2 Revisão de literatura

2.1 Trânsito e suas definições

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), logo no seu artigo 1°,§

1° diz o seguinte: "Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e

animais ou em grupos, dirigidos ou não, com a finalidade de deslocamento, parada,

estacionamento ou operação de carga e descarga".

De acordo com Rocha, Silveira (2013) o trânsito não é uma catástrofe

pública, mas também não admite inércia, pois requer que todos governantes,

educadores, policiais, pedestres, condutores, o povo em geral estejam mobilizados e

que manisfetam sua preocupação para mudar essa s i tuação que p reocupa

pessoas não só em nossas cidades, em nosso país, mas no mundo todo. O trânsito é

uma questão de cidadania, pois o novo Código de Trânsito Brasileiro, em sua

natureza, surgiu para conservar o maior bem jurídico que o estado tutela: a

vida. O pedestre consiste na peça mais importante do sistema, assim sendo ele

pode ser instantâneamente motorista, agente de trânsito, passageiro, até mesmo

vítima, gestor do trânsito, legislador, etc. O trânsito, na verdade , já se classifica

como uma das pautas mais importantes na agenda de preocupações da sociedade

mundial, pois vem se tornando um grande rival, como o consumo de entorpecentes

e a devastação do meio ambiente, sendo ultrapassado apenas pela fome e a

possibilidade de uma guerra termo-nuclear que deixa as pessoas aterrorizadas.

Segundo Schadt (2012) o sistema de trânsito é caracteristico quando há um

aglomerado de pessoas e veículos nas vias públicas se movimentando, controlados

por leis estabelecidas CTB, cujo finalidade é a garantia a segurança de quem transita

na via, de acordo (Rozestraten, apud Schadt,1988). Esta utilização das vias por

veículos motorizados, não motorizados, pedestres ou animais, para fins de circulação,

parada ou estacionamento, sugere certa organização, a qual acontece por meios das

faixas de tráfego numa direção específica. Essa organização baseia-se nas regras

de trânsito, que por sua vez, são normatizadas por uma lei federal, o Código de

Trânsito Brasileiro, Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997 (Brasil, apud Schadt 1997).

Então, torna-se necessário o entendimento sobre os conceitos propostos na

definição de trânsito pelo próprio Código. Isto significa entender a concepção de

vias, que conforme a Lei Federal, é definida como: “a superfície por onde transitam

os veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, o acostamento, ilha e

canteiro central”. Onde as vias são utilizadas pelos usuários do trânsito, não

importando se os veículos estejam sendo dirigidos ou não, se estejam as

pessoas sozinhas ou acompanhadas, todos fazem parte do procedimento do trânsito.

Sendo assim, é preciso compreender a finalidade, ou seja, o fim para o qual o

trânsito foi formado, que é o de circulação, parada, estacionamento e operação de

carga e descarga. Tais conceitos estão anexados respectivamente a

movimentação, à parada, à paralização do veículo por tempo maior ao necessário

para o embarque ou desembarque de passageiros e à paralização do

veículo, pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou descarregamento

de animais ou carga, tudo em consenso com os padrões estabelecidos pelos

institutos ou órgãos competentes de trânsito.

2.2 Acidentes no trânsito

Para que se tenha um funcionamento adequado do sistema de trânsito, é preciso

que há influência mútua entre três fatores, a via, o veículo e o homem, este último é

o mais importante, pois é ele que adquire o comando do veículo e da via.

O principal responsável pelos grandes indices de acidentes de trânsito é o

comportamento humano, por isso é imprescindível a preocupação em saber o que

provoca o acidente, em que condições acontecem e para isso é necessário

estudos relacionados aos acidentados, e não apenas aos acidentes. Acidente é

“uma colisão não intencionada, envolvendo um ou mais integrantes do trânsito,

provocando algum dano e noticiada a polícia diretamente ou através dos serviços de

Medicina Legal”. (Rozestraten, apud Zimmermann, 1988) Diante dessas informações,

existem várias classificações de acidentes e acidentados que caracterizam mais as

conseqüências do acidente do que suas causas e circunstâncias.

Para se clssificar os acidentes existem alguns criterios que podem ser

destacados: a presença do individuo acidentado ou não, o veiculo, as caracteristicas da

via, o estado de funcionamento do veiculo, falha humana.(Zimmermann, 2008)

Todo acidente que ocorre em vias públicas, ou até mesmo em calçadas, é

caracterizado acidente de trânsito. É todo acontecimento onde haja consequências:

danos físicos ou matérias, envolvendo veículos, pessoas ou animais. (Ferreira, 2009).

Os índices de acidentes de trânsito estão aumentando devido o crescimento

desenfreado dos automóveis particulares. Esse crescimento do fluxo de veículos

contribui para o aumento dos congestionamentos, para o aumento de acidentes e

interferem diretamente na vida da sociedade. Esses acidentes de trânsito interferem em

varias as áreas, seja na área da saúde, econômica, cultural etc. Além de se caracterizar

como uma questão multiprofissional, interdisciplinar, com consequências para todos os

indivíduos de uma sociedade. (Mauro, apud Ribeiro, 2001).

2.3 Tipos de acidentes de trânsito

Existe vários tipo de acidentes, e com as características da via podemos

enumerar os seguintes tipos: (Ferreira, 2009)

1- Colisão:

Frontal;

Na traseira do veículo;

Atrás do veículo;

Lateral no mesmo sentido;

Lateral no sentido oposto;

Transversal;

Colisão com objeto fixo.

2- Atropelamento: pedestre, animal;

3- Tombamento

4- Capotamento;

5- Outros

Muitos acreditam que acidentes de trânsito são uma fatalidade, mas esses

acidentes acorrem devido a falta de manutenção e conservação dos veículos e vias, ou

são ocasionados pela falta de atenção dos pedestres e condutores, tendo como principal

fator a falha humana. (Scielsleski, apud Ferreira, 1982).

É imprescindível um replanejamento das cidades, melhoria das vias, uma

conscientização da população, que tem que partir de uma boa educação, melhorias nos

serviços de emergência etc. Para que isso seja realizado, é necessário um esforço de

todos, seja, engenheiro, medico, servidores públicos, educadores, entre outros. Apesar

de serem medidas caras, a prioridade é a segurança é a vida. (Mello Jorge e Latorre,

apud Ferreira, 1994). Entretanto Vasconcelos (apud Ferreira, 1985), afirma que o maior

dilema nas cidades é o trânsito. É preciso analisar como funciona, e qual a participação

de cada elemento. Discutir apenas os problemas da vida, congestionamentos e acidentes

de trânsito, isso não basta, é preciso uma analise detalhada.

Segundo Ribeiro (2010) índice de acidente de trânsito vem aumentando devido

o crescimento do fluxo de veículos. Esses veículos podem ser motorizados ou não

motorizados (bicicletas, triciclo etc). As bicicletas, além de terem um baixo custo, são

excelentes quando se diz respeito a saúde. Porém são muito vulneráveis em relação ao

trânsito, não protege o condutor numa eventual colisão. Em contra posição temos os

veículos motorizados: motocicletas, automóveis, caminhões, ônibus, carretas,

caminhonetes. O mais utilizado entre esses meios de transporte é a motocicleta, pelo

foto de ser mais acessível economicamente, além disso, consegue se deslocar apesar do

congestionamento, fácil de estacionar, por não ocupar muito espaço. Mas apresentam

algumas desvantagens consideráveis, no tempo chuvoso o risco de acidente é maior, não

protege o condutor, mesmo numa velocidade relativamente baixa, a queda pode trazer

alguns danos físicos. Geralmente utilizada por jovens para exibicionismo, muitas vezes

ocasionando acidentes graves.

2.4 Principais causas

De acordo com Ribeiro (2010), causas humanas e problemas de trânsito são

algumas causas dos acidentes de trânsito. Sendo assim, as causas humanas geralmente

estão relacionadas à fadiga, sono, bebida alcoólica, tempo de habilitação, entre outros. E

o que está relacionado a problemas de trânsito, são as condições das vias, geometria da

via, situação dos automóveis, etc. Além disso, a não obediência às normas de trânsito,

dirigir sem habilitação, não conhecer as leis de trânsito, são fatores contribuem para o

aumento dos acidentes.

Fatores como: condições da rodovia, ingerir bebidas alcoólicas antes de dirigir

ou drogas que possam intoxicar o condutor, velocidade exagerada, condições do tempo

(clima), conservação e manutenção dos veículos. Outro fator importante é a preparação

inadequada de novos motoristas, através de métodos ultrapassados de ensino. Por esse e

outros motivos, onde se deveria fazer uma reciclagem com esses motoristas

imprudentes. (Vasconcellos, apud Zimmermann, 2005)