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Página 1 de 29 Declaração Ambiental Ano de 2014 (Saint-Gobain Mondego, SA)

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Declaração Ambiental Ano de 2014

(Saint-Gobain Mondego, SA)

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INDÍCE 1.INTRODUÇÃO 1.1- Identificação e contactos 1.2 - Apresentação geral 1.3 - Estrutura Organizacional 1.4 - Processo de Fabrico 2.SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

2.1 - Política Integrada 2.2 – Sistema de Gestão 2.3 – Aspectos /Impactes Ambientais

3.DESEMPENHO AMBIENTAL 3.1 – Objectivos e Metas Ambientais 3.2 – Aspectos Ambientais Positivos

3.3 – Consumo de Recursos 3.4 - Descarga de Efluentes 3.5 – Produção de Resíduos 3.6 - Ruído

4. ACIDENTES AMBIENTAIS E SUA PREVENÇÃO 5. COMUNICAÇÃO 6. BIODIVERISDADE 7. GLOSSARIO 8. VALIDAÇÃO DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL

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1.INTRODUÇÃO 1.1- Identificação e contactos

Nome da sociedade: Saint Gobain Mondego, SA Código NACE: 23 13 Morada: Fontela / Apartado 2030 - 3081 901 Figueira da Foz

Contactos:

Direcção: 233 403 113

Fax Geral: 233 403 112

Serviço Comercial: 233 403 134

Fax Serviço Comercial: 233 403 135

Recursos Humanos: 233 403 119

Direcção Financeira: 233 403 117

Gestão Ambiental: Catarina Oliveira Sá - 233 403 235

Website: www.sgmondego.com Número de Identificação de Pessoa Colectiva - NIPC: 501 793 160

Tipo de sociedade: Sociedade Anónima

Capital social: 22 446 000 €

Accionistas: SAINT-GOBAIN VICASA, SA 100 %. O accionista pertence ao Grupo Multinacional Francês Saint - Gobain;

Website www.sg.com

1.2 - Apresentação geral

A Saint - Gobain Mondego, SA conhecida através da sua marca VERALLIA, é uma empresa do grupo multinacional francês Saint-

Gobain, um dos maiores grupos industriais mundiais com várias actividades dispersas em mais de 50 países. O sucesso do grupo,

resulta de Know – how inovador e de um conhecimento profundo de tecnologias aplicáveis às etapas do processo de fusão e

conformação. Localizada na Fontela, Freguesia de Vila Verde no concelho da Figueira da Foz, iniciou a sua actividade no fabrico e

comercialização de vidro de embalagem em 1987. Possui 2 fornos de fusão com uma capacidade instalada de 900 tn/dia. O vidro

produzido pode apresentar-se em distintas côres tais como verde, canela, branco, âmbar, negro e branco azulado, estando a sua

produção dividida em 3 produtos principais; garrafas, boiões e garrafões.

Por vezes, uma parte dos produtos após fase da embalagem poderá ainda ser submetido a um processo de decoração (serigrafia ,

pintura ou foscagem) e encapamento com plástico no caso dos garrafões.

A instalação mantém os 239 colaboradores e labora em regime contínuo, 365 dias por ano.

No âmbito da melhoria contínua, esta unidade encontra-se equipada com os mais modernos equipamentos tecnológicos que lhe permite

o fabrico de vidro de embalagem de qualidade, respeitando o Meio Ambiente, garantindo as melhores condições de segurança e higiene

aos seus colaboradores e segurança alimentar do produto final.

O presente documento constitui a décima segunda Declaração Ambiental, no âmbito da verificação de conformidade do Sistema de

Gestão Integrado e do desempenho ambiental da VERALLIA, com os requisitos do Sistema Europeu de Eco-Gestão e Auditoria

(Regulamento CE n.º1221/2009 de 25 de Novembro), vulgo EMAS. Os dados existentes nesta declaração são referentes ao ano de

2014 e será elaborada uma nova Declaração Ambiental relativamente a 2015, com validação prevista no 1º trimestre de 2016. Durante o

ano de 2014 realizou-se uma paragem para manutenção no Forno 1, de 40 dias (Fevereiro e Março 2014).

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1.3 Estrutura Organizacional

1.4 – Processo de fabrico (resumido)

1.RECEPÇÃO MATÉRIAS PRIMAS 2.MISTURA

(COMPOSIÇÃO)

3.FUSÃO 4. FABRICAÇÃO (MOLDAÇÃO)

Gestão

Integrada

Direcção

Fábrica

Direcção Recursos Humanos

Direcção Financeira

Manutenção Fabricação Composição Fusão

Qualidade

Higiene e Segurança no Trabalho

Direcção Geral

Direcção

Comercial

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5.Recozimento /Tratamento a Frio 6.Inspecção automática

7.Expedição

O processo de fabrico de vidro de embalagem inicia-se com a chegada das matérias-primas em camiões, sendo as mesmas

posteriormente armazenadas em silos próprios. Após a sua introdução nos silos, providos de despoeiradores, decorre o processo de

pesagem e mistura de forma automática. À composição de vidro é adicionado casco de vidro e as lamas provenientes do tratamento dos

efluentes industriais na ETARI da instalação, antes da entrada no processo de fusão. O vidro reciclado (casco) é proveniente do exterior

devidamente tratado e das rejeições ocorridas ao longo do processo.

O processo de fusão ocorre nos 2 fornos de fusão utilizando como combustível o gás natural auxiliado por um apoio eléctrico. A

composição do vidro entra nos fornos de fusão através das bocas de enforna, localizadas lateralmente sendo fundida a uma temperatura

de 1550ºC a 1600ºC. Após a fusão segue-se a afinagem e homogeneização para se proceder à sua conformação a qual é precedida

pelo corte das gotas de vidro. Estas gotas são encaminhadas para as várias secções das máquinas de moldação (máquinas IS) a uma

temperatura de cerca de 1200ºC.Todo este processo é automático sendo a maior parte dos movimentos realizados de forma

pneumática. À saída das máquinas IS e antes de entrarem na arca de recozimento, os recipientes de vidro são sujeitos a um tratamento

superficial a quente a uma temperatura de cerca de 700ºC.

Uma vez conformados os recipientes de vidro são sujeitos a um processo de recozimento para eliminação de tensões internas formadas

nas fases anteriores. A operação de recozimento é efectuada nas arcas de recozimento que utilizam como combustível o gás natural. À

saída da arca de recozimento a cerca de 100ºC os recipientes de vidro são sujeitos à aplicação de um tratamento superficial a frio para

melhorar o seu comportamento em linha (diminuição do coeficiente de atrito). O processo de inspecção para eliminação de defeitos é

efectuado pela conjugação da inspecção automática e humana com as garrafas à temperatura ambiente. Todo o material rejeitado é

reintroduzido no processo sob a forma de casco encaminhado para os respectivos silos.

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2. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

2.1 - Política Integrada

Em 2014, a Política da VERALLIA foi revista e analisada mantendo-se actualizada, baseando-se nas orientações do grupo Saint-Gobain:

POLITICA INTEGRADA

Para melhorar o desempenho da sua actividade de fabricação e comercialização de vidro de embalagem, a Verallia

Portugal considera como eixos fundamentais:

- Fortalecer uma cultura de Qualidade, baseada na Inovação, no Desenvolvimento de Produtos e Processos e na Sustentabilidade. Esta cultura é orientada para o cliente em particular e para as demais partes interessadas, de forma a exceder as suas expectativas, assegurando a Protecção e Sustentabilidade do Ambiente, da Segurança Alimentar do Produto e da Segurança e Saúde no Trabalho, num compromisso de melhoria contínua. - Disponibilizar todos os recursos necessários, assegurando a sua eficiente utilização, de forma a alcançar os objectivos estratégicos delineados e o desenvolvimento sustentável da empresa, criando valor, de forma a satisfazer e ultrapassar as expectativas das partes interessadas. - Cumprir e melhorar, se possível, os requisitos legais e normativas internas aplicáveis, estabelecendo mecanismos proactivos de prevenção da poluição e das lesões da saúde, controlo de impactos e riscos. Para tal, são adoptadas medidas consistentes e coerentes com as Melhores Técnicas Disponíveis, economicamente e socialmente viáveis, com a implicação e compromisso de todos os colaboradores. - Promover a criatividade e participação interna para a melhoria contínua do desempenho da organização, assente numa cultura proactiva de inovação, estimulando a procura da simplificação de todos os processos, redução dos tempos de resposta e excelência das medidas implementadas. - Assegurar o envolvimento, participação e melhoria da satisfação de todos os colaboradores, através de politicas de reconhecimento do compromisso e desenvolvimento profissional, estimulando o trabalho em equipa e a flexibilidade. Assim, são fixados e revistos objectivos e metas que permitam melhorar o desempenho, assim como as competências, fomentando a inovação e a investigação, como motores de desenvolvimento e crescimento interno. - Fomentar e acompanhar a interface de mercado e organizacional bem como, a comunicação interna e externa. Documentar, implementar e manter a Politica Integrada actualizada e adequada, disponibilizando-a a todas as partes interessadas e público em geral.

Paulo Pinto

DG

2.2 – Sistema de Gestão

O Sistema de Gestão da VERALLIA está estruturado segundo as normas NP EN ISO 9001, NP EN ISO 14001, EMAS III (Regulamento

n.º 1221/2009), OHSAS 18001 , FSSC 22000 (NP EN ISO 22000+ PAS 223) e NP 4457 assumindo um papel importante a todos os

níveis da organização.

O Sistema de Gestão Integrado interactua com todas as suas actividades, sendo preocupação constante a melhoria contínua, tendo em

consideração as necessidades internas e as de outras partes interessadas. Os objectivos do Sistema de Gestão Integrado são

divulgados a todos os colaboradores e são seguidos mensalmente nas reuniões da Comissão do Sistema de Gestão Integrada onde

participa a Direcção da VERALLIA e os responsáveis de cada Departamento.

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A VERALLIA definiu critérios e adoptou métodos para assegurar a efectiva operação, controlo e monitorização dos seus processos,

avaliando o seu desempenho através de indicadores específicos, assim como o controlo e monitorização. O âmbito do Sistema de

Gestão Integrado da VERALLIA compreende a fabricação e comercialização de vidro de embalagem para a Qualidade e Segurança e

Saúde no Trabalho, enquanto que os Sistemas Ambientais, EMAS, Segurança Alimentar e IDI abrangem a Fabricação de Vidro de

embalagem. A VERALLIA aproveita acções de formação internas com todos os colaboradores como forma de possibilitar a participação

dos mesmos no processo de melhoria contínua do desempenho ambiental. Esta ferramenta e as caixas de sugestões, estão disponíveis

na organização e ainda há-que salientar as reuniões da CHS com representação dos colaboradores onde as propostas de melhoria

fazem parte da ordem do dia. O SGI está documentado de acordo com a seguinte estrutura:

Nível I

Manual de Gestão Integrado

Nível II

Procedimentos Gerais – descrevem as actividades, responsabilidades e controlo necessários para operacionalizar os Processos identificados.

Estão incluídos: os Procedimentos associados aos Processos de Gestão (PG); Processos de Negócio (PN), Processos de Apoio (PA). Estão também,

incluídos neste nível, os seguintes Manuais: Manual de Descrição de Funções: Manual de Acolhimento; Plano HACCP; Programa de Gestão Integrado.

Nível III

Procedimentos Operativos – subjacentes aos Procedimentos Gerais detalham o processo de trabalho e indicam como, quando, onde e por quem uma

tarefa deverá ser executada, assim como o que deve ficar registado.

Planos de Inspecção e Ensaio – documentos de saída do Planeamento da Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho e Segurança

Alimentar (Ex: Plano de calibração, Plano de Monitorização e Medição, Plano de Formação, PIE, etc.).

Nível IV

Registos – documentos onde ficam registados os valores / informações que permitem evidenciar objectivamente que a Qualidade foi alcançada, que

os requisitos Ambientais, de SST e de Segurança Alimentar foram cumpridos e que os diversos elementos do sistema foram efectivamente

implementados.

Impressos – documentos onde se registam as informações exigidas nos procedimentos/normas, assinada pelo executante, demonstrando que o seu

conteúdo foi concretizado.

2.3 – Aspectos e Impactes Ambientais

Na VERALLIA, os aspectos ambientais são identificados com base na actividade e na operação unitária de cada processo e/ou serviço, que engloba

esse mesmo aspecto ambiental, seja ele directo ou indirecto, bem como os que resultam em impactes benéficos ou adversos. A metodologia para

avaliação dos Aspectos Ambientais mantém-se;

Identificação das actividades e/ou Operações unitárias do

processo

SITUAÇÕES

NORMAIS SITUAÇÕES

ANORMAIS

SITUAÇÕES

EMERGÊNCIA

Avaliação da significância dos

Aspectos Ambientais

Política, Legislação,

Reclamações

Critérios de avaliação de

significância dos Impactes

IMPACTE

SIGNIFICATIVO?

NÃO SIM

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Cálculo da Significância

a) Aspectos ambientais directos:

Severidade Frequência ou Probabilidade Magnitude QuantidadeSignificância do Impacte =

Capacidade de Controlo

b) Aspectos ambientais indirectos:

Severidade Frequência ou Probabilidade Magnitude QuantidadeSignificância do Impacte =

Capacidade de Influência

Nota: Cada um dos critérios da fórmula tem uma classificação de 1 a 4, sendo a pontuação dada a um impacte que interage menos com o Ambiente e 4 aquele que interage mais com o Ambiente. Consideramos Aspecto Ambiental Significativo os que derem um valor superior ou igual a 16.

Aspectos

Ambientais

DIRECTOS

Impacte

Ambiental Situação Actividades

Grau de

Significancia

Objectivos propostos

para 2014

Consumo de Combustíveis Fósseis

(Gás Natural)

Diminuição da disponibilidade de Recursos Naturais

Normal Composição/Fusão

Fabricação/Serigrafia

64

Consumir casco acima de 73% para reduzir consumo de GN em geral e

matérias primas

Consumo de Energia Eléctrica

Diminuição da disponibilidade de Recursos Naturais

Normal Composição/Fusão

Fabricação Manutenção

48

< 192 kwh/TVF

Emissão por fonte fixa Contaminação do

ar Normal Composição/Fusão

24 CO2 < 80.000 ton

NOx <800 mg/Nm3

Consumo de Água

Diminuição da disponibilidade de Recursos Naturais

Normal Composição/Fusão

Fabricação

24

<0.161 m3/TVF

Consumo de Energia Fusão

(Gas Natural)

Diminuição da disponibilidade de Recursos Naturais

Normal Fusão

64 < 1146 kwh/TVF

Aspectos Ambientais

INDIRECTOS

Impacte

Ambiental Situação Actividades

OBJECTIVOS

Controlo operacional

Consumo de combustíveis fósseis

Diminuição da disponibilidade de Recursos Naturais

Normal

Expedição Transporte de

produto acabado,matérias

primas

Sensibilização

Divulgação Regras e Boas Praticas e Política Integrada

Consumo de recursos naturais resultantes das actividades de fornecedores de matérias-primas

Diminuição da

disponibilidade de

recursos naturais

Normal Compras

Composição Fusão

Redução do consumo de matérias-primas (recurso

natural) Incorporação 73 % de casco

Aspectos e Impactes Ambientais Significativos 2014

Aspecto Ambiental

Não Significativo

Acções Preventivas e

de Melhoria

Aspecto Ambiental

Significativo

Objectivos e Metas Controlo

Operacional Plano de Emergência

Monitorização Acções

Correctivas

Registo dos Aspectos ambientais

significativos e não significativos,

directos e indirectos

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Emissão de gases provenientes de

escapes de veículos dos fornecedores

Contaminação

do ar Normal

Transportes do produto final

(Expedição) e de Matérias Primas (Composição)

Divulgação Regras

e Boas Praticas e Política Integrada

3. DESEMPENHO AMBIENTAL

Para produzir vidro de embalagem é necessário areia, soda, calcário, vidro reciclado, água e energia. De acordo com a sua Política, a

VERALLIA preocupa-se em fazê-lo da forma mais sustentável possível, assegurando a protecção do meio Ambiente e a eficiente

utilização dos recursos necessários. Cumprir os requisitos legais aplicáveis e demais exigências subscritas pela empresa, estabelecendo

mecanismos de prevenção, controlo de impactes e riscos, adoptando medidas consistentes com as Melhores Técnicas Disponíveis,

economicamente viáveis. Para atingir este objectivo, a VERALLIA exerce a sua actividade baseada em sistemas de Gestão Ambiental

certificados de acordo com a NP EN ISO 14001, desde 2002 e o registo no EMAS, desde 2003. Estes sistemas permitem ainda de forma

construtiva directa ou indirectamente, influenciar os seus fornecedores a terem em conta os impactes ambientais resultantes das suas

actividades. Os valores apresentados nesta Declaração têm por base o ano de 2006, ao qual foi atribuído o índice de referência de

100%. Procedeu-se a obras de beneficiação nas Torres de Refrigeração em 2012 , no sentido de diminuir as perdas de água utilizadas

no processo, optimizando este recurso natural, optimização do circuito de águas Etari - Fábrica para aumento da quantidade de água

recirculada, bem como a recuperação da água da chuva para refrigeração contribuíram igualmente para a redução do consumo de água.

Por outro lado, em 2014 procedeu-se à reparação do Forno 1 com a substituição do refractário que irá contribuir para uma diminuição do

consumo de GN neste forno.

UMA TONELADA VIDRO FUNDIDO (2014)

Na identificação dos aspectos ambientais significativos resultantes do fabrico e comercialização de embalagens de vidro, a VERALLIA propõe

Objectivos e Metas para minimizar os impactos ambientais associados.

Matérias primas

Areia: 0.205 ton Casco: 0.583 ton Óleos: 0.000332 ton Moldes: 0.0002686 ton Embalagem: 0,002963 ton

Emissões Gasosas:

Metais Pesados: 0,0008921 Kg Partículas: 0,1x10-6 Kg

SOx: 0,7 x10-1Kg NOx: 0.5191868 Kg

CO2 : 303 Kg CO: 9,79 x10-2Kg F-: 0,163x10-2Kg

CL: 0,20846x10-2Kg COT: 0,817x10-2Kg

Efluente Industrial: Volume = 0.00444 m3

CQO:4,23x10-7 ton SST: 5,96 x10-8 ton

Ferro Total :3.22x10-10 ton Óleos e Gorduras:1.46x10-8 ton

CBO5 : 7.11 x10-8t Hid.Saturados:7.22x10-9 t

Resíduos Perigosos: 2.59x10-3 ton

Não Perigosos: 8.95x10-3 ton

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3.1 - Objectivos e Metas Ambientais para minimizar os Aspectos Significativos

Objectivos

(relativos aos

Aspectos ambientais

Directos)

Metas

Acções Prazo

SITUAÇÃO 2014

Consumo de

combustíveis fosseis por

ton vidro fundido.

Incorporação de casco

na composição.

≥ 73% Optimização do processo de fusão.

20

14

75 %

Redução do Consumo de energia eléctrica

por TVF

<192

Kwh/ton VF

Aumento da % casco.

Optimização do processo de fusão.

E2 – Grupo trabalho de redução

consumo de Energia

189.4 Kwh

Consumo energia Fusão (GN)

<1146

KWh/tonVF

Aumento da % casco.

Optimização do processo de fusão.

1117 KWh/tonVF

Redução das Emissões de CO2 e

NOx

<80.000 ton

<800

mg/Nm3

Optimização processo de combustão

CO2 = 75 927 ton

Nox =760 mg/Nm3

Redução do Consumo de água (furos)

<0.161

m3/ ton TVF

Optimização do circuito de refrigeração.

Utilização do tanque para recepção de

águas pluviais.

Aumento da % de água recirculada

0.129 m3 /ton VF

Objectivos e Metas Ambientais para 2015

Objectivos Meta Aspecto Ambiental

Consumo de Energia Total Fabrica

< 1.498 kwh Consumo de Combustíveis

fósseis .Consumo de Energia eléctrica.

Consumo especifico de água (furos)

< 0.15 m3 Consumo de recursos naturais

Diminuição da produção de Resíduos de papel e cartão

< 100 Tn Produção de resíduos não

perigosos

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3.2 – Aspectos Ambientais Positivos

Até 2011 a VERALLIA manteve a tendência, no aumento da % de casco introduzido na composição, o que se traduziu como em anos

anteriores numa diminuição de consumo de matérias-primas virgens, numa redução do consumo energético (já que as temperaturas

são mais baixas) e ainda na diminuição das emissões para a atmosfera. Em 2012, verificou-se uma ligeira descida neste valor, devido

à escassez e qualidade de casco existente quer no mercado externo quer no mercado interno. Em 2013 apesar de vários esforços na

procura de casco no mercado interno e internacional, não se conseguiu aumentar a % de casco introduzida no processo de fusão

relativamente ao ano anterior, pela escassez deste recurso e pela qualidade que o mesmo exige para poder ser consumido no

processo de fabrico.Em 2014 a situação melhorou ligeiramente, não só no que diz respeito à quantidade de casco disponível no

mercado como também à qualidade do mesmo.

A VERALLIA está ainda autorizada a valorizar resíduos nos fornos de fusão, tais como as Lamas provenientes do tratamento do

efluente industrial e os resíduos sólidos resultantes do tratamento dos gases de combustão no ELECTROFILTRO e ainda a regar os

seus jardins com a água tratada da ETARI. Desta forma, contribui para a diminuição da contaminação do solo por deposição de

resíduos em aterros e redução do consumo de água. A VERALLIA privilegia também a valorização de resíduos através de medidas

como reincorporação, reciclagem ou reutilização face às alternativas de deposição final (como a deposição em aterro), pratica que se

tem mantido o longo dos últimos anos.

Nota: dados com referencia a valores de 2006 (100%)

3.3 – Consumo de Recursos

CASCO (VIDRO RECICLADO)

A VERALLIA preocupa-se com a preservação dos recursos naturais, nomeadamente matérias-primas e energia. Por este motivo a

quantidade de casco introduzida nos fornos de fusão tem vindo a aumentar e como consequência uma diminuição das emissões

para a atmosfera, apesar de em 2012 a quantidade introduzida ter baixado ligeiramente por escassez de casco no mercado com a

qualidade exigida para o processo de fabrico de vidro de embalagem. No entanto e relativamente ao sector, a VERALLIA continua a

evidenciar de forma destacada essa tendência.

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Fonte dados do sector: AIVE (Associação Industrial de Vidro de Embalagem)

Areia

Sendo a areia um recurso natural, podemos constatar que o aumento de consumo de casco contribui de forma positiva para a diminuição

no consumo deste recurso. Em 2007 a situação é ligeiramente diferente pelo facto de se ter aumentado a quantidade de vidro fundido e à

má qualidade e escassez do casco externo que nos obrigou a reduzir o seu consumo interno. No entanto nos anos seguintes, o consumo

de casco sofreu um aumento significativo contribuindo assim para a diminuição do consumo de recursos naturais (matérias primas) e

combustíveis fósseis. Em 2012 esta tendência não foi evidente pela mesma razão apresentada para 2007, baixa qualidade do casco

externo, tendo a situação melhorado ligeiramente em 2013 e 2014.

Nota: dados com referencia a valores de 2006 (100%)

Página 13 de 29

Nota: dados com referencia a valores de 2006 (100%)

Nota: dados com referencia a valores de 2006 (100%)

ÁGUA

A VERALLIA dispõe de dois furos de captação cumprindo os limites que lhe estão associados, captação instantânea e volume máximo de

extracção mensal, sendo esta a origem da água utilizada para o processo de fabrico. A água realmente captada em 2011, representa 7.4%

do limite legal de captação. Relativamente ao volume de água captada, a VERALLIA tem vindo a reduzir o seu consumo, através de uma

maior reutilização da água. Em 2006 verificou-se um aumento deste consumo principalmente devido à reconstrução do Forno 1 e às

consequentes alterações do Layout. Em 2007 este valor diminui de forma significativa em consequência das medidas adoptadas

internamente para a sua racionalização . Em 2008 com a reconstrução do Forno 2 este valor subiu, ligeiramente, sendo que a água

captada foi de 69.531 m3. Desde 2008 que o consumo de água tem vindo a ser reduzido, essencialmente devido a medidas de controlo

operacional e à construção de tanques para o reaproveitamento das águas pluviais no processo, conforme sucedeu em 2012 e 2013. Em

2014, a reutilização das águas pluviais aumentou tendo como consequência uma diminuição da água captada.

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Foram consumidos 13 607m3 da água da rede, utilizada na aplicação do tratamento superficial a frio das garrafas (processo produtivo) ,

banhos dos colaboradores e uso sanitário.

Nota: dados com referencia a valores de 2006 (100%)

Nota: dados com referencia a valores de 2006 (100%)

Em 2009 foram tomadas medidas internas para evitar o seu desperdício, tais como o aumento do tanque pulmão à saída da ETARI. No

entanto, devido à situação económica internacional a quantidade de vidro fundida em 2009 foi inferior ao previsto pelo que o consumo

específico deste recurso aumentou ligeiramente. Em 2010 o valor específico do consumo de água por vidro fundido voltou a diminuir tendo

em conta a optimização da água reutilizada que foi cerca de 96 %. Em 2011 foi construído um tanque para recepção de águas pluviais que

passou a ser incorporada no processo. Esta medida permitiu a redução do consumo de água captada, sendo que em 2014 o volume de

água reutilizada atingiu os 97 %.

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ENERGIA

(Energia Eléctrica e Gás Natural)

A maior parte da energia consumida no processo de fabrico é proveniente do gás natural e da energia eléctrica, não havendo consumo

de energias renováveis.A partir de 2006 com a reparação do Forno 1 e a aquisição de equipamentos de maior eficiência contribuíram

para uma diminuição do consumo de energia eléctrica e gás natural, situação que se repetiu em 2008 com a reconstrução do forno 2.

Esta situação não se mantém em 2009 devido à situação económica internacional que nos obrigou à paragem de linhas de produção o

que contribui para o aumento do consumo específico (Mhh/TVF), apesar do aumento da % de casco incorporado ter aumentado. Em

2010 o consumo específico já apresentou melhores resultados pelo facto de não ter havido a necessidade comercial de parar linhas de

produção e de se ter ajustado o processo para a redução do consumo de energia. Esta situação repetiu-se em 2011, pelo que a

tendência no consumo de energia total se manteve. No entanto, em 2013, apesar de melhorias na qualidade do casco adquirido

relativamente a 2012, o seu consumo foi inferior relativamente ao expectável, em detrimento do recurso natural como a areia. Por outro

lado, verificou-se ainda uma tendência do mercado, solicitado pelos nossos Clientes, para o fabrico de modelos mais leves,

nomeadamente no segmento das cervejas. Estas duas situações contribuíram de forma significativa para o aumento do consumo de

energia por tonelada de Vidro Fundido. A partir de 2014, tendo em conta a reparação do Forno 1, é expectável uma diminuição do

consumo de GN.

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90

95

100

105

110

115

120

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

100

113

106107

113 113

116114 114

Consumo de Energia

% (Energia: 2006)

Nota: dados com referencia a valores de 2006 (100%)

84

86

88

90

92

94

96

98

100

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

100

98

95 96

90 90

94

9796

Consumo de Energia

% (MWh energia/ ton VFundido: 2006)

Nota: dados com referencia a valores de 2006 (100%)

3.4 – Descarga de Efluentes

EMISSÕES LÍQUIDAS

A VERALLIA utiliza métodos de tratamento de efluentes industriais não apenas para cumprir os limites de descarga estipulados na

Licença de Utilização do domínio hídrico, mas também para minimizar os impactes ambientais resultantes da sua actividade. Os quadros

seguintes mostram os valores de descarga à saída da ETARI desde 2008 até ao primeiro semestre 2010, de acordo com LA nº 194/2000

e a partir do 2º semestre de 2010, de acordo com Licença de Utilização dos Recursos Hídricos para a rejeição de águas residuais n.º

627/2010, anexa à nova Licença Ambiental nº 380/0.2/2010. Os resultados das monitorizações relativas aos efluentes líquidos, de 2014

encontram-se de acordo com tabela seguinte tendo em 2014, sido descarregado para o Rio Mondego 1111 m3 de efluente.

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Parâmetros Limite Legal (LA)

2014 (1ºT)*

2014 (2ºT)*

2014 (3ºT)*

2014 (4ºT)*

PH (Escala

Scorensen) 6,5 - 9

7.9

7.9

8.4

6.7

SST (mg/l)

<30

6.6

21

16

<10

CQO (mg /l O2)

<130

130

100

100

51

Óleos e gorduras

(mg/l) <15

<3

<0.5

<3

9.3

CBO5

(mg /l O2) <25

10

14

23

17

Hidrocarbonetos

Totais (mg/l)

<10

<3

<0.5

<3

<2,7

Ferro (exp Fe) (mg/l)

<2

<0.05

0.14

<0.05

<0.05

Fósforo Total (exp. P)

mg/l < 10

<2

0.24

<2

0.10

Azoto total mg/l

15

<3

3.6

<3

2.4

*) Estes dados são à saída da ETARI.

EMISSÕES PARA A ATMOSFERA

POR FONTE FIXA

A VERALLIA tem vindo a reduzir a carga poluente das suas emissões para a atmosfera ao longo dos anos. O uso de combustíveis

fósseis contribui para a emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) que se vão acumulando na atmosfera. Na produção do vidro de

embalagem, o CO2 é o gás com impacto mais significativo e, ao longo dos anos, a VERALLIA tem tido a preocupação em adoptar

medidas no sentido de diminuir o consumo de combustíveis fósseis ao introduzir cada vez maiores quantidades de casco na sua

composição. A VERALLIA, assim como a comunidade internacional, também se preocupa com este aspecto pelo que apostou

fortemente em medidas preventivas primárias:

Optimização da combustão através da regulação dos queimadores;

Utilização de gás natural em detrimento de outros tipos de combustíveis fósseis;

Aumento da incorporação de casco;

Desactivação de algumas fontes de emissão.

Instalação de electrofiltro em 2007

Optimização processo de fusão

Queimadores de baixo Nox

Existem outros poluentes tais como metais pesados que não são significativos por serem emitidos em quantidades muito pequenas.

Apresentam-se os valores semestrais monitorizados em cada uma das Chaminés dos 2 fornos de Fusão, desde 2012, encontrando-se

todos os valores abaixo dos limites legalmente definidos.

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Nota: A partir de 2010, os valores referem-se a uma média dos resultados dos dois fornos, salvaguardando-se sempre o cumprimento individual dos

VLE . Os gases N2O, HFC, PFC e SF6 de acordo com a Licença Ambiental não são monitorizados, tendo em conta o processo em causa não sendo

possível a sua monitorização de forma directa.

0

300

600

900

1200

1500

1800

2100

2400

2700

mg

/Nm

3

SOx

Licença Ambiental

Página 19 de 29

0100200300400500600700800900

1000

mg

/Nm

3

CO

Licença Ambiental

Efluentes Gasosos

ANO 2014 (kg/ton VF)

Partículas 0,0000001

SOx 0,0707

NOx 0.519

Em 2014 a emissão de Flúor foi a seguinte:

1ºSem

2014

(mg/Nm3)

2ºSem

2014

(mg/Nm3)

LIMITE

Flúor 1.16 (F1+2)

3.60 (F2+1)

4.7 (F1+2)

0.89 (F2+1)

<5

Nota: a partir de 2007 as emissões para a atmosfera provenientes da Sala de Lavagem de Peças e da Arca da Serigrafia, passaram a ser monitorizadas de 3 em 3 anos,

de acordo com carta enviada à CCDRC (2/5/2007), tal como previsto no artigo 19º do DL n.º 78/2004 e Portaria nº 80/2006. De acordo com nova LA n.º 380/0.2/2010 foi realizada monitorização para a fonte FF4 (Serigrafia) em 2012. A Fonte FF6 (Sala de Lavagem de Peças) dispensa monitorização enquanto o seu regime de funcionamento se mantiver inalterado (tempo de utilização inferior a 500 horas anuais). Em 2014 não se procedeu à monitorização da fonte FF9 (despoeiramento de moldes) uma vez que este ensaio foi realizado em 2013 conforme indica a LA , encontrando-se dentro de especificações.

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O sector do vidro de embalagem, no qual se inclui a VERALLIA, está abrangida pela Directiva da União Europeia, sobre o regime de

Licenças e Comércio de Emissões de Gases com Efeito de Estufa e que visa controlar estas emissões, estabelecendo um regime de

licenças e de comércio das mesmas. Em Portugal a aplicação desta Directiva é realizada através do Plano Nacional de Licenças de

Emissão (PNALE). Os valores emitidos pela VERALLIA, verificados e validados desde 2007 são os seguintes:

ANO

EMISSÕES ANUAIS DE CO2 (ton)

2007 79 989

2008 80 640

2009 74 637

2010 76 348

2011 74 466

2012 78 373

2013 77 107

2014 75 931

Relativamente às emissões de Gases com Efeito de Estufa verifica-se que o CO2, é o que contribui de forma mais significativa, sendo

que o mesmo tem vindo a diminuir, resultante das medidas adoptadas pela VERALLIA. O gráfico seguinte analisa os contributos do CO2,

HFC e SF6 enquanto GEE, sendo de salientar que não existem registos de emissões de HFC e SF6.

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POR FONTE DIFUSA Apesar de não serem quantificáveis, as emissões para a atmosfera por fonte difusa são mais notórias no sector da composição de

matérias-primas. Este aspecto ambiental sofreu medidas correctivas, nomeadamente a humidificação da composição, colocação de

filtros novos e sua manutenção em todos os silos de armazenamento de matérias-primas, bem como aplicação de coberturas nas telas

transportadoras de matérias-primas e casco. Também a descarga de casco através da ponte grua sofreu recentemente medidas

correctivas de humidificação para minimizar as emissões difusas e mantém-se um sistema de despoeiramento de Cromita na

composição do Forno 2 com o objectivo de diminuir as emissões difusas neste local e que se têm mantido.

3.5 – Produção de Resíduos

0s resíduos gerados na VERALLIA são quantificados e qualificados em função do seu processo de eliminação, reciclagem ou

incineração. Os resíduos de vidro resultantes d processo que representam a maioria dos resíduos totais, são valorizados internamente.

A quantidade de resíduos industriais perigosos (RIP) é muito inferior à quantidade de resíduos industriais banais (RIB). No entanto, os

valores de 2006 tanto de RIB como RIP, aumentaram devido à obra de construção do novo forno 1, o que originou um aumento de

resíduos de construção e demolição e sucata, mas inferiores ao valor previsto de 3.000 tn. Em 2007, o total de resíduos já apresenta

valores mais baixos. Em 2008, a quantidade de resíduos aumentou devido à obra de reconstrução do Forno 2 e consequente aumento

de resíduos refractários. Desde 2009 até 2012 os valores apresentam uma tendência de redução da quantidade total de resíduos

produzidos (perigosos e não perigosos) excepto em 2013. Neste ano o aumento deveu-se a resíduos resultantes de obra civil de

manutenção de infra-estruturas e não directamente relacionada com o processo de produção de vidro de embalagem. O aumento de

residuos verificado em 2014 deve-se à reparação do Forno 1, em consequência da substituição de refractário e obra civil associada a

esta reparação.

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ANO

TON RESÍDUOS PERIGOSOS /TON VF

TON RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS/TON VF

2014

2.59x10-3 8.95x10-3

RESIDUOS VALORIZADOS INTERNAMENTE

179189

131 126

179

362376

390

0

100

200

300

400

500

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

RESÍDUOS VALORIZADOS INTERNAMENTE

Lamas (TON)

Página 23 de 29

117

274

370

338

433

309

369379

0

100

200

300

400

500

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

RESÍDUOS VALORIZADOS INTERNAMENTEElectrofiltro (TON)

RESÍDUO

2015

TON RESIDUO/TON VIDRO

FUNDIDO

Casco 0.583

Lamas 1.56x10-3

Resíduos electrofiltro 1.49x10-3

3.6 – Produção de Ruído

As instalações da VERALLIA encontram-se localizadas numa zona mista com alguma densidade habitacional envolvente, daí este factor

ser de extrema importância. Apesar de cumprir a legislação vigente relativamente ao ruído, nos períodos diurno e nocturno, a VERALLIA

continua a investir neste aspecto ambiental no sentido de reduzir o desconforto provocado pelo ruído, numa perspectiva de melhoria

contínua. Após as obras de reparação do forno 2, procedeu-se em 2009 a nova monitorização de ruído de acordo com o Regulamento

Geral do Ruído, aprovado pelo DL n.º 9/2007. Tendo em conta a alteração ocorrida num dos fornos de fusão, mesmo não sendo

considerada alteração substancial, a VERALLIA realizou uma monitorização de ruído ambiental adicional que evidencia o cumprimento dos

requisitos legais estabelecidos por este diploma. Dos dois pontos receptores considerados como potencialmente mais afectados, a unidade

fabril em avaliação cumpre todos os requisitos legais aplicáveis a ruído impostos pelo RGR – Regulamento Geral do Ruído, aprovado pelo

D.L. n.º 9/2007. Em 2014 não ocorreram alterações na instalação consideradas significativas, pelo que não se procedeu a nenhuma

análise de ruído.

3.7 – Aspectos Associados ao Transporte

O transporte é um dos aspectos ambientais indirectos da VERALLIA. Não existe nesta empresa um sistema de transporte próprio para

expedir o produto final. Este serviço é realizado exclusivamente por empresas contratadas, tentando optimizar o espaço de carga

disponível, bem como o número de veículos em trânsito. Por outro lado, a VERALLIA tem procurado diminuir o consumo de paletes e

material de embalagem associado, para as mesmas toneladas de vidro produzidas no sentido de minimizar este aspecto ambiental

indirecto, preocupação que se tem vindo a manifestar ao longo dos anos, conforme se pode verificar no gráfico seguinte ( %Kg/palete

referidos a toneladas de Vidro Bom).

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Nota: dados com referencia a valores de 2006 (100%)

4. ACIDENTES AMBIENTAIS E SUA PREVENÇÃO

A VERALLIA possui um Plano de Emergência Interno que definiu as medidas necessárias para prevenir e ter capacidade de resposta a

potenciais situações de emergência, capacitando os colaboradores para intervirem de uma forma rápida e eficiente, através de acções

de formação e participação em simulacros. Em 2014 não se verificaram acidentes ambientais, tendo-se realizado um simulacro sobre

alarmes gerais de fábrica.

5. COMUNICAÇÃO

A Comunicação Interna permite informar sobre a evolução e o progresso do Sistema de Gestão Integrado e outros assuntos de interesse,

de forma a constituir um diálogo aberto e transparente com o envolvimento de todos os colaboradores e, ao mesmo tempo, potenciar a

motivação dos mesmos para o sucesso da Organização nomeadamente para a resolução de Não Conformidades. Uma das formas de

Comunicação Interna praticada é a realização de reuniões diárias e trimestrais de informação geral. Desta forma, há uma maior

consciência para os problemas da Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho e Segurança Alimentar e IDI (Inovação,

Desenvolvimento e Investigação).

É através da Comunicação Externa que a Comunidade local, Clientes, Consumidores e demais Partes Interessadas tomam conhecimento

do desempenho da Organização, nomeadamente no cumprimento da legislação aplicável.

Esta Comunicação a é realizada de várias formas:

Distribuição oficial da Declaração Ambiental;

Distribuição das normas de conduta interna aos fornecedores, visitas, etc

Folhetos de sensibilização no âmbito do Sistema de Gestão Integrado;

Acções de Formação aos colaboradores e Jornadas Internas

Site da VERALLIA;

Visitas escolares, Clientes, seguradoras, etc;

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Auditorias Internas e Externas

Intranet Grupo

Newsletter

Jornadas Internacionais de Segurança

Mês da Solidariedade

Campanha saúde e bem estar

Dia Mundial do Ambiente

Mês da família Verallia

Mês da Ergonomia

Lançamento de prémios Inovação Verallia

Sistema de IDI com registo de ideias

A formação, sensibilização e as competências são factores determinantes e decisivos na aplicação da Política Integrada e no

funcionamento do seu Sistema de Gestão. Para tal, é estabelecido um Plano Anual de Formação, através da identificação das

necessidades internas. A VERALLIA tem também a preocupação de estabelecer protocolos com alguns estabelecimentos de ensino,

possibilitando a realização de estágios curriculares nas mais diversas áreas. Em 2014 foram ministradas 11297 horas de Formação e

realizaram-se 10 estágios curriculares e profissionais. No sistema de gestão IDI (NP 4457) foram registadas ideias relacionadas com o

Ambiente, tais como: criação de Big Bags para recolha de casco (linhas de clientes), sistema para evitar o envio de material ferroso para

os fornos de fusão e alteração material de embalagem de produto final no sentido de diminuir residuos (queda de garrafas durante

paletização).

6. BIODIVERSIDADE Os dados relativos à utilização de solos, é de 62 666 m2, mantendo-se o valor relativamente ao ano anterior, sendo 0.253m2/ton Vidro

fundido, o indicador básico da biodiversidade relativamente a 2014.

7. CUMPRIMENTO LEGAL A VERALLIA dispõe de um mecanismo de identificação e actualização periódica dos requisitos legais e outros associados à sua

actividade. A verificação do cumprimento dos requisitos legais e outros aplicáveis é assegurado através das avaliações de conformidade

e auditorias de diversas partes. Como diplomas, na área ambiental, mais relevantes para a actividade da VERALLIA realçamos os

seguintes diplomas: DL n.º 233/2004, de 14 de Dezembro que estabelece o regime de Comércio de Licenças de Emissão de Gases com

Efeito de Estufa (GEE) na comunidade europeia, o DL n.º 194/2000, de 21 de Agosto relativo à Prevenção e Controlo Integrado da

Poluição (PCIP). Em 2010 a VERALLIA renovou a Licença Ambiental nº 380/0.2/2010, de 6 de Setembro e o Licenciamento de

Exploração Industrial n.º 1/2010 – REAI, de 14 de Dezembro em consequência da alteração ocorrida num dos fornos de fusão.

A VERALLIA identifica os requisitos legais associados aos aspectos ambientais resultantes das suas actividades assim como procede a

avaliações periódicas aos mesmos requisitos, relacionados com os aspectos ambientais significativos. Em 2012 verificou-se uma

inspecção da IGAMAOT, tendo sido necessário proceder a duas correcções operacionais identificadas como não conforme (contratos

com fornecedores de casco importado e actualização da Licença de armazenamento de combustíveis). No decorrer de 2014 não se

verificaram inspecções.No que diz respeito ao processo de renovação do licenciamento dos armazenamento de combustíveis ( Proc:

0062/6/5/96) foram efectuadas todas as correcções necessárias de forma a se obter a respectiva licença ainda em 2014, assim como foi

renovada a Licença de Descarga de águas residuais.

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Em 2014 com relevância para a Verallia foi publicada a seguinte Legislação:

AR E EFLUENTES GASOSOS - FLUIDOS REFRIGERANTES E OUTROS GASES FLUORADOS

Decreto-Lei n.º 85/2014 de 27 de maio

Assegura a execução na ordem jurídica interna das obrigações decorrentes do Regulamento (CE) n.º 1005/2009, do Parlamento Europeu

e do Conselho, de 16 de setembro de 2009, relativo às substâncias que empobrecem a camada de ozono.

Regulamento (UE) nº 517/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de abril

Relativo aos gases fluorados com efeito de estufa e que revoga o Regulamento (CE) nº 842/2006. Entra em vigor a 1 de Janeiro de 2015.

RESÍDUOS Portaria n.º 40/2014 de 17 de fevereiro

Estabelece as normas para a correta remoção dos materiais contendo amianto e para o acondicionamento, transporte e gestão dos

respetivos resíduos de construção e demolição gerados, tendo em vista a proteção do ambiente e da saúde humana.

8.GLOSSÁRIO

AIVE Associação de Industriais de Vidro de Embalagem

Casco Designação utilizada na indústria para o vidro reciclado. Este pode ser proveniente das rejeições do processo

produtivo - Casco interno, ou adquirido a entidades de recolha e tratamento - Casco externo.

Conformação Processo de transformação da gota de vidro em recipientes.

EMAS

Designação Inglesa de “Environmental Management and Audit Scheme”. Sistema criado em 1993 pela

União Europeia (Regulamento CE n.º1221/2009 de 25 de Novembro), vulgo EMAS. Os dados existentes

nesta declaração são referentes ao ano 2010 permitindo a participação voluntária e o registo das empresas

industriais que possuam um Sistema de Gestão Ambiental a funcionar em obediência a determinadas regras e requisitos fixados naquele Regulamento.

ETARI Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais

FEEDERS Canais que transportam o vidro do forno de fusão para as máquinas de conformação

FEP Factor Emissão Ponderado

Fluoretos Compostos de Flúor.

FORNO REGENERATIVO Tipo de forno de fusão de vidro, baseado no re -aquecimento do ar de combustão, capaz de proporcionar uma

poupança energética significativa.

NOx Óxidos de azoto.

NP EN ISO 14001 Norma Europeia que traduz as especificações e linhas de orientação para utilização do Sistema de Gestão

Ambiental.

Pb Chumbo.

pH Escala de medida do grau de acidez das substâncias.

Partículas Cinzas resultantes do processo de combustão.

Recozimento Método de eliminação de tensões internas no vidro.

VERALLIA VERALLIA, SA

SO2 Dióxido de Enxofre.

SST Sólidos Suspensos Totais

Vº Fº Vidro Fundido

TVF Toneladas de Vidro Fundido

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9. Validação da Declaração Ambiental

DECLARAÇÃO AMBIENTAL VALIDADA POR

DE ACORDO COM O REGULAMENTO (CE) Nº 1221/2009

Nº DE ACREDITAÇÃO COMO VERIFICADOR AMBIENTAL

ES-V-0001

Data de validação:

Avelino BRITO MARQUINA

Diretor Geral de AENOR

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