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P ara discutir a crise da dívida do euro, o Grupo de Análise da Conjuntura Internacional (GACINT-USP) recebeu o representante do Banco Central Alemão (Deutsche Bundesbank), Peter Alfred Kern. A exposição de Kern sobre o tema contou com uma extensiva apresentação de dados e foi dividida pelo palestrante em três tópicos: sucessos da zona do euro nos últimos 10-12 anos; as causas da crise na zona do euro; e respostas à crise. Os comentários foram feitos pela professora, especialista em economia política internacional, Maria Antonieta Del Tedesco Lins (IRI-USP). Sucessos da zona do euro nos últimos 10- 12 anos Os êxitos da zona do euro são facilmente percebidos em diversos segmentos da economia. Mais de 330 milhões de pessoas se beneficiaram da introdução do Euro em 1999. Para corroborar esse argumento, Kern fez uma retrospectiva do desenvolvimento econômico de 1998 a 2011. Os dados apresentados mostram que a zona do euro teria crescido de maneira semelhante aos Estados Unidos e criado mais postos de trabalho do que esse país, a Grã-Bretanha e o Japão. No que tange à inflação, os preços ficaram mais estáveis, na média de 2%, enquanto que na Grã-Bretanha ficaram mais altos e no Japão houve deflação. Na zona do euro, a taxa de juros média da dívida pública estava em torno de pouco mais de 4%, também melhor que na Grã-Bretanha e nos EUA. O endividamento privado em 2011 está ainda abaixo dos números apresentados por esses dois países. Para o representante do Banco Central Alemão, sempre que se toma a zona do euro como um conjunto a cifra média é bastante favorável. Por essa razão, Kern menciona que o Euro é um sucesso. Mesmo quando se analisa os déficits na conta corrente, segundo o palestrante, ainda há motivo para otimismo. Apenas nos anos de 2000 e 2008, houve déficit de forma conjunta no bloco. As causas da crise na zona do euro Pouco antes da introdução da nova moeda, e também logo após sua implementação, o fluxo financeiro para os países da periferia da zona euro se intensificou. Em vez de utilizar a nova fonte de renda para investimentos produtivos, esses países aumentaram o seu consumo público ou privado, como na Grécia e em Portugal, ou permitiram um boom não sustentável no setor de construção civil, como na Espanha e Irlanda, o que levou ao crescimento exagerado dos setores bancários e das concessões de crédito. DEBATES GA CINT O informativo sobre os debates no âmbito do Gacint Grupo de Análise da Conjuntura Internacional N o 14 / 2012 O euro e a crise europeia Instituto de Relações Internacionais Maria Antonieta Del Tedesco Lins, Ricardo Sennes e Peter Alfred Kern

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Para discutir a crise da dívida do euro, o Grupo de Análise da Conjuntura Internacional

(GACINT-USP) recebeu o representante do Banco Central Alemão (Deutsche Bundesbank), Peter Alfred Kern. A exposição de Kern sobre o tema contou com uma extensiva apresentação de dados e foi dividida pelo palestrante em três tópicos: sucessos da zona do euro nos últimos 10-12 anos; as causas da crise na zona do euro; e respostas à crise. Os comentários foram feitos pela professora, especialista em economia política internacional, Maria Antonieta Del Tedesco Lins (IRI-USP).

Sucessos da zona do euro nos últimos 10-12 anos

Os êxitos da zona do euro são facilmente percebidos em diversos segmentos da economia. Mais de 330 milhões de pessoas se beneficiaram da introdução do Euro em 1999. Para corroborar esse argumento, Kern fez uma retrospectiva do desenvolvimento econômico de 1998 a 2011. Os dados apresentados mostram que a zona do euro teria crescido de maneira semelhante aos Estados Unidos e criado mais postos de trabalho do que esse país, a Grã-Bretanha e o Japão.

No que tange à inflação, os preços ficaram mais estáveis, na média de 2%, enquanto que na Grã-Bretanha ficaram mais altos e no Japão houve deflação. Na zona do euro, a taxa de juros média da dívida pública estava em torno de pouco mais de 4%, também melhor que na Grã-Bretanha e nos EUA. O endividamento privado em 2011 está ainda abaixo dos números apresentados por esses dois países.

Para o representante do Banco Central Alemão, sempre que se toma a zona do euro como um conjunto a cifra média é bastante favorável. Por essa razão, Kern menciona que o Euro é um sucesso. Mesmo quando se analisa os déficits na conta corrente, segundo o palestrante, ainda há motivo para otimismo. Apenas nos anos de 2000 e 2008, houve déficit de forma conjunta no bloco.

As causas da crise na zona do euro

Pouco antes da introdução da nova moeda, e também logo após sua implementação, o fluxo financeiro para os países da periferia da zona euro se intensificou. Em vez de utilizar a nova fonte de renda para investimentos produtivos, esses países aumentaram o seu consumo público ou privado, como na Grécia e em Portugal, ou permitiram um boom não sustentável no setor de construção civil, como na Espanha e Irlanda, o que levou ao crescimento exagerado dos setores bancários e das concessões de crédito.

DEBATES GACINTO informativo sobre os debates no âmbito do Gacint Grupo de Análise da Conjuntura Internacional

No 14 / 2012

O euro e a crise europeia

Instituto de Relações Internacionais

Maria Antonieta Del Tedesco Lins, Ricardo Sennes e Peter Alfred Kern

Page 2: DEBATES GACINT - 143.107.26.205143.107.26.205/documentos/DebatesGacint12.pdf · entre os pagadores de impostos de diferentes nações. O sistema euro foi criado com o propósito primário

Debates Gacint - O informativo digital sobre os debates no âmbito do Gacint Página 2

Peter Alfred Kern - Representante do Banco Central Alemão na América Latina (Deutsche Bundesbank).

Choques abruptos de booms de crédito ou estouros de bolhas de créditos imobiliários, assim como perdas permanentes de competitividade, podem colocar a solvência da dívida dos países em risco. Isso é de particular importância em uma união monetária, uma vez que os Estados membros não conseguem mais equilibrar as perdas em competitividade, desvalorizando suas taxas de câmbio. Desse modo, aumentos dos custos unitários de trabalho acima da média acabam demandando ajustes internos frequentemente dolorosos, para retomar a competitividade de preços dos produtos e serviços com concorrência internacional.

Muitos Estados membros da zona do euro falharam em atingir os critérios de estabilidade da União Monetária (estabelecidos pelo Tratado de Estabilidade e Crescimento) ao não implementarem os ajustes necessários. A combinação de políticas monetárias únicas com políticas fiscais nacionais é crucial para a União Europeia e a distingue de repúblicas federais como os EUA e o Brasil. Essa combinação aumenta o “déficit bias” e implica um incentivo de extrair vantagens dos balanços dos bancos centrais, socializando as dívidas soberanas entre os pagadores de impostos de diferentes nações.

O sistema euro foi criado com o propósito primário de manter a estabilidade de preços na zona do euro. Neste contexto, um conjunto de regras que deveria garantir a disciplina orçamentária foi adotado no Tratado da União Europeia, entre essas: a Cláusula de Não Salvamento (“No-Bailout Clause”); a proibição do financiamento monetário aos Estados membros pelo Eurosistema; e um procedimento para déficits excessivos. A crise, no entanto, tornou visíveis os defeitos da estrutura institucional da união monetária europeia. Assim, a implementação das

regras fiscais era frouxa demais, e, além disso, elas foram ainda relaxadas na metade da década de 2000, aproximadamente dois anos antes do começo da crise financeira. Nesse sentido, os arquitetos do arcabouço institucional fecharam os olhos para o surgimento de desequilíbrios macroeconômicos e seus riscos para a sustentabilidade fiscal e financeira.

Respostas à crise

Os responsáveis pela formulação de políticas fiscais e econômicas tomaram medidas enérgicas para conter a crise e manter a estabilidade financeira. A ação começa por cada Estado-Membro, que deve procurar realizar reformas estruturais e implementar a estabilização orçamentária e fiscal. O primeiro pilar estratégico de combate à crise refere-se ao reforço do arcabouço de governança, como a coordenação das políticas econômicas e orçamentárias e o pacto fiscal. O segundo pilar, por sua vez, refere-se ao envolvimento do European Central Bank através de acordos de troca de moedas com cinco outros grandes bancos centrais, três cortes nas taxas de juros e da supervisão bancária dos países parte da zona euro. Por fim, a terceira estratégia envolve a construção e o fortalecimento de firewalls por meio da elevação dos recursos disponibilizados pelos países membros e o FMI. Soma-se a isso a necessidade de lidar com a fraqueza do setor bancário através dos planos de reforço e reestruturação dos bancos nacionais.

Os países da zona do euro e o FMI apoiaram a Grécia primeiramente com empréstimos bilaterais e depois via um mecanismo de estabilidade temporária, o European Financial Stability Facility (EFSF). Entre os seus beneficiários estão Irlanda, Portugal e Grécia. Ao longo da crise da dívida soberana, o volume efetivo de empréstimo do ESFS foi aumentado, as condições de empréstimo foram relaxadas, um fundo de resgate permanente - o European Stability Mechanism (ESM) - foi criado e a caixa gêmea dos fundos foi expandida. Soma-se a isso o fato de que os países membros do FMI liberaram mais de 430 milhões de dólares em novos empréstimos para o Fundo Monetário com objetivo de construir um firewall global.

As estruturas de proteção europeias, assim como as globais, foram substancialmente fortalecidas nos últimos dois anos. No entanto, tornar esses muros de proteção cada vez mais altos não resolverá o problema. Firewalls não são o bastante para acabar com o incêndio, apenas concedem mais tempo para que medidas de fato sustentáveis tornem-se efetivas.

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Debates Gacint - O informativo digital sobre os debates no âmbito do Gacint Página 3

Luiz Afonso Simoens da Silva - Economista, ex-diretor do Banco Central e membro do Gacint.

Para acabar efetivamente com o fogo, são precisos reformas e esforços de consolidação. É preciso ainda reforçar mais a governança econômica europeia através de seu arcabouço institucional, aumentando a disciplina orçamentária e a integração econômica e fiscal.

Comentários da Professora Maria Antonieta Del Tedesco Lins

Otimista em relação ao futuro do euro e da União Europeia, a professora Maria Antonieta acredita, como os “euro-otimistas”, que a crise na zona do euro pode ser vista como um momento para reformar e fortalecer tanto as instituições europeias como a moeda única. De forma resumida e precisa, a análise da professora esteve concentrada nos principais temas de debate da crise europeia.

Primeiramente, o problema de desestruturação fiscal e de desequilíbrio orçamentário em vários países europeus, inclusive entre os doze primeiros que constituíram a zona do euro em 2002, é permanente. Dessa maneira, desde o início do esforço de integração, alguns países estiveram sistematicamente fora dos critérios de convergência, ou seja, não conseguem ficar dentro dos 3% de déficit público e nos 60% do estoque da dívida sobre o PIB. Esse problema de desequilíbrio já existia e acabou agravando-se com a crise. As medidas anti-cíclicas que o mundo inteiro tomou, o estímulo monetário, fiscal, a diminuição de compulsório, e mesmo a injeção de liquidez, que eram necessárias e que foram absolutamente iguais em todos os lugares, agravaram as contas de países, como o Reino Unido. Apesar de não pertencer à zona do Euro, sempre esteve dentro dos critérios e manteve a dívida mais ou menos controlada.

Outro ponto a ser destacado é a política de salvamento, conduzida pelo Banco Central Europeu, em conjunto, ou apoiada, pelas instituições políticas europeias. Nesse aspecto, há duas questões para o mesmo problema: o quanto salvar ou recuperar a dívida soberana dos países e o quanto remeter para o sistema bancário? Esses dois lados andam juntos, pois os bancos estão inundados de títulos da dívida soberana.

O terceiro aspecto é o mandato do Banco Central Europeu (BCE). A discussão envolve aquilo que o BCE pode ou não fazer, como por exemplo, a impossibilidade de emprestar para governos. Esse é também outro ponto bastante delicado na discussão

europeia no momento.

Isso posto, há alguns aspectos fundamentais da discussão. O problema fiscal nos países, que precisa ser resolvido e que necessariamente está passando e vai passar ainda por medidas duras e por um crescimento relativamente pequeno. A recessão, por sua vez, pode fazer que as exportações cresçam em determinados momentos e que haja ganho de competitividade. Não obstante, até isso voltar para a sociedade e para o Estado, em termos de maior arrecadação de impostos, existe um espaço de tempo que pode ser doloroso para as populações, impedindo o avanço em direção à integração.

ENTREVISTA

Debates Gacint: Qual é a importância desse debate a respeito da dívida da crise europeia no âmbito do Gacint da USP?

Simoens: Acredito que a importância da União Europeia, da zona euro, é fundamental para o mundo. O Gacint faz bem em colocar esse tema, porque o mundo vive hoje uma tendência de crescimento baixo nos Estados Unidos, de recessão na Europa e de desaceleração na China, ou seja, nos grandes motores da economia mundial. Está entrando areia nas engrenagens desses países e dessas regiões. Isso tem um impacto potencial muito grande no Brasil. Por isso, é importante que nos posicionemos com relação a isso e pensemos nos rumos que a crise vai tomar, inclusive nos seus impactos no nosso país.

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Europa, dos Estados Unidos e do mundo em geral, com a sua competitividade. Como Sorus diz, lidere ou saia. O problema é que nós estamos caminhando, e isso que ele [Peter Kern] diz que está sendo resolvido, não está resolvendo nada. Estamos caminhando para uma situação de impasse de longo prazo. É algo desesperante. A Alemanha dá o dinheiro suficiente para o país não ir para o buraco, mas não dá o dinheiro o suficiente para o país possa retomar o crescimento econômico para que saia do buraco, vivendo em uma situação de mediocridade gigantesca. Não apenas a Europa, mas o euro também sempre foi muito criticado, não só por alguns países mais pobres, mas como por regiões mais pobres dentro de alguns países ricos. No ano passado, no sul da Itália, por exemplo, não se gostava do euro, porque o euro estava impedido a região de crescer, dada a fortaleza daquela moeda. Então um siciliano, um napolitano, tinha e sempre teve problemas com o euro. Era como se o euro tivesse cristalizado a pobreza e não era mais possível romper com a pobreza histórica. Hoje isso está se agravando, temos países do sul contra países do norte. Isso tem futuro? Não, não tem futuro.

Debates Gacint - O informativo digital sobre os debates no âmbito do Gacint Página 4

D.G: Qual é o papel da Alemanha na crise europeia?

Simoens: A Alemanha tem que ser um líder. No instante em que ela insiste em um discurso de disciplina fiscal, a zona euro se afasta cada vez mais dos valores sobre os quais ela foi criada, que eram de solidariedade, de construção de um espaço aberto, politicamente aberto e economicamente crescente, rico. A Alemanha, no instante em que insiste no discurso fiscalista, acaba prejudicando a própria recuperação. O que se tem, que Soros menciona em seu artigo, com toda razão, é que não existe mais uma União Europeia no sentido de vários países iguais, buscando algo aberto. Passa-se a ter vencedores e perdedores, e os perdedores têm aumentado o seu ressentimento quanto ao que é visto como uma arrogância dos vencedores.

D.G.: E quais são as perspectivas dessa crise?

Simoens: As perspectivas estão muito bem colocadas pelo Soros também. Existe uma tentação dos perdedores de saírem da zona do euro, e acredito que na verdade não deviam fazer isso. Esse imbróglio não foi criado por eles, esse problema é de todos. A periferia deve permanecer dentro [da zona do euro], os países ricos que resolvam, ou que não resolvam, como diz Soros. E se os ricos não quiserem resolver, são os ricos que sabem. Se os ricos saírem, se a Alemanha sair, o euro perde muito valor. E aqueles que ficarem na zona do euro reganham competitividade frente à China, que é o grande problema por trás de todo esse imbróglio. A China é o grande problema, não só nosso como da

Membros do Gacint ADRIANO HENRIQUE REBELO BIAVAADRIANA SCHORAFFONSO CELSO OURO PRETOAFFONSO DE ALENCASTRO MASSOTALBERTO PFEIFERALEXANDRE BARBOSAALEXANDRE RATSUO UEHARAAMÂNCIO JORGE SILVA NUNES DE OLIVEIRAANDRÉ CARVALHO RAMOSANDRÉ MELONI NASSARANGELO DE OLIVEIRA SEGRILLOANTONIO CARLOS PEREIRAANTONIO CORRÊA DE LACERDAANTONIO RUY DE ALMEIDA SILVABORIS FAUSTOBRASÍLIO JOÃO SALLUM JUNIORCARLOS EDUARDO LINS DA SILVACELSO GRISICELSO LAFERCELSO NUNES AMORIMCHRISTIAN LOHBAUERCLAUDIO GONÇALVES COUTOCLODOALDO BUENODAMIAN PAPOLODÉCIO ODDONEDEISY VENTURADEMÉTRIO MAGNOLI

FERNANDO LUIZ ABRUCIOFLORIANO DE AZEVEDO MARQUES NETOGELSON FONSECA JUNIORGERALDO DE FIGUEIREDO FORBESGILMAR MASIEROGIORGIO ROMANO SCHUTTEGUILHERME LEITE DA SILVA DIASHELGA HOFFMANNHÉLIO NOGUEIRA DA CRUZHENRI PHILIPPE REICHSTULJACQUES MARCOVITCHJAIME SPITZKOWSKYJANINA ONUKIJOÃO PAULO CÂNDIA VEIGAJOÃO SAYADJOSÉ ALFREDO GRAÇA LIMAJOSÉ LUIZ CONRADO VIEIRAKJELD AAGAARD JAKSOBSENLEANDRO PIQUET CARNEIROLENINA POMERANZLUCIANE MIRANDA DE PAULALUIZ AFONSO SIMOENS DA SILVALUIZ EDUARDO M. DE CARVALHO E SILVAMARCO AURÉLIO GARCIAMARIA ANTONIETA DEL TEDESCO LINSMARIA HELENA TACHINARDIMARIA HERMÍNIA TAVARES DE ALMEIDA

MÁRIO CÉSAR FLORESOTAVIANO CANUTOPAULO FARAHPAULO FURQUIM DE AZEVEDOPAULO ROBERTO FELDMANPAULO SOTEROPEDRO B. DE ABREU DALLARIPETER ROBERT DEMANTPHILIPPE LAVANCHYRAFAEL ANTONIO DUARTE VILLARICARDO UBIRACI SENNESROBERTO ABDENURROBERTO RODRIGUESROBERTO TEIXEIRA DA COSTAROGÉRIO BASTOS ARANTESROSSANA ROCHA REISRUBENS ANTÔNIO BARBOSARUY MARTINS ALTENFELDER SILVASAMUEL FELDBERGSEBASTIÃO CARLOS VELASCO E CRUZ SÉRGIO ERNESTO ALVES CONFORTOSÉRGIO FAUSTOSÉRGIO SILVA DO AMARALTULLO VIGEVANIVERA THORSTENSENYI SHIN TANG

Gacint Coordenador Geral Ricardo SennesVice-CoordenadorBruno Reis

DiretoraMaria Hermínia Tavares de Almeida

Debates Gacint Coordenador ExecutivoAndré Luiz SicilianoRedação e edição Bruno De Marco LopesMariana Bernussi

IRI Contato: [email protected] André Michelin