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Caracterização de Dois Solos para Pavimentação de Estradas e Ruas de Rio Branco, Acre Boletim de Pesquisa Número 4 ISSN 141 5-3750. Dezembro, 1997

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Caracterização de Dois Solos para Pavimentação

de Estradas e Ruas d e Rio Branco, Acre

Boletim de Pesquisa Número 4

ISSN 141 5-3750. Dezembro, 1997

Repdbfica Federativa do Brasil

Presidente: Fernando Henrique Cardoso

MrirIstddi~ da Agdc&um e da Abestecimento

Ministro: Arlindo Porto Neto

Presidente: Alberto Duque Portugal

Diretores: Efta Aiige~a Battaggia Brite da Cunha Jose Roberto Rodrigues Peres Dante Daniel ~iacomelli Scolari

Centro Nacl'ond de Pesquisa de Sofus (Embrapa SofosE

Chefe Geral: Antbnio Ramalho Filho Chefe-Adjunto de P&D: Humberta Gonçalves dos Santos Chef e A d junto de Apoio T8cnico/Administração: Shrgio R. Franco Fagundes

BOLETIM DE PESQUISA N," 4 ISSN 141 5-3750 Dezembro, 1997

Caracterizacão I de Dois Solos para Pavimentacão I

de Estradas e Ruas de Rio Branco, Acre

João Luiz Rodrigues de Souza Raphael David dos Santos

Empresa Brasileira de Pesquisa Agrop e cuária Centro Nacional de Pesquisa de Solos

Ministério da Agricultura e do Abastecimento

Embrapa Solos. Boletim de Pesquisa no 4

Projeto grd fico e tratamento editorial Cecilia Maria Pinto MacDowell Sueli Limp Gonçalves

Revisão final Paulo Augusto da Eira

Tiragem: 300 exemplares

Embrapa Solos Rua Jardim Botânico, 1,024 22460-000 Rio de Janeiro, RJ Tel: (021) 274-4999 Fax: (0211 274-5291 Telex: (02 1 ) 23824 E-mail: [email protected] Site: http://www.cnps.embrapa. br

Catalogação-na-publicação (C1 Pl Centro Nacional de Pesquisa de Solos da Embrapa

I

Souza, João Luiz Rodrigues de. Caracterizacão de dois solos para pavimentacão de estradas e ruas

de Rio Branco, Acre I João Luiz Rodrigues de Souza, Raphael David dos Santos. - Rio de Janeiro : EMBRAPA-CNPS, 1997.

25p. (EMBRAPA-CNPS. Boletim de Pesquisa ; 4).

1 . Solo-Caracterlsticas-Acre. 2. Rodovia-Pavimentação. 3. Rodovia- Material de revestimento. I. Santos, Raphael David dos. 11. Titulo. Ill. Sdrie.

I CDD (21 .ed.) 631.4381 12

b Embrapa - 1997

AGRADECIMENTOS

Ao professor Jacques de Medina, que possibilitou a realização da

maioria dos ensaios no laboratório de mecânica dos solos do Instituto Alberto

Luiz Coimbra de Pós-Graduacão e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRS); ao professor Josu6 A. Barroso,

que possibilitou a realizacão de ensaios no laboratório de mecânica das rochas

do Instituto de Geociências da UFRJ; ao colega Paulo Cardoso de Lima da

Embrapa Solos (atualmente na Embrapa ~emi-Arido), pelas análises em raios X

e interpretacão dos difratogramas; ao técnico de laboratório Gilson Fernandes,

pela conducão dos ensaias executados no laboratório da UFRJ-COPPE; e ao

tecnico de laborat6ria Roberto Gomes de Lima, pela conduçgo dos ensaios

executados no laboratório do Instituto de Geaciencias da UFRJ.

Resumo vii

A b s t r a c t * ix

I INTRODUCAO I

2 MATERIAL E MÉTODOS 2

2.1 Solos 2

2.2 Ensaios realizados i 2

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO i 4

4 C O N C L U S ~ E S 9

5 IDENTIFICACÃO D O S S O L O S 70

6 R E F E R E N C I A S B IBL IOGRAFICAS 7 7

A p ê n d i c e s 7 3

Apêndice 1 - Perfil Acre 6 (similar ao perfil AC-090) 15

Apêndice 2 - Perfil Extra Acre 37 (similar ao perfil Camburéj 2 7

RESUMO

O objetivo deste trabalho fo i a caracterizacão de dois solos do

municipio de Rio Branco, no Estado do Acre, visando a utilizacão dos mesmos

em obras de pavimentação de ruas e de rodovias naquele município. Após os

estudos realizadas dos dois solos indicados pelo Departamento de Estradas de

Rodagem do Estada do Acre (DERACRE), procedeu-se a escolha daquele que

pudesse apresentar o melhor desempenho possível quando usado em sub-

bases ou em bases de rodovias sem revestimento, capacitando-as a suportar

um volume de tráfego razoável, em virtude da escassez na região de materiais

para agregados graúdas necessários à pavimentacão. Os testes realizados

indicaram que um desses solos, o Podzólico Vermelho-Escuro, serve coma

material para reforço de subleitos e de sub-bases estabilizadas

granulometricamente e, excluído o horizonte C, serve também para sub-bases

de solo melhorado com cimento. Concreqões lateríticaç existentes na camada

BA + B t l desse solo forneceram resultados razoáveis nos testes de Abrasão

Los Angeles e de Impacto Treton, podendo ser utilizadas como agregado

graúdo em alguns trabalhos de engenharia.

Termos de indexacãu: solos, argiiitss, sedimentos argilosos, Formacão

Solimões, pavimentacão.

ABSTRACT

Character;izatlon a f tMi13 SO~/S farpawnxnt a f highways and

streets of Rb Branco county, in the stete of Acre

The objective of this work was the characterization of two soils in Rio

Branco county, State of Acre, aiming at their utilization in pavement of streets

and highways. After the stiudy of these two soils indicated by DERACRE

(Road Department of Acre State), it was selécted the one which presented a

better behaviaur when used as roadbed without surfacing, making it possible

to sustain a reasonable traffic volume, due to laçk in the region of coarse

aggregates needed for paving. Tests indicated that one of these ssfls, the Park

Red Podzolic, çan be used as material to reinforce roadbeds and sub-bases

granulometrically stabilited, and excluding the C horizon, it can alço be used

for sub-bases improved with cernent. Lateritic csncretions occuring in BA + B t l horizons of this soil provided reasonable results in the "Las Angeles

Abrassion" and "Treton lmpact" tests, and they can be used as coarse

aggregates in some enginearing works.

Index ferms: soils, shale, clayey sediments, Solimões dorrnation,

pavement.

A carência de matéria-prima para agregados graúdos constitui um sério

problema para a engenharia rodoviária, no que concerne à pavimenta$% de

rodovias. Nesse case, faz-se necessário o uso de solos que possam servir como

material de revestimento ou que sejam capazes de apresentar bom desempenho

quando utilizados em bases ou sub-bases de vias de transporte terrestre, em

estado natural ou mediante o uso de aditivos ligantes. O município de Rio Branco

é uma região que se enquadra na situacão referida acima, pois os tdcnicos

responsáveis pelo setor rodoviário encontram dificuldades para pavimentar as ruas

e as estradas devido a falta de materiais que sirvam corno agregados graúdos.

Considerando esse problema, foi desenvolvida esta pesquisa, em caráter

preliminar, aproveitando conhecimentos dos solos daquela região, resuftantes de

levantamentos pedológicos realizados por pedótagos da Embrapa-SNLCS, atual

Embrapa Solos (ver Apêndice). Foram coletadas amostras de dois solos, um deles

por apresentar caracterr'sticas aparentes ideais para o trabatho proposto e o outro

por ser o material do subleito da rodovia AC-090, em construção naquela época

(1 982).

Caracterizaçila de dois solos para gavimentagia de estradas e ruas de Ria Branca, Acre 2

2.1 Solos

O perfil AÇ-090 corresponde ao solo Podzóli~o Vermelho-Amarelo, Ta, Álico Epieutrdfico, plfntico, A moderado, textura argilosa/mwito argilosa e foi examinado onde estava sendo construida a rodovia representada por esta sigla; e o perfil Camburé, correspondendo ao solo Podzólico Vermelho-Escuro, Tb, Áliço, A moderado, textura média/argilosa, situa-se na jazida do mesmo nome.

No solo AC-090 foram cotetadas duas amostras, uma do horizonte Bt (amostra 31, na profundidade de 20 a 100em, e a outra da camada R (amostra 4). A faixa do horizonte Bit da amostra 3 corresponde aos suborizontes Btf + BC.

No solo Camburé foram coletadas três amostras, urna do suborizonte A (amostra 5), na profundidade de 10 a 20cm, uma do horizonte Bt (amostra 6), na profundidade de 30 a 70crn, e uma do suborizante Bt2 (amostra 7 ) , entre 120 e 17Qcm de profundidade.

A faixa do horizonte 8t da amostra 6 corresponde aos suborizontes BA + B t l .

Foi coletada ainda uma amostra de areia de rejeito (amostra 1) e urna de conçreç8es laterrticas, ambas resultantes de operações de peneirarnento do solo na própria jazida.

2.2 Ensaios realizados

s Caracterizacão granulométrica - foi feita por peneiramento e por sedimentação (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, 1972; Embrapa, í 979).

e Limites de Atterberg - foram determinados pelos m6todos tradicionais, com utilizacão do aparelho de Casagrande e de placa de vidro esrnerilhada (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, 3 972; Em brapa, 19791,

Caracterizaçio de dois solos para pavimentacio de estradas e ruas de Rio Branco, Acre 3

Densidade - a densidade aparente foi'determinada pelo método da proveta e a densidade real pelo método do balão volum6trico com álcool

etilico (Ernbrapa, 1979).

Compactação - os ensaios foram executados no aparelho de

Proctor modificado, com seis pontos para cada curva (Departamento Nacional

de Estradas de Rodagem, 1972; Vilibor, 198 1 ).

Índice de Suporte Califórnia (1.S.C.) - foi executado com 26 golpes

por camada (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, 1972; Vilibor,

1981).

r Compressão simples - esses ensaios foram realizados nos

seguintes teores de umidade:

amostra 3 - 16,66%, 18,17% e 22,17%;

amostra 5 - 5,26%, 9,82%, 12,44% e 12,94%;

amostra6- 10,21% e 12,67%; e

amostra 7 - 17,15% e 17,26%.

e Retenção de umidade - este ensaio foi executado às tensões de 1 /10, 113, 1, 5, 10 e 15 atm, no extrator de Richards, com placa de cerdmica

(Ernbrapa, 1979).

AnBlise em raios X - as frações finas (silte e argila) dos perfis AC-

090 e Camburd, bem como o material pulverizado proveniente das concreções

lateríticas deste Último, foram analisadas nesse aparelho.

Ensaio de Abrasao Los Angeles e ensaio de Impacto Treton - concreções laterlticas provenientes do perfil Camburé foram submetidas a

esses ensaios.

Caracterizaçae de dois solos para pavimentacão de estradas e ruas de Aio Branco, Acre 4

RESULTADOS E DISCUSSÁO

Análise granulométrica - os resultados dessas análises estão contidos na Tabela 1. Pode ser visto que a amostra 1 é composta somente por areia grossa. As amostras 3 e 4, provenientes do perfil AC-090, são constituídas principalmente por finos (silte e argila). Comparando entre si as amostras 5, 6 e 7, representativas do perfil Carnburé, pode ser vista que a de no 6 é a que possui maior percentagem de componentes com diâmetro superior a dois milímetros. Com relação a granulornetria, essa camada do solo é a que apresenta as melhores condicões para uso em pavimentacão.

Limites de Atterberg - os resultados expostos na Tabela 1 indicam que a amostra 4 constitui o pior material para utilizaqão em trabalhos rodoviários.

Compacta$ão - os resultados estão contidos na Tabela 1. 0 s valores de compactação rn6xima (T max) e de umidade 6tima (hot) relativos a amostra 3 são um pouco mais elevados do que aqueles obtidos para a amostra 7. Aparentemente deveria ocorrer o contririo; entretanto, os resultados encontrados talvez possam ser justificados pela natureza das argilas e pelos teores de sifte das respectivas amestras, pois, apesar de ambas possuírem teores semelhantes de argila, a amostra 7 contém bastante caulinita (ver Tabela 2). Por outro lado, a amostra 3 possui teores de çilte bem mais elevados do que a outra.

índice de Suporte Califórnia - os .resultados encontram-se na Tabela 1. Os melhores resultados obtidos são aqueles relativos 9s amostras 5, 6 e 7 (perfil Camburé), mesmo assim, aqueles correspondentes as amostras 5 e 6 são relativamente baixos, em face das especificacões para materiais empregados em sub-bases de pavimentacão rodoviária que recomendam valores acima de 20%.

* Equivalente de areia - o resultada na Tabela 1, referente 6 amostra 1, é muito bom. Deve ser lembrado, entretanto, que esse material é areia de rejeito, extraída da camada superior do perfil Carnburé (horizonte AB): se o ensaio fosse realizado com o solo, provavelmente seria obtido valor baixo.

Caracterização de dois solos para pavimentaq8a da estradas e ruas de Rio Branco, Acre 5

Caracterizaçao de dois solos para parimentaçãa de ealradas e ruas de Rio Branco, Acre 6

Caracterização de dois solos para pavimentaç80 de estradas e ruas de Rio Branco, Acre 7

Compressão simples - os resultadas estão contidos na Tabela 1. Estes ensaios foram executados sob teores de umidade próximos da umidade ótima (boi) para cada corpo de prova. 0 s resultados obtidos são, todavia, pouco elucidativos. Provavelmente dois fatores influíram para isso, sendo um deles a perda de corpos de prova após a compactação, reduzindo a obtencão de dados; e o outro, variaçoes acentuadas nos teores de umidade dos corpos de prova a serem testados, durante sua permanência na câmara Úmida.

Retenção de umidade - a Figura 1 mostra que os materiais com maior capacidade de retenqão de água são aqueles correspondentes às amostras 4 e 3, nesta ordem. E o que possui menor poder de conservação da umidade é aquele representado pela amostra 5. Esses resultados estão coerentes, porque os dois primeiros materiais foram coletados do perfil AC- 090. Esse solo, como j l i foi visto, tem textura argilosa/muito argilosa, contendo argila 2:1. A camada R, de onde foi coletada a amostra 4, é argilito e as curvas de retencão de umidade deste material, de acordo com Oliveira & Melo (1 9701, indicam que se trata de um solo com alta poder de retenção de água, significando que ele tem drenagem lenta após saturado, o que s torna desaconselhável para use em pavirnenta~áo, Quanto ao perfil Camburé, a camada BA + B t l representada pela amostra 6 apresenta capacidade media de retenção de água; esta característica, somada a outras evidenciadas nos demais ensaios, atribui a esse material condicões favoráveis ao uso do mesmo em obras de engenharia rodoviária (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, 19741, sobrepondo-se aqueles representados pelas amostras 5 e 7.

Análise em raios X - os resultados da interpretacão dos difratograrnas de raioç X encontram-se na Tabela 2. Os teores dos componentes que são mostrados nesta tabela não devem ser considerados como valores precisos, pois o arranjo de símbolos nela existente serve apenas para dar uma idéia da maior ou menor quantidade de cada componente que se encontra em cada solo. Pode ser visto, por exemplo, que o quartzo é a elemento dominante em todos os solos, principalmente na fracão silte; em segundo lugar, vem a caulinita. Pode ser notado, também, o teor de argila expansiva (argila 2:1] existente no argilito, representado pela amostra 4, a que concorre para a desqualificacão desse solo como material para trabalhos de pavimentacão rodoviária.

Caracteriza~30 de dois solos para pauimentaçáo de estradas e ruas de Rio Branco, Acre 8

h O/$

(vol.)

70 -

A M . 4 A C - 090 .---L- - @,\

AM. 3 A C - O 9 0 n

AM. 7 CAMBURE' e

AM. 6 CAMBURE'

10 *\a A M . 5 CAMBURE'

*-

d,, I I i

i / 3 i / I O I 5 10 15 o t m

FIGURA 1. Curvas de retençso de umidade dos solos.

* Abrasao Las Angeles e Impacto Treton - os resultados encontram- se na Tabela 3. Concreções lateríticas provenientes de peneisamento de material da camada BA + B t l do perfil Camburé, ou, mais precisamente, material que passou na peneira com malha de uma polegada, foram submetidas a esses ensaios. Ambos forneceram resultados razoáveis, da ordem de 39% para o primeiro e de 30% para o segundo, indicando que esse material pode ser utilizado em algumas obras de engenharia, como, por exemplo, na preparação de concretos com baixa resistência.

TABELA 3. Resultados dos ensaios de resistência mecânica de concreç6es lateríticas, com diarnetro m8ximo de uma polegada, provenientes do solo correspondente ao perfil Camburé.

Material Ensaio

Abras30 Loç Angeles Impacto Treton

Conçreqões lateríticas 39,1% 30,5%

Caracterizacão de dois solos para pavimentação de estradas e ruas de Rio Branco, Acre 9

0 s dados obtidos dos ensaios de laboratdrio permitem as seguintes

conclusões:

o solo representado pelo perfil AC-090 é composto por materiais

com características indesejdveis para uso em pavimentacão,

principalmente a camada R;

s solo representado pelo perfil Camburé pode ser utilizado para

determinados trabalhos em pavimentacão de rodovias, como, por

exemplo, reforço de subleito e sub-base estabilizada

granulometricamente. As camadas AB e BA + Bt1 servem

também para sub-base de solo melhorado com cimento e base de

solo cimento; e

as çoncrecões lateríticas formadas na camada BA + B t l do perfil

Camburé (com diâmetro máximo de uma polegada) podem ser

utilizadas como agregado graúdo de baixa resistência, em

determinadas obras de engenharia.

Caracterização de dois solas para pavimentação de estradas e ruas de Rio Branco, Acre 10

5 IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS

Perfil no 1 (AC-090)

C/assificaçi$o: Podzdlico Vermelho-Amarelo, Ta, Álico Epieutróflco,

plintico, A moderado, textura argilosa/muito argilosa, fase floresta

equatorial subperenifólia, relevo suave ondulado e ondulado.

L ocafiza~ão: rodovia AC-090 (em direção a Cruzeiro do Sul), a 66km

da Escola Serafim Salgado, Rio Branco.

Perfil no 2 (Camburé)

Cfassificsc~o; Podzblico Vermelho-Escuro, Tb, Álico, A moderado,

textura médialãrgilosa cascalhenta, fase pedregosa I , floresta

equatorial subperenifólia, relevo suave ondulado.

. Locahção: jazida próxima i fazenda Camburé, na estrada para

BrasiI&ia, a 93 km do DERACRE, Rio Branco.

A fim de fornecer maiores inforrnacões sobre os solos pesquisados,

são apresentados em Apêndice a descrição e os dados analíticos de dois

perfis similares aos dois solos estudados.

Estes perfis foram coletadas durante a realizaqão de trabalhos de

levantamento de solos executados pelo SNLCS (atual Embrapa Solos) na

região.

Caracterizagie de dois solos para pawimentaç8o de estradas e ruas de Rio Btanco, Acre 11

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM (Brasflia, DF).

Especificaçtíes gerais para obras rodovi6rias. Ris de Janeiro, 3 974. 1 v. Não

paginado.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Diretoria de

Planejamento. Divisão de Pesquisas e Normas Tgcnicas. Métodos de

ensaios : limite de plasticidade de solos, metodo de ensaio DNER-DPT M

82-63. 4.ed. Rio de Janeiro, 1972. p.29-31.

EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservacão de Solos (Rio de

Janeiro, RJ). Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro, 1979.

I v . Não paginado.

OLIVEIRA, L. 8.; MELO, V. Potencialidade agrlcola dos solos da Unidade

Utinga : Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico. Recife : SUDENE, 1970.

72p.

VILIBOR, D.F. Pavimentos econbmicos : novas considerações. São Carlos :

USP-EESC, 1 98 1 . 224p. Tese Doutorado.

Perfil Acre 6 ( s imi lar ao per f i l AC-090)

Perfil Acre 6 (similar ao perfil AC-090)

CIassificaçbo: Podzólico Vermelho-Amarelo, Ta, A~ ico Epieutrófico, plíntico, A moderado, textura argilosatmuito argilosa, fase floresta equatorial subperenifdlia, relevo suave ondulado e ondulado.

Municr'pio: Rio Branco, Acre.

LocaEzação: a 48 km da Colbnia Penal, na BR-364, no trecho Rio Branco- Sena Madureira, lado esquerdo, a 200 rn da &R.

Situação, declive e cobertura vegetal sobre o pefiI: perfil de trincheira, com declividade de 3% e sob vegetaçãio de floresta com bambu.

Llfología: argilitos e sedimentos argilosos.

Formacão geofdgica: Formação Solimões.

Periodo: Terciário. Plioceno. Pleistoceno.

Materiai origindn'o: sedimentos da Formação Solimões.

Pedregosidade: não pedregosa.

Rochosidade: não rochoso.

Relevo locd: suave ondulada.

Relevo regional: suave ondulado e ondulado.

Erosão: laminar ligeira.

Drenagem: imperfeitamente drenado.

VegefaçSo prhária: floresta equatorial çubperenifólia.

Uso atual: culturas de subsistência (arroz, milho, feijão, banana, mandioca}, pastagem e exploração de seringueira e castanha-do-brasil.

Descrito e coletado por: TarcÉsio E. Rodrigues, José Raimundo N.F. Gama e Raphael Qavid dos Santos.

CaracteriraçBo de dois solos para pavimentaçãa de estradas e ruas de Rio Branco, Acre 18

Descri* mor foldgica

0-8cm bruna (7,5YR 4,514); franco argito-siltoso; moderada pequena a

grande granular; duro, friAvel, plástico e pegajoso; transição plana e clara.

8- 76cm bruno-forte (7,5YR 5/51; franco argila-siltoso; moderada pequena

a grande granular e blocos subangulareç; muito duro, firme, muito plastico

e muito pegajoso; transição plana e gradual.

BA 76-26cm vermelho-amarelado (6YR 516); argila siltosa: moderada pequena

a grande blocos angulares e subangulares; cerosidade pouca e fraca;

muito duro, firme, rnuito plástico e muito pegajoso; transição ondulada e

abrupta.

Bt7 26-41cm vermelho (2,5YR 4/81, mosqueado pouco, pequena e

proeminente, amarelo-brunado (10YR 6/61; muito argiloso; forte muito

pequena a média prism8tica que se desfaz em blocos angulares e

subangulares; cerosidade muita e moderada; muito duro, firme, plástico e

muito pegajoso; transição plana e gradual.

Btf 41-64cm coloração variegada constituída de amarelo-brunado I1 OYR 6/61

e vermelho (2,5YR 4/81; muito argiloso; farte muito pequena a média

prismdtica que se desfaz em blocos angulares e subangulares; cerosidade

muita e moderada; multo duro, firme, plhstico e muito pegajoso; transição

plana e gradual.

BC 649 7cm coloração variegada constituida de vermelho (2,5YR 4/81,

cinzento-claro (1OYR 712) e amarelo-brunado (10YR 616); muito argiloso;

moderada muito pequena a mbdia prismática que se desfaz em blocos

angulares e subangulares; cerosidade comum e moderada; duro, firme,

plástico e pegajoso; transição plana e difusa.

Cafseterizaqãa de dois salas para pavimentaçaa de esfradas e ruas de Ria Branca, Acre 14

CB 91-J32cm coloração variegada constituída de vermelho (1OR 4/81,

cinzento-claro (10YR 712) e amarelo-brunado (10YR 616); muito argiloso;

moderada muito pequena a rn4dia prisrngtica que se desfaz em blocos

angulares a subangulares; duro, firme, plfistico e pegajoso; transiçgo plana

e difusa.

Cf 732-200crn + cinzento-clara ( I OYR 7/2), mosqueado abundante, pequeno

e m6dio e proeminente, vermelho (10R 416) e bruno-forte (7,5YR 5/61;

muito argiloso; moderada muito pequena a média prismática que se desfaz

em blocos angulares e subangulares; duro, firme, plfistico e pegajoso.

Raizes: muitas raizes finas e médias no A, E e BA; comuns as finas no

$11, poucas no Btf; e comuns as grossas no A, E e BA.

muitos canais e poros pequenos no A, E e BA e comuns os poros pequenos e muito pequenas nos demais horizontes;

a atividade biológica é muita at8 a BtS;

presenca de concreçóes de manganês no perfil, com maior

concentracão no Bt 1, Btf, BC e CB;

. parte do horizonte Cf foi coletada com auxflio de trado holandes;

presenca de fendas de Icm de largura e com mais de 50cm de profundidade, indo at6 o Bt 1 ;

pequena ocorrencia de superficies de fricção I"slikensidas") do horizonte Btf ate o horizonte Cf.

CaiacterizaçBo de dois sofos para pavimenta~ao de estradas e ruas de Rio Branco, Acre 20

Perfil: Acre 6 (similar eo perfil AC-0901 Amostra de iaboratbrio: 78.1863170

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APÊNDICE 2

Perfil Extra Acre 37 (similar ao perfil CamburB)

Perfil Extra Acre 37 [similar ao perfil Carnburé)

Data: 04.06.79

Classificaqllo: Podzólico Vermelho-Escuro, Tb, A~ico, A moderado, textura médialargilosa, fase floresta equatorial su bperenif dia, relevo suave

ondulado.

Munic@io: Rio Branco, Acre.

fi Loca/izaqão: a 29krn do Hospital Manuel Abreu, no ramal de Mutum.

Situapão, declive e cobertura vegetal sobre o perfiI: amostras coletadas com auxilio de trado holand&s, em topo de elevação e sob vegetação de floresta,

Litologia: sedimentos argilo-arenosos.

FormaçBo geológica: Formação So\im6es.

Periodo: Terci6rio. Plioceno. Pleistoceno.

Ma feria/ origindrr'o: sedimentos da Formação Solimões.

Pedregosidade: não pedregoso.

Rochasidade: não rochoso.

Relevo local: suave ondulado.

Relevoregion8I:suave ondulado.

Erosão: laminar ligeira.

Drenagem: bem drenado.

Vegetação primsria: floresta equatorial subperenifdlia com castanha-do-

brasil.

Uso atua/: exploração de seringueira e castanha-do-brasil.

Descrito e coletado por: Tarclsio E. Rodrigues e Jos6 Raimundo N, F. Gama.

Caracterizaçáo de dois solos para pavimentaçio de estradas e ruas de Rio Branco, Acre 24

DescrícSo mor fológr'ca

A 0-75cm bruno-avermelhado 15YR 4/4); franco; plástico e ligeiramente

pegajoso.

AB 75-25cm vermelho-amarelado (5YR 416); franco argiloso; plástico e

pegajoso.

BA 25-45cm vermelho-escuro (3YR 3/61; argila; muito plastico e muito

pegajoso.

Bfl 45-80cm vermelho (3YR 4/6); argila; muito plástico e muito pegajoso.

Bt2 80-120cm vermelho (3YR 4/81; argila; muito plástico e muito

pegajoso.

Observacáo:

presenca de concreções dispersas ao longo do perfil.

Caracter izaçio de dois solos para pavimentaçio de estradas e ruas de Ria Branco, Acre 25

Anilises Fisicas e Qulrnicas

Pedir: EKtra Acrs 37 (similar ao perfil Camburd)

Amostra de laboret6rio: 79.0803107

Ralaçao tsxturaf: 1.8

BA Btl

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1

20.4

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