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UNIVERSIDADE VALE DO PARAÍBA INSTITUTO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOENGENHARIA
DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA
INSTITUTO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS: Dimensão físico-estrutural e a potencialidade de riscos e eventos adversos
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP 2016
DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA
INSTITUTO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS: Dimensão físico-estrutural e a potencialidade de riscos e eventos adversos
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Bioengenharia como complementação de créditos necessários para a obtenção do título de mestre em bioengenharia. ORIENTADOR: Prof. Dr. Paulo Roxo Barja CO - ORIENTADORA: Profª Drª Maria Belén Salazar Posso
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP 2016
DÉBORAH NAYANE DE OLIVEIRA SILVA
INSTITUTO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS: Dimensão físico-estrutural e a potencialidade de riscos e eventos adversos
Dissertação aprovada como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em
Bioengenharia, pelo programa de Pós-graduação em bioengenharia, do Instituto de
Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade Vale do Paraíba, São José dos
Campos, pela seguinte banca examinadora:
Profª. Drª Fernanda Pupio Silva Lima (Presidente) ______________________
Prof. Dr. Paulo Roxo Barja (Orientador, UNIVAP) _______________________
Profª Drª Maria Belén Salazar Posso (Coorientadora, Fundação Universitária Vida
Cristã) ____________________________
Prof. Dr. Irimar Salazar Posso (USP) _________________________________
Data de aprovação: 26 de fevereiro de 2016
Dedico a Deus que sempre está comigo, conduzindo e iluminando meus passos.
AGRADECIMENTOS
A Deus, que está presente em todas as horas e situações da minha vida,
fica à frente me conduzindo no caminho certo e nunca me deixa fraquejar. Pai
piedoso e misericordioso, merecedor de todas as honras e todas as glórias.
À minha mãe, Neumi, exemplo de força e de determinação que muito me
ajudou em toda a minha vida e tudo fez por mim.
Ao meu amado esposo, Manoel Soares, pelo carinho, presença, tolerância e
incansável compreensão dispensada a mim em todos os dias de nossa convivência.
Aos meus irmãos, Demerson e Natália, por estarem sempre presentes.
A todos os meus familiares, pelo carinho.
A Margarida Gouveia, João Gouveia e Zuleide Gouveia pela participação
em minha vida e na caminhada em busca de minhas vitórias e por terem me
acolhido quando precisei.
Ao meu professor e orientador Paulo Barja e minha coorientadora Maria Belén Salazar Posso, meus profundos sentimentos de gratidão, por terem
acreditado em mim e aceitado o convite para a orientação deste trabalho. Também
pelo incentivo, compreensão em todo o percurso de minhas atividades e pela
competência com que exercem suas atividades, vocês são exemplos de
profissionais. A Natalia Marinelli, por toda sua representatividade em minha caminhada.
Aos meus colegas de classe, pelos bons momentos vividos juntos, vocês
foram meus presentes nesses dois últimos anos.
A Maria Andreza, pela presença e paciência. Aos docentes e funcionários da Univap, pela dedicação e pelos
ensinamentos transmitidos.
Aos profissionais do Instituto de Longa Permanência de Idosos onde a
pesquisa foi realizada, pela acolhida e colaboração tão afetuosa.
A todos aqueles que direta ou indiretamente me ajudaram e fizeram
parte da minha caminhada, pois me deram força para continuar.
“Quando a velhice chegar, aceita-a, ame-a. Ela é abundante em prazeres se souberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando estão entre os mais doces da vida de um homem, Mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres.”
Sêneca
INSTITUTO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS: Dimensão físico-estrutural e a potencialidade de riscos e eventos adversos
Os profissionais que atuam em Institutos de Longa Permanência de Idosos (ILPIs) estão permanentemente expostos a riscos ocupacionais, dentre eles os riscos físicos como ruídos, vibrações, pressões anormais, radiações ionizantes, altas temperaturas e umidade, dentre outros. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um instrumento de coleta de dados para avaliação da estrutura física de ILPIs, relacionando-a com a RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005. O presente estudo é do tipo descritivo-exploratório, de campo, com abordagem quantitativa e delineamento transversal, sendo realizada a pesquisa em um município do interior do estado do Pará, onde o procedimento de coleta de dados foi realizado em três etapas: observação e mapeamento do campo de estudo, desenho técnico da planta do ILPI e a o procedimento de coleta de dados. A coleta foi realizada em julho de 2015, pela própria pesquisadora, por meio de instrumento de coleta de dados com questões fundamentadas por Posso (1988), adaptando dados da RDC ANVISA 283/26/9/2005 (BRASIL, 2005) e distribuídos em seis partes: identificação da instituição, características estruturais da instituição, risco de trauma, risco elétrico, risco de ruído e disposição de mobiliário e equipamentos. Os resultados mostram que os profissionais estão expostos a diversos riscos físicos, dos quais se destacam número insuficiente de profissionais, distribuição inadequada de mobiliários e equipamentos, risco de choques elétricos, umidade, exposição a ruído e inadequação de espaço, luminosidade e temperatura. Todos estes são fatores que afetam a realização das atividades laborais e conforto no ambiente de trabalho, destacando-se o setor da lavanderia como o que mais apresentou riscos físicos aparentes e condições inadequadas. Constatou-se que a estrutura do ILPI avaliado é diferente dos padrões preestabelecidos pela RDC ANVISA Nº 283/2005, e que a existência de riscos físicos é uma realidade; todavia, estes problemas podem ser minimizados a partir do mapeamento dos riscos ambientais, ressaltando-se que os mesmos são passiveis de prevenção e demandam correção imediata, uma vez que afetam a qualidade do trabalho exercido pelos profissionais ali atuantes. PALAVRAS-CHAVE: Instituto de Longa Permanência de Idosos; Riscos Físicos; Saúde Ocupacional.
Home for agef: Physical and strutural dimension and the potential risks and adverses events
Professionals working in Long Term Care Residences (LTCR) are permanently exposed to occupational hazards, including physical risks such as noise, vibrations, abnormal pressures, ionizing radiation, high temperatures and humidity, among others. The objective of this study was to develop a data collection tool for evaluating the physical structure in LTCRs, relating it to the RDC ANVISA No. 283 (Sept 26, 2005). This is a descriptive-exploratory, field study with quantitative and cross-sectional approach, the research being carried out in a municipality in the state of Para, where the data collection procedure was performed in three steps: observation and mapping the field of study, technical design ILPI plant and the data collection procedure. Data collection was conducted in July 2015 by the researcher, through data collection instrument with questions based on I (1988), adapting data of Anvisa 283/26/9/2005 (BRAZIL, 2005) and distributed in six parts: identification of the institution, structural characteristics of the institution, risk of injury, electrical risk, noise risk and provision of furniture and equipment. The results show that the professionals are exposed to various physical risks, among which are the insufficient number of professionals, inadequate distribution of furniture and equipment, risk of electric shocks, humidity, noise exposure and inadequacy of space, light and temperature. All these are factors that affect the performance of work activities and comfort in the workplace, especially the laundry sector that showed apparent physical risks and unsuitable conditions. It was found that the structure of the rated LTCR is different from the pre-standards established by RDC ANVISA No. 283/2005, and that the existence of physical risks is a reality; however, these problems can be minimized from the mapping of environmental risks, emphasizing that they are preventable and require immediate correction, since they affect the quality of the work done by the professionals. KEYWORDS: Long Term Care Residences; Physical risks; Occupational health
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Projeto Arquitetônico, Planta Baixa da ILPIs. .............................................................. 31 Figura 2 – Trena. ................................................................................................................................ 32 Figura 3 - Decibelímetro. ................................................................................................................... 33 Figura 4 - Sala de Fisioterapia desativada. .................................................................................... 37 Figura 5 - Sala de Fisioterapia desativada. .................................................................................... 37 Figura 6 - Piscina Desativada. .......................................................................................................... 38 Figura 7 - Piscina Desativada. .......................................................................................................... 38 Figura 8 - Espaço para Lazer. .......................................................................................................... 38 Figura 9 - Espaço para Lazer ........................................................................................................... 38 Figura 10 - Área descoberta ............................................................................................................. 41 Figura 11 - área descoberta.............................................................................................................. 41 Figura 12 - Piso antiderrapante. ....................................................................................................... 41 Figura 13 - Área de circulação Pátio ............................................................................................... 41 Figura 14 - Acesso Principal. ............................................................................................................ 42 Figura 15 - Rampas com corrimão. ................................................................................................. 42 Figura 16 - Dormitório ILPIs. ............................................................................................................. 44 Figura 17- Dormitório ILPIs. .............................................................................................................. 44 Figura 18 - Dormitório ILPIs. ............................................................................................................. 44 Figura 19 - Objetos guardados em locais Inapropriados. ............................................................ 44 Figura 20 - Má conservação nos dormitórios ................................................................................. 44 Figura 21 - Banheiro do ILPIs........................................................................................................... 47 Figura 22 - Banheiro do ILPIs........................................................................................................... 47 Figura 23 - Risco elétrico em Banheiro do ILPIs. .......................................................................... 47 Figura 24 - Risco elétrico em Banheiro do ILPIs. .......................................................................... 47 Figura 25 - Banheiro dos Funcionários. .......................................................................................... 49 Figura 26 - Banheiro dos Funcionários. .......................................................................................... 49 Figura 27 - Farmácia ILPI. ................................................................................................................ 51 Figura 28 -Farmácia ILPI................................................................................................................... 51 Figura 29 - Farmácia ILPI. ................................................................................................................ 52 Figura 30 - Farmácia ILPI. ................................................................................................................ 52 Figura 31 - Pia da farmácia ILPI. ..................................................................................................... 52 Figura 32 - Caixa de material perfurocortante. .............................................................................. 52 Figura 33 - Enfermaria ILPI. .............................................................................................................. 54 Figura 34 - Enfermaria ILPI. .............................................................................................................. 54 Figura 35 - Enfermaria ILPI. .............................................................................................................. 54 Figura 36 - Enfermaria ILPI. .............................................................................................................. 54 Figura 37 - Risco elétrico-enfermaria .............................................................................................. 54 Figura 38 - Risco elétrico-banheiro da enfermaria ........................................................................ 54 Figura 39 –Cozinha - Risco de trauma. .......................................................................................... 56 Figura 40 – Cozinha. .......................................................................................................................... 56 Figura 41 – Cozinha. .......................................................................................................................... 56 Figura 42 – Cozinha. .......................................................................................................................... 56 Figura 43 - Cozinha ............................................................................................................................ 56 Figura 44 - Refeitório. ........................................................................................................................ 57 Figura 45 – Refeitório. ....................................................................................................................... 57 Figura 46 – Refeitório. ....................................................................................................................... 58
Figura 47 – Refeitório. ....................................................................................................................... 58 Figura 48 - Esterilizadora – Lavanderia. ......................................................................................... 59 Figura 49 -Lavanderia ILPIs.............................................................................................................. 59 Figura 50 - Lavanderia ILPI. ............................................................................................................. 59 Figura 51 - Lavanderia ILPI .............................................................................................................. 59 Figura 52 - Lavanderia – ILPI. .......................................................................................................... 59 Figura 53 - Umidade - Lavanderia - ILPI ........................................................................................ 59 Figura 54 - Lavanderia ILPI .............................................................................................................. 60 Figura 55 - Iluminação do Banheiro. ............................................................................................... 65 Figura 56 - Iluminação da Enfermaria. ............................................................................................ 65 Figura 57 - Iluminação da lavanderia. ............................................................................................. 66 Figura 58 - Iluminação do dormitório. .............................................................................................. 66
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Caracterização do ILPI. Pará, 2015 ............................................................................ 34 Quadro 2 - Quantidade, categoria profissional e cargo dos profissionais que compõem o funcionamento do ILPI. Pará, 2015. ................................................................................................ 35 Quadro 3 - Descrição do número e grau de dependência dos idosos residentes no ILPI. Pará, 2015. .......................................................................................................................................... 37 Quadro 4: Dimensionamento físico dos dormitórios de um ILPI, segundo RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL, 2005). Pará, 2015.......................................................................... 43 Quadro 5 -Dimensionamento físico dos dormitórios do ILPI avaliado, Pará 2015. ................. 43 Quadro 6: Dimensionamento físico (mínimo) dos banheiros de um ILPI, segundo RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (PARÁ, 2015). ............................................................................ 46 Quadro 7: Dimensionamento físico dos banheiros do ILPI (PARÁ, 2015). ............................... 46 Quadro 8: Dimensionamento físico do banheiro dos funcionários de um ILPIs, segundo RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL, 2005). ......................................................................... 48 Quadro 9: Dimensionamento físico do banheiro dos funcionários do ILPI. Pará, 2015. ........ 48 Quadro 10: Níveis de ruído encontrados no ILPI, Pará, 2015. ................................................... 61 Quadro 11: Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente ...................................... 63 Quadro 12: Índice de Iluminação conforme a localização, área e número de lâmpadas do ILPIs, Pará, 2015. ............................................................................................................................... 65
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária CME – Central de Materiais Esterilizados Db – Decibel EAS – Estabelecimento de Assistência à Saúde EU-OSHA – Agência Europeia para a Segurança e Saúde no trabalho ILPIs – Instituto de Longa Permanência de Idosos NPS – Nível de Pressão Sonora OIT – Organização Internacional do Trabalho OPAS – Organização Pan Americana de Saúde PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais RDC – Resolução de Diretoria Colegiada SBGG – Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 14 2 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 18 2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................... 18 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................ 18 3 EMBASAMENTO TEÓRICO ................................................................................................ 19 3.1 ASPECTOS GERAIS DE GERONTOLOGIA E GERIATRIA .......................................... 19 3.2 INSTITUTO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS – ILPIs .................................... 21 3.3 RISCOS OCUPACIONAIS ................................................................................................... 23 4 METODOLOGIA .................................................................................................................... 29 4.1 TIPO DE ESTUDO ................................................................................................................ 29 4.2 LOCAL DE ESTUDO ............................................................................................................. 29 4.3 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS ......................................................................................... 30 4.4 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS .................................................................... 30 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................... 34 5.1 IDENTIFICAÇÃO ESPACIAL E PROFISSIONAL DO ILPI ............................................. 34 5.2 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DO ILPI ................................................................ 40 5.2.1 Área externa ........................................................................................................................... 40 5.2.2 Áreas internas ........................................................................................................................ 42 5.2.2.1 Dormitórios ............................................................................................................................. 42 5.2.2.2 Banheiros dos usuários ........................................................................................................ 46 5.2.2.3 Banheiro dos funcionários ................................................................................................... 47 5.2.2.4 Farmácia e enfermaria ......................................................................................................... 50 5.2.2.5 Cozinha e refeitório ............................................................................................................... 54 5.2.2.6 Lavanderia .............................................................................................................................. 58 5.3 RUÍDO ..................................................................................................................................... 61 5.5 OUTROS FATORES: TEMPERATURA E UMIDADE ...................................................... 66 6 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 68 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 69 REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 70 APÊNDICE A - IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO /ILPI .............................................. 79
14
1 INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (ORGANIZACION
INTERNACIONAL DEL TRABAJO, 1989),
Risco é a possibilidade real ou potencial compreendendo situações, episódios, eventos, fatos capazes de causar dano, lesão e/ou morte, perdas patrimoniais, suspensão temporária do processo de trabalho ou, ainda, de afetar a comunidade e/ou o meio.
É a probabilidade de alguém sofrer danos gerados pelo perigo ou de que
ocorram eventos que possam causar algum dano ou mal a uma pessoa (AGÊNCIA
EUROPEIA, 2014). Nesse sentido, D'Innocenzo (2006), afirma que risco se relaciona
a situações, procedimentos, condutas ou eventos que podem implicar em efeito
negativo, causando danos ao usuário do serviço, ao trabalho, ao ambiente e/ou ao
estabelecimento.
Segundo Posso (1988), todas as atividades dos seres humanos, inclusive
aquelas destinadas ao lazer, envolvem riscos, cuja incidência pode ser de maior ou
menor gravidade, dependendo das características específicas dos mesmos. Nas
últimas décadas, o estudo sobre riscos ocupacionais ganhou destaque,
principalmente devido à maior preocupação em preservar a saúde dos profissionais.
No entanto, é pleno o conhecimento que a possibilidade de riscos é inerente a
qualquer pessoa.
Nichiata et al. (2008), referindo-se aos riscos ambientais, afirma que os riscos
podem permanecer ocultos por falta de conhecimento ou de informação, situação
em que o trabalhador sequer suspeita de sua existência; porém, ao emergir, podem
causar danos, seja em situações cotidianas, emergenciais ou de estresse.
De acordo com a Norma Regulamentadora 9 do Ministério do Trabalho do
Brasil (BRASIL, 1978; 1994), no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
incluem-se como Agentes Biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas,
protozoários, vírus e outros. Os Agentes Físicos são os agentes representados pelas
diversas formas de energia a que estão expostos os trabalhadores, tais como ruídos,
vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, bem
como o ultrassom e o infrassom. Os Agentes Químicos são substâncias, compostos
ou produtos que possam penetrar no organismo por via respiratória na forma de
poeira, fumos, névoa, neblina, gás ou vapor, ou que pela natureza da atividade de
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exposição, por meio de contato direto ou ser absorvido pelo organismo através da
pele ou ingestão.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 2001) acrescenta, ainda, os
agentes ergonômicos decorrentes de má-postura, inadequação do local de trabalho
e mobiliários e outros responsáveis por distúrbios osteomusculares; os agentes
psicossociais provenientes de relações conflituosas, monotonia, ritmo excessivo,
entre outros. Já os agentes mecânicos e de acidentes são aqueles ligados à falta de
proteção do trabalhador, aparelhamento e arranjo físico, inadequados, ordem e
limpeza do ambiente de trabalho e sinalizações deficientes, entre outros.
Esses agentes de risco podem estar presentes nas Instituições de longa
permanência de idosos (ILPI), foco deste estudo, influenciando na saúde dos
usuários do serviço e na dos profissionais que ali exercem suas atividades laborais
cotidianas. Reiteram essa assertiva Tomasini e Alves (2007) ao afirmarem a
existência de evidências empíricas de que a ambiência físico-estrutural influencia a
adaptação dos idosos nas instituições, referindo-se principalmente às características
físicas que lhes deem independência.
Esta pesquisa considera as ILPI como “asilo, casa de repouso, clínica
geriátrica e ancionato para pessoas com 60 anos e mais, dependentes ou
independentes, que não têm condições de permanecer com a família ou em seu
domicílio”, tal como descrevem Santos, Feliciani e Silva (2007). Essas ILPI devem
oferecer serviços de saúde multiprofissionais para atender às necessidades
humanas básicas afetadas dos idosos, como determina a Sociedade Brasileira de
Geriatria e Gerontologia da seção São Paulo (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
GERIATRIA E GERONTOLOGIA, 2003).
Atualmente, observa-se uma mudança no cenário nacional quanto à
distribuição por faixa etária, dado que a população está mais envelhecida, graças ao
crescimento da expectativa de vida do brasileiro, bem como à melhora na sua
qualidade de vida, acrescida de uma mudança de hábitos alimentares, autocuidado
e melhora no sistema de infraestrutura e de saúde nacionais.
Segundo Neri e Yassuda (2004), o envelhecimento gera consequências na
saúde, levando ao aumento da suscetibilidade a infecções e agravos de saúde,
configurando um novo espectro epidemiológico de incidência e prevalência de
doenças crônicas, contribuindo para a diminuição da capacidade física e biológica,
minimizando a independência, autonomia e comprometendo a qualidade de vida dos
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idosos. Esta mudança do espectro epidemiológico, aliada às mudanças sociais e
econômicas familiares, tem aumentado os índices de institucionalização em vários
países. O Brasil faz coro a esse processo, pois a família nem sempre está preparada
para o envelhecimento, o que aumenta os índices de institucionalização de idosos
(VITORINO; PASKURIN; VIANNA, 2012). O aumento da longevidade também
acarreta problemas sociofinanceiros que culminam na busca pelas ILPI.
Isto pode representar exclusão social, quando o idoso se vê alijado do
cotidiano social que permeia sua história de vida. Porém, este tipo de instituição
também pode ser um ambiente propício às relações interpessoais saudáveis,
redefinição de metas e a busca de uma vivência com dignidade na velhice,
objetivadas pela reformulação do processo da institucionalização como alternativa
para idosos que perderam seus vínculos familiares (RAMOS, 2008).
Segundo a teoria de Lawton (WAHL; WEISMAN, 2003), são três “as funções
básicas do ambiente de idosos: manutenção, estimulação e suporte”. A primeira visa
manter as características físicas constantes e previsíveis, atribuindo uma identidade
ao ambiente, mantendo uma analogia cognitiva e afetiva com o lar; a segunda diz
respeito à criatividade de gerar novos estímulos para promover relações sociais, de
recreação e lazer resultando em mudanças comportamentais positivas. E a terceira,
de suporte ou apoio, objetiva equilibrar a redução ou a perda de aptidões e
capacidades eliminando obstáculos físicos e criando elementos de apoio para
garantir a acessibilidade aos e nos ambientes. Além disso, visa garantir o acesso
aos equipamentos das atividades diárias, assegurar a privacidade, flexibilidade do
ambiente físico para a assistência a novas necessidades (BRASIL, 2005;
TOMASINI; ALVES, 2007; SANTOS, et al., 2011; BESSA, et al., 2012). No entanto,
segundo Tomasini e Alves, (2007), o que se observa nas ILPI é que o cotidiano mais
rigoroso quanto às rotinas de horários dificulta o desenvolvimento de estímulo
autônomo, diferente do que se observa em ambiente familiar.
Segundo Santos et al. (2011), as ILPI pesquisadas se apresentam aquém do
preconizado pela Resolução da Diretoria Colegiada - RDC ANVISA Nº 283, de
26/09/2005 (BRASIL, 2005), que regulamenta e define as normas de funcionamento
para as mesmas, “demonstrando um distanciamento entre o atendimento
preconizado pela legislação e a capacidade real de atendimento da instituição”.
Essa afirmação despertou o interesse e a motivação em realizar um estudo
sobre a presença e mensuração de riscos físicos em ILPI, visando sua identificação
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e a relação com o cotidiano dos usuários e trabalhadores de saúde. A proposta da
investigação também se justifica: i) pela escassa literatura sobre o tema específico;
ii) pelo aumento verificado na utilização de ILPI; iii) pela contribuição para a reflexão
sobre a prevenção de riscos de acidentes para os idosos e de trabalho e de doenças
profissionais para os trabalhadores de saúde que ali exercem suas atividades.
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2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL Desenvolver um instrumento de coleta de dados que possibilite a avaliação da
estrutura física existente em ILPIs relacionando com a RDC ANVISA Nº 283, de
26/09/2005 (BRASIL, 2005).
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar, em ILPI de um município do interior do estado do Pará, a
presença de riscos físicos e a potencialidade de consequentes eventos
adversos nos profissionais que ali exercem suas atividades laborais;
Mensurar os riscos em um ILPI de um município no interior do estado
do Pará;
Avaliar a estrutura física existente em um ILPI de um município do
interior do Pará, relacionando-a com a RDC ANVISA Nº 283, de
26/09/2005 (BRASIL, 2005).
19
3 EMBASAMENTO TEÓRICO
3.1 ASPECTOS GERAIS DE GERONTOLOGIA E GERIATRIA
De início parece oportuno resgatar o que determina a Sociedade Brasileira de
Geriatria e Gerontologia (2003) sobre as definições de Gerontologia e Geriatria.
Gerontologia “é o estudo do envelhecimento nos aspectos – biológicos, psicológicos,
sociais e outros” e Geriatria “é a especialidade médica que se integra na área da
Gerontologia com o instrumental específico para atender aos objetivos da promoção
da saúde, da prevenção e do tratamento das doenças, da reabilitação funcional e
dos cuidados paliativos” (SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E
GERONTOLOGIA, 2003). Ressalta-se que tais palavras se originam do grego em
que Geron siginifica: velho, idoso e Logos: palavra, ciência, estudo e Tria: cura
(NERI, 2014).
Isto posto, vale tecer considerações gerais sobre o tema de que tratam tais
especialidades, o envelhecimento. É inegável o aumento constante da longevidade
tanto no cenário mundial quanto no nacional; neste, em particular, o aumento
aparece significativamente, estimando-se que em 2025 o Brasil venha a ser o sexto
país do mundo em números absolutos de idosos (SILVA et al., 2009). Este fato
deve-se à associação da redução nos índices de mortalidade e, mais recentemente,
também nas taxas de fecundidade (SILVEIRA NETO, et al., 2007).
Enquanto por um lado essa expectativa de vida aumentada represente um
índice positivo, reconhecida mesmo como conquista social (levando-se em conta as
melhorias tecnológicas na Medicina, na saúde, no saneamento básico e,
consequentemente, qualidade de vida), por outro lado, esse novo panorama traz
aspectos preocupantes, do ponto de vista das políticas públicas, de funcionalidade e
debilitação do idoso; desafios para o Estado, a sociedade e a família:
[ “Envelhecer é algo inexorável a todos os seres humanos, faz parte do ciclo vital e impossível de ser ultrapassado. Aos poucos, o corpo passa por um processo disfuncional e começa a reagir lento aos reflexos que outrora eram instantâneos. A mente começa a ter falhas, podendo chegar em muitos momentos até a esquecer sua real função; entretanto, também é no envelhecer que se descobrem muitas facetas da vida, valorizando-se a transição do tempo e o passar de muitas trajetórias vividas...”] (ARAÚJO et al., 2013, p.150).
20
Essa afirmativa encontra respaldo em Santos et al. (2008), ao asseverar que
o envelhecimento é um processo natural e gradual em que ocorrem diversas
limitações e alterações de ordem morfológicas, funcionais, bioquímicas e
psicológicas, podendo interferir ou até mesmo determinar a perda de capacidade e a
adaptação do indivíduo ao meio que está inserido e, ainda, torná-lo mais suscetível
às enfermidades.
O processo do envelhecimento pode gerar o surgimento de algumas
complicações de saúde, implicando no aparecimento de determinadas doenças,
devido às alterações que surgem na terceira idade incluindo: alterações orgânicas,
debilidades físicas que favorecem o aparecimento de doença e em muitos casos o
grau de dependência do idosos em questão (FREITAS et al., 2002).
De acordo com ARAUJO et al. (2007), o envelhecimento é um processo
debilitador e em consequência das alterações presentes, muitas atividades rotineiras
e consideradas banais, vão se tornando difíceis de serem realizadas, e muitas vezes
isso ocorre de forma imperceptível.
Assim, constata-se que o processo de envelhecimento populacional é uma
realidade inquestionável. No entanto, esse processo vem associado a diversas
questões fisiológicas resultando em debilitações físicas e perdas de funções
variadas, uma vez que o envelhecimento é um processo contínuo, durante o qual
ocorre o declínio progressivo de todos os processos fisiológicos, psicológicos e
sociais do ser humano.
A Geriatria e a Gerontologia buscam cada vez mais aumentar o tempo de vida
do homem com o objetivo de conseguir que esse processo do envelhecer seja vivido
com qualidade, preservando o máximo de bem-estar físico, social e mental,
entendendo que a fase final da vida deve ser encarada como uma etapa que tem
seus atrativos, permitindo uma existência feliz e recompensadora (BRUNETTI;
MONTENEGRO, 2000).
Também é necessário levar em conta que cada idoso vive seu processo de
envelhecimento de modo único, conforme o contexto socioeconômico, cultural,
familiar e ambiental. Muitas vezes, as alterações orgânicas do idoso, decorrentes do
seu processo natural de envelhecimento, levam-no a depender dos cuidados de
outrem, seja dos membros familiares, do Estado ou do mercado privado, sendo as
ILPI uma alternativa.
21
3.2 INSTITUTO DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS – ILPIs
Diante das alterações decorrentes do processo do envelhecimento e de todas
as consequências que isso implica depara-se, muitas vezes, com a dificuldade da
família em lidar com essa nova condição do idoso e prestar-lhe os cuidados e a
atenção necessária que demanda essa fase da vida. Para Camarano e Kanso,
(2010), isso pode ser consequência do surgimento de novos arranjos familiares,
onde as mulheres, anteriormente vistas como cuidadoras, inserem-se no mercado
de trabalho, passando assim a ter menos tempo e disposição para cuidar.
Além das novas atribuições das famílias, estas ainda esbarram na dificuldade
de cuidar de idosos, muitas vezes, com problemas de saúde crônicos que até então
não existiam e/ou dificuldade cognitivas e funcionais, fatores que tornam o cuidar do
idosos mais desgastante e complicado. É inconteste a importância que o ambiente
familiar exerce na vida do idoso, porém, nem sempre as famílias possuem meios
psicossociais e econômicos para cuidados domiciliares, surgindo assim a alternativa
do ILPI.
O ILPI aparece como auxiliar ao atendimento das demandas da sociedade
moderna, devido à difícil realidade de despreparo da família. Isso é reiterado por
Perlini, Leite e Furini (2007), ao afirmarem em seu estudo que essas novas
necessidades e dificuldades sociais impulsionam o surgimento das ILPI, sejam elas
mantidas pelo governo, pela sociedade privada ou filantrópica.
Para Silva e Santos (2010), muitas famílias optam por institucionalizar seu
familiar idoso como uma alternativa viável, uma vez que a ILPI é uma moradia
especializada, que possui o intuito de atender os idosos respeitando suas
necessidades e funções básicas baseadas em uma assistência gerontogeriátrica de
qualidade, conforme as necessidades individuais de seus residentes.
A dependência dos idosos e as doenças crônicas configuram-se como a
principal causa de institucionalização, pois as ILPI estão, na maioria das vezes,
associadas a tais condições (DAVIM et al. 2004). Os idosos institucionalizados,
22
geralmente são aqueles com riscos consideráveis, apresentando mais doenças
limitantes e baixa funcionalidade (GAUTÉRIO et al., 2012).
Associadas a esse aumento nos percentuais de institucionalização e aliados
ao intuito de prestar um cuidado de qualidade aos idosos admitidos no serviço do
ILPI, torna-se necessária a atuação de profissionais capacitados, pois suas ações de
cuidado devem permear o envelhecimento ativo de todos os idosos
institucionalizados (LENARDT et al. 2009).
Para Silva e Santos (2010) o cuidar é uma atividade que vai muito além do
atendimento às necessidades básicas de cada ser humano. No momento de
fragilidade e cada cuidador deve estar preparado e capacitado, para poder
proporcionar ao idoso um cuidado de forma individual e integralizada e que possa
atender todas as expectativas do idoso e familiares, proporcionando a este um
cuidado pautado na melhoria da qualidade de vida e manutenção da funcionalidade
do idoso.
Além da preocupação com os profissionais que lidam diretamente com esse
público, destaca-se também a importância de uma estrutura adequada, que possa
atender às necessidades dos idosos ali residentes. Baseado nisso e com objetivo de
nortear a fiscalizar das ILPI, a ANVISA criou em 26 de setembro de 2005 a
Resolução da Diretoria Colegiada 283 (RDC-ANVISA-283/2005) (BRASIL, 2005)
estabelecendo que a ILPI é “destinada à moradia coletiva de pessoas com idade
igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar”, de ambos os sexos, com
diferentes necessidades funcionais e dependência. Diz ainda que as ILPI podem ser
públicas ou privadas, apresentando caráter residencial e estrutura física em
conformidade com as normas pertinentes, para idosos que não tem capacidade de
se autocuidar e disponibilidade de serem cuidados por familiares ou, ainda, quando
apresentarem situações de negligência ou abandono familiar ou institucional.
A RDC-ANVISA 283/2005 (BRASIL, 2005) apresenta as normas gerais de
funcionamento das ILPI e seis indicadores de notificação anual e obrigatória para a
avaliação de desempenho e padrão da ILPI. Ainda nessa RDC em questão, é
preconizada a articulação das ILPI com os serviços públicos de saúde, objetivando
que seja estabelecido um plano de atendimento bianual, o que na prática tem
23
esbarrado em alguns impedimentos, mostrando-se de difícil implementação (PINTO;
SIMSON, 2012).
Nesse contexto, e buscando solucionar os problemas decorrentes do
despreparo de familiares e, muitas vezes, dos próprios sistemas existentes, surgem
os ILPI, que apresentam considerável demanda na prestação de cuidados
específicos e adequados à terceira idade.
Reconhecendo a complexidade e a responsabilidade de assistir integral e
holisticamente a esses idosos, é notório que se deve, oferecer também, a mesma
atenção aos profissionais que ali prestam seus serviços e que desenvolvam suas
atividades em um ambiente que lhes proporcione condições adequadas de trabalho
e com o mínimo risco possível.
Diante desse anseio e com o objetivo de estabelecer o padrão mínimo de
funcionamento das ILPI, surge a RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL,
2005), pautada nas seguintes considerações:
[...] Considerando a necessidade de garantir à população idosa os direitos assegurados na legislação em vigor; Considerando a necessidade de prevenção e redução dos riscos à saúde aos quais ficam expostos os idosos residentes em instituições de longa permanência; Considerando a necessidade de definir os critérios mínimos para o funcionamento e avaliação, bem como mecanismos de monitoramento das instituições de longa permanência para idosos; Considerando a necessidade de qualificar a prestação de serviços públicos e privados das instituições de longa permanência para idosos. Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico que define normas de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência para Idosos, de caráter residencial, na forma do Anexo desta Resolução. Art. 2º As secretarias de saúde estaduais, municipais e do Distrito Federal devem implementar procedimentos para adoção do Regulamento Técnico estabelecido por esta RDC, podendo adotar normas de caráter suplementar, com a finalidade de adequá-lo às especificidades locais. Art. 3º O descumprimento das determinações deste Regulamento Técnico constitui infração de natureza sanitária sujeitando o infrator a processo e penalidades previstas na Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977, ou instrumento legal que venha a substituí-la, sem prejuízo das responsabilidades penal e civil cabíveis. [...] (BRASIL, 2005).
3.3 RISCOS OCUPACIONAIS
Nas últimas décadas, o interesse por riscos ambientais/ocupacionais vem
ganhando destaque, principalmente devido à maior preocupação em preservar a
24
saúde dos trabalhadores. No entanto os riscos são inerentes não só no ambiente
profissional, mas em todas as situações do dia-a-dia.
Para Perlini; Leite e Furini, (2007), os riscos inseridos no ambiente de trabalho
podem não ser percebidos pela simples falta de conhecimento ou informação do
trabalhador; na tentativa de mudar essa realidade, tem-se tratado de riscos
ocupacionais com mais frequência e rigor.
As fontes potenciais de riscos podem advir de condições ambientais de
trabalho, inseguras provocando eventos adversos, que podem causar alterações
orgânicas nas pessoas expostas a elas (BENEDETTI; FERRAZ; POSSO, 2009).
Além dos agentes de risco descritos pelas normas (BRASIL, 1978; 1994), os
problemas decorrentes da instalação elétrica inadequada e antiga, a iluminação
insuficiente e o piso escorregadio também são fontes geradoras de riscos físicos
(FARIAS; ZEITOUNE, 2005; MIRANDA; STANCATO, 2008).
Os agentes de risco presentes no ambiente de trabalho podem gerar cargas
de diversos tipos nos profissionais a eles expostos (FELLI; BAPTISTA, 2015).
Dentro dos ambientes de saúde, como em qualquer outro ambiente de trabalho, os
trabalhadores estão expostos a diversos tipos de riscos (físicos, biológicos,
químicos, psíquicos, entre outros); na presente pesquisa, os riscos físicos são o
objeto de investigação. Dentre estes, a literatura enfatiza problemas decorrentes de
construções e edificações inadequadas em relação à legislação pertinente
(MIRANDA; STANCATO, 2008). Não foge à regra o ambiente de trabalho de um
ILPI.
Ainda sobre riscos, Servilha; Leal e Hidaka (2010) relatam em seu estudo que
os fatores de risco à saúde devem ser estudos e avaliados por diversos aspectos
que incluem: intensidade, tempo de exposição e organização temporal da atividade,
duração do ciclo de trabalho, distribuição das pausas e/ou adequação de horários de
trabalho.
Na realidade atual, os riscos ocupacionais são tratados dentro da saúde
ocupacional, embasados pela prevenção de acidentes e melhoria dos ambientes de
trabalho, sugerindo assim que a saúde ocupacional seja fundamentada em uma
abordagem preventiva, ao invés de curativa e reparadora (OENNING et al., 2012).
Isto pode ser constatado nas Normas Regulamentadoras 9, 15 e 32 elaboradas
25
pelos Ministérios do Trabalho e Emprego e da Saúde, respectivamente (BRASIL,
1977, 2005). Essas Normas Regulamentadoras legislam sobre os riscos
ocupacionais e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e
Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.
De acordo com as NR-MTE 9/1977 e 15/1977(BRASIL, 1977) do Ministério do
Trabalho e Emprego, consideram-se riscos ambientais “os agentes físicos, químicos
e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à
saúde do trabalhador”.
Ainda de acordo com a NR-MTE 9/1977 e 15/1977(BRASIL, 1977):
[...]Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom.
Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros[...] NR-MTE 9/1977 e 15/1977(BRASIL, 1977)
Ainda existem os riscos ergonômicos, sendo estes distúrbios ocasionados
pela ausência de adaptação no ambiente de trabalho e consequência à sobrecarga
física causando desconforto ou doença (OLIVEIRA et al, 2014). Por fim, há os riscos
de acidentes, que são aqueles inerentes a cada ambiente de trabalho, como por
exemplo, os riscos de queda e traumas (SILVA; ZEITOUNE, 2009).
3.4. RISCOS OCUPACIONAIS NA GERIATRIA E ILPI
O envelhecimento populacional repercute em mudanças sociais e de
condições de vida que somadas refletem no aumento de demandas por serviços
sociais e de saúde. Isto determina novas condutas e reestruturação dos serviços de
saúde para prestar um atendimento integral e qualificado aos idosos, exigindo, entre
outras coisas, investimento na capacitação dos profissionais que atuarão na
assistência desse público (OLIVEIRA; NOVAES, 2012).
26
Diante disso, as ILPI prestam-se a suprir a procura por parte de familiares
frente à dificuldade e o despreparo destes em lidar com essa nova fase da vida dos
seus idosos. Para tanto, é necessário a formação de uma equipe de qualidade que
vise a manutenção das necessidades básicas desse grupo, além de ser um espaço
adequado e com o menor número de fontes potenciais de riscos que possam
comprometer de alguma forma a saúde destes profissionais e dos clientes. Esta
assertiva encontra ressonância em Silva e Santos, (2010), como se vê a seguir:
A equipe multiprofissional presente na ILPI necessita ser composta por enfermeiro, técnicos de enfermagem, médico, nutricionista, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, educador físico, cuidadores e responsáveis pelos serviços gerais, com a finalidade de assistir integralmente a pessoa idosa, cabendo a cada trabalhador o desenvolvimento de seu processo de trabalho, de modo complementar (SILVA; SANTOS, 2010, p. 776).
Além da equipe profissional, os idosos também necessitam de um ambiente
apropriado para sua convivência. A adequação deste ambiente reflete na qualidade
da assistência prestada aos idosos, uma vez que os riscos podem ser minimizados
ou abolidos, refletindo no bem-estar e na saúde de ambos.
Lamentavelmente, tem-se percebido, durante o exercício das atividades
profissionais, que a grande maioria dos ILPI é aberta sem a preocupação com a
estrutura física, parecendo desconhecer o disposto na RDC-ANVISA 283/2015
(BRASIL, 2005), que traçou as diretrizes para os projetos físicos e regulamentar a o
funcionamento dessas instituições. Por conta disso, Pallo e Assis (2008) mostram
em seu estudo que a interdição de ILPI é uma realidade bem atual, haja vista a
constatação de que a maior parte dos 29 asilos avaliados na Cidade de São Paulo
estava inadequada.
Essa inadequação estrutural reflete em diversos agravos aos profissionais, e
também aos usuários, quando expostos à potencialidade dos riscos físicos
presentes no ambiente de trabalho da ILPI podendo vir a sofrer as cargas deles
advindas, tais como: choque elétrico, calor excessivo, acidentes por iluminação
insuficiente ou piso inadequado, contusões e quedas, entre outros.
Mesmo não sendo foco de estudo deste trabalho, devemos mencionar
também a exposição ao risco psicológico por uma série de situações estressantes,
como o ambiente físico inadequado, excesso de tarefas, turnos longos de trabalho,
27
fadiga mental, aumento da ansiedade pelo nível de exigência que o estado de saúde
do idoso demanda, entre outras cargas psíquicas (STACKFLETH et al, 2012; FELLI;
BAPTISTA, 2015).
Ainda sobre o desgaste do profissional:
O cuidador é considerado um indivíduo no processo do cuidado ao idoso que absorve níveis diferentes de ansiedade, em função de algumas características, como a modificação de papéis sociais, a adaptação à condição de cuidador que demanda dedicação, paciência e abnegação. Assim, o acompanhamento e o suporte fornecidos pelo serviço de saúde podem contribuir para minimizar as dificuldades (UESUGUI; FAGUNDES; PINHO, 2011, p.690).
Dessa forma, torna-se evidente a presença potencial de diversos riscos
ocupacionais nos ILPI; sejam eles físicos, biológicos, químicos e psicológicos, assim
como também aflora a certeza de que essa realidade necessita ser modificada a fim
de obter uma prevenção de acidentes e/ou doenças ocupacionais e a manutenção
de um serviço de qualidade aos idosos que destes profissionais necessitam, para
manutenção de sua qualidade de vida.
O profissional de saúde é muito diligente com a manutenção da qualidade de
vida e saúde das pessoas; no entanto, descuida da sua própria saúde, protelando
muitas vezes a prevenção contra acidentes e doenças provenientes da natureza de
sua profissão (ORGANIZACION INTERNACIONAL DEL TRABAJO, 1989).
Assim, vale conceituar acidentes de trabalho segundo a Lei n° 6.367/76 que
em seu art.2º e a Lei 8213/91 em seu art.19, caracterizam “acidente de trabalho,
aquele que pode ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte, perda ou
redução da capacidade de trabalho” (CAMPANHOLE; CAMPANHOLE, 2004).
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), considera, mais
generalizadamente, como acidentes de trabalho os acidentes típicos, os de trajeto,
as doenças profissionais e doenças do trabalho (BRASIL, 2005; COSTA;
GUIMARÃES; AMARAL, 2015).
Com relação às doenças do trabalho, estas são a possibilidade de um
trabalhador adquirir e/ou sofrer danos advindos de seu trabalho, em função de sua
natureza, concentração, intensidade, tempo de exposição e condições em que é
realizado. As doenças profissionais são aquelas inerentes ou específicas de
determinado ramo de atividade (BRASIL, 2005).
28
Por outro lado, é preciso salientar que a não observância dos limites de
tolerância e das normas de segurança podem gerar o ato inseguro que executado
conscientemente pela pessoa, porém não observando as normas de segurança
(ORGANIZACION INTERNACIONAL DEL TRABAJO, 1989; NISHIDE; BENATTI;
ALEXANDRE, 2004; POSSO; SANT’ANNA, 2007), desencadeando os acidentes e
doenças advindas do trabalho.
Pelo exposto, entende-se, como indicam Costa, Guimarães e Amaral (2015),
que os acidentes de trabalho são em geral provenientes do desgaste do trabalhador
em razão da excessiva carga de trabalho.
Considerando a importância da qualidade da assistência de enfermagem ao
idoso para promover ou assegurar-lhe uma condição digna de vida e, ao mesmo
tempo, para evitar os riscos ocupacionais aos quais idosos e profissionais estão
expostos em ILPI, é necessário identificar os riscos existentes nesse local, sendo
que esta pesquisa limitar-se-á a estudar os riscos físicos em potencial presentes em
um ILPI.
29
4 METODOLOGIA
4.1 TIPO DE ESTUDO
O presente estudo é do tipo descritivo-exploratório, de campo, com
abordagem quantitativa e delineamento transversal. Tem por finalidade contribuir
para identificar os fatores determinantes de fenômenos ou eventos mediante
observação direta utilizando-se um instrumento de coleta de dados elaborado
conforme os requisitos da RDC Nº 50/2002 da ANVISA (BRASIL, 2002 a). De acordo
com Andrade (2010), neste tipo de pesquisa, os fenômenos de campo, físico e
humano são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, mas
não são manipulados pelo pesquisador. Além disto, busca-se descrever conceitos
ligados aos objetivos do trabalho, permitindo assim uma abordagem focalizada,
pontual e estruturada.
O trabalho descritivo busca detalhar as características de determinada
população ou fenômeno ou estabelecimento de relações entre variáveis; o presente
trabalho também possui caráter exploratório, pois o tema escolhido ainda não possui
fontes suficientes de referência e, assim, não apresenta hipóteses consistentes
como ponto de partida para a pesquisa (MARTINS JUNIOR, 2008). A pesquisa de
campo é utilizada com o objetivo de conseguir informações relacionadas ao
problema para o qual se investiga uma resposta. A análise quantitativa é aplicada
quando se deseja analisar dados numéricos; valores como o número de sujeitos
participantes, médias e desvios de medições experimentais são dispostos sob a
forma de tabelas e gráficos. No delineamento de um estudo transversal, todas
as mensurações são executadas em um momento único (RUIZ, 2006).
4.2 LOCAL DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada nas dependências de um ILPI, sendo uma instituição
privada/filantrópica, de um município do estado do Pará, ativa há 34 (trinta e quatro)
anos, tendo sido construída em 1981. Entende-se que este intervalo de tempo é
suficiente para detectar possíveis riscos físicos oriundos da falta de manutenção. A
escolha do local de pesquisa deu-se pela demanda de idosos residentes na mesma
e também pela facilidade de acesso aos pesquisadores.
30
4.3 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS
Como a pesquisa não envolve diretamente seres humanos e suas emissões
de valores, tampouco seus pareceres, opiniões por parte de nenhuma variável, não
foi necessária aprovação em Comitê de Ética (BRASIL, 1996; 2012), e sim apenas a
aprovação assinada pelos administradores das ILPI inerentes ao campo de estudo.
Ressalta-se que foi assegurado às instituições o direito de retirarem-se da pesquisa
caso assim o desejem, bem como a privacidade e individualidade de todos os
envolvidos, motivo pelo qual não foram anexadas as autorizações (que ficarão
arquivadas em poder do pesquisador) e também não foram divulgadas, nesse
trabalho, imagens da frente da instituição em questão.
Todos os gastos financeiros da Pesquisa foram de responsabilidade dos
pesquisadores; ressalta-se que, em todos os momentos da pesquisa, foi designado
pela administração um funcionário que acompanhou todo o processo, porém este
não participou da coleta em nenhum momento.
4.4 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS
O procedimento de coleta de dados foi realizado em três etapas:
Etapa 1: Observação e mapeamento do campo de estudo
A observação dos procedimentos e rotinas executadas pelos idosos e
profissionais possibilitou o conhecimento detalhado das atividades lá desenvolvidas,
permitindo o reconhecimento dos potenciais riscos físicos a que estes estão
expostos.
Nessa etapa, as informações obtidas permitiram a identificação, classificação
da potencialidade dos riscos físicos, visando estabelecer um pré-diagnóstico sobre
das condições de trabalho na instituição. Esse momento também foi crucial para, a
partir da observação, elaborar o instrumento de coleta de dados (APENDICÊ A) que
foi baseado na RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL, 2005) e em
instrumento de coleta utilizado por Posso (1988).
Etapa 2: Desenho técnico da planta do ILPI
31
Nessa etapa, o objetivo foi conhecer as dimensões espaciais e estruturais
que ofereceram subsídios na identificação das fontes potenciais de riscos físicos no
ILPI e serviram como base para realizar as mensurações a serem efetivadas na
coleta propriamente dita.
Foi considerada, também, a norma de construção para o ILPI e planta física
padrão (Figura 1) comparando-as com a RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005
(BRASIL, 2005).
Figura 1 - Projeto Arquitetônico, Planta Baixa da ILPIs.
MNXJHVASYTFD V
FEFFSN GJH VGH SB FHJVSBFG
Fonte: Instituto de Longa Permanência de Idosos. Acervo Pessoal, 2015.
32
Etapa 3: Procedimento de coleta de dados
A coleta de dados foi realizada em julho de 2015, pela própria pesquisadora,
por meio de instrumento de coleta de dados (APÊNDICE A) com questões
fundamentadas por Posso (1988), adaptando dados da RDC ANVISA 283/26/9/2005
(BRASIL, 2005) e distribuídos em seis partes: identificação da instituição,
características estruturais da instituição, risco de trauma, risco elétrico, risco de ruído
e disposição de mobiliário e equipamentos.
Nesta etapa, foram coletados os dados para identificação de riscos físicos
presentes no ILPI selecionado, utilizando-se para a coleta uma máquina fotográfica
digital (SONY®, 16.1 mega pixels), uma trena (TRAMONTINA, 3 metros, Figura 2) e
um decibelímetro (Instrutherm, DEC-490, Figura 3), os quais foram utilizados para
registro e armazenamento de imagens, aferição de medidas e captação de ruídos
sonoros, respectivamente.
De acordo com Posso (1988), o cálculo de iluminamento pode ser feito
baseando-se no número de lâmpadas existentes: soma-se o valor em potência de
cada uma das lâmpadas do ambiente dividindo-se em seguida pela área de
iluminação (em m2). O resultado deve ser maior ou igual a 20 para que a
luminosidade seja considerada suficiente. Vale ressaltar que o cálculo pode ser
aplicado a qualquer tipo de fonte luminosa.
Figura 2 – Trena.
Nota: Marca Tramontina.
Fonte: Acervo Pessoal, Belém, Pará, 2015.
33
Figura 3 - Decibelímetro.
Nota: Marca Instrutherm, DEC-490 Fonte: Acervo Pessoal, Belém, Pará, 2015.
A coleta de dados ocorreu no período diurno no ILPI, em dias alternados, nas
seguintes áreas: administração, áreas comuns (pátio, jardim, área da piscina),
dormitórios, banheiros (incluindo o dos funcionários), farmácia, enfermaria, sala de
Serviço Social, lavanderia, refeitório, cozinha, sala de Fisioterapia, despensas e
capela.
A coleta de ruídos, especificamente, foi realizada em dois momentos,
escolhendo-se os horários de funcionamento mais intensos da instituição, pela
manhã e pela tarde, e realizando a comparação posterior dos dados obtidos. Além
disso, após a coleta, todos os dados foram analisados e tabelados para a discussão
a seguir.
34
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 IDENTIFICAÇÃO ESPACIAL E PROFISSIONAL DO ILPI
O ILPI pesquisado é uma instituição filantrópica, o que implica dizer que sua
manutenção é feita por entidade jurídica sem fins lucrativos cuja prestação de
serviços visa a benemerência (SANGLARD, 2003). Sobre filantropia, Sanglard,
(2003, p.1095) ainda escreve:
A filantropia pode ser entendida, a grosso modo, como a laicização da caridade cristã ocorrida a partir do século XVIII, e que teve nos filósofos das luzes seus maiores propagandistas. O “fazer o bem”, o socorro aos necessitados, deixa de ser uma virtude cristã para ser uma virtude social.
Sendo assim, a instituição é mantida por meio de doações de outrem, não
recebendo nenhum incentivo financeiro do poder e administração pública
(SANGLARD, 2003).
No ILPI campo de estudo, os profissionais exercem funções diversificadas,
sendo cada um responsável por atividades dentro de suas competências. Todavia,
em nada isso altera a exposição aos riscos, uma vez que, todos estão inseridos no
mesmo ambiente e no geral todos possuem atitudes similares, colocando-os em
situação de vulnerabilidade e exposição aos riscos durante as atividade laborativas.
A caracterização da instituição cenário do estudo e o quantidade, categoria
profissional e cargo dos profissionais que compõem o funcionamento do ILPI,
seguem representados nos Quadros 1 e 2 a seguir:
Quadro 1 - Caracterização do ILPI. Pará, 2015
Ano de construção 1981
Capacidade de Idosos no ILPI 39
Número de idosos que convivem no ILPI 39
Área física 622, 92 m2
35
Quadro 2 - Quantidade, categoria profissional e cargo dos profissionais que compõem o funcionamento do ILPI. Pará, 2015.
Categoria profissional Número de profissionais
Responsável técnico (Auxiliares administrativos)
02 Responsáveis Técnicos
Técnicos/Auxiliares de enfermagem
03 Técnicos de enfermagem
Cuidadores de idosos 07 Cuidadores de Idosos
Copa/ Cozinha 02 Cozinheiros
Lavanderia 01 Funcionário
Serviço de limpeza 03 Auxiliares de serviço gerais, sendo 01 para
serviços da parte externa e 02 para serviços da
parte interna.
Ao analisar o Quadro 1, pode-se perceber que a capacidade máxima do local
está sendo ocupada. Tal assertiva ratifica que as famílias brasileiras estão
recorrendo à institucionalização dos idosos, fato que ocorre por motivos diversos,
onde evidentemente, se identifica a diminuição do apoio familiar aos idosos (SILVA;
SANTOS, 2010). No entanto, a institucionalização do idoso deveria ser a última
alternativa de assistência o que é preocupante segundo Tier, Fontana e Soares
(2004), pois a ILPI está ocupando um lugar diferente daquele que seria o devido.
No que diz respeito à análise da composição profissional do ILPI (Quadro 2),
pode-se perceber a existência de um déficit profissional, com ausência de médicos,
enfermeiros e outros profissionais como nutricionistas e fisioterapeutas, por
exemplo. Este fator predispõe a ocorrência de agravos à saúde, visto a sobrecarga
de trabalho dos profissionais existentes, além de não garantir a assistência
adequada aos idosos que lá residem.
Para Ferreira e Yoshitome (2010), os ILPI devem satisfazer as necessidades
dos idosos em todos os sentidos e, para tal, devem disponibilizar o trabalho da
Assistência Social, Medicina, Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia
Ocupacional, Odontologia, Nutrição, entre outros serviços. No cenário em que se
encontram as ILPI atualmente, existe a necessidade de contratação de mais
36
profissionais que componham uma equipe multiprofissional, com o intuito de assistir
os idosos holisticamente (MEDEIROS et al., 2015).
Baseando-se na Anvisa, 2004 e RDC Anvisa Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL,
2005), o ILPI deve apresentar recursos humanos com vínculo formal de trabalho que
garantam a realização das seguintes atividades:
“Modalidade I: destinada a pessoas idosas independentes, mesmo que requeiram
uso de equipamentos de auto-ajuda.
a) Um cuidador para cada 20 idosos, ou fração, com carga horária de 40
horas/semana;
b) Dois funcionários para serviços gerais com carga horária de 40 horas/semana;
c) Dois cozinheiros com carga horária de 40 horas/semana.
Modalidade II: destinada a pessoas idosas com dependência funcional em
qualquer atividade de autocuidado como alimentação, mobilidade, higiene e que
necessitem de auxílios e cuidados específicos. a) Um médico com carga horária de 08 horas por semana;
b) Um enfermeiro com carga horária de 12 horas/semana;
c) um nutricionista com carga horária de 04 horas /semana;
d) um fisioterapeuta com carga horária de 04 horas/semana;
e) um auxiliar/técnico de enfermagem para cada 15 idosos, ou fração, por turno;
f) um cuidador para cada 10 idosos, ou fração, por turno;
g) dois funcionários para serviços gerais com carga horária de 40 horas/ semana;
h) dois cozinheiros com carga horária de 40 horas por semana;
Modalidade III: destinada a pessoas idosas com dependência que requeiram
assistência total, com cuidados específicos, nas atividades de vida diária: a) um médico com carga horária de 12 horas/semana;
b) um enfermeiro com carga horária de 20 horas/semana;
c) um nutricionista carga horária de 08 horas/semana;
d) um fisioterapeuta carga horária de 20 horas/ semana;
e) um auxiliar/técnico de enfermagem para cada 10 idosos, ou fração, por turno;
f ) um cuidador para cada 06 idosos, ou fração, por turno;
g) dois funcionários para serviços gerais com carga horária de 40 horas/ semana.
h) duas cozinheiras com carga horária de 40 horas/semana...]” (BRASIL, 2005)
37
Os idosos institucionalizados distribuem-se entre as três modalidades/graus
de dependência especificadas no Quadro 3. Constata-se um dimensionamento de
pessoal no ILPI incompatível com o mínimo recomendado para que seja possível a
manutenção das atividades, destacando que apenas os serviços de limpeza e
cozinha estão compatíveis com a carga de atendimento.
Quadro 3 - Descrição do número e grau de dependência dos idosos residentes no ILPI. Pará, 2015.
GRAU DE DEPENDÊNCIA DO IDOSOS NÚMERO DE IDOSOS
Grau I 16 idosos
Grau II 08 idosos
Grau III 15 idosos
Em relação aos demais serviços, percebe-se que alguns são até mesmo
inexistentes, como é o caso das atividades de lazer, garantidas somente quando há
o apoio de acadêmico e/ou estagiários de cursos superiores que realizam pesquisa
cientifica ou estágios supervisionados na instituição. No entanto, tais atividades
ocorrem periodicamente e sem rotina determinada, fato que poderia ser resolvido,
uma vez que a ILPI estudada apresenta estrutura para atividade de lazer – ainda
que parte dessa estrutura esteja desativada, como é o caso da piscina adaptada
(Figuras 6 a 9). Outro espaço que poderia ser utilizado para atividades de bem-estar
dos idosos seria a sala de fisioterapia, que também se encontra desativada por falta
de profissionais (Figuras 4 e 5).
Figura 4 - Sala de Fisioterapia desativada.
Figura 5 - Sala de Fisioterapia desativada.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
38
Figura 6 - Piscina Desativada.
Figura 7 - Piscina Desativada.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Figura 8 - Espaço para Lazer.
Figura 9 - Espaço para Lazer
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Os serviços médicos, psicológicos, nutricionais e de assistência social não
são, rotineiramente, garantidos. Contudo, quando necessário, os idosos são
hospitalizados na rede pública de saúde e a equipe da Estratégia de Saúde da
Família-ESF oferece o apoio, dentro de suas limitações, realizando atendimento e
visitas na Instituição.
O serviço de enfermagem não é totalmente garantido, uma vez que o ILPI
estudado não possui enfermeiro, sendo este um profissional de extrema valia para
condução da equipe de enfermagem, gerenciamento da assistência e do serviço, e
de atividades preventivas. Tal afirmação encontra ressonância em Santos et al.,
(2008, p.295), como se depreende na declaração a seguir:
39
O enfermeiro desenvolve suas atividades junto à pessoa idosa, por meio de um processo de cuidar, que consiste em olhá-la, considerando os aspectos biopsicossociais e espirituais, vivenciados pelo idoso residente e por sua família e amigos.
Assim, o trabalho do enfermeiro é capital para manutenção de uma
assistência de qualidade a esse público, levando em consideração todos os
aspectos relativos aos idosos e lhes proporcionando, além do bem-estar físico, a
maior qualidade de vida possível.
Compondo a equipe de enfermagem, o técnico de enfermagem possui como
funções dentro do ILPI: observar e descrever sinais e sintomas; prestar e promover
cuidados de higiene e conforto; aferir sinais vitais; administrar medicação e realizar a
alimentação via enteral, realizar orientações competentes com sua qualificação,
dentre outras, além de colaborar na supervisão do serviço dos cuidadores de idosos
(SANTOS et al,. 2008).
O idoso apresenta necessidades que exigem alta demanda dos profissionais
da saúde, incluindo o técnico de enfermagem, sendo que a RDC ANVISA Nº 283, de
26/09/2005 (BRASIL, 2005) estabelece três por turno de 8h ou de 12/36h, porém, no
ILPI pesquisado há três para o total de turnos, quando o ideal seria: nove para o
turno de 8h e seis para o de 12/36. Assim, fica patente um subdimensionamento do
número de profissionais, prejudicando o desenvolvimento e a qualidade de sua
assistência, além de expô-los a riscos e cargas físicas, biológicas, psicológicas,
entre outros.
Completando a equipe de assistência, no ILPI campo deste estudo, há os
cuidadores de idosos, divididos em duas categorias: os cuidadores formais, aqueles
pertencentes ao ILPI ou profissionais terceirizados, para fornecerem cuidados aos
idosos e informais, são aqueles que prestam assistência voluntariamente, como os
vizinhos, amigos ou familiares (BATISTA; ALMEIDA; LANCMAN, 2014).
As necessidades de cuidado extrapolam, muitas vezes, as capacidades das
famílias. Cresce, portanto, a necessidade de cuidadores formais, com capacitação
profissional para o cuidado ao idoso. Organizações internacionais e a política
nacional apontam para a necessidade da formação de profissionais capacitados
para lidar com o universo geriátrico e gerontológico (PAVARINI et al., 2005).
Segundo Souza e Argimon (2014), o cuidar originalmente era prestado por
voluntários que se dedicavam ao bem-estar do outro, tornando-se parte integrante
40
da sua vida diária. Tratando-se da atenção ao idoso, o cuidador tem a função de
oferecer cuidados de higiene e conforto, ajudando com a alimentação, além de
estimular a reabilitação e independência do idoso.
Dessa forma, o cuidador de idosos está, também, altamente suscetível ao
desgaste físico e até mesmo psicológico, sendo necessário, além de um ambiente
propício à realização de suas atividades, uma demanda de trabalho que não o
sobrecarregue. O quadro real de cuidadores do ILPI estudado não condiz com estes
requisitos, uma vez que o quantitativo ideal deveria ser composto por quatro
cuidadores por turno de trabalho, ao invés de sete para todos os turnos, respeitando
a carga horária de trabalho e descanso destes.
Avaliando a composição de funcionários, identifica-se um problema a ser
corrigido em caráter de urgência, uma vez que a sobrecarga e a falta de
profissionais está intimamente ligada a possíveis implicações à saúde, ocorrência de
acidentes e surgimento de doenças ocupacionais.
5.2 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DO ILPI 5.2.1 Área externa
A área externa do ILPI apresenta-se sem a presença de placas de
identificação e contendo apenas uma porta de vidro para o acesso ao serviço. A
instituição estudada possui uma área descoberta (Figuras 10 e 11) própria para o
convívio e desenvolvimento de atividades ao ar livre e um pátio com área de 270m2
(Figura 12), todos os ambientes, sejam eles externos ou internos, contem piso
antiderrapante e corrimão unilateralmente e bilateralmente em rampas de acesso e
áreas de circulação (Figuras 13 a 15). A porta de entrada apresenta 2,05 m de altura
x 0,90 m de largura, com travamento simples.
Comparando o encontrado com o determinado pela RDC ANVISA Nº 283, de
26/09/2005 (BRASIL, 2005) identificaram-se algumas inadequações, uma vez que a
mesma estabelece acesso externo com no mínimo duas portas, sendo uma
exclusivamente de serviço, com um vão livre com largura mínima de 1,10m, com
travamento simples sem uso de trancas ou chaves.
41
Os pisos externos e internos (inclusive de rampas e escadas) devem ser de
fácil limpeza e conservação, uniformes, com ou sem juntas e com mecanismo
antiderrapante; rampas e escadas devem ser executadas conforme especificações
da NBR9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004),
observadas as exigências de corrimão e sinalização; as circulações principais
devem ter largura mínima de 1,00 m e as secundárias podem ter largura mínima de
0,80 m, sendo que as circulações com largura maior ou igual a 1,50 m devem
possuir corrimão dos dois lados e circulações com largura menor que 1,50 m podem
possuir corrimão em apenas um dos lados.
Dessa forma, observa-se que, em relação à área externa, poucos são os
riscos encontrados aos trabalhadores, pois, mesmo com as inadequações existentes
de identificação dos ambientes e formas de acesso da instituição, estes configuram-
se como problemas mais organizacionais do que estruturais da instituição, não
implicando diretamente na saúde e potencialidade de riscos funcionários envolvidos
no processo.
Figura 10 - Área descoberta
Figura 11 - área descoberta
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Figura 12 - Piso antiderrapante.
Figura 13 - Área de circulação Pátio
42
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Figura 14 - Acesso Principal.
Figura 15 - Rampas com corrimão.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
5.2.2 Áreas internas
5.2.2.1 Dormitórios
Adentrando o ILPI e realizando uma apreciação dos ambientes em que os
profissionais atuam, pode-se avaliar a adequação (ou não) dos ambientes e o
quanto esse fator implica em riscos. Estudos de Benedett (2008) e Marinelli (2013) já
atentavam para o fato de que medidas diferentes recomendado podem dificultar o
fluxo de circulação de pessoas, aumentando a possibilidade de choque com outros
objetos e equipamentos aí existentes ou de queda dos mesmos devido à restrição
do espaço de circulação. Assim, as inadequações do espaço físico podem se
caracterizar como fonte potencial de risco.
Em relação às dimensões físicas dos dormitórios do ILPI campo deste estudo,
verificou-se que são separados por sexo e abrigam no máximo 3 pessoas. Além
disso, todos são dotados de banheiro, respeitando assim a regulamentação exigida
para os mesmos, encontrando-se dentro dos padrões no que diz respeito a divisão e
distribuição dos dormitórios. Os quadros 4 e 5 apresentam, respectivamente, o
dimensionamento físico dos dormitórios de acordo com o preconizado pela RDC e
ao encontrado no ambiente analisado.
43
Quadro 4: Dimensionamento físico dos dormitórios de um ILPI, segundo RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL, 2005). Pará, 2015.
Número de pessoas por dormitório
Área dos dormitórios, incluindo área para guarda de roupas e pertences do residente
Distância entre as camas
Distância entre cama e parede
1 pessoa 7,50m2 _ 0,50 m
02 a 04 pessoas 5,50 m2 por cama 0,80 m 0,50 m
Quadro 5 -Dimensionamento físico dos dormitórios do ILPI avaliado, Pará 2015.
Número de pessoas por dormitório
Área dos dormitórios, incluindo área para guarda de roupas e pertences do residente
Distância entre as camas
Distância entre cama e parede
1 pessoa 4,77 x 3,05 = 14, 54 m2
_ 1,00 m
02 a 04 pessoas 6, 34 x 3,48= 22, 06 m2
(7, 35 m2 por cama) 1,18 m 0,80 m
Realizando a análise comparativa dos dormitórios, entre o estipulado pela
RDC e o encontrado no ILPI, tem-se uma adequação da área encontrada, estando
até mesmo acima da exigência mínima, visto que há no máximo três idosos por
quarto.
Por outro lado, fatores que preocupam e descumprem a RDC ANVISA
283/2005 (BRASIL, 2005) são a ausência de luz de vigília e campainha de alarme
nesses ambientes, o que dificulta tanto ao idoso quanto ao profissional, caso haja
necessidade de se movimentar à noite. Além disso, há presença (em alguns
dormitórios) de objetos não fixados na parede e suspensos (televisor, guarda-roupa,
entre outros) ou ainda em mau estado de conservação das paredes (objetos e
própria estrutura física, conforme Figuras 16 a 20), fatores que aumentam a
predisposição à traumas durante a realização de atividades profissionais.
44
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Figura 18 - Dormitório ILPIs.
Figura 19 - Objetos guardados em locais Inapropriados.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Figura 20 - Má conservação nos dormitórios
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Para Araruna e Posso (2014), é necessário um espaço adequado e que
permita a mobilidade dos profissionais, para que estes possam executar suas
atividades com segurança, assim como também um preparo adequado do local para
se evitar riscos físicos aos profissionais.
Figura 16 - Dormitório ILPIs.
Figura 17- Dormitório ILPIs.
45
Segundo Cunha (2004), a adequação ambiental está diretamente relacionada
com equilíbrio e harmonia visual; assim, se estas não se encontrarem adequadas,
podem gerar complicações ao profissional. Ressalta-se ainda que o uso de cores
inadequadas, como as cores muito fortes e chamativas, pode causar confusão
mental aos trabalhadores, gerando estresse desnecessário.
Outro fator preocupante é inadequação de imobiliários e a presença de
objetos guardados em locais inapropriados (televisão não fixadas da parede, e
objetos pendurados atrás das janelas), o que aumenta o risco de traumas e
problemas ergonômicos. Segundo Benedett (2008), a sobrecarga ergonômica causa
danos à saúde e atrapalha o desenvolvimento das atividades profissionais,
reduzindo a qualidade da assistência.
Nota-se que as paredes e teto dos dormitórios, a exemplo dos banheiros
(Figuras 17 a 23), são de alvenaria recobertos com cerâmica branca, laváveis,
sendo que um deles apresenta piso antiderrapante, de cor neutra (Figura 24).
Padrão semelhante é apresentado pelas paredes, piso e tetos das demais
dependências internas do ILPI estudado (Figuras 27 a 43).
As Figuras 20, 25 e 26, referentes a um dormitório e aos banheiros dos
funcionários, respectivamente, apresentam paredes em mau estado de conservação
e com nítidos pontos de infiltração, principalmente, no banheiro dos funcionários, e
com talha de tecido (Figura 26), fator facilitador de contaminação.
Paredes e tetos eram de cor branca, coincidindo com os resultados
observados por Benedett (2008), Almeida (2013) e Araruna; Posso (2014) em UTI
neonatal e Central de Mateteriais Esterelizados - CME, respectivamente. Segundo
Boccanera; Boccanera; Barbosa, (2006) e Boccanera (2007), esta cor permite maior
refletância, além de representar simplicidade, paz, harmonia e estabilidade,
necessárias ao ambiente hospitalar e de EAS que devem transmitir sensações
agradáveis e de conforto para o paciente, família e profissionais. Ressalta Marinelli
(2013) que, de acordo com as dimensões dos ambientes, há um padrão de cor que
os torna mais amplos ou confortáveis, ao mesmo tempo que facilita a realização de
tarefas que exijam atenção.
46
5.2.2.2 Banheiros dos usuários
Os banheiros fazem parte de cada dormitório, sendo cada um usado por no
máximo três idosos. Ressaltando que são idosos do mesmo sexo e que os
banheiros são de uso exclusivo dos residentes no ILPI. A seguir Quadros 6 e 7
demonstram o padrão determinado pela RDC ANVISA 283/2005, (BRASIL, 2005) e
o encontrado no local estudado, permitindo assim uma apreciação para identificar
inadequações que possam existir. Quadro 6: Dimensionamento físico (mínimo) dos banheiros de um ILPI, segundo RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (PARÁ, 2015).
Tamanho
do Banheiro
Número
de bacias
Número de lavatórios
Número de chuveiros
Possui algum desnível em
forma de degrau, para conter a água
Possui revestimentos que produzam brilhos
e reflexos
3,60 m2
01
01 01 Não Não
Quadro 7: Dimensionamento físico dos banheiros do ILPI (PARÁ, 2015).
Tamanho do
Banheiro
Número de
bacias Número de lavatórios
Número de chuveiros
Possui algum desnível em
forma de degrau, para conter a água
Possui revestimentos que produzam brilhos
e reflexos
3,07 x 1,90 = 5,83 m2 01 01 01 Não Não
Comparando a estrutura física, observa-se que a mesma está dentro dos
padrões determinados. É um fator importante, uma vez que a adequação do espaço
permite uma boa movimentação dos profissionais e idosos facilitando o
desenvolvimento de atividades como o banho dos idosos, por exemplo, diminuindo
assim os riscos de traumas e cargas mecânicas (FELLI; BAPTISTA, 2015) a estes
profissionais.
No entanto, na estruturação do banheiro percebe-se um risco de acidentes
por objetos suspensos (Figuras 21 e 22). Além disso, verificou-se a presença de
risco elétrico (Figuras 23 e 24). De acordo com Magarão; Guimarães e Lopes (2011)
as lesões por choque elétrico acompanham a história e a evolução dos meios de
47
geração de eletricidade, representando segundo estatísticas norte-americanas 5.000
atendimentos nas unidades de urgência e emergência/ano e em consequência cerca
de 1.000 mortes, configurando um grave problema de saúde pública.
Figura 21 - Banheiro do ILPIs.
Figura 22 - Banheiro do ILPIs.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Figura 23 - Risco elétrico em Banheiro do ILPIs.
Figura 24 - Risco elétrico em Banheiro do ILPIs.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Estudo sobre queimaduras realizado por Gawryszewski et al (2012) constatou
que 21,9 % dos pacientes que buscaram atendimento médico foram vítimas de
choque elétrico. Trata-se de um número que pode ser considerado alto para essa
natureza de problema e um fator preocupante, podendo ser fatal para a vítima.
5.2.2.3 Banheiro dos funcionários
Os funcionários devem possuir vestiário e banheiro próprios e separados por
sexo, onde cada banheiro deve estar disponível para cada 10 funcionários ou fração
48
e a área do vestiário deve ser no mínimo 0,5 m2 por funcionário/turno, podendo
dessa forma proporcionar conforto e privacidade a estes profissionais. Visando
identificar a adequação desse espaço, os quadros 8 e 9 apresentam os parâmetros
estabelecidos e a realidade encontrada no ILPI avaliado. Quadro 8: Dimensionamento físico do banheiro dos funcionários de um ILPIs, segundo RDC ANVISA Nº 283, de 26/09/2005 (BRASIL, 2005).
Área do Banheiro
Número de
bacias
Número de
lavatórios
Números de
chuveiros
Possui algum
desnível em forma de
degrau, para conter a
água
Possui revestimentos que produzam
brilhos e reflexos
3, 60 m2 01 01 01 Não Não
Quadro 9: Dimensionamento físico do banheiro dos funcionários do ILPI. Pará, 2015.
Tamanho do
Banheiro
Número de
bacias
Número de
lavatórios
Números de
chuveiros
Possui desnível em
forma de degrau,
para conter a água
Possui revestimentos que produzam
brilhos e reflexos
2,90 x 1,13 = 3,27 m2
01
01 00 Não Não
Percebe-se a ocorrência de inadequações na estrutura do banheiro dos
funcionários, onde o tamanho encontra-se inferior ao recomendado. Além do fato da
inexistência de chuveiro. O ILPI avaliado não dispõe de vestuários nem banheiros
separados por sexo, sendo um único banheiro (Figuras 25 e 26) utilizado por todos
os funcionários do estabelecimento, excedendo, assim, o limite máximo permitido de
pessoas, desrespeitando a territorialidade individual e prejudicando a privacidade.
Outro fator preocupante é a utilização das instalações do banheiro como
despensa de material de limpeza (Figuras 25 e 26), fato que prejudica a mobilidade
no espaço e que, associado à má conservação, favorece a potencialidade de riscos,
além de causar desconforto aos usuários, evidenciando a pouca preocupação com o
bem-estar e a qualidade do ambiente de trabalho destes.
49
Figura 25 - Banheiro dos Funcionários.
Figura 26 - Banheiro dos Funcionários.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
A saúde ocupacional dos profissionais, em especial os envolvidos no
processo de saúde, requer um ambiente de trabalho livre ao máximo de cargas,
sejam elas físicas, mecânicas, químicas ou psicológicas, entre outras (FELLI;
BAPTISTA 2015).
Para Rios (2008), o trabalho na área da saúde é desgastante, pois o ambiente
insalubre, o regime de turnos, os baixos salários, o contato muito próximo com os
pacientes provocam grande desgaste psíquico e podem levar ao adoecimento.
Contudo, apesar da importância desses aspectos, ainda se percebe um modelo de
gestão pouco atento ao conforto dos funcionários.
As condições do ambiente de trabalho correspondem aos aspectos materiais,
como espaço físico, entre outros (LANCMAN et al., 2013). A preocupação com o
ambiente profissional merece um cuidado especial, evitando sobrecarga e
consequentes possíveis transtornos à saúde desses trabalhadores, pois a garantia
de condições e de ambientes de trabalho adequados previne o aparecimento de
doenças e a ocorrência de acidentes (TOLDRÁ et al., 2010).
A sobrecarga de profissionais de enfermagem e cuidadores de idosos e as
condições ambientais de trabalho tem sido estudadas por diversos autores
enfatizando os seus efeitos na saúde destes trabalhadores, manifestada por sinais
e sintomas de diversas morbidades e comorbidades (LOUREIRO et al, 2014;
ZAVALA; KLIJN, 2014).
Os profissionais de saúde (assim como outros) estão envolvidos em
processos que os levam a trabalhar em diversos tipos de ambientes; muitas vezes,
tais ambientes estão em desacordo com o estabelecido na legislação pertinente,
50
expondo-os à potencialidade de riscos com consequências nefastas à saúde
(Zavala; Klijn, 2014). Como fator adicional, a má qualidade ambiental de trabalho
favorece o aumento do absenteísmo (FELLI; BAPTISTA, 2015).
Corroborando esta afirmativa, Sancinetti et al. (2011) relata que o absteísmo,
na maioria das vezes, está relacionado à desmotivação profissional potencializada
por processos institucionais de trabalho deficientes, condições desfavoráveis do
ambiente de trabalho, entre outros. Sancinetti et al (2011) destacam a importância
da valorização profissional e da adequação do ambiente de trabalho para evitar
prejuizo mutúo, visto que os riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores são
expostos tornam-os mais sucetíveis ao aparecimento de doenças e ocorrência de
acidentes ocupacionais, onerando e penalizando também as empresas com a
ausência ou perda do profissional.
5.2.2.4 Farmácia e enfermaria
A farmácia (assim denominada pelo ILPI estudado) na verdade é mais um
local de armazenamento de medicações, materiais de curativo e nebulização, e local
de preparo das medicações que serão administradas, usados pelos idosos e se
encontra em área de 9,76 m² (Figuras 27 e 28). A mesma tem como responsáveis os
técnicos de enfermagem que trabalham no ILPI. Embora a RDC ANVISA 283/2005
(BRASIL, 2005) não apresente parâmetros especificos para a área física dos ILPI,
percebe-se várias inadequações no que diz respeito à estrutura e manutenção
desse serviço, considerando por analogia o disposto na RDC nº 50, de 21 de
fevereiro de 2002 (BRASIL, 2002) que determina áreas específicas para cada
função do farmacêutico para a dispensação e distribuição dos diversos tipos de
medicamentos.
Uma questão preocupante encontrada está relacionada ao armazenamento
das medicações para posterior distribuição, visto que a farmácia não apresenta
controle de temperatura nem controle de umidade ambiente; além disso, pode-se
perceber estocagem de medicamentos fracionados, muitas vezes, por tempo
prolongado, comprometendo a qualidade do medicamento.
Segundo Silva (2011), a questão da estocagem de medicamentos é
preocupante também em relação às sobras, que podem comprometer a
51
farmacoterapia, pela presença de medicamentos vencidos, sem rótulo, com
ausência de indicações de uso e ilegibilidade das informações. MENDES (2005)
relata que o procedimento de dispensa de medicamentos deve assegurar a
qualidade, necessitando dessa forma uma estocagem e embalagem compatível com
a preservação do produto.
O fato de a farmácia não possuir um responsável técnico correspondente e
qualificado é outro fator limitante e preocupante, uma vez que, mesmo a dispensa de
medicamentos sendo realizada mediante receita médica, os idosos não estão
totalmente livres de receber medicamentos em condições inadequadas.
Bueno et al. (2012) ressalta que é importante considerar que a maioria dos
idosos utilizam medicamentos sem prescrição; a falta de controle farmacólogico
facilicita essa prática de polifarmácia, com consequências de gravidade variável
(GAUTÉRIO et al, 2012).
Figura 27 - Farmácia ILPI.
Figura 28 -Farmácia ILPI.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Seguindo a discussão sobre o rol de irregularidades, observou-se ainda o
uso de estufa para esterilização de materiais e a falta de um sistema de esterilização
adequado (Figuras 29 e 30), com a ausência de centro de material e esterilização
(CME).
52
Figura 29 - Farmácia ILPI.
Figura 30 - Farmácia ILPI.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
De acordo com Sancinetti e Gatto (2007, p. 265):
O CME tem finalidades e objetivos nitidamente definidos, tais como: concentrar os artigos odonto-médico-hospitalares, esterilizados ou não, facilitando seu controle, conservação e manutenção; padronizar e realizar técnicas de limpeza, preparo, empacotamento e esterilização, assegurando economia de pessoal, material e tempo; distribuir material esterilizado ou não aos diversos setores de atendimento a pacientes; treinar pessoal para atividades específicas do setor, conferindo-lhe maior produtividade; facilitar o controle de consumo, qualidade dos materiais e das técnicas de esterilização, aumentando a segurança do uso.
Os riscos observados dentro da farmácia estão mais intimamente
relacionados a fatores de riscos biológicos; no entanto, nosso foco são os riscos
físicos; perfurocortantes mal armazenados, por exemplo, podem causar traumas por
impacto no organismo de gravidade variável (POSSO, 1988). As figuras 31 e 32
mostram que o local onde está depositada a caixa de descarte pode provocar
acidentes.
Figura 31 - Pia da farmácia ILPI.
Figura 32 - Caixa de material perfurocortante.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
53
A ausência de farmacêutico responsável pela farmácia aumenta a sobrecarga
do técnico de enfermagem no caso da ILPI estudada, expondo-o também a riscos de
ordem legal, uma vez que não é habilitado para tal responsabilidade. Constatou-se
ainda a inadequação no armazenamento dos resíduos perfurocortantes (Figura 32),
em que a caixa utilizada é formada por material improvisado e mantida em local de
conservação inadequado.
A RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004 (BRASIL, 2004), regulamenta o
descarte de materiais com possíveis riscos perfurocortantes e de transmissão
biológica à saúde: devem ser acondicionados em saco branco leitoso e caixa
especifica e rígida, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua
capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e indicando o risco que apresenta
o resíduo, não podendo permanecer no chão ou em superfícies e ficando a uma
altura de fácil visualização por parte dos trabalhadores.
A enfermaria, por sua vez, encontra-se em um espaço de 14,37 m², com dois
leitos utilizados para casos de emergência e de observações dos idosos
institucionalizados (Figuras 34 e 35). Dessa forma, encontra-se de acordo com a
RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 (BRASIL, 2002), que preconiza 7,0m² por
leito em quartos com dois leitos. Contudo, a distribuição do quarto deixa os leitos em
espaços inadequados, além do uso do espaço para guarda de materiais inutilizados
(Figura 33).
No ambiente da enfermaria, as figuras 36, 37 e 38 permitem observar riscos
de traumas nas por irregularidades do piso e mobiliários mal posicionados, assim
como riscos elétricos (anteriormente discutidos); tais questões necessitam ser
corrigidas o quanto antes, visto que deixam os profissionais suscetíveis a acidentes
de trabalho.
Outro fator preocupante aparece nas figuras 34 e 35 e se relaciona à
presença das dos cilindros de O2 entre as macas, pois existe a necessidade de um
manuseio adequado, a fim de evitar acidentes. Bártholo, Gomes e Noronha Filho
(2009) salientam o risco de explosão e incêndio associado ao uso do gás
concomitantemente ao uso objetos fontes de calor, como fósforos, por exemplo.
54
Figura 33 - Enfermaria ILPI.
Figura 34 - Enfermaria ILPI.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Figura 35 - Enfermaria ILPI.
Figura 36 - Enfermaria ILPI.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Figura 37 - Risco elétrico-enfermaria
Figura 38 - Risco elétrico-banheiro da enfermaria
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
5.2.2.5 Cozinha e refeitório
As atividades desempenhadas em cozinhas caracterizam-se pela
manipulação e a preparação de alimentos, processo este que exige algumas
55
posturas inadequadas como longos turnos em pé e condições ambientais
desconfortaveis, como exposição a altas temperaturas, por exemplo (CASAROTTO;
MENDES, 2003).
O trabalho em cozinhas está cercado de riscos ocupacionais, em especial os
riscos ergonômicos causando sobrecarga musculoesquelética, além dos riscos
relacionados ao ambiente físico, caracterizados por ruído, umidade excessiva,
temperatura elevada e ventilação insatisfatória (BOCLIN; BLANK, 2006).
Silva et al (2008) expecifica que nas cozinhas existem diversas atividades que
expõem os profissionais a riscos ocupacionais em decorrência do ambiente e reforça
que na maioria das vezes estes se apresentam de forma simultânea e sinérgica,
gerando sobrecarga física nestes trabalhadores.
Para a RDC N° 216/2004 (BRASIL, 2004), a edificação e as instalações
devem ser projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos
em todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de
manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção. Além disso, o acesso às
instalações deve ser controlado e independente, não comum a outros usos. O
dimensionamento da edificação e das instalações deve ser compatível com todas as
operações. Deve existir separação entre as diferentes atividades por meios físicos
ou por outros meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada (BRASIL,
2004; 2005). Por fim, as instalações físicas como piso, parede e teto devem possuir
revestimento liso, impermeável e lavável. Devem ser mantidos íntegros,
conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações,
bolores, descascamentos, dentre outros e não devem transmitir contaminantes aos
alimentos (BRASIL, 2004; 2005).
A área da cozinha do ILPI campo de estudo (Figuras 39 a 46) é equivalente
a 23,40 m², espaço compatível com uma boa distribuição das atividades,
possibilitando a minimização de riscos a que os profissionais estao expostos.
Contudo, há risco de quedas e traumas, pela presença de tapetes e piso
escorregadio, inadequados (Figuras 39, 41 e 42), além do risco térmico ocasionado
pelo trabalho com altas temperaturas e intensificado pela baixa ventilação existente.
56
Figura 39 –Cozinha - Risco de trauma.
Figura 40 – Cozinha.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Figura 41 – Cozinha.
Figura 42 – Cozinha.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Figura 43 - Cozinha
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
57
O refeitório (Figuras 44 a 47), por sua vez, ocupa uma área de 50,0 m²,
apresentando espaço adequado para o cotidiano das refeições dos internos,
deixando-os acomodados adequadamente e livrando os profissionais que ali
desenvolvem suas atividades de riscos relacionados a espaços insuficientes. O
refeitório também está de acordo com a RDC ANVISA 283/2005 (BRASIL, 2005),
que preconiza que o refeitório deve conter área mínima de 1m2 por usuário,
acrescido de local para guarda de lanches, lavatório para higienização das mãos e
luz de vigília. No entanto, embora o espaço seja adequado, outras diretrizes da RDC
ANVISA 283/2005 (BRASIL, 2005), como local para guarda de lanches, não são
respeitadas, necessitando adequação.
Tanto para profissionais quanto para usuários, evidencia-se risco de
acidentes no que diz respeito a mesas e bancos, uma vez que estes não possuem
cantos arredondados, aumentando assim o risco de acidentes e traumas, inclusive
para os idosos que estão mais suscetíveis, devido à diminuição de reflexos e
aspectos cognitivos.
Diante disso, percebe-se que no geral as condições ambientais do refeitório
do ILPI estudado encontram-se sem maiores problemas e sem tantos riscos de
acidentes ocupacionais. Ainda assim, é perceptível a necessidade de adequações,
para que estes profissionais tenham os poucos riscos eliminados, além de
adequações estruturais para que a estrutura encontrada seja condizente com o
padrão exigido pela norma especifica.
Figura 44 - Refeitório.
Figura 45 – Refeitório.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
58
Figura 46 – Refeitório.
Figura 47 – Refeitório.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
5.2.2.6 Lavanderia
Os ambientes de saúde são locais tipicamente insalubres que apresentam
riscos ocupacionais, onde poucas vezes percebe-se o cuidado dos gestores em
relação à minimização dos riscos e preocupação com a qualidades dos usuários e
dos trabalhadores envolvidos no processo (FONTANA; NUNES, 2013). As
lavanderias hospitalares tem o objetivo de limpar e descontaminar roupas, para que
as mesmas possam ser reutilizadas com segurança pelos usuários. Todavia, o
processo requer habilidade dos manipuladores (FONTANA; NUNES, 2013).
As lavanderias hospitalares são locais geralmente pouco observados em um
hospital; apesar da pouca investigação, apresentam grande índice de acidentes de
trabalho e desenvolvimento de doenças ocupacionais. Quanto ao gerenciamento de
riscos hospitalares, as lavanderias constituem-se um sério problema em relação aos
riscos ambientais (PROCHET, 2000; FERNANDES et al. 2000).
Em um rol de potenciais riscos fisícos existentes neste ambiente, pode-se
citar as temperaturas alternadas entre frio e calor intenso, umidade, falta de
ventilação, ruído, vibração, iluminação inadequada e choque elétrico (PROCHET,
2000; FERNANDES et al. 2000), além dos riscos ergonômicos e biológicos que se
fazem muito constantes na realidade do dia a dia do trabalho dos profissionais
envolvidos neste ambiente.
A lavanderia do ILPI analisada possui todos os riscos físicos já citados,
indicando um ambiente desfavorável à saúde do funcionário, inferindo-se, pelo
evidenciado, ser o mais vulnerável às cargas físicas de toda instituição. Destacam-
59
se o ruído e a umidade no local, riscos mais expressivos, sendo estes claramente
reconhecidos nas Figuras (48 a 54).
Figura 48 - Esterilizadora – Lavanderia.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Figura 49 -Lavanderia ILPIs
Figura 50 - Lavanderia ILPI.
Figura 51 - Lavanderia ILPI
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Figura 52 - Lavanderia – ILPI.
Figura 53 - Umidade - Lavanderia - ILPI
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
60
Figura 54 - Lavanderia ILPI
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
Segundo a ANVISA (2009), os riscos fisicos estão comumente presentes nas
lavanderias, sendo estes:
• O ruído e a vibração, que são decorrentes do funcionamento dos
equipamentos (como lavadoras, secadoras e calandras e esterilizadoras), do
sistema de ventilação, dentre outros. Os ruídos podem acarretar, além da
perda auditiva, o desvio da atenção e falhas na comunicação, o que favorece
a ocorrência de acidentes;
• O calor, que é proveniente dos equipamentos (como ferros de passar roupas
secadoras calandras e prensas), da tubulação e descarga de vapor, de roupa
quente e pesada, dos botões metálicos de roupas, dentre outros;
• A umidade ocorre principalmente devido a pisos molhados, sendo estes por
sua vez causadores de escorregões e quedas nesse ambiente.
De acordo com FONTOURA et al. (2014), o ruído ocupacional está presente
nos ambientes de trabalho, em especial nas lavanderias hospitalares, nas quais a
exposição continuada e excessiva a níveis de pressão sonora (NPS) elevados pode
vir a produzir alterações físicas, fisiológicas e psicológicas aos trabalhadores que ali
desenvolvem suas atividades (POSSO; SANT’ANNA, 2007). Considerações sobre o
ruído e a umidade presente no ambiente da ILPI investigada serão abordados,
especificamente, mais adiante.
Levando-se em consideração os riscos fisicos encontrados nesse setor, e
ressaltando que não foram avaliados os riscos químicos, biológicos, mecânicos e
ergônomicos envolvidos, por não serem foco deste estudo, constata-se a
61
necessidade de medidas urgentes de adequação do espaço, além de adequação do
número de funcionários, uma vez que estes estão bastante expostos a doenças e
acidentes ocupacionais, colocando-os em vunerabilidade fisíca e psicológica,
comprometendo a qualidade de vida dos mesmos e aumentando, dentre outras
coisas, a abstenção ao trabalho.
5.3 RUÍDO
O ruído é considerado o agente fisico mais encontrado nos ambientes de
trabalho, podendo causar alterações importantes à saúde do trabalhador (POSSO;
SANT’ANNA, 2007) como Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), sendo esta
uma das maiores dificuldades e problemas enfrentadas pelos trabalhadores (DIAS;
CORDEIRO, 2008).
A PAIR é um dos eventos adversos mais estudados quando se trata de
doença ocupacional referente à exposição à NPS acima do preconizado pela
Associação de Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS,1987) (Figura 55). A PAIR origina-se no sistema
neurossensorial, mais intensamente na cóclea, com difícil ou nula reversão,
estimando-se ser a doença ocupacional de maior incidência e a maior evento
causador de surdez, advinda de exposições prolongadas a NPS de alta potência
(COELHO et al., 2010).
No Quadro 10, apresentam-se os níveis de ruído presentes nos diversos
ambientes do ILPI estudado, enquanto o quadro 11 registra os Limites de tolerância
para ruído continuo ou intermitente, preconizados pela NR 15.
Quadro 10: Níveis de ruído encontrados no ILPI, Pará, 2015.
Local da Coleta Turno da coleta NPS em dBA Tempo de exposição dos trabalhadores
Dormitórios Manhã 64,2 6 horas
Tarde 59,9 6 horas
Farmácia Manhã 65,3 6 horas
Tarde 60,8 6 horas
62
Enfermaria Manhã 49,2 Depende da permanência de pacientes
Tarde 48,9 Depende da permanência de pacientes
Cozinha Manhã 61,1 8 horas
Tarde 60,4 8 horas
Refeitório Manhã 62,5 8 horas
Tarde 60,1 8 horas
Lavanderia Manhã 66,0 8 horas
Tarde 63,9 8 horas
63
Quadro 11: Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente
Fonte: Limite de tolerância para ruído continuo ou intermitente. NR15 (BRASIL, 1978)
Observa-se, quanto ao ruído no ILPI, que os ambientes de maior e menor
intensidade sonora são, respectivamente, a lavanderia e a enfermaria, o que se
justifica pela quantidade de fontes emissoras de sons que existem em ambos.
Vale ressaltar que que todos os valores estão dentro do limite de tolerância
estabelecido pela NR 15 (BRASIL, 1978), mesmo com a coleta sendo realizada nos
momentos de maior fluxo de atividades do ILPI. Contudo, é importante observar que,
na lavanderia, a esterilizadora encontrava-se com defeito, portanto sem atividade,
podendo-se inferir que o valor do Nível de Pressão Sonora nesse local poderia
apresentar-se mais elevado que o obtido experimentalmente.
Percebeu-se, à coleta dos picos de ruído e suas respectivas fontes, que
grande parte dos ruídos captados poderia ser evitada. Estes ruídos referem-se a
ocorrências como: conversas entre profissionais, manuseio de utensílios, máquina
de lavar em atividade, movimentação de móveis e outros. A conversação
desnecessária interfere na comunicação e concentração nas atividades profissionais
até mais do que outros tipos de barulho, pois distrai e pode levar a efeito de
mascaramento na audição (ARRUDA, 2013).
Após uma exposição de ao menos 30 minutos a níveis de ruídos
inapropriados, podem ocorrer insônia, vasoconstrição, hipertensão arterial e
64
aumento da frequência cardíaca, estresse, entre outros sinais e sintomas, como
afirmam Posso e Sant´Anna (2007); as autoras enfatizam ainda a pouca atenção
que os profissionais de saúde dão a essa exposição, podendo ter evolução
prejudicial, gradual e progressiva à audição. Marinelli (2013) ratifica a assertiva
anterior quando afirma que o controle do ruído é de extrema importância à saúde
ocupacional do trabalhador, uma vez que o fato de ruídos habituais do cotidiano
gerarem fadiga auditiva sem que sejam percebidos como risco acarreta danos
muitas vezes irreversíveis à saúde.
Um dos itens fundamentais para o conforto acústico ambiental e por
conseguinte à saúde dos trabalhadores é que deve ser previsto desde o projeto
físico estrutural e discutido com os engenheiros e arquitetos responsáveis pela
construção de todo e qualquer Estabelecimento de Assistência à Saúde (EAS)
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2000; CAMPOS et al.,
2002). O fato de o ambiente estar preparado para proporcionar qualidade aos
trabalhadores é de extrema importância, uma vez que as condições ambientais
estão diretamente ligadas à saúde dos mesmos (SERVILHA; LEAL; HIDAKA, 2010).
Diante de um ambiente insalubre, os riscos à saúde devem ser sanados, se
passíveis de correção, e evitados para que a saúde do trabalhador seja promovida,
a partir da análise do ambiente e da organização da atividade laboral, controlando os
riscos ocupacionais que guardam relação direta com o tipo e concentração do
agente, frequência de exposição, tipo de atividade e local de trabalho, dentre outros
fatores (SERVILHA; LEAL; HIDAKA, 2010).
5.4. ILUMINAÇÃO
A maior parte da iluminação do ILPI é dada por fontes artificiais, onde a
maioria das lâmpadas são fluorescentes, com raras exceções incandescentes.
Posso (1988) afirma que as lâmpadas fluorescentes apresentam um componente de
radiações ultravioleta em seu espectro de emissão que exerce seus efeitos no
homem, podendo ser caracterizados por fadiga ocular e lesões dérmicas.
O Quadro 12 apresenta dados e cálculo do índice de iluminação, conforme
seção 4.4 (POSSO, 1988); o resultado deve ser maior que 20 para que a
luminosidade seja considerada suficiente.
65
Quadro 12: Índice de Iluminação conforme a localização, área e número de lâmpadas do ILPIs, Pará, 2015.
LOCALIZAÇÃO ÁREA (m²) Número de Lâmpadas
Índice de Iluminação
Dormitórios Individuais 14,54 02 (25 W cada) 3.44
Dormitórios Coletivos 22,06 02 (25 W cada) 2,27
Banheiros 5,83 01 (25 W) 4.3
Banheiro dos funcionários 3,27 01 (25 W) 7.64
Farmácia 9,76 01 (25 W) 2.57
Enfermaria 14,37 01 (40 W) 2.8
Cozinha 23,4 01 (25 W) 1.07
Refeitório 58,0 07 (25 W) 3.0
Lavanderia 34, 31 01 (25 W) 0.73
Como observado no quadro 12, identifica-se que os indicies luminosos
encontram-se todos abaixo do adequado, baseado no estudo de Posso (1988),
destacando o nível luminoso da lavanderia, o qual apresenta o valor mais abaixo do
esperado para a manutenção do conforto luminoso do local.
A iluminação insuficiente pode ser verificada através das figuras 55 a 58;
causa preocupação por prejudicar o andamento do serviço e desenvolvimento das
atividades laborais, colocando todos os profissionais em situação de risco
ocupacional iminente.
Figura 55 - Iluminação do Banheiro.
Figura 56 - Iluminação da Enfermaria.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
66
Figura 57 - Iluminação da lavanderia.
Figura 58 - Iluminação do dormitório.
Fonte: Acervo Pessoal, Pará, 2015.
De acordo com Silva e Lucas (2009), uma iluminação adequada, associada a
um uso adequado das cores do ambiente, podem produzir um ambiente agradável e
aconchegante para os trabalhadores e usuários, trazendo conforto, evitando fadiga e
acidentes de trabalhos.
Em seu estudo, Schmoeller et al. (2011) constataram que a iluminação é
uma das condições físicas do ambiente fundamentais para o desenvolvimento das
atividades profissionais e quando estas condições estão inadequadas aumentam a
possibilidade de acidentes, doenças profissionais e também de abstenção ao
trabalho.
As condições de trabalho inadequadas afetam diretamente os trabalhadores,
determinam o processo de desgaste e prejudicam qualidade da assistência ao
cliente. Por isso, planejar, organizar e adequar as instalações são etapas
importantes e necessárias, evitando problemas futuros relacionados à saúde
ocupacional (MANETTI; MARZIALE; ROBAZZI, 2008).
5.5 OUTROS FATORES: TEMPERATURA E UMIDADE
Embora não tenham sido feitas medições dos fatores temperatura e umidade,
pela inexistência de termômetro ambiental, nota-se no ILPI uma inadequação e um
desconforto ao profissional, uma vez que o único setor que possui climatização de ar
é a enfermaria e esta, por sua vez, não apresenta uso diário. Os demais setores da
67
instituição estudada possuem um sistema de ventilação, por meio de ventiladores e
janelas que, quando possível, facilitam a circulação de ar ambiente.
Tomando como base que o Pará apresenta-se como um estado quente e
úmido, observa-se em particular que a cidade onde ocorreu o estudo, no período da
pesquisa, apresentou temperatura externa em torno de 36º C, fato que implica em
desconforto térmico, visto que a sensação térmica dos funcionários ainda sofre
influência da estrutura (INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS, 2015).
Pode-se observar a exaustão térmica dos funcionários pela fadiga visível e presença
de transpiração aparente.
A temperatura é um fator importante à sobrevivência do ser humano, tanto
para o funcionamento do seu organismo quanto para o seu conforto pessoal. A
temperatura e a umidade influenciam diretamente no desempenho de suas
atividades e consequentemente na produtividade dos trabalhadores (SILVA;
TEIXEIRA, 2014). Segundo Felix et al (2010), o conforto térmico em ambientes
interiores relaciona-se às características do ambiente e de movimentação do ar.
Em seu estudo, Marinelli (2013) destacou a importância de manter
temperaturas adequadas e confortáveis aos ambientes de trabalho, visto que a
inadequação destas provoca desconforto físico e influencia no nível de atenção do
trabalhador na execução de suas tarefas.
Assim, a climatização adequada torna-se essencial, bem como uma
adequação dos ambientes nos ILPIs, visando a diminuição dos riscos físicos e
repercutindo na qualidade da assistência aos idosos.
68
6 CONCLUSÃO
Para realização das coletas de dados relatadas no presente trabalho, foi
desenvolvido um instrumento de coleta de dados possibilitando avaliação da
estrutura física existente no ILPI e a relacionando com a RDC ANVISA Nº 283
(BRASIL, 2005). Este instrumento encontra-se integralmente reproduzido no
Apêndice do trabalho.
Os objetivos específicos foram atingidos: identificou-se a presença de riscos
físicos com potencialidade de efeitos adversos aos profissionais de saúde que ali
atuam; foi possível realizar a mensuração destes riscos e sobretudo foi identificado
que a estrutura física existente no ILPI avaliado encontra-se irregular e aquém do
determinado pela RDC ANVISA Nº 283.
69
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os riscos ocupacionais são inerentes aos Institutos de Longa Permanência de
Idosos, deixando os profissionais que nestes atuam expostos e suscetíveis. Assim, é
importante adotar medidas que minimizem estes riscos.
Neste estudo contatou-se que os riscos físicos a qual ao profissionais estão
expostos foram: número insuficiente de profissionais, distribuição inadequada de
mobiliários e equipamentos, risco de choques elétricos, umidade, exposição a ruído
e inadequação de espaço, luz e temperatura. O setor da lavanderia foi o que
apresentou condições mais inadequadas.
Constatou-se, ainda, que a estrutura do ILPI avaliado encontra-se em
desacordo aos padrões preestabelecidos pela RDC ANVISA Nº 283/ 2005,
corroborando trabalhos que alertam para a pouca preocupação destas instituições
com as condições ambientais que são oferecidas aos idosos e profissionais que ali
atuam.
Diante disso pode-se concluir que os ILPIs devem adequar suas estruturas à
RDC ANVISA Nº 283/ 2005, oferecendo condições adequadas tanto aos idosos
quanto aos funcionários que ali atuam. Embora a existência de riscos físicos nos
ILPIs seja uma realidade, estes podem ser minimizados a partir do mapeamento dos
condições ambientais, ressaltando-se que os mesmos são passiveis de prevenção e
demandam correção imediata, uma vez que afetam a qualidade do trabalho exercido
pelos profissionais ali atuantes.
70
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APÊNDICE A - IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO /ILPI
INSTRUMENTO PARA IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS FÍSICOS POTENCIAIS EM ILPI
1 - IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO /ILPI:
1.1 - Ano de Construção: ________
1.2 - Número de Idosos que convivem na ILPI: ___________
1.3 - Tipo de Instituição: ( ) Particular ( ) Pública
1.4 - Número de Idosos com grau de dependência I: _______
Número de Idosos com grau de dependência II: ______
Número de Idosos com grau de dependência III: ______
1.5 - Número de funcionários: __________, sendo
___________ Enfermeiros
___________ Técnicos de Enfermagem
___________ Auxiliares de Enfermagem
___________ Cuidadores de Idosos
___________ Responsável técnico
___________ Serviço de limpeza
___________ Serviço de alimentação
___________ Lavanderia
Outros profissionais ______________
Quais:___________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
TOTAL DE CUIDADORES 1.6 – PACIENTE/ CUIDADOR
1. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II
( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III
PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO
CARGA HORÁRIA MENSAL__________________
80
2. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II
( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III
PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO
CARGA HORÁRIA MENSAL__________________
3. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II
( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III
PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO
CARGA HORÁRIA MENSAL__________________
4. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II
( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III
PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO
CARGA HORÁRIA MENSAL__________________
5. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II
( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III
PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO
CARGA HORÁRIA MENSAL__________________
6. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II
( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III
PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO
CARGA HORÁRIA MENSAL__________________
7. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II
( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III
PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO
CARGA HORÁRIA MENSAL__________________
81
( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II
( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III
PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO
CARGA HORÁRIA MENSAL__________________
8. ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA I ( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA II
( ) GRAU DE DEPENDÊNCIA III
PERÍODO: ( ) DIURNO ( ): NOTURNO
CARGA HORÁRIA MENSAL__________________
ATIVIDADES DE LAZER 1.9 - Possui profissional com formação de Nível Superior: ( )Sim ( )Não
Quantidade de idosos por profissional: ________________
Carga horária semanal: ___________________________
2 - CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DOS ILPI:
2.1 - AMBIÊNCIA:
- Placas de identificação dos serviços: ( ) Sim ( ) Não
- Possui duas portas de entrada, sendo uma exclusiva de serviço: ( ) Sim ( ) Não
- Possui piso antiaderente ( ) Sim ( ) Não
2.2 - RUÍDOS:
Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)
82
2.3 - VENTILAÇÃO:
- Possui janelas em todos os ambientes ou outro tipo de ventilação indireta
(exaustores): ( ) Sim ( ) Não
2.4 - LUMINOSIDADE:
- Os ambientes são claros: ( ) Sim ( ) Não
- Há luminosidade natural: ( ) Sim ( ) Não
- Intensidade luminosa: ____________________
3 - CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DA ÁREA EXTERNA:
3.1 - Possui área externa descoberta para convívio e desenvolvimento de atividades
ao ar livre (solarium com bancos, vegetação e outros): ( ) Sim ( ) Não
- Tratamento e limpeza externa (jardins): ( ) Sim ( ) Não
3.2 - Ambiente de Circulação Principal (largura): ___________m
Possui corrimão nos dois lados: ( ) Sim ( ) Não
Possui corrimão em um lado: ( ) Sim ( ) Não
3.3 - Portas (largura): __________m
Tipo de travamento: ( ) Simples/Sem travamento ( ) Com travamento
3.4 - Janelas possuem peitoris: ( ) Sim ( ) Não ________m
4 - CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DA ÁREA INTERNA:
4.1 - Possui dormitórios separados por sexo: ( ) Sim ( ) Não
4.2 - Quantas pessoas dividem o quarto:
( ) Duas ( ) Três ( ) Quatro ( ) Mais ________
4.3 - Tamanho de Dormitórios para 1 (Uma) pessoa:
______m X ______m, área: _______m2
4.4 - Tamanho de Dormitório para 02 a 04 pessoas:
______m X ______m, área: _______m2
Distância entre duas camas: ______m
83
Distância entre a lateral da cama e a parede: ______m
4.5 - Os quartos possuem área para guardar pertences dos idosos: ( ) Sim ( ) Não
4.6 - Os quartos possuem campainha de alarme: ( ) Sim ( ) Não
4.7 - Os quartos possuem luz vigília ( ) Sim ( ) Não
4.8 - Climatização ( ) Sim ( ) Não
Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)
Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J ou Ventilador V
4.9 - Iluminação dos quartos
( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista
Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( ) Não
Número de luminárias no teto:
( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________
Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______
Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________
Intensidade luminosa: __________
Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) área
(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)
4.10 - Risco de Trauma nos quartos
Objetos suspensos no teto:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
84
Objetos fixados na parede:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
4.11 - Risco Elétrico nos quartos
Idade da instalação elétrica: _____________ anos
Número de tomadas:
Tomadas com ou sem aterramento
110 V e 220 V (sem aterramento): _________________
110 V e 220 V (com aterramento): _________________
Altura do solo: _________ m
Conservação: ( ) Boa ( ) Má
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Interruptor
Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação
Observação: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
85
Extensões
Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4.12 - Risco de Ruído nos quartos
Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)
5 - BANHEIROS:
5.1 - Possui banheiros coletivos divididos por sexo: ( ) Sim ( ) Não
5.2 - Tamanho dos banheiros:
___________m X ___________m, área: ____________m2
5.3 - Os banheiros possuem (pelo menos) 01 bacia, 01 lavatório, 01 chuveiro:
( ) Sim ( )Não
5.4 - Os banheiros são nivelados ( ) Sim ( )Não
5.5 - Os banheiros possuem revestimentos que produzam reflexos: ( ) Sim ( ) Não
86
5.6 - Os banheiros possuem no mínimo um BOX para vaso sanitário que permite
transferência frontal e lateral de uma pessoa em cadeiras de rodas ( ) Sim ( ) Não
5.7 - As portas e compartimentos internos dos sanitários possuem vão livre inferior
( ) Sim ( ) Não __________m (menor medida)
Possui piso antiderrapante em todos setores ( ) Sim ( )Não
5.8 - Iluminação dos banheiros
( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista
Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( ) Não
Número de luminárias no teto:
( ) sem plafom _______ ( ) plafom-transp _______ ( ) opaco________
Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______
Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________
Intensidade luminosa: __________
Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) área
(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)
5.9 - Risco de Trauma nos banheiros
Objetos suspensos no teto:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
Objetos fixados na parede:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
87
5.10 - Risco Elétrico nos Banheiros
Idade da instalação elétrica: _________ anos
NÚMERO DE TOMADAS:
110 V e 220 V (sem aterramento): _________________
110 V e 220 V (com aterramento): _________________
Altura do solo: _________ m
Conservação: ( ) Boa ( ) Má
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Interruptor
Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Extensões
Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação
88
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
5.11 - Risco de Ruído nos Banheiros
Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)
BANHEIROS PARA FUNCIONÁRIOS
5.12 - Possui banheiros coletivos (para funcionários) divididos por sexo: ( ) Sim ( ) Não
5.13 - Tamanho dos banheiros:
___________m X ___________m, área: ___________ m2
5.14 - Os banheiros possuem (pelo menos) 01 bacia, 01 lavatório, 01 chuveiro:
( ) Sim ( )Não
5.15 - Os banheiros são nivelados: ( ) Sim ( )Não
5.16 - Os banheiros possuem revestimentos que produzam reflexos ( )Sim ( ) Não
5.17 - As portas e compartimentos internos dos sanitários possuem vão livre inferior
( ) Sim ( ) Não __________m (menor medida)
Possui piso antiderrapante em todos setores ( ) Sim ( )Não
5.18 - Iluminação dos banheiros
( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista
Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não
Número de luminárias no teto:
( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________
Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______
89
Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________
Intensidade luminosa: __________
Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) área
(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)
5.19 - Risco de Trauma nos banheiros dos funcionários
Objetos suspensos no teto:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
Objetos fixados na parede:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
5.20 - Risco Elétrico nos banheiros dos funcionários
Idade da instalação elétrica: _________ anos
Número de tomadas:
Tomadas com ou sem aterramento
110 V e 220 V (sem aterramento): _________________
110 V e 220 V (com aterramento): _________________
Altura do solo: _________ m
Conservação: ( ) Boa ( ) Má
90
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Interruptor
Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Extensões
Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
5.21 - Risco de Ruído nos banheiros dos funcionários
Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)
91
6 – CARACTERÍSTICAS GERAIS
6.1 - Área total do ILPI: _____________m2
6.2 - Risco de colisão: ( ) Sim ( ) Não
6.3 - Diminuição da visibilidade: ( ) Sim ( ) Não
6.4 - Possui almoxarifado: ( ) Sim ( ) Não
Outros: _____________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
SALA PARA ATIVIDADES COLETIVAS
6.5 - Possui Sala de Convivência: ( ) Sim ( ) Não
Área_______________m2/ Pessoa
6.6 - Tamanho da(s) Sala(s):
___________m X ___________m, área: ___________m2
Número máximo de pessoas que a(s) sala(s) acomoda: ___________
6.7 - Possui Sala para Atividades de Apoio Individual e Sociofamiliar:
( ) Sim ( ) Não
Se sim, tamanho da sala:
___________m X ___________m, área: ___________m2
6.8 - Climatização
Climatização ( ) Sim ( ) Não
Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)
Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V
6.9 - Iluminação do ambiente
92
( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista
Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não
Número de luminárias no teto:
( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________
Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______
Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________
Intensidade luminosa: __________
Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área
(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)
6.10 - Risco de Trauma no ambiente
Objetos suspensos no teto:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
Objetos fixados na parede:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
6.11 - Risco Elétrico no ambiente
Idade da instalação elétrica: _________ anos
Número de tomadas:
Tomadas com ou sem aterramento
110 V e 220 V (sem aterramento): _________________
110 V e 220 V (com aterramento): _________________
Altura do solo: _________ m
Conservação: ( ) Boa ( ) Má
93
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Interruptor
Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Extensões
Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6.12 - Risco de Ruído no ambiente
Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)
94
6.13 – Mobiliários/Equipamentos
Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes
*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio (fluxo/obstrução)
REFEITÓRIO
6.14 - Área: _________ m2
6.15 - Possui lavatório para higienização das mãos: ( ) Sim ( )Não
6.16 - Climatização
Climatização ( ) Sim ( ) Não
Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)
Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V
6.17 - Iluminação no refeitório
( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista
Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não
Número de luminárias no teto:
( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________
Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______
Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________
Intensidade luminosa: __________
95
Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área
(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)
6.18 - Risco de Trauma no refeitório
Objetos suspensos no teto:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
Objetos fixados na parede:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
6.19 - Risco Elétrico no refeitório
Idade da instalação elétrica: _________ anos
Número de tomadas:
Tomadas com ou sem aterramento
110 V e 220 V (sem aterramento): _________________
110 V e 220 V (com aterramento): _________________
Altura do solo: _________ m
Conservação: ( ) Boa ( ) Má
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
96
Interruptor
Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Extensões
Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6.20 - Risco de Ruído no refeitório
Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)
97
6.21 - Mobiliários/Equipamentos
Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes
*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio
(fluxo/obstrução)
ALMOXARIFADO
6.22 - Possui almoxarifado: ( ) Sim ( ) Não
6.23 - Se sim, área:
___________m X __________m, área: ____________m2
6.24 - Climatização do almoxarifado
Climatização: ( ) Sim ( ) Não
Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)
Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V
6.25 - Iluminação no almoxarifado
( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista
Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não
Número de luminárias no teto:
( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________
Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______
98
Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________
Intensidade luminosa: __________
Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área (obs.: IL menor que 20 = insuficiente)
6.26 - Risco de Trauma no almoxarifado
Objetos suspensos no teto:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo)
(m)
Objetos fixados na parede:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
6.27 - Risco Elétrico no almoxarifado
Idade da instalação elétrica: _____________ anos
Número de tomadas:
Tomadas com ou sem aterramento
110 V e 220 V (sem aterramento): _________________
110 V e 220 V (com aterramento): _________________
Altura do solo: _________ m
Conservação: ( ) Boa ( ) Má
99
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Interruptor
Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Extensões
Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6.28 - Risco de Ruído no almoxarifado
Fonte emissora Localização da fonte Localização da medição Ruído (dB)
100
6.29 - Mobiliários/Equipamentos
Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes
*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio
(fluxo/obstrução)
7. FARMÁCIA
7.1 - Tamanho da Sala:
___________m x ___________m, área: ___________m2
7.2 - Climatização
Climatização ( ) Sim ( ) Não
Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)
Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V
7.3 - Iluminação do ambiente
( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista
Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não
Número de luminárias no teto:
( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________
Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______
101
Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________
Intensidade luminosa: __________
Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área
(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)
7.4 - Risco de Trauma no ambiente
Objetos suspensos no teto:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
Objetos fixados na parede:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
7.5 - Risco Elétrico no ambiente
Idade da instalação elétrica: _________ anos
Número de tomadas:
Tomadas com ou sem aterramento
110 V e 220 V (sem aterramento): _________________
110 V e 220 V (com aterramento): _________________
Altura do solo: _________ m
Conservação: ( ) Boa ( ) Má
102
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Interruptor
Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Extensões
Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
7.6 - Risco de Ruído no ambiente
Fonte emissora Localização da fonte
Localização da medição Ruído (dB)
103
7.7 – Mobiliários/Equipamentos
Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes
*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio (fluxo/obstrução)
8. ENFERMARIA
8.1 - Tamanho da Sala:
___________m x ___________m, área: ___________m2
8.2 - Climatização
Climatização ( ) Sim ( ) Não
Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)
Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V
8.3 - Iluminação do ambiente
( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista
Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não
Número de luminárias no teto:
( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________
Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______
Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________
Intensidade luminosa: __________
104
Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área
(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)
8.4 - Risco de Trauma no ambiente
Objetos suspensos no teto:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
Objetos fixados na parede:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
8.5 - Risco Elétrico no ambiente
Idade da instalação elétrica: _________ anos
Número de tomadas:
Tomadas com ou sem aterramento
110 V e 220 V (sem aterramento): _________________
110 V e 220 V (com aterramento): _________________
Altura do solo: _________ m
Conservação: ( ) Boa ( ) Má
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
105
Interruptor
Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do chão (m) Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Extensões
Tipo/ Extensão Número Número de tomadas Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
8.6 - Risco de Ruído no ambiente
Fonte emissora Localização da fonte
Localização da medição Ruído (dB)
106
8.7 – Mobiliários/Equipamentos
Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes
*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio (fluxo/obstrução)
9. SALA DA DIREÇÃO
9.1 - Tamanho da Sala:
___________m x ___________m, área: ___________m2
9.2 - Climatização
Climatização ( ) Sim ( ) Não
Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)
Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V
9.3 - Iluminação do ambiente
( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista
Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não
Número de luminárias no teto:
( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________
Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______
Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________
Intensidade luminosa: __________
107
Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área
(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)
9.4 - Risco de Trauma no ambiente
Objetos suspensos no teto:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
Objetos fixados na parede:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
9.5 - Risco Elétrico no ambiente
Idade da instalação elétrica: _________ anos
Número de tomadas:
Tomadas com ou sem aterramento
110 V e 220 V (sem aterramento): _________________
110 V e 220 V (com aterramento): _________________
Altura do solo: _________ m
Conservação: ( ) Boa ( ) Má
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
108
Interruptor
Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do
chão (m) Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Extensões
Tipo/ Extensão Número Número de
tomadas Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
9.6 - Risco de Ruído no ambiente
Fonte emissora Localização da fonte
Localização da medição Ruído (dB)
109
9.7 – Mobiliários/Equipamentos
Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes
*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio (fluxo/obstrução)
10. FISIOTERAPIA
10.1 - Tamanho da Sala:
___________m X ___________m, área: ___________m2
10.2 - Climatização
Climatização ( ) Sim ( ) Não
Local Tipo (C / J) Potência (W) Controle de temperatura (S / N)
Tipo: Climatizador de ar = C, Janela = J OU Ventilador V
10.3 - Iluminação do ambiente
( ) Natural ( ) Artificial ( ) Mista
Possui iluminação vigília em todos os ambientes ( ) Sim ( )Não
Número de luminárias no teto:
( ) Sem plafom _______ ( ) Plafom-transp _______ ( ) Opaco________
Tipos de luminárias: ( ) fluorescente: _______ ( ) incandescente: _______
Nº de lâmpadas pequenas: ________ ; nº de lâmpadas grandes: ________
Intensidade luminosa: __________
110
Índice de iluminação = luminosidade = _________= índice de iluminação (IL) Área
(obs.: IL menor que 20 = insuficiente)
10.4 - Risco de Trauma no ambiente
Objetos suspensos no teto:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
Objetos fixados na parede:
Local Tipo Quantidade Altura do objeto (em relação ao solo) (m)
10.5 - Risco Elétrico no ambiente
Idade da instalação elétrica: _________ anos
Número de tomadas:
Tomadas com ou sem aterramento
110 V e 220 V (sem aterramento): _________________
110 V e 220 V (com aterramento): _________________
Altura do solo: _________ m
Conservação: ( ) Boa ( ) Má
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
111
Interruptor
Localização Tipo/ Interruptor Número Altura do
chão (m) Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Extensões
Tipo/ Extensão Número Número de
tomadas Conservação
Observação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10.6 - Risco de Ruído no ambiente
Fonte emissora Localização da fonte
Localização da medição Ruído (dB)
112
10.7 – Mobiliários/Equipamentos
Mobiliário/Equipamentos Riscos existentes
*Queda de objetos, cantos, materiais soltos (pontiagudos), altura (colisão), local impróprio (fluxo/obstrução)