas a ocuparem faixas de Cerrado no Planalto Central.

Ainda na década de 1970, em pleno milagre econômico,

ocorreram os choque do Petróleo, em razão da formação da

OPEP (1960) para controlar a oferta do produto no mercado

internacional. Como o Brasil nessa época era totalmente

dependente de petróleo importado foi buscar substitutos, criando

o PRÓ-ÁLCOOL (1975).

Houve uma rápida expansão das áreas de plantio de cana,

provado concentração de terras e acelerado êxodo rural, em

função da substituição de vários gêneros agrícolas, e forte

elevação da dívida pública brasileira.

O processo de mecanização agrícola nos países subdesenvolvidos estão no contexto da Revolução Verde, década de 1970, que introduziu um conjunto de técnicas modernas para elevar a produção, tendo a redução da fome como principal argumento.

Todavia, a fome continua sendo um dos maiores problemas da humanidade, que segundo dados da FAO há mais de 1 bilhão de pessoas passando fome todos os dias, e que pelo menos 2 bilhões se alimentam muito precariamente.

http://melo-geografia.blogspot.com.br/2012/08/a-revolucao-verde.html

Com o desenvolvimento do processo de industrialização, que teve

na cafeicultura seu primeiro agente de financiamento, vai surgir

um espaço integrado pelas relações de produção capitalista.

Mas a partir da década de 1970 que a modernização agrícola

vai ser intensificada, com as seguintes características:

Expropriação do trabalhador rural;

Dificuldades em realizar uma reforma agrária;

Uso intenso de máquinas no espaço agrário e forte êxodo

rural;

Maior integração na rede urbana brasileira, com aumento dos

fluxos de trocas capital-trabalho-consumo.

Espaço agrário Espaço urbano

Capital

Bens e máquinas

Fertilizantes

Força de trabalho

Relação de

interdependência

entre a cidade e o

campo.

O campo vê na

cidade seu mercado

de consumo.

A cidade destina para

o campo seus

excedentes

financeiros e bens.

Mas é a cidade que

controla a demanda

de consumo.

Matérias primas

Alimentos

Insumos

Força de trabalho

5%

26%

69% Primário

Secundário

Terciário

O setor Primário pode representar pouco na composição

total do PIB, mas tem grande peso nas exportações

nacionais, principalmente soja e gado bovino.

PRINCIPAIS PRODUTOS – MILHÕES DE

TONELADAS (2012)

Cana de açúcar 451,1

Laranja 16,3

Milho 12,9

Soja 4,65

Banana 2,25

Café 2,259

Mandioca 2,5

Algodão 0,104

Arroz 0,150

Batata 2,0

IBGE, 2013

Principal espaço técnico nacional.

Elevada produtividade, comparável à de países desenvolvidos.

Maior produção de cana para etano e açúcar, além de uma moderna pecuária

de corte e leite.

PRINCIPAIS PRODUTOS – MILHÕES DE

TONELADAS (2012)

Cana de açúcar 52,01

Laranja 1,256

Milho 23,5

Soja 18,56

Banana 1,0

Café 0,110

Mandioca 5,9

Trigo 5,07

Batata 1,29

Feijão 0,877

Arroz 8,994

IBGE, 2013 Grande diversidade produtiva em razão do clima subtropical

úmido, solos férteis, modernas técnicas produtivas da pequena

a média propriedade e com forte incentivos produtivos.

PRINCIPAIS PRODUTOS – MILHÕES DE

TONELADAS (2012)

Cana de açúcar 72,8

Laranja 1,940

Milho 4,28

Soja 6,13

Banana 2,72

Café 0,156

Mandioca 8,0

Feijão 0,296

Algodão 0,885 (caroço)

Arroz 0,770

Batata 0,34

IBGE, 2013

Devido a extensa área do clima semiárido enfrenta dificuldades agrícolas.

Tem no litoral predomínio da atividade canavieira, latifúndio monocultor.

Na MAPITOBA modernização agrícola no complexo da soja, tem elevado os

problemas fundiários e provocado ciclo de êxodo rural.

Tem no Agreste a área policultora: tomate, milho, fumo, cana, feijão arroz, leite.

PRINCIPAIS PRODUTOS – MILHÕES

DE TONELADAS (2012)

Cana de açúcar 105,6

Laranja 0,142

Milho 30,39

Soja 34,8

Banana 0,250

Café 0,32

Mandioca 1,3

Feijão 0,609

Algodão 2,7 (caroço)

Arroz 0,744

Batata 0,311

O Centro-Oeste brasileiro tem se especializado com a soja e pecuária bovina

de corte.

Na década de 1970 recebeu vários estímulos governamentais para ampliar a

fronteira agrícola para atender: 1. ocupação de seu vazio demográfico e 2.

ampliar os produtos para o mercado interno e externo.

PRINCIPAIS PRODUTOS – MILHÕES DE

TONELADAS

Cana de açúcar 3,144

Laranja 0,250

Milho 1,68

Soja 2,21

Banana 0,828

Café 0,10

Mandioca 7,8

Arroz 0,946

No Norte do Brasil, bem como no Centro-Oeste, há inúmeros conflitos em

torno da terra com muita violência no meio rural.

Com a expansão da soja e pecuária bovina o desmatamento tem sido

constante, além dos conflitos nas terras indígenas.

Com apoio velado do Governo Federal a expansão da sojicultura na

Amazônia vem ocorrendo desde o final da década de 1990.

Direção da fronteira agrícola

Um Retrato da Agricultura no Brasil

(1) Outros grãos: amendoim, caroço de algodão, aveia, centeio, cevada, girassol, mamona, sorgo e triticale.

15%

12%

5%

19%

26%

3%

3%

6%11%

Área Total = 43,0 milhões de hectares

1980

13%

4%

3%3%

13% 10%

31%

23%

Produção Total = 67,3 milhões de toneladas.

1980

Área Plantada Produção

(1

)

10%

13%

3%7%5%

7%

32%

23%

Área Total = 42,2 milhões de hectares

12%

3%

4%3%

9%

23%

28%

18%

Produção Total = 85,8 milhões de toneladas.

Um Retrato da Agricultura no Brasil

1990

Área Plantada Produção

1990

(1

)

Participação do Álcool

3% 7%

10%23%

1980 1990 2000 2007

Área Produção(1) Outros grãos: amendoim, caroço de algodão, aveia, centeio, cevada, girassol, mamona, sorgo e triticale.

8%

9%

30%

33%

4%5%

5%

6%

Área Total = 42,7 milhões de hectares

8%

2%

32%

28%

2%

12%2% 14%

Produção Total = 136 milhões de toneladas.

Um Retrato da Agricultura no Brasil

2000

Área Plantada Produção

2000

(1

)

Participação do Álcool

3% 7% 6%

14%10%

23%

1980 1990 2000 2007

Área Produção(1) Outros grãos: amendoim, caroço de algodão, aveia, centeio, cevada, girassol, mamona, sorgo e triticale.

6%

2%

16%3%

16%

2%

28%

27%

Produção Total = 205 milhões de toneladas.

5%

7%

27%

39%

3% 7%5%7%

Área Total = 53,7 milhões de hectares

Um Retrato da Agricultura no Brasil

(1

)

2007

Área Plantada Produção

2007

Participação do Álcool

3% 7% 6% 7%

23%10%

14%16%

1980 1990 2000 2007

Área Produção(1) Outros grãos: amendoim, caroço de algodão, aveia, centeio, cevada, girassol, mamona, sorgo e triticale.

Agricultura Brasileira: Evolução da Área Plantada, Produção e Produtividade

36%

268%

169%

-50%

0%

50%

100%

150%

200%

250%

300%

197

6

197

7

197

8

197

9

198

0

198

1

198

2

198

3

198

4

198

5

198

6

198

7

198

8

198

9

199

0

199

1

199

2

199

3

199

4

199

5

199

6

199

7

199

8

199

9

200

0

200

1

200

2

200

3

200

4

200

5

200

6

2007

Vari

ação

Acu

mu

lad

a (

%)

Área Plantada Produção Produtividade

Arroz, Feijão, Milho, Soja, Trigo, Cana-

de-Açúcar (álcool e açúcar), Amendoim,

Caroço de Algodão, Aveia, Centeio,

Cevada, Girassol, Mamona, Sorgo e

Triticale.

Oleaginosas

para

BIODIESEL B3

2.2 mi ha (0.3%)

Cana-de-Açúcar

para ETANOL

3.3 mi ha (0.4%)

Culturas Anuais

de Alimentos

54 mi ha (6.4%)

Áreas Não

Agricultáveis

468 mi ha (55%)

Pastagens

210 mi ha

(24.7%)

Novas Áreas

Disponíveis

para Expansão

91 mi ha

(10.7%)

Culturas

Permanentes de

Alimentos

22 mi ha (2.6%)

Uso das Terras no Brasil Área Total = 851 milhões de hectares

Não-Agricultáveis:

- Cidades, rios e lagos

- Áreas não apropriadas para cultivo

- Áreas preservadas (florestas e áreas indígenas)

O volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas

apresenta a seguinte distribuição: Região Centro-Oeste, 72,0 milhões

de toneladas; Sul, 71,2 milhões de toneladas; Sudeste, 19,2 milhões

de toneladas; Nordeste, 16,7 milhões de toneladas e Norte, 4,3

milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, são

constatados incrementos de 0,1% na Sudeste, 1,7% na Centro-

Oeste, 28,3% na Sul e 39,8 na Nordeste. Na Região Norte houve

decréscimo de 9,4%. Observa-se, na figura a seguir, que o Mato

Grosso, nessa primeira avaliação para 2013, lidera como maior

produtor nacional de grãos, com uma participação de 23,4%, seguido

pelo Paraná (20,2%) e Rio Grande do Sul (15,0%), que somados

representam 58,8% do total nacional

FONTE: IBGE, 2013

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola

(LSPA), divulgado nesta terça-feira (09/08/11) pelo

IBGE, indicou que a safra nacional total de cereais,

leguminosas e oleaginosas em 2011 pode ter uma

produção de 158,8 milhões de toneladas, 6,2%

acima ao obtido em 2010: 149,6 milhões de

toneladas.

Trigo

Arroz

Feijão

Soja

As três principais culturas (arroz, milho e soja), que somadas

representam 90,5% da produção de cereais, leguminosas e

oleaginosas respondem por 82,3% da área a ser colhida

O Globo

Conab (2013) safra de soja de 82 milhões de ton e para o

milho 80 milhões de ton.

Trigo: 5,3 mi ton. (-8%)

Feijão: 2,9 mi ton (-22%)

Trigo

Arroz

Feijão

Soja

Trigo

Arroz

Feijão

Soja

A produção nacional de grãos deverá ficar em 186,148

milhões de toneladas, 12% mais do que o obtido na safra

anterior.

A Conab também divulgou novos dados para a safra de cana-

de-açúcar. A produção nacional deve chegar a 652 milhões de

toneladas, crescimento de 10,7% em relação ao período

passado.

G1.com

Atualmente o País exporta carne bovina para 170 países, só em 2008 representou mais de US$ 5 bilhões.

Os maiores compradores em 2008 foram:

Rússia (382 mil t)

Venezuela (96 mil t)

Irã (81 mil t)

Egito (65 mil t)

Hong Kong (65 mil t)

Argélia (49 mil t)

Arábia Saudita (36 mil t)

AÇÚCAR ETANOL

BRASIL 38,34 mi ton BRASIL 23,64 bi l

Sudeste 70,03% Sudeste 80,4%

Centro-Oeste 10,21% Centro-Oeste 8,3%

Nordeste 9,87% Nordeste 2,47%

Sul 8,83% Sul 6,8%

Norte 1,06% Norte 1,02%

Conab. A colheita de cana-de-açúcar deve alcançar no país 652

milhões de toneladas em 2013/14, aumento de 10,7% em relação às

588,92 milhões de toneladas do ciclo anterior. (Conab)

Em 2009 do total de carne produzida 67% destinado

ao mercado Interno e 37% ao mercado externo.

Total de 3,63 milhões de ton.

Receita menor 16,33% em relação ao ano anterior.

Segundo dados da Abef em 2008 as exportações de derivados de aves foram de US$ 6,9 bilhões, e os maiores mercados importadores foram:

Oriente Médio: 1,1 milhão toneladas;

União Europeia: 526 mil toneladas;

América do Sul: 329 mil toneladas;

África: 250 mil toneladas;

Rússia: 159 mil toneladas.

INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria. Criado no contexto militar para direcionar a política do governo sobre a questão da terra. No entanto, serviu como agente de interiorização do Brasil.

OPEP: Organização dos países exportadores de petróleo, cartel formado pela Arábia Saudita para controlar os preços do mercado internacional de petróleo, mas que nos dias de hoje tem pouco poder de influência, em vista a grande oferta do produto por outros países fora da organização.

PRONAF(1996): Programa nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Criou linhas de crédito pelo Banco do Brasil para os pequenos agricultores que empregam o trabalho familiar.

Formadas inicialmente como Sociedade Agrícola e Pecuária de Pernambuco (SAPP), no estado de Pernambuco, as Ligas tiveram como primeira atuação a organização de 140 famílias arrendatárias no Engenho Galileia, cujas terras não produziam mais o açúcar. O objetivo naquele momento era auxiliar de forma assistencialista a melhoria técnica da produção das famílias do engenho.

As ligas defendiam uma reforma agrária profunda no Brasil, recorrendo em alguns casos a ações armadas contra medidas repressivas e autoritárias de alguns latifundiários. Essa característica despertou preocupação nos EUA, cuja imprensa apontava as Ligas como uma ameaça política ao Brasil.

http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/ligas-camponesas-e-a-reforma-agraria.htm

Percebe-se que produtos como milho, feijão, mandioca, cana, fumo,

soja, arroz estão presentes em todas as regiões, entretanto atendem

a necessidades diferentes, por exemplo, o milho e a soja tem destino

as indústrias de alimentos, e no caso da soja também o mercado

externo.

No Nordeste a produção de gêneros alimentícios predomina na faixa

do Agreste, em razão da menor taxa de mecanização e clima,

enquanto na zona litorânea uma produção moderna para a indústria

e mercado externo.

Já na Região Norte a produção de soja desmata e reduz a

biodiversidade, além gerar diversos focos de tensão entre

trabalhadores e grandes latifundiários.

Planalto

Banco de Leis http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4504.htm http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/12_10_17_16_09_58_boletim_graos_-_julho_2012.pdf http://www.valor.com.br/agro/3152062/conab-mantem-estimativa-para-safra-brasileira-de-graos-em-201213 DIEESE, Estatísticas do meio rural 2010-2011. 4.ed. / Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos; Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural; Ministério do Desenvolvimento Agrário. -- São Paulo: DIEESE; NEAD; MDA, 2011.