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Decreto 1777(Ano 2007) - Dispõe sobre o Sistema de Licenciamento e Controle das Atividades Poluidoras ou Degradadoras do Meio Ambiente denominado SILCAP

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Decreto N 1777-R08/01/2007

DECRETO N 1777-R, de 08 de Janeiro de 2007. Dispe sobre o Sistema de Licenciamento e Controle das Atividades Poluidoras ou Degradadoras do Meio Ambiente denominado SILCAP. O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPRITO SANTO, usando da atribuio que lhe conferida pelo art. 91, item III, da Constituio Estadual e amparado nos artigos 225, 1, item IV, da Constituio Federal e 187, 1 e 2, incisos I e II, e 3 e 4 da Constituio Estadual, bem como nas Leis Estaduais nos 3.582/83, 4.126/88, 4.701/92, 5.230/96, 5.361/96, 5.818/98, 7.001/01 e 7.058/02,

DECRETA: CAPITULO I DO SISTEMA DE LICENCIAMENTO E CONTROLE DAS ATIVIDADES POLUIDORAS OU DEGRADADORAS DO MEIO AMBIENTE Art. 1. Este Decreto regulamenta o Sistema de Licenciamento e Controle das Atividades Poluidoras ou Degradadoras do Meio Ambiente, denominado SILCAP, com aplicao obrigatria no Estado do Esprito Santo. Art. 2. Para efeito deste Decreto so adotadas as seguintes definies: I Controle Ambiental (C.A.): Atividade estatal consistente na exigncia da observncia da legislao de proteo ao meio ambiente, por parte de toda e qualquer pessoa, natural ou jurdica, utilizadora de recursos ambientais; II Avaliao Ambiental (A.V.A.): so todos os estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados localizao, instalao, operao e ampliao de uma atividade ou empreendimento, que podero ser apresentados como subsdios para anlise da concesso da licena requerida, tais como: relatrio ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatrio ambiental preliminar, relatrio tcnico de ttulo de direito minerrio, relatrio de explorao, diagnstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperao de rea degradada, anlise preliminar de risco, relatrio de controle ambiental, avaliao ambiental estratgica, estudo de impacto ambiental, relatrio de impacto ambiental e auditoria ambiental. III Autorizao Ambiental (A.A.): ato administrativo emitido em carter precrio e com limite temporal, mediante o qual o rgo competente estabelece as condies de realizao ou operao de empreendimentos, atividades, pesquisas e servios de

carter temporrio ou para execuo de obras que no caracterizem instalaes permanentes e obras emergenciais de interesse pblico, transporte de cargas e resduos perigosos ou, ainda, para avaliar a eficincia das medidas adotadas pelo empreendimento ou atividade. IV Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o rgo competente licencia a localizao, instalao, ampliao e a operao de empreendimentos e atividades de pessoas naturais ou jurdicas, de direito pblico ou privado, que utilizem recursos ambientais e sejam consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou, ainda, daquelas que, sob qualquer forma ou intensidade, possam causar degradao ambiental, considerando as disposies gerais e regulamentares e as normas tcnicas aplicveis ao caso; V Licena Ambiental (L.A.): ato administrativo pelo qual o rgo competente estabelece as condies, restries e medidas de controle ambiental que devero ser obedecidas pelo empreendedor para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou aqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradao ambiental. A Licena Ambiental pode ser Simplificada (L.S.), nica (L.U.), Prvia (L.P.), de Instalao (L.I.), de Operao (L.O.), de Operao para Pesquisa (L.O.P.) e, ainda, de Regularizao (L.A.R.). VI Licena Ambiental Simplificada (L.S.): ato administrativo de procedimento simplificado pelo qual o rgo ambiental emite apenas uma licena, que consiste em todas as fases do licenciamento, estabelecendo as condies, restries e medidas de controle ambiental que devero ser obedecidas pelo empreendedor para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas de baixo impacto ambiental que se enquadrem na Classe Simplificada, constantes de Instrues Normativas institudas pelo rgo ambiental estadual competente, bem como Resolues do CONSEMA. VII Licena Ambiental nica (L.U.): ato administrativo pelo qual o rgo ambiental emite uma nica licena estabelecendo as condies, restries e medidas de controle ambiental que devero ser obedecidas pelo empreendedor para empreendimentos e/ou atividades potencialmente impactantes ou utilizadoras de recursos ambientais, independentemente do grau de impacto, mas que, por sua natureza, constituem-se, to somente, na fase de operao e que no se enquadram nas hipteses de Licena Simplificada nem de Autorizao Ambiental. VIII Termo de Responsabilidade Ambiental (T.R.A.): declarao firmada pelo empreendedor cuja atividade se enquadre na Classe Simplificada, juntamente com seu responsvel tcnico, perante o rgo ambiental, mediante a qual declarada a eficincia da gesto de seu empreendimento e a sua adequao legislao ambiental pertinente. IX Licena Ambiental de Regularizao (L.A.R.): ato administrativo pelo qual o rgo ambiental emite uma nica licena, que consiste em todas as fases do licenciamento, para empreendimento ou atividade que j esteja em funcionamento ou em fase de implantao, respeitando, de acordo com a fase, as exigncias prprias

das Licenas Prvia, de Instalao e de Operao, estabelecendo as condies, restries e medidas de controle ambiental, adequando o empreendimento s normas ambientais vigentes. X Licena de Operao de Pesquisa (L.O.P.): ato administrativo de licenciamento prvio, pelo qual o rgo ambiental licencia empreendimentos ou atividades que objetivam, exclusivamente, desenvolver estudos/pesquisas sobre a viabilidade econmica da explorao de recursos minerais, consoante procedimento estabelecido pelo rgo; XI Enquadramento Ambiental: ferramenta constituda a partir de uma matriz que correlaciona porte e potencial poluidor/degradador por tipologia, com vistas classificao do empreendimento/atividade, definio das avaliaes ambientais cabveis e determinao dos valores a serem recolhidos a ttulo de taxa de licenciamento. XII Consulta Prvia Ambiental: consulta submetida, pelo interessado, ao rgo ambiental, para obteno de informaes sobre a necessidade de licenciamento de sua atividade ou sobre a viabilidade de localizao de seu empreendimento. XIII Consulta Tcnica: procedimento destinado a colher opinio de rgo tcnico, pblico ou privado, bem como de profissional com comprovada experincia e conhecimento, sobre ponto especfico tratado na avaliao ambiental em questo. XVI Consulta Pblica: procedimento destinado a colher a opinio de setores representativos da sociedade sobre determinado empreendimento e/ou atividade, cujas caractersticas no justifiquem a convocao de audincia pblica. XV Audincia Pblica: procedimento destinado a divulgar os projetos e/ou atividades, suas alternativas tecnolgicas e locacionais, visando a colher subsdios ao processo de licenciamento ambiental junto s partes interessadas. XVI Termo de Referncia (T.R.): ato administrativo utilizado para fixar diretrizes e contedo s avaliaes ambientais desenvolvidas pelos empreendimentos ou atividades utilizadoras de recursos ambientais. XVII Termo de Compromisso Ambiental: instrumento de gesto ambiental que tem por objetivo precpuo a recuperao do meio ambiente degradado, por meio de fixao de obrigaes e condicionantes tcnicas que devero ser rigorosamente cumpridas pelo infrator em relao atividade degradadora a que causa, de modo a cessar, corrigir, adaptar, recompor ou minimizar seus efeitos negativos sobre o meio ambiente e permitir que as pessoas fsicas e jurdicas possam promover as necessrias correes de suas atividades, para o atendimento das exigncias impostas pelas autoridades ambientais competentes e adequao legislao ambiental. Art. 3. Os empreendimentos e/ou atividades potencial ou efetivamente utilizadores de recursos ambientais, existentes ou que venham a se instalar em territrio do

Estado, ficam sujeitas a prvio e permanente controle do rgo ambiental competente, atravs dos procedimentos de controle enunciados nos incisos I a X do artigo 7, e na forma da legislao aplicvel, ressalvado o disposto no art. 6, aps anlise conclusiva de avaliao ambiental cabvel e na conformidade da lei e deste Decreto, contempladas nas seguintes situaes: I localizadas ou desenvolvidas em mais de um municpio ou em Unidades de Conservao Estadual, inclusive nas reas de Proteo Ambiental, desde que reconhecido o interesse pblico e mediante avaliao e compensao ambientais; II cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais municpios; III localizadas ou desenvolvidas nas florestas e demais formas de vegetao natural de preservao permanente definidas em lei ou ato administrativo; IV delegados por instrumento legal. 1. O rgo ambiental estadual competente proceder autorizao e ao licenciamento ambiental, cabendo, quando exigvel, ao interessado, consultar o rgo estadual competente para autorizar a supresso de vegetao, e/ou a outorga de recursos hdricos, nos termos das leis especficas e de seus regulamentos. 2. A validade da autorizao e da licena ambiental estadual fica condicionada comprovao, por parte do empreendedor, por meio da apresentao de declarao do municpio sede subscrita pelo Prefeito Municipal e/ou Secretrio Municipal com atribuio para decises relativas ao uso e ocupao do solo, de que o empreendimento e/ou atividade encontra-se de acordo com a legislao municipal pertinente. Art. 4. Compete ao rgo ambiental municipal e, supletivamente, ao rgo ambiental estadual, o controle e o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local, ouvido, quando couber, os rgos ambientais da esfera estadual e federal, bem como daquelas atividades cuja competncia lhe forem delegadas pelo Estado, por meio de instrumento legal, dependendo, para tanto, de comprovao de sua capacidade operacional, levando-se em considerao o atendimento dos seguintes requisitos: I Conselho Municipal de Meio Ambiente deliberativo e paritrio e em funcionamento; II disponibilidade de recursos humanos com capacidade tcnica para atuar na rea ambiental; III legislao municipal voltada proteo, conservao e melhoria do meio ambiente;

IV disponibilidade de infra-estrutura operacional adequada concesso, fiscalizao e acompanhamento das autorizaes e licenciamentos ambientais; 1. As atividades de impacto local, previstas no caput do artigo, so aquelas definidas em normas tcnicas institudas pelo rgo ambiental competente e/ou pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente CONSEMA, cujo impacto ambiental seja considerado direto e restrito, exclusivamente, rea de circunscrio territorial do respectivo Municpio, bem como observados o porte e o potencial poluidor/degradador do empreendimento/atividade. 2. O rgo ambiental municipal proceder autorizao e o licenciamento ambiental aps ouvidos, quando couber, os rgos competentes do Estado e da Unio e, quando for o caso, exigir do empreendedor a prvia apresentao de autorizao para a supresso de vegetao e a outorga de recursos hdricos, junto aos rgos competentes. 3. O rgo ambiental municipal dar publicidade no Dirio Oficial do Estado e em peridico de grande circulao no municpio de sua atuao, declarando estar apto a exercer o licenciamento ambiental. 4. A delegao de competncia, ao Municpio, para o licenciamento, ser concedida por ato normativo do CONSEMA, depois de verificada a capacidade operacional de que trata o caput deste artigo, por meio de documentao comprobatria a ser apresentada quele rgo juntamente com o requerimento de habilitao. 5. O CONSEMA dever, no prazo estabelecido em Resoluo, verificar as condies estabelecidas nos incisos I a IV deste artigo. 6. Os Municpios que apresentem interesses ambientais comuns e legislao ambiental compatvel podero se consorciar para o exerccio do licenciamento ambiental de que trata este artigo. 7. A atuao supletiva se faz nas hipteses de omisso do rgo competente ou inexistncia do rgo ambiental local, sendo obrigao do rgo executivo ambiental estadual, ao constatar a ocorrncia de licenciamentos ambientais sem supedneo legal realizados por outras esferas federativas, denunciar a ocorrncia, ao Ministrio Pblico Estadual, e encaminhar a denncia ao CONSEMA para conhecimento e deliberao. Art. 5. O licenciamento ambiental ser realizado em um nico nvel de competncia, observado o disposto nas legislaes estadual e federal pertinentes e, em especial, neste Decreto, bem como a competncia dos Municpios, estabelecidas no art. 4. Art. 6. As atividades a serem submetidas ao controle e licenciamento ambiental so aquelas previstas na legislao estadual e federal vigentes, bem como aquelas estabelecidas pelo rgo ambiental estadual por meio de Instruo Normativa,

podendo o mesmo complement-las ou modific-las naquilo que for necessrio implementao e operacionalizao deste decreto. Pargrafo nico. Para a realizao do controle e licenciamento ambiental, o rgo executivo ambiental competente baixar normas, procedimentos e prazos a eles inerentes, observando o disposto nas legislaes pertinentes e, especialmente, neste Decreto, nos limites de suas atribuies legais, devendo, no que exceder seu limite de competncia, elaborar e encaminhar ao CONSEMA proposta de normatizao tcnica especfica para avaliao deste Colegiado para, atravs de deliberao, naquilo que couber, editar, no limite das atribuies do colegiado, as respectivas Resolues. Art. 7. Os procedimentos de autorizao e de licenciamento ambiental obedecero s seguintes etapas: I definio fundamentada pelo rgo ambiental competente, dos documentos, projetos e avaliaes ambientais e de outros comprovadamente exigidos por lei, necessrios ao incio do processo de licenciamento correspondente licena a ser requerida. II Termo de Referncia, quando couber, na forma da legislao pertinente e deste Decreto; III requerimento da licena ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade; IV anlise, pelo rgo estadual competente, dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realizao de vistorias tcnicas. V solicitao de esclarecimentos e complementaes pelo rgo competente, em no mximo duas vezes, quando couber, e com base em norma legal ou em sua inexistncia em parecer tcnico fundamentado, em decorrncia da anlise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, podendo haver a reiterao da mesma solicitao apenas nos casos em que os esclarecimentos e complementaes, a critrio do rgo, no tenham sido satisfatrios, nos termos da lei e deste Decreto; VI consulta pblica ou consulta tcnica, na forma prevista neste Decreto e por meio de instrues normativas do IEMA ou deliberaes do CONSEMA; VII audincia pblica, quando couber, de acordo com a lei e com este Decreto; VIII solicitao de esclarecimentos e complementaes pelo rgo competente, decorrentes de audincias e consultas pblicas, quando couber, podendo haver reiterao da solicitao quando os esclarecimentos e complementaes no tenham

sido comprovadamente satisfatrios, nos termos da Lei e deste Decreto; IX emisso de pareceres tcnicos e, quando necessrio, jurdicos, conclusivos nos processos de licenciamento que exijam Avaliao Ambiental. X deferimento ou indeferimento do pedido de licena fundamentado em parecer tcnico e/ou jurdico, dando-se a devida publicidade. 1. Sero estabelecidos procedimentos administrativos simplificados para as atividades e empreendimentos de pequeno potencial de impacto local, desde que enquadradas em Instruo Normativa do rgo ambiental, editada com base em anlise tcnica. 2. Sero estabelecidos critrios para agilizar e simplificar os procedimentos de controle e licenciamento ambiental e renovao das licenas das atividades e servios que implementem planos e programas voluntrios de gesto ambiental, cuja eficincia tenha sido comprovada, visando melhoria contnua e ao aprimoramento do desempenho ambiental. Art. 8. O rgo ambiental no conceder licenas desacompanhadas da Certido Negativa de Dbito Ambiental, na forma da lei e de Decreto especfico, salvo nos casos em que no haja deciso administrativa irrecorrvel ou no curso de prazo para atendimento de exigncia de obrigao de fazer ou no fazer, resultante de notificao formal do requerente da licena ou de condies que tenha acordado, em termos especficos, casos estes em que sero expedidas certides positivas com efeito de negativas. Art. 9. So instrumentos de estudo e avaliao ambiental aqueles mencionados no inciso II, do artigo 2, deste Decreto e sua apresentao ser exigida pelo rgo ambiental sempre que os procedimentos para obteno de licena ou autorizao o exigir. Art. 10. So instrumentos de licenciamento e controle ambiental: I. Licena Simplificada (LS); II. Licena nica (LU); III. Licena Prvia (LP); IV. Licena de Instalao (LI); V. Licena de Operao (LO);

VI. Licena de Operao para Pesquisa (LOP); VII. Licena de Regularizao (LAR); VIII. Autorizao Ambiental (AA); IX. Termo de Compromisso Ambiental (TCA); X. Consulta Prvia Ambiental (CPA). XI. Auditoria Ambiental; XII. Certido Negativa de Dbito Ambiental (CNDA); XIII. Termo de Responsabilidade Ambiental (TRA); CAPTULO II DO CADASTRO E DA CLASSIFICAO DAS FONTES POLUIDORAS OU DEGRADADORAS DO MEIO AMBIENTE Art. 11. O Cadastro de Atividades Utilizadoras de Recursos Ambientais parte do Cadastro Geral de Atividades Econmicas, constituindo-se em banco de dados comum entre a Secretaria de Meio Ambiente e a Secretaria da Fazenda do Estado do Esprito Santo. 1. Os Secretrios de Estado da Fazenda e do Meio Ambiente, em norma comum, fixaro as informaes ambientais que devero constar do Cadastro referido no caput. CAPTULO III DAS LICENAS Art. 12. O rgo ambiental competente expedir as autorizaes e licenas, constantes no artigo 10 do presente Decreto, e suas condies de validade, bem como suas respectivas renovaes, considerando o seguinte: I As autorizaes ambientais ordinrias sero concedidas pelo prazo mximo de 12 (doze) meses, sendo que, nos casos especiais, a exemplo de obras emergenciais de interesse pblico, no podero ultrapassar o prazo de 120 (cento e vinte) dias, ou aquele fixado no respectivo cronograma operacional. Em se transporte de transporte

de cargas e resduos perigosos, far-se- necessria uma autorizao para cada evento. II O prazo de validade da Licena Simplificada (LS) ser, no mnimo, de 4 (quatro) anos, no podendo ultrapassar 06 (seis) anos, neste ltimo caso, quando comprovada a implementao do programa de gesto ambiental voluntrio e cuja eficincia tenha sido atestada pelo rgo ambiental, conforme disposto no 2, do artigo 7, deste Decreto. III O prazo de validade da Licena nica (LU) ser, no mnimo, de 4 (quatro) anos, no podendo ultrapassar 06 (seis) anos, neste ltimo caso, quando comprovada a implementao do programa de gesto ambiental voluntrio e cuja eficincia tenha sido atestada pelo rgo ambiental, conforme disposto no 2, do artigo 7, deste Decreto. IV O prazo de validade da Licena de Operao para Pesquisa (LOP) estar condicionado ao esgotamento do volume mximo de extrao e/ou ao prazo estabelecidos na outorga da licena, sendo que este no poder ultrapassar 4 (quatro) anos, sendo o ato improrrogvel. Ocorrendo qualquer dessas hipteses, tem-se por expirada a validade da licena, aps o que o empreendedor estar obrigado a licenciar a atividade caso queira explorar o recurso natural objeto da pesquisa. V O prazo de validade da Licena Prvia (LP) ser, no mnimo, o estabelecido pelo cronograma de elaborao dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, no podendo ser superior a 5 (cinco) anos. VI O prazo de validade da Licena de Instalao (LI) dever ser, no mnimo, o estabelecido pelo cronograma de instalao do empreendimento ou atividade, no podendo ser superior a 6 (seis) anos. VII O prazo de validade da Licena de Operao (LO) ser de, no mnimo, de 4 (quatro) anos e, no mximo, de 6 (seis) anos. VIII O prazo de validade da Licena Ambiental de Regularizao (LAR) ser de, no mnimo, 2 (dois) anos e, no mximo, de 4 (anos) anos. 1. A licena ambiental no exime o seu titular da apresentao, aos rgos competentes, de outros documentos legalmente exigveis. 2. Findo o prazo de validade da licena, a mesma ser extinta, no cabendo sua renovao, passando a atividade condio de irregular e obrigando o seu titular a firmar termo de compromisso ambiental e/ou a requerer licena de regularizao, sob pena de aplicao das sanes previstas em lei. 3. A Licena Prvia (LP) e a Licena de Instalao (LI) podero ter seus prazos e validade prorrogados, mediante requerimento do empreendedor, por, no mximo, duas

vezes. A deciso do rgo, em qualquer das hipteses, ser devidamente motivada e obedecer aos limites estabelecidos nos itens I e II, ficando a renovao condicionada manuteno das mesmas condies ambientais existentes quando de sua concesso. 4. A LP poder ser requerida em conjunto com a LI nas hipteses nas quais a viabilidade ambiental tenha sido previamente verificada pelo rgo ambiental. 5. As licenas ambientais podero ser expedidas, isolada, sucessiva ou cumulativamente, de acordo com a natureza, caracterstica e fase da atividade ou servio requerido do licenciamento. 6. Caso o empreendimento, atividade, pesquisa, servio ou obra de carter temporrio, passvel de Autorizao Ambiental prevista no item I, passe a configurar situao permanente, ser exigida a licena ambiental correspondente em substituio Autorizao expedida.

7. Os empreendimentos ou atividades no licenciados, ou licenciados cuja operao se processem em desacordo com a licena ambiental concedida ou cuja atividade esteja sendo exercida em desacordo com as normas ambientais vigentes, podero ser objeto de adequao, por meio de termo de compromisso ambiental, do qual poder constar a exigncia de cauo idnea, a ser firmado com o rgo ambiental competente para o licenciamento, sem prejuzo da aplicao das penalidades/sanes cabveis. Art. 13. A Consulta Prvia Ambiental ser submetida ao rgo ambiental, pelo interessado, para obter informaes sobre a necessidade e/ou viabilidade de licenciamento de sua atividade. 1. O rgo somente far pronunciamento de mrito a respeito da consulta realizada quando a sua instruo for suficiente formao da convico, sem que, para isso, haja necessidade de vistoria in loco. 2. A Consulta Prvia ambiental no substitui qualquer etapa dos procedimentos de regularizao ambiental, seja licenciamento ou autorizao, quando for verificada sua necessidade e assim indicados. Art. 14. A Licena Prvia (LP) expedida na fase inicial do planejamento da atividade, fundamentada em informaes formalmente prestadas pelo interessado e aprovadas pelo rgo competente, especifica as condies bsicas a serem atendidas durante a instalao e funcionamento do equipamento ou atividade poluidora ou degradadora observando os aspectos locacionais, tecnologia utilizada e concepo do sistema de controle ambiental proposto. 1. A concesso da LP implica no compromisso da entidade poluidora ou degradadora de manter projeto final compatvel com as condies do deferimento.

2. Na concesso dessa licena devero ser sempre observados os planos Federal, Estadual e Municipal do uso e ocupao do solo. Art. 15. A Licena de Instalao (LI) expedida com base na aprovao das Avaliaes Ambientais, conforme enunciados neste Decreto e de acordo com padres tcnicos estabelecidos pelo rgo competente de dimensionamento do sistema de controle ambiental e de medidas de monitoramento previstas, respeitados os limites legais. 1. A LI autoriza o incio da implantao da atividade potencial ou efetivamente poluidora ou degradadora, subordinando-as s condies de construo, operao e outras expressamente especificadas. 2. A montagem, instalao ou construo de equipamentos relacionados a qualquer atividade potencial ou efetivamente poluidora ou degradadora, sem a prvia licena de instalao (LI) ou inobservncia das condies expressas na sua concesso, resultar em embargo do empreendimento ou atividade, independentemente de outras sanes cabveis, conforme previso legal 3. Constitui obrigao do requerente o atendimento s solicitaes de esclarecimentos necessrios anlise e avaliao do projeto de controle ambiental apresentado ao rgo competente. Art. 16. A Licena de Operao (LO) poder ser expedida pelo prazo mnimo de 04 (quatro) anos e mximo de 06 (seis) anos, neste ltimo caso em deciso motivada do rgo competente, devendo em ambos os casos: I comprovar o atendimento das condicionantes estabelecidas na licena ambiental anteriormente concedida; II apresentar plano de correo das no conformidades previamente aprovado, decorrente da ltima auditoria ambiental realizada; III apresentar Certido Negativa de Dbito Ambiental CNDA. 1. A renovao da Licena de Operao (L.O.) de uma atividade ou servio enquadrados neste Decreto dever ser requerida com antecedncia mnima de 120 (cento e vinte) dias da expirao de seu prazo de validade, fixado na respectiva licena, ficando este automaticamente prorrogado at a manifestao definitiva do rgo ambiental. 2. A prorrogao referida no pargrafo 1 deste artigo, somente ocorrer nas hipteses em que o requerente no tiver dado causa a atrasos no procedimento de renovao da Licena de Operao. 3. A Licena de Operao (L.O.) expedida com base na aprovao do projeto em vistoria, teste de pr-operao ou qualquer meio tcnico de verificao do

dimensionamento e eficincia do sistema de controle ambiental e das medidas de mitigao implantadas, bem como do cumprimento das condicionantes determinadas para a instalao. 4. A Licena de Operao autoriza a operao da atividade e/ou empreendimento, aps a verificao do efetivo cumprimento do que consta das licenas anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinadas para a operao. Art. 17. A Licena Simplificada (LS) das atividades enquadradas nas Classes S est condicionada ao preenchimento da Ficha de Caracterizao do Empreendimento FCE, sendo expedida pelo rgo ambiental mediante declarao do interessado e de seu responsvel tcnico, acompanhado de Termo de Responsabilidade Ambiental, declarando que sua atividade de pequeno potencial poluidor e que dispe dos equipamentos de controle ambiental definidos pelo rgo ambiental. 1. A informao inexata ou falsa sujeitar os infratores s penalidades previstas em lei. 2. A Licena Simplificada tambm ser concedida s atividades enquadradas na Classe I e quelas descritas em Resolues relativas municipalizao editadas pelo CONSEMA, sendo que, nestes casos, para sua concesso, ser necessria a apresentao e anlise de avaliaes ambientais, a critrio do rgo ambiental competente. 3. As taxas da Licena Simplificada correspondero soma das respectivas Licenas Prvia, de Instalao e de Operao exigveis para as atividades econmicas constantes da Classe S e da Classe I, da Tabela VI da Lei 7.001/01, publicada em 28.12.01 e enquadradas por Instrues Normativas expedidas pelo rgo ambiental. Art. 18. A Licena nica (LU) exigvel para as atividades que no se incluem nas hipteses de Licena Simplificada, Autorizao ou procedimento a que se refere os arts. 14 usque 16. 1. A Licena nica (LU) aplicvel, tambm, a empreendimentos, ainda que de pequeno porte, que envolvam relao com produtos perigosos, segundo o entendimento do rgo. 2. A informao inexata ou falsa sujeitar os infratores s penalidades previstas em lei. 3. As taxas da Licena nica (LU), consoante definio do inciso VII, do artigo 2 e em virtude dessa modalidade de licena consistir numa fase de operao, sero os valores da Licena de Operao (LO) exigveis para as atividades econmicas e respectivas Classes constantes da Tabela VI da Lei 7.001/01, publicada em 28.12.01 e enquadradas por Instrues Normativas expedidas pelo rgo ambiental. Art. 19. As taxas da Licena de Regularizao (LAR), consoante definio do inciso IX, do artigo 2 e por consistir nas trs fases do licenciamento, sero a soma das

correspondentes Licenas Prvia, de Instalao e de Operao exigveis para as atividades econmicas e respectivas Classes constantes da Tabela VI da Lei 7.001/01, publicada em 28.12.01 e enquadradas por Instrues Normativas expedidas pelo rgo ambiental. Art. 20. As taxas da Licena de Operao para Pesquisa (LOP), consoante definio do inciso X, do artigo 2 e por constituir modalidade de licenciamento prvio, sero as taxas da Licena Prvia exigveis para as atividades econmicas e respectivas Classes constantes da Tabela VI da Lei 7.001/01, publicada em 28.12.01 e enquadradas por Instrues Normativas expedidas pelo rgo ambiental. Art. 21. No se conceder crditos, de qualquer modalidade e por qualquer rgo de fomento estadual, s empresas cuja atividade econmica esteja enquadrada como potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente que no se encontre regularmente licenciada. CAPTULO V DAS AVALIAES AMBIENTAIS E DOS TERMOS DE REFERNCIA Art. 22. O rgo competente determinar, com base em parecer tcnico fundamentado, sempre que necessrio, a realizao de Avaliao Ambiental, nos termos da legislao aplicvel, fundamentado na anlise preliminar do objeto do licenciamento. 1. Ser exigida avaliao ambiental em quaisquer das fases do licenciamento mediante deciso do rgo competente, fundamentada em parecer tcnico consubstanciado, obedecida legislao vigente e considerada a potencial significncia do impacto ambiental do empreendimento ou atividade. 2. Quando da elaborao ou anlise do Termo de Referncia ou anlise das Avaliaes Ambientais demandar conhecimentos no existentes ou de disponibilidade tcnica insuficiente no rgo competente, o suprimento dessas carncias poder ocorrer s expensas do interessado, a critrio e sob a coordenao de tcnicos do rgo. 3. Salvo nos casos previstos no 5 deste artigo, o prazo para aprovao do Termo de Referncia pelo rgo ambiental ser, no prazo mximo, de 30 (trinta) dias contados de sua protocolizao. 4. Caso ocorra o no cumprimento do prazo constante no pargrafo anterior, o interessado poder dar incio s avaliaes ambientais propostas no Termo de Referncia apresentado ao rgo. 5. O rgo ambiental poder submeter o Termo de Referncia consulta tcnica de rgos, entidades pblicas, privadas e a profissionais especializados no tema objeto

do licenciamento ambiental pretendido ou submetido consulta pblica a determinados segmentos da sociedade, localizados na rea de influncia direta dos impactos gerados pela atividade ou empreendimento. 6. Aprovado o Termo de Referncia, o requerente estar obrigado a torn-lo pblico por meio do Dirio Oficial do Estado do Esprito Santo, abrindo prazo de 15 (quinze) dias, contados da publicao, para manifestao de terceiros interessados em sugerir elementos de anlise quele Termo de Referncia. 7. As manifestaes referidas no pargrafo 8 somente sero conhecidas pelo rgo ambiental quando tempestivamente protocolizadas no rgo competente ou por remessa de correspondncia com Aviso de Recebimento. 8. O rgo ambiental somente conhecer manifestaes devidamente firmadas por pessoas, grupos ou associaes identificados e qualificados. 9. O rgo ambiental somente conhecer manifestaes providas de fundamentao tcnica e/ou jurdica, considerando-se o processo em questo. Art. 23. Ficam estabelecidos os seguintes prazos mximos, contados da data do requerimento de licena: I 12 (doze) meses para anlise do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA; II 6 (seis) meses para as demais avaliaes ambientais. 1. A contagem dos prazos previstos no caput ser suspensa durante a elaborao de estudos ambientais complementares ou preparao de esclarecimentos pelo interessado, podendo ser alterados desde que justificados e com a concordncia do empreendedor e do rgo ambiental. 2. A apresentao dos estudos ambientais complementares ou de esclarecimentos requeridos ao empreendedor pelo rgo ambiental, dever ser formalmente protocolizado junto ao rgo competente no prazo de at 4 (quatro) meses, contados do recebimento na respectiva notificao, podendo tal prazo ser prorrogado mediante justificativa e a critrio do rgo ambiental. 3. O no atendimento do prazo descrito no 3o deste artigo implicar o arquivamento definitivo do processo de licenciamento. Art. 24. As Avaliaes Ambientais devero ser realizadas por profissionais legalmente habilitados, s expensas do empreendedor, vedada a participao de servidores pblicos estaduais dos rgos da administrao direta ou indireta na sua elaborao,

na forma da lei. Pargrafo nico. O empreendedor e os profissionais que subscreverem os estudos relacionados no caput do artigo sujeitam-se s responsabilidades nos termos da lei. TTULO I DOS ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL Art. 25. O Estudo de Impacto Ambiental - EIA ser exigido para avaliao ambiental de empreendimento/atividades com potencialidade de significativos impactos ambientais, pelo rgo ambiental competente, em conformidade com a legislao ambiental. Pargrafo nico. Se a execuo do Estudo de Impacto Ambiental - EIA, com base no Termo de Referncia aprovado, no respeitar as diretrizes neste fixadas, o rgo competente determinar o complemento do EIA a fim de adequ-lo ao Termo em questo; quando for o caso, fundamentado em parecer tcnico consubstanciado. Art. 26. A Unio e os Municpios, por meio de seus rgos ambientais, recebero cpia do respectivo Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA quando tiverem relao direta com o projeto ou quando o empreendimento se situar em sua rea de influncia. Unio e aos Municpios ser encaminhada cpia do Estudo de Impacto Ambiental EIA, mediante requerimento. 1. Os rgos referidos no caput devero manifestar-se acerca do empreendimento por meio de parecer a ser encaminhado ao rgo ambiental estadual no prazo para tanto determinado, aps anlise do RIMA ou do EIA/RIMA, quando couber. 2. Os pareceres sero apresentados formalmente, mediante protocolo efetivado no rgo ambiental competente, no sendo conhecidos aqueles apresentados fora do prazo estabelecido. 3. Os pareceres no obrigam e nem vinculam o rgo ambiental estadual. Art. 27. O Relatrio de Impacto Ambiental RIMA, refletir as concluses do Estudo de Impacto Ambiental EIA, transmitindo-os em linguagem acessvel a todos os segmentos da sociedade, evidenciando os impactos negativos e positivos do empreendimento e/ou atividade proposta. 1. No procedimento de licenciamento, o rgo ambiental competente dever encaminhar o Parecer Tcnico e, quando necessrio o Jurdico, para deliberao pelo respectivo Conselho de Meio Ambiente CONSEMA ou CONREMAs.

2. O empreendedor poder, em acrscimo ao RIMA, utilizar-se de outros instrumentos de comunicao social para divulgar as repercusses ambientais do empreendimento sob avaliao. Art. 28. No licenciamento ambiental de atividade ou servio de impacto ambiental significativo, a anlise do EIA/RIMA, realizada pelo rgo ambiental ser submetida apreciao e deliberao do respectivo Conselho Estadual ou respectivo Regional de Meio Ambiente - CONREMA que, no prazo regulamentar, apreciar o parecer tcnico conclusivo e deliberar quanto licena ambiental requerida, expedindo, se for o caso, a respectiva resoluo. 1. Respeitado o sigilo industrial assim solicitado e demonstrado pelo interessado, o EIA/RIMA, ser acessvel ao pblico. Suas cpias permanecero disposio dos interessados, no rgo ambiental, inclusive no perodo de anlise tcnica. 2. Os rgos pblicos que manifestarem interesse, ou tiverem relao direta com o projeto, recebero cpia do Relatrio de Impacto Ambiental RIMA, para conhecimento e respectiva manifestao no prazo de 15 (quinze) dias contados da data do seu recebimento, podendo ser prorrogado uma vez por igual perodo. TTULO II DOS RELATRIOS DE CONTROLE AMBIENTAL Art. 29. O Relatrio de Controle Ambiental - RCA a avaliao ambiental intermediria exigvel com base em parecer tcnico e/ou jurdico fundamentado, em todos os licenciamentos de empreendimentos ou atividades de qualquer porte e potencial poluidor e/ou degradador, para os quais no seja adequada a exigncia de EIA/RIMA e nem suficiente exigncia de PCA. 1. O RCA tambm ser exigido nos casos de licenciamento de empreendimentos ou atividades que representem interesse pblico e daquelas que objetivem mitigar efeitos nocivos ao meio ambiente, dos quais no se possa exigir EIA/RIMA, com base em parecer tcnico-jurdico fundamentado. 2. A elaborao do RCA ser de responsabilidade do requerente do licenciamento. 3. As atividades poluidoras ou degradadoras referenciadas no caput deste artigo devero apresentar o Relatrio de Controle Ambiental em fase preliminar ao licenciamento ambiental e sero desenvolvidas de acordo com o Termo de Referncia aprovado pelo rgo competente, adotados os procedimentos previstos neste regulamento. 4. O Relatrio de Controle Ambiental dever conter, no mnimo:

I - a descrio sucinta do empreendimento ou atividade e de sua localizao, considerando o meio fsico, o meio biolgico e o meio scio-econmico; II - a descrio de possveis impactos ambientais de curto, mdio e longo prazo; III - as medidas para minimizar, corrigir ou compensar os impactos ambientais. Art. 30. O rgo ambiental poder estabelecer diretrizes e exigncias adicionais julgadas necessrias elaborao de avaliaes ambientais com base em norma legal ou, na sua inexistncia, em parecer tcnico fundamentado. CAPTULO VI DA PARTICIPAO PBLICA Art. 31. A participao pblica no processo de licenciamento ambiental tem carter informativo e consultivo, servindo de subsdio para tomada de deciso do rgo ambiental. Pargrafo nico. so formas de participao pblica no processo de licenciamento ambiental: I Consulta Tcnica; II Consulta Pblica; III Audincia Pblica. TTULO I DA CONSULTA TCNICA E PBLICA Art. 32. A Consulta Tcnica destina-se a colher opinio de rgo tcnico, pblico ou privado, bem como de profissional de comprovada experincia e conhecimento, sobre ponto especfico tratado na avaliao ambiental em questo. Art. 33. A Consulta Pblica destina-se a colher a opinio de setores representativos da sociedade sobre determinado empreendimento cujas caractersticas no justifiquem a convocao de audincia pblica. 1. A instaurao de consulta pblica ser objeto de publicao em meio oficial e

tambm em jornal de grande circulao, a fim de que pessoas fsicas ou jurdicas possam examinar os autos, fixando-se prazo de 15 (quinze) dias teis, aps sua publicao, para oferecimento de alegaes escritas. 2. O rgo ambiental no conhecer das manifestaes apresentadas intempestivamente. Art. 34. A critrio do rgo ambiental, para elaborao dos termos de referncia, podero ser convocadas consulta pblica e tcnica. 1. As convocaes sero publicadas no Dirio Oficial do Estado, abrindo-se prazo de 15 (quinze) dias teis para manifestao dos interessados. 2. Quando adotado o procedimento previsto neste artigo, no sero aceitas manifestaes fora do prazo estabelecido no 1. TTULO II DA AUDINCIA PBLICA Art. 35. Recebido o RIMA, o rgo ambiental far publicar, em jornal oficial e outro de expressiva circulao na rea de influncia do empreendimento a abertura de prazo mnimo de 45 (quarenta e cinco) dias para conhecimento e eventual requerimento, por terceiros legalmente habilitados, de audincia pblica. Pargrafo nico. O RIMA dever ser disponibilizado na rede mundial de computadores. Art. 36. O rgo ambiental, caso julgue necessrio, poder convocar reunies preparatrias das audincias pblicas com objetivo de apresentar e discutir com a sociedade o relatrio de impacto ambiental. Art. 37. A Audincia Pblica, sob a presidncia do rgo ambiental, tem por finalidade expor aos interessados o resultado do Relatrio de Impacto Ambiental, prestando informaes e colhendo subsdios dos interessados no processo de licenciamento. 1. A convocao da audincia indicar local, data, horrio, sua durao, a denominao e endereo da atividade ou do empreendimento, bem como a identificao de seu titular. 2. A convocao da audincia pblica ser fixada em edital e publicada no Dirio Oficial do Estado e em jornal de expressiva circulao na rea de influencia direta do empreendimento, com antecedncia mnima de 07 (sete) dias teis.

Art. 38. Se julgar necessrio, aps o recebimento do RIMA e da publicao de que trata o artigo 35, o rgo ambiental poder convocar audincia pblica. Art. 39. O rgo ambiental convocar a audincia pblica quando requerida justificadamente por entidade civil, com mais de 01 (um) ano de constituio, voltada proteo do meio ambiente legalmente constituda e com atuao na rea de influncia direta do empreendimento, pelo Ministrio Pblico ou ainda por 50 (cinqenta) ou mais cidados (Lei n 4.717, de 29 de junho de 1965, art. 1, 3), desde que domiciliados naquela rea, observado o prazo do artigo 35. Art. 40. Em funo da localizao e complexidade do empreendimento, poder o rgo pblico fazer realizar mais de uma audincia pblica sobre o mesmo projeto em licenciamento. Pargrafo nico. Desde que tenham participado da audincia, as entidades civis legalmente constitudas, o Ministrio Pblico, 2/3 de pessoas presentes ou ainda 50 (cinqenta) ou mais cidados podero requerer nova sesso de audincia pblica fundamentando seu pedido, que ser levado apreciao do rgo ambiental competente, para decidir. Art. 41. As audincias pblicas sero realizadas em locais de fcil acesso e prximos s comunidades diretamente afetadas pelo empreendimento. Art. 42. Nas audincias pblicas ser obrigatria a presena de: I representante legal do empreendimento ou atividade; II representante de cada especialidade tcnica componente da equipe que elaborou a avaliao ambiental; III coordenador e membro da equipe tcnica do rgo ambiental responsvel pela anlise das Avaliaes Ambientais. Art. 43. Da audincia pblica lavrar-se- ata circunstanciada, incluindo, de forma resumida, todas as intervenes, ficando aquela disposio dos interessados em local de acesso pblico nas dependncias do rgo ambiental, aps 10 (dez) dias teis da realizao da audincia. Art. 44. As manifestaes por escrito devero ser encaminhadas ao rgo ambiental em at 10 (dez) dias teis, contados da realizao da audincia pblica, sendo que no sero consideradas aquelas recebidas intempestivamente. Art. 45. As intervenes consubstanciadas em ata da audincia pblica e as manifestaes tempestivas referidas no artigo 44 sero conhecidas pelo rgo

ambiental sem, no entanto, vincular suas concluses. Pargrafo nico. O rgo ambiental, quando provocado por interessado legitimado por participao em audincia pblica ou por manifestao tempestiva, emitir parecer tcnico ou jurdico acerca daquelas intervenes, obrigando-se a dar cincia ao interessado, por meio de correspondncia registrada, de que o mesmo se encontra nos autos do processo administrativo. Art. 46. As despesas necessrias realizao das reunies preparatrias e das audincias pblicas sero assumidas diretamente pelo empreendedor responsvel pelo empreendimento ou atividade em licenciamento. Art. 47. Nos casos de omisso deste Decreto, sero feitas as exigncias previstas na Resoluo CONAMA vigente poca e aplicvel ao caso. CAPTULO VII DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS Art. 48. Os interessados sero notificados de todos os atos dos quais resultem imposio de deveres, nus, sanes ou restrio ao exerccio de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse, bem como o estabelecimento de diretrizes e exigncias adicionais, julgadas necessrias elaborao do Relatrio de Controle Ambiental, com base em norma legal ou em parecer tcnico fundamentado. Art. 49. O rgo perante o qual tramita o licenciamento notificar o interessado para a apresentao de documentos, efetivao de diligncias ou cincia de deciso. 1. A notificao conter: I identificao do notificado e nome do rgo ou entidade administrativa; II finalidade da notificao; III data, hora e local do cumprimento; IV informao quanto necessidade de o interessado comparecer pessoalmente, se for o caso; V informao quanto aos efeitos do descumprimento da notificao; VI indicao dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

2. A notificao fixar prazo para o cumprimento das determinaes nela contidas. 3. A notificao far-se- por cincia no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou por outro meio que assegure a certeza da cincia do interessado. 4. Considerar-se- intimada a parte que se recusar a receber a notificao de agente credenciado ou de agente de correio, ou mesmo que se procure ocultar para evitar o ato de notificao, devendo, para tanto, o agente fazer constar, fundamentadamente, no aviso de recebimento (AR) ou no corpo da notificao o ato da recusa. 5. No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domiclio indefinido, a notificao far-se- por publicao no Dirio Oficial do Estado do Esprito Santo. 6. Sero nulas as notificaes feitas sem observncia das normas estabelecidas neste decreto, mas o comparecimento do interessado supre sua falta ou irregularidade, permanecendo o procedimento no estado em que se encontrar quando do seu ingresso. 7. A impugnao ser dirigida, em primeira instncia administrativa, autoridade que aplicou a medida punitiva, no prazo de 15 (quinze) dias contados a partir do recebimento da notificao do ato administrativo. Art. 50. Da deciso proferida no julgamento da impugnao caber recurso em ltima instncia administrativa ao CONSEMA ou ao respectivo Conselho Regional de Meio Ambiente CONREMA, no prazo de 15 (quinze dias), contados a partir do recebimento da notificao da deciso. Art. 51. A deliberao quanto cassao de autorizao ou de licena ambiental ser proferida pelo CONSEMA ou pelo respectivo CONREMA e somente ser efetivada pelo rgo ambiental aps o trnsito em julgado de deciso administrativa. Art. 52. A interposio de impugnao ou de recurso administrativo independe de cauo. Art. 53. Quaisquer diligncias necessrias instruo da impugnao e do recurso sero de responsabilidade do interessado. Art. 54. Ordinariamente, a impugnao, bem como o recurso, no tem efeito suspensivo. Art. 55. Podero ser recebidos, com efeito suspensivo, a impugnao e o recurso

contra medida punitiva que implique em: I embargo de obra; II interdio de atividade; III apreenso de instrumentos e de produtos; IV demolio de obra; V suspenso e cassao de autorizao e de licena ambiental; VI casos de relevante interesse pblico; e VII outros casos em que se comprove justo receio de prejuzo de difcil ou incerta reparao decorrente da execuo da medida punitiva. 1. Nas hipteses estabelecidas no caput deste artigo, o requerente encaminhar, tempestivamente, impugnao ou recurso com suas razes de defesa acompanhadas de descrio das infraes cometidas. 2. O efeito suspensivo somente ser concedido pela autoridade recorrida, seu superior hierrquico ou pela de primeira instncia, aps avaliao de pareceres tcnico e jurdico fundamentados que embasaram a deciso. 3. A impugnao ou o recurso ser dirigido autoridade competente que aplicou a medida punitiva, a qual decidir sobre o pedido de efeito suspensivo no prazo de 15 (quinze) dias teis, podendo o rgo firmar termo de compromisso com o interessado. 4. Findo o prazo do pargrafo 3, silente o rgo recorrido, a pedido do impugnante ou do recorrente, o processo ser remetido segunda instncia, a qual ter 30 (trinta) dias para apreciao, unicamente, do pedido de suspenso dos efeitos da medida punitiva. Art. 56. Os rgos competentes para decidir a impugnao e o recurso podero confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a deciso recorrida. Art. 57. O CONSEMA e os Conselhos Regionais de Meio Ambiente CONREMAs, nos termos dispostos em lei, tm competncia, em grau de ltima instncia administrativa, no mbito da Secretaria de Meio Ambiente, para confirmar, modificar, alterar, anular ou revogar, total ou parcialmente, atos e penalidades praticados pelos rgos integrantes do Sistema Estadual de Meio Ambiente, constantes em deciso recorrida, baseando-se em parecer tcnico e/ou jurdico.

CAPTULO VIII DO ENQUADRAMENTO AMBIENTAL Art. 58. As atividades industriais e as no-industriais sujeitas ao processo de licenciamento sero enquadradas de acordo com o porte e potencial poluidor e/ou degradador, observando-se o disposto neste Decreto e em outros atos normativos editados pelo rgo ambiental competente. Art. 59. O enquadramento quanto ao Porte ser estabelecido a partir de parmetros que qualifiquem o empreendimento como de: micro porte, pequeno porte, mdio porte ou grande porte. Art. 60. O enquadramento quanto ao potencial poluidor e ou degradador ser estabelecido a partir de parmetros que qualifiquem o empreendimento como de: micro potencial poluidor/degradador, pequeno potencial poluidor/degradador, mdio potencial poluidor/degradador ou grande potencial poluidor/degradador. Art. 61. Os empreendimentos sero classificados como Classe Simplificada, Classe I, Classe II, Classe III ou Classe IV e sua determinao se dar a partir da relao obtida entre o porte do empreendimento e seu potencial poluidor/degradador, considerando a tabela abaixo e os critrios contidos nas instrues normativas editadas pelo rgo.

ENQUADRAMENTO/CLASSIFICAO

PORTE POTENCIAL POLUIDOR

MICRO PEQUENO MDIO GRANDE MICRO S S I II

PEQUENO S I II III MDIO I II III IV GRANDE II III IV IV

Art. 62. O rgo ambiental exigir do interessado na autorizao e/ou no licenciamento ambiental, na renovao ou alterao de licena ou autorizao j concedidas, considerado o seu enquadramento, as taxas de ressarcimento dos custos do respectivo procedimento, inclusive diligncias administrativas, anlises, vistorias tcnicas e outros procedimentos necessrios, observando-se as disposies deste Decreto e da Lei Estadual n 7.001/01. Art. 63. Nos termos da lei, o rgo competente poder cobrar custos adicionais ao empreendedor pela anlise do EIA/RIMA. Art. 64. As diligncias e informaes requeridas por pessoas fsicas, jurdicas e rgos pblicos ou privados, e que se relacionem a processos de licenciamento, incluindo obteno de cpias, sero atendidas na medida das disponibilidades oramentrias, salvo se forem promovidas s expensas exclusivas do requerente. Art. 65. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicao. Art. 66. Revogam-se as disposies em contrrio e, em especial, os Decretos n 4.344-N, de 7 de outubro de 1998, Decreto n 1.266-R, de 30 de dezembro de 2003, Decreto n 1.297-R, de 12 de maro de 2004 e Decreto n 1.351-R, de 08 de julho de 2004.

Palcio Anchieta, em Vitria, aos de dezembro de 2006, 185 da Independncia, 118 da Repblica e 472 do Incio da Colonizao do Solo Esprito Santense.

PAULO CSAR HARTUNG GOMES Governador do Estado MARIA DA GLRIA BRITO ABAURRE Secretria de Estado de Meio Ambiente