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- 1 - Data: 23/10/19 Professor: Tainá Disciplina: Arte Turma: 3º ano e Curso Lista V – Arte 1. (UNESP 2019) Amilcar de Castro (1920-2002) foi um importante artista brasileiro que se destacou por suas esculturas em ferro. A fotografia mostra uma de suas esculturas, feita a partir de uma chapa originalmente plana e retangular, que se encontra na Praça da Sé, em São Paulo. A escultura possui influências do movimento artístico (A) neoconcreto e apresenta um corte e uma dobra na chapa. A representação da chapa original e seu corte correspondem à figura (B) cubista e apresenta um corte na chapa, seguido de soldagem. A representação da chapa original e seu corte correspondem à figura (C) neoclássico e apresenta um corte e uma dobra na chapa. A representação da chapa original e seu corte correspondem à figura (D) neoclássico e apresenta um corte na chapa, seguido de soldagem. A representação da chapa original e seu corte correspondem à figura (E) neoconcreto e apresenta um corte e uma dobra na chapa. A representação da chapa original e seu corte correspondem à figura 2. (ENEM) Nas últimas décadas, a ruptura, o efêmero, o descartável incorporam–se cada vez mais ao fazer artístico, em consonância com a pós–modernidade. No detalhe da obra Bastidores, percebe–se a a) utilização de objetos do cotidiano como tecido, bastidores, agulha, linha e fotocópia, que tornam a obra de abrangência regional. b) ruptura com meios e suportes tradicionais por utilizar objetos do cotidiano, dando–lhes novo sentido condizente. c) apropriação de materiais e objetos do cotidiano, que conferem à obra um resultado inacabado. d) apropriação de objetos de uso cotidiano das mulheres, o que confere à obra um caráter feminista. e) aplicação de materiais populares, o que a caracteriza como obra de arte utilitária. 3. (UEL) Observe as imagens a seguir, dos Parangolés de Hélio Oiticica (1964): Com base nas imagens e nos conhecimentos sobre a arte brasileira, é correto afirmar sobre os Parangolés: a) São criações de roupas coloridas que o artista usou para estabelecer a ruptura com a arte neoconcreta. b) São criações complexas em cores saturadas, cuja finalidade é exaltar o carnaval brasileiro. c) O artista, querendo romper com a tradição, criou essas peças para mostrar que pintura também pode ser isso. d) Não é possível afirmar que essas obras estavam livres do raciocínio matemático, pois apresentam uma técnica mecânica, exata, anti- impressionista. e) Tendo uma sensação de expansão, ao vestir um Parangolé, o espectador passa a fazer parte da obra e de sua criação. É uma experiência sensorial cujos movimentos daquele que o veste revelam novas características de tal manifestação artística. 4. (UNICAMP 2015) Cândido Portinari. Lavrador de Café. 1934. Óleo sobre tela (100 X 81cm).

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    Data: 23/10/19

    Professor: Tainá Disciplina: Arte Turma: 3º ano e Curso

    Lista V – Arte 1. (UNESP 2019) Amilcar de Castro (1920-2002) foi um importante artista brasileiro que se destacou por suas esculturas em ferro. A fotografia mostra uma de suas esculturas, feita a partir de uma chapa originalmente plana e retangular, que se encontra na Praça da Sé, em São Paulo.

    A escultura possui influências do movimento artístico (A) neoconcreto e apresenta um corte e uma dobra na chapa. A representação da chapa original e seu corte correspondem à figura

    (B) cubista e apresenta um corte na chapa, seguido de soldagem. A representação da chapa original e seu corte correspondem à figura

    (C) neoclássico e apresenta um corte e uma dobra na chapa. A representação da chapa original e seu corte correspondem à figura

    (D) neoclássico e apresenta um corte na chapa, seguido de soldagem. A representação da chapa original e seu corte correspondem à figura

    (E) neoconcreto e apresenta um corte e uma dobra na chapa. A representação da chapa original e seu corte correspondem à figura

    2. (ENEM)

    Nas últimas décadas, a ruptura, o efêmero, o descartável incorporam–se cada vez mais ao fazer artístico, em consonância com a pós–modernidade. No detalhe da obra Bastidores, percebe–se a a) utilização de objetos do cotidiano como tecido, bastidores, agulha, linha e fotocópia, que tornam a obra de abrangência regional. b) ruptura com meios e suportes tradicionais por utilizar objetos do cotidiano, dando–lhes novo sentido condizente. c) apropriação de materiais e objetos do cotidiano, que conferem à obra um resultado inacabado. d) apropriação de objetos de uso cotidiano das mulheres, o que confere à obra um caráter feminista. e) aplicação de materiais populares, o que a caracteriza como obra de arte utilitária.

    3. (UEL) Observe as imagens a seguir, dos Parangolés de Hélio Oiticica (1964):

    Com base nas imagens e nos conhecimentos sobre a arte brasileira, é correto afirmar sobre os Parangolés: a) São criações de roupas coloridas que o artista usou para estabelecer a ruptura com a arte neoconcreta. b) São criações complexas em cores saturadas, cuja finalidade é exaltar o carnaval brasileiro. c) O artista, querendo romper com a tradição, criou essas peças para mostrar que pintura também pode ser isso. d) Não é possível afirmar que essas obras estavam livres do raciocínio matemático, pois apresentam uma técnica mecânica, exata, anti-impressionista. e) Tendo uma sensação de expansão, ao vestir um Parangolé, o espectador passa a fazer parte da obra e de sua criação. É uma experiência sensorial cujos movimentos daquele que o veste revelam novas características de tal manifestação artística.

    4. (UNICAMP 2015)

    Cândido Portinari. Lavrador de Café. 1934.

    Óleo sobre tela (100 X 81cm).

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    É correto afirmar que a obra acima reproduzida a) faz menção a dois aspectos importantes da economia brasileira: a mão de obra negra na agricultura e o café como produto de exportação. b) expressa a visão política do artista, ao figurar um corpo numa proporcionalidade clássica como forma de enaltecer a mão de obra negra na economia brasileira. c) exalta o homem colonial e as riquezas da terra, considerando-se que o país possui uma economia agrícola diversificada desde aquele período. d) apresenta uma crítica à destruição da natureza, como se observa na derrubada de árvores, e uma crítica à manutenção do trabalho escravo em regiões remotas do país.

    5. (ENEM 2013) TEXTO I Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam. [...] Andavam todos tão bem-dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito agradavam. CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).

    TEXTO II PORTINARI, C. O descobrimento do Brasil. 1956. Óleo sobre tela, 199 x 169 cm Disponível em: www.portinari.org.br. Acesso em: 12 jun. 2013. Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que A) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações artísticas dos portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a estética literária. B) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica brasileira e a contestação de uma linguagem moderna. C) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos. D) as duas produções, embora usem linguagens diferentes — verbal e não verbal —, cumprem a mesma função social e artística. E) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo momento histórico, retratando a colonização.

    6. (ENEM 2014)

    CLARK, L. Bicho de bolso. Placas de metal, 1966. O objeto escultórico produzido por Lygia Clark, representante do Neoconcretismo, exemplifica o início de uma vertente importante na arte contemporânea, que amplia as funções da arte. Tendo como referência a obra Bicho de bolso, identifica-se essa vertente pelo (a) A) participação efetiva do espectador na obra, o que determina a proximidade entre arte e vida. B) percepção do uso de objetos cotidianos para a confecção da obra de arte, aproximando arte e realidade. C) reconhecimento do uso de técnicas artesanais na arte, o que determina a consolidação de valores culturais. D) reflexão sobre a captação artística de imagens por meios óticos, revelando o desenvolvimento de uma linguagem própria. E) entendimento sobre o uso de métodos de produção em série para a confecção da obra de arte, o que atualiza as linguagens artísticas.

    7. (ENEM 2017)

    VALENTIM, R. Emblema 78.

    Acrílico sobre tela. 73 x 100 cm. 1978.

    A obra de Rubem Valentim apresenta emblema que, baseando-se em signos de religiões afro-brasileiras, se transformam em produção artística. A obra Emblema 78 relaciona-se com o Modernismo em virtude da a) simplificação de formas da paisagem brasileira. b) valorização de símbolos do processo de urbanização. c) fusão de elementos da cultura brasileira com a arte europeia. d) alusão aos símbolos cívicos presentes na bandeira nacional. e) composição simétrica de elementos relativos à miscigenação racial.

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    8. (ENEM) TEXTO I

    TEXTO II Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o Abaporu. Eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário tupi-guarani de seu pai. Batizou-se quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico.

    Disponível em: www.tarsiladoamaral.com.br. Acesso em: 4 ago. 2012 (adaptado).

    O movimento originado da obra Abaporu pretendia se apropriar a) da cultura europeia, para originar algo brasileiro. b) da arte clássica, para copiar o seu ideal de beleza. c) do ideário republicano, para celebrar a modernidade. d) das técnicas artísticas nativas, para consagrar sua tradição. e) da herança colonial brasileira, para preservar sua identidade.

    9. (UNESP 2019) Entre 11 de fevereiro e 03 de junho de 2018, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) abrigou a primeira exposição nos Estados Unidos dedicada à pintora brasileira Tarsila do Amaral. Leia a apresentação de uma das pinturas expostas para responder à questão. The painting Sleep (1928) is a dreamlike representation of tropical landscape, with this major motif of her repetitive figure that disappears in the background. This painting is an example of Tarsila’s venture into surrealism. Elements such as repetition, random association, and dreamlike figures are typical of surrealism that we can see as main elements of this composition. She was never a truly surrealist painter, but she was totally aware of surrealism’s legacy. (www.moma.org. Adaptado.) A apresentação refere-se à pintura:

    a) b)

    c) d)

    e)

    10. (UNESP 2019) Leia o trecho do artigo de Jason Farago, publicado pelo jornal The New York Times, para responder à questão. She led Latin American Art in a bold new direction

    Antropofagia (“Cannibalism”), 1929, a seminal work of Brazilian Modernism by Tarsila do Amaral that is part of a new show of her work at MoMA. In 1928, Tarsila do Amaral painted Abaporu, a landmark work of Brazilian Modernism, in which a nude figure, half-human and half-animal, looks down at his massive, swollen foot, several times the size of his head. Abaporu inspired Tarsila’s husband at the time, the poet Oswald de Andrade, to write his celebrated “Cannibal Manifesto,” which flayed Brazil’s belletrist writers and called for an embrace of local influences – in fact, for a devouring of them. The European stereotype of native Brazilians as cannibals would be reformatted as a cultural virtue. More than a social and literary reform movement, cannibalism would form the basis for a new Brazilian nationalism, in which, as de Andrade wrote, “we made Christ to be born in Bahia.” The unconventional nudes of A Negra, a painting produced in 1923, and Abaporu unite in Tarsila’s final great painting, Antropofagia, a marriage of two figures that is also a marriage of Old World and New. The couple sit entangled, her breast drooping over his knee, their giant feet crossed one over the other, while, behind them, a banana leaf grows as large as a cactus. The sun, high above the primordial couple, is a wedge of lemon.

    (Jason Farago. www.nytimes.com, 15.02.2018. Adaptado.) A obra Antropofagia (“Cannibalism”) de Tarsila do Amaral, apresentada na imagem, é interpretada pelo autor do artigo como (A) o casamento tradicional entre um homem e uma mulher. (B) uma referência aos trabalhadores rurais, evidenciados pelo tamanho dos pés. (C) a agrura implacável da natureza, representada pelo Sol sobre o sertão. (D) uma expressão de contraste entre a suavidade da bananeira e os espinhos do cacto mandacaru. (E) uma mistura entre a Europa e a América.

    11. (UNESP 2017) O quadro não se presta a uma leitura convencional, no sentido de esmiuçar os detalhes da composição em busca de nuances visuais. Na tela, há apenas formas brutas, essenciais, as quais remetem ao estado natural, primitivo. Os

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    contornos inchados das plantas, os pés agigantados das figuras, o seio que atende ao inexorável apelo da gravidade: tudo é raiz. O embasamento que vem do fundo, do passado, daquilo que vegeta no substrato do ser. As cabecinhas, sem faces, servem apenas de contraponto. Estes não são seres pensantes, produtos da cultura e do refinamento. Tampouco são construídos; antes nascem, brotam como plantas, sorvendo a energia vital do sol de limão. À palheta nacionalista de verde planta, amarelo sol e azul e branco céu, a pintora acrescenta o ocre avermelhado de uma pele que mais parece argila. A mensagem é clara: essa é nossa essência brasileira – sol, terra, vegetação. É isto que somos, em cores vivas e sem a intervenção erudita das fórmulas pictóricas tradicionais.

    (Rafael Cardoso. A arte brasileira em 25 quadros, 2008. Adaptado.) Tal comentário aplica-se à seguinte obra de Tarsila do Amaral (1886-1973):

    a) Antropofagia, 1929.

    b) Abaporu, 1928.

    c) Negra, 1923.

    d) Sol Poente, 1929.

    e) São Paulo, 1924.

    12. (ENEM 2018 2ª aplicação)

    AMARAL, T. EFCB. Óleo sobre tela 56 x 65cm. 1924

    Uma das funções da obra de arte é representar o contexto sociocultural ao qual ela pertence. Produzida na primeira metade do século XX, a Estrada de Ferro Central do Brasil evidencia o processo de modernização pela a) verticalização do espaço. b) desconstrução da forma. c) sobreposição de elementos. d) valorização da natureza. e) abstração do tema.

    13. Após estudar na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que abalou a cultura nacional do inicio do século XX. Elogiada por seus mestres na Europa, Anita se considerava pronta para mostrar seu trabalho no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros artistas modernistas A) Buscavam libertar a arte brasileira das normas acadêmicas européias, valorizando as cores, a originalidade e os temas nacionais. B) Defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma irrestrita, afetando a criação artística nacional. C) Representaram a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza, tendo como finalidade a prática educativa. D) Mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma liberdade artística ligada à tradição acadêmica. E) Buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando limites de temas abordados.

    14. Leia o trecho do discurso de Graça Aranha na abertura da Semana de Arte Moderna de 1922.

    “Para muitos de vós a curiosa e sugestiva exposição que gloriosamente inauguramos hoje é um aglomerado de ‘horrores’.

    Aquele Gênio supliciado, aquele homem amarelo, aquele carnaval alucinante, aquela paisagem invertida, se não são jogos de fantasia

    de artistas zombeteiros, são seguramente desvairadas interpretações da natureza e da vida. Não está terminado o vosso

    espanto. Outros ‘horrores’ vos esperam. Daqui a pouco, juntando-se a esta coleção de disparates, uma poesia liberta, uma música extravagante, mas transcendente, virão revoltar aqueles que

    reagem movidos pelas forças do passado. Para estes retardatários a Arte ainda é o Belo. Nenhum preconceito é mais perturbador à

    concepção da Arte do que o da beleza.” Com base nesse discurso, é correto afirmar: a) A Arte Moderna é uma homenagem ao feio e ao disforme. b) O discurso de Graça Aranha foi uma crítica irônica à Semana de 22. c) Na concepção moderna de arte o artista não deve saber desenhar. d) A Arte Moderna é uma atitude de oposição ao passado. e) O Modernismo brasileiro apoiou-se sobre muitos preconceitos estéticos.

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    15. (UEL) Observe a figura e leia o texto a seguir.

    Figura 8: Times Square.

    (Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 2013.)

    Loucos os que lamentam o declínio da crítica. Pois sua hora há muito tempo já passou. Crítica é uma questão de correto distanciamento. Ela está em casa em um mundo no qual perspectivas e prospectos vêm ao caso e ainda é possível adotar um ponto de vista. As coisas nesse meio tempo caíram de maneira demasiado abrasante sobre o corpo da sociedade humana. A “imparcialidade”, o “olhar livre” são mentiras, quando não é a expressão totalmente ingênua de chã incompetência. O olhar mais essencial hoje, o olhar mercantil que penetra no coração das coisas, chama-se reclame. Ele desmantela o livre espaço de jogo da contemplação. – O que, afinal, torna os reclames tão superiores à crítica? Não aquilo que diz a vermelha escrita cursiva elétrica – mas a poça de luz que a espelha sobre o asfalto.

    (Adaptado de: BENJAMIN, W. Rua de mão única. In: Obras Escolhidas II. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho, 6.ed. São Paulo: Brasiliense, 2012. p.56.)

    Com base na figura, no texto e nos conhecimentos sobre Walter Benjamin, assinale a alternativa correta. a) A cultura veiculada pelos meios de comunicação de massa enfraquece o posicionamento reflexivo da classe trabalhadora. b) A razão emancipatória esgota-se com o modelo econômico capitalista e a sociedade de massa. c) Mesmo diante da ordem social mercantil, que faz uso dos anúncios publicitários, pode haver pensamento crítico. d) O consumismo e a diversão farta e fácil anulam a possibilidade de análise e problematização. e) O projeto da razão foi cumprido sem ter alcançado sua promessa, restando ao mundo o irracionalismo.

    16. (ENEM 2015) Na exposição “A Artista Está Presente”, no MoMA, em Nova Iorque, a performer Marina Abramovic fez uma retrospectiva de sua carreira. No meio desta, protagonizou uma performance marcante. Em 2010, de 14 de março a 31 de maio, seis dias por semana, num total de 736 horas, ela repetia a mesma postura. Sentada numa sala, recebia os visitantes, um a um, e trocava com cada um deles um longo olhar sem palavras. Ao redor, o público assistia a essas cenas recorrentes.

    ZANIN, L. Marina Abramovic, ou a força do olhar. Disponível em: http://blogs.estadao.com.br.

    Acesso em: 4 nov. 2013

    O texto apresenta uma obra da artista Marina Abramovic, cuja performance se alinha a tendências contemporâneas e se caracteriza pela A) inovação de uma proposta de arte relacional que adentra um museu. B) abordagem educacional estabelecida na relação da artista com o público. C) redistribuição do espaço do museu, que integra diversas linguagens artísticas. D) negociação colaborativa de sentidos entre a artista e a pessoa com quem interage. E) aproximação entre artista e público, o que rompe com a elitização dessa forma de arte.

    17. O trabalho do artista Vik Muniz ficou famoso ao figurar na abertura de uma telenovela de uma das maiores emissoras do

    Brasil.

    (Atalanta, 2006, fotografia, pintura com macarrão

    e molho sobre o prato.)

    (Hippomenes após Guido Reni, 2006,

    fotografia (pintura com lixo).) Com base nas imagens e nos conhecimentos sobre Arte Contemporânea, considere as afirmativas a seguir. I. Os trabalhos podem ser classificados como Arte Póvera, movimento italiano que aborda a questão da efemeridade. II. O artista faz parte de um grupo que defende a retomada dos temas mitológicos para a arte. III. A ressignificação de obras de arte consagradas pelo tempo é frequente na Arte Contemporânea. IV. A incorporação de materiais e suportes não convencionais é um dos pressupostos da Arte Contemporânea. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

    18. (ENEM)

    ERNESTO NETO. Dengo. 2010. MAM-SP, 2010.

    A instalação Dengo transformou a sala do MAM-SP em um ambiente singular, explorando como principal característica artística a a) participação do público na interação lúdica com a obra. b) distribuição de obstáculos no espaço da exposição. c) representação simbólica de objetos oníricos. d) interpretação subjetiva da lei da gravidade. e) valorização de técnicas de artesanato.

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    19. (ENEM)

    TOZZI, C. Colcha de retalhos. Mosaico figurativo. Estação de Metrô Sé. Disponível em:

    www.arteforadomuseu.com.br. Acesso em 8 mar. 2013.

    Colcha de retalhos representa a essência do mural e convida o público a a) apreciar a estética do cotidiano. b) interagir com os elementos da composição. c) refletir sobre elementos do inconsciente do artista. d) reconhecer a estética clássica das formas. e) contemplar a obra por meio da movimentação física.

    20. (ENEM)

    A origem da obra de arte (2002) é uma instalação seminal na obra de Marilá Dardot. Apresentada originalmente em sua primeira exposição individual, no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, a obra constitui um convite para a interação do espectador, instigado a compor palavras e sentenças e a distribuí-las pelo campo. Cada letra tem o feitio de um vaso de cerâmica (ou será o contrário?) e, à disposição do espectador, encontram-se utensílios de plantio, terra e sementes. Para abrigar a obra e servir de ponto de partida para a criação dos textos, foi construído um pequeno galpão, evocando uma estufa ou um ateliê de jardinagem. As 1500 letras-vaso foram produzidas pela cerâmica que funciona no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, num processo que durou vários meses e contou com a participação de dezenas de mulheres das comunidades do entorno. Plantar palavras, semear ideias é o que nos propõe o trabalho. No contexto de Inhotim, onde natureza e arte dialogam de maneira privilegiada, esta proposição se torna, de certa maneira, mais perto da possibilidade.

    Disponível em: www.inhotim.org.br. Acesso em: 22 maio 2013 (adaptado).

    A função da obra de arte como possibilidade de experimentação e de construção pode ser constatada no trabalho de Marilá Dardot porque a) o projeto artístico acontece ao ar livre. b) o observador da obra atua como seu criador. c) a obra integra-se ao espaço artístico e botânico. d) as letras-vaso são utilizadas para o plantio de mudas. e) as mulheres da comunidade participam na confecção das peças

    21. (ENEM)

    Espetáculo Romeu e Julieta, Grupo Galpão. GUTO MUNIZ.

    Disponível em: www.focoincena.com.br. Acesso em: 30 maio 2016. A principal razão pela qual se infere que o espetáculo retratado na fotografia é uma manifestação do teatro de rua é o fato de a) dispensar o edifício teatral para a sua realização. b) utilizar figurinos com adereços cômicos. c) empregar elementos circenses na atuação. d) excluir o uso de cenário na ambientação. e) negar o uso de iluminação artificial.

    22. (ENEM) TEXTO I

    BACON, F. Três estudos para um autorretrato. Óleo sobre tela, 37,5

    x 31,8 cm (cada), 1974. TEXTO II Tenho um rosto lacerado por rugas secas e profundas, sulcos na pele. Não é um rosto desfeito, como acontece com pessoas de traços delicados, o contorno é o mesmo mas a matéria foi destruída. Tenho um rosto destruído.

    DURAS, M. O amante. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. Na imagem e no texto do romance de Marguerite Duras, os dois autorretratos apontam para o modo de representação da subjetividade moderna. Na pintura e na literatura modernas, o rosto humano deforma-se, destrói-se ou fragmenta-se em razão a) da adesão à estética do grotesco, herdada do romantismo europeu, que trouxe novas possibilidades de representação. b) das catástrofes que assolaram o século XX e da descoberta de uma realidade psíquica pela psicanálise. c) da opção em demonstrarem oposição aos limites estéticos da revolução permanente trazida pela arte moderna. d) do posicionamento do artista do século XX contra a negação do passado, que se torna prática dominante na sociedade burguesa. e) da intenção de garantir uma forma de criar obras de arte independentes da matéria presente em sua história pessoal.

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    23. (ENEM 2018) TEXTO I

    BRACCO, A; LOSCHI, M. Quando rotas se tornam arte. Retratos: a revista do IBGE. Rio

    de Janeiro, n. 3, set. 2017 (adaptado).

    TEXTO II Stephen Lund, artista canadense, morador em Victoria, capital da Colúmbia Britânica (Canadá), transformou-se em fenômeno mundial produzindo obras de arte virtuais pedalando sua bike. Seguindo rotas traçadas com o auxílio de um dispositivo de GPS, ele calcula ter percorrido mais de 10 mil quilômetros.

    Disponível em: www.booooooom.com. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado).

    Os textos destacam a inovação artística proposta por Stephen Lund a partir do(a) a) deslocamento das tecnologias de suas funções habituais. b) perspectiva de funcionamento do dispositivo de GPS. c) ato de guiar sua bicicleta pelas ruas da cidade. d) análise dos problemas de mobilidade urbana. e) foco na promoção cultural da sua cidade.

    24. (ENEM) TEXTO I

    ALMEIDA, H. Dentro de mim, 2000. Fotografia p/b. 132 cm x 88 cm. Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. TEXTO II A body art põe o corpo tão em evidência e o submete a experimentações tão variadas, que sua influência estende-se aos dias de hoje. Se na arte atual as possibilidades de investigação do corpo parecem ilimitadas – pode-se escolher entre representar, apresentar, ou ainda apenas evocar o corpo – isso ocorre graças ao legado dos artistas pioneiros. SILVA, P R. Corpo na arte, body art, body modification: fronteiras. II

    Encontro de História da Arte: IFCH-Unicamp, 2006 (adaptado). Nos textos, a concepção de body art está relacionada à intenção de

    a) estabelecer limites entre o corpo e a composição. b) fazer do corpo um suporte privilegiado de expressão. c) discutir políticas e ideologias sobre o corpo como arte. d) compreender a autonomia do corpo no contexto da obra. e) destacar o corpo do artista em contato com o expectador.

    Gabarito: 1-A. 2-B. 3-E. 4-A. 5-C. 6-A. 7-C. 8-A. 9-E. 10-E. 11-A. 12-C. 13-A. 14-D. 15-C. 16-D. 17-C. 18-A. 19-A. 20-B. 21-A. 22-B. 23-A. 24-B.