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Estratégia pública para a energia solar João Bernardo, DGEG Debate : ENERGIA 2020 Debate : ENERGIA 2020 Lisboa, 8 de Fevereiro de 2010

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Estratégia pública para a energia solar

João Bernardo, DGEG

Debate : ENERGIA 2020Debate : ENERGIA 2020

Lisboa, 8 de Fevereiro de 2010

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A Energia Solar no Programa do XVIII Governo – Objectivos gerais

• Em matéria de energias renováveis, assegurar a posição de Portugal entre os 5 líderes 

europeus, através do cumprimento, em 2020, dos objectivos comunitários (31%);

• Duplicar a capacidade de produção de energia eléctrica no horizonte de 2020, eliminando 

importações (actualmente variando entre 10% a 20% do consumo), desactivando as centrais 

mais poluentes e acomodando o aumento de procura;

• Tornar obrigatório que todos os novos edifícios construídos em Portugal tenham a 

classificação energética mínima de B;

• Incentivar os cidadãos à efectiva melhoria do comportamento energético das suas 

habitações.

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Impacto das medidas de eficiência térmica

Energia final(electricidade + gás natural)

kWh/ ano/ fogo

Impacto %

Consumo corrente Solar

Térmico

IsolamentoPontes

térmicas

EnvidraçadosSombreamento

Consumo eficiente

34% 6,6% 0,7% 5,7% 0,4%

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A Energia Solar no Programa do XVIII Governo – Objectivos específicos

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• Assegurar 

que 

Portugal 

se 

mantém 

na 

fronteira 

tecnológica 

na 

área 

das 

renováveis, 

nomeadamente, na capacidade de produção no solar térmico e fotovoltaico;

• Apoiar a criação de fileiras industriais e de I&D no solar;

• Multiplicar 

por 

10, 

em 

10 

anos, 

meta 

actual 

de 

energia 

solar 

(de 

150 

para 

1.500 

MW), 

através 

de 

uma 

política 

integrada 

para 

as 

diferentes 

tecnologias 

do 

solar, 

com 

base

num 

modelo de desenvolvimento da respectiva fileira industrial;

• Lançar 

um 

amplo 

programa 

de 

microgeração 

em 

equipamentos 

públicos, 

como 

escolas, 

centros 

de 

saúde, 

quartéis, 

etc., 

simplificando, 

em 

simultâneo, 

os 

processos 

procedimentos 

associados 

à

microgeração, 

facilitando 

adesão 

dos 

cidadãos, 

empresas 

entidades do terceiro sector.

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Estratégia pública para a  Energia Solar

Solar PVGrandes centrais

MOURA –

46410 MW

SERPA –

10800 MW

MARL –

6000 MW

Mértola – 2150 MW

Criar escala para 

poteciar produção 

nacional

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Central Fotovoltaica de SerpaN.º Painéis Fotovoltaicos 52.000 (Sanyo, Sharp,

SunPower e Suntech)

Área total ocupada 60 hectares

Área de painéis fotovoltaicos 34 hectares

Capacidade instalada 11 MWp

Produção eléctrica Anual 18 GWh

Investimento Total EUR 62 millões

Em operação desde Janeiro 2007

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Estratégia pública para a  Energia Solar

Solar PVGrandes centrais

Microgeração Solar Térmico CPV e CSP

MOURA –

46410 MW

SERPA –

10800 MW

MARL –

6000 MW

Mértola – 2150 MW

Instalação de UP 

até

50% da 

potência 

contratada, com o 

limite de 5,75 kWTarifa bonificada 

até

3,68 kW

Iniciativas para a 

promover o 

aumento da área 

instalada 

anualmente e 

globalmente

Lançamento de PIP 

para atribuição de 

pontos de 

recepção para CPV 

(1 MW) e de CSP 

(1,5‐

4 MW)

Criar escala para 

potenciar 

produção nacional

Simplificação do 

regime de 

licenciamento

Apoiar a criação de 

industrias nacionais e 

empresas 

fornecedores de 

serviços. Substituir 

consumos térmicos

Apoiar a criação de 

fileiras industriais 

e de I&D

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Medidas de Incentivo

SCE –

Obrigatoriedade de instalação de colectores solares em quase 

todos os edifícios novos (1 m2

por habitante) excepções: orientação 

inadequada, sombreamentos e espaço exíguo na cobertura).

IRS

Majoração em 10% dos limites de  dedução à colecta nos 

encargos com imóveis com classe de desempenho energético A ou A+Dedução até

30% do investimento em sede de IRS com o limite de 

796€

(em 2010 a proposta de OE aponta para 803€).

Outros benefícios fiscais

– IVA à taxa intermédia de 12% . IMI: Redução 

dos coeficiente qualidade e conforto no cálculo da respectiva taxa (art.º

43º

1 da Lei nº

53‐A/06)

Microgeração – O acesso ao regime bonificado implica a existência de 

uma área mínima de 2m2

de colectores solares.

Apoio ao investimento – Em 2009 funcionou uma linha de apoio aos 

particulares (até

50% do custo de investimento), alargada mais tarde 

às IPSS e associações desportivas u.p. (até

65%).

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Evolução anual da área instalada no solar térmico

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m2 instalados estimativa

140000

Nota: Em 2009 foram concretizadas encomendas no valor de 207.000 m2

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Medidas de Incentivo

Tarifa bonificada – Os sistemas de microprodução

com base em fontes 

renováveis, têm aceso a um regime bonificado de tarifa (actualmente 

de 0,6175 €/kWh), durante um período de 5 anos, após o qual passam 

para a tarifa que vigorar nesse momento.

Licenciamento simplificado

– Mediante um simples registo on‐line (já

existe a possibilidade de pré‐registo) e pagamento da respectiva taxa , 

através de um sistema de homebanking

ou de um ATM. A entrada em 

exploração está

sujeita a inspecção de conformidade técnica

Benefícios fiscais

– Tal como os colectores solares: IVA à taxa 

intermédia de 12%  e dedução até

30% do investimento em sede de IRS 

com o limite de 796€

(em 2010 a proposta de OE aponta para 803€)

Outros benefícios fiscais

– IRC: amortização do investimento em 4 anos 

(taxa máxima de 25%).  IMI: Redução dos coeficiente qualidade e 

conforto no cálculo da respectiva taxa (art.º

43º

1 da Lei nº

53‐A/06)

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Dados Estatísticos da Microprodução

Ano Regime Tarifa Nº

Registos (1)kW 

Registados (1)

Instalações(2)kW 

instalados(2)

2008  Bonificado 0,65 €/kWh 3245 11322,88 2284 7991,06

2009 Bonificado 0,65 €/kWh 958 3389,73 790 2788,01

2009 Bonificado 0,6175 €/kWh 3286 11688,46 1715 6104,11

2008/09 Geral (3) A de consumo 7 32,53 2 9,35

TOTAL 7496 26433,60 4791 16892,53

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(1) Corresponde apenas ao nº de registos pagos

(2) Estas colunas referem-se a projectos que já solicitaram a inspecção, não se encontram todos ainda em exploração

(3) A tarifa do regime geral andará à volta dos 0,10 - 0,11€/kWh, em média

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Medidas de Incentivo

Tarifa diferenciada – O DL 225/2007 prevê uma tarifa diferenciada 

para a energia eléctrica produzida em centrais solares (entre 310 e 470 

€/MWh

para o PV e CPV e cerca de 270 €/MWh

para o CSP).

IRC – As empresas que invistam em equipamento solar podem 

amortizar o respectivo investimento num período de quatro anos, 

sendo 25% o valor máximo da taxa de reintegração e amortização 

aplicável 

Outros benefícios fiscais

– IVA à taxa intermédia de 12%  e dedução 

até

30% do investimento em sede de IRS com o limite de 796€

(em 

2010 a proposta de OE aponta para 803 €)

QREN – Apoia o desenvolvimento de projectos inovadores e de I&DT 

(Sistema de Incentivos à Inovação – Portaria 353‐C/2009, e Sistema de 

Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico – Portaria 

353‐B/2009).

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Desafios para o sector da Energia Solar

Aproveitar o “boom” da procura interna de equipamentos (microgeração, solar térmico), para desenvolver uma indústria com capacidade exportadora

Assegurar parcerias que potenciem a transferência tecnológica e a criação de know- how para as empresas e instituições do SCT nacional, na área do solar e aplicações relacionadas (sistemas de tracking, sistemas de armazenamento, integração em materiais de construção, integração em transportes, eco-design, etc…)

Melhorar a formação técnica e preparar os sistemas de acreditação profissional e certificação de equipamentos de acordo com as exigências da nova Directiva das Renováveis (Directiva 2009/28/CE).

Investir na credibilidade do sector, garantido elevados padrões de qualidade a todos os níveis, desde a concepção dos equipamentos, elaboração dos projectos, passando pela instalação, até assistência técnica e manutenção pós- venda.

Desenvolver o papel das ESCO à volta do conceito dos contratos de performance, associando a capacidade técnica a soluções de financiamento.

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Encontrar um modelo de financiamento que substitua e dê continuidade ao Programa Solar Térmico 2009

Manter ou, se possível, melhorar o enquadramento fiscal para a área do Solar

Rever o regime da microgeração (simplificar os procedimentos e processos para facilitar a adesão dos cidadãos, introduzir critérios mínimos de qualidade técnica dos equipamentos, critérios de eficiência energética, entre outros)

Criar um novo regime para a miniprodução: permite aliviar a procura na microgeração e o desenvolvimento de um novo nicho de mercado (até 150-250 kW, a definir)

Promover e facilitar a entrada em operação dos novas centrais CPV e CSP, para se passar rapidamente a uma maior escala e assumir a liderança neste mercado

Expectativas para 2010