davi livingstone célebre missionário e explorador (1813-1873)

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Davi Livingstone

Célebre missionário e explorador

1813-1873)Cer t erc i te, i it r b i e es t i s ter, em L res, e se cham sepu ltados os re is e ultos em i en tes da Ing la terra, inqu ir iu qua l o t úmu lo, exc luindo o do "so ldado desconhec ido ", que é ma is is itado . O por te iro respondeu que era o de Dav i Livings tone . São poucos os hum ildes e fiéis servos de Deus que o mundo dis tingue e honra ass im .

Con ta-se que, em Glasgow, depo is de passar dezesse is anos na Áf r ica, Livings tone f oi conv idado a f azer um discurso peran te o corpo discen te da un ivers idade . Os a lunos reso lveram va iar esse "camarada miss ionár io'', f azendo o ma ior baru lho

possíve l. Cer ta tes temunha do acon tec imen to disse: "Con tudo, desde o momen to em que Livings tone compareceu peran te e les, magro e de lgado, depo is de ca ir tr inta e uma vezes de f e bre nas ma tas da Áf r ica, e com um braço descansando numa tipó ia, depo is do encon tro com um le ão, os a lunos guardaram grande s ilênc io. Ouv i -ram, com o ma ior respe ito, tudo que o orador re la tou e a mane ira como Jesus cumpr ira a sua promessa: "Eis que eu es tou convosco todos os dias, a té a consumaç ão dos sécu los ".

Dav i Livings tone nasceu na Escóc ia . Seu pa i, Ne il Livings tone, con tava aos filhos as proezas de seus an tepassados, por oito gerações . Um dos bisavôs de Dav i, com a f amí lia, f ug ira dos cru éis pac tuár ios, para os pan t ana is e mon tes esca brosos, onde pod ia adorar a Deus em espír ito e em verdade . Mas mesmo esses cu ltos, que se rea lizavam en tre os esp inhos e, às vezes, no ge lo, eram interromp idos, de vez em quando, pe la cava lar ia que chegava ga lopando para ma tar ou levar p resos, tan to homens como mu lheres .

Os pa is de Dav i cr iaram seus filhos no temor do Senhor . O lar era sempre a legre e serv ia como no táve l mode lo de todas as vir tudes dom és ticas . Não se perd ia uma hora duran te os se te dias da semana e o dom ingo era esperado e honrado como o dia de descanso . Com a idade de nove anos, Dav i ganhou um Novo Tes tamen to, pr êmio of erec ido ao repe tir de cor o capí tulo ma is compr ido da Bíblia, o Sa l mo 119.

"Entre as recordações ma is sagradas da minha infânc ia ", escreveu Livings tone, "es tão as da econom ia da minha mãe para que os poucos recursos f ossem su ficien tes para todos os mem bros da f amí lia . Quando comp le te i dez anos de idade, meus pa is me co locaram em uma tece lagem para que eu ajudasse a sus ten tar a f amí lia . Com par te do sa lár io da pr ime ira semana, compre i uma gramá tica de la tim".

Dav i iniciava o dia na tece lagem, às se is horas da manh ã e, com interva los para o ca fé e o a lmoço, traba lhava a té oito da no ite . Segurava a sua gramá tica a ber ta na máqu ina de fiar a lgod ão e, enquan to traba lhava, es tudava-a linha por linha . Às oito

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horas da no ite, dir igia-se, sem perder tempo, à esco la no turna . Depo is das au las, es tudava as lições para o dia segu inte, às vezes, a té a me ia-no ite, quando a mãe tinha de obr igá- lo a apagar a luz e dorm ir .

A inscr ição no túmu lo dos pa is de Dav i Livings tone in d ica as pr ivações no lar pa terno:

Para marcar o lugar onde descansa Ne il Livings tone, e Agnes Hun ter, sua esposa e para expr imir a gra tid ão a Deus dos seus filhos: João, Dav i, Jane t, Car los e Agnes,

por pa is po bres e piedosos

Os am igos ins is tiam em que e le mudasse as últimas pa lavras para "pa is po bres, mas piedosos ". Con tudo, Dav i recusou porque, para e le, tan to a po breza, como a piedade eram mo tivos de gra tidão. Sempre cons iderou o f a to de aprender a traba lhar longos dias, mês após mês, ano a trás ano, na f á br ica de a lgod ão, uma das ma iores f e licidades da sua vida .

Nos dias f er iados, Dav i gos tava de pescar e f azer longas excurs ões pe los campos e às margens dos r ios . Esses passe ios ex tensos lhe serv iam tan to de ins truç ão como de recre io; saía para ver ificar na própr ia na tureza o que es tuda ra nos livros so bre botânica e geo log ia . Sem o sa ber, e le as s im se preparava em corpo e men te para as exp lorações cien tíficas e para o que escrever ia com exa tidão acerca da na tureza na Áf r ica .

Aos vinte anos, houve grande mudança esp ir itua l em Dav i Livings tone, que de term inou o rumo de todo o res to da sua vida . "A bênç ão divina inundou - lhe o ser como inundara o coraç ão do após tolo Pau lo ou de Agos tinho, e o u tros do mesmo tipo, dom inando os desejos carna is ... Atos de a bnegaç ão, mu ito dif íce is de execu tar so b a le i férrea da consc iênc ia, tornaram-se em serv iços de von tade livre so b o

br ilho do amor divino ... É ev iden te que f ora mo v ido por uma f orça ca lma, mas tremenda, den tro do própr io coraç ão, a té o fim da vida . O amor que começou a co-mov ê-lo, na casa pa terna, con tinuou a insp irá - lo duran te todas as longas e en f adonhas viagens pe la Áf r ica, e o levou a ajoe lhar -se, à me ia-no ite, no rancho em Ila la, de onde seu espír ito, enquan to a inda orava, voltou ao seu Deus e Sa lvador .

Dav i, desde a infânc ia, ouv ia f a lar de um miss ionár io va len te na Ch ina, cujo nome era Gutzla ff. Nas suas orações, à no ite, ao lado de sua mãe, orava por e le . Com a idade de dezesse is anos, Dav i começou a sen tir desejo pro f undo de f azer conhec ido

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o amor e a graça de Cr is to àque les que jaz iam em densas trevas, e reso lveu firmemen te no coraç ão dar, tam bém sua vida, como médico e miss ionár io, ao mesmo país, a Ch ina .

Ao mesmo tempo, o pro f essor da sua classe na Esco la Dom inica l, Dav i Hogg, o aconse lhava: "Ora, moço, f aça da re ligião o mo tivo pr inc ipa l da sua vida co tidiana e não uma co isa incons tan te, se quer vencer as ten tações e ou tras co isas que o querem derr ibar ". E Dav i assen tou no seu coraç ão dir igir sua vida por essa norma .

Ao comp le tar nove anos de serv iços na f á br ica, f oi promov ido a um tra ba lho ma is lucra tivo . Consegu iu comp le tar seus es tudos, rece bendo o diploma de licenc iado da Facu ldade de Médicos e Cirurg iões de Glasgow, sem ter rece bido um tos tão de auxí lio de a lgu ém.

Se os cren tes não o tivessem aconse lhado a que f a lasse à Soc iedade Miss ionár ia de Londres acerca de env iá- lo como miss ionár io, e le depo is dec larou que ter ia ido por seus própr ios es f orços .

Duran te todos os anos de es tudos para ser médico e miss ionár io, sen tia-se dir igido para ir a Ch ina . Cer ta vez, numa reun ião, ouv iu o discurso de um homem, de bar ba compr ida e branca, a lto, robus to e de olhos bondosos e pe ne tran tes, chamado Rober to Moff a t. Esse miss ionár io voltara da Áf r ica, um país mis ter ioso, cujo inter ior era en tão desconhec ido . Os mapas desse con tinen te tinham no cen tro enormes espaços em branco, sem r ios e sem serras . Fa lando da Áf r ica, Moff a t disse a Dav iLivings tone: "Há uma vas ta planíc ie ao nor te, o nde tenho vis to, nas manh ãs enso laradas, a f umaça de milhares de a lde ias, onde ne nhum miss ionár io a inda

chegou ".Comov ido, ao ouv ir f a lar em tan tas a lde ias sem o Evange lho e sa bendo que n ão pod ia ma is ir à Ch ina por causa de guerra que hav ia naque le país, Livings tone res-pondeu: "Ire i imed ia tamen te para a Áf r ica ".

Com isso os irmãos da miss ão concordaram e Dav i vo ltou ao hum ilde lar em Blan tire para se desped ir dos pa is e irmãos . Às cinco horas da manh ã, do dia 17 de novem bro de 1840, a f amí lia se levan to u . Dav i leu os sa lmos 121 e 135com e les . As segu intes pa lavras ficaram gravadas no seu coraç ão, para o f or ta lecerem no ca lor e per igos duran te os longos anos que passou depo is, na Áf r ica: "O so l não te

mo les tará de dia e nem a lua de no ite ... O Senhor guar dará a tua en trada e a tua saída, desde agora e para sempre ". Depo is de orarem, desped iu-se da sua mãe e irmãs e andou a pé, com seu pa i que o acompanhou a té Glasgow . Depo is de se desped irem um do ou tro, Dav i em barcou no nav io para não ma is ver, aqu i na te rra, o ros to no bre de Ne il Livings tone .

A viagem de Glasgow ao Rio de Jane iro e, por fim, à cidade do Ca bo, na Áf r ica, durou tr ês meses . Mas Dav i não desperd içou o tempo . O comandan te se tornou seu am igo íntimo e ajudou-o a preparar os cu ltos, nos qua is Dav i pregava aos tr ipu lan tes

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do nav io. O novo miss ionár io aprove i tou, tam bém, a opor tun idade a bordo para aprender a usar o sex tan te e sa ber exa tamen te a pos ição do nav io, observando a lua e as es tre las . Essa ciênc ia lhe f oi ma is tarde de inca lcu láve l v a lor para or ien tar-se nas viagens de evange lizaç ão e exp loraç ão no imenso inter ior desconhec ido do

qua l "su bia a f umaça de milvilas sem miss ionár io".Da cidade do Ca bo, a viagem de 190 léguas f oi f e ita aos so lavancos, num carro de boi, a trav és de campos incu ltos . A viagem durou do is meses, a té chegar em Curum ã, onde dev ia esperar o regresso de Rober to Moff a tt. Desejava es ta be lecer-se em um lugar cinqüen ta a sessen ta léguas ma is para o nor te de qua lquer ou tro em que houvesse obra miss ionár ia .

Para aprender a língua e os cos tumes do povo, nosso pione iro passava o tempo viajando e vivendo en tre os indígenas . O seu boi de se la passava a no ite amarrado, enquan to e le assen tava-se com os a f r icanos ao redor do f ogo, ouv indo as lendas

dos seus heró is . Livings tone, por sua vez, con tava- lhes as prec iosas e verdade iras his tór ias de Be lém, da Ga liléia e da Cruz . Con tinuou sempre os seus es tudos enquan to viajava, f azendo mapas dos r ios e serras do terr itór io percorr ido . Em uma car ta a um am igo escreveu que desco br ira tr inta e duas qua lidades de raízes co-mes tíve is e quaren ta e tr ês esp écies de f rute iras que davam no deser to sem serem cu ltivadas . De um pon to que a lcançou, f a ltavam- lhe apenas dez dias de viagem para chegar ao grande lago Ngam i, que desco br iu se te anos d epo is .

De Curum ã, o miss ionár io, licenc iado da Facu ldade de Médicos e Cirurg iões de Glasgow, escreveu a seu pa i: "Tenho uma clien te la grande . Há pac ien tes aqu i que andaram ma is de sessen ta léguas para rece berem tra tamen to médico . Esses, ao regressarem, env iar ão ou tros para o mesmo fim".Es ta be leceu a sua pr ime ira miss ão no lindo va le de Ma botsa, na terra de Bacar la .Em uma car ta, escr ita de Curum ã, Livings tone ass im descreveu o loca l que esco lhe -ra para cen tro de evange lizaç ão: "Es tá s ituado em um an fitea tro de serras que se intitula 'Ma botsa', is to é, 'Ce ia de Bodas' . Que Deus nos ilum ine com a sua presença, para que, por interm édio de servos tão f racos, mu ito povo ache en trada para a Ce ia das Bodas do Corde iro!"

Foi em Ma botsa que teve o his tór ico encon tro com um le ão. Acerca disso escreveu Dav i: "Ele sa ltou e me a lcançou o om bro; am bos f omos ao ch ão. Rosnando horr ive l-

men te per to do meu ouv ido, sacud iu-me como um cão f az a um ga to. Os a ba los que me deu o an ima l produz iram-me um en torpec imen to igua l ao que deve sen tir um ra to, depo is da pr ime ira sacud ide la que lhe dá o ga to. Atacou -me uma esp écie de adormec imen to, em que não sen ti dor nem sensaç ão de temor ".

Con tudo, an tes de a f era ter tempo de o ma tar, de ixou-o para a tacar ou tro homem que, de lança na mão, en trara na luta . O om bro dilacerado de Livings tone nunca sarou comp le tamen te: e le nunca ma is pôde apon tar um r ifle ou levar a mão àca beça sem sen tir dores .

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Foi na casa de Rober to Moff a tt, em Curum ã, que chegou a conhecer Mar ia, a filha ma is ve lha desse miss ionár io. Depo is de a br ir a miss ão em Ma botsa os do is se casaram . Se is filhos f oram o f ruto desse en lace .

Depo is de Livings tone se casar, a Esco la Dom inica l em Ma botsa trans f ormou-se em esco la diár ia, tendo sua esposa como pro f essora . Sche le, o che f e da tr ibo, tornou-se grande es tudan te da Bíblia, mas quer ia "conver ter " todo o seu povo à f orça de "litupa ", is to é, ch ico te de couro de r inoceron te . Sche le iniciou cu lto dom és tico em casa e o própr io Livings tone se adm irou da sua mane ira, s imp les e na ta, de orar . Era o cos tume de Livings tone começar o dia com cu lto dom és tico e não é de adm irar que o che f e o ado tasse tam bém.

Livings tone f oi obr igado a mudar-se para Chonuane, dez léguas dis tan te e, ma is tarde, por f a lta de água, e le e todo o povo mudaram-se para Co lobeng . Foi nesse último lugar que o che f e da tr ibo cons truiu uma casa para os cu l tos e Livings tone

cons truiu com grande sacr if ício de dinhe iro e la bor, a sua terce ira casa de res idênc ia . Nessa casa morou cinco anos para nunca ma is cons egu ir fixar re-s idênc ia em qua lquer lugar na terra .

Acerca do tra ba lho nesse lugar, ass im se expressou: "A-qu i temos um campo mu itíss imo dif ícil de cu ltivar ... Se não con fiássemos que o Espír ito San to opera em nós, des is tiríamos em desespero ".

Atrav és do deser to de Ca lar i, chegavam boa tos de um grande lago e de um lugar chamado ''Fumaça Baru lhen ta ", o que e le julgava ser uma grande cachoe ira . As secas o opr imiam tan to em Co lobeng que Livings tone reso lveu f a zer uma viagem de

exp loraç ão e achar um lugar ma is idea l para es ta be lecer a sua miss ão. Ass im, em 1ºde junho de 1849, com o che f e da tr ibo, seus "guerre iros ", tr ês brancos e sua f amí lia, saíram para a travessar o grande deser to de Ca lar i. O gu ia do grupo, Romo tobi, conhec ia o segredo de su bs is tir no deser to, cavando com as mãos e chupando a água de ba ixo da are ia por me io dum canudo .

Depo is de viajarem mu itos dias, chegaram ao r io Zouga . Ao inqu ir ir os ind ígenas, es tes o inf ormaram de que o r io tinha nascen te em uma terra de r ios e flores tas . Li-vings tone ficou conv icto de que o inter ior da Áf r ica não era um grande deser to como o mundo de en tão supunha, e o seu coraç ão ard ia com o desejo de achar uma via fluv ia l, para ou tros miss ionár ios irem para o inter ior do con tinen te, com a mensagem de Cr is to."A perspec tiva ", escreveu e le, "de achar um r io que d ê en trada a uma vas ta, popu losa e desconhec ida reg ião, au men tou cons tan temen te desde en tão; aumen tou tan to que, quando, por fim chegamos ao grande lago, esse impor tan te desco br imen to, em s i mesmo, parec ia de pouca mon ta ".

Foi em 1º de agos to de 1849 que o grupo a ting iu o lago Ngam i, tão grande é esse lago que, de uma margem, não se av is ta a margem opos ta . Sof reram longos dias de

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cruc ian te sede sem obter uma go ta dágua, mas venceram todas as di ficu ldades e desco br iram esse lago enquan to ou tros exp lo radores ma is bem equ ipados, mas menos pers is ten tes, f a lharam .

As no tícias do desco br imen to f oram comun icadas à Roya l Geograph ica l Soc ie ty, o que lhe vo tou uma be la recompensa de vinte e cinco gu inéus, "por ter desco ber to uma impor tan te terra, um impor tan te r io e um grande lago ".

O grupo teve de voltar a Co lobeng . Depo is de a lguns meses, por ém, iniciou novamen te viagem para o lago Nga m i. Não quer ia separar-se da sua f amí lia e levou-a em um carro de boi. Mas, ao a lcançar o r io Zouga, os filhos f oram a tacados pe la f ebre e e le teve de vo ltar com a f amí lia . Nasceu- lhe uma filha, que morreu logo de f ebre . Livings tone, con tudo, ficou ma is firme do que nunca, na sua reso luç ão de achar um cam inho para levar o Evange lho ao inter ior da Áf r ica .

Depo is de descansar a lguns meses com a f amí lia, na casa de seu sogro, em Curum ã, saíram com o propós ito de achar um lugar saudáve l onde pudesse es ta be lecer uma miss ão ma is para o inter ior . Foi nessa viagem, em junho de 1851, que desco br iu o ma ior r io da Áf r ica Or ien ta l, o Zam beze, r io do qua l o mundo de en tão nunca ouv ira f a lar .

No segu inte trecho que Livings tone escreveu, desco bre-se a lgo do que tinham de so f rer nessas viagens: "Um dos ass is ten tes desperd içou a água que levávamos no carro e, à tarde, tínhamos apenas um res tinho para as cr ianças . Pas samos a no ite angus tiados e na manh ã segu inte, quan to menos hav ia de água, tan to ma is aumen tava a sede das cr ianças . O pensamen to de e las perecerem dian te de nos sos

olhos, nos per tur bava . Na tarde do qu into dia, sen timos grande a lívio, quando um dos homens vo ltou trazendo tan to desse líqu ido como jama is an tes havíamos pensado ."

Livings tone, conv icto de que era a von tade de Deus que saísse para es ta be lecer ou tro cen tro de evange lizaç ão, ecom indôm ita fé de que o Senhor supr ir ia todo o necessár io para cumpr ir a sua von tade, avançava sem vac ilar .

Depo is de desco br ir o r io Zam beze, Livings tone ve io a sa ber que os lugares saudáve is eram suje itos a serem saqueados em qua lquer tempo por ou tras tr ibos .Só nos lugares inf es tados de doença e f e bre é que se achavam tr ibos especí ficas .

Reso lveu, por tan to, env iar a esposa para descansar na Ing la terra enquan to e le con tinuava as suas exp lorações a fim de es ta be lecer um cen tro para a obra de evange lizaç ão. Via-se f orçado a es ta be lecer ta l cen tro, porque os boêres ho landeses invad iam o terr itór io, rou bando as terras e o gado dos indígenas, pondo em prá tica um reg ime da ma is vil escrava tura . Livings tone env iou cren tes fiéis para evange lizar os povos em redor, mas os boêres aca baram com essa obra, ma tando mu itos dos indígenas e des truindo todos os bens que o miss ionár io possuía em Co lobeng .

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Livings tone levou sua f amí lia para a cidade do Ca bo, de onde seus quer idos em barcaram em um nav io para a Ing la terra .

Foi nesse tempo, quando Deus supr ira todo o necessár io para a f amí lia voltar àIng la terra, que disse: "Oh! Amor divino, eu não te amo com a f orça, a pro f und idade e o ardor que conv ém!"

A separaç ão da f amí lia causou- lhe pro f unda mágoa, mas dir igiu o ros to hero icamen te de novo para socorrer as inf e lizes tr ibos do inter ior da Áf r ica .

Hav ia tr ês mo tivos que o aconse lhavam a f azer uma viagem de exp loraç ão: Pr ime iro, quer ia achar um lugar para res idir com a f amí lia en tre os "baro tses " e evange lizá- los . Segundo, a comun icaç ão en tre o terr itór io dos "ba ro tses " e a cidade do Ca bo era mu ito demorada e dif ícil e quer ia desco br ir um cam inho para um por to ma is próx imo . Terce iro, quer ia f azer todo o possíve l para influenc iar as au tor idades con tra o horrendo trá fico de escravos .

Foi nessa época da sua vida que Livings tone, por suas proezas, tornou -se conhec ido no mundo inte iro.

No seu ardor, desejando que Deus lhe poupasse a vida e o usasse em a br ir o con tinen te para a en trada do Evange lho, orou ass im: "Ó Jesus, rogo que me enchas agora com oteu amor e me ace ites e me uses um pouco para a tua gló r ia . Até agora não fiz nada para ti, mas quero f azer a lgo . Oh! eu te imp loro que me ace ites e me uses e que seja tua toda a glór ia ". Escreveu ma is a inda: "Não va ler ia co isa a l guma o que possuo ou o que possu ire i, a não ser em re laç ão ao re ino de Cr is to. Se a lguma co isa que tenho pode serv ir para o seu re ino, dar- lha-e i a Ele, a quem devo tudo nes te inundo e duran te a e tern idade ".

Livings tone a travessou, ida e vo lta, o con tinen t e af r icano, desde a f oz do Zam beze a São Pau lo de Luanda, f açanha essa rea lizada pe la pr ime ira vez por um branco . Nas suas memór ias que escrev ia diar iamen te, no ta-se como adm irava as lindas pa isagens de um con tinen te que o mundo julgava ser um vas to des er to.

Chegou a Luanda, magro e doen te . Apesar da ins is tên c ia do cônsu l br itânico para que regressasse à Ing la terra, a fim de recuperar a sa úde a ba lada, e le voltou novamen te, por ou tro cam inho, para levar seus fiéis companhe iros a té em casa, con f orme lhes prome tera an tes de iniciarem a viagem .

Nessa viagem, Livings tone desco br iu as magní ficas ca tara tas de Vitór ia, nome que e le deu às grandes quedas em honra da ra inha da Ing la terra . Nesse lugar, o r io Zam beze tem a largura de ma is de um qu ilôme tro; a lias águas desse grande r io se prec ipitam espe tacu larmen te de uma a ltura de cem me tros .

Lev ings tone con tinuou a pregar o Evange lho cons tan temen te, às vezes a aud itór ios de ma is de mil indígenas . Antes de tudo, es f orçava -se para ganhar a es tima das tr i-

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bos hos tis, por onde passava, por sua condu ta cr is tã, em grande con tras te com a dos mercadores de escravos .

Soz inho, com os seus fiéis maco lolos, ca iu tr inta e uma vezes de f e bre nos ma taga is, duran te um período de se te meses . Mas não era tan to o so f r imen to f ís ico .Suas car tas reve lam a sua ang ús tia de espír ito ao ver os horrores do povo a f r icano massacrado e arre ba tado dos seus lares, conduz ido como gado para ser vend ido no mercado . De um lugar a lto onde su biu, con tou dezesse te a lde ias em chamas, incend iadas por esses ne f andos mercadores de seres humanos .Prome tera à sua esposa reun ir-se com a f amí lia depo is de do is anos, mas passaram-se qua tro anos e me io an tes que e la rece besse qua lquer no tícia de le!

Por fim, após uma aus ênc ia de dezesse te anos da pá tr ia, regressou à Ing la terra .Voltou à civilizaç ão e à sua f amí lia como quem volta da mor te . Antes de desem barcar, sou be que seu quer ido pa i f a lecera . Em toda a his tór ia de Livings tone,

não se con ta um acon tec imen to ma is comoven te do que o seu encon tro com a esposa e filhos . Na Ing la terra, f oi ac lamado e honrado como heró ico desco br idor e grande ben f e itor da human idade . Os diár ios pu blicavam os seus a tos de bravura . As mu ltidões a fluíam para ouv i-lo con tar a sua his tór ia . "O dou tor Livings tone era mu ito hum ilde ... Tem ia passear nas ruas, receando ser a trope lado pe las massas . Cer to dia, na Regen t Stree t, em Londres, f oi aper tado por tão grande mu ltidão, que só com grande dificu ldade consegu iu re f ug iar-se num táx i. Pe la mesma raz ão ev itava ir aos cu ltos . Cer ta vez, desejoso de ass is tir ao cu lto, meu pa i persuad iu-o a ocupar um assen to de ba ixo da ga ler ia, em um lugar não visíve l ao aud itór io. Mas f oi des co ber to e o povo passou por cima dos bancos para cercá- lo e aper tar- lhe a mão".

Uma das mu itas co isas que levou a e f e ito, enquan to na Ing la terra, f oi a de escrever seu livro: Vi agens M i ss io nár i as, obra que a lcançou enorme circu laç ão e produz iu ma is interesse na ques tão a f r icana do que qua lquer mov imen to an ter ior .

Em março de 1858, com a idade de 46 anos, Livings tone, acompanhado de sua esposa e filho ma is novo, Osva ldo, em barcou novamen te para a Áf r ica . De ixando os do is na casa do sogro, o miss ionár io Moff a tt, Livings tone con tinuou as suas viagens .No ano segu inte, desco br iu o lago Niassa . Rece beu, tam bém, uma car ta da esposa, da casa de seus pa is em Curum ã, inf ormando-o do nasc imen to de ma is uma filha . Amen ina já es tava há quase um ano no mundo quando o pa i sou be do seu nasc imen to.

As exp lorações dos r ios Zam beze, Te te e Shire e do lago Niassa, f oram f e itas com o propós ito de sa ber qua is os pon tos ma is es tra tégicos para a evange lizaç ão, e miss ionár ios f oram env iados da Ing la terra para ocuparem esses lugares .Em 1862 a esposa reun iu-se a e le novamen te, e acompanhava-o nas viagens, mas tr ês meses depo is f a leceu, vítima da f e bre e f oi en terrada em uma encos ta verdejan te na margem do r io Zam beze . Np seu diár io, Livings tone as s im escreveu: "Chore i-a porque merece as minhas lágr imas . Ame i-a ao nos casarmos, e quan to ma is tempo vivíamos jun tos, tan to ma is a amava . Que Deus tenha piedade dos filhos ..."

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Um dos ma iores obs tácu los que Livings tone en f ren tou na obra miss ionár ia f oi o terror dos indígenas ao verem um ros to de homem branco . Alde ias inte iras em ruínas; f ug itivos escondendo-se nos campos de a lto cap im, sem nada terem para comer; cen tenas de esque le tos e cadáveres inse pu ltos; com boios de homens e

mu lheres a lgemados aos troncos, seguros pe lo pescoço, eram conduz idos aos por tos - É dif ícil conce bermos a magn itude da deso laç ão cr iada por homens cru éis que par ticipavam do trá fico de escravos .

Esses homens ten tavam, tam bém, com ód io crue l e ar te dia bólica, term inar com a obra de Livings tone . Fina lmen te consegu iram, por me io da po lítica do seu país, indu -zir a Ing la terra a chamá- lo de vo lta à sua terra . Foi ass im que Livings tone chegou de novo à sua pá tr ia depo is de uma aus ênc ia de cerca de oito anos .

Os cren tes e am igos na Ing la terra, an imados pe la visão de Livings tone, começaram a orar e env iar- lhe dinhe iro para con tinuar sua obra no con tinen te negro . O nosso

heró i desem barcou pe la terce ira e última vez na Áf r ica, em Zanz ibar .Na exped ição que iniciou em Zanz ibar, desco br iu os la gos Tanganyka (1867), Moero (1867) e Bangueo lo (1868). Passou cinco longos anos exp lorando as bac ias desses lagos . A oraç ão e a Pa lavra de Deus f oram o seu sus ten to esp ir itua l duran te esses anos de provações, que so f r ia por par te dos negoc ian tes de escravos .

Reso lveu, en tão, f azer o possíve l para desco br ir as nascen tes do r io Nilo e so lver um pro blema que duran te milhares de anos hav ia zom bado dos geógra f os . Sa bia que se desco br isse as nascen tes do f amoso Nilo, o mundo todo lhe dar ia ouv idos acerca da chaga a ber ta da Áf r ica, com o com ércio de escravos . É interessan te

conhecer o que e le escreveu: "O mundo acha que busco f ama, por ém eu tenho uma regra, is to é, não le io co isa a lguma so bre os e log ios que me f azem ". Ele sa bia que, ao findar a escrava tura, o con tinen te se a br ir ia para de ixar en trar o Evange lho .

Duran te os longos interva los en tre os períodos em que suas car tas eram rece bidas na Ing la terra, vindas do coraç ão da Áf r ica, circu laram boa tos de que Livings tone morrera . Não só os homens que tra ficavam com escravos quer iam ma tá- lo, mas tam bém mu itos dos própr ios indígenas, por não acred itarem ex is tir um homem branco que f osse am igo de coraç ão. Ele mesmo con tou mu itos f a tos re lac ionados com as ciladas na terra do Man iuema para o ma tarem . Nesse lugar, e le escreveu no seu diár io: "Li toda a Bíblia qua tro vezes, enquan to es tive em Man iuema ". Na so lidão achou grande con f or to nas Escr ituras .Reconhec ia sempre a poss ibilidade de perecer nas mãos dos inimigos, mas sempre respond ia à ins is tênc ia dos am igos com es ta pergun ta: - "Não pode o amor de Cr is to cons tranger o miss ionár io a ir onde a tra ficânc ia leva o merca dor de escravos? "

Pe la pr ime ira vez, nos milhares de léguas que cam inhou, os pés do pione iro f a lharam . Obr igado a ficar a lgum tempo em uma ca bana, todos os seus companhe iros o a bandonaram, à exceç ão de tr ês que ficaram com e le .

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Por fim, chegou a Ujiji, reduz ido a pe le e ossos, por causa da grave doença que so f rera em Man iuema . Não tinha rece bido car tas hav ia do is anos e esperava rece ber tam bém as prov isões que env iara para lá . Con tudo, as car tas não hav iam chegado . Com o corpo en f raquec ido, e des tituído de roupas e a limen tos, ve io a

sa ber que lhe tinham rou bado tudo . Nessa s ituaç ão, e le escreveu: "Na minha po breza sen ti-me como o homem que, descendo de Jerusa lém a Jer icó, ca iu nas mãos de ladrões . Não tinha esperança de que sacerdo tes, lev itas ou o bom samar itano viesse em meu socorro . Entre tan to, quando minha a lma se achava ma is a ba tida, o bom samar itano já es tava bem per to de mim!"

O "bom samar itano " era Henr ique Stan ley, env iado pe lo New York Hera ld, àins is tênc ia de mu itos milhares de le itores desse jorna l, para sa ber ao cer to se Livings tone a inda vivia, ou, no caso de ter morr ido, para trazer seu cor po .

Stan ley passou o inverno com Livings tone . Mas es te se recusou a ceder à

ins is tênc ia daque le de vo ltar à Ing la terra . Livings tone pod ia voltar e descansar en tre am igos, com todo o con f or to, mas pre f er iu ficar e rea lizar seu ane lo de a br ir o con tinen te af r icano ao Evange lho .

A sua última viagem f oi f e ita para exp lorar o Luapu la, a fim de ver ificar se esse r io era a nascen te do Nilo ou do Congo . Nessa reg ião chov ia incessan temen te .Livings tone so f r ia dores a trozes; dia após dia tornava -se- lhe ma is e ma is dif ícilcam inhar . Foi en tão carregado, pe la pr ime ira vez, pe los fiéis companhe iros: Sus i, Chuman e Jacó a inwr igh t, todos indígenas .

No seu diár io, as últimas no tas que escreveu dizem: "Cansadíss imo, fico ...

Recuperada a sa úde ... Es tamos nas margens do Mililamo ".Chegaram à a lde ia de Ch itam bo, em Ila la onde Sus i f ez uma ca bana para e le .Nessa ca bana, a 1º de ma io de 1873, fie l Sus i achou seu bondoso mes tre de joe lhos, ao lado da cama - mor to. Orou enquan to viveu e par tiu des te mundo orando!

Os do is fiéis companhe iros, Sus i e Chuman, en terraram o coraç ão de Livings tone a ba ixo de uma árvore em Ch itam bo, secaram e em ba lsamaram o corpo, e o levaram a té a cos ta - viagem que durou a lguns meses, pe lo terr itór io de vár ias tr ibos hos tis .O sacr if ício desses va len tes filhos da Áf r ica, sem terem qua lquer propós ito de remuneraç ão, não será esquec ido por Deus, nem pe lo mundo .

O corpo, depo is de chegar em Zanz ibar, f oi transpor ta do para a Ing la terra, onde f oisepu ltado na Abad ia de es tmins ter, en tre os monumen tos dos re is e heró is da-que la naç ão. Não hav ia dúvida quan to ao corpo de Livings tone; era f ác il de iden tificar: o osso de cima do braço esquerdo tinha dis tintamen te as marcas dos den tes do le ão que o a tacara .

Entre os que ass is tiram ao en terro, es tavam seus filhos e o ve lho miss ionár io Rober to Moff a tt, pa i da sua quer ida esposa . A mu ltidão cons is tia de povo hum ilde, que o amava e dos grandes, que o honravam e respe itavam .Con ta-se que hav ia,

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en tre as mu ltidões que permanec iam nas ca lçadas das ruas de Londres no dia em que o cor tejo, com o corpo de Dav i Livings tone, passava, um ve lho chorando amargamen te . Ao lhe pergun tarem por que chorava, respondeu: - "É porque Dav izinho e eu nascemos na mesma a lde ia, cursamos o mesmo co légio e

ass is timos a mesma Esco la Dom inica l, tra ba lhávamos na mesma máqu ina de fiar .Mas Dav izinho f oi por aquele cam inho, eu por este. Agora e le é honrado pe la naç ão, enquan to eu sou desprezado, desconhec ido e desonrado . O único f uturo para mim éo en terro de be berr ão".

Não é somen te o am bien te, mas a esco lha na moc idade é que de term ina o des tino, não só aqu i no mundo, mas para toda a e tern idade .

Quando Livings tone f a lou aos a lunos da Univers idade de Cam br idge, em 1857, disse: "Por minha par te, nunca cesso de me regoz ijar por Deus ter-me apon tado para ta l of ício. O povo f a la do sacr if ício de eu passar tão grande par te da vida na

Áf r ica . - Será sacr if ício pagar uma pequena par te da dívida, dessa dív ida que nunca poderemos liqu idar, do que devemos ao nosso Deus? É sacr if ício aqu ilo que traz a bend ita recompensa de sa úde, o conhec imen to de pra ticar o bem, a paz de espír ito e a viva esperança de um glor ioso des tino? Longe es teja ta l idéia! Digo com ênf a se: Não é sacr if ício... Nunca fiz sacr if ício. Não devemos f a lar dos nossos sacr if ícios, ao nos lem brarmos do grande sacr if ício que f ez Aque le que desceu do trono de seu Pa i, nas a lturas, para se en tregar por nós ".

Se Livings tone não tivesse adoec ido, ter ia desco ber to as nasc en tes do Nilo. Duran te os tr inta anos que passou na Áf r ica, nunca se esqueceu do seu a lvo pr inc ipa l que era levar Cr is to aos povos desse escuro con tinen te . Todas as viagens que rea lizou

f oram viagens miss ionár ias .Gravadas no seu túmu lo podem ser lidas es tas pa lavras: "O coraç ão de Livings tone jaz na Áf r ica, seu corpo descansa na Ing la terra, mas sua influênc ia con tinua ".

Gravados para sempre na his tór ia da Igreja de Cr is to es tão os grandes êxitos na Áf r ica duran te um período dema is de 75 anos depo is de s ua mor te, êxitos insp irados, em grande par te, pe las orações e pers is tênc ia desse em inen te servo de Deus, que f oi fie l a té a mor te .

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