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PUBLICADO NO D.O.M./SC Edição:__________ De: ____/____/____ DECRETO Nº 8623/2017 DECRETO Nº 8623/2017 REGULAMENTA AS PARCERIAS ENTRE O MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ E AS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL, PARA A CONSECUÇÃO DE FINALIDADES DE INTERESSE PÚBLICO E RECÍPROCO, MEDIANTE A EXECUÇÃO DE PROJETOS E ATIVIDADES PREVIAMENTE ESTABELECIDOS EM PLANOS DE TRABALHO, NOS TERMOS DA LEI FEDERAL N. 13.019, DE 2014. A PREFEITA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 62, inciso IV, da Lei Orgânica Municipal, DECRETA: Capítulo I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º Este Decreto dispõe sobre regras e procedimentos do regime jurídico das parcerias celebradas entre a administração pública municipal e as organizações da sociedade civil de que trata a Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014. Art. 2º As parcerias entre a administração pública municipal e as organizações da sociedade civil terão por objeto a execução de atividade ou projeto e deverão ser formalizadas por meio de: I - termo de fomento ou termo de colaboração, quando envolver transferência de recurso financeiro; ou II - acordo de cooperação, quando não envolver transferência de recurso financeiro. § 1º O termo de fomento será adotado para a consecução de planos de trabalhos cuja concepção seja das organizações da sociedade civil, com o objetivo de incentivar projetos desenvolvidos ou criados por essas organizações. § 2º O termo de colaboração será adotado para a consecução de planos de trabalho cuja concepção seja da administração pública municipal, com o objetivo de executar projetos ou atividades parametrizadas pela administração pública municipal. Art. 3º Para fins deste Decreto considera-se : I - organização da sociedade civil: a) pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social, de forma imediata ou por meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva; Página 1 de 28 Prefeitura Municipal de São José Av. Acioni Souza Filho, 403 São José SC CEP 88.103-790 (48) 33810050 www.pmsj.sc.gov.br

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PUBLICADO NO D.O.M./SC Edição:__________

De: ____/____/____

DECRETO Nº 8623/2017

DECRETO Nº 8623/2017

REGULAMENTA AS PARCERIAS ENTRE O MUNICÍPIODE SÃO JOSÉ E AS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADECIVIL, PARA A CONSECUÇÃO DE FINALIDADES DEINTERESSE PÚBLICO E RECÍPROCO, MEDIANTE AEXECUÇÃO DE PROJETOS E ATIVIDADESPREVIAMENTE ESTABELECIDOS EM PLANOS DETRABALHO, NOS TERMOS DA LEI FEDERAL N.13.019, DE 2014.

A PREFEITA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ, no uso das atribuições que lhe sãoconferidas pelo art. 62, inciso IV, da Lei Orgânica Municipal,

DECRETA:

Capítulo IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Este Decreto dispõe sobre regras e procedimentos do regimejurídico das parcerias celebradas entre a administração pública municipal e asorganizações da sociedade civil de que trata a Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014.

Art. 2º As parcerias entre a administração pública municipal e asorganizações da sociedade civil terão por objeto a execução de atividade ou projeto edeverão ser formalizadas por meio de:

I - termo de fomento ou termo de colaboração, quando envolvertransferência de recurso financeiro; ou

II - acordo de cooperação, quando não envolver transferência de recursofinanceiro.

§ 1º O termo de fomento será adotado para a consecução de planos detrabalhos cuja concepção seja das organizações da sociedade civil, com o objetivo deincentivar projetos desenvolvidos ou criados por essas organizações.

§ 2º O termo de colaboração será adotado para a consecução de planos detrabalho cuja concepção seja da administração pública municipal, com o objetivo deexecutar projetos ou atividades parametrizadas pela administração pública municipal.

Art. 3º Para fins deste Decreto considera-se: I - organização da sociedade civil: a) pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos que não distribui,

entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores,eventuais resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos,bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante oexercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução dorespectivo objeto social, de forma imediata ou por meio da constituição de fundopatrimonial ou fundo de reserva;

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b) as sociedades cooperativas previstas na Lei nº 9.867, de 10 denovembro de 1999; as integradas por pessoas em situação de risco ou vulnerabilidadepessoal ou social; as alcançadas por programas e ações de combate à pobreza e degeração de trabalho e renda; as voltadas para fomento, educação e capacitação detrabalhadores rurais ou capacitação de agentes de assistência técnica e extensãorural; e as capacitadas para execução de atividades ou de projetos de interessepúblico e de cunho social;

c) as organizações religiosas que se dediquem a atividades ou a projetos deinteresse público e de cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamentereligiosos.

II - unidade gestora: órgão ou entidade da Administração Pública MunicipalDireta ou Indireta, que representa o Município na celebração da parceria atinente asua área institucional de atuação, a cujo titular o Chefe do Poder Executivo tenhadelegado competência para tanto, correndo a despesa inerente à conta dos respectivoscréditos orçamentários;

III - parceria: conjunto de direitos, responsabilidades e obrigaçõesdecorrentes de relação jurídica estabelecida formalmente entre a administraçãopública e organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para aconsecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução deatividade ou de projeto expresso em termos de colaboração, em termos de fomentoou em acordos de cooperação;

IV - administrador público: agente público revestido de competência paraassinar termos de colaboração, termo de fomento ou acordo de cooperação comorganização da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público erecíproco, ainda delegue competência a terceiros;

V - responsável pela unidade gestora: agente público o qual foi delegada acompetência pelo administrador público para assinar termos de colaboração, termo defomento ou acordo de cooperação e ordenar as transferências financeiras para aorganização da sociedade civil visando à consecução de finalidades de interessepúblico e recíproco;

VI - gestor: agente público responsável pela gestão da parceria celebradapor meio de termo de colaboração ou termo de fomento, designado por ato publicadoem meio oficial de comunicação, com poderes de controle e fiscalização;

VII - termo de referência: documento no qual a unidade gestoraresponsável pelo termo de colaboração, termo de fomento ou acordo de cooperação,estabelece os requisitos pelos quais o serviço deve ser prestado ou o produto deve serentregue por potenciais contratados;

VIII - dirigente: pessoa que detenha poderes de administração, gestão oucontrole da organização da sociedade civil;

IX - atividade: conjunto de operações que se realizam de modo contínuo oupermanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à satisfação deinteresses compartilhados pela administração pública e pela organização da sociedadecivil;

X - projeto: conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resultaum produto destinado à satisfação de interesses compartilhados pela administraçãopública e pela organização da sociedade civil.

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Capítulo IIDAS MODALIDADES DE PARCERIA

Art. 4º Termo de colaboração é o instrumento por meio do qual sãoformalizadas as parcerias propostas pelo Município com organizações da sociedadecivil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco que envolvam atransferência de recursos financeiros.

Art. 5º Termo de fomento é o instrumento por meio do qual sãoformalizadas as parcerias estabelecidas pelo Município com organizações dasociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíprocopropostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência derecursos financeiros.

Art. 6º Acordo de cooperação é o instrumento por meio do qual sãoformalizadas as parcerias estabelecidas pelo Município com organizações dasociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco quenão envolvam a transferência de recursos financeiros.

§ 1º O acordo de cooperação poderá ser proposto pela AdministraçãoPública municipal ou pela organização da sociedade civil.

§ 2º O acordo de cooperação será firmado entre o administrador públicopermitida a delegação, com o dirigente máximo da organização da sociedade civil.

§ 3º O acordo de cooperação poderá ser prorrogado conforme o interessepúblico, hipótese que prescinde de prévia análise jurídica.

§ 4º São aplicáveis ao acordo de cooperação, naquilo que couber, as regrase os procedimentos dispostos na Lei Federal nº 13.019/2014.

Art. 7º As parcerias respeitarão, em todos os seus aspectos, as normasespecíficas das políticas públicas setoriais relativas ao objeto da parceria e asrespectivas instâncias de pactuação e deliberação.

Capítulo IIIDOS PROCEDIMENTOS PARA O CHAMAMENTO PÚBLICO

Art. 8º A celebração de parceria entre o Município e as organizações dasociedade civil será realizada por chamamento público, exceto nos casos deinexigibilidade e dispensa, tendo como objetivo selecionar organizações que tornemmais eficaz a execução do objeto, através da publicação de edital.

Parágrafo único. O chamamento público poderá selecionar mais de umaproposta, se houver previsão no edital.

Art. 9º O procedimento para celebração de parceria será iniciado com aabertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numeradopela Unidade Gestora responsável.

Art. 10. O edital do chamamento público deverá ser publicado no DiárioOficial Eletrônico do Município, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias,

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contados a partir da data de abertura da sessão pública de julgamento, contendo asseguintes exigências:

I - a dotação orçamentária que autoriza e viabiliza a celebração daparceria;

II - o tipo de parceria a ser celebrada;III - o objeto da parceria;IV - termo de referência; V - as datas, os prazos, as condições, o local e a forma de apresentação das

propostas;VI - as datas e os critérios de seleção e julgamento das propostas, inclusive

no que se refere à metodologia de pontuação e ao peso atribuído a cada um doscritérios estabelecidos, se for o caso;

VII - o valor previsto para a realização do objeto;VIII - as condições para interposição de recurso administrativoIX - havendo fundamento na impugnação, deverá ser publicado no Diário

Oficial Eletrônico do Município o motivo da revogação ou anulação do edital.X - a minuta do instrumento por meio do qual será celebrada a parceria; eXI - as medidas de acessibilidade para as pessoas com deficiências ou

mobilidade reduzidas e idosas.

Art. 11. É vedado admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação,cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu carátercompetitivo em decorrência de qualquer circunstância impertinente ou irrelevantepara o específico objeto da parceria, admitidos:

I - a seleção de propostas apresentadas exclusivamente por concorrentessediados ou com representação atuante e reconhecida neste Município de São José; e

II - o estabelecimento de cláusula que delimite o território ou aabrangência da prestação de atividades ou da execução de projetos, conformeestabelecido nas políticas setoriais.

Art. 12. Poderá ser dispensável a realização do chamamento público:I - no caso de urgência decorrente de paralisação ou iminência de

paralisação de atividades de relevante interesse público, pelo prazo de até 180(cento e oitenta) dias realizadas no âmbito de parceria já celebrada;

II - nos casos de guerra, calamidade pública, grave perturbação da ordempública ou ameaça à paz social;

III - quando se tratar da realização de programa de proteção a pessoasameaçadas ou em situação que possa comprometer a sua segurança, bem como,programas-serviços que acolhem pessoas em situação de vulnerabilidade social pordeterminação judicia; e

IV - no caso de atividades voltadas ou vinculadas a serviços de educação,saúde e assistência social, desde que executadas por organizações da sociedade civilpreviamente credenciadas no pelo órgão gestor da respectiva política pública.

Art. 13. O chamamento público será considerado inexigível, nas seguintessituações, sem prejuízo de outras:

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I - na hipótese de inviabilidade de competição entre as organizações, emrazão da natureza singular do objeto do plano de trabalho ou quando as metassomente puderem ser atingidas por uma entidade específica;

II - nos casos de autorização em lei que identifique expressamente,decorrente de emenda parlamentar, a entidade beneficiária ou que estejamnominalmente identificadas na Lei Orçamentária Anual, nas transferências derecursos a título de subvenção para organizações da sociedade civil.

Art. 14. Nas hipóteses dos arts. 12 e 13 deste Decreto, a ausência derealização do chamamento público será expressamente justificada pelo responsávelpela unidade gestora:

§ 1º Sob pena de nulidade do ato de formalização de parceria, o extratoda justificativa previsto no caput deste artigo deverá ser publicado na mesma dataem que for efetivado, no Diário Oficial Eletrônico do Município, a fim de garantirampla e efetiva transparência.

§ 2º Admite-se a impugnação à justificativa, por qualquer cidadão ouentidade interessada, desde que apresentada por protocolo na unidade gestoraresponsável pelo edital, em até 5 (cinco) dias a contar da publicação, cujo teor seráanalisado pela Unidade Gestora responsável pela parceria, em até 5 (cinco) dias, dadata do respectivo protocolo.

§ 3º Havendo fundamento na impugnação, será revogado ou anulado,devendo ser publicado no Diário Oficial do Município o ato que declarou a dispensa ouconsiderou inexigível o chamamento público, e será imediatamente iniciado oprocedimento para a realização do chamamento público, conforme o caso.

§ 4º A dispensa e a inexigibilidade de chamamento público, não afastam aaplicação dos demais dispositivos deste Decreto.

Art. 15. Os termos de colaboração ou de fomento que envolvam recursosdecorrentes de emendas parlamentares às leis orçamentárias anuais e os acordos decooperação serão celebrados sem chamamento público, exceto em relação aosacordos de cooperação, quando o objeto envolver a celebração de comodato, doaçãode bens ou outra forma de compartilhamento de recurso patrimonial, hipótese emque o respectivo chamamento público observará o disposto neste Decreto.

Capítulo IVDA ATUAÇÃO EM REDE

Art. 16. Desde que previsto em edital, será permitida a atuação em redepor duas ou mais organizações da sociedade civil, mantida a integral responsabilidadeda organização celebrante do termo de fomento ou de colaboração, desde quepossua:

I - mais de 5 (cinco) anos de inscrição no CNPJ; eII - capacidade técnica e operacional para supervisionar e orientar

diretamente a atuação da organização que com ela estiver atuando em rede.

Art. 17. A organização da sociedade civil que assinar o termo decolaboração ou termo de fomento deverá celebrar termo de atuação em rede para

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repasse de recursos às não celebrantes, devendo a celebrante, no ato da respectivaformalização:

I - verificar, nos termos do edital, a regularidade jurídica e fiscal daorganização não celebrante do termo de colaboração ou do termo de fomento,devendo comprovar tal verificação na prestação de contas; e

II - comunicar ao responsável pela Unidade Gestora do termo decolaboração ou termo de fomento, em até 60 (sessenta) dias, a partir da formalizaçãodo termo de atuação em rede.

Capítulo VDA MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Art. 18. Fica instituído o Procedimento de Manifestação de Interesse Socialcomo instrumento por meio do qual as organizações da sociedade civil, movimentossociais e cidadãos poderão apresentar propostas ao responsável pela Unidade Gestoradiretamente vinculada com a área de atuação do projeto pretendido, para que esteavalie a possibilidade de realização de um chamamento público objetivando acelebração de parceria. O Procedimento de Manifestação de Interesse Social deveconter:

I - identificação do subscritor da proposta;II - indicação do interesse público envolvido; eIII - diagnóstico da realidade que se quer modificar, aprimorar ou

desenvolver e, quando possível, indicação da viabilidade, dos custos, dos benefícios edos prazos de execução da ação pretendida.

Parágrafo único. O encaminhamento dos Procedimentos de Manifestaçãode Interesse de que trata este artigo deverão ocorrer, anualmente, no interstíciocompreendido entre o dia 1º e o dia 31 de agosto de cada exercício, ocasião em que oMunicípio receberá cada manifestação de interesse e, num prazo de 30 dias, decidirá efará publicar todos os atos deles decorrentes.

Art. 19. O Procedimento de Manifestação de Interesse Social tem porobjetivo permitir a oitiva da sociedade sobre ações de interesse público e recíproco,que não coincidam com projetos ou atividades que sejam objeto de chamamentopúblico ou de parceria, em curso no âmbito da administração pública municipal.

§ 1º A realização de chamamento público ou a celebração de parceria nãodepende da realização do Procedimento de Manifestação de Interesse Social.

§ 2º A Manifestação de Interesse Social não dispensa a convocação pormeio de chamamento público para a celebração de parceria.

§ 3º A proposição ou a participação no Procedimento de Manifestação deInteresse Social não impede a organização da sociedade civil de participar no eventualchamamento público subsequente.

Art. 20. Para apresentação da proposta de abertura do Procedimento deManifestação de Interesse Social, o interessado deverá apresentar a documentaçãoelencada nos incisos I, II e XVII do art. 36, deste Decreto.

Art. 21. A avaliação da proposta de instauração do Procedimento deManifestação de Interesse Social observará, no mínimo, as seguintes etapas:

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I - análise de admissibilidade da proposta, com base nos requisitosprevistos no art. 20 deste Decreto;

II - decisão sobre a instauração ou não do Procedimento de Manifestaçãode Interesse Social, após verificada a conveniência e a oportunidade pelaadministração pública municipal;

III - se instaurado o Procedimento de Manifestação de Interesse Social,haverá oitiva da sociedade sobre o tema; e

IV - manifestação da administração pública municipal responsável sobre arealização ou não do chamamento público, proposto no Procedimento de Manifestaçãode Interesse Social.

§ 1º A partir do recebimento da proposta de abertura do Procedimento deManifestação de Interesse Social, apresentada de acordo com o art. 20 deste Decreto,a administração pública municipal terá o prazo de até seis meses para cumprir asetapas previstas neste artigo.

§ 2º As propostas de instauração do Procedimento de Manifestação deInteresse Social serão divulgadas no sítio eletrônico oficial do Município.

Capítulo VIDAS VEDAÇÕES

Art. 22. Ficará impedida de celebrar qualquer modalidade de parceriaprevista neste Decreto a organização da sociedade civil que:

I - não esteja regularmente constituída ou, se estrangeira, não estejaautorizada a funcionar no território nacional;

II - esteja omissa no dever de prestar contas de parceria anteriormentecelebrada;

III - tenha como dirigentes, membro de Poder ou do Ministério Público, oudirigente de órgão ou entidade da administração pública municipal na qual serácelebrado o termo de colaboração ou o termo de fomento, estendendo-se a vedaçãoaos respectivos cônjuges ou companheiros, bem como parentes em linha reta,colateral ou por afinidade, até o segundo grau;

IV - tenha tido as contas rejeitadas pela administração pública nos últimos5 (cinco) anos, exceto se:

a) for sanada a irregularidade que motivou a rejeição e quitados os débitoseventualmente imputados;

b) for reconsiderada ou revista a decisão pela rejeição; ec) a apreciação das contas estiver pendente de decisão sobre recurso com

efeito suspensivo.V - tenha sido punida com uma das seguintes sanções, pelo período que

durar a penalidade:a) suspensão de participação em licitação e impedimento de contratar com

a administração pública;b) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração

pública;c) suspensão temporária da participação em chamamento público e

impedimento de celebrar parceria ou contratos com órgãos e entidades da esfera degoverno da administração pública municipal, por prazo não superior a 2 (dois) anos; e

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d) declaração de inidoneidade para participar em chamamento público oucelebrar parceria ou contratos com órgãos e entidades de todas as esferas degoverno, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que sejapromovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, queserá concedida sempre que a organização da sociedade civil ressarcir a administraçãopública pelos prejuízos resultantes, e após decorrido o prazo da sanção aplicada combase na alínea “c” do inciso VI, deste artigo;

VI - tenha tido contas de parceria julgadas irregulares ou rejeitadas porTribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisãoirrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos; e

VII - tenha entre seus dirigentes pessoa:a) cujas contas relativas a parcerias tenham sido julgadas irregulares ou

rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, emdecisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos;-

b) julgada responsável por falta grave e inabilitada para o exercício decargo em Comissão ou função de confiança, enquanto durar a inabilitação; e

c) considerada responsável por ato de improbidade, enquanto durarem osprazos estabelecidos nos incisos I, II e III do art. 12 da Lei n. 8.429, de 1992.

d) pessoas naturais condenadas pela prática de crimes contra aadministração pública ou contra o patrimônio público, de crimes eleitorais para osquais a lei comine pena privativa de liberdade, e de crimes de lavagem ou ocultaçãode bens, direitos e valores.

§ 1º Nas hipóteses deste artigo, é igualmente vedada a transferência denovos recursos no âmbito de parcerias em execução, excetuando-se os casos deserviços essenciais que não podem ser adiados sob pena de prejuízo ao erário ou àpopulação, desde que precedida de expressa e fundamentada autorização doresponsável pela Unidade Gestora, sob pena de responsabilidade solidária.

§ 2º Em qualquer das hipóteses previstas neste artigo, persiste oimpedimento para celebrar parceria enquanto não houver o ressarcimento do dano aoerário, pelo qual seja responsável a organização da sociedade civil ou seu dirigente.

§ 3º Não serão considerados débitos os que decorram de atrasos naliberação de repasses pela administração pública ou que tenham sido objeto deparcelamento, se a organização da sociedade civil estiver em situação regular noparcelamento.

§ 4º A vedação prevista no inciso III, do art. 22 deste Decreto, não seaplica à celebração de parcerias com entidades que, pela sua própria natureza, sejamconstituídas pelas autoridades referidas naquele inciso, sendo vedado que a mesmapessoa figure no termo de colaboração, no termo de fomento ou no acordo decooperação simultaneamente como dirigente e administrador público.

§ 5º Não são considerados membros de Poder os integrantes de conselhosde direitos e de políticas públicas.

Art. 23. É vedada a celebração de parcerias previstas neste Decreto quetenham por objeto, envolvam ou incluam, direta ou indiretamente, delegação dasfunções de regulação, de fiscalização, de exercício do poder de polícia ou de outrasatividades exclusivas de Estado.

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Art. 24. Não será firmado termo de colaboração, termo de fomento ouacordos de cooperação com as entidades inadimplentes com suas prestações decontas ou que aplicarem os recursos em desacordo com a legislação em vigor, tenhadado causa à perda, extravio, dano ou prejuízo ao erário, que tenha praticado atosilegais, ilegítimos ou antieconômicos relacionados à aplicação de recursos públicos, oudentro do prazo fixado no inciso VI do art. 60 deste Decreto, tenha deixado deatender a notificação do órgão de controle interno, para regularizar a prestação decontas.

Capítulo VIIDA COMISSÃO DE SELEÇÃO

Art. 25. A Comissão de seleção indicada pela responsável da UnidadeGestora será nomeada por portaria, através da Secretaria Municipal deAdministração, sendo composta por no máximo 5 (cinco) membros, que deverá emitirparecer técnico com base na análise das propostas apresentadas no plano de trabalhoe na documentação apresentada pela organização da sociedade civil.

§ 1º Será composta por 3/5 (três quintos) de seus membros servidoresocupantes de cargo de provimento efetivo do quadro de pessoal do Município edeverá conter 2 (dois) membros da área vinculada ao desenvolvimento do projeto.

§ 2º Na portaria de nomeação estará previsto quais membros serão oPresidente e o Secretário da Comissão de Seleção, responsáveis por conduzir ostrabalhos;

§ 3 º Serão impedidas de participar das comissões servidores que, nosúltimos 5 (cinco) anos, tenham mantido relação jurídica com, ao menos, 1 (uma) dasentidades participantes do chamamento público.

§ 4º Configurado o impedimento previsto no § 3º, deverá ser designadomembro substituto que possua qualificação equivalente à do substituído.

§ 5º Cada Secretaria Municipal, Fundação Municipal ou Unidade Gestoraterá sua própria comissão de seleção.

Capítulo VIIIDA SELEÇÃO E JULGAMENTO

Art. 26. A seleção consistirá em duas etapas, na seguinte ordem:I - julgamento das propostas apresentadas no plano de trabalho com

preenchimento de atas contendo no mínimo as datas e os critérios objetivos deseleção, bem como, a metodologia de pontuação e o peso atribuído a cada um doscritérios estabelecidos, se for o caso;

II - abertura do envelope com os documentos da organização da sociedadecivil selecionada, com o objetivo de verificar se a mesma atendeu as exigênciasdocumentais elencadas nos arts. 30 e 36 deste Decreto.

§ 1º Quando as instalações forem necessárias para a realização do objetopactuado, as condições físicas e materiais da entidade devem ser validadas pelaComissão de seleção através de visita in loco, podendo solicitar, quando necessário,apoio técnico especializado proveniente de outros órgãos ou entidades municipais.

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DECRETO Nº 8623/2017

§ 2º Encerradas as etapas dos incisos I e II, deste artigo, será lavrada aata contendo, no mínimo a pontuação, a classificação das propostas, a indicação daproposta vencedora e demais assuntos que entender necessários;

§3º O responsável pela Unidade Gestora homologará e divulgará oresultado do julgamento no Diário Oficial Eletrônico do Município;

§ 4º As organizações da sociedade civil terão prazo de cinco dias parainterpor recurso administrativo sobre o resultado do edital, a contar da publicação.

§ 5º Após o julgamento dos recursos ou o transcurso do prazo parainterposição de recurso, o responsável pela Unidade Gestora deverá homologar edivulgar, no Diário Oficial Eletrônico do Município, as decisões recursais proferidas e oresultado definitivo do processo de seleção.

§ 6º Na hipótese de a organização selecionada não atender aosrequisitos exigidos, aquela imediatamente mais bem classificada será convidada aaceitar a celebração de parceria nos mesmos termos ofertados para a concorrentedesclassificada e, caso a organização convidada nos termos do inciso VII deste artigoaceite celebrar a parceria, proceder-se-á a verificação dos documentos quecomprovem o atendimento aos requisitos previstos;

§ 7º Caso a Comissão entenda haver necessidade, por motivo de forçamaior, a sessão poderá ser suspensa e, de imediato, nova data e hora será marcada.Isto ocorrendo, será lavrada ata justificando a necessidade da suspensão,dispensando, portanto, a obrigatoriedade contida no Inciso III deste artigo.

Art. 27. O julgamento deverá avaliar: I - demonstração de que os objetivos e finalidades institucionais e a

capacidade técnica e operacional da organização da sociedade civil foram avaliados esão compatíveis com o objeto;

II - o plano de trabalho, a ser apresentado nos termos deste Decreto;e

III - emissão de parecer técnico da comissão de seleção, que deverápronunciar-se, de forma expressa, a respeito:

a) do mérito da proposta, em conformidade com a modalidade de parceriaadotada;

b) da identidade e da reciprocidade de interesse das partes na realização,em mútua cooperação, da parceria prevista;

c) da viabilidade de sua execução;d) da verificação do cronograma de desembolso; ee) da descrição de quais serão os meios disponíveis a serem utilizados

para a fiscalização da execução da parceria, assim como dos procedimentos quedeverão ser adotados para avaliação da execução física e financeira, no cumprimentodas metas e objetivos.

Art. 28. A assessoria jurídica da Unidade Gestora deverá emitir pareceracerca do plano de trabalho e da documentação, com observância das normas desteDecreto e da legislação específica, aprovando ou não a assinatura do termo decolaboração ou termo de fomento.

Art. 29. Caso o parecer técnico emitido pela Comissão de seleção ou oparecer jurídico concluam pela possibilidade de celebração da parceria com ressalvas,

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deverá o responsável pela Unidade Gestora sanar os aspectos ressalvados ou,mediante ato formal, justificar a preservação desses aspectos ou sua exclusão.

Capítulo IXDOS PROCEDIMENTOS PARA A CELEBRAÇÃO E FORMALIZAÇÃO DAS

PARCERIAS

Art. 30. Para formalização das parcerias, as organizações da sociedade civildeverão apresentar os seguintes documentos:

I - comprovação de abertura ou de existência de conta corrente com afinalidade específica para movimentação dos recursos públicos em nome daorganização da sociedade civil em instituição financeira pública; e

II - declaração assinada pelo Presidente atual da entidaderesponsabilizando-se pelo recebimento, aplicação e prestação de contas dos recursosque receber à conta da parceria, bem como os da devida contrapartida.

Art. 31. A formalização do termo de colaboração, termo de fomento ou deacordo de cooperação, conforme o caso, terá como cláusulas essenciais:

I - a descrição do objeto pactuado;II - as obrigações das partes;III – quando for o caso, o valor total e o cronograma de desembolso;IV - a vigência e as hipóteses de prorrogação; V - a obrigação de prestar contas com definição de forma, metodologia e

prazos;VI - a forma de monitoramento e avaliação;VII - a obrigatoriedade de restituição de recursos, nos casos previstos

neste Decreto;VIII - a designação de um gestor representante da Unidade Gestora para

efetuar o acompanhamento e fiscalização do termo de colaboração, do termo defomento ou do acordo de cooperação;

IX - poderá determinar se for o caso, a titularidade dos bens e direitosremanescentes na data da conclusão ou extinção da parceria e que, em razão de suaexecução tenham sido adquiridos, produzidos ou transformados com recursosrepassados pela administração pública;

X - a prerrogativa atribuída à administração pública para assumir outransferir a responsabilidade pela execução do objeto, no caso de paralisação, demodo a evitar sua descontinuidade;

XI - a obrigação de a organização da sociedade civil manter e movimentaros recursos em conta bancária específica;

XII - o livre acesso dos agentes da administração pública, do controleinterno e do Tribunal de Contas correspondente aos processos, aos documentos e àsinformações relacionadas a termos de colaboração ou a termos de fomento, bemcomo aos locais de execução do respectivo objeto;

XIII - a faculdade dos partícipes rescindirem o instrumento, a qualquertempo, com as respectivas condições, sanções e delimitações claras deresponsabilidades, além da estipulação de prazo mínimo de antecedência para apublicidade dessa intenção, que não poderá ser inferior a 60 (sessenta) dias;

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XIV - a indicação do foro para dirimir as dúvidas decorrentes da execuçãoda parceria, estabelecendo a obrigatoriedade da prévia tentativa de soluçãoadministrativa, com a participação de órgão encarregado de assessoramento jurídicointegrante da estrutura da administração pública;

XV - a responsabilidade exclusiva da organização da sociedade civil pelogerenciamento administrativo e financeiro dos recursos recebidos, inclusive no que dizrespeito às despesas de custeio, de investimento e de pessoal;

XVI - a responsabilidade exclusiva da organização da sociedade civil pelopagamento dos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciaisrelacionados à execução do objeto previsto no termo de colaboração ou de fomento,não implicando responsabilidade solidária ou subsidiária da administração pública ainadimplência da organização da sociedade civil em relação ao referido pagamento, osônus incidentes sobre o objeto da parceria ou os danos decorrentes de restrição à suaexecução; e

§ 1º - Não será exigida contrapartida financeira como requisito paracelebração de parceria, facultada a exigência de contrapartida em bens e serviços cujaexpressão monetária será obrigatoriamente identificada no termo de colaboração oude fomento;

§ 2º Constará como anexo do termo de colaboração, do termo de fomentoou do acordo de cooperação o plano de trabalho, que deles será parte integrante eindissociável.

Seção IDO PLANO DE TRABALHO E DA CELEBRAÇÃO

Art. 32. Deverá constar do plano de trabalho de parcerias celebradasmediante termo de colaboração ou de fomento:

I - descrição da realidade que será objeto da parceria, devendo serdemonstrado o nexo entre essa realidade e as atividades ou projetos e metas a serematingidas;

II - descrição de metas a serem atingidas e de atividades ou projetos aserem executados;

III - previsão de receitas e de despesas a serem realizadas na execuçãodas atividades ou dos projetos abrangidos pela parceria;

IV - forma de execução das atividades ou dos projetos e de cumprimentodas metas a eles atreladas;

V - definição dos parâmetros a serem utilizados para a aferição documprimento das metas.

Art. 33. A celebração do termo de fomento ou do termo de colaboraçãodepende da indicação expressa de prévia dotação orçamentária para execução daparceria.

Art. 34. Para a celebração da parceria, a administração pública municipalconvocará a organização da sociedade civil para que, no prazo de 15 (quinze) dias,apresente seu plano de trabalho.

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Art. 35. A Unidade Gestora poderá autorizar, após solicitação formalizada efundamentada da organização da sociedade civil, o remanejamento de recursos doplano de trabalho, mediante termo aditivo ou por apostilamento.

I - nos casos de acréscimos de novos elementos, ampliação de até trintapor cento do valor global, redução do valor global, sem limitação de montante,prorrogação da vigência e alteração da destinação dos bens remanescentes seráutilizado o termo aditivo;

II - nos casos de remanejamentos de recursos sem alteração do valorglobal, ajustes da execução do objeto da parceria no plano de trabalho ou utilizaçãode rendimentos de aplicações financeiras ou de saldos porventura existentes antes dotérmino da execução da parceria será utilizado o apostilamento.

III - os recursos devem ser utilizados para a consecução do objetopactuado.

Parágrafo único. A Unidade Gestora deverá autorizar ou não oremanejamento de recursos do plano de trabalho, no prazo de até 10 (dez) dias.

Art. 36. Além da hipótese prevista no art. 35 deste Decreto, o plano detrabalho poderá ter suas metas, etapas e valores ajustados após solicitaçãoformalizada e fundamentada da organização da sociedade civil, pelo motivo por elaidentificado na execução ou pela Unidade Gestora durante as ações de monitoramentoe avaliação da parceria, desde que não haja alteração de seu objeto principal, nasseguintes situações:

I - quando necessário ao aperfeiçoamento da execução e a melhorconsecução do objeto pactuado por termo aditivo; ou

II - na ocorrência de ampliação dos recursos por suplementaçõesorçamentárias, que não poderá ser superior ao valor inicial acordado, mediantecelebração de termo aditivo.

Art. 37. Além da apresentação do plano de trabalho, a organização dasociedade civil selecionada, no prazo de que trata o caput do art. 33, deverácomprovar o cumprimento dos requisitos exigidos neste Decreto, que serãoverificados por meio da apresentação dos seguintes documentos:

I - cópia do estatuto registrado e suas alterações, em conformidade com asexigências previstas no art. 33 da Lei nº 13.019, de 2014;

II - comprovante de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica -CNPJ, emitido no sítio eletrônico oficial da Secretaria da Receita Federal do Brasil, parademonstrar que a organização da sociedade civil existe há, no mínimo, um ano comcadastro ativo;

III - certidão negativa de débito tributário de qualquer natureza junto aoórgão fazendário municipal; certidão quanto à dívida ativa conjunta da união; provade regularidade para com a Fazenda Estadual; prova de regularidade relativa aoFundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS e certidão de débitos trabalhistas -CNDT;

IV - certidão de existência jurídica expedida pelo cartório de registro civilou cópia do estatuto registrado e de eventuais alterações ou, tratando-se desociedade cooperativa, certidão simplificada emitida por junta comercial;

V - cópia da ata de eleição do quadro dirigente atual;

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VI - relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com cópias decomprovante de residência, número e órgão expedidor da carteira de identidade enúmero de registro no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF da Secretaria da ReceitaFederal - SRF de cada um deles;

VII - comprovação de que a organização da sociedade civil funciona noendereço por ela declarado, como conta de consumo ou contrato de locação;

VIII - cópia das normas de organização interna (estatuto ou regimentointerno) que prevejam expressamente:

a) objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevânciapública e social; e

b) a previsão de que, em caso de dissolução da entidade, o respectivopatrimônio líquido seja transferido à outra pessoa jurídica de igual natureza quepreencha os requisitos desta lei e cujo objeto social seja, preferencialmente, o mesmoda entidade extinta;

IX - apresentar escrituração de acordo com os princípios fundamentais decontabilidade e com as normas brasileiras de contabilidade;

X - comprovar experiência prévia na realização, com efetividade, do objetoda parceria ou de natureza semelhante;

XI - apresentar declaração de que possui disponibilidade de instalações,condições materiais e capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento dasatividades ou projetos previstos na parceria e o cumprimento das metas estabelecidas

XII - apresentar registro da organização da sociedade civil em ConselhoMunicipal, Estadual ou Federal, quando a legislação assim condicionar suacapacitação para atuar ou de firmar Parceria com a Administração Pública;

XIII - declaração de que a organização não deve prestações de contas aquaisquer órgãos ou entidades;

XIV - declaração que não emprega menor, conforme disposto no art. 7º,inciso XXXIII, da Constituição Federal de 1988;

XV - declaração do representante legal da organização da sociedade civilinformando que a organização e seus dirigentes não incorrem em qualquer dasvedações previstas neste Decreto.

§ 1º Caso se verifique irregularidade formal nos documentos apresentados,a organização da sociedade civil será notificada para, no prazo de quinze dias,regularizar a documentação, sob pena de não celebração da parceria.

§ 2º As cópias deverão ser confrontadas com a documentação original esua autenticação poderá ser feita pela própria unidade gestora a quem os documentosforem apresentados.

§ 3º Na celebração de acordos de cooperação, somente será exigido orequisito previsto na alínea “a” e “b”, inciso IX, deste artigo;

Art. 38. A experiência prévia solicitada no inciso XI, art. 37 deste Decreto,poderá ser comprovada por meio dos seguintes documentos:

I - instrumento de parceria firmado com órgãos e entidades daadministração pública, cooperação internacional, empresas ou com outrasorganizações da sociedade civil;

II - relatório de atividades desenvolvidas; III - notícias veiculadas na mídia em diferentes meios de comunicação

sobre atividades desenvolvidas;

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IV - publicações e pesquisas realizadas ou outras formas de produção deconhecimento;

V - currículo de profissional ou equipe responsável; VI - prêmios locais ou internacionais recebidos; e VII - atestados de capacidade técnica emitidos por redes, organizações da

sociedade civil, movimentos sociais, empresas públicas ou privadas, conselhos depolíticas públicas e membros de órgãos públicos ou universidades.

Capítulo XDAS PRORROGAÇÕES

Art. 39. A vigência da parceria poderá ser alterada mediante termo aditivo,que deve ser solicitado pela organização da sociedade civil, devidamente formalizadoe justificado, a ser apresentado na Unidade Gestora em, no mínimo, 30 (trinta) diasantes do término do prazo inicialmente previsto, vedada a alteração do objetoaprovado.

Parágrafo único. O termo aditivo de que trata o caput poderá serformalizado de ofício em caso de atraso na liberação dos recursos por parte daadministração pública municipal, hipótese em que a prorrogação corresponderá aoperíodo equivalente ao atraso e será regida pela legislação em vigor ao tempo dacelebração da parceria.

Capítulo XIDO GESTOR DO TERMO

Art. 40. O responsável pela Unidade Gestora designará um Gestor, que seráagente público da área vinculada ao termo de colaboração ou ao termo de fomento,responsável pela gestão da parceria, com poderes de controle e fiscalização, devendoeste:

I - acompanhar e fiscalizar a execução da parceria;II - comunicar ao superior hierárquico a existência de indícios de

irregularidades; III - emitir parecer técnico conclusivo de análise das prestações de contas

parciais, provisórias e final, de acordo com o relatório técnico emitido pela Comissãode monitoramento e avaliação, quando houver, que avalie quanto à eficácia eefetividade das ações em execução ou que já foram realizadas, sendo este parecerparte integrante da prestação de contas devendo obrigatoriamente mencionar:

a) os resultados já alcançados e seus benefícios;b) os impactos econômicos ou sociais;c) o grau de satisfação do público-alvo; ed) a possibilidade de sustentabilidade das ações após a conclusão do objeto

pactuado.§ 1º Na hipótese de o Gestor da parceria deixar de ser agente público ou

ser lotado em outro órgão ou entidade, o responsável pela Unidade Gestora deverádesignar novo gestor que possua qualificação técnica equivalente à do substituído,assumindo, enquanto isso não ocorrer, todas as obrigações do anterior, com asrespectivas responsabilidades;

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§ 2º Será impedido de participar como gestor da parceria pessoa que, nosúltimos 5 (cinco) anos, tenha mantido relação jurídica com, ao menos, 1 (uma) dasorganizações da sociedade civil partícipes;

§ 3º A designação do Gestor será publicada no Diário Oficial Eletrônico doMunicípio.

Capítulo XIIDA COMISSÃO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Art. 41. A comissão de monitoramento e avaliação é a instânciaadministrativa responsável pelo monitoramento do conjunto de parcerias, pelaproposta de aprimoramento dos procedimentos, pela padronização de objetos, custose indicadores e pela produção de entendimentos voltados à priorização do controle deresultados, sendo de sua competência a avaliação e a homologação dos relatóriostécnicos de monitoramento e avaliação.

§ 1º O responsável pela Unidade Gestora deverá indicar a Comissão deMonitoramento e Avaliação, nomeada por portaria, através da Secretaria Municipal deAdministração, sendo composta por no máximo 5 (cinco) membros, que deverãomonitorar e avaliar as parcerias celebradas com organizações da sociedade civil.

§ 2º Será composta por 3/5 (três quintos) de seus membros servidoresocupantes de cargo de provimento efetivo do quadro de pessoal do Município edeverá conter 2 (dois) membros, sendo estes servidores efetivos, da área vinculadaao desenvolvimento do projeto.

§ 3º Na portaria de nomeação estará previsto quais membros serão, oPresidente e o Secretário da Comissão de Monitoramento e Avaliação, responsáveispor conduzir os trabalhos;

§ 4º O monitoramento e a avaliação da parceria executada com recursos defundo específico poderão ser realizados por comissão de monitoramento e avaliação aser constituída pelo respectivo conselho gestor, conforme legislação específica,respeitadas as exigências da Lei nº 13.019, de 2014, e deste Decreto.

§ 5º Cada Secretaria Municipal, Fundação Municipal ou Unidade Gestoraterá sua própria comissão de monitoramento e avaliação, cabendo, a critério dosórgãos envolvidos e por ato da Secretaria Municipal de Administração, a reunião dedois ou mais órgãos para nomeação de uma única comissão, que atenderáigualitariamente a todos.

Art. 42. O membro da comissão de monitoramento e avaliação deverá sedeclarar impedido de participar do monitoramento e da avaliação da parceria quandoverificar que:

I - tenha participado, nos últimos cinco anos, como associado, cooperado,dirigente, conselheiro ou empregado da organização da sociedade civil;

II - sua atuação no monitoramento e na avaliação configure conflito deinteresse; ou

III - tenha participado da comissão de seleção da parceria.

Art. 43. As ações de monitoramento e avaliação terão caráter preventivo esaneador, objetivando a gestão adequada e regular das parcerias.

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§ 1º As ações de que trata o caput contemplarão a análise das informaçõesacerca do processamento da parceria, incluída a possibilidade de consulta àsmovimentações da conta bancária específica da parceria, além da verificação, análisee manifestação sobre eventuais denúncias existentes relacionadas à parceria.

§ 2º O termo de fomento ou de colaboração deverá prever procedimentosde monitoramento e avaliação da execução de seu objeto a serem realizados peloórgão ou pela entidade da administração pública municipal.

§ 3º As ações de monitoramento e avaliação poderão utilizar ferramentastecnológicas de verificação do alcance de resultados, incluídas as redes sociais nainternet, aplicativos e outros mecanismos de tecnologia da informação.

§ 4º O relatório técnico de monitoramento e avaliação será produzido naforma do art. 59 da Lei nº 13.019, de 2014.

Art. 44. O órgão ou a entidade da administração pública municipal deverárealizar visita técnica in loco para subsidiar o monitoramento da parceria, nashipóteses em que esta for essencial para verificação do cumprimento do objeto daparceria e do alcance das metas.

§ 1º Sempre que houver visita técnica in loco, o resultado serácircunstanciado em relatório de visita técnica in loco, que será registrado emplataforma eletrônica e enviado à organização da sociedade civil para conhecimento,esclarecimentos e providências e poderá ensejar a revisão do relatório, a critério doórgão ou da entidade da administração pública municipal.

§ 2º A visita técnica in loco não se confunde com as ações de fiscalização eauditoria realizadas pelo órgão ou pela entidade da administração pública municipal,pelos órgãos de controle interno e pelo Tribunal de Contas do Estado.

Art. 45. Nas parcerias com vigência superior a um ano, o órgão ou aentidade pública municipal realizará, sempre que possível, pesquisa de satisfação.

§ 1º A pesquisa de satisfação terá por base critérios objetivos de apuraçãoda satisfação dos beneficiários e de apuração da possibilidade de melhorias das açõesdesenvolvidas pela organização da sociedade civil, visando a contribuir com ocumprimento dos objetivos pactuados e com a reorientação e o ajuste das metas edas ações definidas.

§ 2º A pesquisa de satisfação poderá ser realizada diretamente pelaadministração pública municipal, com metodologia presencial ou à distância, comapoio de terceiros, por delegação de competência ou por meio de parcerias comórgãos ou entidades aptas a auxiliar na realização da pesquisa.

§ 3º Na hipótese de realização da pesquisa de satisfação, a organização dasociedade civil poderá opinar sobre o conteúdo do questionário que será aplicado.

§ 4º Sempre que houver pesquisa de satisfação, a sistematização serácircunstanciada em documento que será enviado à organização da sociedade civil paraconhecimento, esclarecimentos e eventuais providências.

Capítulo XIIIDA LIBERAÇÃO DOS RECURSOS

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Art. 46. A liberação de recursos será feita em conformidade com orespectivo cronograma de desembolso e guardará consonância com as metas, fases eetapas de execução do objeto do termo de colaboração ou do termo de fomento.

§ 1º Os recursos serão depositados e geridos em conta bancária específicaem instituição financeira pública federal.

§ 2º Quando houver a previsão de liberação de mais de uma parcela derecursos, a organização da sociedade civil deverá, para o recebimento de cadaparcela:

I - disponibilizar as certidões negativas, quando as inicialmenteapresentadas estiverem vencidas, considerando regulares as certidões positivas comefeito de negativas;

II - estar adimplente em relação à prestação de contas; e III - estar em situação regular com a execução do plano de trabalho de

acordo com a análise da prestação de contas.

Art. 47. O Município promoverá a retenção das parcelas até o saneamentodas impropriedades apontadas no relatório competente, especialmente nos casos aseguir:

I - quando identificadas irregularidades na aplicação dos recursos e após aanálise do contraditório e da ampla defesa;

II - quando constatado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, oupor inadimplemento da organização da sociedade civil em relação às obrigaçõesestabelecidas no termo de colaboração ou termo de fomento; e

III - quando a organização da sociedade civil deixar de adotar, semjustificativa suficiente, as medidas saneadoras apontadas pela administração públicaou pelos órgãos de controle interno ou externo, no prazo definido em notificação.

Capítulo XIVDA VEDAÇÃO DA DESPESA

Art. 48. As parcerias deverão ser executadas com estrita observância dascláusulas pactuadas, sendo vedado:

I - a contratação para prestação de serviços de servidor ou empregadopúblico, inclusive aquele que exerça cargo em comissão ou função de confiança, deórgão ou entidade da administração pública celebrante, ou seu cônjuge, companheiroou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau, ressalvadas ashipóteses previstas em lei específica e na lei de diretrizes orçamentárias;

II - utilizar, ainda que em caráter emergencial, recursos para finalidadediversa da estabelecida no plano de trabalho;

III - realizar despesa em data anterior à vigência da parceria;IV - realizar despesa em data posterior à vigência da parceria.

Art. 49. É vedado o pagamento de juros, multas ou correção monetária,inclusive referente a pagamentos ou a recolhimentos fora do prazo, com recursos daparceria, salvo se decorrentes de atrasos da administração pública na liberação derecursos financeiros.

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Capítulo XVDA TRANSPARÊNCIA E DO CONTROLE

Art. 50. A Unidade Gestora manterá, em sua plataforma eletrônica, no sítiooficial da Prefeitura Municipal de São José, a relação das parcerias celebradas e dosrespectivos planos de trabalho, até 180 (cento e oitenta) dias após o respectivoencerramento, com as seguintes informações:

I - data de assinatura e identificação do instrumento de parceria e do órgãoda Unidade Gestora responsável;

II - nome da organização e seu número de inscrição no Cadastro Nacionalda Pessoa Jurídica - CNPJ da Secretaria da Receita Federal – SRF;

III - descrição do objeto da parceria;IV - valor total da parceria e valores liberados, quando for o caso;V - quando vinculados à execução do objeto e pagos com recursos da

parceria, o valor total da remuneração da equipe de trabalho, as funções que seusintegrantes desempenham e a remuneração prevista para o respectivo exercício;

VI - situação da prestação de contas da parceria, que deverá informar adata prevista para a sua apresentação, a data em que foi apresentada, o prazo paraa sua análise e o resultado conclusivo; e

VII - a prestação de contas e todos os atos que dela decorram, permitindoa visualização por qualquer interessado.

Art. 51. A administração pública municipal deverá divulgar pela internet osmeios de representação sobre a aplicação irregular dos recursos envolvidos naparceria.

Art. 52. A organização da sociedade civil deverá divulgar na internet e emlocais visíveis de suas sedes sociais e dos estabelecimentos em que exerça suas açõestodas as parcerias celebradas com a administração pública municipal, contendo nomínimo as informações descritas nos incisos do artigo 49.

Parágrafo único. No caso de atuação em rede, caberá à organização dasociedade civil celebrante divulgar as informações de que trata o caput, inclusivequanto às organizações da sociedade civil não celebrantes e executantes em rede.

Capítulo XVIDA EXECUÇÃO DA DESPESA

Art. 53. Poderão ser pagas com recursos vinculados à parceria, desde queaprovadas no plano de trabalho, as despesas com:

I - remuneração da equipe encarregada da execução do plano de trabalho,inclusive de pessoal próprio da organização da sociedade civil, durante a vigência daparceria, compreendendo as despesas com pagamentos de impostos, contribuiçõessociais, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, férias, décimo-terceirosalário, salários proporcionais, verbas rescisórias e demais encargos sociais etrabalhistas, desde que tais valores:

a) correspondam às atividades previstas para a consecução do objeto e àqualificação técnica necessária para a execução da função a ser desempenhada;

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b) sejam compatíveis com o valor de mercado da região metropolitana queo Município de São José é parte integrante e observem os acordos e as convençõescoletivas de trabalho e, em seu valor bruto e individual, o teto da remuneração dochefe do Poder Executivo Municipal;

c) sejam proporcionais ao tempo de trabalho efetivo e exclusivamentededicado à parceria celebrada.

II - diárias referentes a deslocamento, hospedagem e alimentação noscasos em que a execução do objeto da parceria assim o exija;

III - os custos indiretos necessários à execução do objeto, poderão incluir,entre outras despesas, aquelas com internet, transporte, aluguel, telefone, consumode água e luz e remuneração de serviços contábeis e de assessoria jurídica.

IV - aquisição de equipamentos e materiais permanentes essenciais àconsecução do objeto e serviços de adequação de espaço físico, desde quenecessários à instalação dos referidos equipamentos e materiais.

§1º caso a organização da sociedade civil adquira equipamentos e materiaispermanentes com recursos provenientes da celebração da parceria, o bem serágravado com cláusula de inalienabilidade, e ela deverá formalizar promessa detransferência da propriedade à administração pública municipal, na hipótese de suaextinção.

§ 2º o pagamento de remuneração da equipe contratada pela organizaçãoda sociedade civil com recursos da parceria não gera vínculo trabalhista com o poderpúblico municipal.

§ 3º considera-se equipe de trabalho o pessoal necessário à execução doobjeto da parceria, que poderá incluir pessoas pertencentes ao quadro da organizaçãoda sociedade civil ou que vierem a ser contratadas, inclusive os dirigentes, desde queexerçam ação prevista no plano de trabalho aprovado, nos termos da legislação cível etrabalhista.

§ 4 não poderão fazer jus à remuneração de que trata o inciso I desteartigo pessoas naturais que tenham sido condenadas por crimes:

a) contra a administração pública ou o patrimônio público;b) eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; ec) de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.§ 5º A inadimplência da organização da sociedade civil em relação aos

encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à administração públicamunicipal a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto dotermo de colaboração ou do termo de fomento ou restringir a sua execução.

§ 6º A inadimplência da organização da sociedade civil em decorrência deatrasos na liberação de repasses relacionados à parceria não poderá acarretarrestrições à liberação de parcelas subsequentes.

Art. 54. O responsável pela Unidade Gestora somente poderá autorizarpagamento em data posterior ao término da vigência do termo de colaboração outermo de fomento quando o fato gerador da despesa tiver ocorrido durante o prazolegal de vigência da parceria.

Parágrafo Único. Para efeitos do caput, fato gerador consiste naverificação do direito adquirido pelo beneficiário, fornecedor ou prestador de serviço,com base nos títulos e documentos comprobatórios do crédito.

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Capítulo XVIIDA MOVIMENTAÇÃO E APLICAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS

Art. 55. Os recursos recebidos em decorrência da parceria serãodepositados em conta corrente específica na instituição financeira pública federaldeterminada pela administração pública municipal.

Parágrafo Único. Os rendimentos de ativos financeiros serão aplicados noobjeto da parceria, estando sujeitos às mesmas condições de prestação de contasexigidas para os recursos transferidos.

Art. 56. A organização da sociedade civil terá o prazo constante doinstrumento de parceria para utilização do recurso financeiro.

Art. 57. Por ocasião da conclusão, rescisão ou extinção da parceria, ossaldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas dasaplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à administração pública municipalno prazo improrrogável de 30 (trinta) dias, sob pena de imediata instauração detomada de contas especial, providenciada pela autoridade competente daadministração pública municipal.

Art. 58. Toda a movimentação de recursos no âmbito da parceria serárealizada mediante transferência eletrônica sujeita à identificação do beneficiário finale à obrigatoriedade de depósito em sua conta bancária.

Parágrafo Único. Os pagamentos deverão ser realizados mediante créditona conta bancária de titularidade dos fornecedores e prestadores de serviços.

Capítulo XVIIIDA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 59. A prestação de contas é um procedimento de acompanhamentosistemático das parcerias com organizações da sociedade civil, para demonstração deresultados das metas, que conterá elementos que permitam verificar, sob os aspectostécnicos e financeiros, a execução integral do objeto e o alcance dos resultadosprevistos.

Art. 60. A prestação de contas deverá ser feita observando-se as regrasprevistas, prazos e normas de elaboração constantes do instrumento de parceria;

§1º O instrumento de parceria pode estabelecer prestações de contasprovisórias a título de fiscalização e acompanhamento.

§ 2º Ocorrendo a prestação de contas de forma provisória, o saldoremanescente será parte integrante da próxima prestação de contas.

Art. 61. As prestações de contas serão analisadas, quanto à suaregularidade, em função dos documentos dela integrantes e seguindo as diretrizesabaixo:

I - após o recebimento pelo setor de prestação de contas, o processodeve ser encaminhado via protocolo à Comissão de Monitoramento e Avaliação,

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para a análise no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, devendo emitir relatóriotécnico e podendo solicitar diligências, que deverão durar por no máximo 20 (vinte)dias, encaminhando posteriormente ao gestor;

II - o gestor, após apreciação do relatório emitido pela Comissão demonitoramento e avaliação e do relatório de Execução Financeira, assinado pelo seurepresentante legal e o responsável financeiro, com a relação das despesas e receitasefetivamente realizadas e vinculadas com a execução do objeto, terá o prazo máximode 20 (vinte) dias para encaminhar a prestação de contas com seu parecer técnico aoSecretário Executivo de Controle Interno e Transparência, podendo solicitar novasdiligências, com prazo máximo de 10 (dez) dias para a emissão do parecer técnico.

III - Compete ao Secretário Executivo de Controle Interno e Transparênciaanalisar as prestações de contas, emitindo parecer de admissibilidade no prazomáximo de 30 (trinta) dias, podendo abrir diligência, quanto à consistência dadocumentação apresentada, à legalidade, à regularidade contábil e à legitimidade daaplicação dos recursos e sua consonância com o Plano de Trabalho e, havendoaprovação, encaminhará ao responsável pela Unidade Gestora, que terá o prazomáximo de 10 (dez) dias para deferimento ou indeferimento da baixa contábil,tendo como base os pareceres técnicos, sendo permitida delegação a autoridadediretamente subordinada, vedada a subdelegação.

IV - Constatadas possíveis improbidades na prestação de contas, ouverificadas em diligências, o Chefe de Controle Interno e Transparência devolverá oprocesso ao Gestor, que terá o prazo máximo de 20 (vinte) dias para as devidasprovidências.

V - Em caso de permanência das irregularidades o processo deverá serencaminhado a Secretaria Executiva de Controle Interno e Transparência.

VI - A organização da sociedade civil terá o prazo máximo de 45 (quarentae cinco) dias, a partir do recebimento da notificação expedida pelo SecretárioExecutivo de Controle Interno e Transparência, prorrogável no máximo por igualperíodo, para a correção da prestação de contas; não conseguindo saná-las tornar-se-á inadimplente e deverá devolver os recursos, parcialmente ou integralmente,corrigido monetariamente, conforme análise, sujeitas à aplicação das sançõesprevistas no art. 74, deste Decreto.

VII - Em caso de devolução dos recursos ou saneamento da prestação decontas por parte da organização da sociedade civil, à Chefia de Controle Interno eTransparência certificará e encaminhará ao responsável pela Unidade Gestora parabaixa contábil e arquivamento do processo.

Art. 62. O processo de prestação de contas de responsabilidade daorganização da sociedade civil deverá conter folhas sequenciais numeradas em ordemcronológica e deve ser composto dos documentos elencados abaixo:

I - ofício de encaminhamento da Prestação de Contas, dirigido aoresponsável da Unidade Gestora, assinado pelo presidente da organização dasociedade civil;

II - plano de trabalho e aplicação dos recursos recebidos;III - declaração firmada por dirigente da entidade beneficiada acerca do

cumprimento dos objetivos previstos, quanto à aplicação dos recursos repassados; IV - relatório de Execução Financeira, assinado pelo seu representante legal

e o responsável financeiro, com a relação das despesas e receitas efetivamente

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realizadas e vinculadas com a execução do objeto composto dos seguintesdocumentos:

a) original do extrato bancário da conta específica mantida pela organizaçãoda sociedade civil beneficiada, evidenciando o ingresso e a saída dos recursos;

b) cópia das transferências eletrônicas ou ordens bancárias vinculadas àsdespesas comprovadas;

c) comprovante da devolução do saldo remanescente, por venturaexistente, à Unidade Gestora;

d) original dos comprovantes da despesa, emitidos em nome daorganização da sociedade civil beneficiada (nota fiscal e cupom fiscal) com os devidostermos de aceite; e

e) comprovante do recolhimento do DAM - Documento de ArrecadaçãoMunicipal, quando da utilização da Nota Fiscal Avulsa.

V - relatório de Execução do Objeto, assinado pelo seu representante legal,contendo as atividades desenvolvidas para o cumprimento do objeto e o comparativode metas propostas com os resultados alcançados, a partir do cronograma físico, comrespectivo material comprobatório, tais como lista de presença e fotografias, vídeosou outros suportes.

Art. 63. O processo de prestação de contas de responsabilidade da UnidadeGestora deverá conter folhas sequenciais numeradas em ordem cronológica e deve sercomposto dos documentos elencados abaixo:

I - relatório emitido pela Comissão de monitoramento e avaliação; II - parecer técnico emitido pelo gestor do termo de colaboração ou do

termo de fomento.III - descrição sumária das atividades e metas estabelecidas; eIV - análise das atividades realizadas, do cumprimento das metas e do

impacto do benefício social obtido em razão da execução do objeto até o período, combase nos indicadores estabelecidos e aprovados no plano de trabalho.

Art. 64. A prestação de contas apresentada pela organização da sociedadecivil deverá conter elementos que permitam avaliar o andamento ou concluir que oseu objeto foi executado conforme pactuado, e a comprovação do alcance das metas edos resultados esperados, até o período de que trata a prestação de contas.

§ 1o Serão glosados valores relacionados a metas e resultadosdescumpridos sem justificativa suficiente.

§ 2o Os dados financeiros serão analisados com o intuito de estabelecer onexo de casualidade entre a receita e a despesa realizada, a sua conformidade e ocumprimento das normas pertinentes.

§ 3o A análise da prestação de contas considerará a verdade real e osresultados alcançados.

Art. 65. As prestações de contas serão avaliadas:I - regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva o

cumprimento dos objetivos e metas estabelecidas no plano de trabalho;II - regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou

qualquer outra falta de natureza formal de que não resulte em dano ao erário; eIII - irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências:

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a) omissão no dever de prestar contas;b) descumprimento injustificado dos objetivos e metas estabelecidos no

plano de trabalho;c) dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico;

ed) desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos.

Art. 66. Vencido o prazo legal e não sendo prestadas as contas, ou nãosendo aprovadas, sob pena de responsabilidade solidária, o responsável pela UnidadeGestora determinará a suspensão imediata da liberação de novos recursos enotificará a organização da sociedade civil em até 30 (trinta) dias, para que cumpra aobrigação ou recolha ao erário os recursos que lhe foram repassados, corrigidosmonetariamente, na forma da legislação vigente.

Parágrafo único. Não havendo saneamento das irregularidades ouomissões, o processo deverá ser encaminhado à Chefia de Controle Interno eAuditoria para as devidas providências.

Art. 67. A Chefia de Controle Interno e Transparência, no prazo máximo de90 (noventa) dias contados do recebimento do processo, notificará a entidade parasanar a irregularidade ou cumprir a obrigação.

§ 1º Rejeitada a prestação de contas e não efetuada a devolução dosrecursos públicos, será formalizada ao Chefe do Poder Executivo Municipal ainstauração de Tomada de Contas Especial.

§ 2º A instauração da Tomada de Contas Especial será solicitada peloSecretário Executivo de Controle Interno e Transparência e seguirá os termos daInstrução Normativa nº 13 de 2012 do Tribunal de Contas de Santa Catarina- TCE-SC.

§ 3º Se no transcurso das providências determinadas no § 1º deste artigo aentidade devolver os recursos ou sanar as contas, a Chefia de Controle Interno eAuditoria certificará e as encaminhará para baixa contábil e arquivamento doprocesso, comunicando o fato ao órgão concedente.

§ 4º Enquanto não for encerrada a Tomada de Contas Especial, aorganização da sociedade civil envolvida ficará impedida de receber recursos públicosdo Município.

Art. 68. Será permitido o livre acesso dos servidores da Unidade Gestoracorrespondente ao processo, assim como os servidores da Secretaria Executiva deControle Interno e Transparência e do Tribunal de Contas de Santa Catarina, aosdocumentos, às informações referentes aos instrumentos de transferênciasregulamentados por este Decreto, bem como aos locais de execução do objeto.

Art. 69. A organização da sociedade civil deverá manter em seu arquivo osdocumentos que compõem a Prestação de Contas pelo prazo de 10 (dez) anos,contados a partir do dia útil subsequente ao da sua apresentação.

Art. 70. O responsável pela Unidade Gestora responde pela decisão sobre aaprovação da prestação de contas ou por omissão em relação à análise de seuconteúdo, levando em consideração, no primeiro caso, os pareceres técnico, financeiro

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e jurídico, sendo permitida delegação às autoridades diretamente subordinadas,vedada a subdelegação.

Capítulo XIXDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 71. A concessão de recursos públicos por meio de termo decolaboração ou de termo de fomento em desacordo com o presente Decreto, bemcomo o descumprimento dos prazos e providências nele determinados, sujeita àUnidade Gestora e à organização da sociedade civil às penalidades previstas nalegislação em vigor e a devolução dos valores irregularmente liberados.

Art. 72. As Secretarias Municipais e Fundações estão autorizadas a expedirInstruções Normativas complementares relativas exclusivamente às parceriasespecíficas de suas pastas, quando necessárias à aplicação das disposiçõesestabelecidas neste Decreto.

Parágrafo único: As Instruções Normativas de que trata o caput somenteterão validade depois de avalizadas pela Secretaria Executiva de Controle Interno eTransparência.

Art. 73. Aplicam-se as disposições deste Decreto, no que couber, àsrelações da administração pública com entidades qualificadas como organizações dasociedade civil de interesse público, de que trata a Lei nº 9.790, de 23 de março de1999, regidas por termos de parceria.

Art. 74. Quando a execução da parceria estiver em desacordo com o planode trabalho e com as normas deste Decreto e da lei 13.019/2014, o responsável pelaUnidade Gestora, garantida a prévia defesa, aplicará à organização da sociedade civilparceira as seguintes sanções:

I - advertência: a sanção de advertência tem caráter preventivo e seráaplicada quando verificadas impropriedades praticadas pela organização da sociedadecivil no âmbito da parceria que não justifiquem a aplicação de penalidade mais grave.

II - suspensão temporária: a sanção de suspensão temporária será aplicadanos casos em que forem verificadas irregularidades na celebração, execução ouprestação de contas da parceria e não se justificar a imposição da penalidade maisgrave, considerando-se a natureza e a gravidade da infração cometida, aspeculiaridades do caso concreto, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e osdanos que dela provieram para a administração pública municipal.

§ 1º A sanção de suspensão temporária impede a organização da sociedadecivil de participar de chamamento público e celebrar parcerias ou contratos comórgãos e entidades da administração pública municipal por prazo não superior a 2(dois) anos.

§ 2º Declaração de inidoneidade para participar em chamamento público oucelebrar termos de colaboração ou termos de fomento e contratos com órgãos eentidades, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que

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seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade,que será concedida sempre que a organização da sociedade civil ressarcir aadministração pública municipal pelos prejuízos resultantes, e após decorrido o prazode 2 (dois) anos da aplicação da sanção.

§ 3º As sanções poderão ser aplicadas pelo Secretário Executivo deControle Interno e Transparência, cabendo recurso administrativo de reconsideração,no prazo de 15 dias.

§ 4º Prescreve em 5 (cinco) anos, contados a partir da data daapresentação da prestação de contas, a aplicação de penalidade decorrente deinfração relacionada à execução da parceria.

§ 5º A prescrição será interrompida com a edição de ato administrativovoltado à apuração da infração.

Art. 75. As organizações da sociedade civil suspensas ou declaradasinidôneas em razão da rejeição da prestação de contas de parceria da qual écelebrante terão seus registros, junto à Secretaria de Finanças do Município,classificados como pendentes de regularização enquanto perdurarem os motivosdeterminantes da punição ou até que seja promovida reabilitação, por prazo nãosuperior a 5 (cinco) anos.

Art. 76. Os recursos transferidos através do termo de colaboração e dotermo de fomento, quando a sua dotação orçamentária tiver origem vinculada a fundoconstituído, a fiscalização também deve ser exercida pelo respectivo fundo e pelorespectivo Conselho Municipal.

Art. 77. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadasas disposições em contrário.

Paço Municipal em São José (SC), 31 de agosto de 2017.

ADELIANA DAL PONTPrefeita Municipal

LÉDIO COELHOSecretário da Casa Civil

RODRIGO JOÃO MACHADOProcurador Geral do Município

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GUSTAVO DUARTE DO VALLEPEREIRA

Secretário Executivo de Controle Internoe Transparência

VERA SUELY DE ANDRADESecretária de Administração

SINARA REGINA LANDT SIMIONISecretária de Saúde

MÉRI TEREZINHA DE MELO HANGSecretária de Educação

ROSEMERI BARTUCHESKISecretária de Assistência Social

FERNANDA VIEIRA DINIZSuperintendente da Fundação do Meio

Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

JULIANA GRACIOSA PEREIRASuperintendente da Fundação de

Esportes e Lazer

JOICE PORTO LUCASuperintendente da Fundação de Cultura

e Turismo

CONSTÂNCIO KRUMMEL MACIELNETO

Presidente da Autarquia São JoséPrevidência

ANA CRISTINA OLIVEIRA DASILVA HOFFMANN

Superintendente da USJ

JULIANA GRACIOSA PEREIRASuperintendente da Fundação

Municipal de Esporte Lazer

WALDEMAR BORNHAUSEN NETOSecretário de Desenvolvimento

Econômico e Inovação

MATSON LUIS CÉSecretaria de Urbanismo e Serviços

Públicos

MILTON BLEY JÚNIORSecretário de Infraestrutura

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RODRIGO DE ANDRADESecretaria de Planejamento e

Assuntos Estratégicos

ANDREA IRANY PACHECORODRIGUES

Secretaria de Segurança, Defesa Civile Trânsito

FABIANO MARQUES BATISTASecretaria Executiva de Comunicação Social

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