declaração ambiental l pataias 2010 - secil group · inovação e transparência que há muito...

44
Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010 2010 Declaração Ambiental Fábrica Cibra l Pataias

Upload: others

Post on 25-Aug-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

2010Declaração Ambiental Fábrica Cibra l Pataias

Page 2: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A.Capital: 85 375 000 EurosSede: Maceira-Liz, 2405-019 MACEIRA LRAContribuinte nº 502 802 995Matric. Conservatória Registo Comercial de Leiria n.º 4000

Fábrica Cibra-PataiasPataias-Gare – Apartado 462449-909 PATAIASCódigo NACE: 23.51 – Fabricação de CimentoCAE: 23 510

Page 3: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental Fábrica Cibra l Pataias

2010

Page 4: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Page 5: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Índice

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

5

6

6

6

7

8

10

11

12

14

17

19

19

19

21

21

22

22

22

23

23

24

24

27

27

28

29

31

31

32

33

35

36

39

I. Objectivos e âmbito .............................................................................................................................................

II. O Grupo Secil .........................................................................................................................................................II.1 Quem somos e onde estamos ..................................................................................................................................

II.2 Estratégia de Sustentabilidade ................................................................................................................................

III. A Fábrica Cibra-Pataias .....................................................................................................................................

III.1 Processo de fabrico de cimento .............................................................................................................................

IV. Sistema de Gestão Ambiental ......................................................................................................................IV.1 Política Ambiental ....................................................................................................................................................

IV.2 Aspectos e Impactes Ambientais .........................................................................................................................

IV.3 Programa de Melhoria 2010 ..................................................................................................................................

V. Desempenho Ambiental ..................................................................................................................................

V.1 Consumo de recursos naturais ................................................................................................................................

V.1.1 Racionalização do consumo de matérias-primas naturais .............................................................................................

V.1.2 Requalificação Ambiental das pedreiras e Protecção da Biodiversidade ......................................................................

V.2 Emissões de CO2 . .....................................................................................................................................................

V.2.1 Taxa de incorporação de clínquer ............................................................................................................................

V.2.2 Valorização de resíduos como combustíveis alternativos ...........................................................................................

V.3 Consumo de energia ................................................................................................................................................

V.3.1 Energia térmica .......................................................................................................................................................

V.3.2 Energia eléctrica ...................................................................................................................................................

V.4 Consumo de água ....................................................................................................................................................

V.5 Emissões atmosféricas ............................................................................................................................................

V.5.1 Emissões fixas .......................................................................................................................................................

V.5.2 Emissões difusas ....................................................................................................................................................

V.6 Produção de resíduos .............................................................................................................................................

V.7 Emissão de ruído para o exterior ..........................................................................................................................

V.8 Produção de águas residuais ...................................................................................................................................

V.9 Transporte ...................................................................................................................................................................

VI. Emergências Ambientais ................................................................................................................................

VII. Comunicação com as Partes Interessadas ...........................................................................................

VIII. Conformidade legal .........................................................................................................................................IX. Programa de Melhoria 2011 .........................................................................................................................

X. Glossário ..................................................................................................................................................................Declaração do Verificador Ambiental sobre as Actividades de Verificação e Validação ....................................................................................................................................

Page 6: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Page 7: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

A presente Declaração Ambiental constitui-se como um instrumento de comunicação e diálogo com o público e outras partes interessadas, fornecendo informação relativa ao desempenho ambiental da Fábrica de Cimento Cibra-Pataias, Alcobaça.Pretendemos assim publicar informação relativa aos aspectos ambientais cujo impacte é mais significativo, as políticas e medidas que têm vindo a ser adoptadas no sentido de minimizar os impactes negativos e potenciar os positivos, os sistemas de gestão existentes para uma avaliação periódica, sistemática e objectiva dos resultados atingidos e sua comparação com os níveis de desempenho exigidos pela Empresa.Aproveitamos a renovação do registo EMAS para alterar a filosofia das Declarações Ambientais, optando por uma abordagem mais clara e objectiva. Neste sentido, ao contrário do que vinha a ser utilizado, optámos pela apresentação dos índices de eco-eficiência numa óptica diferente, isto é, numa perspectiva ambiental em vez de económica. Deste modo, os índices apresentados não são comparáveis com os divulgados nas declarações ambientais anteriores a esta. Além desta alteração, e de acordo com a nossa política de transparência, decidimos adicionar, nos descritores que considerámos mais relevantes, a base de cálculo dos números que apresentamos, facilitando o benchmark com outras empresas do sector, e a utilização dos mesmos

pelos nossos stakeholders, nomeadamente ao nível de trabalhos académicos que pretendam realizar acerca do nosso desempenho.Também ao nível da classificação do nosso desempe-nho foram feitas algumas alterações. Consideramos que a metodologia anterior poderia passar uma mensagem errada acerca do nosso desempenho, podendo em últi-ma instância passar a mensagem que não estaríamos a cumprir a lei, que para nós é algo fundamental, e que não aceitamos situações de incumprimento. Assim, optámos por modificar a forma de apresentação gráfica dos nossos desempenhos, garantindo, do mesmo modo, a aposta na melhoria contínua e a obtenção de desempenho cada vez melhores. Os dados desta Declaração são do período entre 2008 e 2010.Esta Declaração foi elaborada tendo por base os requisitos do Regulamento do Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria, conhecido como EMAS III. Na Internet encontra-se disponível uma versão electrónica da Declaração, no endereço: www.secil.pt.E porque entendemos que este documento é um instru-mento de comunicação e diálogo com o público e outras partes interessadas, convidamos todos a intervir no nosso Sistema de Gestão Ambiental, apresentando dúvidas, su-gestões ou críticas para o endereço: [email protected] para que o possamos continuamente melhorar.

5

Objectivos e âmbitoI

Page 8: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

II.1 Quem somos e onde estamos

Lideramos um grupo empresarial com actividades operacionais em Portugal, Espanha, França, Tunísia, Angola, Líbano e Cabo Verde, destacando-se a produção de cimento, através das fábricas do Outão, Maceira, Pataias, Sibline (Líbano), Gabès (Tunísia) e Lobito (Angola), bem como a produção e comercialização de betão, inertes e a exploração de pedreiras, através das nossas subsidiárias.Embora o núcleo central da nossa actividade seja a pro-dução e comercialização de cimento, integramos também, actualmente, um conjunto de cerca de 30 empresas que operam em áreas complementares, desde a fabricação de betão-pronto à fabricação e comercialização de materiais de construção, passando pela exploração de pedreiras, pela concepção e implantação de projectos industriais, bem como pelo desenvolvimento de soluções no domínio da preservação do ambiente e da utilização de resíduos como fonte de energia.Actualmente o Grupo emprega 2 635 pessoas no con-junto de todas as áreas de actividade. A comercialização e distribuição dos nossos produtos são realizadas pelos departamentos comerciais respectivos, um pouco por todo o mundo.A gama de produtos por nós comercializados encontra-se disponível em www.secil.pt.

II.2 Estratégia de Sustentabilidade

A NOSSA MISSÃO l No Grupo Secil trabalhamos para fornecer soluções e serviços de elevada qualidade, na área do fabrico de cimento e de materiais de constru-ção, de modo compatível com um desenvolvimento sustentado, e de modo a gerar valor acrescentado para os Accionistas, os Clientes, os Colaboradores e demais partes interessadas.

A NOSSA VISÃO l O Grupo Secil pretende ser um grupo internacional de fabrico de cimento e materiais de construção, que seja uma referência em qualidade e custos, com elevada rentabilidade, e exemplar no comportamento social e ambiental.

O nosso desafio permanente é garantir que o conjunto das nossas actividades se desenvolvem de forma sustentável, com adequada rentabilidade dos capitais investidos, sal-vaguarda do meio envolvente e cumprimento das nossas obrigações sociais, assegurando a manutenção da nossa actividade para o futuro.A nossa estratégia de sustentabilidade está alinhada com os valores de Excelência, Responsabilidade, Qualidade, Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares:

CompetitividadeDesenvolvimento da capacidade tecnológica, visando a optimização dos processos produtivos e respectivos sistemas de suporte, incorporando a melhor tecnologia disponível. Inovação na qualidade dos produtos, servi-ços e soluções Secil fornecidos aos Clientes, superando expectativas quanto ao valor acrescentado que lhes é fornecido, de forma a tornarmo-nos o seu parceiro preferencial. Posicionamento num mundo globalizado, aproveitando oportunidades internacionais de negócio.

Minimização de ImpactesPotenciar a eco-eficiência dos nossos processos, miti-gando os impactes causados no meio envolvente e orientando a actuação para a promoção da biodiversi-dade.

Envolvimento com os StakeholdersFomentar um ambiente de trabalho valorizado pelos nossos Colaboradores e consolidar um posicionamento ético e cívico reconhecido pelos stakeholders.

II O Grupo SECIL

6

Page 9: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Em 1944, numa época em que a produção de cimento era manifestamente insuficiente para as necessidades existentes e as indústrias de mosaico hidráulico eram obri-gadas a importar do estrangeiro o cimento branco de que necessitavam, nasce a CIBRA – Companhia Portuguesa de Cimentos Brancos, S.A.R.L.Inaugurada em 5 de Fevereiro de 1950, a primeira linha de fabrico de cimento branco era constituída por um forno rotativo e pelos demais equipamentos complementares, necessários ao fabrico daquele tipo de cimento.A produção de cimento branco é um processo complexo e, ao mesmo tempo, estimulante, face aos enormes desafios que decorrem de uma grande exigência de qualidade, não só nos parâmetros tradicionais do produto, como sejam as resistências à compressão e flexão, mas também nas características estéticas que justificam a procura deste material, essencialmente traduzidas nos seus níveis de brancura e reflectância. Trata-se de um processo produ-tivo cujo êxito depende da qualidade das matérias-primas e também da qualidade profissional dos seus colaborado-res, exercida de modo persistente e de uma permanente ambição de superar os níveis atingidos. A notável evolu-ção que a qualidade do cimento branco CIBRA conhe-ceu nos últimos anos constitui um claro reconhecimento dessa qualidade profissional.Assumindo as mais variadas texturas e cores, depois de pigmentado, o cimento branco pode contribuir significati-vamente para a qualidade estética da obra arquitectónica, de que são exemplo a Torre do Tombo ou o Pavilhão do Conhecimento dos Mares.Por outro lado, a Cibra-Pataias fabrica também cimento cinzento, tendo actualmente uma capacidade anual de produção de 450 000 toneladas dos dois tipos de cimento.Os processos de fabrico utilizados na Fábrica Cibra--Pataias em termos da obtenção do componente essen-cial do cimento – o clínquer – são teoricamente designa-dos por via semi-seca para o clínquer branco e via seca para o clínquer cinzento.Em 2001 obtém a Certificação Ambiental e de Qualidade,

segundo a norma ISO 14001 e ISO 9001, respectivamente, para a exploração de pedreiras e fabrico de cimento.Em 2006 obtém o registo no EMAS n.º 000047 de 04-04-2006, sendo a primeira fábrica do grupo a obter este tipo de certificação.Após vencer um longo processo burocrático, que se arras-tou ao longo de quase 3 anos e envolveu diversas entida-des da Administração Pública central e serviços descen-tralizados, em Fevereiro de 2007 a fábrica Cibra-Pataias obtém a Licença de valorização energética de resíduos não perigosos concedida pelo Instituto dos Resíduos, ini-ciando assim o seu funcionamento em regime de co-inci-neração de resíduos industriais banais e biomassa.Actualmente a Fábrica emprega 84 pessoas, distribuídas pelos diversos departamentos.A actividade principal da instalação é a produção e expe-dição dos seguintes produtos: Clínquer cinzento Clínquer branco CEM II/A-L 52,5N (br) CEM II/B-L 32,5R (br) CEM I 52,5R (br) CEM II/B-L 32,5N

III A Fábrica Cibra-Pataias

7

Fábrica Cibra-Pataias

Page 10: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

1. Exploração das PedreirasAs matérias-primas extraídas das Pedreiras são os cal-cários e as argilas (no caso do cimento branco somente calcário branco). A exploração destas é feita a céu aberto, em patamares, sendo efectuado o desmonte com explo-sivos, criteriosamente aplicados de modo a minimizar as vibrações. A minimização do impacte visual será feita através da recuperação paisagística das frentes finaliza-das, havendo a preocupação em diminuir a utilização dos recursos naturais, recorrendo à incorporação de matérias-primas secundárias.

2. Preparação das Matérias-PrimasO calcário, após extracção, apresenta-se em grandes blocos (até cerca de 1 m3), pelo que se torna necessário reduzir o seu tamanho a uma granulometria compatível com o transporte, armazenagem e alimentação das fases de fabrico seguintes, operação que é feita num britador (no caso do cimento branco o calcário pode ainda ser sujeito a uma operação de lavagem, a fim de retirar as argilas para evitar qualquer coloração). As argilas passam por um destroçador, e são misturadas com o calcário bri-tado antes da armazenagem no parque circular de “pré-homo”, no caso da linha de cimento cinzento.A mistura pré-homogeneizada e os materiais de correcção são doseados tendo em consideração a qualidade do produto a obter. Esta operação é controlada por computador de processo. Os materiais doseados são finamente moídos em moinhos tubulares horizontais, com corpos moentes, obtendo-se um produto designado por

BritadorMatérias-Primas Naturais

Matérias-Primas Secundárias

Moinhos de Cru

Silos de Cru

CruProduzido

CruConsumido

Fornos Silos de Clínquer

ClínquerProduzido(Cinzento)

ClínquerConsumido

ClínquerExpedido

Clínquer Gesso Aditivos

Moinhosde Cimento

CimentoProduzido(Cinzento)

CimentoExpedido

III.1 Processo de fabrico de cimento

8

“cru”, que é homogeneizado e ensilado em silos próprios.No caso das matérias-primas para o fabrico do cimento branco, para além do calcário branco (alto teor em CaCO3 e com teores de óxidos metálicos significativamente redu-zidos) desmontado nas pedreiras da própria unidade fabril, são utilizadas argilas cauliniticas e areias adquiridas, com especificações igualmente rigorosas no que diz respeito aos teores em óxidos metálicos.A minimização das emissões de partículas é conseguida através da rega dos circuitos dos transportes nas pedrei-ras e através de numerosos filtros de mangas ao longo de todo o circuito de transporte e armazenagem das maté-rias-primas.

3. Processo de ClinquerizaçãoClínquer cinzento: O cru homogeneizado é extraído dos silos de armazenagem e introduzido no sistema de pré-aquecimento (torre de ciclones) com pré-calcinação, onde é aquecido pelos gases de escape resultantes da queima do combustível e inicia o processo de transformação no pré-calcinador. Seguidamente o material entra no forno, deslocando-se ao longo deste devido à sua rotação e ligeira inclinação, prosseguindo o aquecimento e desen-rolando-se as reacções físico-químicas do processo da clinquerização, obtendo-se o clínquer.A partir dos 1450º C inicia-se o arrefecimento do clínquer, ainda dentro do forno, sendo a sua fase mais intensa efectuada nos arrefecedores de grelha, onde é introduzido ar para o arrefecimento do clínquer, aproveitando-se este ar aquecido como ar de queima secundário no forno e de

Page 11: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

BritadorMatérias-Primas Naturais

Matérias-Primas Secundárias

Moinhos de Cru

Silos de Cru

CruProduzido

CruConsumido

Fornos Silos de Clínquer

ClínquerProduzido(Cinzento)

ClínquerConsumido

ClínquerExpedido

Clínquer Gesso Aditivos

Moinhosde Cimento

CimentoProduzido(Cinzento)

CimentoExpedido

III.1 Processo de fabrico de cimento

9

ar de queima terciário no pré-calcinador. Desta forma há uma recuperação parcial do conteúdo térmico do clínquer.A minimização do consumo de energia é conseguida atra-vés da utilização do forno com torre de ciclones e com pré-calcinador, considerada uma MTD (Melhor Técnica Disponível), e o consumo de combustíveis alternativos, nomeadamente biomassa, permite reduzir o consumo de combustíveis fósseis.A reduzida emissão de partículas é assegurada pelos fil-tros de mangas, também considerados MTD, instalados quer na exaustão dos gases do forno, quer na exaustão dos gases do arrefecedor.Clínquer branco: O cru é extraído dos silos e misturado com água (11-12% de humidade final), aquando da sua granulação num prato granulador. Os grânulos são enviados a um pré-aquecedor composto por uma grelha móvel dividida em duas câmaras.Os gases que saem do forno (a cerca de 1100ºC) come-çam por atravessar transversalmente o leito de grânulos, na segunda câmara do pré-aquecedor, onde provocam a sua descarbonatação parcial; seguidamente os gases, já arrefecidos a 300-400ºC, passam pela primeira câmara, onde atravessam o respectivo leito de grânulos, provo-cando a sua secagem.O material assim preparado entra no forno, deslocando-se ao longo deste devido à sua rotação e ligeira inclinação, prosseguindo o aquecimento e desenrolando-se as reacções físico-químicas do processo da clinquerização; obtém-se, assim, o clínquer branco. Como o teor de fundentes é baixo pela ausência, nomeadamente, de óxido de ferro, para conseguir a fase líquida que permita a clinquerização do cru, a temperatura de clinquerização é sempre superior à do clínquer cinzento, independentemente da tecnologia adoptada – da ordem dos 1550 ºC.Por outro lado exige uma selecção cuidada do combustí-vel a utilizar, já que não são admissíveis cinzas resultantes da sua queima para não serem introduzidos elementos pigmentários.Para assegurar a brancura do clínquer é necessário que o seu arrefecimento seja brusco (têmpera) e se processe

em atmosfera redutora. O consumo de energia no forno Lepol é superior ao conseguido num forno com torre de pré-aquecimento.O despoeiramento dos gases de exaustão do forno é assegurado por um electrofiltro e um filtro de mangas, tendo este último sido instalado durante o ano de 2005.

4. Moagem de Clínquer e Armazenagem de CimentoO clínquer, o gesso (regulador da presa do cimento) e fillers calcários são moídos, em proporções bem definidas, de acordo com o plano de qualidade, obtendo-se os diferentes tipos de cimento, que são armazenados nos respectivos silos devidamente identificados.A operação de moagem pode também contribuir para o ín-dice de brancura dos cimentos brancos, pelo que são visa-das finuras mais elevadas do que nos cimentos cinzentos.A minimização do consumo de energia eléctrica na moa-gem é conseguida através da adopção da tecnologia de moagem em circuito fechado e com separadores de 3ª geração, considerada como MTD.O despoeiramento do moinho é assegurado por filtros de mangas, também considerados como MTD.

5. Embalagem e Expedição do CimentoA comercialização do cimento é feita quer a granel, em cis-ternas ferroviárias ou rodoviárias, quer em pacotões. Os postos de carregamento do granel rodovia funcionam em regime de “self-service”. O empacotamento é feito em linhas de enchimento de sacos e de paletização automatizadas.A minimização da emissão de partículas é assegurada por filtros de mangas ao longo das linhas de transporte do cimento, até ao contentor em que é expedido. O consumo de materiais de embalagem depende do mercado (cerca de 50% do cimento consumido no mercado nacional é ensacado), dos meios de transporte disponíveis (rodovia ou ferrovia) e de outras condicionantes.A introdução dos sacos de 40 kg, em substituição dos sacos de 50 kg e de 25 kg (no caso do cimento branco), vieram permitir uma utilização mais ergonómica destas embalagens em obra.

Page 12: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

As nossas preocupações ambientais são anteriores ao início da implementação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e vão para além do cumprimento legal. Temos tido com a Natureza uma atitude superior ao respeito, que se reflectiu na introdução de progressivas melhorias no processo de fabrico. Temos consciência dos nossos impactes ambientais e estamos certos de que trabalhamos para criar processos sustentáveis, tendo por isso assumido ao longo do tempo o compromisso com os mais altos padrões de exigência disponíveis em matéria de Ambiente, assim como nas outras áreas.Na sequência do compromisso de melhoria contínua do desempenho ambiental assumido pela nossa Comissão Executiva iniciámos, em 1996, a implementação do SGA de acordo com o referencial normativo ISO 14001:1996, desde logo integrado com o Sistema de Gestão da Qua-lidade (SGQ). Obtivemos a certificação do nosso SGA para a “Explo-ração de Pedreira e Produção de Cimento”, em Dezem-bro de 1998 (em simultâneo com a certificação do SGQ). Em 2006 foi realizada a transição para a NP EN ISO 14001:2004.Em 1999 foi estabelecido um Contrato de Melhoria Con-

tínua do Desempenho Ambiental para o Sector Cimen-teiro, entre os Ministérios da Economia e do Ambiente e o Sector Cimenteiro Nacional, que subscrevemos. Neste Contrato foram previstas acções e investimentos em vários domínios, nomeadamente na melhoria do controlo da emissão de partículas, na montagem de instalações de limpeza industrial, na monitorização ambiental e no aumento da eficiência energética e ambiental de alguns moinhos. A sua realização foi devidamente acompanhada por uma Comissão de Avaliação, conforme previsto. No âmbito deste Contrato foi ainda assumido, por parte de todas as unidades cimenteiras nacionais, o compromisso de obtenção do registo no EMAS, o qual conseguimos em 2006.Em 2008, integrámos os três sistemas de gestão imple-mentados – Qualidade, Ambiente e Segurança, nas três fábricas – Secil-Outão, Maceira-Liz e Cibra-Pataias. O sis-tema é coordenado pelo Gestor de Qualidade, Ambiente e Segurança da Empresa (GQAE), que reúne periodica-mente com o Conselho Geral de Sistemas Integrados (CGSI).Em cada fábrica existe um Gestor de Qualidade, Ambiente e Segurança Local (GQAS) e uma Comissão de Qualidade, Ambiente e Segurança Local (CQAS).

10

IV Sistema de Gestão Ambiental

Page 13: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010 11

IV.1 Política Ambiental

COMPROMISSO: MELHORIA CONTÍNUA DO DESEMPENHO AMBIENTAL

A Secil compromete-se a exercer a sua actividade num quadro de equilíbrio de desenvolvimento sustentável, visando o progresso compatível com a obtenção de níveis de desempenho ambiental cada vez mais elevados.

Factores de sucesso para o seu cumprimento:

UM BOM DESEMPENHO AMBIENTAL:A RESPONSABILIDADE DE TODOS OS TRABALHADORES DA SECILA Secil considera os seus Trabalhadores como sendo o factor chave para um bom desempenho ambiental. Assim promoverá a sua educação, formação e moti-vação, visando uma conduta ambiental correcta.

INTEGRAÇÃO DO AMBIENTE NAS ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO

A Secil optará, na sua política de desenvolvimento, por equipamentos e técnicas operativas que asse-gurem o cumprimento da legislação e dos regula-mentos ambientais aplicáveis, bem como a redução dos impactes ambientais para níveis que não exce-dam os correspondentes a uma aplicação viável das melhores técnicas disponíveis (desde os referentes à minimização do consumo energético, das emissões atmosféricas, da produção de resíduos e do ruído, aos estabelecidos para a execução dos planos de recuperação paisagística).Assim, com base na actualização do levantamento dos aspectos e impactes mais signifi cativos são estabelecidos os objectivos e metas ambientais, cujo cumprimento é assegurado através da concretização

do plano de gestão ambiental e controlado através da revisão anual do sistema.

DIVULGAÇÃO DA POLÍTICA AMBIENTALA Secil garantirá a transparência das suas activida-des através de uma política de comunicação e diá-logo com todas as partes interessadas, promovendo ainda, junto dos seus Fornecedores, a adopção de práticas coerentes com a sua política ambiental.

VALORIZAÇÃO DE MATÉRIAS PRIMAS E COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOSA Secil colaborará com as autoridades e as outras indústrias no sentido da redução e valorização de materiais residuais, incorporando-os no seu fabrico, sempre que possa assegurar um tratamento ambien-tal mais favorável e compatível com a qualidade dos seus processos e produtos.

A Comissão Executiva

Page 14: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

IV.2 Aspectos e Impactes Ambientais

Durante o ano de 2009 a metodologia de Levantamento de Aspectos e Avaliação de Impactes (LAIA), comum às três fábricas e Departamento Comercial, sofreu algumas alterações que permitem aos responsáveis envolvidos nas análises retirar uma maior e melhor informação e percepção dos aspectos existentes. Esta metodologia foi consolidada durante 2010.Na nova metodologia LAIA o levantamento ambiental é efectuado a dois níveis de análise distintos, mas comple-

mentares: sectorial (áreas fabris/locais) e global (fábrica/Entreposto).Ao nível global das fábricas, a significância dos aspectos ambientais resulta da sua classificação, em função da importância do aspecto ambiental e a sua relevân-cia para as partes interessadas, além da introdução do conceito de risco potencial. Posteriormente, os aspectos são integrados de acordo com a sua signifi-cância a dois níveis distintos: Nível I – Monitorização/Controlo operacional e Nível II – Objectivos/Acções de melhoria.

Metodologia LAIA

12

Page 15: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Os aspectos ambientais, negativos e positivos, resultan-tes da actualização do LAIA de 2010 foram os seguintes:

13

A Declaração Ambiental incidirá sobre os aspectos e impactes mais significativos, muito embora não siga a mesma ordem de apresentação.

Page 16: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

IV.3 Programa de Melhoria 2010

Apresentam-se apenas as acções de melhoria relacionada com as temáticas ambientais.

14

IDAspecto/ impacte ambientais

Designação da Acção de Melhoria Objectivo Meta Prazo Grau de cumprimento

1

Biodiversidade

Recuperação de fauna e fl ora

AM 14/09

Integração da biodiversidade e da recuperação paisagística

Caracterizar a biodiversidade existente na envolvente fabril

Produção do relatório de identifi cação Mar|13

�Transita dentro do prazo

Iniciado Estudo e Valori-zação da Biodiversidade – Componente Fauna das Fábricas Maceira-Liz e Cibra-Pataias – 2ª Fase.

2 Consumo de energia eléctrica

Contribuição para o aquecimento global

AM 22/10

Montagem de baterias de condensadores para compensação do factor de potência

Redução do consumo de energia eléctrica de forma a garantir o não pagamento de energia reactiva

--- Jun|10

�Transita fora do prazo

Aguardam-se propostas de novos fornecedores. Os habituais fornecedores deste tipo de equipamento deixaram de os fabricar.

3

Emissões atmosféricas – Gases com Efeito de Estufa (CO2)

Contribuição para o aquecimento global

PCDEC 02/08

Objectivos estratégicos Secil

Teste industrial de sequestro de CO2

Determinar a redução de CO2 (Fase 1 - Unidade Protótipo)

---Dez|09

�Transita fora do prazo

Acção em curso. Desenvolvimento de ensaios experimentais necessários para recolher dados que permitirão defi nir as especifi cações tecnológicas do projecto da Fase 2.

4 Utilização de matérias-primas secundárias, de preferência já descarbonatadas, para o fabrico do clínquer

Redução das emissões específi cas de CO2

Até 2015, reduzir em 15% as emissões específi cas de CO2 por tonelada de produto cimentício, relativamente ao ano de 1990.

Dez|15

�Transita dentro do prazo

Em 2010, o factor específi -co de emissão de CO2 por tonelada de produto ci-mentício foi de 683 kgCO2/t prod. cim., representando uma redução de 13,6% face aos valores de 1990.

5 Fabrico de cimentos compostos, com introdução de matérias-primas secundárias, durante a moagem, e consequente redução da taxa de incorporação de clínquer

Atingir, em 2010, uma taxa de incorporação de clínquer de 68,9%

Dez|10 A taxa de incorporação de clínquer foi de 67,4%.

Page 17: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

IDAspecto/ impacte ambientais

Designação da Acção de Melhoria Objectivo Meta Prazo Grau de cumprimento

6 Emissões atmosféricas – Gases de Combustão – fontes fi xas

Degradação da qualidade do meio receptor (água/solo/ar)

AM 15/10

AM 14/10

AM 23/10

Desenvolver medidas de redução de NOx - SNCR

Assegurar o controlo da emissão de NOx, através de medidas de abatimento secundárias

Garantir o cumprimento de VLE’s eventualmente mais restritivos, decorrentes das revisões do BREF e Directiva da Queima de Resíduos

Garantir o cum-primento de VLE’s eventualmente mais restritivos, decor-rentes das revisões do BREF e Direc-tiva da Queima de Resíduos

Dez|11

�Transita dentro do prazo

Concluída a montagem dos injectores na câmara de fumos. Ensaios de desempenho a realizar durante o 1º T/2011.

7

Alteração do Plano de Manutenção do fi ltro de Mangas dos Fornos

Assegurar o controlo das emissões de partículas

Dez|11

Não existem valores acima dos 10 mg/Nm3

8Aquisição de opací-metro para a monitori-zação em contínuo da chaminé do moinho de cimento 2

Monitorização em contínuo da chaminé do moinho de cimento 2

--- Dez|11

�Transita dentro do prazo

Aguarda aprovação da fi cha de Investimento.

9 Emissões atmosféricas – Poeiras Difusas

Degradação da qualidade do ar

AM 18/10

Montagem do sistema de limpeza semi-fi xa

Reduzir as emissões difusas de partículas

--- Dez|14

�Transita dentro do prazo

As propostas recebidas não satisfazem os requisitos técnicos e económicos. O projecto está em reavaliação.

10 Águas residuais

Contaminação do meio receptor natural (água/solo/ar)

AM 03/09

Ligação das fossas sépticas à rede pública

Eliminação da descarga de águas residuais das fossas sépticas no solo

--- Dez|10

�Transita fora do prazo

O Investimento foi adiado e será incluído no orçamento de 2011.

11 Emissão de ruído

Incomodidade

AM 03/08

Melhoria do ruído exterior (Montagem dos silenciadores nas chaminés - Moagens de carvão e embalagens)

Redução do ruído para o exterior

--- Dez|09

�Transita fora do prazo

Os silenciadores foram adquiridos. Aguarda-se disponibilidade de montagem.

15

Page 18: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 201016

IDAspecto/ impacte ambientais

Designação da Acção de Melhoria Objectivo Meta Prazo Grau de cumprimento

12 Emissão de ruído

Incomodidade

AM 16/10

Actualização do mapa de ruído

Nova avaliação actualizada de ruído ambiente

--- Dez|10

�Transita fora do prazoTrabalho de campo a realizar durante o 1º Semestre de 2011.

13 Responsabilida-de Ambiental

AM 08/10

AM 09/10

AM 10/10

Aumento da zona pavimentada da zona de descarga de gasóleo na Pedreira

Conter os derrames em operações de descarga de combustíveis

--- Dez|10

�Transita fora do prazo

Pavimentação concluída em Junho de 2010.

NOTA: Vai ser implementado Plano de Manutenção para a limpeza das caleiras e bacia de retenção para garantir a sua operacionalização.

14

Impermeabilização da lagoa de fi ltragem

Evitar infi ltração de águas potencialmente contaminadas no solo

--- Dez|11

�Transita dentro do prazo

Aguarda-se a aprovação da fi cha de investimento.

15Instalação da válvula de isolamento no colector geral da fábrica

Possibilidade de contenção de derrames da fábrica

--- Dez|10

�Transita fora do prazo

O Investimento foi adiado e será incluído no orçamento de 2011.

Grau de cumprimento do Programa de Melhoria de 2010

Acção 100% cumprida Acção não cumprida ou cancelada V.E. – Verifi cação de efi cácia

Transita fora do prazo: acções cujo prazo de fecho era em 2010, mas que por qualquer razão terminarão em 2011.

Transita dentro do prazo: acções que deram início em 2010 e cujo fecho é em 2011, ou em anos posteriores.

Acção 100% cumprida

Page 19: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010 17

A eco-eficiência atinge-se através da oferta de bens e serviços a preços competitivos, que, por um lado, satisfaçam as necessidades humanas e contribuam para a qualidade de vida e, por outro, reduzam pro-gressivamente o impacto ecológico e a intensidade de utilização de recursos ao longo do ciclo de vida, até atingirem um nível, que, pelo menos, respeite a capacidade de sustentação estimada para o planeta Terra (Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentá-

vel, BCSD Portugal).

As empresas transformam os recursos naturais que con-somem em produtos com valor acrescentado para a sociedade, gerando alguns desperdícios (emissões e resí-duos), que se pretendem mínimos.Uma vez que os produtos que devolvemos à sociedade – clínquer (produto intermédio) e cimento – são distintos, não podendo, por isso, ser adicionados para efeitos de cálculo, houve necessidade de se definir o conceito de cimento equivalente (CimEq), que constitui a unidade de referência no cálculo dos índices de eco-eficiência a seguir apresentados. A expressão que traduz o conceito de CimEq é a seguinte:

onde

Atendendo ao facto do cimento cinzento incorporar, por vezes, clínquer externo (além do que é produzido nas Fábricas), houve também a necessidade de definir o con-ceito de cru equivalente (CruEq), de modo a conhecer

Taxa de Incorporação de Clínquer

no Cimento (%)

Clínquer Expedido (t)CimEq (t) = Cimento Expedido (t) + ( (

Taxa de Incorporação de = Clínquer no Cimento

Clínquer Consumido (t)( (Cimento Produzido (t)

Factor de transformação Cru/Clínquer

Factor de transformação = Cru/Clínquer

x 100

Cru Consumido (t)

Clínquer Produzido (t)

qual a quantidade de cru que seria necessário fabricar se todo o clínquer consumido fosse produzido nas Fábricas. Com efeito, se não se considerasse este CruEq no cálculo dos índices de eco-eficiência, os resultados obtidos aca-bariam por ser “mascarados” pela quantidade de clínquer recebida do exterior. De facto, conforme o maior ou menor consumo de clínquer externo, a Fábrica apresentaria um melhor ou pior desempenho ambiental, dado que produ-ziria mais ou menos cimento, sem consumir o equivalente em recursos naturais (matérias-primas e energia), inde-pendentemente da eficiência do seu processo de fabrico.Conhecendo este valor de CruEq e adicionando-o ao Cru Produzido, é então possível comparar anos diferentes, independentemente da quantidade de clínquer exterior consumido, uma vez que todos os valores se encon-tram na mesma base. A expressão correspondente é a seguinte:

Cru Total = Cru Produzido + Cru Equivalente

onde

Cru Equivalente (Cru Eq) = x Clínquer Recebido

e

Ao contrário do que vinha a ser utilizado nas Declarações Ambientais anteriores, a Declaração Ambiental de 2010 tem uma abordagem um pouco diferente, isto é, em vez de apresentar os índices de eco-eficiência na óptica económica (CimEq/quantidade de recursos consumidos), apresenta os mesmos indicadores mas numa perspectiva ambiental: quantidade de recursos consumidos/Cimeq.Desta forma, realçamos que os índices específicos apre-sentados não são comparáveis com os apresentados nas Declarações Ambientais anteriores a esta.

Desempenho Ambiental “Ser eficiente é produzir mais com menos recursos”V

Page 20: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

un 2008 2009 2010

95491418,96,4

14,4

555,5

1 92264

5211,9

18

2 257F24,3493

906,6168,5

1,60,638,5

F31,5

818,4675,7

5,20,40,28,3

437

388

3,73,7

0,01

0,035,64,6

59,8

74 183425 04699 756

283 342685 414

ktktktktkt

kt%

TJGWh

ktkt

%

t

mg/Nm3

mg/Nm3

mg/Nm3

mg/Nm3

mg/Nm3

mg/Nm3

mg/Nm3

kt

103 m3

ktktkt

%%%%

ttttt

81578018,65,0

11,9

485,5

1 76459

4017,5

32

2 916F27,5

744,4831,8254,6

0,61,9211,5

F30,8

1067,7608,7

0,90,80,69,9

389

416

2,72,7

0,01

0,036,64,5

58,9

80 391356 203100 320202 658657 040

87082722,05,9

14,4

10110,4

1 86561

3927,9

43

3 703F23,6

564,1870

177,50,5

0,377,2

F30,6

1947,2639,8

1,40,70,3

28,1

391

409

4,34,3

0,02

2,674,26,7

16,6

82 029388 392102 747210 684724 621

CONSUMO DE MATERIAISMatérias-primas naturais (1)

Calcário + MargaAreiaArgila brancaGesso

Matérias-primas secundárias (MPS) Taxa de utilização de MPS total (2)

CONSUMO DE ENERGIAEnergia térmica (3)

Energia eléctrica

CONSUMO DE COMBUSTÍVEISCombustíveis fósseis (4)

Combustíveis alternativos

Tx substituição (em calor)

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS - FORNOS

PartículasCONOxSO2

HClHFCOT

CO2

CONSUMO DE ÁGUACaptações subterrâneas

PRODUÇÃO DE RESÍDUOSProdução total de resíduos Resíduos Industriais Banais Resíduos Industriais Perigosos

Armazenados Valorização internaValorização externa Eliminação externa

CLÍNQUER BrCLÍNQUER CzCIMENTO BrCIMENTO CzCIMENTO EQUIVALENTE

(1) Valores corrigidos. Os valores publicados nas Declarações Ambientais anteriores incluíam as matérias-primas secundárias

(2) Inclui as matérias-primas secundárias inseridas na fase da moagem de cimento

(3) Energia consumida nos fornos(4) Combustíveis consumidos para

o processo de clinquerização: Coque de Petróleo, Carvão

e Fuel

A classifi cação do nosso desempenho ambiental e a avaliação dos objectivos segue os seguintes critérios:

Desempenho

Melhor desempenho que o ano anterior

Quando fi cámos até 5% pior que o ano anterior

Pior desempenho que o ano anterior

Cumprimento de objectivos

Superados

Quando estamos a 5% de atingir o objectivo

Não atingidos

Valores Limite Legais

Cumpre

-

Não cumpre

18

Page 21: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

A classifi cação do nosso desempenho ambiental e a avaliação dos objectivos segue os seguintes critérios:

19

V.1 Consumo de recursos naturais

V.1.1 Racionalização do consumo de matérias-primas naturais

Potenciais Impactes Ambientais: Reabilitação de habitats naturais

Perturbação da fl ora, fauna e vida humana

Degradação da qualidade visual da paisagem

(poluição visual) Contribuição para o esgotamento de reservas

naturais não renováveis

O consumo de matérias-primas naturais aumentou face a 2009, sendo de 870 kt, resultado de uma maior produção de clínquer branco e de cimento (branco e cinzento).De acordo com a nossa Política Ambiental, incorporamos no processo resíduos provenientes de outras indústrias (matérias-primas secundárias), reduzindo desta forma o consumo de matérias-primas naturais e promovendo um destino fi nal mais sustentável para os resíduos que, de outra forma, seriam depositados em aterro. Contudo, a taxa de utilização de matérias-primas secun-dárias está muito dependente da sua disponibilidade no mercado. Conscientes desta situação, foi estabelecido para o ano de 2010, o mesmo objectivo de 2009 de uti-lização de matérias-primas secundárias na produção de clínquer, 4,0%, que foi mais uma vez atingido.Para 2011, o objectivo de incorporação de matérias-pri-mas secundárias na fase do clínquer é de 9%.O aumento da taxa de incorporação de matérias-primas secundárias resultou na redução do índice de específi co de matérias-primas naturais por cimento equivalente.

V.1.2 Requalifi cação ambiental das pedreiras e Pro-tecção da BiodiversidadeAs actividades resultantes da exploração de pedreiras provocam perturbações directas nos habitats fl orísticos e faunísticos, nomeadamente associados à remoção do coberto vegetal e à redução da disponibilidade de alimento e refúgio. Como tal, é essencial a existência de medidas de intervenção e de gestão para estas áreas.Desta forma, as nossas pedreiras possuem um Plano Ambiental e de Recuperação Paisagístico (PARP), articu-lado com o Plano de Lavra, permitindo articular a recupe-ração paisagística com a exploração de pedreiras.O objectivo do PARP é criar uma cobertura vegetal, de modo a salvaguardar a estabilidade do meio e que as zonas recuperadas apresentem um aspecto, tanto quanto possível, semelhante às zonas envolventes.Todos os trabalhos de Recuperação Paisagística decorrem em plena articulação com os projectos de Biodiversidade – componentes fl ora e fauna, bem como com os PARP.

Índice específi co: MPN t / t Cimeq

Matérias-primas secundárias consumidas

Matérias-primas secundárias Matérias-primas naturais + Matérias-primas secundárias

Taxa utilização de MPS clínquer

=

BASE DE CÁLCULO:

(MPSsubst marga + MPSsubst areia + MPSsubst ferro ) moinhos cru + MPS substituição cru

Cru consumido fornos

Taxa utilização de MPS total

Objectivos DesempenhoObjectivos Desempenho

=

Page 22: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Recuperação Paisagística:Sementeira/Plantação (m2)...................... 7 100 % Cumprimento Plano Trienal

(2009-2011) ............................................... 100%

FLORAAs actividades de recuperação paisagística previstas no Programa Trienal 2009-2011 para a Pedreira “Alva de Pataias” foram executadas. A área total recuperada no extremo oeste da pedreira foi de 7 100 m2, incluindo acções de modelação, sementeira e plantação.

FAUNAO primeiro compromisso formal de integração da biodiver-sidade na gestão empresarial ocorreu em 2002, em sede da CSI (Cement Sustainability Initiative) no WBCSD (World Business Council for Sustainable Development).Neste sentido, e para dar continuidade ao trabalho ini-ciado na fábrica Secil-Outão em 2007, em Fevereiro de 2008, estabelecemos um protocolo com a Universidade de Évora para o Estudo e Valorização da Biodiversidade – Componente Fauna, nas fábricas Maceira-Liz e Cibra--Pataias.No âmbito deste protocolo, entre Fevereiro de 2008 e Maio de 2009 decorreu, nas duas fábricas, o projecto “Estudo e Valorização da Biodiversidade. Componente Fauna. 1ª fase.” A partir deste estudo foi elaborado um diagnóstico das comunidades faunísticas nas referidas propriedades, comparando diferentes fases de recuperação paisagística com as zonas naturais; e culminou com a apresentação de um plano de acção para a recuperação/valorização da fauna na área em questão.Na sequência do estudo referido anteriormente foi ela-borada uma proposta de Implementação de Medidas de Gestão e Monitorização da Fauna, para um conjunto de acções que visam minimizar os impactes da explora-ção nesta componente, tornando-a mais sustentável, e acompanhar a elaboração/execução do Plano de Gestão

Florestal na fábrica Cibra-Pataias. A proposta contempla ainda a realização de casos-estudo complementares para grupos ou espécies indicadoras, de forma a apoiar e fun-damentar a realização das acções propostas e monitorizar a sua eficácia.Das acções propostas destacam-se as seguintes:

Informação e Sensibilização Ambiental Esclarecer, envolver e sensibilizar a população local nas acções de biodiversidade para a compreensão e aceita-ção desta componente na sociedade, disponibilizando informação referente à sua importância e valorização. Assim como investir na adaptação e edificação de estru-turas centralizando num mesmo local todas as acções referentes a informação e sensibilização ambiental e estabelecer uma zona específica para observação de aves na lagoa de Olhos d’Água.

Abrigos para a faunaInstalar pontualmente caixas-ninho direccionadas às comunidades de aves e comedouros para esquilos nos pinhais, articulando estas medidas com a realização de percursos, de forma a potenciar a sua observação; fomentar abrigos para micromamíferos e répteis em áreas sujeitas à recuperação, de forma a diminuir a mortalidade causada por animais assilvestrados, e criar áreas propícias para a sua reprodução, contribuindo assim para o aumento de abundância de grupos- -alvo; fomentar as condições de nidificação para aves aquáticas, criando artificialmente locais que permitam protecção e dêem suporte à instalação de ninhos.

Casos-estudos- Monitorização das populações de carabídeos – Scari-

tes (Scallophorites) cyclops durante a exploração da pedreira de Alva-Pataias.

- Efeito do aumento de disponibilidade de habitat na ocor-rência de rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) nas pedreiras da Secil.

- Efeitos da gestão em mosaico sobre a população de noitibó-cinzento (Caprimulgus europaeus) em Cibra-

-Pataias.

20

Page 23: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010 21

- Distribuição de esquilo vermelho (Sciurus vulgaris): moni-torização e enquadramento lúdico e científi co para as propriedades de Maceira-Liz e Cibra-Pataias.

- Pragas: o morcego-rabudo e os chapins como meios de combate biológico à Processionária-do-pinheiro (Thau-metopoea pityocampa).

V.2 Emissões de CO2

Potenciais Impactes Ambientais: Contribuição para o aquecimento global

Em resposta ao desafi o das alterações climáticas, temos vindo a desenvolver um conjunto de medidas no sentido de reduzir as emissões específi cas de CO2. Estas medidas passam pela redução da taxa de incorporação de clín-quer necessária ao fabrico de cimento, pelo aumento do consumo de combustíveis alternativos e de matérias-primas descarbonatadas, e pela diminuição do con-sumo térmico específi co.

V.2.1 Taxa de incorporação de clínquerTemos vindo a promover a utilização de cimentos de tipo II (cimentos compostos), em substituição dos cimentos de tipo I, salvaguardando algumas situações excepcionais em que se torna necessário assegurar a compatibilidade com a aplicação específi ca. Desta medida resulta uma menor intensidade carbónica no produto e um menor consumo de energia eléctrica na operação de moagem. Em 2010, o objectivo para a taxa de incorporação de clínquer era, no máximo, de 68,9% (cimento cinzento e cimento branco), tendo esta sido superada, com o valor de 67,4%. A diminuição da taxa de incorporação de clínquer e o aumento do consumo de combustíveis alternativos per-mitirão alcançar, em 2015, o nosso objectivo estratégico de reduzir as emissões específi cas (kgCO2/t prod cimentí-cio) em 15% face aos valores de 1990 (790 kgCO2/t prod cimentício). Em 2010, conseguimos alcançar a redução de 13,6%. A diminuição das emissões específi cas de CO2 por tonelada de produto cimentício está relacionada com a diminuição da emissão específi ca de CO2 por tonelada

de clínquer, que atingiu o valor de 831 kgCO2/t clínquer.Como resultado da redução da taxa de incorporação de clínquer no cimento e da emissão específi ca de CO2 por tonelada de clínquer, ao longo dos últimos anos, temos uma redução da emissão de CO2 por unidade de produto fi nal produzido.

Evolução da taxa de incorporação de clínquer vs emissão específi ca de CO2 por tonelada de produto cimentício

Índice específi co: t CO2/kt Cimeq

BASE DE CÁLCULO:Produtos cimentícios (t) = Clínquer produzido (t) + adições na moagem de cimento (t)

Objectivos DesempenhoObjectivos Desempenho

Page 24: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

V.2.2 Valorização de resíduos como combustíveis alter-nativos

Em 2010, o objectivo de atingir 40% de substituição de combustíveis alternativos foi alcançado, sendo a taxa de substituição média anual de 43,1%.O objectivo estabelecido para 2011 é de 45%.

V.3 Consumo de energiaPotenciais Impactes Ambientais: Contribuição para o esgotamento de reservas naturais não renováveis Contribuição para o aquecimento global

Do ponto de vista energético, o fabrico do cimento é um processo extremamente exigente, uma vez que incorpora elevadas quantidades de energia térmica (sobretudo na fase de clinquerização) e eléctrica (nas diversas fases de moagem).O objectivo da sua redução, nas suas duas componentes, é simultaneamente uma preocupação ambiental assim como uma necessidade económica, garantindo assim a sustentabilidade do negócio.

V.3.1 Energia térmicaA introdução dos cimentos compostos no mercado tem contribuído para a redução do consumo de energia tér-mica ao nível do cimento, uma vez que estes cimentos, por incorporarem uma menor quantidade de clínquer, requerem um menor consumo energético por tonelada de cimento produzido. Em 2010, apesar do aumento do consumo de combus-tíveis alternativos, o consumo térmico específi co reduziu ligeiramente, resultado do processo de aprendizagem da utilização dos mesmos ao nível do controlo do processo de fabrico. Contudo, apesar desta diminuição o objectivo defi nido não foi alcançado. Os combustíveis alternati-vos, apesar das vantagens ambientais inerentes, têm um menor poder calorífi co o que implica um menor rendi-mento energético. A diminuição dos consumos térmicos dos fornos resultou numa redução do índice específi co por cimento equiva-lente.

22

Evolução do consumo de combustíveis alternativos

Evolução da taxa de substituição (em calor)

Objectivos Desempenho

O consumo de combustíveis alternativos tem vindo a aumentar ao longo dos anos, trazendo consigo vantagens tanto ao nível da redução das emissões específi cas de CO2, como pela diminuição do consumo de combustíveis fósseis. Acresce o facto de constituirmos uma solução fi nal para resíduos que, de outra forma, seriam encami-nhados para aterro.

Objectivos Desempenho

Page 25: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010 23

Índice específi co: kcal/kg clk

Índice específi co: kcal /kt Cimeq

Objectivos DesempenhoObjectivos Desempenho

Índice específi co: kWh/t cim

Índice específi co: MWh/kt Cimeq

Objectivos DesempenhoObjectivos Desempenho

V.4 Consumo de águaPotenciais Impactes Ambientais: Contribuição para o esgotamento de reservas naturais não renováveis

O consumo de água está associado à actividade indus-trial, rega de espaços verdes e caminhos (AC2, AC3 e

V.3.2 Energia eléctricaEm 2010, verifi cou-se uma diminuição do consumo espe-cífi co global de energia eléctrica, tendo sido atingindo o objectivo estabelecido – máximo de 118,3 kWh/t cim. Esta diminuição está relacionada com uma maior estabi-lidade do processo, resultante de um menor número de paragens dos fornos em 2010.

Page 26: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

AC4). As águas captadas em AC5 destinam-se à lavagem de calcário e à rega de caminhos da pedreira. As águas captadas em AC6 à utilização na ofi cina auto existente na pedreira. Em 2010, o consumo de água subterrânea diminuiu face a 2009. Apesar do valor máximo mensal dos furos AC2 e AC4 ter sido superior ao dos anos anteriores, tal não implica um maior consumo de água global. Os valores limite legais nunca foram ultrapassados, tal como se pode verifi car no segundo gráfi co seguinte.

V.5.1 Emissões fi xasAs principais fontes fi xas de emissão encontram-se asso-ciadas aos fornos de clínquer e aos moinhos de cimento e carvão, sendo susceptíveis de originar poluição, no ambiente exterior à unidade fabril.Para a monitorização das emissões de gases e partícu-las, a Fábrica encontra-se equipada com analisadores de gases e opacímetros, que permitem efectuar medições em contínuo aos vários poluentes provenientes dos for-nos, fontes fi xas de maior caudal. A gestão das emissões atmosféricas tem vindo a tornar--se cada vez mais efi ciente. Em 2010, no forno 2 (regime geral), verifi cou-se uma diminuição da emissão de todos os poluentes, à excepção do NOx que, apesar de ter aumentado, os valores emitidos encontram-se dentro dos valores médios dos anos anteriores. No forno 3 (regime de co-incineração) houve um acréscimo da emissão de quase todos os poluentes, à excepção das partículas, HCl e HF. Contudo, apenas o COT teve um aumento signifi cativo, tendo passado de 9,9 para 28,1 mg/Nm3. Este aumento está relacionado com o carbono orgânico das matérias-primas. O aumento da emissão de poluentes no forno 3 repercutiu-se no índice específi co de emissão, tal como se pode verifi car no gráfi co seguinte.

Para além dos fornos, também monitorizamos em con-tínuo as emissões de partículas dos moinhos de carvão e cimento, que à semelhança dos fornos, cumprem os valores limite de emissão impostos na lei. A redução da emissão de partículas no arrefecedor, moi-nhos de carvão e moinhos de cimento está relacionada com a substituição de mangas dos fi ltros.

24

Índice específi co: m3/t Cimeq

Valor Limite DesempenhoValor Limite Desempenho

Volume máximo mensal extraído

V.5 Emissões atmosféricasPotenciais Impactes Ambientais: Contribuição para o aumento de ozono troposférico Degradação da qualidade do meio receptor (água/solo/ar) Perturbação da fl ora, fauna e vida humana

Page 27: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010 25

Emissão dos fornos face aos VLE (%)

Regime geral

Índice específi co: kg/kt Cimeq

Valor Limite DesempenhoValor Limite Desempenho

BASE DE CÁLCULO:Emissão total (t) = ((Concentração poluente (mg/Nm3) x caudal (Nm3/h) x horas funcionamento (h))/1000000000))fornos

Partículas

Partículas

NOx

NOx

HF

HF

SO2

SO2

HCl

HCl

COT

COT

VLE

VLE

2010

2010

2009

2009

2008

2008

5 110

4 439

3 292

0

1 000

2 000

3 000

4 000

5 000

6 000

2008 2009 2010

kg

po

lue

nte

s/kt

Cim

Regime co-incineração

Partículas

Partículas

NOx

NOx

HF

HF

SO2

SO2

HCl

HCl

COT

COT

VLE

VLE

2010

2010

2009

2009

2008

2008

5 110

4 439

3 292

0

1 000

2 000

3 000

4 000

5 000

6 000

2008 2009 2010

kg

po

lue

nte

s/kt

Cim

Partículas

Partículas

NOx

NOx

HF

HF

SO2

SO2

HCl

HCl

COT

COT

VLE

VLE

2010

2010

2009

2009

2008

2008

5 110

4 439

3 292

0

1 000

2 000

3 000

4 000

5 000

6 000

2008 2009 2010

kg

po

lue

nte

s/kt

Cim

Partículas

Partículas

NOx

NOx

HF

HF

SO2

SO2

HCl

HCl

COT

COT

VLE

VLE

2010

2010

2009

2009

2008

2008

5 110

4 439

3 292

0

1 000

2 000

3 000

4 000

5 000

6 000

2008 2009 2010

kg

po

lue

nte

s/kt

Cim

Partículas

Partículas

NOx

NOx

HF

HF

SO2

SO2

HCl

HCl

COT

COT

VLE

VLE

2010

2010

2009

2009

2008

2008

5 110

4 439

3 292

0

1 000

2 000

3 000

4 000

5 000

6 000

2008 2009 2010

kg

po

lue

nte

s/kt

Cim

Monitorização contínua da emissão de partículas

Moinhos de carvão e arrefecedor

Moinhos de cimento

Índice específi co: kg/kt Cimeq

Valor Limite DesempenhoValor Limite Desempenho

BASE DE CÁLCULO:Emissão total (t) = ((Concentração poluente (mg/Nm3) x caudal (Nm3/h) x horas funcionamento

Page 28: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 201026

Campanha Data COT(mg/Nm3)

H2S(mg/Nm3)

Cloretos (mg/Nm3)

Fluoretos(mg/Nm3)

Cd + Hg + Tl(mg/Nm3)

As + Ni + Se + Te

(mg/Nm3)

Forno 2

1ª2010|05|05 5,5 < 2,3 a) 21,2 < 0,07 b) 0,0058 – 0,010 0,0033 – 0,0053 0,037 – 0,040

2010|05|06 < 2,7 a) < 2,9 a) 11,0 < 0,1 b) 0,024 – 0,030 0,042 – 0,046 0,38

2010|11|23 6,6 3,6 < 8,1 b) < 0,08 b) 0,017 – 0,021 0,0070 – 0,0093 0,10 – 0,11

2010|11|24 7,3 4,6 < 8,7 b) < 0,08 b) 0,0081 – 0,012 0,0067 – 0,0094 0,12 – 0,13

2010|11|29 9,8 < 1,2 a) < 8,6 b) 0,04 0,0095 – 0,013 0,042 – 0,044 0,26 – 0,27

VLE 50 50 30 5 0,2 1 5

Pt + V + Pb + Cr + Cu + Sb + Sn +

Mn + Pd + Zn (mg/Nm3)

a) abaixo do limite de detecção b) abaixo do limite de quantifi cação

Campanha DataDioxinas e furanos

(I-Teq) (ηg/Nm3)Mercúrio(mg/Nm3)

Soma Cd + Tl (mg/Nm3)

Soma de Sb a V (mg/Nm3)

Forno 3

1ª2010|04|21 0,0062 - 0,0079 0,0076 - 0,013 0,0089 – 0,0091 0,056 - 0,060

2010|04|22 0,0031 -0,0043 0,0040 - 0,0066 0,0055 - 0,0056 0,015 - 0,017

2010|11|16 0,033 - 0,034 0,020 - 0,026 0,0072 - 0,0073 0,075 - 0,078

2010|11|17 0,0012 - 0,0030 0,044 – 0,049 0,0067 - 0,0069 0,030 - 0,033

2019|11|18 0,0091 - 0,010 0,034 – 0,040 0,0094 - 0,0096 0,10 - 0,11

VLE 0,1 0,05 0,05 0,5

a) abaixo do limite de quantifi cação

Campanha DataPartículas (mg/Nm3)Moinho de cimento 2

1ª 2010|07|06 2,7

2ª 2010|11|10 2,5

VLE (mg/Nm3) 30

Valor Limite Valor Limite

Como se pode verifi car, todos os valores se encontram abaixo dos VLE, tanto para os fornos como para o moinho de cimento n.º 2.

Ao abrigo da Licença Ambiental, efectuamos anualmente a monitorização pontual das emissões dos fornos, para um conjunto de poluentes que não é possível monitorizar em

contínuo, bem como os resultados das medições pontuais do moinho de cimento n.º2. Os resultados das duas cam-panhas efectuadas encontram-se nos quadros seguintes.

Page 29: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

V.5.2 Emissões difusas �As emissões difusas de partículas resultam principalmente das operações de transporte, armazenagem e manu-seamento das matérias-primas, combustíveis sólidos, clínquer e cimento. Devido às baixas temperaturas, altura e velocidade com que são emitidas, assim como à sua granulometria, estas emissões têm maior incidência no interior da unidade fabril.Ao longo de toda a cadeia de fabrico existe mais de uma centena de equipamentos de despoeiramento (fi ltros de mangas), desde a extracção até à ensacagem, que per-mitem a recolha das partículas e a sua reintrodução no processo, sendo, desta forma, reutilizadas.No sentido de diminuir/eliminar estas emissões, dispomos de aspiradores industriais, cisternas de rega e varredoras mecânicas. Além destes equipamentos, na época estival, utilizamos o método de aspersão de água nos caminhos por onde passa a frota de Pedreira.Dispomos ainda de uma Rede de Monitorização da Quali-dade do Ar, a qual permite monitorizar, em contínuo, outros

27

Estação de monitorizaçãoPM10

[µg/m3]

PM2,5

[µg/m3]

SO2

[µg/m3]

NOx

[µg/m3]

NO2

[µg/m3]

O3

[µg/m3]

CO

[µg/m3]

Olhos-de-Água 25 9 2 10 7 63 146

Pataias 24 10 2 10 7 73 164

Alva de Pataias 21 9 3 8 6 71 181

Valor Limite a) 40 1 29 1 20 2 30 3 40 1 - -

a) PM10, SO2 e CO – valores limite estipulados pelo Decreto-lei n.º 111/202, de 16 de Abril; O3 – valor limite estipulado pelo Decreto-lei n.º 320/2003, de 20 de Dezembro; PM2,5 – valores recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS)1 – valor limite para protecção da saúde humana2 – valor limite para protecção dos ecossistemas3 – valor limite para protecção da vegetação

Valor Limite Valor Limite

Tal como se pode verifi car no quadro anterior, os valores médios anuaisdas emissões difusas não excederam os limites legais.

poluentes como o PM10, PM2,5, SO2, NO2, NOx, O3 e CO. Esta rede de monitorização permite avaliar a eventual infl uência das emissões de partículas da Fábrica na qualidade do ar ambiente da zona envolvente. Os resultados dessa moni-torização encontram-se na tabela seguinte, na base anual.No segundo trimestre de 2010 a monitorização da rede da qualidade do ar foi entregue à SONDARLAB, pelo que os resultados apresentados são apenas dos meses de Abril a Dezembro.

V.6 Produção de resíduosPotenciais Impactes Ambientais: Contaminação do meio receptor natural (água/solo/ar) Ocupação de solo Aumento da disponibilidade de recursos

A produção de resíduos na indústria cimenteira não é signifi cativa, estando directamente relacionada com os investimentos realizados em cada ano nas instalações.

Page 30: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Os resíduos gerados são recolhidos e armazenados de forma individualizada nos devidos locais (ecoparque e par-que da sucata) e encaminhados para operadores licencia-dos para a sua gestão, privilegiando-se as soluções de valorização, em detrimento das soluções de eliminação pura e simples.A quantidade de resíduos produzidos enviados para eli-minação tem vindo a diminuir de ano para ano, tendo

atingido, em 2010, o mínimo dos últimos anos de 16,6%. No que se refere à valorização interna, a percentagem de resíduos valorizados está muito dependente das caracte-rísticas dos mesmos, as quais, nem sempre, são as mais favoráveis. Contudo, a percentagem global de resíduos valorizados foi de 74,2%, superior à dos anos anteriores.Em 2010, o acréscimo de resíduos produzidos deve-se à contabilização de resíduos inertes internos do departa-mento da fabricação, resíduos estes que até então não eram contabilizados. Este aumento repercutiu-se tam-bém num aumento da percentagem de resíduos valori-zados internamente, não sendo comparável com os anos anteriores. Por este motivo não avaliamos o desempenho neste descritor.No período compreendido entre 2008 e 2010, a produ-ção de resíduos representou, em média, cerca de 1,1% da produção total de cimento. Na qualidade de fabricante de produto embalado, cujas embalagens não são reutilizáveis (sacos de papel e plás-tico), de entre as soluções previstas na lei vigente, optá-mos pela adesão a um Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens, nomeadamente a Sociedade Ponto Verde, com quem estabelecemos um contrato, em vigor desde 1998.

V.7 Emissão de ruído para o exterior

Potenciais Impactes Ambientais: Incomodidade

A última monitorização do ruído ocorreu em 2008, cujos resultados demonstraram a conformidade dos níveis de ruído com o disposto no Decreto-lei n.º 9/2007, isto é, que a actividade da fábrica não constituía impacte sonoro significativo nos receptores sensíveis potencialmente mais afectados. Novas medições do ruído serão realizadas em 2011, uma vez que as últimas foram realizadas em 2008. Para além disso, em 2011 será elaborado um novo mapa de ruído da fábrica, acção incluída no Programa de Melhoria de 2010.

Destino final dos resíduos produzidos (%)

Desempenho ------

Índice específico: t/kt Cimeq

28

Page 31: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010 29

Parâmetro Unidade

Saída do descalcifi cador(Ponto EH2 da LA)

Separador de Hidrocarbonetos(Ponto ES10 da LA)

VLE1ª

(Mar|10)2ª

(Jul|10)3ª

(Out|10)4ª

(Dez|10)1ª

(Mar|10)2ª

(Jun|10)3ª

(Set|10)4ª

(Dez|10)

pHEscala

Sörensen7,5 7,5 7,7 7,6 7,7 7,9 7,9 8,0 6,0 – 9,0

SST mg/l - - - - < 5 < 5 < 5 27 60

CQO mgO2/l 120 110 53 100 < 30 < 30 64 < 30 150

Óleos minerais (Hidrocarbonetos)

mg/l - - - - 0,3 < 2 6 < 2 15

Cloretos mg/l 41 51 52 46 - - - - 250

Parâmetro Unidade

Caixa de Visita à Saída da Lagoa(Ponto EH3 da LA)

Colector Geral

VLE

1ª (Mar|10) 2ª (Dez|10) 1ª (Mar|10) 2ª (Set|10)

pHEscala

Sörensen7,5 8,1 7,7 7,9 6,0 – 9,0

SST mg/l 9 < 5 < 5 < 5 60

CQO mgO2/l 53 < 30 < 30 < 30 150

Óleos minerais (Hidrocarbonetos)

mg/l 0,1 < 2 < 0,1 < 2 15

Óleos e gorduras mg/l - - < 0,1 6,1 10

V.8 Produção de águas residuais Potenciais Impactes Ambientais: Contaminação do meio receptor natural (água/solo/ar) Degradação da qualidade do meio receptor (água/solo/ar)

Em 2010 foram realizadas as campanhas de monitoriza-ção da qualidade dos efl uentes líquidos de acordo com o estabelecido na Licença Ambiental (LA) e na Declaração de Impacte Ambiental das pedreiras. Os resultados dessa monitorização encontram-se na tabela seguinte.

Desempenho Desempenho

Desempenho Desempenho

Page 32: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 201030

Parâmetro UnidadeLagoa da Pedreira das Margas Lagoa da Pedreira de Calcário

VLE1ª (Mar|10) 2ª (Set|10) 1ª (Mar|10) 2ª (Set|10)

pH Escala Sörensen 8,5 7,8 7,8 7,9 6,0 – 9,0

Cor mg/l Pt-Co 15 10 14 5 -

SST mg/l < 5 41 5 < 5 60

Hidrocarbonetos dissolvidos e emulsionados mg/l < 0,01 < 0,01 0,02 < 0,01 -

CQO mgO2/l 75 < 30 98 31 150

CBO5 mgO2/l 4 < 2 3 3 40

Hidrocarboneto políciclicos aromáticos µg/l < 0,005 - < 0,005 - -

Benzo(a)pireno µg/l < 0,002 < 0,01 < 0,002 < 0,01 -

Benzo(b)fl uoranteno µg/l < 0,005 < 0,01 < 0,005 < 0,01 -

Benzo(ghi)perileno µg/l < 0,004 < 0,01 < 0,004 < 0,01 -

Benzo(k)fl uoranteno µg/l < 0,002 < 0,01 < 0,002 < 0,01 -

Indeno(1,2,3-cd)pireno µg/l < 0,004 < 0,01 < 0,004 < 0,01 -

Da análise dos resultados obtidos conclui-se que os efl uentes que são descarregados nos meios receptores fi nais se encontram abaixo dos VLE permitidos.

Desempenho Desempenho

Page 33: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Contudo, esta gestão está condicionada, de modo sig-nifi cativo, quer pela evolução do perfi l dos principais mer-cados, quer pela localização dos mesmos. Em 2010, a percentagem de produto transportado via marítima sofreu um aumento signifi cativo, resultado do aumento da ex-portação.

31

Em 2010 foram realizados 3 exercícios de simulacros, para os seguintes cenários: Derrame de lamas de fos-sas sépticas; derrame de amónia; e derrame de adju-vante.Contudo, ocorreram ainda algumas situações reais, nomeadamente, um derrame de óleo de uma viatura, uma fuga de GPL e ainda uma acção de prevenção de

VI Emergências Ambientaispropagação de um incêndio fl orestal ao parque de pneus, que estava próximo da fábrica. De forma a dar resposta às situações ocorridas, quer de simulacros quer reais, foi desencadeado um conjunto de acções de correcção/melhoria e formação/sensibilização que irão permitir melhorar a efi cácia do planeamento e a capacidade de respostas a emergências.

V.9 Transporte Potenciais Impactes Ambientais: Degradação da qualidade do meio receptor (água/solo/ar) Contaminação do meio receptor natural (água/solo/ar) Contribuição para o esgotamento de reservas naturais não renováveis

Os materiais que produzimos (clínquer e cimento) podem ser transportados até ao cliente fi nal através do transporte rodoviário, ferroviário ou marítimo, quer para o mercado nacional quer para o mercado internacional. Os impactes resultantes desse transporte podem ser signifi cativos (aumento da emissão de gases de escape e da emissão difusa de partículas, aumento dos níveis de ruído e do risco de ocorrência de acidentes rodoviários), para além de poder representar uma fonte de perturbação para as populações vizinhas (no caso do transporte rodoviário).Consciente desta realidade, o nosso Departamento Comer-cial privilegia, sempre que possível, o transporte por via marítima ou ferroviária, em detrimento da via rodoviária, por razões ambientais e de afectação das populações das localidades situadas nas estradas actualmente utilizadas.

Clínquer e cimento transportado

Desempenho

Page 34: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 201032

VII Comunicação com as Partes Interessadas

Folheto FunâmbuloEm 2010 foi iniciada a publicação do folheto “Funâmbulo”, com periodici-dade trimestral, cujo objectivo é prestar informação sobre as várias vertentes da sustentabilidade. Este folheto já conta com 3 edições: Alterações Climáticas, Emissões Atmos-féricas e Consumo de Água e Descarga de Águas Residuais.

pedagógicas e visitas desenvolvidas nas nossas fábricas. Esta iniciativa que se realizou com a colaboração da Uni-versidade de Évora, do Museu Maceira-Liz, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e da REMLI (nosso prestador de serviços) teve como principal objectivo dar a conhecer a riqueza fl orística e faunística local e a sua relação com o processo de exploração e recuperação de pedreiras.

Colaboradores internos

Reclamações AmbientaisEm 2010 não houve nenhuma reclamação ambiental.

Pedidos de Parte InteressadaSão considerados pedidos de parte interessada (PPI’s) todo o tipo de pedidos de esclarecimento, informação ou cooperação, efectuados com indivíduos, grupos ou enti-dades externas à organização, relacionados ou infl uencia-dos pelo desempenho dos Sistemas de Gestão de Quali-dade, Ambiente e Segurança.Em 2010 não foram recebidos pedidos de parte interes-sada na Fábrica de Cibra-Pataias.Não na mesma perspectiva, mas considerando que os pedidos de visitas de estudo por diversas escolas e insti-tuições ou outras associações são também considerados como PPI’s, durante o ano de 2010, na Fábrica Cibra--Pataias foram recebidos 234 visitantes.

Crianças realizam actividades nas Fábricas SecilDurante o mês de Julho cerca de 70 crianças, fi lhos de colaboradores da Secil, participaram em actividades

Comunidade

Das diversas actividades que tiveram oportunidade de executar, os jovens destacaram as que mais gostaram como a construção de caixas-ninho para aves, circuito ambiental pedestre, construção de armadilhas para insectos e estações de cheiro, moldagem de fósseis, entre muitas outras.

Outras publicaçõesBrochura - Recuperação Ambiental de Pedreiras: Recuperação Paisagística e Estudo e Valorização da Biodiversidade Componente FaunaEm 2010 foi, também, elaborada uma brochura institu-cional com o tema Recuperação Ambiental de Pedrei-ras: Recuperação Paisagística e Estudo e Valorização da Biodiversidade Componente Fauna. Esta brochura des-creve a acção integrada de recuperação ambiental das Pedreiras, mantendo o equilíbrio entre a operação fabril e a protecção ambiental. A recuperação das Pedreiras não incide apenas na recuperação da fl ora, mas também da fauna, existindo uma valorização da biodiversidade animal e vegetal.

Page 35: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Conformidade legalVIII Da legislação ambiental publicada em 2010, destacam-se os seguintes diplomas como os mais relevantes para a actividade.

Decreto-lei n.º 30/2010 de 8 de Abril

Vem introduzir novas alterações ao regime CELE, nomeadamente ao nível das instala-ções abrangidas ( Anexo VI) e das obrigações das instalações existentes e novas.

Como as fábricas Secil já estavam abrangidas pelo CELE nos períodos de 2005- 2007 e 2008- 2012 estão dispensados de fornecer os dados de emissões requeridos, relativos aos anos exigidos que já tenham sido reportados à APA.

Decreto-Lei n.º 82/2010 de 2 de Julho

Prorroga o prazo para a regularização dos títulos de utilização de recursos hídricos e dispensa os utilizadores desses recursos da prestação da caução para recuperação ambiental quando constituam garantia fi nanceira.

Termina com a dupla tributação relativa à utilização de recursos hídricos (pela Caução asso-ciada de Licença e pela Garantia fi nanceira no âmbito da Responsabilidade Ambiental).

A Secil dispõe de um Seguro de responsabilidade, comum a todas as empresas do grupo Secil.

Portaria n.º 72/2010 de 4 de Fevereiro

As entidades gestoras de CIRVER, de instalações de incineração e co-incineração de resíduos e de aterros estão sujeitos a liquidação por conta da taxa de gestão de resíduos, a realizar pela APA até ao termo do mês de Julho do ano a que a taxa res-peita, com base na informação prestada pelos sujeitos passivos no âmbito do SIRAPA durante o 1.º semestre.

As fábricas procedem ao pagamento da TGR, à APA, de acordo com o prazo estabelecido nas notas de liquidação, após validação do valor cobrado.

Decreto-Lei n.º 98/2010, de 11 de Agosto

Estabelece o regime a que obedecem a classifi cação, embalagem e rotulagem das substâncias perigosas para a saúde humana ou para o ambiente, com vista à sua colocação no mercado, transpõe parcialmente a Directiva n.º 2008/112/CE, do Par-lamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro, e transpõe a Directiva n.º 2006/121/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Dezembro.

O sistema REACH (Registo, Avaliação, Autorização e Restrição de Substâncias Químicas) obriga as empresas que fabricam e importam substâncias químicas a avaliar os riscos decor-rentes da utilização das mesmas e a tomar as medidas necessárias para gerir todos os riscos que identifi carem. 2010 foi o ano de Registo e Notifi cação das substâncias químicas. A SECIL e a CMP fi zeram o registo conjunto, com outras empresas, do “Flue Dust, Portland Cement” (pó dos fi ltros dos fornos e by-pass, para os fornos que o possuem), com os números de

33Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Page 36: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

identifi cação seguintes: EINECS: 270-659-9; CAS:68475-76-3.

Os Relatórios de Submissão foram apresentados em 18/11/2010 e 19/11/2010, respectiva-mente, com os números seguintes: SECIL – RV939602-01; CMP – ET942363-21.

Após pagamento à ECHA das respectivas taxas foram-lhes concedidos os seguintes núme-ros de referência: SECIL: 01-2119486767-17-0048; CMP: 01-2119486767-17-0057.

No que respeita à Classifi cação, Rotulagem e Embalagem (CLP), também foram cumpridas as regras de acordo com a legislação; assim, a classifi cação e rotulagem do “fl ue dust” foi apresentada juntamente com o dossier de registo no REACH. O clínquer, que por ser uma substância irritante também teve que ser classifi cado e rotulado, foi notifi cado à ECHA em 15/12/2010. O relatório de submissão da CLP tem o número HG997557-18 e o número de referência para todos os membros da CEMBUREAU é 02-2119682167-31-0000.

As novas Fichas de Segurança para aquelas substâncias foram elaboradas de uma forma harmonizada para todos os membros da CEMBUREAU estando a ser traduzidas para Por-tuguês.

No que respeita ao cimento, e por se tratar de uma mistura, a sua Classifi cação e Rotulagem tem como limite 1 de Junho de 2015.

34

Implementado Pendente (por entidades externas) Com plano de acções a decorrer

Page 37: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Em 2011 foram introduzidas as seguintes acções de melhoria.

IX Programa de Melhoria 2011

35

IDAspecto/ impacte ambientais

Designação da Acção de Melhoria

Objectivo Meta Prazo Indicador

1 Consumo de energia eléctrica

Contribuição para o aquecimento global

AM 07/11

Instalação de equipa-mento de monitorização para a racionalização da Energia Eléctrica

Monitorização do consumo de Energia Eléctrica

Metas a definir após quantificação/avaliação inicial dos valores respectivos

Jun|11Equipamento montado

2 Emissões atmos-féricas – Gases de Combustão – fontes fixas

Degradação da qualidade do meio receptor (água/solo/ar)

AM 01/11

Medição em contínuo das emissões na chaminé dos moinhos da moagem de cimento II e carvão I;

Aquisição de opacímentros e caudalímetro para moagem cimento II

Assegurar a medição em contínuo das emissões na moagem de cimento II e carvão I

--- Jun|11Opacímentro e caudalímetro adquirido

3 Consumo de água

Contribuição para o esgotamento de reservas naturais renováveis

AM 05/11

Aquisição e instalação de contadores

Quantificar os consumos de águas nas diversas actividades (Pegada Hídrica)

Metas a definir após quantificação/avaliação inicial dos valores respectivos

Dez|11Contadores instalados

4 Impacte visual

AM 16/11Cobertura do silo de farinhas animais

Proteger a zona da envolvente ao silo das águas pluviais

Melhorar a limpeza e condições de acesso da zona envolvente

--- Jun|11 Aspecto visual

5 Saúde

AM 03/11 Instalação de detector de radioactividade

Assegurar a medição da radioactividade dos transportadores de resíduos à entrada da Fábrica.

--- Jun|11 Detector adquirido

Page 38: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Biodiversidade l Descreve a riqueza e a variedade do mundo natural; compreende a diversidade de organismos de uma mesma espécie, entre espécies e ecossistemas. Também designada por diversidade biológica.

Biomassa l Matéria vegetal proveniente da agricultura ou da silvicultura, que pode utilizar-se como combustível para efeitos de recuperação do teor energético. Incluem-se nesta definição, desde que utilizados como combustível, os seguintes resíduos:– os resíduos vegetais provenientes da agricultura e da silvi-

cultura que não constituam biomassa florestal ou agrícola;– os resíduos vegetais provenientes da indústria de trans-

formação de produtos alimentares, se o calor gerado for recuperado;

– os resíduos vegetais fibrosos provenientes da produção de pasta virgem e de papel, se forem co-incinerados no local de produção e o calor gerado for recuperado;

– os resíduos de cortiça;– os resíduos de madeira, com excepção daqueles que

possam conter compostos orgânicos halogenados ou metais pesados resultantes do tratamento com conser-vantes ou revestimento, incluindo, em especial, os resí-duos de madeira provenientes de obras de construção e demolição.

Cimentos compostos l Cimentos com taxas de incorpo-ração de clínquer mais reduzidas (65%-79%), cuja taxa de incorporação de materiais secundários é maior (21%-35%). Como requerem menores quantidades de clínquer, são cimentos mais favoráveis do ponto de vista ambiental, porque permitem reduzir o consumo dos recursos naturais necessários para a produção daquele constituinte principal.

Clínquer l Rocha artificial resultante da cozedura das ma-térias-primas, que constitui o principal componente do cimento.

Combustíveis alternativos l Qualquer resíduo industrial resultante de um processo produtivo que, pelas suas ca-

racterísticas físicas, químicas e poder calorífico, pode ser utilizado como combustível, substituindo a utilização de combustíveis fósseis.

Combustíveis fósseis l Combustíveis não renováveis re-sultantes do processo lento de decomposição das plantas e dos animais. Existem três grandes tipos de combustíveis fósseis: o carvão, o petróleo e o gás natural. Uma vez es-gotados, não é possível substituí-los, razão por que se consideram não renováveis.

Desenvolvimento sustentável l Desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade de as gerações vindouras satisfazerem as suas próprias necessidades.

Dióxido de Carbono (CO2) l Um dos principais produtos da combustão de combustíveis fósseis. O dióxido de car-bono é um gás com efeito de estufa (greenhouse gas) que contribui para o potencial aquecimento global.

Eficiência energética l A eficiência energética pode defi-nir-se como a optimização que podemos fazer do consu-mo de energia.

Fauna l É o termo colectivo usado para designar a vida animal de uma determinada região ou período de tempo.

Filtro de mangas l Equipamento destinado a filtrar os ga-ses resultantes de um processo industrial, através de um conjunto de mangas (algodão, poliéster ou Teflon), onde as partículas de pequenas dimensões ficam retidas.

Flora l É o conjunto das espécies de plantas (geral-mente, apenas as plantas verdes) características de uma região.

Impacte ambiental l Qualquer alteração no ambiente, adversa ou benéfica, resultante total ou parcialmente, das actividades, produtos ou serviços da organização.

36

X Glossário

Page 39: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Matérias-primas naturais l Matérias-primas utilizadas tradicionalmente no processo de produção (calcário, mar-ga e areia).

Matérias-primas secundárias l Qualquer resíduo indus-trial resultante de um processo de produção, que, pelas características físico-químicas, possa ser utilizado em substituição de matérias-primas primárias.

Partes Interessadas l Também designados por partes in-teressadas ou intervenientes, referem-se a todos os envol-vidos num determinado processo, por exemplo, clientes, colaboradores, investidores, fornecedores, comunidade etc. O sucesso de uma empresa passa pela participação das suas partes interessadas e, por isso, é necessário assegurar que as suas expectativas e necessidades são conhecidas e consideradas pela mesma.

Recursos não renováveis l Recursos que existem em quantidades fixas em vários lugares da crosta terrestre e têm potencial para renovação apenas por processos geológicos, físicos e químicos que ocorrem em centenas de milhões de anos. O carvão e outros combustíveis fósseis são não-renováveis.

Recursos renováveis l Recursos que potencialmente po-dem durar indefinidamente, sem reduzir a oferta disponível porque são substituídos por processos naturais.

Resíduo l Qualquer substância ou objecto de que o de-tentor se desfaz ou tem a intenção ou a obrigação de se desfazer.

Resíduo industrial banal l O resíduo que esteja isento de substâncias consideradas perigosas, como os resíduos florestais, as farinhas animais, os pneus, os plásticos, os desperdícios de papel e cartão, entre outros.

Resíduo industrial perigoso l O resíduo que apresente, pelo menos, uma característica perigosa para a saúde ou

para o ambiente, nomeadamente os identificados na Lista Europeia de Resíduos.

Recursos naturais l Elementos da natureza com utilidade para o homem, cujo desenvolvimento tem o objectivo da civilização, sobrevivência e conforto da sociedade em ge-ral. Podem ser renováveis, como a luz do Sol, o vento, os peixes, as florestas, ou não-renováveis, como o petróleo.

Valor limite de emissão (VLE) l Concentração e / ou o nível de uma emissão que não deve ser excedido durante um ou mais períodos determinados.

Valorização energética l Operação de valorização de re-síduos, em que estes substituem os combustíveis fósseis. No caso do processo de fabrico de cimento, os resíduos são introduzidos no forno como combustível alternativo.

37

Page 40: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão
Page 41: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010 39

Declaração do Verifi cador Ambiental sobre as Actividades de Verifi cação e Validação

A APCER – Associação Portuguesa de Certifi cação, com o número de registo de verifi cador ambien-tal EMAS PT-V-0001 acreditado ou autorizado para o âmbito “Exploração de pedreiras, fabricação de cimento” (Código NACE: 23.51) declara ter verifi cado se a Fábrica Cibra-Pataias, tal como indicada na declaração ambiental actualizada da organização CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A. com o número de registo PT 000047 cumpre todos os requisitos do Regulamento (CE) n.º 1221/2009 do Par-lamento Europeu e do Conselho, de 25 de Novembro de 2009, que permite a participação voluntária de organizações num sistema comunitário de ecogestão e auditoria (EMAS).Assinando a presente declaração, declaro que:- a verifi cação e a validação foram realizadas no pleno respeito dos requisitos do Regulamento (CE) n.º

1221/2009;- o resultado da verifi cação e validação confi rma que não existem indícios do não cumprimento dos

requisitos legais aplicáveis em matéria de ambiente;- os dados e informações contidos na declaração ambiental actualizada da Fábrica Cibra-Pataias

refl ectem uma imagem fi ável, credível e correcta de todas as actividades, no âmbito mencionado na declaração ambiental.

O presente documento não é equivalente ao registo EMAS. O registo EMAS só pode ser concedido por um organismo competente ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 1221/2009. O presente documento não deve ser utilizado como documento autónomo de comunicação ao público.

Leça da Palmeira,30/05/2011,

Eng.º José Leitão Eng.ª Anabela Alves (CEO) (Verifi cador)

Declaração do Verifi cador Ambiental sobre as Actividades de Verifi cação e Validação

Eng.º José Leitão Eng.ª Anabela Alves Eng.º José Leitão Eng.ª Anabela Alves

Page 42: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Page 43: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

Declaração Ambiental l Fábrica Cibra l Pataias l 2010

Page 44: Declaração Ambiental l Pataias 2010 - Secil Group · Inovação e Transparência que há muito nos caracterizam e está assente em 3 pilares: ... as resistências à compressão

CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A.

www.secil.pt