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DECRETO N. O 9.247 DE 05 DE dezembro DE 1994 Aprova o Regulamento de Inspeção Sanitária e industrial dos Produtos de Origem Animal, no Estado do Piauí. O Governador do Estado do Piauí, no uso das atribuições que lhe confere o inciso XIII, do art. 102, da Constituição Estadual, e tendo em vista o disposto no art. 18, da Lei N o 4.715, de 27 de julho de 1994, D E C R E T A: Art. 1 o - Fica aprovado o Regulamento de Inspeção Sanitária e Industrial dos Produtos de Origem Animal, no Estado do Piauí, que com este se publica. Art. 2 o - O presente decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. PALÁCIO PIRAJÁ, em Teresina (PI), 05 de dezembro de 1994. GOVERNADOR DO ESTADO SECRETARIO DE GOVERNO SECRETARIO DA AGRICULTURA, ABASTECIMENTO E RECURSOS HÍDRICOS

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  • DECRETO N.O 9.247 DE 05 DE dezembro DE 1994

    Aprova o Regulamento de Inspeo

    Sanitria e industrial dos Produtos de Origem

    Animal, no Estado do Piau.

    O Governador do Estado do Piau, no uso das atribuies que lhe confere o inciso

    XIII, do art. 102, da Constituio Estadual, e tendo em vista o disposto no art. 18, da Lei No

    4.715, de 27 de julho de 1994,

    D E C R E T A:

    Art. 1o - Fica aprovado o Regulamento de Inspeo Sanitria e Industrial dos

    Produtos de Origem Animal, no Estado do Piau, que com este se publica.

    Art. 2o - O presente decreto entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as

    disposies em contrrio.

    PALCIO PIRAJ, em Teresina (PI), 05 de dezembro de 1994.

    GOVERNADOR DO ESTADO

    SECRETARIO DE GOVERNO

    SECRETARIO DA AGRICULTURA, ABASTECIMENTO E RECURSOS HDRICOS

  • REGULAMENTO DA INSPEO SANITRIA E INDUSTRIAL

    DOS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL,

    NO ESTADO DO PIAU.

    TITULO I

    DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1o - O presente regulamento, de acordo com a Lei N1.283, de 18 de

    dezembro de 1950, e o Decreto. N 30.691, de 29 de maro de 1952, alterado pelo

    Decreto N 1.255, de 25-5-62, e conforme dispe a Lei Federal N 7.889, de 23 de

    novembro de 1989, estabelece as normas que regulam em todo o Estado do Piau a

    inspeo e a reinspeo industrial e sanitria dos produtos de origem animal, na forma da Lei

    N 4.715, de 27 de julho de 1994.

    Art. 2o - A inspeo indus tr i a l e san i tr ia de produtos de origem animal ser

    exercida pela Secretar ia de Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos -

    SEAAB-RH, atravs do seu rgo competente e abrange:

    I - a higiene geral dos estabelecimentos registrados;

    II - a captao, canalizao, depsito, tratament o e d i s t r i b u i o d a g u a p a r a

    c o n s u mo e o escoamento das guas residuais;

    III - o funcionamento dos estabelecimentos refer idos no Artigo 4 da Lei

    N 4 .715, de 27 de julho de 1994;

    IV - as fases de recebimento, elaborao, manipulao, preparo,

    acondicionamento, conservao, transporte e depsito de todos os produtos de

    origem animal e suas matrias-primas, adicionadas ou no de vegetais;

    V - o exame ante e post mortem dos animais de aougue;

    V I - a e mb a l a ge m e r o t u l a ge m d e p r o d u t o s e subprodutos, de acordo

    com os tipos de padres previstos no regulamento e normas federais ou frmulas

    aprovadas;

    VII - a classificao de produtos e subprodutos, de acordo com os tipos e

    padres previstos no regulamento e normas federais ou frmulas aprovadas;

    VIII - os exames microbiolgicos, histolgicos e fsico-qumicos das matrias-primas

    ou produtos;

    IX - as matrias-primas nas fontes produtoras e intermedirias;

  • X - os meios de transporte de animais vivos, os produtos derivados e suas

    matrias-primas destinadas alimentao humana.

    Art. 3o - Os tcnicos em inspeo portaro Carteira de Identidade Funcional fornecida

    pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH,

    contendo a sigla do rgo competente, o nmero de ordem, nome, fotografia, cargo, data

    da expedio e validade.

    Pargrafo nico - obrigatria a previa apresentao da Carteira de

    Identidade Funcional, sempre que o tcnico em inspeo estiver desempenhando suas

    atividades profissionais.

    TITULO II

    REGISTRO DE ESTABELECIMENTOS

    Art. 4o - Esto sujei tos a regis t ros os seguintes estabelecimentos:

    I - matadouros de bovinos, matadouros de sunos, abatedouros de aves e coelhos,

    matadouros de caprinos e ovinos e demais espcies devidamente aprovadas para o abate,

    fbricas de conservas, fbricas de embutidos, charqueadas, fbrica de produtos

    gordurosos , en trepostos de carnes e derivados e fbricas de produtos de origem animal

    no-comestveis;

    II - usinas de processamento de leite, fbricas de laticnios, entrepostos-usinas,

    entrepostos de laticnios, postos de refrigerao e postos de coagulao;

    III - entreposto de pescado e fbrica de conservas de pescado;

    IV - entreposto de ovos e fbrica de conservas de ovos;

    V - apirios;

    VI estncias leiteiras.

    Pargrafo nico - Para os estabelecimentos descritos neste artigo poder anteceder

    ao registro definitivo a concesso de reg i s t ro p rovisr io , a c r i t r io do rgo

    compe tent e da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH.

  • Art. 5o O registro ser requerido Secretaria de Agricul tura , Abastecimento e

    Recursos Hdr icos - SEAAB-RH, instruindo-se o processo com os seguintes

    documentos:

    I - requerimento dirigido ao Secretrio de Agricultura, Abastecimento e Recursos

    Hdricos do Piau, solicitando o registro e a inspeo pelo rgo competente da Secretaria

    da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH;

    II - memorial descritivo da construo;

    III - memorial econmico-sanitrio do estabelecimento;

    IV - planta baixa na escala de 1:100;

    V - planta de fachada e cor te longi tudinal e transversal na escala de 1:50;

    VI- detalhes de aparelhagem e instalaes na escala de 1:10;

    VII - termo de compromisso;

    VIII - documentao expedida pela Prefei tura Municipal e Secretaria

    de Sade autorizando a construo do estabelecimento no terreno indicado no projeto;

    IX - registro na Junta Comercial do Estado.

    Pargrafo nico - Precedendo a solicitao do registro referido neste artigo, o

    interessado devera encaminhar requerimento ao rgo competente da Secretaria da

    Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH, solicitando a vistoria

    do terreno e a aprovao previa do projeto de construo.

    Art. 6o - As firmas construtoras no daro incio construo de estabelecimentos

    sujeitos Inspeo Estadual, sem que os projetos tenham sido aprovados pelo rgo

    competente da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos -

    SEAAB-RH, e com a licena de instalao concedida pela Prefeitura Municipal e

    Secretaria de Sade.

    Art. 7o - Qualquer ampliao, remodelao ou construo nos estabelecimentos

    registrados, tanto de suas dependncias quanto instalaes, s pode ser feita aps aprovao

    previa dos projetos pelo rgo competente da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e

    Recursos Hdricos - SEAAB-RH.

    Art. 8o Nos estabelecimentos de produtos de origem animal destinados

    alimentao humana considerada bsico, para efeito de registro, a apresentao previa de

  • boletim o f i c i a l d e e x a me d e g u a d e c o n s u mo d o e s t a b e l e c i me n t o , q u e

    d e v e s e e n q u a d r a r n o s p a d r e s m i c r o b i o l g i c o s e f s i c o -q u mi c o s .

    Art. 9o Sa t i s f e i t a s a s ex i g nc i a s f i xada s no s a r t i g o s 5o e 8o, o

    r e s p o n s ve l p e l o r g o c o mp e t e n t e d a Secretaria da Agricultura,

    Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH, autorizara a expedio do

    "titulo de registro" ou "titulo de registro provisrio".

    Pargrafo nico - Na hiptese de expedio de "titulo de registro provisrio"

    devera o documento conter a data limite de sua validade.

    A r t . 1 0 - O e s t ab e l ec i me n t o q ue i n t e r romp e r s eu funcionamento por

    espao superior a 12 (doze) meses s poder reiniciar suas atividades mediante

    inspeo previa de todas as suas dependncias, instalaes e equipamentos.

    Pargrafo nico - Quando a interrupo do funcionamento ultrapassar 18 (dezoito)

    meses poder ser cancelado o respectivo registro.

    Art. 11 - O estabelecimento registrado s, poder ser vendido ou arrendado aps a

    competente transferncia de responsabilidade do registro junto ao rgo competente da

    Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH.

    Art. 12 - Tratando-se de estabelecimentos reunidos em grupos e pertencentes a

    mesma firma, respeitada, para cada um, a classificao que lhe couber, dispensando-se

    apenas a construo isolada de dependncias que possam ser comuns.

    TTULO III

    FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS

    Art. 13 - Para aprovao dos estabelecimentos de produtos de origem animal devem

    ser satisfeitas as seguintes condies bsicas e comuns:

    I - dispor de luz natural e ar t i f icia l , e de ventilao suficiente, em todas as

    dependncias, respeitadas as peculiaridades de ordem tecnolgica cabveis;

    II - possuir pisos e paredes lisos de cor clara, impermeabilizados de maneira a

    facilitar a limpeza e a higienizao;

    III - possuir, nas dependncias de elaborao de comestveis, forro de material

    resistente a umidade e a vapores, construdo de modo a evitar o acmulo de

    su j e i ra e cont aminao , de fc i l l impeza e h igienizao, podendo o mesmo

  • ser di spensado nos casos em que a cobertura proporcionar perfeita vedao a entrada de poeira,

    insetos, pssaros e assegurar uma perfeita higienizao;

    IV Dispor de dependncias e instalaes mnimas, respeitadas as finalidades a que se

    destina, para recebimento, industrializao, embalagem, depsito e expedio de produtos

    comestveis, sempre separados, por meio de paredes totais, das destinadas ao preparo de produtos

    no-comestveis;

    V - dispor de mesas com revestimento impermevel para os trabalhos de

    manipulao e preparo de m a t r i a s - p r i m a s e p r o d u t o s c o m e s t v e i s ,

    construdas de forma a permitir fcil e perfeita higienizao;

    VI - dispor, quando necessrio, de dependncias para administrao, oficinas

    e depsitos diversos, separados, preferentemente, do corpo industrial;

    V I I - d i spor de t anques , ca ixas , bandej as e quaisquer outros recipientes

    de material impermevel, de superfcie lisa e de fcil lavagem e higienizao;

    VIII - dispor de rede de abastecimento de gua para atender, suficientemente, as

    necessidades do trabalho;

    IX - dispor de gua f r ia abundante e , quando necessrio, de instalaes

    de vapor e gua quente, em todas as dependncias de manipulao e preparo, no

    s de produtos, como de subprodutos no-comestveis;

    X - d i s p o r d e r e d e d e e s g o t o s e m t o d a s a s dependncias, com

    dispositivo adequado, que evite re f l uxo de odores e a en t r ada de roedores e outros

    animais , l igados a tubos coletores , e estes ao sistema geral de escoamento, dotado de

    canalizao e de instalaes para a reteno de gorduras, resduos e corpos flutuantes, bem

    como de dispositivo para depurao artificial, e sistema adequado de tratamento de

    resduos e efluentes compatvel com a soluo escolhida para a destinao final;

    XI - dispor, conforme legislao especifica, de vestirios, instalaes sanitrias

    adequadamente instaladas, de dimenses e em nmero proporcional ao pessoal, com acesso

    indireto s dependncias industriais, quando localizadas em seu corpo;

    XII - possuir, quando necessrio, instalaes de f r io em numero e rea

    suf ic ientes , segundo a capacidade e a finalidade do estabelecimento;

  • XIII - dispor de equipamento necessrio e adequado aos trabalhos,

    obedecidos os princpios da tcnica industrial e facilidade de higienizaro, i n c l u s i v e

    p a r a a p r o v e i t a me n t o e p r e p a r o d e subprodutos no-comestveis;

    XIV - dispor, quando necessrio, de equipamento gerador de vapor com

    capacidade para as necessidades do estabelecimento, instalado em dependncia

    externa;

    XV - dispor de depsitos adequados para ingredientes, embalagens, continentes,

    materiais ou produtos de limpeza.

    CAPTULO I

    ESTABELECIMENTOS DE CARNES E DERIVADOS

    Art. 14 - Os estabelecimentos de carnes e derivados so classificados em:

    I - matadouro

    II - charqueada

    III - fabrica de conservas

    IV - fabrica de produtos gordurosos

    V entreposto de carnes e derivados

    VI - fabrica de produtos derivados no-comestveis.

    1 o - Entende-se por "matadouro" o estabelecimento industrial cujos produtos

    sero destinados ao comrcio no Estado do Piau, dotado de instalaes completas e

    equipamento adequado para abate, manipulao, elaborao, preparo e conservao

    das espcies de aougue, sob variadas formas, com aproveitamento completo,

    racional e perfeito dos subprodutos no-comestveis, devendo possuir instalaes de frio.

    2 o - Entende-se por "charqueada" o estabelecimento que produza charque,

    dispondo obrigatoriamente de instalaes prprias para o aproveitamento integral e perfeito de

    todas as matrias-primas e preparo de subprodutos no-comestveis.

    3 o Entende-se por fbrica de conservas o estabelecimento que industrializa a

    carne das vrias espcies de aougue, sem sala de matana anexa, e que em qualquer dos casos

  • seja dotado de instalaes de frio industrial e aparelhagem adequada para o preparo

    de subprodutos no-comestveis.

    4o - Entende-se por "fabrica de produtos gordurosos" ao estabelecimento

    destinado exclusivamente ao preparo de gorduras, excluda a manteiga, adicionadas

    ou no de matrias-primas de origem vegetal.

    5o - Entende-se por "entreposto de carnes e deriva,dos" o estabelecimento

    destinado ao recebimento, guarda, manipulao, conservao, acondicionamento e

    distribuio de carnes ,resfriadas congeladas das diversas espcies de aougues e outros

    produtos animais.

    6o - Entende-se por "fabrica de produtos derivados no-comestveis" o

    estabelecimento que manipula matrias-primas .e resduos de animais de varias

    procedncias para o preparo exclusivo de produtos utilizados na alimentao no-humana.

    Art. 15 - Considera-se "carne de aougue" as massas muscu l a r e s ma tu ra das e

    de ma i s t ec idos que a s aco mpanha m, incluindo ou no a base ssea correspondente e

    que procede dos animais abatidos sob inspeo veterinria.

    1 o - Quando destinada elaborao de conservas em geral, por "carne"

    (matria-prima) deve-se entender as massas musculares despojadas de gordura,

    aponeuroses, vasos, gnglios, tendes e ossos.

    2 o - Consideram-se "midos" os rgos e vsceras dos animais de aougue, usados

    na alimentao humana, alem de ps, mos e cauda.

    A r t . 1 6 - O a n i m a l a b a t i d o , f o r m a d o d a s m a s s a s musculares e. ossos,

    desprovido de cabea, mocots, cauda, couro, rgos e vsceras torcicas e abdominais,

    tecnicamente preparado constituem a "carcaa".

    1o - Nos sunos, para efeito de reinspeo, desde q ue ven ha m

    a co mp a nha do s d os r e sp ec t i vo s ce r t i f i c ado s d e inspeo, as suas carcaas

    podem ou no incluir o couro, cabea e os ps.

    2 o - A " c a r c a a " d i v i d i d a a o l o n g o d a c o l u n a vertebral d as

    "meias carcaas" que, subdivididas por um corte entre duas costelas, do os "quartos"

    anteriores ou dianteiros e posteriores ou traseiros.

  • Art. 17 A simples designao "produto, "subproduto", "mercadoria" ou "gneros",

    significa, para efeito do presente regulamento, que se trata de "produto de origem

    animal ou suas matrias-primas.

    S E O I

    FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE CARNES E DERIVADOS

    Ar t . 18 - Os es t abe l ec imentos de carnes e der i vados devem satisfazer as

    seguintes condies:

    I - ser localizados em rea suburbana ou rural e d i spo r de su f i c i en t e

    "p d i r e i t o" nas s a l as de m a t a n a , d e m o d o a p e r m i t i r a i n s t a l a o d o s

    equipamentos, principalmente da tr i lhagem area, numa a l tura adequada

    manipulao das carcaas higienicamente, e demais matrias-primas;

    I I - d i s p o r d e c u r r a i s e / o u p o c i l g a s c o b e r t a s , convenientemente

    pavimentadas e providas de bebedouros;

    I I I - d i s p o r , n o c a s o d e e s t a b e l e c i m e n t o s d e aba t e , de me ios

    que poss ib i l i t em a l ava ge m e a desinfeco dos veculos utilizados no

    transporte dos animais;

    IV - d i s p o r , d e a c o r d o c o m a c l a s s i f i c a o d o estabelecimento, de

    dependncias de matana suf ic ien temente amplas para permi t i r o normal

    desenvolvimento das respec t ivas operaes, com dispos i t ivos que evi tem o

    contato das carcaas com o p i s o o u e n t r e s i , b e m c o m o o c o n t a t o

    m a n u a l d i reto dos operr ios durante a movimentao das mesmas;

    V - d i s p o r , n o s e s t a b e l e c i me n t o s d e a b a t e , d e d e p e n d n c i a s p a r a

    o e s v a z i a m e n t o e l i m p e z a d o s e s t m a g o s e i n t e s t i n o s , a m a n i p u l a o

    d e c a b e a s e lnguas e das demais vsceras comestveis;

    VI - d i s po r , d e ac o rd o c o m a c l a s s i f i ca o d o estabelecimento, de

    graxaria para o aproveitamento de matr ias -pr imas gordurosas e subprodutos

    no -co mes t ve i s , de cmaras f r i a s , de s a l a de desossa, de dependncias

    tecnicamente necessrias fabricao de produtos de salsicharia e conserv a s , d e d e p s i t o

    e s a l g a d e c o u r o s , d e s a l g a , r e s s a l g a e s e c a g e m d e c a r n e , d e

    d e p o s i t o d e subprodutos no-comestveis e de depsitos diversos, proporcionais

    capacidade do estabelecimento;

  • VII Dispor de equipamento completo e adequado, tais como, plataformas, mesas, carros, caixas estrados,

    pias, esterilizadores e outros, utilizados em quaisquer das fbricas de recebimento e industrializao da matria-prima e

    do preparo de produtos, em nmero suficiente e construdos com material que permita fcil e perfeita higienizao;

    VIII Possuir dependncias especficas para higienizao de carretilhas e/ou balancins, carros, gaiolas,

    bandejas e outros componentes de acordo com a finalidade do estabelecimento;

    IX Dispor de equipamento gerador de vapor com capacidade suficiente para as necessidades do

    estabelecimento, bem como de instalaes de vapor de gua em todas a dependncias de manipulao e

    industrializao.

    Pargrafo nico os estabelecimentos destinados ao abate de aves e coelhos devem satisfazer s condies

    seguintes:

    a) Dispor de plataforma coberta para recepo dos animais, protegida dos ventos

    dominantes e da incidncia direta dos raios solares;

    b) Dispor de mecanismo que permita realizar as operaes de sangria, esfola, eviscerao e

    preparo da carcaa (toalete) com as aves ou coelhos suspensos pelos ps e/ou cabeas;

    c) Dispor de dependncia exclusiva para operao de sangria;

    d) Dispor de dependncia exclusiva para as operaes de escaldagem e depenagem, ou de

    esfola, no caso de coelhos;

    e) Dispor de dependncias para as operaes de eviscerao, toalete, pr-resfriamento,

    gotejamento, classificao e embalagem;

    f) Dispor, quando for o caso, de dependncia para a realizao de cortes de carcaas.

    CAPTULO II

    ESTABELECIMENTO DE LEITE E DERIVADOS

    Art. 19 os estabelecimentos de leite e derivados so classificados em:

    I postos de leite e derivados;

  • II estabelecimentos industriais;

    III estncias leiteiras.

    1o Entende-se por posto de leite e derivados os estabelecimentos intermedirios

    entre as fazendas leiteiras e as usinas de beneficiamento ou fbricas de laticnios, destinados ao

    recebimento de leite, de creme e outras matrias-primas, para depsito, por curto tempo,

    transvase, refrigerao, padronizao ou coagulao e transporte imediato aos estabelecimentos

    industriais registrados.

    2 - Entende-se por estabelecimentos industriais os destinados ao

    recebimento de leite e seus derivados, para pasteurizao, manipulao,

    conservao, fabricao, maturao, embalagem e expedio.

    3 - Entendese por estncias leiteiras as propriedades rurais equipadas

    com instalaes adequadas para o processamento do leite destinado ao abastecimento

    regionalizado.

    SEO I

    FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE LEITE E DERIVADOS

    Art. 20 - A implantao e o funcionamento das estncias leiteiras, bem como

    o seu sistema de inspeo associado a um programa especfico de defesa sanitria

    animal, sero detalhados por ato do Secretrio da Agricultura, Abastecimento e

    Recursos Hdricos SEAA-RH, conforme faculta o artigo 18 da Lei n 4.715 de 27

    de julho de 1994.

    Art. 21 os demais estabelecimentos de leite e derivados devem satisfazer as

    seguintes exigncias:

    I As sees industriais devero possuir p direito com altura adequada de

    modo a permitir a instalao dos equipamentos sem comprometer a qualidade dos

    produtos;

    II possuir dependncias ou local prprio para a higienizao dos vasilhames

    e carros-tanques, os quais devero ser higienizados antes do seu retorno aos pontos

    de origem;

  • III - dispor de cobertura adequada nos locais de carregamento e

    descarregamento de leite e seus derivados;

    IV ter dependncias para recebimento da matria-prima ou produtos, bem

    como laboratrio de anlise, quando for o caso;

    V quando destinados coagulao do leite e sua parcial manipulao, at a

    obteno de massa dessorada, enformada ou no, destinada fabricao de queijos,

    de massa cozida, semicozida ou filada, de requeijo ou de casena:

    a) Ter dependncia distinta para tratamento do leite e parcial manipulao do

    produto, bem como para as mquinas de produo de frio;

    b) Ter cmara fria;

    VI - Quando destinados ao resfriamento do lei te, se leo , pr-

    benef iciamento e remessa em car ros-t anques i so t rmicos pa ra

    bene f i c i amen to co mplementar ou indus tr i a l i zao em outros es tabeleci -

    mentos:

    a ) possui r dependncias para pr-benef ic iamento da matria-prima

    devidamente instalada;

    VII - Quando destinados ao recebimento de matria-prima para o preparo de

    produtos derivados de l e i te , acabados ou semi-acabados , ou quando

    des tinados a receber esses produtos, para complementao e distr ibuio:

    a) Possuir dependncias para elaborao ou fabricao de p rodu tos

    de r ivados , sua conse rvao e d e m a i s o p e r a e s , i n c l u i n d o - s e a s

    c m a r a s d e salga e cura de queijos com temperatura e umidade

    controladas quando for o caso;

    b) T e r a s d e ma i s d e p e n d n c i a s e e q u i p a me n t o s p r e v i s t o s n o s I t e n s

    V e V I , c o n s i d e r a n d o o s p rodutos que s ero e laborados ou

    f abr i cados .

    V I I I - q u a n d o d e s t i n a d o s a o b e n e f i c i a me n t o d e l e i t e p a r a o

    c o n s u m o d i r e t o , o u p a r a o u t r o s es tabe lec imentos ou que recebam le i te j

    benef ic i a d o p a r a d i s t r i b u i o a o c o n s u mo , o u a i n d a , d e s d e q u e

    i n s t a l a d o s e e q u i p a d o s , e l a b o r e m o u fabriquem produtos para complementao e

    distribuio:

  • a) ter dependncias para anlises fsico-qumicas e microbiolgicas, para o

    beneficiamento de leite d e s t i n a d o a o c o n s u m o d i r e t o e p a r a a s d e m a i s

    operaes necessrias, incluindo-se, quando for o caso, dependncias para elaborao

    ou fabricao e conservao de produtos derivados;

    IX - quando destinados ao recebimento de produtos l c t eo s pa ra

    d i s t r i bu i o , ma tu r a o , f r a c io na mento e acondicionamento, e desde que

    convenientemente insta lados e equipados , de l e i t e benef iciado para consumo

    direto, ou quando se destinem fabr icao de que i jo fundido e /ou quei j o ralado:

    a) Ter dependncias para recebimento de produtos s e n i l - a c a b a d o s , s u a

    c l a s s i f i c a o , f r a c i o n a m e n t o , e m b a l a g e m , c o n s e r v a o e

    d e m a i s o p e r a e s n e c e s srias ao funcionamento;

    b) Dispor , quando for o caso , de pendncias e equ ipamen tos adequ ados

    e l aborao do que i j o fundido e/ou queijo ralado.

    CAPTULO III

    ESTABELECIMENTOS DE PESCADO E DERIVADOS

    Art. 22 - Os estabelecimentos destinados ao pescado e seus derivados so

    classificados em:

    I - Entreposto de pescado;

    II - fbrica de conservas de pescado.

    1 - E n t e n d e - s e p o r " e n t r e p o s t o d e p e s c a d o " o estabelecimento

    dotado de dependncias e instalaes adequadas ao recebimento,

    manipulao, f r igor i f icao e di s t r ibuio do pescado.

    2 - E n t e n d e - s e p o r " f b r i c a d e c o n s e r v a s d e pescado" o

    estabelecimento dotado de dependncias , instalaes e equ ipamen tos

    adequados no recebimen to e i ndus t r i a l i zao do p e s c a d o p o r q u a l q u e r

    f o r ma , c o m a p r o v e i t a me n t o i n t e g r a l d e subprodutos no-comestveis.

  • S E O I

    FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE PESCADO E DERIVADOS

    Art . 23 - Os estabelecimentos de pescado e der ivados devem satisfazer a

    seguintes condies:

    I - n o s e s t a b e l e c i m e n t o s q u e r e c e b a m , m a n i p u l e m e

    comercializem pescado resfriado e congelado e/ou se dediquem industrializao

    para consumo humano, sob qualquer forma:

    a) Dispor de dependncias, instalaes e equipamentos para recepo, seleo, inspeo,

    industrializao, armazenagem e expedio do pescado, compatveis com suas

    finalidades;

    b) Possuir instalaes para o fabrico e armazenagem de gelo, podendo essa

    exigncia, apenas no que tange a fabricao, ser dispensada em regies

    o n d e e x i s t a f a c i l i d a d e p a r a a q u i s i o d e gelo de comprovada qualidade

    sanitria;

    c) Dispor de separao fsica adequada entre as reas de recebimento da

    matr ia-prima e aquelas dest inadas manipulao;

    d) Dispor de equipamento adequado hiperclorao da gua de lavagem do pescado e da

    limpeza e h i g i e n i z a o d a s i n s t a l a e s , e q u i p a me n t o s e utenslios;

    e) Dispor de instalaes e equipamentos adequados colhei ta e ao transporte dos

    resduos de p e s c a d o , r e s u l t a n t e s d o p r o c e s s a m e n t o i n d u s trial ,

    para o exterior das reas de manipulao de comestveis;

    f) Dispor de instalaes e equipamentos para o aproveitamento adequado dos

    resduos de pescado, resultantes do processamento industrial, visando a

    sua t r ans fo rmao e m subprodu tos no -co mes t veis, podendo, em

    casos especiais, ser dispensada esta exigncia, permitindo-se o

    encaminhamento dos resduos de pescado aos estabelecimentos dotados

    de ins ta laes e equipamentos prpr ios para esta finalidade, cujo

    transporte devera ser realizado em veculos adequados;

    g) Dispor de cmara de espera para o a rmazenam e n t o d o p e s c a d o

    f r e s c o , q u e n o p o s s a s e r manipulado ou comercializado de imediato;

  • h) Dispor de equipamento adequado lavagem e h ig i en i zao de ca ixas ,

    r ec ip i en t e s , g r e lhas , bandejas , e out ros u tens l ios usados para acon-

    dicionamento, depsito e transporte de pescado e seus produtos;

    i) Dispor, nos estabelecimentos que elaboram produtos congelados, de instalaes

    frigorficas independentes para congelamento e estocagem do produto final;

    j) Dispor, nos casos de elaborao de produtos curados de pescado, de cmaras frias em

    numero e em dimenses necessrias sua estocagem, podendo em casos

    especiais ser dispensada essa exigncia, permitindo-se o encaminhamento do

    pescado curado a estabelecimentos dotados de instalaes frigorficas adequadas ao

    seu armazenamento;

    l) Dispor, no caso de elaborao de produtos curados, de pescado, de depsito de

    sal;

    m) Dispor, quando necessrio, de laboratrio para controle de qualidade de seus

    produtos;

    II - Os estabelecimentos destinados a estocagem de pescado devem dispor de

    cmara frigorfica adequada ao armazenamento dos produtos aos quais se destina;

    III - Os estabelecimentos destinados fabricao de subprodutos no-comestveis de

    pescado devem satisfazer as seguintes condies:

    a) Dispor de separao fsica adequada entre as reas de pr e ps-secagem,

    para aqueles que elaborem farinhas de pescado;

    b) Localizar-se preferentemente afastados do permetro urbano;

    c) Dispor, conforme o caso, de instalaes e e q u ip a me n t o s p a r a a

    d e s o d o r i za o d e ga se s resultantes de suas atividades industriais.

    C A P I T U L O I V

    ESTABELECIMENTO DE MEL E CERA DE ABELHAS

    Art. 24 - Os estabelecimentos destinados ao mel e a cera de abelhas so

    classificados em:

    I - apirio;

  • II entreposto de mel e cera de abelhas.

    1 o - E n t e n d e -s e p o r " a p i r i o" o e s t a b e l e c i me n t o destinado a

    produo, podendo dispor de instalaes e equipamen tos de s t i nados ao

    p roces samen to e c l a s s i f i cao do me l e seus derivados.

    2o - Entende-se por "entreposto de mel e cera de abelhas" o

    estabelecimento destinado ao recebimento, classificao e industrializao do mel e

    da cera de abelhas.

    SEO I

    FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTO DE MEL, CERA DE ABELHAS E

    DERIVADOS

    Art. 25 - Os estabelecimentos de mel, cera de abelhas e derivados devero

    satisfazer as seguintes exigncias:

    I - dispor de dependncias de recebimento;

    II - d i spor dc dependncias de manipulao, preparo, classificao e

    embalagem do produto.

    C A P I T U L O V

    ESTABELECIMENTOS DE OVOS E DERIVADOS

    Art. 26 - Os estabelecimentos dc ovos e derivados so classificados em:

    I - entreposto de ovos;

    II - fbrica de conserva de ovos.

    1 - Entende-se por "entreposto de ovos" o es tabelecimento destinado

    ao recebimento, classificao, acondicionam e n t o , i d e n t i f i c a o e

    d i s t r i b u i o d e o v o s e m n a t u r e z a , dispondo ou no de instalaes para sua

    industrializao.

  • 2 - Entende-se por "fbrica de conserva de ovos" o es tabelecimento dest inado

    ao recebimento e a industr i a l i zao de ovos.

    S E O I

    FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE OVOS E DERIVADOS

    Art. 27 Os estabelecimentos de ovos e derivados devem satisfazer as seguintes

    condies:

    I - dispor de sala ou rea coberta para recepo dos ovos;

    II - dispor de rea para ovoscopia, exame de fluorescncia da casca e verificao

    do estado de conservao dos ovos;

    III - dispor de rea para classificao comercial;

    IV - d i spor , quando neces sr io , de cmaras frigorficas;

    V - dispor, quando for o caso, de dependncias para industrializao.

    Pargrafo nico - As fbricas de conservas de ovos tero dependncias

    apropriadas para recebimento, manipulao, elaborao, preparo, embalagem e depsito do

    produto.

    CAPITULO VI

    HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS

    Art. 28 - Todas as dependncias e equipamentos dos estabelecimentos devem ser

    mantidos em condies de higiene, antes, durante e aps a realizao dos trabalhos de

    rotina e industriais, dando-se conveniente destino s aguas servidas e residuais.

    Pargrafo nico - O rgo competente da Secretaria da Agricultura,

    Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH, poder autorizar o tratamento,

    artificial das guas servidas e residuais.

    Art. 29 - O maquinrio, carros, tanques, vagonetes, caixas, mesas, demais

    materiais e utenslios sero convenientemente marcados de modo a evitar equvocos entre os

    destinos de produtos comestveis e os usados no transporte ou depsito de produtos no-

  • comestveis, ou ainda utilizados na alimentao de animais, usando-se as denominaes

    "comestveis" e "no-comestveis".

    Art. 30 - Os pisos e paredes, assim como o equipamento e utenslios utilizados

    na indstria, devem ser lavados diariamente e convenientemente desinfetados, neste caso,

    pelo emprego de substancias previamente aprovadas pelo rgo compet e n t e d a

    S e c r e t a r i a d a A g r i c u l t u r a , A b a s t e c i m e n t o e R e c u r s o s Hdricos -

    SEAAB-RH.

    Art . 31 - Os estabelecimentos devem ser mant idos limpos, livres de

    moscas, mosquitos, baratas, ratos, camundongos e quaisquer outros insetos ou animais

    prejudiciais, agindo-se cautelosamente quanto ao emprego de venenos, cujo uso s permitido

    nas dependncias no destinadas manipulao ou depsito de produtos

    comestveis e mediante autorizao da inspeo Estadual, no sendo permitido o

    emprego de produtos biolgicos.

    Pargrafo nico - proibida a permanncia de ces, gatos e outros animais

    estranhos no recinto dos estabelecimentos e locais de coleta de matria-prima.

    Art . 32 - Todo pessoal que trabalhe com produtos comestveis, desde o

    recebimento at a embalagem, deve usar uniformes prprios e limpos, inclusive

    gorros.

    Art. 33 - O pessoal que manipula produtos condenados ou trabalhe em necropsias

    fica obrigado a desinfetar as mos, instrumentos e vesturios, com antisspticos apropriados.

    Art. 34 proibido fazer refeies nos locais onde se realizam trabalhos

    industriais, bem como depositar produtos, objetos e material estranho finalidade da

    dependncia ou ainda guardar roupas de qualquer natureza.

    Art. 35 - proibido empregar na coleta, embalagem ou conservao de

    matrias-primas e produtos usados na alimentao humana, vasilhames de cobre, lato,

    zinco, barro, estanho com liga que contenha mais de 2% (dois por cento) de chumbo ou

    que apresente estanhagem defeituosa, ou qualquer utenslio que, pela forma e

    composio, possa prejudicar as matrias-primas ou produtos.

    Art. 36 - Os funcionrios do estabelecimento devero fazer pelo menos um exame de

    sade anual.

  • 1o - A inspeo mdica exigida, tantas vezes quantas necessrias,

    para qualquer empregado do estabeleciment o , i n c l u s i v e s e u s p r o p r i e t r i o s ,

    s e e x e r c e rem atividades industriais

    2o - Sempre que fique comprovada a existncia de dermatose, de

    doena infectocontagiosa ou repugnante e de portadores de salmonelas, em

    qualquer pessoa que exera atividade industrial no estabelecimento ser imediatamente

    afastado do trabalho, cabendo a inspeo Estadual, comunicar o fato autoridade

    de sade pblica.

    Art. 37 - Em caso algum permitido o acondicionamento de matrias-

    primas e produtos destinados al imentao humana em carros, recipientes ou

    continentes que tenham servido para produtos no-comestveis.

    Art. 38 - Nos estabelecimentos de leite e derivados obrigatria rigorosa lavagem

    e esterilizao dos vasilhames antes de seu retorno ao posto de origem.

    A r t . 3 9 - O r g o c o mp e t e n t e d a S e c r e t a r i a da Agricul tura,

    Abastecimento e Recursos Hdr icos - SEAAB-RH poder exigir em qualquer

    ocasio, desde que julgue necessrio, quaisquer medidas higinicas nos

    estabelecimentos, reas de interesse, suas dependncias e anexos.

    T T U L O I V

    OBRIGAES DAS FIRMAS

    Ar t . 40 - Aos propr ie t r ios de e s tabe lec imentos competem:

    I - observar e fazer observar as exigncias contidas no presente regulamento;

    II - fornecer pessoal necessrio e habilitado, bem c o mo ma t e r i a l a dequado

    julgado indispensvel aos t raba lhos de inspeo, inclusive acondicionamento e

    autenticidade de amostra para exames de laboratrio;

    III - fornecer aos empregados e funcionrios da inspeo uniformes

    completos e adequados aos diversos servios uma ou mais vezes ao ano, de acordo

  • com a recomendao do rgo competente da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e

    Recursos Hdricos SEAAB-RH;

    IV - fornecer a t o 10o (dcimo) dia t i l de cada ms os dados estatsticos de

    interesse na avaliao da produo industrializao, transporte e comrcio de

    produtos de origem animal, bem como as guias de recolhimento da taxa de

    expediente devidamente quitadas pela repartio arrecadadora da Secretaria da Fazenda;

    V - dar aviso antecipado de 24 (vinte e quatro) horas, no mnimo, sobre a

    realizao de quaisquer trabalhos nos estabelecimentos sob inspeo permanente,

    mencionando sua natureza e hora de incio e de provvel concluso;

    VI - avisar , com antecedncia , a chegada de animais a serem abatidos e

    fornecer todos os dados que sejam solicitados pela inspeo Estadual;

    VII - quando o es tabelecimento funcionar em regime de inspeo

    permanente e estiver afastado do permetro urbano, fornecer gratuitamente habitao adequada

    aos servidores ou conduo, no caso de no haver meio de transporte pblico fcil e

    acessvel, condies que sero avaliadas pelo rgo competente da Secretaria da Agricultura,

    A b as t ec i me n t o e Re cu r s os H d r i co s - SEAAB-RH;

    VIII - fornecer gratuitamente al imentao ao pessoal da inspeo quando os

    horrios para as refeies no permit i r que os servidores as faam em suas

    residncias, a juzo da inspeo, junto ao estabelecimento;

    IX - fornecer material prprio e utenslios para guarda, conservao e transporte de

    matrias e produtos normais e peas patolgicas, que devem ser remetidas ao laboratrio;

    X - fornecer armrios, mesas, arquivos, mapas, livros e outro material destinado

    inspeo Estadual, para seu uso exclusivo;

    XI - fornecer material prprio, utenslios e s u b s t a n c i a s a d e q u a d a s p a r a

    o s t r a b a l h o s d e l i m peza, desinfeco, esterilizao de instrumentos, aparelhos ou

    instalaes;

    XII - manter locais apropr iados , a juzo da inspeo Estadual, para

    recebimento e guarda de matrias-primas procedentes de outros estabelecimentos sob

    inspeo ou de retorno de centros de co ns umo , p a r a s e r e m r e ins pe c io nadas

    b e m co mo para sequestro de carcaas, matrias-primas e produtos suspeitos;

  • XIII - fornecer substncias apropriadas para desnaturao de produtos condenados,

    quando no houver instalaes para sua imediata transformao;

    XIV - fornecer instalaes, aparelhos e reativos necessrios, a juzo da inspeo

    Estadual para an l i se de matr ias -pr imas ou produtos no l aboratrio do

    estabelecimento;

    XV - manter em dia o registro do recebimento de animais e matrias-primas,

    especificando procedncia e qualidade, produtos fabricados, sada e destino dos mesmos;

    XVI - manter pessoal habilitado na direo dos trabalhos tcnicos do estabelecimento;

    XVII - recolher as taxas de expediente previstas na legislao vigente;

    XVIII - dar aviso, com antecedncia de 12 horas, sobre a chegada ou o recebimento de

    pescado;

    XIX - manter a disciplina interna dos estabelecimentos.

    A r t . 4 1 - O p e s s o a l co l o c a d o d i s p o s i o p e l o es tabelecimento para

    o t rabalho de inspeo f icar sob as ordens diretas do rgo competente da

    Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH.

    Art. 42 - Cancelado o registro, o material pertencente ao Governo, inclusive de

    natureza cientfica, o arquivo e os carimbos oficiais de inspeo Estadual sero

    recolhidos a d i reo do rgo competente da Secreta r ia da Agr icul tura ,

    Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH.

    Art. 43 - Todos os estabelecimentos devem registrar, alem dos casos previstos,

    diariamente em livros prprios e mapas, cujos modelos devem ser fornecidos pelo

    rgo competente da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-

    RH -, as entradas e sadas de matrias-primas e produtos especificando quantidade, qualidade e

    destino.

    1o - Tratando-se de matria-prima ou produtos de laticnios procedentes de outros

    estabelecimentos sob inspeo deve ainda a firma, nos livros e mapas indicados,

    lanar data de entrada, o nmero da guia de embarque ou do certificado sanitrio,

    nmero de relacionamento ou de registro do estabelecimento remetente.

    2 o - Os es tabe lec imentos de l e i t e e der ivados devero fornecer, a juzo

    do rgo competente da Secretaria da Agr icu l tura , Abas tec imento e Recursos

  • Hdr icos SEAAB-RH, relao atualizada de fornecedores e nome da propriedade rural

    e atestados sanitrios dos rebanhos.

    Art. 44 - Os estabelecimentos mantero um livro de ocorrncias, onde o servidor do

    rgo competente da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos -

    SEAAB-RH registrar todos os fatos relacionados com o presente regulamento.

    TTULO V

    REINSPEO INDUSTRIAL E SANITRIA DOS PRODUTOS

    Art. 45 - Os produtos e matrias-primas de origem animal devem ser

    reinspecionados tantas vezes quantas necessrias, antes de serem expedidos para consumo.

    1 o - O s p r o d u t o s e ma t r i a s -p r i ma s q u e n e s sa reinspeo forem

    julgados imprprios para consumo devem ser destinados ao aproveitamento, a juzo do

    rgo competente da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos -

    SEAAB-RH, como subprodutos industriais, derivados no-comestveis e

    alimentao animal, depois de retiradas as marcas oficiais e submetidas desnaturao

    se for o caso.

    2o - Quando ainda permitam aproveitamento condicional ou

    beneficiamento, a inspeo Estadual deve autorizar desde que seja submetido aos

    processos apropriados, a liberao dos produtos e/ou matrias-primas.

    Art. 46 - Nenhum produto de origem animal pode ter entrada em

    estabelecimento sob a inspeo Estadual sem que seja c laramente ident if icado

    como or iundo de outro es tabelecimento tambm registrado no rgo competente

    da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos -SEAAB-RH ou no

    SIF -Servio de Inspeo Federal.

    Pargrafo nico - proibido o retorno ao estabelecimento de origem de produtos que,

    na reinspeo, sejam considerados imprprios para consumo, devendo-se promover sua

    transformao ou inutilizao.

    Ar t . 47 - Na re inspeo de carne em na tureza ou conse r vada pe lo

    f r i o deve se r conde nada a que ap re sen t e qualquer alterao que faa suspeitar

    processo de putrefao, contaminao biolgica, qumica ou indcios de zoonoses.

  • 1o - Sempre que necessrio, a inspeo verificar o PH sobre o extrato aquoso da

    carne.

    2o - Sem prejuzo da apreciao dos caracteres organolpticos e de outras provas,

    a inspeo adotar o PH de 6, 0 a 6 , 4 . ( s e i s a s e i s e q u a t r o d c i m o s ) p a r a

    c o n s i d e r a r a carne ainda em condies de consumo.

    Art. 48 - Nos entrepostos, onde se encontram depositados produtos de origem

    animal procedentes de estabelecimentos sob inspeo Estadual ou SIF, bem como nos

    demais locais, a reinspeo deve especialmente visar:

    I - sempre que possvel, conferir o certificado de sanidade que acompanha o produto;

    II - identificar os rtulos com a composio e as marcas oficiais do produto bem

    corno a data de fabricao, prazo de validade, numero de lote e informaes sobre a

    conservao do produto;

    III - verificar as condies de integridade dos envoltrios, recipientes e sua

    padronizao

    IV - verificar os caracteres organolpticos sobre uma ou mais amostras para exame

    fsico-qumico e microbiolgico.

    V - coletar amostras para exame fsico-qumico e microbiolgico.

    1o - A a m o s t r a d e v e r e c e b e r u ma f i t a e n v o l t r i a aprovada pelo rgo

    competente da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-

    RH, claramente preenchida pelo interessado ou pelo funcionrio que coleta a

    amostra.

    2o - Sempre que o interessado desejar, a amostra pode ser coletada em

    triplicata, com os mesmos cuidados de identificao assinalados no pargrafo

    primeiro, representando uma delas a contraprova que permanecer em poder do

    interessado, lavrando-se um termo de coleta em duas vias, uma das quais ser destinada

    ao interessado.

    3o - Quando o interessado divergir do resultado do exame pode requerer,

    dentro do prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a anlise da contraprova.

    4o - O requerimento ser di rigido autoridade responsvel pelo rgo

    competente da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH.

  • 5o - O exame da contraprova dever ser realizado em outro laboratrio oficial com

    a presena de um representante do rgo competente da Secretaria da Agricultura,

    Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH.

    6o - Alm de escolher o laboratrio oficial para o exame da contraprova, o

    interessado pode fazer-se representar por um tcnico de sua confiana.

    7o - Confirmada a condenao da matria-prima, do produto ou partida, a

    inspeo Estadual determinar sua destinao.

    8o - As amostras para a prova ou contraprova , coletadas pelo rgo

    competente da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos -

    SEAAB-RH, para exame de rotina ou anlises, sero cedidas inteiramente grtis.

    Art . 49 - A inspeo pode fiscalizar o embarque, transito e desembarque

    de matrias-primas e produtos de origem animal, bem como as condies higinicas

    e instalaes dos carros, vages e de todos os meios de transporte utilizados.

    Art. 50 - A juzo da inspeo Estadual pode ser determinado aos

    estabelecimentos de origem de matrias-primas e produtos apreendidos o aproveitamento

    para efeito de rebeneficiamento ou utilizao para fins no-comestveis (doenas que

    sumariamente do condenao total).

    1o - No caso do responsvel pela fabricao ou despacho do produto ou da

    matria-prima recusar a devoluo, ser a mercadoria, aps a inutilizao pela inspeo

    Estadual aproveitada para fins no-comestveis em estabelecimentos dotados de

    instalaes apropriadas.

    2 o -A f i rma propr ie t r ia ou a r renda tr ia do estabelecimento de origem

    deve ser responsabilizada e punida no caso de no comunicar a chegada do produto

    devolvido ao tcnico em inspeo do rgo competente da Secretar ia da

    Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH.

    Art. 51 - No caso de coleta de amostra para exame dos produtos de origem animal,

    ser lavrado o competente auto de apreenso da mercadoria, ficando a mesma com o

    responsvel do estabelecimento, que funcionar como depsito at o resultado dos

    exames.

    Art. 52 - A mercadoria contaminada ou alterada, no passvel de aproveitamento como

    estabelece este regulamento, ser destruda pelo fogo, ou outro agente fsico ou qumico.

  • A r t . 5 3 - N o c a s o d e a p r e e n s o p o r F a l t a d e indicao no rtulo

    do registro do rgo competente da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos

    Hdricos - SEAAB-RH ou do SIF, ou por falta de carimbo, o produto aps o respectivo exame

    poder ser destinado, no caso de incuo, a estabelecimento de caridade, asilos, obras

    beneficentes ou jardim zoolgico, ficando o respectivo interessado obrigado a fornecer o

    recibo adequado.

    TTULO VI

    TRNSITO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

    Art. 54 - Os produtos e matrias-primas de origem animal, satisfeitas as exigncias

    legais, as reinspees, os pagamentos das taxas e respeitadas as disposies contratuais a

    casos existentes e anteriores ao presente regulamento, tero l ivre curso

    sanitrio no Estado do Piau.

    Art . 55 - Qualquer produto de origem animal destinado a l imentao

    humana dever obr igator iamente , para t ransi tar dentro do Estado do Piau,

    portar o rtulo ou os carimbos de inspeo regis t rados no rgo competente

    da Secretar ia da Agricul tura , Abastecimento e Recursos hdr icos SEAAB-RH

    para aplicao no produto e na nota fiscal , ou estar em conformidade com o

    regulamento de inspeo federal.

    Ar t . 56 - Veri f i cado o descumpr imento do ar t igo 54 des te

    r egu lamen to , a mercador ia se r apreend ida pe lo rgo c o m p e t e n t e d a

    S e c r e t a r i a d a A g r i c u l t u r a , A b a s t e c i m e n t o e R e c u r s o s H d r i c o s -

    S E A A B - R H a q u e l h e d a r o d e s t i n o conveniente, devendo ser lavrado

    o respectivo termo de apreenso e auto de infrao contra o infrator.

    Art . 57 - Em se t ratando de t rnsi to de produtos de origem animal

    procedentes de outros Estados, ser obedecido o que estabelece a Legislao Federal.

    TTULO VII

    EXAMES DE LABORATRIO

  • Art. 58 - Os produtos de origem animal para consumo, bem como toda e

    qualquer substncia que entre em sua elaborao es to su j e i to s a exames

    l abora tor ia i s e f e tuados em conformidade com o artigo 12 (doze) da Lei

    N4.715/94, ou de acordo com normas especf icas a serem estabelecidas pela

    Secre tar ia da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH.

    1 o - Para as amostras coletadas nas propriedades rurais, nas

    indstrias, veculos t ransportadores ou nos entrepos tos , se ro adotados os

    padres def in idos pe lo Decre to N 3 0 . 6 9 1 , d e 2 9 - 3 - 1 9 5 2 , a l t e r a d o p e l o

    D e c r e t o N 1 . 2 5 5 d e 25-6-1962.

    2 o - Ser celebrado entre a Secretaria da Agricul t u r a e a S e c r e t a r i a

    d e S a d e c o n v n i o o b j e t i v a n d o d e f i n i r p r o c e d i me n t o s , c o o p e r a o e

    a t u a o a r t i c u l a d a n a r e a d e i n s p e o d e p r o d u t o s d e o r i g e m a n i ma l .

    3o - A Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Re cur sos H d r i c os -

    S E A A D -R H a s e u c r i t r i o , po de r ex i g i r exames laborator ia i s per idicos a

    se rem real izados em laboratrios particulares, devidamente credenciados, cujo custo ser

    d e r e s p o n s a b i l i d a d e d o e s t a b e l e c i m e n t o q u e d e u o r i g e m amostra.

    TITULO VIII

    DAS MULTAS

    Art. 59 - As multas referidas nos artigos 15 e 17 da Lei No 4.715, de 27

    de julho de 1994, sero arbitradas por ato do Secretrio de Agricultura,

    Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-RH, conforme faculta o artigo18 da lei

    citada.

    TITULO IX

    INFRAES E PENALIDADES

    Art. 60 - No caso de descumprimento do disposto no presente

    regulamento, em atos complementares ou instrues que forem expedidas, sero

    adotados os procedimentos previstos no artigo 14 (quatorze) da Lei No 4.715/94.

    A r t . 6 1 - N o c a s o d e s u s p e i t a o u v e r i f i c a o d e molstia infecto-

    contagiosa, infecciosas e parasitrias indicadas por provas biolgicas , nos

    animais das propr iedades rurais , es tes f icaro sob controle veterinrio, no

  • podendo seu proprietrio ou responsvel moviment-las sem autorizao da

    Defesa Sanitria Animal.

    Art. 62 - Para efeito de apreenso ou condenao, alm dos casos

    especficos previstos neste regulamento, consid e r a m-s e i mp r p r i o s p a r a o

    c o n s u mo , n o t o d o o u e m p a r t e , o s produtos de origem animal:

    I- que se apresentem danificados por umidade ou fermentao, ranosos,

    mofados ou bolorentos, de caracteres fsicos ou organolpticos anormais, contendo

    quaisquer sujidades ou que demonstrem pouco cuidado na manipulao, elaborao, preparo,

    conservao ou acondicionamento;

    II - que forem adulterados, fraudados ou falsificados;

    III - que contiverem substncias txicas ou nocivas sade;

    IV - que forem prejudiciais ou imprestveis alimentao por qualquer motivo;

    V - que no estiverem de acordo com o previsto no presente regulamento;

    VI - que contrarie o disposto em normas sanitrias vigentes.

    Art. 63 - Alem dos casos especficos previstos neste regulamento so consideradas

    adulteraes, fraudes ou falsificaes como regra geral:

    I - ADULTERAES

    a) Quando os produtos tenham sido elaborados em condies que contrariam

    as especificaes e determinaes fixadas;

    b) Quando no preparo dos produtos haja sido empregada matria-prima alterada ou

    impura;

    c) Quando tenham sido empregadas substancias de qualidade, tipo e espcies

    diferentes das da composio normal do produto sem prvia autorizao da inspeo

    Estadual;

    d) Quando os produtos tenham sido coloridos ou aromatizados sem prvia

    autorizao e no conste declarao nos rtulos;

    e) Inteno dolosa em mascarar a data de fabricao.

    II FRAUDE

  • a) Alterao ou modificao total ou parcial de um ou mais elementos normais do

    produto, de acordo com os padres estabelecidos ou frmulas aprovadas pela inspeo

    Estadual;

    b) Quando as operaes de manipulao e elaborao forem executadas com a

    inteno deliberada de estabelecer falsa impresso aos produtos fabricados;

    c) Supresso de um ou mais elementos e substituio por outros visando aumento de

    volume ou de peso, em detrimento da sua composio normal ou do valor nutritivo

    intrnseco;

    d) Conservao com substncias proibidas;

    e) Especificao total, ou parcial, na rotulagem de um determinado produto que no

    seja contido na embalagem ou recipiente.

    II I F A L S I F I C A E S

    a) Quando os produtos forem elaborados, preparados e expostos ao consumo com

    forma, caracteres e rotulagem que constituam processos especiais, privilegio ou

    exclusividade de outrem sem que seus legtimos proprietrios tenham dado

    autorizao;

    b) Quando forem usadas denominaes diferentes das previstas neste regulamento ou em

    frmulas aprovadas.

    Art. 64 - Todo produto de origem animal exposto venda no Estado do Piau,

    sem qualquer identificao ou meio que permita verificar sua verdadeira procedncia

    quanto ao estabelecimento de origem, localizao e firma responsvel, ser

    considerado produzido no Estado do Piau e como tal sujeito s exigncias e

    penalidades previstas neste regulamento.

    Art. 65 - No podem ser aplicadas multas sem que previamente seja lavrado o auto de

    infrao detalhando a falta cometida, o artigo infringido, a natureza do

    estabelecimento com a respectiva localizao, e a firma responsvel.

    Art. 66 - O auto de infrao deve ser assinado por servidor que constatar infrao, pelo

    proprietrio do estabelecimento ou representante da firma, e por duas testemunhas,

    quando as houver.

    Pargrafo nico - Sempre que os infratores ou seus representantes no estiverem

    presentes ou se recusarem a assinar os autos, assim como as testemunhas, quando as

  • houver, ser feita declarao a respeito no prprio auto, remetendo-se uma das vias do

    auto de infrao, em carter de notificao, ao propr ie t r io ou responsve l pe lo

    es tabe lec imento , por correspondncia registrada e mediante recibo.

    Art. 67 - A autoridade que lavrar o auto de infrao deve extrai-lo em 3 (trs) vias; a

    primeira ser entregue ao infrator, a segunda remetida seo competente da inspeo

    Estadual e a terceira constituir o prprio talo de infrao.

    Art. 68 - O infrator poder apresentar defesa at 10 (dez) dias aps a lavratura do auto

    de infrao.

    Pargrafo nico - O julgamento do processo caber, em primeira instncia, ao rgo

    competente da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos - SEAAB-

    RH, e, em segunda instncia, pelo Secretrio da Agricultura, Abastecimento e Recursos

    Hdricos.

    TITULO X

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 69 - A aplicao da multa no isenta o infrator do cumprimento das

    exigncias que a tenham motivado, marcando-se quando for o caso, novo prazo para o

    cumprimento, findo o qual poder de acordo com a gravidade da falta e a juzo do

    rgo competente da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hdricos -

    SEAAB-RH, ser novamente multado no dobro da multa anterior, suspensa a inspeo

    Estadual ou cassado o registro do estabelecimento.

    Ar t . 70 - Os s erv idore s do rgo compe ten te da Secretaria da Agricultura,

    Abastecimento c Recursos Hdricos - S E A A B -R H , e m s e r v i o d a i n s p e o , t e m

    l i v r e a c e s s o , e m qualquer dia ou hora, a qualquer estabelecimento relacionado no

    artigo 4 da Lei N 4.715, de 27 de julho de 1994.

    Art. 71 - Nos casos de cancelamento de registro a pedido dos

    i n t e r es sados , bem como nos de ca ssao como penalidade, devem ser inutilizados

    os carimbos oficiais nos rtulos e as matrizes entregues inspeo Estadual mediante

    recibo.

  • Art. 72 - Nos estabelecimentos sob inspeo Estadual , a fabr icao dos produtos

    no-padronizados s ser permitida depois de previamente aprovada a respectiva

    frmula pelo rgo competente da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Recurso

    Hdricos - SEAAB-RH.

    Pargrafo nico - A aprovao de frmulas e processos de fabricao de

    quaisquer produtos de origem animal inclui os que estiverem sendo fabricados antes de entrar

    em vigor o presente regulamento;

    Art. 73 - de competncia do responsvel pelo rgo competente da Secretaria

    da Agricul tura , Abastecimento e R e c u r s o s H d r i c o s - SEAAB-RH a

    e x p e d i o d e i n s t r u e s v i s a n d o ordenar os procedimentos administrativos ou,

    ainda, visando facilitar o cumprimento deste regulamento.

    Art. 74 - A inspeo Estadual facilitar a seus tcnicos a realizao de estgios,

    estudos, visitas e cursos em estabelecimentos ou escolas nacionais e/ou estrangeiras.

    Art. 75 - O exame de leite ser realizado de forma individual e coletiva, observando-se

    os seguintes procedimentos:

    I - as amostras para o exame individual sero colhidas em cada lato, por procedncias;

    II - as amostras para o exame coletivo sero colhidas na proporo de 10% (dez

    por cento) dos lates, por procedncia e devidamente homogeneizadas.

    Art. 76 - O leite condenado nos estabelecimentos que, critrio da inspeo Estadual,

    possa ser aproveitado na alimentao de animais domsticos, ser imediatamente transfe-

    rido para vasilhames ou lato apropriado, previamente lavado e esterilizado, fechado

    com lacre inviolvel e pintado de vermelho na face externa, tendo em local visvel a

    inscrio alimento animal.

    Pargrafo nico - Antes do respectivo fechamento ser adicionada ao

    lei te quantidade de farelo de tr igo ou a r roz , sendo o vas i lhame re t i rado do

    es tabe lec imento em t ransporte exclusivo, dentro do prazo de 6 (seis) horas,

    adotando-se idntica medida para o leite desnatado, leitelho e soro.

    Art. 77 - Para identificao dos queijos, charques, embutido, carnes salgadas ou secas,

    produtos defumados, banhas gorduras e pescados, a inspeo Estadual baixar as instrues

    necessrias, obedecida a legislao sanitria vigente.

  • A r t . 7 8 - A f i x a o , c l a s s i f i c a o d e t i p o s e padres, aprovao de

    produtos de origem animal e de frmulas, rtulos e carimbos, consti tuem atribuio da

    inspeo Estadual, mediante instrues baixadas para cada caso, obedecidas a

    legislao sanitria em vigor.

    Art . 79 - Os estabelecimentos of ic iai s , es ta tai s e paraestatais esto no

    mesmo nvel dos es tabelecimentos par t icu la res em se t r a tando de

    observnc ia das d i spos ies des te regulamento.

    Art . 80 - Sero sol ici tadas s autoridades de sade p b l i c a a s

    n e c e s s r i a s m e d i d a s v i s a n d o u n i f o r m i d a d e n o s trabalhos de fiscalizao

    sanitria e industrial estabelecidas neste regulamento.

    A r t . 8 1 - A s a u t o r i d a d e s c i v i s e m i l i t a r e s , c o m e n c a r g o s

    p o l i c i a i s , d a r o t o d o o a p o i o , d e s d e q u e s e j a m so l ic i t adas , aos

    s e rv ido re s da i n speo Es t adua l , ou s eus representantes, mediante

    identif icao quando no exerccio do seu cargo.

    Art. 82 - O presente regulamento poder ser alterado no todo ou em

    par te , de acordo com o interesse do servio ou por convenincia administrativa.

    P a r g r a f o n i c o - O c o r r e n d o a n e c e s s i d a d e d e s e processar a

    a l terao facultada neste ar t igo, dever ser observada a preservao do padro

    sanitrio da matria-prima e dos respectivos produtos.

    Art . 83 - F i ca m r e vogados t odos os a to s o f i c i a i s sobre fiscalizao e

    inspeo industrial e sanitria Estadual, d e q u a i s q u e r p r o d u t o s d e o r i g e m

    a n i m a l , q u e p a s s a r o a r e ge r pe lo p r e se n t e r e gu l a men to e m t o d o o

    t e r r i t r i o do Estado do Piau.

    A r t . 8 4 - d e c o m p e t n c i a e x c l u s i v a d e m d i c o v e t e r i n r i o a

    c o o r d e n a o , a e x e c u o e a s u p e r v i s o d a s normas contidas neste

    regulamento.

    Ar t . 85 - As dvidas de in te rpre t ao a ap l i cao d o s d i s p o s i t i v o s

    d e s t e r e g u l a m e n t o s e r o r e s o l v i d a s p e l o Secretrio da Agricultura,

    Abastecimento e Recursos Hdricos.