decreto 59.310-966 regime jurídico dos funcionários policiais civis do departamento federal de...

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Presidncia da RepblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurdicos

DECRETO N 59.310,DE 23 DE SETEMBRO DE 1966.Dispe sobre o regime jurdico dos Funcionrios Policiais Civis do Departamento Federal de Segurana Pblica e da Polcia do Distrito Federal, na forma prevista no artigo 72 da Lei n 4.878, de 3 de dezembro de 1965.

O PRESIDENTE DA REPBLICA , usando da atribuio que lhe confere o artigo 87, item I, da Constituio,

DECRETA:

TTULO I

CAPTULO NICO Das disposies preliminares Art 1 So policiais civis os brasileiros legalmente investidos em cargos do Servio de Polcia Federal e do Servio Policial Metropolitano, previstos no Sistema de Classificao de Cargos aprovado pela Lei nmero 4.483, de 16 de dezembro de 1964, com as alteraes constantes da Lei n 4.813, de 25 de outubro de 1965.

Pargrafo nico. So considerados, igualmente, funcionrios policiais os ocupantes de cargo em comisso ou funo gratificada com atribuies e responsabilidade de natureza policial.

Art 2 O exerccio de cargo de natureza policial privativo dos funcionrios abrangidos pela Lei nmero 4.878, de 3 de dezembro de 1965.

Art 3 A funo policial, pelas suas caractersticas e finalidades fundamenta-se na hierarquia e na disciplina.

Art 4 A precedncia entre os integrantes das sries de classes dos Servios de Polcia Federal e Policial Metropolitano se estabelece, bsica e primordialmente, pela subordinao funcional.

TTULO II Do provimento e da vacncia CAPTULO I Do provimento Art 5 Os cargos com atribuies e responsabilidades de natureza policial sero providos por:

I - nomeao;

II - promoo;

III - transferncia;

IV - reintegrao;

V - readmisso;

VI aproveitamento;

VII - reverso.

CAPTULO II Da nomeao Art 6 A nomeao far-se- exclusivamente:

I - em carter efetivo, quando se tratar de cargo integrante de classe singular ou inicial de srie de classes, condicionada anterior aprovao em curso especfico da Academia Nacional de Polcia;

II - em comisso, quando se tratar de cargo isolado que, em virtude de lei, assim deva ser provido.

Art 7 A nomeao obedecer rigorosa ordem de classificao dos candidatos habilitados em curso a que se tenham submetido na Academia Nacional de Polcia.

Art 8 A Academia Nacional de Polcia, sempre que solicitada pela Diviso de Administrao, do Departamento Federal de Segurana Pblica ou pela Secretaria de Segurana Pblica da Prefeitura do Distrito Federal, realizar cursos de formao profissional dos candidatos ao ingresso no Departamento Federal de Segurana Pblica e na Polcia do Distrito Federal.

Art 9 So requisitos para matrcula na Academia Nacional de Polcia:

I - ser brasileiro;

II - ter completado dezoito anos de idade;

III - estar no gzo dos direitos polticos;

IV - estar quite com as obrigaes militares;

V - ter procedimento irrepreensvel;

VI - gozar de boa sade, fsica e psquica, comprovada em inspeo mdica;

VII - possuir temperamento adequado ao exerccio da funo policial, apurado em exame psicotcnico realizado pela Academia Nacional de Polcia;

VIII - ter sido habilitado previamente em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos.

1 A prova da condio prevista no item IV deste artigo no ser exigida da candidata ao ingresso na Polcia Feminina.

2 Ser demitido, mediante processo disciplinar regular, o funcionrio policial, que, para ingressar no Departamento Federal de Segurana Pblica ou na Polcia do Distrito Federal, omitir fato que impossibilitaria a sua matrcula na Academia Nacional de Polcia.

Art 10. Os conhecimentos exigveis, os limites de idade, o nmero de matrculas e as condies de sanidade e capacidade fsica para inscrio nos concursos da Academia Nacional de Polcia sero fixados nas respectivas instrues, que indicaro as vagas a serem preenchidas.

Pargrafo nico. Quando o candidato for ocupante de cargo ou funo pblica, a sua inscrio independer de limite de idade.

Art 11. Encerradas as inscries, legalmente processadas, no se abriro novas antes da realizao do concurso respectivo.

CAPTULO III Da posse Art 12. Posse a investidura em cargo pblico ou funo gratificada.

Pargrafo nico. No haver posse nos casos de promoo, nomeao por acesso e reintegrao.

Art 13. S poder ser empossado em cargo dos Servios de Polcia Federal ou Policial Metropolitano ou em cargo em comisso, com atribuies e responsabilidades de natureza policial, quem, alm dos previstos no artigo 9 deste Regulamento, satisfizer os seguintes requisitos:

I - Ter sido aprovado em curso de formao profissional para ingresso no Departamento Federal de Segurana Pblica ou na Polcia do Distrito Federal, salvo quando se tratar de cargo em comisso;

II - ter atendido s condies especiais prescritas em lei ou regulamento para determinados cargos ou srie de classes.

1 A prova das condies a que se refere os itens I e II do artigo 9 e I deste artigo no ser exigida nos casos dos itens IV a VII do artigo 5.

2 O provimento dos cargos integrantes do Grupo Ocupacional PM-300-Policiamento Feminino, criado pela Lei n 4.883, de 16 de novembro de 1964,como as alteraes constantes da Lei 4.813, de 25 de outubro de 1965, independer da prova da condio a que se refere o item IV do artigo 9.

Art 14. So competentes para dar posse:

I - O Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica, ao Chefe de seu Gabinete, ao Corregedor, aos Delegados Regionais e aos diretores e chefes de servios que lhe sejam subordinados;

II - O Diretor da Diviso de Administrao do mesmo Departamento, nos demais casos;

III - O Secretrio de Segurana Pblica do Distrito Federal ao Chefe de seu Gabinete e aos Diretores que lhe sejam subordinados;

IV - O Diretor da Diviso de Servios Gerais da Polcia do Distrito Federal, nos demais casos.

Pargrafo nico. O Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica, o Secretrio de Segurana Pblica do Distrito Federal e o Diretor da Diviso de Administrao do referido Departamento podero delegar competncia para dar posse.

Art 15. Do termo de posse, assinado pela autoridade competente e pelo funcionrio, constar o compromisso do fiel cumprimento dos deveres e atribuies, bem como a declarao, pormenorizada, dos bens e valores que constituem o seu patrimnio.

Pargrafo nico. A declarao de bens ser atualizada bienalmente, podendo a autoridade a que estiver subordinado o funcionrio exigir a comprovao da legitimidade da procedncia dos bens acrescidos ao patrimnio do funcionrio (art. 3, 3, da Lei n 3.164, de 1 de junho de 1957).

Art 16. A posse poder processar-se mediante procurao, quando se tratar de funcionrio ausente do pas em comisso do Governo, ou, em casos especiais, a juzo da autoridade competente.

Art 17. A autoridade que der posse verificar, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as condies legais para a investidura.

Art 18. A posse ter lugar no prazo de trinta dias da publicao, no rgo oficial, do ato de provimento.

1 A requerimento do interessado, o prazo da posse poder ser prorrogado at sessenta dias, a critrio da autoridade competente.

2 Se a posse no se verificar nos prazos previstos neste artigo, a nomeao ser tornada sem efeito por decreto.

CAPTULO IV Do exerccio Art 19. O inicio, a interrupo e o reinicio do exerccio sero registrados no assentamento individual do funcionrio.

Art 20. Ao chefe da repartio em que foi lotado o funcionrio compete dar-lhe exerccio.

Art 21. O exerccio do cargo ou funo ter inicio no prazo de trinta dias contados:

I - Da data da publicao oficial do ato, no caso de reintegrao;

II - Da data da posse, nos demais casos.

1 A promoo e a nomeao por acesso no interrompem o exerccio, que contado na nova classe, a partir, respectivamente, da data da publicao do ato que promover ou do que nomear o funcionrio.

2 O funcionrio transferido ou removido quando licenciado ou afastado em virtude do disposto nos itens I, II e III do artigo 194, ter trinta dias, a partir do trmino do impedimento, para entrar em exerccio.

3 O prazo deste artigo poder ser prorrogado por mais trinta dias, a requerimento do interessado.

Art 22. Ao entrar em exerccio, o funcionrio, apresentar ao rgo competente os elementos necessrios ao assentamento individual.

Art 23. O funcionrio no poder afastar-se de sua repartio para ter exerccio em outra ou prestar servios ao Poder Legislativo ou a qualquer Estado da Federao, salvo quando se tratar de atribuio inerente do seu cargo efetivo e mediante expressa autorizao do Presidente da Repblica ou do Prefeito do Distrito Federal, quando integrante da Polcia do Distrito Federal.

Pargrafo nico. O afastamento obedecer sempre a prazo certo, permitida, contudo, a sua prorrogao, no interesse do Servio Pblico.

Art 24. Ser considerado como de efetivo exerccio o perodo de tempo realmente necessrio viagem para a nova sede.

Art 25. A freqncia aos cursos de formao profissional da Academia Nacional de Polcia para a primeira investidura em cargo de atividade policial considerada de efetivo exerccio para fins de aposentadoria.

Art 26. O funcionrio no poder ausentar-se do pas, para estudo ou misso oficial, sem autorizao do Presidente da Repblica, ou do Prefeito do Distrito Federal, quando integrante da Polcia do Distrito Federal.

Art 27. Preso preventivamente, pronunciado por crime comum, denunciado por crime funcional ou pelos crimes previstos no item I do artigo 48 da Lei n 4.878, de 3 de dezembro de 1965, ou, ainda, condenado por crime inafianvel em processo no qual no haja pronncia, o funcionrio ser afastado do exerccio, at deciso final passada em julgado.

CAPTULO V Do Estgio probatrio Art 28. Estgio probatrio o perodo de dois anos de efetivo exerccio do funcionrio, contados da sua primeira investidura em cargo de natureza policial, durante o qual se apuraro os seguintes requisitos:

I - Idoneidade moral;

II - Assiduidade;

III - Disciplina;

IV - Eficincia.

Pargrafo nico. Mensalmente, o responsvel pela repartio ou servio, em que esteja lotado funcionrio sujeito a estgio probatrio, encaminhar ao rgo de pessoal relatrio sucinto sobre o comportamento do estagirio.

Art 29. Sem prejuzo da remessa prevista no pargrafo nico do artigo anterior, o responsvel pela repartio ou servio em que sirva funcionrio sujeito a estgio probatrio, seis meses antes da terminao destes, informar reservadamente ao rgo de pessoal sbre o funcionrio, tendo em vista os requisitos previstos no artigo anterior.

1 Com base na informao reservada e nos relatrios sucintos de que trata o pargrafo nico do artigo 28, o rgo de pessoal formular parecer escrito, concluindo a favor ou contra a confirmao, consoante tenham sido, ou no, satisfatoriamente atendidos cada um dos requisitos a serem observados no perodo do estgio.

2 Desse parecer, se contrrio confirmao, ser dada vista ao estagirio, para, no prazo de cinco dias, contados da publicao de sua notificao no Boletim de Servio, apresentar defesa.

3 Manifestando-se sbre o parecer e a defesa, o Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou, se for o caso, o Secretrio de Segurana Pblica, encaminhar autoridade competente o respectivo expediente.

4 A apurao dos requisitos de que trata o artigo 28 dever processar-se de modo a que a exonerao do funcionrio se faa antes de concludo o perodo de estgio, sob pena de responsabilidade.

CAPTULO VI Da promoo SEO I Das disposies gerais Art 30. Promoo a elevao do funcionrio classe imediatamente superior quela a que pertence, na respectiva srie de classes.

Pargrafo nico. No poder haver promoo de funcionrio em estgio probatrio, aposentado ou em disponibilidade.

Art 31. A promoo obedecer aos critrios de merecimento e de Antigidade de classe e ser feita razo de dois teros por merecimento e um tero por Antigidade.

Pargrafo nico. Qualquer outra forma de provimento de vaga no interromper a seqncia dos critrios de que trata este artigo.

Art 32. As promoes sero realizadas em 21 de abril e 28 de outubro de cada ano, desde que verificada a existncia de vaga e haja funcionrio em condies de a elas concorrer.

Art 33. No poder haver promoo para a classe em que houver cargo excedente.

Art 34. Para efeito de promoo, o tempo de servio ser apurado e indicado em dias.

Art 35. Ser promovido por merecimento o funcionrio que, dentro do nmero existente de vagas, estiver em condies, ao mesmo tempo, de ser promovido pelos dois critrios de promoo.

Art 36. O interstcio para promoo ser de 1.095 (mil e noventa e cinco) dias de efetivo exerccio na classe.

1 Quando nenhum dos funcionrios integrantes da classe possuir aquele tempo, o interstcio ser reduzido para 730 (setecentos e trinta) dias.

2 O interstcio ser apurado de acordo com as normas que regulam a contagem de tempo para efeito de Antigidade de classe.

Art 37. A Antigidade de classe e o interstcio para promoo em 21 de abril e 28 de outubro sero apurados, respectivamente, no ltimo dia dos meses de fevereiro e agosto.

Pargrafo nico. No havendo funcionrio em condio de ser promovido, as vagas existentes somente sero preenchidas na prxima data marcada para as promoes.

Art 38. Verificada vaga originria em uma classe, sero consideradas abertas todas as decorrentes do seu preenchimento, dentro da respectiva srie de classe.

Pargrafo nico. Verifica-se a vaga originria na data:

a) do falecimento do ocupante do cargo;

b) da publicao do decreto que transferir, verificada a posse, aposentar, exonerar ou demitir o ocupante do cargo;

c) da vigncia do decreto de promoo ou nomeao por acesso;

d) da posse, no caso de nomeao para outro cargo;

e) da publicao da lei que criar o cargo e conceder dotao para o seu provimento ou da que determinar apenas esta ltima medida, se o cargo estiver criado;

f) da publicao do decreto que extinguir o cargo excedente cuja dotao permitir o preenchimento de cargo; ou

g) da declarao da companhia de transporte utilizada pelo funcionrio desaparecido em acidente.

Art 39. Para todos os efeitos, ser considerado promovido por antigidade o funcionrio que vier a falecer sem que tenha sido decretada, no prazo legal, a promoo que lhe caiba.

Art 40. Em benefcio do funcionrio a quem de direito cabia a promoo, ser declarado sem efeito o ato que a houver decretado indevidamente.

1 O funcionrio promovido indevidamente no ficar obrigado a restituir o que a mais houver recebido.

2 O funcionrio a quem cabia a promoo ser indenizado da diferena de vencimento que tiver direito.

Art 41. Somente por antigidade poder ser promovido:

I - O funcionrio em exerccio de mandato eletivo federal, estadual ou municipal;

II - O funcionrio licenciado para acompanhar o cnjuge, funcionrio civil ou militar, mandado servir em outro ponto do territrio nacional ou no exterior;

III - O funcionrio licenciado para trato de interesse particulares.

Art 42. O funcionrio suspenso poder ser promovido, mas os efeitos da promoo ficaro condicionados:

I - No caso de suspenso disciplinar ou deteno disciplinar, declarao de improcedncia da penalidade aplicada;

II - No caso de suspenso preventiva, ao resultado da apurao dos fatos que a determinaram.

1 Na hiptese deste artigo, o funcionrio s perceber o vencimento correspondente nova classe quando tornada sem efeito a penalidade aplicada ou se, da verificao dos fatos que determinaram a suspenso preventiva, no resultar pena mais grave que a repreenso.

2 Nos casos previstos no pargrafo anterior, o funcionrio perceber o vencimento correspondente nova classe, a partir da data da vigncia da sua promoo.

3 Se mantida a penalidade da suspenso ou se, da verificao dos fatos que determinaram a suspenso preventiva, resultar para mais grave que a de repreenso, a promoo ser tornada sem efeito a partir de sua vigncia.

SEO II Da promoo por merecimento Art 43. Merecimento a demonstrao positiva pelo funcionrio, durante sua permanncia na classe, de pontualidade e assiduidade, de capacidade e eficincia, esprito de colaborao, tica profissional e compreenso dos deveres e, bem assim, de qualificao para o desempenho das atribuies de classe superior.

Art 44. A promoo por merecimento recair no funcionrio escolhido pelo Presidente da Repblica ou pelo Prefeito do Distrito Federal dentre os que figurarem na lista previamente organizada.

1 A lista ser organizada para cada classe e dela constaro os nomes dos funcionrios de maior merecimento, em nmero correspondente ao triplo das vagas a serem providas por este critrio.

2 No havendo nmero suficiente de funcionrios para constituio do triplo a que se refere o pargrafo anterior, participaro da lista os que preencham os requisitos legais.

Art 45. Para a promoo por merecimento requisito necessrio a aprovao em curso na Academia Nacional de Polcia correspondente classe imediatamente superior quela a que pertence o funcionrio.

Art 46. O merecimento do funcionrio ser apurado em pontos positivos e negativos, segundo o preenchimento, respectivamente, das condies essenciais e complementares definidas nesta seo.

Art 47. As condies essenciais dizem respeito atuao do funcionrio no exerccio de seu cargo ou a requisitos considerados indispensveis a esse exerccio.

Art 48. Constituem condies essenciais a qualidade e quantidade de trabalho, a auto-suficincia a iniciativa, o tirocnio, a colaborao, a tica profissional, o conhecimento do trabalho, o aperfeioamento funcional e a compreenso dos deveres.

Pargrafo nico. Para cada um dos fatores relacionados neste artigo, sero fixados cinco graus de avaliao conforme o respectivo comportamento funcional.

Art 49. A qualidade do trabalho ser considerada tendo em vista apenas o grau de exatido, a preciso e a apresentao, podendo, se fr o caso, ser apreciada amostra do trabalho comumente executado.

Art 50. A quantidade do trabalho ser apreciada em face da produo diria ou outra unidade adequada comparada aos padres desejados, inclusive, e principalmente o volume de trabalho produzido.

Art 51. Auto-suficincia a capacidade demonstrada pelo funcionrio para desempenhar as tarefas de que foi incumbido, sem necessidade de assistncia ou superviso permanente de outrem.

Art 52. Iniciativa a capacidade de pensar e agir com senso comum na falta de normas e processos do trabalho previamente determinados, assim como a de apresentar sugestes ou idias tendentes ao aperfeioamento do servio.

Art 53. Tirocnio a capacidade demonstrada pelo funcionrio para avaliar e discernir a importncia das decises que deve tomar.

Art 54. Colaborao a qualidade demonstrada pelo funcionrio de cooperar, com a chefia e com os colegas, na realizao dos trabalhos afetos ao rgo em que tem exerccio.

Art 55. tica profissional a capacidade de discrio demonstrada pelo funcionrio no exerccio de sua atividade, ou em razo dela, assim como de agir com cortesia e polidez no trato com os colegas e as partes.

Art 56. Conhecimento do trabalho a capacidade demonstrada pelo funcionrio para realizar as atribuies inerentes ao cargo, com pleno conhecimento dos mtodos e tcnicas utilizados.

Art 57. Aperfeioamento funcional a comprovao, pelo funcionrio, de capacidade para melhor desempenho das atividades normais do cargo e para realizao de atribuies superiores, adquiridas por intermdio de estudos ou trabalhos especficos, bem como atravs de cursos regulares relacionados com aquelas atividades ou atribuies, realizadas pela Academia Nacional de Polcia.

Art 58. Compreenso dos deveres a noo de responsabilidade e seriedade com que o funcionrio desempenha suas atribuies.

Art 59. As condies complementares referem-se aos aspectos negativos do merecimento funcional e se constituem da falta de assiduidade, da impontualidade horria e da indisciplina.

Art 60. A falta de assiduidade ser determinada pela ausncia injustificada do funcionrio ao servio, computando-se um ponto para cada falta.

Pargrafo nico. No constituiro falta, para os efeitos deste artigo:

I - Os afastamentos indicados no artigo 81 deste Regulamento;

II - Os afastamentos decorrentes de licenas legalmente concedidas.

Art 61. A impontualidade horria ser determinada pelo nmero de entradas tardias e sadas antecipadas.

Pargrafo nico. Para os fins deste artigo, as entradas tardias ou sadas antecipadas sero adicionadas uma s outras, computando-se um ponto para cada grupo de trs, sendo desprezadas as que no atingirem aquele nmero dentro do semestre.

Art 62. A indisciplina ser apurada tendo em vista as penalidades de repreenso, suspenso, mesmo quando convertida em deteno disciplinar, e destituio de funo, impostas ao funcionrio.

Pargrafo nico. Na aplicao do disposto neste artigo, cada repreenso corresponder a dois pontos, cada dia de suspenso a trs, e cada destituio de funo a dez pontos.

Art 63. O merecimento do funcionrio, na classe a que pertencer, ser apurado semestralmente, atravs do Boletim de Merecimento, conforme modelo aprovado pelo decreto n 53.480, de 23 de janeiro de 1964.

Art 64. As condies essenciais de merecimento sero aferidas pelo chefe imediato do funcionrio e as condies complementares pelo rgo de pessoal competente.

Art 65. No caso de haver movimentao do funcionrio, que importe em subordinao a outro chefe imediato a sua apresentao ao novo setor de trabalho ser, obrigatoriamente, acompanhada do Boletim de Merecimento devidamente preenchido pelo chefe a que estava subordinado, qualquer que seja o respectivo perodo de subordinao.

1 No caso de haver mudana de chefia, os funcionrios que se acham a ela subordinados tero o merecimento aferido pelo chefe imediato que se afasta, correspondente ao perodo de subordinao.

2 Em qualquer das hipteses deste artigo, o funcionrio ter, ainda, seu merecimento aferido pelo chefe imediato na poca prpria a que se refere o artigo 95 correspondente ao respectivo perodo de subordinao.

3 Expirado o semestre, o chefe imediato do funcionrio remeter os Boletins de Merecimento, Comisso de Promoo, de que trata o artigo 83.

4 A autoridade responder pela inobservncia do disposto neste artigo.

Art 66. O julgamento das condies essenciais referentes aos funcionrios afastados da repartio em que estiverem lotados competir autoridade a que se encontrarem diretamente subordinados, aplicando-se, no que couber, as disposies do artigo anterior.

Art 67. No julgamento das condies essenciais de seu merecimento, poder o funcionrio, no prazo de oito dias contado a partir da cincia, apresentar recurso Comisso de Promoo, por intermdio do chefe imediato, que se manifestar sbre o pedido e o encaminhar dentro de igual prazo.

Art 68. Cada quesito constante das condies essenciais corresponder a uma seriao de valores, que variar de um a cinco pontos, conforme o respectivo preenchimento.

Art 69. O ndice de merecimento do funcionrio em cada semestre representado pela soma algbrica dos pontos positivos, referentes s condies essenciais, e dos pontos negativos, atinentes s condies complementares.

Pargrafo nico. Nas situaes previstas no artigo 65, o ndice de merecimento no semestre corresponder mdia aritmtica dos ndices parciais dos Boletins expedidos.

Art 70. O grau de merecimento do funcionrio ser representado pela mdia aritmtica dos ndices de merecimento obtidos nos quatro semestres anteriores apurao.

Art 71. Em igualdade de condies de merecimento, proceder-se- ao desempate na forma do artigo 80 e seus pargrafos.

Art 72. No poder ser promovido por merecimento o funcionrio:

a) em exerccio de mandato eletivo federal, estadual ou municipal;

b) que no obtiver, como grau de merecimento, pelo menos a metade do mximo atribuvel;

c) que steja licenciado, para tratar de interesses particulares ou para acompanhar o cnjuge, na poca da promoo ou dento dos noventa dias imediatamente anteriores a 21 de abril ou 28 de outubro;

d) inabilitado no curso a que se refere o artigo 45 deste Regulamento.

Art 73. Nos casos de afastamento do funcionrio do exerccio do cargo efetivo, inclusive em virtude de licena ou para ocupar cargo em comisso, o ndice de merecimento ser calculado de acordo com as seguintes normas:

I - Quando o afastamento perdurar, durante o semestre, por um perodo igual ou inferior a trs meses, ser feita normalmente a apurao do merecimento, mediante a expedio do respectivo Boletim;

II - Quando o afastamento perdurar, durante o semestre, por um perodo superior a trs meses, o ndice de merecimento:

a) ser igual ao obtido no ltimo semestre de exerccio, nos casos de afastamento considerados de efetivo exerccio; ou

b) corresponder a dois teros do obtido no ltimo semestre de exerccio, nos demais casos.

Art 74. O merecimento adquirido especificamente na classe; promovido, o funcionrio comear a adquirir merecimento a contar de seu ingresso na nova classe.

SEO III Da promoo por antiguidade Art 75. A promoo por antiguidade recair no funcionrio que tiver maior tempo de efetivo exerccio na classe, apurado no ltimo dia dos meses de fevereiro ou agosto.

Pargrafo nico. S poder se promovido por antiguidade o funcionrio que houver obtido, como grau de merecimento pelo menos, metade do mximo atribuvel.

Art 76. A antiguidade ser determinada pelo tempo lquido de exerccio do funcionrio na classe a que pertencer.

Art 77. Quando houver fuso de classes do mesmo nvel de vencimento, de duas ou mais sries de classes, os funcionrios contaro, na nova classe, a antiguidade de classe que tiverem na data da fuso.

Pargrafo nico. O disposto neste artigo aplicvel aos casos de reclassificao de cargo, de um srie de classes em outra.

Art 78. Quando houver elevao de nvel inferior de vencimentos de uma srie de classes, com a fuso de classes sucessivas a antiguidade dos funcionrios, na classe que resultar da fuso, ser contada do seguinte modo:

I - Os funcionrios de classe inicial contaro a antiguidade que tiverem nessa classe, na data da fuso;

II - Os funcionrios de classes superiores inicial, contaro a soma das seguintes parcelas:

a) a antiguidade que tiverem na classe a que pertencerem, na data da fuso; e

b) a antiguidade que tenham tido nas classes inferiores da srie de classes, nas datas em que houverem sido promovidos.

Art 79. A antiguidade de classes ser contada:

I - Nos casos de nomeao, readmisso, transferncia a pedido, reverso ou aproveitamento, a partir da data em que o funcionrio entrar no exerccio do cargo;

II - Nos casos de nomeao por acesso, promoo e readaptao, a partir de sua vigncia;

III - No caso de transferncia " ex officio ", considerando-se o perodo de exerccio que o funcionrio possua na classe quando foi transferido.

Art 80. Quando ocorrer empate na classificao por antiguidade, ter preferncia, sucessivamente:

1) o funcionrio de maior tempo de servio pblico federal;

2) o de maior tempo de servio pblico;

3) o de maior prole;

4) o mais idoso.

1 Quando se tratar de classe inicial, o primeiro desempate ser feito pela classificao alcanada no curso para ingresso na srie de classes ou pela classificao para nomeao por acesso, representadas ambas pelas mdias finais apuradas pela Academia Nacional de Polcia.

2 Como tempo de servio pblico federal, ser computado o exerccio em quaisquer cargos ou funes da administrao federal, centralizado ou autrquica, bem como o perodo de servio militar prestado ao Exrcito, Marinha e Aeronutica.

3 Ser computado como tempo de servio pblico o que tenha sido prestado Unio, aos Estados, Distrito Federal, Territrios e Municpios, em cargo ou funo civil ou militar, ininterruptamente ou no, em rgo de administrao direta ou autrquica, bem como em sociedade de economia mista ou em fundaes institudas pelo Poder Pblico, apurado vista dos registros de freqncia, folhas de pagamento ou dos elementos regularmente averbados no assentamento individual do funcionrio.

Art 81. Na apurao do tempo lquido de efetivo exerccio, para determinao da antiguidade de classe, bem como do desempate previsto no artigo anterior, sero includos os perodos de afastamento decorrentes de:

I - frias;

II - casamento;

III - luto;

IV - exerccio de outro cargo federal de provimento em comisso;

V - convocao para o servio militar;

VI - jri e outros servios obrigatrios por lei;

VII - exerccio de funo ou cargo de governo ou administrao, em qualquer parte do territrio nacional, por nomeao do Presidente da Repblica;

VIII - desempenho de funo eletiva federal, estadual ou municipal;

IX - licena especial;

X - licena a funcionria gestante, ao funcionrio acidentado em servio ou atacado de doena profissional, na forma dos artigos 222 e 224 deste Regulamento;

XI - misso ou estudo no estrangeiro, quando o afastamento houver sido autorizado pelo Presidente da Repblica ou Prefeito do Distrito Federal;

XII - exerccio, em comisso, de cargos de chefia nos servios dos Estados, Distrito Federal, Territrios e Municpios, observando o disposto no artigo 23 deste Regulamento;

XIII - o perodo de tempo realmente necessrio viagem para a nova sede, na forma prevista no artigo 24 deste Regulamento;

XIV - doena comprovada em inspeo mdica, nos termos do artigo 248 deste Regulamento;

XV - expressa determinao legal em outros casos.

Art 82. No se contar tempo de servio concorrente ou simultaneamente prestado, em dois ou mais cargos ou funes, Unio, Estados, Distrito Federal, Municpios, Territrios, Autarquias ou Sociedades de Economia Mista.

SEO IV Da Comisso de Promoo Art 83. No Departamento Federal de Segurana Pblica e na Secretaria de Segurana Pblica do Distrito Federal haver uma Comisso de Promoo, integrada de cinco membros, designados, respectivamente, pelo Diretor-Geral do D.F.S.P. ou Secretrio de Segurana Pblica.

Pargrafo nico. Os membros da Comisso tomaro posse perante a autoridade competente para os designar.

Art 84. A Comisso a que se refere o artigo anterior se compe:

I - do dirigente do rgo do pessoal;

II - de dois chefes de repartio ou servio, com atribuies de natureza policial;

III - de dois funcionrios altamente qualificados, integrantes dos Servios Policiais.

1 Os membros de que trata o item III deste artigo sero escolhidos entre funcionrios que no tenham possibilidade de promoo ou acesso.

2 No havendo funcionrios que preencham os requisitos do pargrafo anterior, a escolha s poder recair em ocupante efetivo de cargo no inferior ao nvel 17.

3 A Comisso funcionar com um mnimo de trs membros, sendo obrigatria a participao de, pelo menos, um dos indicados no item III.

Art 85. Compete Comisso de Promoo:

I - rever o julgamento inicial dos funcionrios expresso nos Boletins de Merecimento;

II - elaborar, semestralmente, as classificaes de merecimento e de antiguidade, de acordo com as normas constantes deste Regulamento, em referncia a cada srie de classes, mesmo no havendo vagas a preencher;

III - elaborar, nos trinta dias que antecedem as datas referidas no artigo 32, os expedientes definitivos de promoo abrangendo as sries de classes em que houver vagas preenchveis;

IV - apreciar os recursos interpostos por funcionrios contra julgamento das condies essenciais de merecimento, de que trata o artigo 67 deste Regulamento, decidindo sbre os mesmos;

V - examinar recursos de funcionrios contra erros ou omisses havidos nas classificaes de merecimento e de antiguidade, ouvido o respectivo rgo de pessoal.

Art 86. Ao rever o julgamento inicial e em face dos elementos informativos de que dispuser, poder a Comisso de Promoo impugnar os quesitos inadequadamente preenchidos pelo chefe do funcionrio.

Pargrafo nico. Antes da impugnao de que trata este artigo, dever a Comisso de Promoo efetuar as diligncias consideradas indispensveis, solicitando, se necessrio, novo pronunciamento do chefe imediato a respeito do quesito ou quesitos questionados.

Art 87. Para cumprimento do disposto neste Regulamento, a Comisso de Promoo ter assessoramento permanente do rgo de pessoal.

SEO V Da processamento das promoes Art 88. Nas promoes, a serem realizadas em 21 de abril e 28 de outubro de cada ano, sero providas as vagas verificadas, respectivamente, at o ltimo dia dos meses de fevereiro e agosto.

Art 89. A promoo se efetuar mediante decreto coletivo, lavrado pela Comisso de Promoo.

Pargrafo nico. Publicado o decreto coletivo, o rgo de pessoal, alm das providncias que lhe cabem, apostilar o ltimo ttulo do funcionrio referente ao seu cargo efetivo, para o efeito de consignar a promoo, indicando o critrio a que a mesma obedeceu e a data da vigncia.

Art 90. O rgo de pessoal manter rigorosamente em dia o assentamento individual do funcionrio, com o registro exato dos elementos necessrios apurao da antiguidade de classe, do merecimento e do tempo de servio pblico federal e geral.

Art 91. O rgo de pessoal, com os elementos de que dispuser e os fornecidos pelos chefes de repartio, manter rigorosamente em dia registro de vagas, com indicao do critrio a que obedecer o seu provimento.

Art 92. Os chefes de repartio comunicaro, direta e imediatamente ao rgo de pessoal, o falecimento de funcionrios que trabalhar sob suas ordens.

1 Quando se tratar de repartio sediada nos Estados, a comunicao ser feita por via telegrfica.

2 O rgo de pessoal providenciar a obrigatria publicao do falecimento no Boletim de Servio, com a indicao da respectiva data.

Art 93. At trinta dias antes das datas fixadas para as promoes, a Comisso providenciar a publicao, em Boletim de Servio, das classificaes semestrais, por ordem de merecimento e de antiguidade na classe, dos ocupantes efetivos de cargos integrantes de sries de classes, mencionando, quando cabvel, os dados referentes ao desempate.

1 A classificao por merecimento ser elaborada com base nos resultados parciais dos Boletins dos quatro ltimos semestres, que traduzem o grau de merecimento do funcionrio, nos termos do artigo 70 deste Regulamento, conforme modelo aprovado pelo Decreto n 53.480, de 23 de janeiro de 1964.

2 A classificao por antiguidade na classe ser elaborada com base no tempo de servio apurado na forma do artigo 81 deste Regulamento e de acordo com o modelo aprovado pelo Decreto mencionado no pargrafo anterior.

3 A classificao por merecimento ou por antiguidade na classe ser republicada, total ou parcialmente, a juzo da Comisso de Promoo, no caso de se verificar engano ou omisso na apurao que lhe serviu de base.

Art 94. Das classificaes a que se refere o artigo anterior, podero os funcionrios interessados recorrer ao Diretor-Geral do D.F.S.P. ou, se fr o caso, ao Secretrio de Segurana Pblica, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, a contar da respectiva publicao.

Pargrafo nico. O recurso de que trata este artigo ser encaminhado por intermdio da Comisso de Promoo, que sbre o mesmo se pronunciar e, na hiptese de consider-lo cabvel, providenciar a imediata retificao da classificao impugnada, caso em que no ser dado prosseguimento ao recurso.

Art 95. Nos dez primeiros dias de janeiro e julho de cada ano, o chefe imediato do funcionrio aferir as suas condies essenciais de merecimento, de acordo com as normas estabelecidas neste Regulamento.

Art 96. Preenchido o Boletim de Merecimento, a autoridade dar imediata vista ao funcionrio interessado, que apor seu "ciente", no prazo mximo de 3 (trs) dias.

1 Dentro do prazo de 5 (cinco) dias, aps a cincia do funcionrio, o seu chefe imediato encaminhar o Boletim diretamente Comisso de Promoo.

2 No caso de encontrar-se o funcionrio afastado do servio e impossibilitado de comparecer repartio para tomar cincia, o Boletim ser normalmente encaminhado Comisso de Promoo, devendo, nessa hiptese, o chefe imediato extrair cpia autenticada do mesmo para dar posteriormente vista ao interessado.

Art 97. Na seqncia de promoes, a ser iniciada na vigncia deste Regulamento, as duas primeiras obedecero ao critrio de merecimento e a terceira ao de antiguidade e assim, sucessivamente.

SEO VI Das disposies finais Art 98. Os chefes de servio que demonstrarem parcialidade no preenchimento dos Boletins de Merecimento ficam passveis das penas de repreenso e suspenso, a critrio da autoridade superior.

Art 99. vedado ao funcionrio, sob pena de repreenso, pedir, por qualquer forma, sua promoo.

Pargrafo nico. No se compreendem na proibio deste artigo as reclamaes e recursos relativos apurao da antiguidade ou do merecimento.

Art 100. As recomendaes, pedidos e solicitaes de terceiros, em favor de promoo do funcionrio, determinaro a punio deste, na forma do artigo anterior, se ficar comprovada a sua interferncia.

Art 101. Ter carter urgente o andamento de papis que se referirem a promoes, inclusive os de que tratam os artigos 94 e 96, sendo passveis das penas de repreenso ou suspenso os responsveis por seu retardamento.

Art 102. Ser computado como antiguidade de classe o tempo liquido de exerccio interino, continuado ou no, em cargo da mesma denominao.

CAPTULO VII Do acesso SEO I Disposies Gerais Art 103. O funcionrio policial, ocupante de cargo de classe final de srie de classes, poder ter acesso classe inicial das sries afins previstas na Lei nmero 4,483, de 16 de novembro de 1964, alterada pela de nmero 4,813, de 25 de outubro de 1965, de nvel mais elevado, de atribuies correlatas porm mais complexas.

1 A nomeao por aceso, alm das exigncias legais e das qualificaes em cada caso, obedecer a provas prticas que compreendam tarefas tpicas relativas ao exerccio do novo cargo, e, quando couber, a ordem de classificao em concurso de ttulos que aprecie a experincia profissional, ou em curso especfico de formao profissional, ambos realizados pela Academia Nacional de Polcia.

2 As linhas de acesso esto previstas nos Anexos IV dos Quadros de Pessoal do Departamento Federal de Segurana Pblica e da Polcia do Distrito Federal, aprovadas pela Lei nmero 4.483, de 16 de novembro de 1964, com as alteraes constantes da Lei nmero 4.813, de 25 de outubro de 1965.

Art 104. As nomeaes por acesso abrangero metade das vagas existentes na respectiva classe, ficando a outra metade reservada aos provimentos na forma prevista no item I do artigo 6 deste Regulamento.

Art 105. Ser de 1.905 (mil e novecentos e cinco) dias de efetivo exerccio na classe o interstcio para o funcionrio concorrer nomeao por aceso, reduzindo-se para 730 (setecentos e trinta) dias quando no houver funcionrio que possua aquele tempo.

Pargrafo nico. Na contagem de tempo de servio para efeito de interstcio de que trata este artigo, sero considerados de efetivo exerccio os casos previstos nos artigos 36, 79, 123 e pargrafo nico do artigo 158 da Lei nmero 1.711, de 28 de outubro de 1952, e em outras expressas determinaes legais.

Art 106. O interstcio e as demais condies necessrias nomeao por acesso sero apurados pelo rgo de pessoal no ltimo dia dos meses de novembro e maio, desde que verificada a existncia de vaga ou de vagas a serem providas por aquela forma.

Art 107. S poder ser nomeado por acesso o funcionrio que possuir o diploma ou certificado de habilitao em concurso de ttulos ou curso de formao profissional da Academia Nacional de Polcia, correspondente ao cargo para o qual ter acesso.

Pargrafo nico. Constitui ttulo preponderante para o acesso do diploma ou certificado de habilitao no respectivo curso de formao profissional.

Art 108. As nomeaes para cargos de classe inicial de sries de classes, sujeitas ao regime de acesso, obedecero ao critrio alternado de nomeao por acesso e de nomeao pela forma prevista no item I do artigo 6 deste Regulamento, iniciando-se pelo primeiro.

1 As demais formas de provimento no interrompero a seqncia adotada neste artigo.

2 As nomeaes por acesso no podero ser processadas em vagas destinadas ao provimento pela forma prevista no item I do artigo 6 deste Regulamento.

Art 109. Para efeito do disposto no artigo anterior, fica estabelecida a seguinte seqncia, que orientar o preenchimento das vagas, consideradas em grupos de trs, se existentes ou medida que se verificarem:

I - nomeao por acesso;

II - nomeao prevista no item I do artigo 6 deste Regulamento;

III - qualquer outra forma de provimento.

1 Observada a seqncia de que trata este artigo, caso no existam funcionrios em condies de acesso, na poca prpria, a vaga ou as vagas correspondentes ficaro reservadas, no podendo ser preenchidas por outra forma de provimento.

2 O critrio previsto no pargrafo anterior ser aplicado tambm na hiptese de inexistncia de candidatos habilitados, na forma do item II deste artigo, para preencher as vagas correspondentes, as quais sero obrigatoriamente reservadas para esse fim.

3 No havendo qualquer outra forma de provimento a concretizar-se na poca a que se refere o artigo 115, a vaga a este destinado ser considerada para efeito da seqncia prevista neste artigo.

4 Na hiptese prevista no pargrafo anterior, a primeira vaga verificada no semestre seguinte poder ser preenchida por qualquer outra forma de provimento.

Art 110. A nomeao por acesso obedecer ordem de classificao na lista respectiva, organizada de acordo com o grau de habilitao obtido pelo funcionrio, mediante apurao em poca prpria.

Art 111. Considera-se grau de habitao para efeito deste Regulamento, a mdia aritmtica resultante:

I - da nota obtida pelo funcionrio em provas prticas que compreendam tarefas tpicas do cargo para o qual se realizar o acesso:

II - da nota obtida no concurso de ttulos ou nos cursos de formao e outros realizados pela Academia Nacional de Polcia, que o funcionrio possuir e que demonstrem experincia funcional e conhecimentos que o habilitem ao exerccio do novo cargo, respeitado o disposto no pargrafo nico do art. 107.

Art 112. As provas prticas de que trata o item I do artigo anterior, compreendem a execuo de tarefas inerentes s atribuies da classe inicial para a qual deva ser feito o acesso, conforme as respectivas especificaes.

1 Nos casos de acesso concorrente o grau de habilitao ser apurado, em conjunto, devendo os funcionrios ser submetidos s mesmas provas prticas e a idntica avaliao de ttulos na forma prevista neste Regulamento.

2 Devero submeter-se s provas prticas todos os funcionrios ocupantes de cargos da classe final de srie de classes em regime de acesso, que satisfaam os requisitos exigveis, inclusive nos casos de acesso concorrente.

3 As provas prticas, inclusive nos casos de acesso concorrente, sero preparadas, aplicadas e homologadas pela Academia Nacional de Polcia, quando o funcionrio tiver exerccio no Distrito Federal, e sua avaliao variar de 0 (zero) a 100 (cem) pontos.

4 No caso de funcionrios do Departamento Federal de Segurana Pblica lotados em Delegacias Regionais, caber aos diretores daqueles rgos aplicar as referidas provas prticas, remetendo-as Academia Nacional de Policia, que, tendo-as preparado, dever homolog-las.

5 As provas prticas de que trata este artigo devero ser homologadas at 25 de fevereiro ou 31 de agosto, conforme a poca prpria para o acesso.

6 Do julgamento das provas prticas, a Academia Nacional de Polcia dar vista ao funcionrio, diretamente ou por intermdio dos Delegados Regionais, o qual poder apresentar recurso Comisso de Acesso prevista no art. 119 deste Regulamento, no prazo mximo de dois dias contados daquele em que aps o seu ciente na respectiva prova.

7 O julgamento do recurso previsto no pargrafo anterior ser concludo antes dos prazos previstos para a homologao de que trata o 5 deste artigo, devendo a Academia Nacional de Polcia encaminhar Comisso de Acesso, dentro de quarenta e oito horas do termo final dos referidos prazos, o resultado final das provas prticas.

Art 113. A avaliao dos ttulos de que trata o item II do art. 112 variar, em seu conjunto, de 0 (zero) a 100 (cem) pontos.

Art 114. S poder ser nomeado por acesso o funcionrio que obtiver, pelo menos, metade do grau de habilitao atribuvel.

Art 115. As nomeaes por acesso sero realizadas em 21 de abril e 28 de outubro de cada ano, sendo providas as vagas reservadas para esse fim e ocorridas at o ltimo dia dos meses de novembro e maio.

Art 116. No poder haver nomeao por acesso para classe em que houver cargo excedente.

Art 117. Em benefcio do funcionrio a quem de direito cabia a nomeao por acesso, ser declarado sem efeito o ato que a houver decretado indevidamente.

1 O funcionrio nomeado indevidamente no ficar obrigado a restituir o que a mais houver recebido.

2 O funcionrio a quem cabia a nomeao ser indenizado da diferena de vencimento a que tiver direito.

Art 118. No poder ser nomeado por acesso o funcionrio que, nos seis meses que antecederem nomeao, sofrer pena de suspenso ou de destituio de funo ou gozar de licena para trato de interesse particulares ou para acompanhar o cnjuge.

SEO II Da Comisso de Acesso Art 119. Haver, no Departamento Federal de Segurana Pblica e na Secretaria de Segurana Pblica do Distrito Federal, uma Comisso de Acesso, integrada de cinco membros designados, respectivamente, pelo Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica e pelo Secretrio de Segurana Pblica.

Pargrafo nico. Os membros da Comisso tomaro posse perante a autoridade competente para os designar.

Art 120. A Comisso a que se refere o artigo anterior se compe:

I -No Departamento Federal de Segurana Pblica:

a) do Diretor da Academia Nacional de Polcia;

b) do dirigente do rgo de pessoal;

c) de um Delegado da Polcia Federal e de dois funcionrios graduados, ocupantes de cargos de natureza policial, para os quais seja exigido diploma universitrio, integrantes de Grupos Ocupacionais diferentes.

II - Na Secretaria de Segurana Pblica do Distrito Federal:

a) do dirigente do rgo de pessoal;

b) de um Delegado de Polcia;

c) de trs funcionrios graduados, ocupantes de cargos de natureza policial, para os quais seja exigido diploma universitrio, podendo dois deles, no mximo, integrar o mesmo Grupo Ocupacional.

Art 121.Compete Comisso de Acesso:

I - avaliar os ttulos a que se refere o art. 107;

II - elaborar e divulgar, at vinte dias antes das datas fixadas no artigo 32, a Lista de Acesso de que trata o art. 110, em relao a cada srie de classe;

III - apreciar os recursos interpostos por funcionrios;

IV - elaborar, nos dez dias que antecedem as datas fixadas no artigo 32, os expedientes definitivos de nomeao por acesso, abrangendo as sries de classes em que houver vagas preenchveis.

Art 122. Para cumprimento do disposto neste Regulamento, a Comisso de Acesso ter assessoramento permanente do rgo de pessoal, podendo ouvir, se necessrio a Academia Nacional de Polcia.

SEO III Do Processamento Art 123. Os ttulos de que trata o art. 111, item II, sero encaminhados Comisso de Acesso pela Academia Nacional de Polcia, juntamente com as provas prticas.

Pargrafo nico. Quando lotado em Delegacia Regional, o funcionrio far entrega de seus ttulos ao respectivo titular para encaminhamento junto com as provas prticas Academia Nacional de Polcia.

Art 124. A Comisso apreciar o resultado das provas prticas e avaliar os ttulos apresentados em relao aos funcionrios que atendam s condies do art. 106, observando tambm, o disposto no art. 118.

Art 125. At vinte dias antes das datas previstas no art. 32, a Comisso de Acesso elaborar e publicar em rgo oficial a Lista de Acesso, na ordem decrescente dos graus de habilitao obtidos pelos funcionrios candidatos nomeao.

Art 126. Quando ocorrer empate na classificao, proceder-se- de acordo com o estabelecido no art. 80 e seus pargrafos.

Art 127. A Comisso de Acesso elaborar base da classificao na lista a que se refere o art. 110, os expedientes definitivos da nomeao por acesso, a serem submetidos ao Presidente da Repblica ou ao Prefeito do Distrito Federal, quando se tratar de pessoal da Secretaria de Segurana Pblica.

Pargrafo nico. A nomeao por acesso se efetuar mediante decreto coletivo.

CAPTULO VIII Da Transferncia e da Remoo SEO I Da Transferncia Art 128. Transferncia o ato de provimento mediante o qual se processa a movimentao do funcionrio, de um para outro cargo de igual vencimento.

Art 129. Caber a transferncia:

I - de uma para outra srie de classes de denominao diversa;

II - de um cargo de srie de classes singular;

II - de um cargo de srie de classes para outro isolado, de provimento efetivo.

Art 130. A transferncia far-se-:

I - A pedido do funcionrio, atendida a convenincia do servio;

II - "Ex officio", no interesse da Administrao.

Art 131. Nas hipteses previstas no art. 129, itens II e III, a transferncia s poder ser feita a pedido escrito do funcionrio.

Art 132 So condies essenciais para a transferncia:

I - Quanto ao cargo a ser provido:

a) que seja de provimento efetivo, no considerado excedente ou extinto;

b) que corresponda vaga originria a ser provida por merecimento, se a transferncia fr a pedido, para cargo de srie de classe;

c) que se trate de cargo de igual vencimento;

II - Quanto ao funcionrio:

a) que seja efetivo;

b) que tenha o interstcio de 365 dias na classe;

c) que possua o diploma exigido em lei para o exerccio do cargo para o qual se processa a transferncia;

d) que no esteja respondendo a processo administrativo, suspenso disciplinar ou preventivamente, ou cumprindo pena de deteno disciplinar.

Pargrafo nico. Quando se tratar de transferncia para cargo de srie de classes dos Servios de Polcia Federal ou Policial Metropolitano, criados pela Lei n 4.483, de 16 de novembro de 1964, alm dos requisitos enumerados no item deste artigo, deve o funcionrio:

I - ter sido aprovado em curso da Academia Nacional de Polcia, correspondente ao da classe, para a qual se processa a transferncia;

II - possuir as qualificaes exigidas pela Lei n 4.483 , de 16 de novembro de 1964, para o provimento de cargos de natureza policial.

Art 133. As transferncias para cargos de classes compreendida no regime de acesso no excedero de um tero das vagas originrios de cada classe e s podero ser efetivadas nos meses de maio e novembro.

1 Compete ao rgo de pessoal havendo transferncia autorizada, reservar, na poca prpria de processamento das promoes, at um tero das vagas originrias para cumprimento do disposto neste artigo, comunicando a ocorrncia Comisso de Promoo.

2 Nas transferncias a serem realizadas em maio e novembro sero providas as vagas originrias ocorridas, respectivamente, at o ltimo dia dos meses de fevereiro e agosto.

Art 134. O processamento da transferncias ser o seguinte:

I - de uma para outra srie de classes de denominao diversa dos Servios de Poltica Federal ou Policial Metropolitano.

1) Se for a pedido:

a) o pedido de transferncia, apresentado por intermdio do chefe imediato, com indicao da serie de classes pretendida, ser dirigido ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou se fr o caso ao Secretario de Segurana Pblica;

b) o chefe do rgo ao qual esteja subordinado o funcionrio, aps manifestar-se quanto convenincia do servio em atender-se o pedido, encaminh-lo- ao respectivo rgo de pessoal;

c) o rgo de pessoal instruir o pedido tendo em vista os requisitos enumerados no artigo 132 deste Regulamento, e promunciar-se-, de forma conclusiva, sbre o interesse ou no; da Administrao na transferncia;

d) se favorvel o parecer e o funcionrio no possuir certificado de aprovao em curso, ainda vlido referente srie de classes para a qual a transferncia deva ser feita, o rgo de pessoal oficiara Academia Nacional de Polcia, solicitando sua matrcula no curso respectivo; contrrio o parecer, ser o processo submetido ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica, ou ao Secretrio de Segurana Pblica, que decidir sbre a matrcula tendo em vista a convenincia do servio e o interesse da Administrao;

e) satisfeitas todas as condies, o pedido ser encaminhado a uma das autoridades mencionadas na alnea precedente, conforme o caso que, se concordar com a transferncia, autorizar o seu processamento na poca prpria; caso contrrio, o pedido ser indeferido;

f) autorizada a transferncia caber ao rgo de pessoal, observado o disposto no artigo 133 deste Regulamento, preparar o projeto de decreto a ser submetido ao Presidente da Republica ou, sendo, o caso ao Prefeito do Distrito Federal.

2) se fr " ex officio ", no interesse da Administrao alm das normas estabelecidas nas alneas " b ", " c ", " d ", " e " e " f ", precedentes o chefe do rgo ao qual esteja subordinado o funcionrio ou o daquele interessado em obter a sua colaborao far proposta, devidamente justificada, encaminhado-a ao respectivo rgo de pessoal;

II - de uma serie de classes de natureza no policial, do Departamento Federal de Segurana Pblica e da Poltica do Distrito Federal para outra srie de classes, respectivamente, dos servios de Polcia Federal ou Policial Metropolitano.

1) Se fr a pedido:

a) o pedido de transferncia, apresentado por intermdio da chefe imediato, com indicao da srie de classes pretendida, ser dirigido ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Publica, ou, se fr o caso ao secretario de Segurana Pblica;

b) o chefe do rgo ao qual esteja subordinado o funcionrio, aps manifestar-se quanto convenincia do servio em atender-se o pedido, encaminh-lo- ao respectivo rgo de pessoal;

c) o rgo de pessoal instruir o pedido, tendo em vista os requisitos enumerados no artigo 132 deste Regulamento, e dar parecer conclusivo sbre o interesse, ou no, da administrao na transferncia;

d) se favorvel o parecer e o funcionrio no possuir certificado de aprovao em curso, ainda vlido, referente srie de classes para a qual a transferncia deva ser feita, o rgo de pessoal oficiar Academia Nacional de Polcia, solicitando sua matrcula no curso respectivo; contrario o parecer, ser o processo submetido ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Publica, ou ao Secretario de Segurana Pblica, que decidir sbre a matrcula, tendo em vista a convenincia do servio e o interesse da Administrao.

e) satisfeitas todas as condies, o pedido ser encaminhado a uma das autoridades mencionadas na alnea precedente, conforme o caso, que, se concordar com a transferncia, autorizar o seu processamento, na poca prpria; caso contrrio, o pedido ser indeferido;

f) autorizada a transferncia, caber ao rgo de pessoal, observado o disposto no artigo 133 deste Regulamento, preparar o projeto de decreto a ser submetido ao Presidente da Repblica ou, sendo o caso, ao Prefeito do Distrito Federal.

2) Se fr " ex officio ", no interesse da Administrao, alm das normas estabelecias nas alneas " b ", " c ", " e " e " f " precedentes, o chefe do rgo ao qual esteja subordinado o funcionrio ou o daquele interessado em obter a sua colaborao far proposta, devidamente justificada, encaminhando-a ao respectivo rgo de pessoal;

III - de uma srie de classes de natureza no policial de outras reparties do Poder Executivo Federal ou da Preferira do Distrito Federal, para outra srie de classes, respectivamente, dos Servios de Polcia Federal ou Policial Metropolitano.

1) Se fr a pedido:

a) o pedido de transferncia apresentado por intermdio do chefe imediato, com a indicao da srie de classes pretendia, ser dirigido ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou, se fr o caso, ao Secretrio de Segurana Pblica;

b) o chefe do rgo ao qual esteja subordinado o funcionrio, aps manifestar-se quanto a convenincia do servio em atender-se o pedido, encaminh-lo- ao respectivo rgo de pessoal;

c) o rgo de pessoal instrura o pedido, tendo em vista os requisitos enumerados no item II do artigo 132 deste Regulamento, e pronunciar-se-, de forma conclusiva, sbre a convenincia, ou no, da transferncia;

d) em seguida, o pedido ser submetido ao Ministro de Estado ou, se fr a hiptese, ao Secretrio a que esteja subordinado o funcionrio, que, se concordar com a transferncia, encaminhar o requerimento repartio para a qual pedida; caso contrrio, ser indeferido;

e) havendo concordncia, o rgo de pessoal da repartio para a qual a transferncia solicitada, informar sbre as condies enumeradas no item I do artigo 132 deste Regulamento e dar parecer conclusivo, tendo em vista a convenincia do servio e o interesse da Administrao;

f) se favorvel o parecer e o funcionrio no possuir certificado de aprovao em curso, ainda vlido, referente a srie de classes para qual a transferncia deva ser feita, o rgo de pessoal oficiar Academia Nacional de Polcia, solicitando sua matrcula no curso respectivo; contrrio o parecer, ser o processo submetido ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou ao Secretrio de Segurana Pblica que decidir sbre a matrcula, tendo em vista a convenincia do servios e o interesse da Administrao;

g) satisfeitas todas as condies, o pedido ser encaminhado a uma das autoridades mencionadas na alnea precedente, conforme o caso, que, se concordar com as transferncia, autorizar o seu processamento, na poca prpria; caso contrrio, o pedido ser indeferido;

h) autorizada a transferncia, caber ao rgo de pessoal, observado o disposto no artigo 133 deste Regulamento, preparar o projeto de decreto a ser submetido ao Presidente da Repblica ou, sendo o caso, ao Prefeito do Distrito Federal.

2) Se fr " ex oficio ", no interesse da Administrao, alm das normas estabelecidas nas alneas " b ", " c ", " d ", " e ", " f ", " g " e " h " precedentes, o chefe do rgo ao qual esteja subordinado o funcionrio ou o daquele interessado em obter a sua colaborao far proposta, devidamente justificada, encaminhando-a ao respectivo rgo de pessoal.

Art 135. Os decretos de transferncia sero lavrados no rgo de pessoal da repartio para a qual esta se processar, obedecidas a ordem cronolgica das autorizaes e as pocas fixadas neste Regulamento.

Pargrafo nico. No caso de datas coincidentes de autorizao, ter preferncia, sucessivamente;

I - A transferncia " ex officio ";

II - A transferncia do funcionrio que houver obtido a melhor nota final no curso da Academia Nacional de Polcia;

III - O funcionrio:

a) de maior tempo de servio pblico federal;

b) de maior tempo de servio pblico;

c) de maior prole;

d) mais idoso.

Art 136. A transferncia para cargo que no integre os Servios de Polcia Federal e Policial Metropolitano obedecer ao disposto no Decreto n 53.481, de 23 de janeiro de 1964.

SEO II Da remoo Art 137. Remoo o ato mediante o qual o funcionrio passa a ter exerccio em outro servio, preenchendo claro de lotao, sem que se modifique sua situao funcional.

Art 138. Dar-se- remoo a pedido de funcionrio do Departamento Federal de Segurana Pblica para outra localidade em que houver servio do mesmo Departamento, por motivo de sade, uma vez que fiquem comprovadas, por junta mdica oficial, as razes apresentadas pelo requerente.

Art 139. A remoo, em qualquer caso, depender da existncia de claro de lotao.

Art 140. A remoo far-se-:

I - " ex officio ", no interesse da Administrao;

II - A pedido do funcionrio, atendida a convenincia do servio;

III - Por convenincia da disciplina.

Pargrafo nico. A convenincia do servio e o interesse da Administrao devero ser objetivamente demonstrados.

Art 141. No processamento da remoo " ex officio " devero ser observadas as seguintes normas:

I - A iniciativa da remoo caber, indistintamente, ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou, sendo o caso, ao Secretrio de Segurana Pblica, ao chefe do servio que disponha de claro de lotao a preencher, ao chefe do rgo a que pertencer o funcionrio, ao Diretor da Diviso de Administrao ou rgo equivalente da Secretaria de Segurana Publica;

II - Havendo concordncia, por escrito, dos chefes dos servios interessados, o Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou o Secretrio de Segurana Pblica, se fr o caso, aps ouvir o rgo de pessoal quanto existncia de claro de lotao, expedir o ato competente, se autorizar a remoo;

III - No caso da discordncia de um dos chefes, caber ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou ao Secretrio de Segurana Pblica decidir sbre a proposta de remoo; se autorizada, baixar o respectivo ato; caso contrrio, a proposta ser arquivada.

Art 142. No processamento da remoo a pedido, devero ser observadas as seguintes normas:

I - O funcionrio, em seu pedido ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou ao Secretrio de Segurana Pblica, apresentado por intermdio do chefe imediato, indicar o servio em que pretende ser lotado;

II - O chefe do servio em que estiver lotado o funcionrio, aps pronunciar-se sbre o pedido, o encaminhar ao chefe do servio para onde foi requerida a remoo, ao qual caber emitir parecer e encaminhar o pedido ao rgo de pessoal da repartio;

III - Se existir claro na lotao do servio para onde foi pedida a remoo, correpondente srie de classes a que pertencer o funcionrio, e o pedido fr deferido pelo Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou pelo Secretrio de Segurana Pblica, ser expedido o ato competente, lavrado pelo respectivo rgo de pessoal; havendo discordncia de um dos chefes, ou em caso de indeferimento, o pedido ser arquivado.

Art 143. No processamento, a qualquer tempo, da remoo por convenincia da disciplina, devero ser observadas as seguintes normas:

I - O chefe do servio em que estiver lotado o funcionrio, dirigir ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou, se fr o caso, ao Secretrio de Segurana Pblica, proposta instruda com elementos que justificam a adoo da medida;

II - Recebida e exposio, a autoridade mencionada na alnea precedente decidir quanto convenincia, ou no, da remoo;

III - No caso de ser deferida a remoo, far-se- esta para o rgo que fr determinado pelo Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou pelo Secretrio de Segurana Pblica, independentemente da existncia de claro na respectiva lotao, ficando o funcionrio como excedente.

Art 144. Os atos de remoo " ex offcio " ou a pedido declararo, expressamente, a decorrncia do claro de lotao preenchido e sero publicados no Boletim de Servio.

Art 145. A remoo " ex offcio " de funcionrio do Departamento Federal de Segurana Pblica, salvo imperiosa necessidade do servio devidamente justificada, s poder efetivar-se aps dois anos, no mnimo de exerccio em cada localidade.

Art 146. O funcionrio removido dever entrar em exerccio no novo rgo no prazo de trinta dias, contado da publicao do ato que o removeu, observado o perodo de trnsito de que trata o artigo 24 deste Regulamento.

Art 147. Quando o funcionrio removido estiver afastado legalmente do cargo, o prazo a que se refere o artigo anterior ser contado do trmino do afastamento.

Art 148. O prazo previsto nos artigos 146 e 147 poder ser prorrogado at mais trinta dias, a requerimento do interessado, dirigido ao chefe do servio onde tenha exerccio, o qual no caso de deferimento, far a devida comunicao ao chefe do servio para onde se processa a remoo.

Art 149. vedada a remoo " ex offcio " do funcionrio policial que esteja cursando a Academia Nacional de Polcia, desde que sua movimentao impossibilite a freqncia ao curso em que esteja matriculado.

CAPTULO IX Da reintegrao Art 150. A reintegrao, que decorrer de deciso administrativa ou judiciria, o reingresso no servio pblico, com ressarcimento dos vencimentos e vantagens ligadas ao cargo.

Pargrafo nico. A deciso administrativa que determinar a reintegrao ser proferida em pedido de reconsiderao, em recurso ou em reviso de processo.

Art 151. A reintegrao ser feita no cargo anteriormente ocupado; se este houver sido transformado, no resultante da transformao e, se extinto, em cargo de vencimento equivalente, atendida a habilitao profissional.

Art 152. Reintegrado judicialmente o funcionrio, quem lhe houver ocupado o lugar ser destitudo de plano ou reconduzido ao cargo anterior, mas sem direito a indenizao.

Art 153. O funcionrio reintegrado ser submetido a inspeo mdica e aposentado quando incapaz.

CAPTULO X Da readmisso Art 154. Readmisso o reingresso no servio pblico do funcionrio demitido ou exonerado, sem ressarcimento de prejuzos.

1 O readmitido contar o tempo de servio pblico anterior, para efeito de disponibilidade e aposentadoria.

2 A Readmisso depender de prova de preenchimento dos requisitos enumerados nos itens III a VII do artigo 9 deste Regulamento.

Art 155. Respeitada a habilitao profissional, a readmisso far-se- na primeira vaga a ser provida por merecimento ou por acesso, observada, nesta hiptese, a seqncia prevista no artigo 109 deste Regulamento.

Pargrafo nico. A readmisso far-se- de preferncia no cargo anteriormente ocupado ou em outro de atribuies anlogas e de vencimento equivalente.

CAPTULO XI Do aproveitamento Art 156. Aproveitamento o reingresso, no servio pblico, do funcionrio em disponibilidade.

Art 157. Ser obrigatrio o aproveitamento do funcionrio estvel em cargo de natureza e vencimento compatveis com o anteriormente ocupado.

Pargrafo nico. O aproveitamento depender do preenchimento dos requisitos enumerados nos itens III a VII do art. 9 deste Regulamento.

Art 158. Havendo mais de um concorrente mesma vaga, ter preferncia o de maior tempo de disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de servio pblico.

Art 159. Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o funcionrio no tomar posse no prazo legal, salvo caso de doena comprovada em inspeo mdica.

Pargrafo nico. Provada a incapacidade definitiva em inspeo mdica, ser decretada a aposentadoria.

CAPTULO XII Da reverso Art 160. Reverso o reingresso no servio pblico do funcionrio aposentado, quando insubsistentes os motivos da aposentadoria.

Pargrafo nico. Para que a reverso possa efetivar-se, necessrio que o aposentado:

I - No haja completado cinqenta e cinco anos de idade;

II - No conte mais de trinta anos de tempo de servio, includo o perodo de inatividade;

III - Preencha os requisitos enumerados nos itens III a VII do artigo 9 dste Regulamento;

IV - Tenha seu reingresso considerado como de interesse pblico, a juzo da Administrao.

Art 161. A reverso far-se-, de preferncia, no mesmo cargo.

1. A critrio da Administrao, o aposentado poder reverter em cargo de srie de classes de denominao diversa, uma vez que para esta tenha sido habilitado em curso ministrado pela Academia Nacional de Polcia.

2. A reverso em cargo de classe no inicial s poder verificar-se em vaga originria a ser preenchida por merecimento.

3. O funcionrio aposentado em cargo isolado no poder reverter em cargo de srie de classe.

Art 162. Para efeito de disponibilidade ou nova aposentadoria, contar-se- integralmente o tempo em que funcionrio esteve aposentado, antes da reverso.

Art 163. A reverso poder ser processada a pedido ou " ex offcio ".

1 O pedido de reverso ser dirigido ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou, se fr o caso, ao Secretrio de Segurana Pblica, cabendo ao peticionrio indicar:

I - motivo pelo qual considera conveniente seu retorno atividade;

II - cargo em que foi aposentado;

III - fundamento legal e data de aposentadoria;

IV - dia, ms e ano de nascimento;

V - tempo de servio pblico, inclusive estadual, municipal e autrquico;

VI - endereo.

2. No caso de reverso " ex offcio ", caber ao rgo de pessoal apurar os dados referidos no pargrafo anterior.

Art 164. O rgo de pessoal instruir o processo, mediante o preenchimento do modelo aprovado pelo Decreto n 32.101, de 16 de janeiro de 1953, e concluir objetivamente pela convenincia, ou no, da reverso.

Art 165. Se o rgo de pessoal concluir pela inconvenincia da volta do aposentado atividade, o processo ser submetido deciso do Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou, sendo a hiptese, do Secretrio de Segurana Pblica.

Pargrafo nico. Se a concluso fr favorvel ao reingresso e satisfeitos os requisitos indicados no pargrafo nico do art. 160 deste Regulamento, o processo ser submetido autoridade, referida neste artigo, que foi competente para decidir na espcie.

Art 166. O Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou Secretrio de Segurana Pblica, sendo o caso, se concordar com o parecer favorvel do rgo de pessoal, submeter o processo, respectivamente, ao Presidente da Repblica, por intermdio do Ministro da Justia e Negcios Interiores, ou ao Prefeito do Distrito Federal.

Pargrafo nico. Em caso contrrio, caber ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou ao Secretrio de Segurana Pblica indeferir o pedido.

Art 167. Na hiptese de deciso final favorvel, ser elaborado pelo rgo de pessoal o decreto de reverso, observado o disposto neste Captulo.

Pargrafo nico. A reverso obedecer, para cada cargo, ordem cronolgica do despacho do Presidente da Repblica ou do Prefeito do Distrito Federal.

CAPTULO XIII Da readaptao Art 168. O funcionrio policial que, comprovadamente, se revelar inapto Par exerccio da funo policial, sem causa que justifique sua demisso ou aposentadoria, ser readaptado em outro cargo mais compatvel com a sua capacidade, sem decesso nem aumento de vencimento.

1. A readaptao far-se- mediante a transformao do cargo exercido em outro mais compatvel com a capacidade fsica ou intelectual e vocao.

2. A readaptao somente ser aplicada a funcionrios em gozo de estabilidade.

Art 169. Haver readaptao:

I - por motivo de natureza fsica;

II - por motivo de ordem intelectual ou de vocao.

Art 170. Promover-se- a readaptao por motivo de natureza fsica, quando ocorrer modificaes das condies fsicas ou de sade do funcionrio, da advindo diminuio de eficincia no exerccio do cargo, que aconselhe seu aproveitamento em atribuies diferentes.

Art 171. Proceder-se- readaptao por motivo de natureza intelectual ou de vocao quando se verificar que:

I - o nvel mental do funcionrio deixou de corresponder s exigncias da funo;

II - a funo atribuda ao funcionrio no corresponde ao seus pendores vocacionais.

Art 172. O diretor ou chefe de servio a que fr subordinado o funcionrio nas condies mencionadas no artigo 170 propor ao dirigente do rgo central de pessoal respectivo a readaptao do funcionrio, indicando, em exposio circunstanciada, as razes em que se fundamenta a proposta.

Art 173. O rgo de pessoal examinar a proposta emitindo parecer; se favorvel readaptao, encaminhar o processo ao Servio Mdico para submeter o funcionrio aos exames julgados necessrios verificao de sua capacidade fsica.

Art 174. O laudo do Servio Mdico dever, entre outros elementos, mencionar os seguintes:

I - Contra-Indicao do estado fsico do funcionrio para o exerccio do cargo pela perda de capacidade fsica em conseqncia de acidente ocorrido no exerccio de suas atribuies, doena profissional ou especificada em lei;

II - Possibilidade de readaptao, na hiptese do artigo 169, inciso I, deste Regulamento;

III - Tipo de atividades que so contra-indicadas ao readaptando em virtude de suas condies de capacidade fsica;

IV - Sugesto de procedimento visando aposentadoria, se fr o caso.

Pargrafo nico. Na hiptese dos incisos I e II deste artigo, o Servio Mdico poder indicar medidas complementares para tomar efetiva readaptao, como utilizao de aparelhos e outros meios que possibilitem ao funcionrio aumentar sua capacidade fsica.

Art 175. Recebido o laudo do Servio Mdico, o dirigente do rgo de pessoal designar uma Comisso de trs membros, um dos quais mdico daquele Servio, para, no prazo de trinta dias, indicar o cargo em que dever ser readaptado o funcionrio.

Pargrafo nico. A Comisso de que trata ste artigo poder ouvir o chefe imediato do readaptando.

Art 176. Quando impossvel a readaptao, a Comisso propor ao rgo de pessoal, em parecer justificado, que instaure processo de aposentadoria do funcionrio, na forma da lei.

Art 177. O diretor ou chefe de servio que tiver funcionrio nas condies mencionadas no artigo 171 propor ao dirigente do rgo central de pessoal a readaptao do funcionrio, indicando, em exposio circunstanciada, as razes em que se fundamenta a proposta.

Art 178. O rgo de pessoal encaminhar o processo Academia Nacional de Polcia para verificao das condies de capacidade intelectual ou de vocao, a fim de indicar as atribuies e responsabilidades que podero ser deferidas ao readaptando.

Art 179. A verificao das condies de capacidade intelectual ou de vocao do readaptando compreender, entre outros meio de aferio, a critrio da Academia Nacional de Polcia:

I - provas, entrevistas e exames psicotcnicos;

II - verificao de diplomas, certificados de habilitao, ttulos e trabalhos originais.

Pargrafo nico. Para cumprimento do disposto neste artigo, a Academia Nacional de Polcia poder solicitar a colaborao de especialistas em seleo profissional e de estabelecimentos psicotcnicos.

Art 180. Aps o cumprimento do disposto nos artigos 175 e 178, deste Regulamento, o dirigente do rgo de pessoal encaminhar a proposta ao Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica ou ao Secretrio de Segurana Pblica, se fr o caso, a fim de ser examinada pela Comisso de Classificao de Cargos competente.

Art 181. De posse da proposta de readaptao, a Comisso de Classificao de Cargos examinar os pareceres emitidos e promover e readaptao do funcionrio, se fr o caso.

Pargrafo nico. A Comisso de Classificao de Cargos poder, se julgar necessrio, promover a reviso do laudo, solicitar esclarecimentos ou determinar a realizao de novos exames.

Art 182. Aps apreciar o processo, a Comisso de Classificao de Cargos, juntando relatrio justificado, propor ao Presidente da Repblica ou ao Prefeito do Distrito Federal, conforme o caso, transformao do cargo.

Art 183. O funcionrio que se recusar submeter-se a inspeo mdica prevista no artigo 173, no poder ser readaptado, importando a recusa na aplicao da penalidade prevista no artigo 373, deste Regulamento.

1 Equipara-se recusa de submeter-se inspeo mdica o comportamento do funcionrio que dificulte ou impossibilite a verificao das condies estabelecidas no artigo 179.

2 Ocorrendo contumcia na recusa, poder ser aplicada a pena de demisso do funcionrio.

Art 184. Da deciso da Comisso de Classificao de Cargos que concluir contrariamente readaptao, caber representao dirigida pelo Diretor-Geral do Departamento Federal de Segurana Pblica, ou pelo Secretrio de Segurana Pblica, ou ao Presidente da Repblica ou ao Prefeito do Distrito Federal, conforme o caso.

Art 185. Quando por qualquer forma, inclusive em virtude de promoo ou acesso, ocorrer a vacncia do cargo resultante da readaptao, ser ele obrigatoriamente retransformado no cargo original, mediante ato do Presidente da Repblica ou Prefeito do Distrito Federal, conforme o caso.

CAPTULO XIV Da substituio Art 186. Haver substituio no impedimento de ocupante de cargo de provimento em comisso e de funo gratificada.

Art 187. A substituio ser automtica ou depender de ato da Administrao.

1 A substituio automtica ser gratuita; quando, porm, exceder de trinta dias, ser remunerada e por todo o perodo.

2 A substituio remunerada depender de ato da autoridade competente para nomear ou designar.

3 O substituto perder, durante o perodo da substituio, o vencimento do cargo que fr ocupante efetivo, salvo o caso de funo gratificada e opo.

CAPTULO XV Da vacncia Art 188. A vacncia do cargo decorrer de:

I - exonerao;

II - demisso;

III - promoo;

IV - transferncia;

V - aposentadoria;

VI - posse de outro cago;

VII - falecimento.

Art 189. Dar-se- a exonerao:

I - a pedido;

II - " ex ofcio ":

a) quando se tratar de cargo em comisso;

b) quando no satisfeitas as condies do estgio probatrio.

1. O pedido de exonerao do funcionrio, previsto o item I, deste artigo, dever ser dirigido ao Presidente da Repblica ou ao Prefeito do Distrito Federal, se fr o caso, e apresentado ao chefe imediato do requerente, com firma reconhecida devendo ser acompanhada de declarao atualizada de bens.

2. Aps a apresentao do pedido que se refere o pargrafo anterior, o funcionrio dever conservar-se em exerccio durante quarenta dias.

3. A permanncia em exerccio, durante quarenta dias, a que se refere o 2, poder ser dispensada se no houver prejuzo para o servio pblico, a critrio do chefe da repartio ou de servio em que estiver lotado o funcionrio.

Art 190. Verificar-se a vaga na data:

a) do falecimento do ocupante do cargo;

b) da publicao do decreto que transferir, verificada a posse, aposentar, exonerar, ou demitir o ocupante do cargo;

c) da vigncia do decreto de promoo ou nomeao por acesso;

d) da posse, no caso de nomeao para outro cargo;

e) da publicao da lei que criar o cargo e conceder dotao para o seu provimento ou da que determinar apenas esta ltima medida, se o cargo estiver criado;

f) da publicao do decreto que extinguir o cargo excedente cuja dotao permitir o preenchimento de cargo; ou

g) da declarao da companhia de transporte utilizada pelo funcionrio desaparecido em acidente.

Art 191.Quando se tratar de funo gratificada, dar-se- a vacncia, por dispensa, a pedido ou " ex officio ", ou por destituio.

Art 192. A exonerao, promoo e aposentadoria, quando se tratar de cargo de provimento efetivo, ser feita mediante decreto coletivo elaborado pelo rgo de pessoal, salvo quando se impuser a elaborao de ato individual.

TTULO III Dos direitos e vantagens CAPTULO I Do tempo de servio Art 193. Ser feita em dias a apurao do tempo de servio:

1 O nmero de dias ser convertido em anos, considerado o ano como trezentos e sessenta e cinco dias.

2 Feita a converso, os dias restantes, at cento e oitenta e dois no sero computados, arredondando-se para um ano, quando excederem esse nmero, nos casos de clculo para efeito de aposentadoria.

Art 194. Ser considerado de efetivo exerccio o afastamento em virtude de:

I - frias;

II - casamento;

III - luto;

IV - exerccio de cargo federal de provimento em comisso;

V - convocao para o servio militar;

VI - jri e outros servios obrigatrios por lei;

VII - exerccio de cargo ou funo de governo ou administrao em qualquer parte do territrio nacional, por nomeao do Presidente da Repblica;

VIII - desempenho de funo legislativa da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;

IX - licena especial;

X - licena funcionria gestante, ao funcionrio acidentado em servio ou atacado de doena profissional, na frma dos artigo 222 e 224 deste Regulamento;

XI - misso ou estudo no estrangeiro, quando o afastamento tiver sido autorizado pelo Presidente da Repblica ou pelo Prefeito do Distrito Federal;

XII - exerccio, em comisso, de cargos de chefia nos servios dos Estados, Distrito Federal, Territrios e Municpios, observado o disposto no artigo 23 deste Regulamento;

XIII - o perodo de tempo realmente necessrio viagem para a nova sede na frma prevista no artigo 24 deste Regulamento;

XIV - doena comprovada de inspeo mdica, nos termos do artigo 248 deste Regulamento.

Art 195. Para efeito de aposentadoria e disponibilidade, computar-se- integralmente:

I - o tempo de servio pblico federal, estadual ou municipal;

II - perodo de servio ativo nas Foras Armadas, prestado durante a paz, computando-se pelo dobro o tempo em operaes de guerra;

III - o tempo de servio prestado como extranumerrio ou sob qualquer frma de admisso, desde que remunerado pelos cofres pblicos, inclusive o do pessoal de que tratam os artigos 23, item II, e 26 da Lei n 3.780, de 12 de julho de 1960;

IV - o tempo de servio prestado em autarquia;

V - o perodo de trabalho prestado instituio de carter privado que tiver sido transformada em estabelecimento de servio pblico;

VI - o tempo em que o funcionrio estiver em disponibilidade ou aposentado;

VII - o perodo de freqncia aos cursos de formao profissional da Academia Nacional de Polcia.

Art 196. vedada a acumulao de tempo de servio prestado concorrentemente em dois ou mais cargos ou funes da Unio, Estados, Distrito Federal, Municpios, Autarquias e Sociedades de Economia Mista.

CAPTULO II Da estabilidade Art 197. O funcionrio policial ocupante de cargo de provimento efetivo adquire estabilidade depois de dois anos de exerccio, quando nomeado em virtude de habilitao em curso da Academia Nacional de Polcia.

Art 198. A estabilidade diz respeito ao servio pblico e no ao cargo.

Art 199. O funcionrio estvel perder o cargo quando este for extinto ou em virtude de sentena judicial ou, finalmente, no caso de ser demitido mediante processo disciplinar, em que lhe seja assegurada ampla defesa.

Pargrafo nico. O funcionrio em estgio probatrio ser demitido do cargo, mediante processo disciplinar, quando este se impuser antes de concludo o estgio.

CAPTULO III Das frias Art 200. O funcionrio gozar obrigatoriamente trinta dias consecutivos de frias por ano, de acordo com a escala organizada pelo chefe do servio.

1 proibido levar conta de frias qualquer falta ao trabalho.

2 somente depois do primeiro ano de exerccio adquirir o funcionrio direito a frias.

Art 201. proibida a acumulao de frias, salvo imperiosa necessidade de servio mximo de dois anos.

Art 202. Por motivo de promoo, transferncia ou remoo, o funcionrio em gozo de frias no ser obrigado a interromp-las.

Art 203. O funcionrio no poder ser obrigado a interromper as suas frias, a no ser em virtude de emergente necessidade da segurana nacional ou manuteno da ordem, mediante convocao da autoridade competente.

1 Na hiptese prevista neste artigo, " in fine ", o funcionrio ter direito a gozar o perodo restante das frias em poca oportuna.

2 ao entrar em frias, o funcionrio comunicar ao chefe imediato o seu provvel endereo, dando-lhe cincia, durante o perodo, de suas eventuais mudanas.

CAPTULO IV Das Licenas SEO I Disposies preliminares Art 204. Conceder-se- licena:

I - para tratamento de sade;

II - por motivo de doena em pessoa da famlia;

III - para repouso gestante;

IV - para servio militar obrigatrio;

V - para o trato de interesses particulares;

VI - por motivo de afastamento do cnjuge, funcionrio civil ou militar;

VII - em carter especial.

Art 205. Ao funcionrio ocupante de cargo em comisso no se conceder, nessa qualidade, licena para trato de interesses particulares.

Art 206. A licena dependente de inspeo mdica ser concedida pelo prazo indicado no laudo ou atestado.

Pargrafo nico. Findo o prazo, haver nova inspeo e o atestado ou laudo mdico concluir pela volta ao servio, pela prorrogao da licena ou pela aposentadoria.

Art 207. Terminada a licena, o funcionrio reassumir imediatamente o exerccio, ressalvado o caso do artigo 208 e pargrafo nico.

Art 208. A licena poder ser prorrogada, " ex officio " ou a pedido.

Pargrafo nico. O pedido dever ser apresentado antes de findo o prazo da licena e decidido dentro de trinta dias, se indeferido, contar-se- como de licena o perodo compreendido entre a do trmino e a do conhecimento do despacho, atravs da publicao no Boletim de Servio.

Art 209. A licena concedida dentro de sessenta dias contados da terminao da anterior ser considerada como prorrogao.

Art 210. O funcionrio no poder permanecer em licena por prazo superior a 24 meses, salvo nos casos dos itens IV e VI do artigo 204 e nos casos de molstias especificadas no artigo 221 deste Regulamento.

Art 211. Expirado o prazo do artigo antecedente, o funcionrio ser submetido a nova inspeo e aposentado, se fr julgado invlido para o servio pblico em geral.

Pargrafo nico. Na hiptese desse artigo, o tempo necessrio inspeo mdica ser considerado como de prorrogao da licena.

Art 212. O funcionrio em gozo de licena comunicar ao chefe imediato o local onde pode ser encontrado, bem como as eventuais mudanas durante o perodo.

Pargrafo nico. Dessas comunicaes, o chefe imediato dar cincia ao respectivo rgo de pessoal.

SEO II Da licena para tratamento de sade Art 213. A licena para tratamento de sade ser a pedido ou " ex officio ".

Pargrafo nico. Em qualquer das hipteses, indispensvel a inspeo mdica, que poder realizar-se, caso as circunstncias o exijam, na residncia do funcionrio.

Art 214. O funcionrio impossibilitado de comparecer ao trabalho por motivo de sade est obrigado a, no prazo de vinte e quatro horas, dar cincia do fato, por si ou por interposta pessoa, a seu chefe imediato.

Pargrafo nico. recebida a comunicao, o chefe imediato, sob pena de responsabilidade, providenciar a necessria inspeo mdica.

Art 215. Para a licena at noventa dias, inspeo ser feita por mdico da prpria repartio, admitindo-se, na falta, laudo de outros mdicos oficiais, ou, ainda, no os havendo na localidade, atestado passado por facultativo particular, com firma reconhecida.

1 Na ltima hiptese do artigo, o atestado s produzir efeito depois de homologado pelo rgo de pessoal, com audincia do servio mdico da repartio.

2 No caso de no ser homologado a licena, o funcionrio ser obrigado a reassumir o exerccio do cargo, considerados como de falta justificada os dias que deixou de comparecer ao servio por esse motivo.

Art 216. A licena superior a noventa dias depender da inspeo por junta mdica.

Pargrafo nico. A prova de doena poder ser feita mediante atestado passado por mdico da repartio ou oficial se, a juzo da Administrao e excepcionalmente, no fr conveniente ou possvel a ida da junta mdica localidade da residncia do funcionrio.

Art 217. O atestado mdico ou o laudo da junta nenhuma referncia far ao nome ou natureza da doena de que sofre o funcionrio, salvo em se tratando de leses, produzidas por acidente, de doena profissional ou de quaisquer molstias referidas no artigo 221 deste regulamento.

Art 218. O funcionrio abster-se- de qualquer atividade remunerada, no curso da licena, sob pena de sua imediata interrupo, com perda total do vencimento e das vantagens decorrentes, at que reassuma o cargo.

Art 219. Ser punido disciplinarmente o funcionrio que se recusar inspeo mdica, cessando os efeitos da pena da data em que se verifique o exame.

Art 220. Considerando apto em inspeo mdica, o funcionrio reassumir o exerccio, sob pena de se apurarem como faltas os dias de ausncia.

Pargrafo nico. No curso da licena, poder o funcionrio requerer inspeo mdica, caso se julgue em condies de reassumir o exerccio.

Art 221. Ser concedida licena a funcionrio atacado de tuberculose ativa, alienao mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia ou cardiopatia grave, quando a inspeo mdica no concluir pela necessidade imediata da aposentadoria.

Pargrafo nico. A inspeo far-se- obrigatoriamente por uma junta de trs mdicos.

Art 222. O funcionrio licenciado para tratamento de sade, acidentado em servio, atacado de doena, profissional ou das molstias indicadas no artigo anterior perc