declaração de conflitos de interesse -...

57
Declaração de Conflitos de Interesse Nada a declarar. Elias Fernando Miziara - DF

Upload: nguyenhuong

Post on 18-Feb-2019

221 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Declaração de Conflitos de Interesse

• Nada a declarar.

•Elias Fernando Miziara - DF

MR – A biologia viral na indução do câncer por HPV

Epidemiologia no BrasilDr. Elias Fernando Miziara

Lesâo provocada por HPV Lesâo provocada por HPV

HPV no colo uterino forma aplanada

HPV na mão forma condilomatosa

HPV no freio da língua forma condilomatosa

HPV no pênis forma condilomatosa

Condiloma perianal

HPV no colo uterino forma condilomatosa

HPV vulva forma condilomatosa

HPV na parede vaginal forma condilomatosa

HPV na vulva forma condilomatosa

HPV na vulva - forma condilomatosa

HPV na vulva

HPV na vulva

a NIC= neoplasia intra-epitelial cervical

Adaptado de Goodman A, Wilbur DC. N Engl J Med 2003;349:1555–1564.

Colo uterinoColo uterinonormalnormal

InfecInfecçãção pelo HPV/o pelo HPV/NICNICaa 11

CCââncer do colo do ncer do colo do úútero/NIC 2/NIC 3tero/NIC 2/NIC 3

Partículas virais infecciosas

Liberação perinuclear (coilocitose)

DNA viral integrado

Epissomo

Novas partículas virais infecciosas

EliminaEliminaçãção dos vo dos víírus rus ––ccéélulas epiteliais lulas epiteliais sobrecarregadassobrecarregadas

EpitEpitéélio normallio normal

SuperfSuperfíície do colo do cie do colo do úútero tero

Membrana basalMembrana basal

CCéélulas basaislulas basais(tronco)(tronco)

CCéélulas lulas parabasaisparabasais

CamadaCamadaescamosa escamosa

CamadaCamadaescamosaescamosa

maduramadura

InfecInfecçãção das o das ccéélulas basais lulas basais

(E1 e E2)(E1 e E2)

DNA viral DNA viral epissomalepissomalno nno núúcleo da ccleo da céélula lula (E1 e E2, E6 e E7)(E1 e E2, E6 e E7)

ReplicaReplicaçãção do DNA o do DNA viral (E6 e E7)viral (E6 e E7)

Ajuntamento viralAjuntamento viral(L1 e L2)(L1 e L2)

.• .

• .• . ••

••

.

.•

• •. ••

• •

••

•• • •

EpitEpitéélio infectadolio infectado

Adaptado de Frazer IH. Nature Rev Immunol 2004;4:46–54.

PREVALÊNCIA DO HPVPREVALÊNCIA DO HPV

Estudos de caso-controle (IARC = 9 países)• 2288 casos de carcinoma escamoso• 141 casos de adenocarcinoma• 2513 casos-controle

DNA-HPV PRESENTE EM 90-98% DOS CASOS

Estudos de caso-controle (IARC = 9 países)• 2288 casos de carcinoma escamoso• 141 casos de adenocarcinoma• 2513 casos-controle

DNA-HPV PRESENTE EM 90-98% DOS CASOS

Bosch FX, 2001

PREVALÊNCIA DO HPVPREVALÊNCIA DO HPV

NA POPULAÇÃO GERAL (40 ANOS)• Espanha = 5%• Brasil, Colômbia, Tailândia, Filipinas = 13-20%• Europa e EUA = < 10%

Bosch FX, 1995

NA POPULAÇÃO GERAL (40 ANOS)• Espanha = 5%• Brasil, Colômbia, Tailândia, Filipinas = 13-20%• Europa e EUA = < 10%

Bosch FX, 1995

NAS MULHERES COM CIN

• 80-90%Schiffman M, 1993

NAS MULHERES COM CIN

• 80-90%Schiffman M, 1993

CARCINOGÊNESE CERVICALCARCINOGÊNESE CERVICALCARCINOGÊNESE CERVICAL

• Alta prevalência de infecção HPV-induzida em mulheres sexualmente ativas;

• Infecção por HPV oncogênico é fator necessário para a gênese do câncer cervical;

• Alta prevalência de infecção HPV-induzida em mulheres sexualmente ativas;

• Infecção por HPV oncogênico é fator necessário para a gênese do câncer cervical;

?? Pequena fração de mulheres infectadas com HPV oncogênicoscursarão com HSIL/câncer

Pequena fração de mulheres infectadas com HPV oncogênicoscursarão com HSIL/câncer

CARCINOGÊNESE CERVICALCARCINOGÊNESE CERVICALCARCINOGÊNESE CERVICAL

•CO-FATORES AMBIENTAIS

•CO-FATORES RELACIONADOS AO HOSPEDEIRO

•CO-FATORES RELACIONADOS AO HPV

•CO-FATORES AMBIENTAIS

•CO-FATORES RELACIONADOS AO HOSPEDEIRO

•CO-FATORES RELACIONADOS AO HPV

CARCINOGÊNESE CERVICALCARCINOGÊNESE CERVICAL

CO-FATORES AMBIENTAIS• Paridade• ACO• Fumo• Co-infecção com HIV• DST (Chlamydia, HSV 2)• Dieta

CO-FATORES AMBIENTAIS• Paridade• ACO• Fumo• Co-infecção com HIV• DST (Chlamydia, HSV 2)• Dieta

Castellsagué X, 2001Castellsagué X, 2001

CARCINOGÊNESE CERVICALCARCINOGÊNESE CERVICAL

CO-FATORES RELACIONADOS AO HOSPEDEIRO• Co-fatores relacionados à resposta imunológica (imunidade celular)• Genética - HLA (human leukocyte antigens)

CO-FATORES RELACIONADOS AO HOSPEDEIRO• Co-fatores relacionados à resposta imunológica (imunidade celular)• Genética - HLA (human leukocyte antigens)

Persistência da infecção viralPersistência da infecção viral

Castellsagué X, 2001; Cox J T, 2001Castellsagué X, 2001; Cox J T, 2001

CARCINOGÊNESE CERVICALCARCINOGÊNESE CERVICAL

CO-FATORES RELACIONADOS AO HPV• Genotipo• HPV- variante• Integração viral• Co-infecção com outros tipos de HPV• Carga viral

CO-FATORES RELACIONADOS AO HPV• Genotipo• HPV- variante• Integração viral• Co-infecção com outros tipos de HPV• Carga viral

Castellsagué X, 2001Castellsagué X, 2001

MODELO SIMPLIFICADO DE MODELO SIMPLIFICADO DE zurzur HausenHausenHPVHPVHPV

CO-FATORESCO-FATORES

CÉLULA NORMALCÉLULA NORMALCÉLULA NORMAL

CÉLULA MODIFICADACÉLULA MODIFICADACÉLULA MODIFICADA

DISPLASIADISPLASIADISPLASIA

CA IN SITUCA IN SITUCA IN SITU

CA INVASORCA INVASORCA INVASOR

PROG

RESS

ÃOPR

OGRE

S SÃO

PROG

RES S

ÃO

REGR

ESSÃ

ORE

GRES

SÃO

REGR

ESSÃ

O

CICLO LÍTICO VIRALCICLO LÍTICO VIRALCICLO LÍTICO VIRAL

CÉLULA BASAL CÉLULA BASAL (MICROTRAUMATISMO)(MICROTRAUMATISMO)NÃONÃO--PERMISSIVAPERMISSIVA

MULTIPLICAÇÃO MULTIPLICAÇÃO CELULARCELULAR

MATURAÇÃO MATURAÇÃO CELULAR

PERMISSIVAPERMISSIVACELULAR(MULTIPLICAÇÃO(MULTIPLICAÇÃO

VIRAL)VIRAL)

VÍRIONVÍRION

INFECÇÃOINFECÇÃO HPVHPV--INDUZIDAINDUZIDA

INFECÇÃO CLÍNICAINFECÇÃO CLÍNICA INFECÇÃO INFECÇÃO LATENTE

INFECÇÃO INFECÇÃO SUBSUB--CLÍNICACLÍNICA

HPV HPV ONCOGÊNICOONCOGÊNICO

LATENTE

HPV NÃOHPV NÃO--ONCOGÊNICOONCOGÊNICO

DNA VIRAL DNA VIRAL EPISSOMALEPISSOMAL

DNA VIRAL DNA VIRAL INTEGRADOINTEGRADO

LESÕES LESÕES ATÍPICAS

LESÕES LESÕES TÍPICAS

AUSÊNCIA AUSÊNCIA DE LESÃOTÍPICAS ATÍPICAS DE LESÃO

HPVHPV

• LATE REGION (L1 e L2) – genes que codificam as proteínas que compõem o capsídeo viral.

• EARLY REGIONE1 – replicação viralE2 – regulação da transcrição viralE6 – liga-se à ptn p53, levando à degradaçãoE7 – liga-se à ptn pRb, levando à degradação

• LATE REGION (L1 e L2) – genes que codificam as proteínas que compõem o capsídeo viral.

• EARLY REGIONE1 – replicação viralE2 – regulação da transcrição viralE6 – liga-se à ptn p53, levando à degradaçãoE7 – liga-se à ptn pRb, levando à degradação

INFECÇÃO VIRALINFECÇÃO VIRAL

POTENCIAL ONCOGÊNICO VIRALPOTENCIAL ONCOGÊNICO VIRAL

GENES SUPRESSORES DE TUMORESGENES SUPRESSORES DE TUMORES

• São genes antiproliferativos• Exercem controle negativo sobre o ciclo

celular• Perdem função por mutação, deleção de

cromossomas ou inativaçãoP53 - cromossoma 17PRb - cromossoma 13

• São genes antiproliferativos• Exercem controle negativo sobre o ciclo

celular• Perdem função por mutação, deleção de

cromossomas ou inativaçãoP53 - cromossoma 17PRb - cromossoma 13

Mecanismo

DNA danificado

↑ níveis da proteína p53

APOPTOSE Parada do ciclo na fase G1

Traduzido de Levine AJ. Scientific American SCIENCE & MEDICINE,2:28,1995.

Ação da p53 frente ao DNA danificado

Ação da p53 frente ao DNA danificado

DNA danificado

proteína p53 MUTADA

APOPTOSE DNA não pode ser reparado

Traduzido e adaptado de Levine AJ. Scientific American SCIENCE & MEDICINE,2:28,1995.

Não há parada do ciclo na fase G1, célula entra

na fase S do ciclo

Não ocorre

Ação da p53 mutada frente ao DNA danificado

Ação da p53 mutada frente ao DNA danificado

E7 HPV Rb E2F-DP1 Sequestro de Rb pela E7

ativado

Transcrição dos genes da fase S

E6 HPV

p53 inativadae degradada

EnzimasNucleotídios

As células infectadas não entram em apoptose,continuando no ciclo celular

Levine AJ, 1995Levine AJ, 1995

A inativação das proteínas p53 e A inativação das proteínas p53 e pRbpRbpelas proteínas E6 e E7 do HPVpelas proteínas E6 e E7 do HPV

Integração viralIntegração viral

DNA VIRALDNA VIRAL

CROMOSSOMA CROMOSSOMA HOSPEDEIROHOSPEDEIRO

HPV EPISSOMALHPV EPISSOMAL HPV INTEGRADOHPV INTEGRADO

Linearização DNA viralLinearização DNA viral

E1 e E2 E1 e E2

E6 e E7E6 e E7MATURAÇÃO CELULARMATURAÇÃO CELULAR

FORMAÇÃO CAPSÍDEO FORMAÇÃO CAPSÍDEO VIRAL (L1 e L2) NAS VIRAL (L1 e L2) NAS CÉLS. SUPERFICIAISCÉLS. SUPERFICIAIS

LESÃO BENIGNALESÃO BENIGNA

p53 e Rbp53 e Rb E1 e E2E1 e E2

E6 e E7E6 e E7CÉLULA INDIFERENCIADACÉLULA INDIFERENCIADA

AUSÊNCIA DE PTN TARDIAAUSÊNCIA DE PTN TARDIA

CÉLULA TRANSFORMADACÉLULA TRANSFORMADACÉLULA TRANSFORMADALESÃO MALIGNALESÃO MALIGNA

HPV - ESTUDOS DE COORTECONCLUSÕES

HPV - ESTUDOS DE COORTECONCLUSÕES

• Os HPV oncogênicos estão presentes em cerca de 85% das lesões de baixo grau.

• O HPV 16 variante desencadeia maior persistência deinfecção quando comparado ao HPV 16 Lesões de Alto Grau.

• HPV é necessário p/ o desenvolvimento e persistência das CIN.

• A infecção por HPV não confere imunidade contra nova infecção (mesmo tipo ou tipo diferente).

• Os HPV oncogênicos estão presentes em cerca de 85% das lesões de baixo grau.

• O HPV 16 variante desencadeia maior persistência deinfecção quando comparado ao HPV 16 Lesões de Alto Grau.

• HPV é necessário p/ o desenvolvimento e persistência das CIN.

• A infecção por HPV não confere imunidade contra nova infecção (mesmo tipo ou tipo diferente).

• Tempo de persistência da infecção por HPV de alto-risco é de 8 meses. Para o HPV 16 é o dobro do tempo.

• Dos mais de 35 tipos de HPV que acometem o trato genital inferior, 10 (16, 18, 31, 33, 35 , 45, 51, 52 , 58 e 59) estão relacionados c/ o câncer cervical, c/ RR > 30.

• Desaparecimento do HPV prediz a regressão das CIN.• A infecção por HPV precede em 10-15 anos o surgimento do câncer cervical.

• Tempo de persistência da infecção por HPV de alto-risco é de 8 meses. Para o HPV 16 é o dobro do tempo.

• Dos mais de 35 tipos de HPV que acometem o trato genital inferior, 10 (16, 18, 31, 33, 35 , 45, 51, 52 , 58 e 59) estão relacionados c/ o câncer cervical, c/ RR > 30.

• Desaparecimento do HPV prediz a regressão das CIN.• A infecção por HPV precede em 10-15 anos o surgimento do câncer cervical.

Bosch, FX, 2001; Cox, JT, 2001; Castellsagué X, 2001 Bosch, FX, 2001; Cox, JT, 2001; Castellsagué X, 2001

Segundo a OMS, cerca de meio milhão de mulheres desenvolvem Câncer

cervical por ano, em todo o mundo. Destas, mais de 250.000 morrerão da

deste Câncer prevenível.

MORTALIDADE NO BRASILTaxa (bruta e padronizada) de Mortalidade por Câncer de Colo

de Útero - 1980-1996

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

Anos

taxa

s

Taxa Bruta Taxa Padronizada(1) Taxa Padronizada(2)

Distribuição do número médio de óbitos por câncer do colo do úteDistribuição do número médio de óbitos por câncer do colo do útero, ro, conforme a faixa etária, para o período compreendido entre 1996 conforme a faixa etária, para o período compreendido entre 1996 e 1998.e 1998.

0100200300400500600700800900

5 a 14

anos

15 a

24 an

os25

a 34

anos

35 a

44 an

os45

a 54

anos

55 a

64 an

os65

a 74

anos

75 an

os e

mais

Faixa Etária

Núm

ero

méd

io d

e ób

itos

North43,86

Southeast18,23

Northeast33,14

South26,72

Incidences rates for Cervical Cancer per 100.000 women By regions –1999 (estimates )

Middle westMiddle west30,34

ATUALIDADE

1- A maioria dos casos de Câncer Cervical apresenta seqüência gênica do HPV, de onde hoje se diz nãoexistir CC sem HPV.

2- Todos os Programas de Prevenção de CC são fun-mentados no Teste de Papanicolaou, que é o únicoprojeto efetivamente testado e aprovado.

3- Há diferentes métodos para o Teste de Papanicolaou,sendo que o convencional ainda é o mais usado. ACitologia em Meio Líquido vem assumindo cada vezeste papel, agora em associação com a CH.

EFM-SBC

•• EDUCAÇÃO SEXUAL DOMÉSTICA E NAS ESCOLASEDUCAÇÃO SEXUAL DOMÉSTICA E NAS ESCOLAS•• CONSCIENTIZAÇÃO POPULACIONALCONSCIENTIZAÇÃO POPULACIONAL

RELAÇÃO HPV E CÂNCERRELAÇÃO HPV E CÂNCERIMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃOIMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO

•• MANUTENÇÃO E PERIODICIDADE DO PAPANICOLAOUMANUTENÇÃO E PERIODICIDADE DO PAPANICOLAOU•• VACINAÇÃO COMO PREVENÇÃO PRIMÁRIAVACINAÇÃO COMO PREVENÇÃO PRIMÁRIA•• DEVE HAVER UM ESFORÇO CONJUNTO NA ESTRATÉGIA DEVE HAVER UM ESFORÇO CONJUNTO NA ESTRATÉGIA

DA PREVENÇÃO DA PREVENÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DO CA DO CA CERVICALCERVICAL

•• QualQual a real a real eficáciaeficácia a a longolongo prazoprazo•• DeveDeve ser ser aplicadoaplicado dose de dose de reforçoreforço•• SeráSerá necessárionecessário a a inclusãoinclusão de de outrosoutros tipostipos de HPV de HPV

nana vacinavacina•• QuaisQuais osos benefíciosbenefícios de de vacinarvacinar mulheresmulheres adultasadultas•• PorquePorque nãonão vacinarvacinar tambémtambém homenshomens•• QualQual o o impactoimpacto sóciosócio--econômicoeconômico

( ( aceitaçãoaceitação e e custocusto atualatual ))

MUITO OBRIGADO!