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QUALIDADE DE VIDA NO ESPAÇO RURAL DO MUNICÍPIO
DE CAMPINA DAS MISSÕES –RS 1 .
Marceli Inês Schons, CIPAM/UFSM (Centro Internacional de Projetos Ambientais), [email protected]
José Sales Mariano Da Rocha, CIPAM/UFSM (Centro Internacional de Projetos Ambientais), [email protected]
RESUMO
Essa pesquisa objetivou analisar a organização espacial do meio ambiente rural do município de Campina das Missões – RS, para avaliar as condições de desenvolvimento humano e apontar os indicadores disponíveis para a reprodução sócioeconômica desse espaço, visando a busca da melhor qualidade de vida dos habitantes daquele município. Para tanto, identificaramse os níveis de deterioração social, econômica, tecnológica, sócioecônomica e ambiental daquele meio rural; determinouse qualidade de vida nesse espaço e sugeriramse prognósticos para diminuir os níveis de deterioração do meio e assim, melhorar a qualidade de vida da comunidade campinense. A metodologia utilizada neste trabalho, proposta por Rocha (1997) com as devidas adaptações, caracterizase pela realização de diagnósticos, onde foram aplicados questionários sobre os diagnósticos sócioeconômico e ambiental. Com os resultados obtidos destes questionários, calculou se a reta de deterioração econômica, social, tecnológica, sócioeconômica e ambiental; por fim, calcularamse os níveis de deterioração da qualidade de vida e formularamse os prognósticos de recuperação do meio ambiente. O nível de deterioração da qualidade de vida para a área de estudo é de 37%, visto que o admitido é até 10% (Rocha, 1997), pois sendo superior são necessárias medidas de recuperação desse ambiente.
Palavraschaves: Qualidade de Vida, Meio Ambiente, Espaço Rural.
ABSTRACT
The research aimed to analyse the space organization of the rural area of Campina das Missões – RS, to evoluate the human conditions of development and point out the available indicators for the socioeconomic reproduction of this space, aiming at the search of the best life quality of the inhabitants of that county. Was identified the levels of social, economical, technological, socieconomic and environmental deterioration of that rural area; also the quality of life was determined in this space and it was realized prognostics to reduce the deterioration levels and, so, to improve a better life quality. The methodology used in this work, proposed by Rocha (1997) with proper adaptations, is characterized for the realization of the diagnosis, in wich was applied questionnaires on the socieconomic and environmental diagnostics. With the obtained results it was calculated the economical, social, technological, socioeconomic and environmental deterioration equation; finaly, it was calculated the levels of life quality deterioration and it was formulated the prognostics of environmentaal recuperation. In this way, it was reached the degree of life quality deterioration to the area studiel, which is 37%, since the admitted one is until 10% (Rocha, 1997), when this valor is superior it is necessary recuperation measures of this environmental. In conclusion, the relevant measures are linked to technological factors, being a necessity more acces by the farmers, and to the economical factors, the primordial thing is an agricultural politics, with guarantee of fixed prices of the agricultural products.
Keywords: Life Quality, Environment, Rural Space.
1 Resultados da Dissertação de Mestrado concluída no Programa de PósGraduação em Geografia e Geociências/CCNE/UFSM.
2
1. INTRODUÇÃO
A vulnerabilidade do nosso ambiente global traz uma imensa preocupação,
visto que nos últimos anos, com a concentração da população em pequenas
extensões de terras, resultando num uso intensivo do solo, aplicação de técnicas de
manejo e insumos inadequados, não permitindo o seu autodesenvolvimento nesse
espaço. Ocorre que o esgotamento dos recursos ambientais faz contrastar miséria e
fome, frente à riqueza e a opulência.
Após anos de deterioração do meio ambiente, vêse que o crescimento
econômico e a sobrevivência humana estão interligados, pois é necessário pensar a
qualidade de vida a partir de um novo desenvolvimento, que respeita o meio
ambiente, os recursos deste. É necessário ver o meio ambiente não somente como
um mundo natural, sem sujeito social, pois o ser humano também vive e se reproduz
dentro de um espaço no qual desenvolve uma infinidade de relações sociais,
políticas, econômicas e culturais, onde também fazem parte a relação éticofilosófica
com a natureza.
Dessa forma, teve como objetivo geral analisar a organização espacial do
meio ambiente rural do município de Campina das Missões – RS, para avaliar as
condições de desenvolvimento humano e apontar os indicadores disponíveis para a
melhoria sócioeconômica desse espaço, visando a busca da melhor qualidade de
vida dos habitantes daquele município. Os objetivos específicos se basearam em
identificar os níveis de deterioração social, econômica, tecnológica, sócioeconômica
e ambiental do meio rural; determinar a qualidade de vida nesse espaço e
apresentar prognósticos para diminuir os níveis de deterioração do meio e assim
melhorar a qualidade de vida.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Para a realização da pesquisa procedeuse seguindo os passos abaixo
descritos:
Primeiramente, definiuse o objeto de estudo e os objetivos, para após
buscar o referencial teórico sobre o tema em investigação;
3
A partir de uma escala espacial – município de Campina das Missões,
delimitouse a área rural do município para fins de estudo;
Após, buscouse informações em fontes secundárias para o levantamento
de dados sobre o município, junto a órgãos competentes, como FIBGE, Prefeitura
Municipal (em suas diversas secretarias) e Sindicato dos Trabalhadores Rurais do
município;
Em seguida, processouse a seleção das variáveis a serem analisadas para
atingir os objetivos propostos e partiuse para a aplicação da metodologia utilizada
neste trabalho, proposta por Rocha (1997) que se caracteriza pela realização de
diagnósticos, com as devidas adaptações;
Posteriormente, realizouse a aplicação das entrevistas dos Diagnósticos
SócioEconômico e Ambiental;
Com os resultados obtidos dos diagnósticos calculouse a Reta de
Deterioração Econômica, Social, Tecnológica, SócioEconômica e Ambiental;
Por fim calculouse o Nível de Deterioração da Qualidade de Vida e
formularamse os Prognósticos de Recuperação do Meio Ambiente.
2.1. Diagnóstico SócioEconômico
Constituiu em analisar a situação social, econômica e tecnológica da
população do meio rural, do produtor e do núcleo familiar, para após avaliar a
deterioração sócioeconômica das famílias que ali vivem e posteriormente realizar
recomendações para diminuir essa deterioração e assim ter uma melhoria do
ambiente. Para o levantamento dos dados realizouse a aplicação de um
questionário em nível de proprietário rural constituído da seguinte forma:
A Fator Social:
Variáveis: Demografia, Habitação, Serviços, Consumo de Alimentos,
Participação em Organizações e Salubridade Rural.
B Fator Econômico:
4
Variáveis: Produção, Animais de Produção, Comercialização, Crédito e
Rendimento.
C Fator Tecnológico:
Variáveis: Tecnologia, Equipamentos, Maquinários e Industrialização Rural.
2.1.1. Levantamento dos dados
Para determinar o número de visitas de campo que foram realizadas,
calculouse a amostra, ou seja, os proprietários rurais visitados para a aplicação do
questionário. Para determinar o número visitado adotouse a amostragem conforme
a Equação 2
n = 3,841.N.0,25 / [I (0,1) 2 . (N1) + 3,841.0,25]
Onde:
n= número de visitas a serem feitas pelo entrevistador
3,841= valor tabelado proveniente do QuiQuadrado
0,25= variância máxima para um desvio padrão 0,5
0,1= erro (10%) escolhido pelo pesquisador
N= número total de propriedades rurais
2.1.2. Códigos e critérios de estratificação
Para cada variável foi atribuído um valor de 1 a 5, 1 a 9, 1 a 6, etc, de
acordo com a subdivisão da variável e em relação a sua importância. O maior valor
do código representa a maior deterioração e o valor menor representa a menor
deterioração.
2.1.3. Tabulação dos dados
Essa etapa constituiu em agrupar os códigos e repetir aqueles de maior
freqüência (ocorrência).
2 Fórmula deduzida pelo Prof. de Estatística do CCR – UFSM, Dr. Valduíno Stefanel, contida em Rocha (1997).
5
2.1.4. Apresentação dos resultados de maior ocorrência – valores
mínimos, máximos e totais
Foram anotados os valores de maior freqüência encontrados e analisados
com os valores mínimos e máximos de codificação.
2.1.5. Cálculo da Reta de Deterioração
A equação da reta y = ax+b define as deteriorações.
O valor de y representa a unidade crítica de deterioração social, isto é, a
percentagem de deterioração encontrada para a área em estudo e, varia de 0 a
100%. O valor de x são os valores mínimos e máximos encontrados para a
deterioração social. O a representa o coeficiente angular e, o b, o coeficiente linear
da equação da linha reta.
Equação definida: y = ax+b
2.2. Diagnóstico Ambiental
Visou levantar a poluição do ambiente do meio rural, com o levantamento
dos elementos de poluição direta (estocagem de defensivos agrícolas,
desmatamentos, erosões, queimadas) para posteriormente avaliar a deterioração
ambiental dos que ali vivem. Seus resultados trouxeram subsídios para a
recomendação de políticas públicas, privadas e de cunho social, comprometidas
com a mitigação e(ou) solução dos conflitos ambientais, para assim possibilitar uma
melhoria da qualidade do ambiente. Para o levantamento dos dados realizouse a
aplicação de um questionário em nível de proprietário rural, o qual está em anexo
(Anexo 2), com o levantamento dos elementos poluentes.
2.2.1. Códigos e critérios de estratificação
Para cada variável foi atribuído um valor 1 (Sim) ou 2 (Não). O código 2
(maior valor) representa a maior deterioração e o código 1 (menor valor) representa
a menor deterioração.
2.2.2. Tabulação dos dados
6
Essa etapa constituiu em agrupar os códigos e repetir aqueles de maior
freqüência (ocorrência). Foram anotados os valores de maior freqüência
encontrados e analisados com os valores mínimos e máximos de codificação.
2.2.3. Cálculo da Reta de Deterioração Ambiental
Equação definida: y = ax+b
2.3. Fatores Prioritários
No levantamento de campo, paralelamente as entrevistas dos diagnósticos
sócioeconômico e ambiental, perguntouse aos proprietários rurais qual são as três
prioridades principais para eles. Foram anotadas, codificadas e apresentadas as
prioridades mais citadas.
2.4. Grau de Deterioração da Qualidade de Vida
Temse: GRAU DE DETERIORAÇÃO =
Diagnóstico Sócio Econômico+Diagnostico Ambiental
2
Segundo Rocha (1997) o limite crítico de Deterioração aceitável é 10%.
Sendo este superior serão necessárias medidas minimizadoras e compensatórias
das deteriorações causados pelos impactos negativos, que são os Prognósticos,
objetivando diminuir essa deterioração e melhorar a qualidade de vida.
3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O objeto de estudo foi o espaço rural do município de Campina das Missões
– RS. Na aplicação da metodologia, com a realização dos diagnósticos social,
econômico, tecnológico, sócioecônomico e ambiental, definiuse o número de
proprietários rurais a serem visitados em campo. Para determinar o número a ser
visitado adotouse a amostragem conforme a Fórmula n = 3,841.N.0,25 / I (0,1) 2 . (N
1) + 3,841.0,25I.
Assim: n = 3,841.1300.0,25 / I (0,1) 2 . (1300 1) + 3,841.0,25
n= 89 visitas realizadas em campo.
7
A partir da aplicação dos diagnósticos obtevese os resultados que seguem,
com apresentação do valor significativo encontrado, ou seja, a moda.
3.1. Diagnóstico SócioEconômico
3.1.1. Resultados do Diagnóstico SócioEconômico e Unidades Críticas de Deterioração
SOCIAL VALORES SIGNIFICATIVOS CÓDIGO INDICADORES Encontrado Mínimo Máximo
1.1 Idade do chefe da família 4 1 5 1.2 Grau de instrução do chefe da família 7 1 9 1.3 Local de nascimento do chefe da família 1 1 5 1.4 Residência do chefe da família 1 1 5 1.5 Número de famílias na propriedade 1 1 6 1.6 Média de idade do núcleo familiar 3 1 5 1.7 Total de pessoas do núcleo familiar 3 1 8 1.8 Número de pessoas estranhas à família 1 1 9 1.9 Média escolar do núcleo familiar 7 1 9 1.10 Média de nascimento do núcleo familiar
(local) 1 1 5
1.11 Média de residência do núcleo familiar (local)
1 1 5
1.12 Total geral de pessoas na propriedade 3 1 12 2.1 Tipo de habitação 4 1 5 2.2 Número de peças na casa (cômodos) 1 1 9 2.3 Número médio de pessoas por quarto 1 1 6 2.4 Tipo de fogão 3 1 5 2.5 Tipo de piso 1 1 8 2.6 Tipo de parede 3 1 6 2.7 Tipo de telhado 1 1 4 2.8 Caixa água 2 1 3 2.9 Eletricidade 2 1 3 2.10 Geladeira “freezer” 1 1 2 2.11 Televisão 1 1 2 2.12 Vídeocassete/DVD 2 1 2 2.13 Rádio 1 1 2 2.14 Microondas 2 1 2 2.15 Telefone 1 1 2 2.16 Periódicos (jornais – revistas) 2 1 2 3.1 Posto de saúde na região 1 1 2 3.2 Acesso a médico/dentista 1 1 2 3.3 Escolas na região 1 1 2 3.4 Transporte escolar 1 1 2 3.5 Linha de ônibus 1 1 2 3.6 Creche 1 1 2 3.7 Situação das estradas 2 1 2 3.8 Trabalho (algum desempregado na
propriedade) 2 1 2
3.9 Iluminação pública 2 1 2 3.10 Eliminação de lixo 2 1 3 3.11 Esgoto 2 1 3 3.12 Abastecimento de água 1 1 2 3.13 Programa de auxilio do governo 1 1 2 3.14 Áreas de lazer (praças, áreas verdes etc) 1 1 2
8
4.1 Consumo de leite 1 1 7 4.2 Consumo de carne (gado, porco e ovelha) 1 1 7 4.3 Consumo de frutas 1 1 7 4.4 Consumo de legumes 1 1 7 4.5 Consumo de verduras 1 1 7 4.6 Consumo de batata 4 1 7 4.7 Consumo de ovos 1 1 7 4.8 Consumo de massas 6 1 7 4.9 Consumo de arroz 1 1 7 4.10 Consumo de feijão 1 1 7 4.11 Consumo de peixes 7 1 7 4.12 Consumo de aves 7 1 7 4.13 Consumo de café 1 1 7 4.14 Consumo de erva mate 1 1 7 4.15 Consumo de pão 1 1 7 4.16 Consumo de mandioca 1 1 7 5.1 Participação em organização (associação) 1 1 2 5.2 Clube 1 1 2 5.3 CTG 2 1 2 6.1 Infestação de pragas 2 1 5 6.2 Salubridade para o homem 2 1 5 6.3 Combate a pragas domésticas 1 1 2
ECONÔMICO VALORES SIGNIFICATIVOS CÓDIGO INDICADORES Encontrado Mínimo Máximo
7.1 Produção 3 1 3 7.2 Reflorestamentos 2 1 3 7.3 Pastagens plantadas 1 1 3 8.1 Bois 1 1 2 8.2 Cavalos 2 1 2 8.3 Outros 2 1 2 9.1 Bois 2 1 2 9.2 Vacas (leite) 1 1 2 9.3 Ovelhas 2 1 2 9.4 Aves 1 1 2 9.5 Porcos 1 1 2 9.6 Cabritos 2 1 2 9.7 Coelhos 2 1 2 9.8 Rãs 2 1 2 9.9 Peixes 2 1 2 9.10 Outros 2 1 2 10.1 A quem vende a produção agrícola 4 1 7 10.2 A quem vende a produção pecuária 4 1 7 10.3 A quem vende a produção florestal 4 1 7 10.4 Crédito agrário 1 1 6 10.5 Possui conta em banco 1 1 2 10.6 Renda bruta aproximada da propriedade
(mensal) 4 1 2
11.1 Área da propriedade (em ha) 4 1 7 11.2 Tipo de posse 1 1 4 11.3 Biocidas (fungicidas,inseticidas, herbicidas ) 4 1 4 11.4 Adubação e/ou calagem (necessidade) 2 1 4 11.5 Tipo de ferramentas usadas 1 1 3 11.6 Tipo de uso do solo na propriedade 1 1 2 11.7 Práticas de conservação do solo 2 1 3 11.8 Conflitos ambientais observados 1 1 2 11.9 Irrigação em horta, pomar e jardim 3 1 3 11.10 Assistência técnica 2 1 3
9
11.11 Exploração racional da terra 1 1 2 11.12 Conhece programas de conservação de
solo 1 1 2
11.13 Segue orientação da EMATER ou outra instituição
1 1 2
11.14 Sabe executar obra de conservação do solo, da água e outras
2 1 3
TECNOLÓGICO VALORES SIGNIFICATIVOS CÓDIGO INDICADORES Encontrado Mínimo Máximo 12.1 Computador 2 1 2 12.2 Impressora 2 1 2 12.3 Scanner 2 1 2 12.4 Acesso a internet 2 1 2 12.5 Possui maquinário agrícola e implementos 4 1 4 12.6 Faz industrialização de madeiras, frutas,
leite, carne, lã, mel, peles, peixes e outros 2 1 2
12.7 Algum tipo de artesanato 2 1 2
3.1.2. Cálculo da Reta de Deterioração Social
y = ax+b
y = 0,4291.12527,4427
y = 27%
27%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
0 100 200 300
Valor significativo encontrado
Grau de
Deterioração
Soc
ial
Figura 01: Grau de Deterioração Social.
Observase que a reta de deterioração social é de 27%, isto é, elevada e
acima do aceitável de 10%. Assim, verificase que a situação social não está boa e
precisa de medidas e ações de interferência da sociedade para diminuir essa
deterioração. Este grau elevado de deterioração devese a idade do chefe de família
elevada, grau de instrução do chefe de família e média escolar do núcleo familiar
médio baixo, média de idade do núcleo familiar média, total de pessoas no núcleo
familiar e total de pessoas na propriedade baixo. Quanto às condições de habitação
também observouse deficiências, sendo que o tipo de habitação é casa de madeira
boa, parede de madeira ruim. Possuem caixa de água de cimento amianto,
eletricidade monofásica. A maioria não possui vídeo cassete/DVD, microondas e
10
possui fogão à gás. Também, a maioria não assina jornais/revistas/periódicos. A
situação das estradas é regular, não há nenhum desempregado na propriedade, o
lixo é enterrado ou queimado, o destino do esgoto é poço negro e fossa. Os
produtores, na sua maioria, não participam de CTG. A infestação de pragas é baixa
e a salubridade para o homem é regular.
3.1.3. Cálculo da Reta de Deterioração Econômica
y = ax+b
y = 1,4925.72 –53,7313
y = 54%
54%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
0 20 40 60 80 100 120
Valor significativo encontrado
Grau de
Deterioração
Eco
nômica
Figura 02: Reta de Deterioração Econômica
A reta de deterioração econômica é alta, apresentando uma deterioração de
54%. Essa deterioração econômica elevada é devido à produtividade das
propriedades baixa, reflorestamentos em <25% área. A produção agrícola, pecuária
e florestal é vendida em feiras e a renda bruta mensal da propriedade é média a
baixa. Quanto a área da propriedade, a mesma é baixas, visto que predomina o
minifúndio. Biocidas são aplicados regularmente, há necessidade de adubação e /ou
calagem regularmente. As práticas de conservação do solo são conhecidas pelos
produtores, mas não são seguidas. A irrigação em horta, pomar e jardim não é
utilizada. Assistência técnica a maioria recebe ocasionalmente e a maioria sabe
alguma coisa sobre execução de obras de conservação do solo, da água e outras.
3.1.4. Cálculo da Reta de Deterioração Tecnológica
y = ax+b
y = 11,1111.15 – 77,7777
y = 89%
11
89%
0% 20% 40% 60% 80%
100%
0 5 10 15 20
Valo r s ign i f icat ivo encontrado
Grau de
Deterioração
Tecn
ológ
ica
Figura 03: Grau de Deterioração Tecnológica.
Constatase que a reta de deterioração tecnológica é o, apresentando um
grau de deterioração de 89%. A tecnologia é muito deficiente nas propriedades
rurais, pois a maioria não possui computador, impressora, scanner, acesso a internet
e maquinários agrícolas e implementos. Ainda, não há industrialização de madeiras,
frutas, leite, carne, lã, mel, peles, peixes e outros, como também não há nenhum tipo
de artesanato.
3.1.5. Cálculo da Reta de Deterioração SócioEconômica
y = 0,3236.x –34,6176
y = 0,3236.212 – 34,6176
y = 34%
34%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
0 100 200 300 400 500
Valor significativo encontrado
Grau de
Deterioração
Sóc
ioEco
nômica
Figura 04: Grau de Deterioração SócioEconômica.
Analisando a reta de deterioração sócioecônomico verificase que ao grau
de deterioração sócioecônomico é superior ao aceitável, que é de 10%. Assim,
serão necessárias medidas de intervenção para diminuir essa deterioração e
melhorar a qualidade de vida da população desse espaço. Observase que a
deterioração tecnológica esta muito elevada – 89%, ou seja, há muita deficiência no
setor tecnológico. A deterioração econômica também está elevada – 54% e, em um
grau de deterioração pouco inferior, a deterioração social em 27%.
12
3.2. Diagnóstico Ambiental
3.2.1. Resultados do Diagnóstico Ambiental e Unidades Críticas de
Deterioração e Tabulação dos Dados.
CÓDIGO
ELEMENTOS POLUENTES
(sem orientação técnicocientífica)
CÓDIGO ENCONTRA
DO
MÍNIMO MÁXIMO
1.01 Estocagem de defensivos 2 1 2
1.02 Depósitos de embalagens de agrotóxicos 1 1 2
1.03 Locais de lavagem de implementos com agrotóxicos
1 1 2
1.04 Pedreiras 1 1 2
1.05 Mineração em geral 1 1 2
1.06 Lixeiras (lixo urbano, rural) 1 1 2
1.07 Exploração de areias 1 1 2
1.08 Pocilgas 2 1 2
1.09 Aviários 2 1 2
1.10 Matadouros 1 1 2
1.11 Estradas rurais deteriorantes 2 1 2
1.12 Educação ambiental na escola 2 1 2
1.13 Erosões marcantes (lavouras) 1 1 2
1.14 Exploração de madeira 1 1 2
1.15 Esgotos 1 1 2
1.16 Depósitos de pneus 1 1 2
1.17 Queimadas 1 1 2
1.18 Poluição química (fábricas, curtumes, etc.) 1 1 2
1.19 Poluição visual(cartazes, Outdoors, outros) 1 1 2
1.20 Aplicação de agrotóxicos 1 1 2
1.21 Acidentes com derivados de petróleo ou produtos químicos
1 1 2
1.22 Bombas de recalques d’água em rios/açudes
1 1 2
1.23 Outros 1 1 2
3.2.2. Cálculo da Reta de Deterioração Ambiental
y = ax+b
y = 4,3478.28 –100
y = 40%
13
40%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
0 10 20 30 40 50
Valor significativo encontrado
Grau de
Deterioração
Ambiental
Figura 05: Grau de Deterioração Ambiental.
Analisando a situação ambiental, observase que a deterioração ambiental é
superior a aceitável de 10%. Os principais problemas estão na aplicação de
agrotóxicos, estocagem de defensivos, presença de pocilgas e aviários nas
propriedades rurais e estradas rurais deteriorantes. Também não há rede de esgoto,
predominando as fossas sépticas.
3.3. Fatores Prioritários – Levantamento local ramdourizado.
Observando a figura abaixo (Figura 54), observase que os fatores
prioritários, para os produtores rurais, são referentes principalmente ao setor da
produção, pois 42% apontam para preços dos produtos agrícolas melhores e fixos,
16% mais subsídios para a agricultura, 16% melhores estradas, e 5% produção sem
agrotóxicos. Ainda, 21% vêem como prioridade mais assistência à saúde.
FATORES PRIORITÁRIOS
42%
21% 16%
16% 5%
Preços dos produtos agrícolas melhores e fixos Mais assistência à saúde
Mais subsídios para agricultura Melhores estradas
Produção sem agrotóxicos
Figura 06: Fatores prioritários segundo os proprietários rurais entrevistados.
14
3.4. Grau de Deterioração da Qualidade de Vida
Conforme explicado na metodologia, Item 3.4, o grau de deterioração da
qualidade de vida é:
Diagnóstico SócioEconômico+Diagnostico Ambiental
2
Sendo o grau de deterioração sócioeconômica de 34% e o de deterioração
ambiental de 40%, temse:
37% ⇒ Grau de Deterioração da Qualidade de Vida.
Observase que o grau de deterioração da qualidade de vida é elevado. Isso,
decorrente principalmente da situação econômica, tecnológica e ambiental. O grau
de deterioração aceitável segundo Rocha (1997) é de 10% para ter um ambiente
saudável e assim boa qualidade de vida. Dessa forma, visto esta deterioração estar
em 37%, são necessárias medidas de intervenção do homem para diminuir essa
deterioração.
4. PROGNÓSTICOS E CONCLUSÕES
4.1. Prognósticos do Diagnóstico SócioEconômico
4.1.1. Diagnóstico Social CÓDIGO INDICADORES MODA PROGNÓSTICOS
1.1 Idade do chefe da família
(15)
4 Recomendamse incentivos para a permanência dos filhos na propriedade para prosseguir na atividade rural e recomendase também que os pais passem aos filhos os conhecimentos que possuem.
1.2 Grau de instrução do chefe da família (19)
7 Recomendamse programas de alfabetização para os adultos de acordo com a realidade local e com as necessidades do meio rural.
1.3 Local de nascimento do chefe da família (15)
1 Permanecer como está.
1.4 Residência do chefe da família (15)
1 Permanecer como está.
1.5 Número de famílias na propriedade (16)
1 Permanecer como está.
15
1.6 Média de idade do núcleo familiar (15)
3 Permanecer como está.
1.7 Total de pessoas do núcleo familiar (18)
3 Recomendase incentivos para a permanência de mais filhos na propriedade.
1.8 Número de pessoas estranhas à família (19)
1 Permanecer como está.
1.9 Média escolar do núcleo familiar (19)
7 Considerase baixa, recomendase mais incentivos para a educação de jovens e adultos, com conteúdos voltados à realidade rural.
1.10 Média de nascimento do núcleo familiar (local) (15)
1 Permanecer como está.
1.11 Média de residência do núcleo familiar (local) (15)
1 Permanecer como está.
1.12 Total geral de pessoas na propriedade(112)
3 Recomendase incentivos para a permanência dos filhos na propriedade.
2.1 Tipo de habitação (15)
4 Permanecer como está.
2.2 Número de peças na casa (cômodos) (19)
1 Permanecer como está.
2.3 Número médio de pessoas por quarto (16)
1 Permanecer como está.
2.4 Tipo de fogão(15) 3 Permanecer como está.
2.5 Tipo de piso(18) 1 Permanecer como está.
2.6 Tipo de parede (16) 3 Madeira boa – recomendase que algumas peças, como o banheiro, sejam de alvenaria.
2.7 Tipo de telhado (1 4)
1 Permanecer como está.
2.8 Caixa água (13) 2 Regular – recomendase o uso da caixa de água de plástico ou fibra, pela melhor qualidade em relação à saúde.
2.9 Eletricidade (13) 2 Recomendase a instalação de rede trifásica.
2.10 Geladeira “freezer” (12)
1 Permanecer como está.
2.11 Televisão (12) 1 Permanecer como está.
2.12 Vídeocassete/DVD (12)
2 Recomendase que adquiram se houver condições, pois seria mais uma opção de lazer.
2.13 Rádio (12) 1 Permanecer como está.
2.14 Microondas (12) 2 Recomendase a aquisição .
2.15 Telefone 1 Permanecer como está.
16
2.16 Periódicos (jornais – revistas)
(12)
2 Situação ruim – pois a maioria não assina, recomendase a assinatura de algum jornal, revista, etc., pois é um importante veículo de informação.
3.1 Posto de saúde na região (12)
1 Permanecer como está.
3.2 Acesso a médico/dentista (1 2)
1 Permanecer como está.
3.3 Escolas na região (12)
1 Permanecer como está.
3.4 Transporte escolar (12)
1 Permanecer como está
3.5 Linha de ônibus (1 2)
1 Permanecer como está.
3.6 Creche (12) 1 Permanecer como está.
3.7 Situação das estradas (13)
2 Recomendase por parte do setor de obras da prefeitura municipal mais atenção, possibilitando melhores condições de deslocamento dos munícipes.
3.8 Trabalho (algum desempregado na propriedade) (12)
2 Permanecer como está.
3.9 Iluminação pública (12)
2 Situação ruim – pois na maioria dos lugares não há iluminação pública. Recomendase a ampliação da rede de iluminação pública, principalmente para as sedes das comunidades.
3.10 Eliminação de lixo (13)
2 Recomendase que seja feita a coleta do lixo pela prefeitura, pois a maioria o enterra ou queima.
3.11 Esgoto (13) 2 Recomendase para futuramente a instalação de uma rede de esgoto na área rural, a exemplo do que ocorre na área urbana. O poço negro deve ser revestido com lona plástica.
3.12 Abastecimento de água (12)
1 Permanecer como está.
3.13 Programa de auxilio do governo (12)
1 Permanecer como está.
3.14 Áreas de lazer (praças, áreas verdes etc) (12)
1 Permanecer como está.
4.1 Consumo de leite (17)
1 Permanecer como está.
4.2 Consumo de carne (17)
1 Permanecer como está.
4.3 Consumo de frutas (17)
1 Permanecer como está.
4.4 Consumo de legumes (17)
1 Permanecer como está.
4.5 Consumo de verduras (17)
1 Permanecer como está.
17
4.6 Consumo de batata (17)
4 Recomendase aumentar o consumo semanal.
4.8 Consumo de massas (17)
6 Recomendase aumentar o consumo semanal.
4.9 Consumo de arroz (17)
1 Permanecer como está..
4.10 Consumo de feijão (17)
1 Permanecer como está.
4.11 Consumo de peixes (17)
7 Recomendase que seja aumentado o consumo de peixes, por ser um alimento benéfico à saúde e que estes sejam criados na própria propriedade, visto as potencialidades disponíveis e o baixo custo para a criação de peixes.
4.12 Consumo de aves (17)
7 Recomendase que seja aumentado o consumo de aves, por ser um alimento benéfico à saúde e que estes sejam criados na própria propriedade, visto o baixo custo para a produção.
4.13 Consumo de café (17)
1 Permanecer como está.
4.14 Consumo de erva mate (17)
1 Permanecer como está.
4.15 Consumo de pão (1 7)
1 Permanecer como está.
4.16 Consumo de mandioca (17)
1 Permanecer como está.
5.1 Participação em organização (associação) (12)
1 Permanecer como está.
5.2 Clube (12) 1 Permanecer como está.
5.3 CTG (12) 2 Recomendase mais incentivo à tradição para uma maior participação em CTG e como mais uma opção de lazer.
6.1 Infestação de pragas (15)
2 Recomendase continuar no controle para não correr risco de aumentar a infestação de pragas e assim prejudicar a propriedade.
6.2 Salubridade para o homem (15)
2 Recomendase o combate às endemias.
6.3 Combate a pragas domésticas (12)
1 Permanecer como está.
4.1.2. Diagnóstico Econômico
CÓDIGO INDICADORES MODA PROGNÓSTICOS
7.1 Produção (13) 3 Recomendase diversificar as culturas e buscar novas opções, mais rentáveis e mais adaptáveis ao clima.
7.2 Reflorestamentos (13)
2 Permanecer como está.
18
7.3 Pastagens plantadas (13)
1 Permanecer como está.
8.1 Bois (12) 1 Permanecer como está.
8.2 Cavalos (12) 2 Recomendase adquirir.
8.3 Outros (12) 2 Recomendase adquirir.
9.1 Bois (12) 1 Permanecer como está.
9.2 Vacas (leite)(12) 1 Permanecer como está.
9.3 Ovelhas (12) 2 Recomendase produzir.
9.4 Aves (12) 1 Permanecer como está.
9.5 Porcos (12) 1 Permanecer como está.
9.6 Cabritos (12) 2 Recomendase produzir.
9.7 Coelhos (12) 2 Recomendase produzir.
9.8 Rãs (12) 2 Recomendase produzir.
9.9 Peixes (12) 2 Recomendase a produção de peixes, pois há potencialidade para tal produção e é um importante alimento na dieta alimentar.
9.10 Outros (12) 2 Recomendase produzir.
10.1 A quem vende a produção agrícola (17)
4 Permanecer como está.
10.2 A quem vende a produção pecuária (17)
4 Permanecer como está.
10.3 A quem vende a produção florestal (17)
4 Permanecer como está.
10.4 Crédito agrário (16) 1 Permanecer como está.
10.5 Possui conta em banco (12)
1 Permanecer como está.
10.6 Renda bruta aproximada da propriedade (mensal) (15)
4 Situação ruim – renda muito baixa visto ser a renda bruta. Recomendamse alternativas, como políticas agrícolas, para gerar renda e melhorar as condições de vida da população.
11.1 Área da propriedade (em ha) (17)
4 Recomendase a diversificação de culturas visto a pouca disponibilidade de área.
11.2 Tipo de posse (14) 1 Permanecer como está.
11.3 Biocidas (fungicidas, inseticidas, herbicidas ) (14)
4 Recomendase diminuir a utilização de agrotóxicos em função dos riscos que traz à saúde.
11.4 Adubação e/ou calagem (necessidade) (14)
2 Situação regular, solo muito pobre em nutrientes. Recomendase o plantio direto.
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11.5 Tipo de ferramentas usadas (13)
1 Permanecer como está.
11.6 Tipo de uso do solo na propriedade (12)
1 Permanecer como está.
11.7 Práticas de conservação do solo (13)
2 Recomendas mais orientação técnica.
11.8 Conflitos ambientais observados (12)
1 Permanecer como está.
11.9 Irrigação em horta, pomar e jardim (13)
3 Recomendase a utilização da mesma principalmente para a produção para o consumo próprio.
11.10 Assistência técnica (13)
2 Remendase mais assistência por parte dos órgãos competentes.
11.11 Exploração racional da terra (13)
1 Permanecer como está.
11.12 Conhece programas de conservação de solo (12)
1 Permanecer como está.
11.13 Segue orientação da EMATER ou outra instituição (1 2)
1 Permanecer como está.
11.14 Sabe executar obra de conservação do solo, da água e outras (13)
2 Recomendamse palestras, cursos, treinamentos para passar as informações necessárias aos produtores.
4.1.3. Diagnóstico Tecnológico
CÓDIGO INDICADORES MODA PROGNÓSTICOS
12.1 Computador (12) 2 Recomendase adquirir.
12.2 Impressora (12) 2 Recomendase adquirir.
12.3 Scanner (12) 2 Recomendase adquirir.
12.4 Acesso a internet (12)
2 Recomendase adquirir.
12.5 Possui maqui nário agrícola e implementos (1 4)
3 Recomendamse mais investimentos para a aquisição de maquinário agrícola e dos implementos necessários para o trabalho na propriedade.
12.6 Faz industrialização de madeiras, frutas, leite, carne, lã, mel, peles, peixes e outros
(12)
2 Recomendamse mais incentivos e investimentos para a industrialização dos produtos, por agregar mais valor do que a venda in natura dos produtos.
12.7 Algum tipo de artesanato (12)
2 Recomendamse mais incentivos e investimentos para o artesanato, agregando renda à propriedade.
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4.2. Prognósticos do Diagnóstico Ambiental
CÓDIGO ELEMENTOS POLUENTES
MODA PROGNÓSTICOS
1.01 Estocagem de defensivos agrícolas (12)
2 Recomendase cuidados rigorosos com a estocagem de defensivos, evitando danos ao meio ambiente.
1.02 Depósitos de embalagens de agrotóxicos (12)
1 Permanecer como está.
1.03 Locais de lavagem de implementos com agrotóxicos
(12)
1 Permanecer como está.
1.04 Pedreiras (12) 1 Permanecer como está.
1.05 Mineração em geral (12)
1 Permanecer como está.
1.06 Lixeiras (lixo urbano, rural)
(12)
1 Na maioria das propriedades não há, mas onde tem recomendase o recolhimento desse lixo e um tratamento adequado para evitar contaminação do ambiente.
1.07 Exploração de areias (12)
1 Permanecer como está.
1.08 Pocilgas (12) 2 Recomendase o tratamento adequado dos dejetos gerados para evitar contaminação do ambiente.
1.09 Aviários (12) 2 Recomendase o tratamento adequado dos dejetos gerados para evitar contaminação do ambiente.
1.10 Matadouros (12) 1 Permanecer como está.
1.11 Estradas rurais deteriorantes
(12)
2 Recomendase a conservação e manutenção das mesmas por parte do setor de obras da prefeitura.
1.12 Educação ambiental na escola (12)
2 Permanecer como está.
1.13 Erosões marcantes (lavouras) (12)
1 Permanecer como está.
1.14 Exploração de madeira (12)
1 Permanecer como está.
1.15 Esgotos (12) 1 Permanecer como está.
1.16 Depósitos de pneus (12)
1 Permanecer como está.
1.17 Queimadas (12) 1 Permanecer como está.
1.18 Poluição química (fábricas, curtu
1 Permanecer como está.
21
mes, etc.) (12)
1.19 Poluição visual (cartazes, outdo ors, outros) (12)
1 Permanecer como está.
1.20 Aplicação de agrotóxicos (12)
1 Recomendase, visto que em alguns locais, ainda restritos até o momento, observouse problemas decorrentes da aplicação de agrotóxicos, a redução do uso de agrotóxicos para não causar problemas futuros à saúde com palestras, cursos, novas alternativas para o controle de pragas na lavoura.
1.21 Acidentes com derivados de petróleo ou produtos químicos (12)
1 Permanecer como está.
1.22 Bombas de recalques d’água em rios/açudes (12)
1 Permanecer como está.
1.23 Outros (12) 1 Permanecer como está.
4.3. Prognósticos dos Fatores Prioritários
Melhores preços dos produtos agrícolas e política agrícola com preços
fixos: união dos órgãos competentes do município e produtores rurais para buscar
junto aos órgãos federais a aprovação de uma política agrícola com preços fixos.
Mais assistência à saúde: mais assistência à saúde, com uma garantia de
direitos mínimos pelo sistema público de saúde.
Mais subsídios para a agricultura: buscar junto aos órgãos estaduais e
federais, a partir de projetos, mais verbas para a agricultura, principalmente
investimentos para melhorar as condições tecnológicas das propriedades rurais.
Estradas melhores: manutenção periódica das estradas por parte da
prefeitura, para possibilitar um melhor tráfego da população rural e escoamento da
produção.
Produção sem agrotóxicos: campanhas educativas alertando sobre o risco
do uso de agrotóxicos e das vantagens de uma produção sem agrotóxicos.
22
4.4. Conclusões
Quanto ao diagnóstico sócioeconômico concluise que são necessárias
intervenções humanas para recuperar essa deterioração e assim melhorar a
qualidade de vida dessa população, visto a deterioração sócioecônomica estar em
34%. Assim, há a necessidade de redução de 24% para chegar ao nível tolerado de
10%. Analisando o diagnóstico ambiental, concluise que a deterioração está acima
do aceitável de 10%. Há a necessidade de uma redução de 30%, com medidas de
intervenção humana, para melhorar as condições ambientais da população rural.
Dessa forma, o grau de deterioração da qualidade de vida é muito elevado,
ou seja, apresenta 40% de deterioração. Assim, são necessárias medidas para
diminuir essa deterioração, onde as mais importantes são no setor social, com
programas para a permanência dos jovens na propriedade e cursos de
aperfeiçoamento para estes e para toda a família. No setor econômico são
necessárias novas iniciativas para geração de renda e para alcançar um índice mais
elevado de desenvolvimento. Os produtores rurais apontam a melhoria dessas
condições mediante melhora na agricultura, como melhores preços dos produtos
agrícolas, mais subsídios para a agricultura, uma política agrícola com preços fixos e
estradas. A falta de tecnologia é alta, sendo necessário a partir de programas de
financiamento possibilitar o uso de maior tecnologia. Já na área ambiental são
necessárias medidas urgentes para diminuição do uso de agrotóxicos, visto a alta
contaminação que já está ocorrendo devido o uso alto e indevido destes.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Santa Maria – RS. 2003. 142f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) –
Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2003.
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FRANCO, M. de A. R. Planejamento Ambiental para a Cidade Sustentável. São
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http://www.biblioteca.unesp.br/bibliotecadigital/ >. Acessado em 30 de maio de
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