decisÃo em recurso administrativo em licitaÇÃo … · 2018-11-12 · objeto: recurso...

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA Secretaria Geral de Administração e Planejamento SGAP Secretaria Executiva de Licitações e Contratos - SELICON Divisão de Licitações e Contratações Diretas DIVLICIT Comissão Permanente de Licitações - CPL Av. Presidente Dutra, 4229 Olaria CEP: 76.801-326 Porto Velho/RO Telefone/fax: (69) 3211 9162 - [email protected] www.tce.ro.gov.br Página 1 de 12 DECISÃO EM RECURSO ADMINISTRATIVO EM LICITAÇÃO Concorrência nº: 01/2018/TCE-RO Processo nº: 2009/2018/TCE-RO Objeto: Recurso Administrativo na fase de habilitação da Concorrência n° 01/2018/TCE-RO Senhora Secretária, Tratam os autos acerca do certame licitatório para reforma do Anexo III do TCE- RO, localizado no endereço: Av. Presidente Dutra, 4250, Olaria, Porto Velho/RO, em regime de empreitada por preço unitário, em conformidade com projetos, especificações técnicas e condições constantes no edital de licitação e seus anexos. Deflagrou-se, pois, o procedimento licitatório nos termos da Lei n° 8.666/93. A Licitação se encontra suspensa em razão de interposição de recurso pela empresa REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA, em face da decisão desta Comissão, que a inabilitou na Concorrência n° 01/2018/TCE-RO. Cumpre destacar que a decisão desta Comissão foi precedida de várias diligências, primeiramente quanto à qualificação econômico-financeira (balanço patrimonial) das licitantes, pelo que se observou que todas atendiam às exigências editalícias dispostas no item 7.4.3 do Edital, e, ainda, em diligência junto às empresas REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA e CMG ENGENHARIA E LOCAÇÕES LTDA ME, foram solicitados o envio de documentos hábeis à análise quanto à compatibilidade dos atestados de capacidade técnica apresentados na fase de habilitação com as exigências do Edital, conforme docs. 0029717 e 0030277. Atendendo ao solicitado, a licitante REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA apresentou cópia do contrato formalizado em relação ao objeto do atestado de capacidade técnica apresentado neste certame, bem como o contrato social consolidado da empresa Autenticação: JEFD-JAHA-BBIB-RXDJ no endereço: http://www.tce.ro.gov.br/validardoc. Documento de 12 pág(s) assinado eletronicamente por Paula I.A. Leite e/ou outros em 07/11/2018.

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Page 1: DECISÃO EM RECURSO ADMINISTRATIVO EM LICITAÇÃO … · 2018-11-12 · Objeto: Recurso Administrativo na fase de habilitação da Concorrência n° 01/2018/TCE-RO Senhora Secretária,

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA

Secretaria Geral de Administração e Planejamento – SGAP

Secretaria Executiva de Licitações e Contratos - SELICON

Divisão de Licitações e Contratações Diretas – DIVLICIT

Comissão Permanente de Licitações - CPL

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Telefone/fax: (69) 3211 9162 - [email protected]

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DECISÃO EM RECURSO ADMINISTRATIVO EM LICITAÇÃO

Concorrência nº: 01/2018/TCE-RO

Processo nº: 2009/2018/TCE-RO

Objeto: Recurso Administrativo na fase de habilitação da Concorrência n° 01/2018/TCE-RO

Senhora Secretária,

Tratam os autos acerca do certame licitatório para reforma do Anexo III do TCE-

RO, localizado no endereço: Av. Presidente Dutra, 4250, Olaria, Porto Velho/RO, em regime

de empreitada por preço unitário, em conformidade com projetos, especificações técnicas e

condições constantes no edital de licitação e seus anexos.

Deflagrou-se, pois, o procedimento licitatório nos termos da Lei n° 8.666/93. A

Licitação se encontra suspensa em razão de interposição de recurso pela empresa REGO E

MENDES CONSTRUÇÕES LTDA, em face da decisão desta Comissão, que a inabilitou na

Concorrência n° 01/2018/TCE-RO.

Cumpre destacar que a decisão desta Comissão foi precedida de várias diligências,

primeiramente quanto à qualificação econômico-financeira (balanço patrimonial) das licitantes,

pelo que se observou que todas atendiam às exigências editalícias dispostas no item 7.4.3 do

Edital, e, ainda, em diligência junto às empresas REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA

e CMG ENGENHARIA E LOCAÇÕES LTDA – ME, foram solicitados o envio de documentos

hábeis à análise quanto à compatibilidade dos atestados de capacidade técnica apresentados na

fase de habilitação com as exigências do Edital, conforme docs. 0029717 e 0030277.

Atendendo ao solicitado, a licitante REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA

apresentou cópia do contrato formalizado em relação ao objeto do atestado de capacidade

técnica apresentado neste certame, bem como o contrato social consolidado da empresa

Autenticação: JEFD-JAHA-BBIB-RXDJ no endereço: http://www.tce.ro.gov.br/validardoc.Documento de 12 pág(s) assinado eletronicamente por Paula I.A. Leite e/ou outros em 07/11/2018.

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contratante, doc. 0030032. A licitante CMG ENGENHARIA E LOCAÇÕES LTDA – ME

apresentou laudo fotográfico da obra referente ao atestado de capacidade técnica apresentado,

medição final da obra, ART da obra, contrato da obra, termo de recebimento definitivo da obra

e laudo técnico de conclusão da obra, doc. 0032438.

Avaliando os documentos de habilitação exigidos no edital, à luz dos princípios da

razoabilidade e do formalismo moderado, a Comissão Permanente de Licitações inabilitou as

empresas CMG ENGENHARIA E LOCAÇÕES LTDA – ME, REGO E MENDES

CONSTRUÇÕES LTDA e ELITE ENGENHARIA LTDA e habilitou as empresas A. C.

FAUSTINO EIRELI - EPP e CONSTRUTORA LV LTDA, doc. 0032584.

A empresa CMG ENGENHARIA E LOCAÇÕES LTDA – ME foi inabilitada por ter

apresentado atestado de capacidade técnica incompleto no quesito comprovação de experiência

na execução da parte lógica de reforma de órgão público ou de edificação corporativa (edifício

de escritórios ou similares) do tipo comercial. Desse modo, não preencheu as condições do

Edital, item 7.5.5, inciso I.

A empresa ELITE ENGENHARIA LTDA foi inabilitada por ter apresentado atestado

de capacidade técnica incompatível com as exigências do Edital, por se referir à construção de

prédio residencial, além disso, a empresa não apresentou Declaração de Elaboração

Independente de Proposta, nos moldes da IN n° 2°, de 16 de setembro de 2009, da SLTI/MPOG.

Desse modo, não preencheu as condições do Edital, item 7.5.5, inciso I, e item 7.8.1,

respectivamente.

A empresa REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA foi inabilitada por ter

apresentado atestado de capacidade técnica incompatível com as exigências do Edital, por se

referir à direção, coordenação e condução de obras para a conclusão de prédio comercial. Desse

modo, não preencheu as condições do Edital, item 7.5.5, inciso I.

As demais empresas foram habilitadas, em razão do atendimento de todas as condições

de habilitação constantes no Edital.

Diante desses fatores, esta Comissão lavrou a ata e concedeu o prazo para os

interessados interporem recurso, caso houvesse interesse, doc. 0032771. As peças apresentadas,

as produzidas na sessão e as originadas das diligências foram disponibilizadas no sítio deste

Tribunal de Contas, estando o processo disponível para vista aos interessados.

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DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO

A decisão proferida pela Comissão Permanente de Licitações quanto à fase de

habilitação da Concorrência n° 01/2018/TCE-RO, foi disponibilizada no DOeTCE-RO n° 1734,

de 18 de outubro de 2018, considerando-se publicada no dia 19.10.2018, primeiro dia útil

posterior à disponibilização, doc. 0032738.

Assim, nos termos da Lei de Licitações1, art. 109, I, “a”, abriu-se o prazo de 5 (cinco)

dias úteis para interposição de recurso em face da decisão desta Comissão, com início em

22.10.2018 e encerramento em 26.10.2018, doc. 0034971.

Em 24.10.2018 foi protocolado neste Tribunal, sob o n° 11012/18, o RECURSO

interposto pela licitante REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA, CNPJ n°

00.452.735/0001-56, em face da decisão desta CPL, doc. 0034236

O recurso da empresa foi recebido dentro do prazo legal para interposição de recurso,

sendo, portanto, TEMPESTIVO.

DAS RAZÕES DO RECURSO

Em sede recursal, alega a licitante, em síntese, que:

[...] Nobre Comissão Permanente de Licitações, a empresa REGO E MENDES

CONSTRUÇÕES LTDA foi inabilitada no certame de CONCORRÊNCIA n.°

01/TCE-RO/2018 sob o fundamento de ter apresentado Atestado de Capacidade

Técnica incompatível com as exigências do Edital, por se referir à "direção,

coordenação e conclusão", em descumprimento ao item 7.5.5, inciso I do

instrumento convocatório.

A expressão "por se referir à direção, coordenação e condução de obras para a

conclusão de prédio comercial, presume-se, foi o motivo do não cumprimento do item

7.5.5, inciso I, ocasionando a conseqüente inabilitação da empresa RECORRENTE

no certame.

Analisando o Atestado de Capacidade Técnico-operacional apresentado pela empresa

RECORRENTE, combinado com o Termo de Contrato de Execução de Obras juntado

1 Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:

I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:

a) habilitação ou inabilitação do licitante;

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pela empreiteira REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA, ab initio, pelo título,

já se observa que a RECORRENTE foi contrata [sic] para EXECUTAR serviços de

construções em benefício da contratante SLAASS ADMINISTRADORA LTDA.

Ainda, o Termo de Contrato de Execução, em sua cláusula primeira ("objeto"), obriga

a RECORRENTE “dirigir”, “coordenar” e “conduzir” obras de Engenharia Civil para

Conclusão de um Prédio Comercial com área de 8.215,00 m2 (oito mil, duzentos e

quinze metros quadrados) superando com folga o exigido de 1.000 m2 (mil metros

quadrados) previstos e exigidos pelo instrumento convocatório no seu inciso I,

subitem 7.5.5, item 7.5 da documentação relativa à Qualificação Técnica do certame.

Ademais, o Atestado de Capacidade Técnica emitido pela empresa MARCODIESEL

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA, com contratação da empresa (SLASS

ADMINISTRADORA LTDA) - ambas as pessoas jurídicas possuíam a mesma

representante legal à época, como pode ser visto nos documentos acostados quando

da habilitação - cumpre com todos os requisitos de maior relevância e valor financeiro

exigidos no Edital

O Atestado foi emitido por pessoa jurídica de direito privado (MARCODIESEL

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA, CNPJ de n.° 04.169.280/0008-93); a

empresa REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA desenvolve atividade

pertinente e compatível com o objeto do certame: atividade de Engenharia Civil;

possui acervo comprovando serviços com características, quantidades e prazos mais

complexos; indicou e elencou instalações, aparelhamento e pessoal técnico adequados

e disponíveis. Ora, cumpriu plenamente com os requisitos previstos no subitem 7.5.5

e inciso I do instrumento convocatório.

[...]A Comissão de Licitações do Egrégio Tribunal de Contas do Estado de Roraima

[sic] entendeu que as expressões "direção", "coordenação" e "condução", presentes no

Contrato de Execução da RECORRENTE, não envolveram a execução direta da obra

pela empresa REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA

A empreiteira RECORRENTE foi contratada por regime de administração de obra,

onde foi determinado que deveria dirigir, coordenar e conduzir a obra. Ou seja,

executá-la!

Com precisão técnica e rigidez intelectual, o contrato que alimenta o Atestado de

Capacidade Técnica-Operacional apresentado pela RECORRENTE foi baseado no

Glossário técnico do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas.

Dessa feita, não é porque a empresa REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA

não elencou a palavra "executar" que o seu Atestado de Capacidade Técnica se torna

imprestável. Há uma nomenclatura e linguagem técnica própria a cada ciência, o que

fez a RECORRIDA brilhantemente em seu contrato.

Em outras palavras, não se usa a palavra "executar" para provar a execução no

caso em tela, mas, sim, as previstas no Glossário Técnico pertencentes ao CREA.

[...] Como já dito alhures, o próprio Termo de Contrato entre as empresas contratante

SLASS ADMINISTRADORA LTDA e a empresa contratada REGO E MENDES

CONSTRUÇÕES LTDA fala em "execução de obras".

Ora, Nobre Comissão, que sentido faria a SLASS ADMINISTRADORA LTDA

contratar uma empreiteira para a construção de um prédio comercial se a mesma não

executasse os serviços de construção? Se a RECORRENTE não tivesse executado

todo o prédio comercial, que é objeto do seu Atestado de Capacidade Técnica, porque

a empresa contratante (MARCODIESEL IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA)

discriminaria detalhadamente cada etapa da obra como serviços executados pela

empresa REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA?

Pugna-se, assim, para que a ínclita Comissão diligencie junto ao Conselho Regional

de Engenharia e Agronomia do Estado do Amazonas para que averigue a

prestabilidade do Atestado apresentado pela RECORRENTE, bem como esclareça

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acerca do mal entendido sobre as terminologias técnicas não compreendidas pela

nobre Comissão. [grifo nosso]

[...]

Ao final, a recorrente solicitou que a Comissão Permanente de Licitações conhecesse

as razões do recurso apresentado e lhe desse provimento, a fim de que a licitante seja habilitada

para prosseguir no processo licitatório. E, caso a Comissão mantivesse sua decisão, que o

recurso seja encaminhado à autoridade superior competente.

A empresa não juntou aos autos qualquer prova documental.

DAS CONTRARRAZÕES

A Lei de Licitação estabelece que, interposto recurso, os demais licitantes deverão ser

comunicados para que no prazo de 5 (cinco) dias úteis possam impugná-lo, nos termos do art.

109, § 3°2.

No caso sob análise, as licitantes interessadas foram intimadas para interpor recurso

no dia 29.10.2018 (segunda-feira), tendo como prazo final para apresentação das contrarrazões

o dia 06.11.2018, conforme doc. 0034971.

Em 30.10.2018, em resposta, a licitante CONSTRUTORA LV LTDA renunciou,

expressamente, ao direito de apresentação de contrarrazão, conforme disposto no e-mail, doc.

0036772.

Em 5.11.2018, a licitante A. C. FAUSTINO EIRELI – EPP também renunciou,

expressamente, ao direito de apresentação de contrarrazão, conforme disposto no e-mail, doc.

0037163.

DA MANIFESTAÇÃO DA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÕES

A interposição tempestiva de recurso enseja o seu conhecimento, portanto, passaremos

a análise desse.

2 Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:

(...)

§ 3o Interposto, o recurso será comunicado aos demais licitantes, que poderão impugná-lo no prazo de 5

(cinco) dias úteis.

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Inconformada com a sua inabilitação na Concorrência n° 01/2018/TCE-RO, a

recorrente alega, em síntese, que promoveu a execução da obra objeto do atestado de capacidade

técnica apresentado, sendo compatível com as exigências do edital de licitação deste Tribunal;

que o contrato apresentado em sede de diligência, objeto do referido atestado, corrobora esse

entendimento; e que a palavra “coordenação”, descrita no Glossário Técnico próprio, engloba

a atividade profissional de “execução de obra”, inexistindo outra palavra para a designação

dessa atividade profissional.

Razão não assiste à recorrente! Vejamos!

A empresa novamente não comprova a compatibilidade do Atestado de Capacidade

Técnica apresentado com as exigências dispostas no Edital de Concorrência n° 01/2018/TCE-

RO.

Conforme o referido Edital, cabia às licitantes a apresentação de Atestado de

Capacidade Técnica nos seguintes moldes, dentre os critérios de habilitação:

Qualificação técnico-operacional

Atestado de Capacidade Técnica (ACT) em nome da licitante, emitido(s) por

pessoas jurídicas de direito público ou privado, onde comprove “aptidão para o

desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e

prazos com o objeto da licitação e indicação das instalações e do aparelhamento e do

pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem

como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se

responsabilizará pelos trabalhos”, conforme disposto no art. 30 da Lei n° 8.666/93.

Os atestados deverão demonstrar experiência em execução de obra com as

seguintes características:

I. Reforma de órgão público, ou de edificação corporativa (edifício de escritórios ou

similares), ambas do tipo comercial, com no mínimo 1.000,00m² de área reformada

ou construída, abrangendo: obras civis, instalações elétricas e lógica.

II. Os atestados serão aceitos somente quando houver a indicação do número da

ART/RRT que lhe deu origem ou acompanhado do acervo técnico do profissional,

referente ao atestado apresentado.

III. Será aceita a soma de até 2 (dois) atestados de pelo menos 500,00m² de serviço

executado.

[...]

Não obstante, a recorrente apresentou atestado de capacidade técnica compreendendo

expressamente as atividades de direção, coordenação e condução de obra, ou seja,

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incompatível com às exigências do Edital, por não ter demonstrado experiência em

EXECUÇÃO de obra.

O Anexo I – Glossário da Resolução n° 1.073/2016, que regulamenta a atribuição de

títulos, atividades, competências e campos de atuação profissionais aos profissionais

registrados no Sistema Confea/Crea para efeito de fiscalização do exercício profissional no

âmbito da Engenharia e da Agronomia, diferencia expressamente os termos: direção,

coordenação, condução e execução, dentre vários outros, nos seguintes moldes:

[...]

Condução – atividade de comandar a execução, realizada por outros responsáveis

técnicos, do que foi previamente determinado. (NR)

[...]

Coordenação – atividade exercida no sentido de garantir a execução da obra ou

serviço pelo responsável técnico segundo determinada ordem e método previamente

estabelecidos.

[...]

Direção – atividade técnica de determinar, comandar e essencialmente decidir durante

a consecução de obra ou serviço.

[...]

Execução – atividade em que o profissional, por conta própria ou a serviço de

terceiros, realiza trabalho técnico ou científico visando à materialização do que é

previsto nos projetos de um serviço ou obra.

[...]

Entende-se, pois, que a atividade profissional de “execução” não se confunde com as

demais atividades citadas.

Além disso, o contrato objeto do referido atestado comprova, mais uma vez, que a

empresa somente desempenhou as atividades profissionais de coordenação, condução e direção,

conforme cláusula nona do contrato.

A exigência de experiência em execução de obra contida no edital justifica-se dado o

interesse deste Tribunal em contratar uma empresa, por empreitada por preço unitário, que

deverá se responsabilizar pela execução completa de uma reforma, isto é, pela responsabilidade

técnica, pelos materiais, pela mão-de-obra, pelos trâmites burocráticos e administrativos, e por

todas as demais responsabilidades ligadas intrinsicamente à execução da obra.

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Nesse aspecto, a licitante não comprova experiência na execução de importantes áreas

operacionais, tais como gestão de aquisição de materiais e gestão de recursos humanos e

equipamentos. Conforme o contrato apresentado pela empresa, resta comprovado nos autos que

tais encargos figuraram exclusivamente a cargo da CONTRATANTE:

Trecho do contrato celebrado entre CONTRATADA e CONTRATANTE que

demonstra que a CONTRATANTE era responsável pela aquisição de

materiais e contratação/gestão da mão-de-obra.

A jurisprudência dos Tribunais de Contas acerca de capacidade técnica-operacional

leciona que a exigência de experiência em execução de obra tem como objetivo garantir que as

futuras contratadas da Administração Pública tenham capacidade operacional de executar

adequadamente o objeto. Isto é, elas devem dispor de capacidade gerencial de

operacionalização integral do empreendimento, de modo a adimplir o objeto.

Nesse sentido, é cabível a exigência de qualificação técnico-operacional mínima aos

pretensos interessados na qualificação, desde que razoável em relação ao objeto

pretendido, afastando, dessa maneira, aqueles sem as condições necessárias ao

desempenho do serviço requerido pela Administração, o que, em tese, previne a

descontinuidade do serviço público.

Sobre a questão, interessante transcrever a lição de Marçal Justen Filho (Comentários

à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 11° ed. São Paulo: Dialética, 2005,

p. 322:"(...). A legislação vigente não proíbe as exigências de qualificação técnica,

mas reprime exigências desnecessárias ou meramente formais. A Administração não

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Divisão de Licitações e Contratações Diretas – DIVLICIT

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tem liberdade para impor exigências quando a atividade a ser executada não apresentar

complexidade nem envolver graus mais elevados de aperfeiçoamento. Especialmente

em virtude da regra constitucional (art. 37, XXI), somente poderão ser impostas

exigências compatíveis com o mínimo de segurança da Administração Pública. A

regra geral é sempre a mesma: não poderão ser impostas exigências excessivas ou

inadequadas (...).".

(...)

Dessarte, a simples inclusão de exigência editalícia de comprovação de capacitação

técnico-operacional não fere o caráter de competição do procedimento licitatório, nem

causa afronta ao disposto no art. 30, inciso II e § 1°, inciso I, da Lei 8.666/1993.

Extrai-se do citado acórdão que é cabível a exigência de comprovação da capacidade

técnico-operacional mediante atestados, sendo admitida, inclusive, a possibilidade de

exigência de quantitativos mínimos e prazos máximos para essa comprovação, desde

que demonstrada sua adequação e pertinência em relação ao objeto licitado.

Com efeito, a exigência de qualificação técnica, como requisito de habilitação das

empresas licitantes, desde que tecnicamente justificada, pressupõe medida

acautelatória adotada pela Administração com vistas à garantia mínima de que os

contratantes cumprirão suas obrigações a contento, não constituindo, por si só,

restrição indevida ao caráter competitivo das licitações. Entretanto, não podem ser tais

exigências desarrazoadas, a ponto de cercear a participação de possíveis interessados,

nem deixar de guardar relação com as necessidades estritamente ligadas ao objeto da

licitação. Portanto, tais imposições são admitidas, mas devem ser pertinentes e

compatíveis com o objeto da licitação, devendo a Administração demonstrar de forma

inequívoca, expressa e pública, que foram fixadas segundo razões técnicas. E, quando

estabelecidas como requisito de habilitação, devem guardar relação com as garantias

indispensáveis ao cumprimento do objeto (...)."

Acórdão 2104/2009 Segunda Câmara do Tribunal de Contas de União (Voto do

Ministro Relator).

Portanto, cabe à Comissão Permanente de Licitações exigir das licitantes interessadas

que seus atestados de capacidade técnica resguardem similaridade com o objeto que a

Administração do TCE/RO pretende executar.

Além disso, consta no referido atestado, como também do respectivo contrato, que os

trabalhos desempenhados pela empresa visavam, tão somente, “a conclusão de obra”, não

refletindo a extensão das atividades profissionais exercidas por esta. A própria palavra

“conclusão” induz ao entendimento de que restou a cargo da empresa apenas a

finalização/término dos serviços.

Frise-se, novamente, que o atestado de capacidade técnica da empresa não comprova

a execução de obra, tanto que o valor do respectivo contrato não é compatível com a alegação

da empresa de ter executado uma de obra de engenharia civil com área de 8.215,00 m2 (oito

mil, duzentos e quinze metros quadrados), conforme figura abaixo:

Autenticação: JEFD-JAHA-BBIB-RXDJ no endereço: http://www.tce.ro.gov.br/validardoc.Documento de 12 pág(s) assinado eletronicamente por Paula I.A. Leite e/ou outros em 07/11/2018.

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Conclui-se que o objeto do atestado é divergente do pretendido pelo TCE/RO, uma

vez restar demonstrado que a empresa somente se responsabilizou pela parte técnica do objeto,

em desacordo com o edital, que exigiu que a licitante demonstrasse experiência na assunção de

responsabilidades pela parte técnica, pelos materiais, mão-de-obra, trâmites administrativos,

etc.

Assim, a recorrente não demonstrou ter capacidade operacional para a execução do

objeto pretendido por esta Corte.

Por fim, ressalte-se que a recorrente solicitou, ainda, que a Comissão Permanente de

Licitações diligenciasse junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do

Amazonas (CREA-AM), a fim de que o referido Conselho esclarecesse que a licitante

“executou” a obra, sob o argumento de que os termos técnicos utilizados no atestado denotam

efetiva execução de obra.

Cumpre destacar que a promoção de diligências é uma faculdade da Comissão

Permanente de Licitações, conforme disposto no art. 43, § 3º, da Lei n. 8.666/933, de forma que

3Art. 43. (...)

§ 3º É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência

destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou

informação que deveria constar originariamente da proposta.

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cabe à Comissão decidir pela promoção das diligências que julgar necessárias para o

desenvolvimento dos seus trabalhos.

Com isso, durante a fase de habilitação, esta Comissão promoveu diversas diligências,

conforme demonstrado nos autos, inclusive junto à recorrente, de forma que a referida licitante

não trouxe elementos que contribuíssem para a comprovação da real execução da obra objeto

do atestado de capacidade técnica apresentado.

Destaca-se que, no momento de interposição de recurso, em sede de contraditório e

ampla defesa, a recorrente deveria trazer aos autos os elementos que comprovassem a sua

alegação, de forma que, novamente, a licitante não os trouxe, e solicita que esta Comissão assim

o faça.

Ressalta-se, ainda, que a empresa é sediada em Manaus-AM, motivo pelo qual o acesso

pela empresa ao CREA-AM seria mais proveitoso/descomplicado, de maneira que todos os

elementos que a recorrente entende que a Comissão deveria trazer aos autos, por meio de

diligência, seria facilmente perquirido pela recorrente, o que não foi feito por esta, que, sequer,

evidenciou quaisquer providências com esse objetivo.

Somado a esses argumentos, a Comissão entende ser desnecessário diligenciar junto

ao CREA-AM, tendo em vista ser latente a impossibilidade deste Órgão de fiscalizar

integralmente todas as obras objetos de registros, de modo a garantir que a ART emitida seja

totalmente compatível com a realidade de cada obra. Além disso, a obra em referência foi

realizada no ano de 2014, fator que dificulta a realização de qualquer outra diligência.

Importante ressaltar que a Comissão Permanente de Licitações não está contestando a

idoneidade do Atestado de Capacidade Técnica, pelo contrário, o documento denota

autenticidade, dessa forma, entendemos, ainda, que não há necessidade de realizar diligência

junto ao CREA para efeitos de comprovação da execução de quaisquer tipos de serviços que

não estejam descritos no Atestado de Capacidade Técnica e nem na ART.

Dessa forma, esta CPL mantém a sua decisão consignada na ata da sessão de licitação

do dia 17.10.2018, que inabilitou a empresa REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA,

CNPJ n° 00.452.735/0001-56, dada à apresentação de atestado de capacidade técnica

incompatível com as exigências do Edital, por se referir tão somente quanto à direção,

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coordenação e condução de obras para a conclusão de prédio comercial, não preenchendo as

condições do Edital, item 7.5.5, inciso I.

CONCLUSÃO

Pelas razões expostas, esta Comissão Permanente de Licitações opina seja o recurso

administrativo interposto pela empresa REGO E MENDES CONSTRUÇÕES LTDA

CONHECIDO, eis que preenche os requisitos de admissibilidade, porém, no mérito,

IMPROVIDO, posto restar comprovado nos autos que a referida empresa não atende às

condições de habilitação exigidas no Edital de Concorrência n° 01/TCE-RO/2018.

Sãos as considerações que submetemos a Vossa Senhoria.

CPL, 7 de novembro de 2018.

(assinado eletronicamente)

PAULA I. DE ARRUDA LEITE Presidente da CPL

(assinado eletronicamente)

FELIPE A. SOUZA DA SILVA Membro da CPL

(assinado eletronicamente)

FERNANDO JUNQUEIRA BORDIGNON Membro da CPL

(assinado eletronicamente)

GABRIELLA RAMOS NOGUEIRA Membra da CPL

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