das fontes e chafarizes às Águas limpas

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    C L C

    E E S

    C e s a n ~ 2 0 1 2

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    C L C

    E E S

    C e s a n

    V i t r i a , E S ~ 2 0 1 2

    GUAS LIMPASSon hafarzDAS

    1

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    C374d Cau, Celo Luiz. Da onte e haarize gua limpa : evoluo do aneamento no Erito

    Santo / Celo Luiz Cau. Vitria : CESAN, 2012. 528 p. : Il., otografia, grfio e tabela ; 20 x 26 m. ISBN : 978-85-65901-01-7 1. CESAN Hisria. 2. Saneamento (ES). 3. Saneamento Hisria Brail.

    4. Hidrografia (ES). 5. Departamento de gua e Egoto (ES). I. tulo.

    CDD : 363.6198152 CDU : 628.198.152/.398.152

    CIP Catalogao na onteBibliotea de Apoio Maria Stella de NovaeArquivo Pblio do Esado do Erito Santo

    oo r d n a o g r a l Coordenadoria de Comuniao Emprearial da Cean

    r o d u oMP Publiidade

    d o r v o

    Linda Kogure r o j o g r f c o d a g r a m a oLink Editorao

    o o Sagrilo(415, 416, 417, 418, 419, 420, 421, 422, 424, 425, 426, 427, 452 e 458) ,Celo Luiz Cau (33, 60, 63, 64, 65, 69, 70, 73, 75, 83, 86, 89, 94, 95, 100, 101, 102,283, 285 e 293), Edon de A. uintae (138), Helder Faria Varejo (87, 88, 165, 175,201, 204, 244, 245, 273, 276, 284, 364, 365 e 392), Ana Nery Correa Barboa (74),aervo da Cean, do Arquivo Pblio do Erito Santo, da Ue, de erezinha deNovae Roha (90), de Dalton Ramalde (96), de Fernando Car Cosa (141), deJaiel do Santo Silva (284, 286 e 287), da amlia de Jona Hortelio da Silva Filho(122) e oto resaurada por Jo atagiba (28, 34, 36, 50, 55, 72, 79, 81 e 133).

    m p r o

    GSA Grfia e Editora

    r a g m2.000 exemplare

    C E S S (C)Avenida Governador Blay, 186, 3 andar, Centro, Vitria, ESCEP 29010-150 teleone + 55 (27) 2127.5000

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    Para

    Antnio Cau e Alira Nio

    Cau, meu amado pai.

    Eliana Barboa Cau, minha querida eoa.

    Kryn Barboa Cau Pelio e Klvyn

    Barboa Cau, o brilho da minha vida.

    Joo Guilherme Pelio e Raaella

    Oliveira de Morai, pelo aeto.

    Meu querido irmo Clia, Srgio,

    Lurdinha, ngela, Gilmar e Soraia, por tudo.

    Hamilton Coelho Filho (n mmoram),

    meu primeiro mesre e engenheiro da Cean.

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    A Deu, por tudo;

    Neivaldo Bragato, pela oportunidade;

    diretoria da Cean, pelo apoio;Bibliotea da Cean, eeialmente o

    Jlio Car da Silva Roha;

    rea de Patrimnio da Cean;

    Paulo Car Fontinelli, pelo apoio;

    ngela Zorzal;

    Mria Brito e o peoal da Comuniao;

    equipe do Planejamento da Cean, obretudo o

    Srgio Rabelo;Ana Crisina Munh de Souza;

    rea de meio ambiente, eeialmente o

    Luiano Firme de Almeida;

    Elmo Luiz Campo Dall Orto;

    empregado que j e oram,

    apoentado que onsruram a bae da Cean

    e o que eso na ativa;

    Arquivo tnio da Cean, em eeial a

    Jo Pedro da Roha;

    Arquivo Pblio do Esado;

    e a todo que ontriburam para

    a onretizao desa publiao.

    Muito obrigado!

    A g r a d m n o

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    Palavra do governador 11

    Apreentao 13

    Preio 17

    Introduo 21

    PA R T E 1

    . I C , 2 7 Novo Arrabalde 39

    . II F 4 9

    Primeira dada do ulo XX: aptao da gua no Rio Dua Boae onsruo do primeiro reervatrio da apital 49

    Dcada de 1910 Um projeto de gua para Vila Velha: o reervatrio do Ceradinho 72

    Dcada de 1920 O Esado arrenda o ervio de guae egoto a uma emprea privada e depoi o retoma 75

    Dcada de 1930 Esudo e projeto da barragem deDua Boa da nova adutora e do egundo reervatrio da apital 82

    Dcada de 1940 ranernia do ervio de gua e egoto para a Preeitura de Vitria 90

    Dcada de 1950 Revero e tranernia do erviopblio de gua e egoto da Preeitura de Vitriapara o Esado. Criao do Departamento de gua e Egoto (DAE) 97

    De 1960 a 1967 Atuao do Departamento de gua e Egoto (DAE) 115

    .III J S M : G V 1 2 7

    Baia hidrogrfia de Dua Boa 129

    Rio Juu, maior abaseedor de gua da Grande Vitria e a intervene dede o perodo olonial 131

    Atuao do Departamento Naional de Obra de Saneamento (DNOS) 136

    Rio Santa Maria da Vitria A degradao e ua onequnia 144

    A degradao do mananiai do interior do Esado e ua onequnia 151

    S m r o

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    PA R T E 2. IV D C 1 5 7

    cada d 1960

    A riao da Cean 157 Saneamento no Brail Aeco relevante 166 Plano Naional de Saneamento (Planaa) 168 Primeiro relatrio do isema de gua e egoto elaborado para a Cean pelo

    Conrio Sondotnia e pelo eritrio tnio Enaldo Cravo Peixoto 171 Primeiro Plano Diretor para o Sisema de Abaseimento de

    gua e Egoto Sanitrio de Vitria, Vila Velha e Cariaia 180 Coneio da Barra: primeiro isema de abaseimento de gua do interior do Esado 200

    cada d 1970

    A equnia da onee e a primeira obra 203 Prinipai esudo e projeto realizado e previso na dada de 70 229 Consruo da insalae em Cobilndia

    para uporte operao, manuteno, almoxariado e tranorte 258 Consruo da insalae em Santa Clara

    para uporte rea de projeto obra e liitao 260 Consruo da primeira Esao de ratamento de gua de Dua Boa 264

    Consruo do novo isema de produo de gua da Grande Vitria no Rio Juu 267 Consruo e ampliao do novo isemade disribuio de gua da Grande Vitria no Rio Juu 278

    Captao no Canal Marinho deativada 282 Abaseimento ao onjunto habitaionai 288 Primeiro isema ompleto de egotamento anitrio 292 Primeiro abaseimento da Serra Sede

    om aptao na naente da enosa do Morro Mesre lvaro 292 Sisema de abaseimento de gua de Guarapari 298

    cada d 1980

    Prinipai esudo e projeto 305 Consruo do isema de produo e disribuiode gua de Carapina no Rio Santa Maria da Vitria 318

    Programa para Atendimento aComunidade de Pequeno Porte (CPP) 333

    Outra obra 356 Programa de Deenvolvimento Operaional (PECOP) 368 Egotamento anitrio 370

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    cada d 1990

    Eaez de reuro finaniado 375 Finaniamento do Bano Mundial 375 Reesudo do Planejamento Global (Plano diretor) e Projeto nio

    do Sisema de Abaseimento de gua da Grande Vitria 382 Ampliao do isema de abaseimento de gua da Grande Vitria 387 Outro esudo, projeto e programa 401

    Perodo insituional do etor 405

    rmra dcada d 2000

    A retomada do invesimentoe a Cean no enrio naional 407 Egotamento anitrio: onluo da grande esae de tratamento da Regio

    Metropolitana e de Domingo Martin 408 Programa gua Limpa 412 Programa gua Limpa ampliado 430 Fortaleimento insituional da Cean 448 Deempenho adminisrativo e operaional 450 Indiadore gerai da emprea 460

    cada d 2010

    Meta de obertura de gua e egotamento anitrio 465 gua Limpa dobram a apaidade do reervatrio de gua do ltimo 100 ano 466 Cean alana o dobro da obertura mdia naional em egotamento anitrio 471 Programa de Saneamento Rural (Pr-Rural) 479 De 1967 a 2012: aonde a Cean hegou 484

    Prola 503

    Anexo 511

    Reernia 523

    Sobre o autor 527

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    F o n

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    d m o a b r

    Todo o apixaba, que amam tanto esa noa terra, mereem ler ese livro. Em pri-

    meiro lugar, porque esa obra, ainada por Celo Luiz Cau e editada pela Cean,

    az jusia a peoa que ao longo de dada trabalharam arduamente para oe-reer ao noo povo um ervio de inesimvel valor. Em egundo lugar, pela rique-

    za do onheimento hisrio aqui reunido.

    oda pequia obre o divero aeco da evoluo hisria do noo esado

    uma nova oportunidade que no dada de onheer melhor o patrimnio de ex-

    perinia, onquisa e realizae que herdamo do paado. So exemplo memo-

    rvei de trabalho e vio que ervem de orientao e inirao para noo ontem-

    porneo e, em eeial, para aquele que tm omo mio e ompromio ontri-

    buir para aumentar ada vez mai a qualidade de vida em noa terra.Peno que onheer e esudar o que e ez pelo Erito Santo ante de n no

    dever apena do governante, ma de todo o idado, porque aber mai e melhor

    az parte da prpria enia da idadania. S aim podemo entender, por exemplo,

    que aminho aquela Vitria do tempo oloniai trilhou, at e tranormar nesa

    apital linda e moderna da qual tanto no orgulhamo.

    om ea onvio que onvido o apixaba a lerem ese livro. Mai que tra-

    tar de onte e haarize, ele az jusia a homen pblio om o quai teremo uma

    eterna dvida de gratido, pelo maravilhoo trabalho que realizaram. O programa de

    aneamento que esamo exeutando d ontinuidade a ee eoro hisrio de pro-

    moo do bem-esar e da qualidade de vida para todo o apixaba. E, aim, miran-

    do no melhore exemplo do paado, esamo onsruindo o Erito Santo do pre-

    ente e pavimentando o aminho para um uturo mai prero e eliz.

    P

    Rno CagrandGornador do Ero Sano

    P

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    U m n o v o n f o q

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    Com o lanamento do livro Das fontes e chafarizes s guas limpas: evoluo dosaneamento no Esprito Santo,a Cesan deixa marcada na histria a comemo-rao dos seus 45 anos. Escrito por Celso Luiz Caus, um dos nossos mais anti-gos e respeitados engenheiros, trata-se de um investimento para materializar epreservar o valor da cultura pelo resgate da memria da Companhia e de todaa trajetria do saneamento no Esprito Santo.

    A Cesan sempre se preocupou em preservar sua histria. O primeiro livro

    publicado pela Companhia,A Cesan e sua histria,foi escrito em 1994 por Dal-

    va Broedel, tambm da nossa equipe de empregados. Aps 18 anos o mundo

    outro. A Cesan e o saneamento conquistaram outra feio em todos os senti-

    dos. Nesta obra, Celso Caus amplia a pesquisa e extrapola o foco institucional,

    norteando-se pela evoluo do saneamento.

    Da origem da distribuio de gua em Vitria e em Vila Velha, com os cha-

    farizes, que tiveram dupla funo: distribuir gua e embelezar as cidades moda

    artstica europeia, o livro percorre toda a evoluo dos sistemas de saneamento,

    passando pelas obras do Governo de Jernimo Monteiro (1908-1912), quando os

    capixabas da capital pela primeira vez tiveram gua encanada em suas moradias,

    at os dias de hoje, em que a Cesan, por meio do Programa guas Limpas, uni-

    versalizou o abastecimento nos 52 municpios capixabas atendidos pela Empresa.

    Quanto aos sistemas de esgotamento sanitrio, os municpios do Esprito

    Santo onde a Cesan atua deram um salto de qualidade. Da estaca zero, dos s-

    culos passados, em que o esgoto era lanado in natura e em tonis no mar, ao

    A

    Nvaldo BragoPrdn da Can

    A

    13

    o b r o a n a m n o

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    aumento da cobertura de 20% para 60%, em menos de 10 anos, entre 2003 e

    2012, com meta de atingir 70% em 2014 e a sonhada universalizao na pr-

    xima dcada, em 2025.

    O leitor tambm conhecer os rios que abastecem a Regio Metropolitana

    de Vitria, com informaes tcnicas, a situao da degradao e as interven-

    es histricas ocorridas desde o perodo colonial at a atual dcada nos prin-

    cipais sistemas.

    Os rios do interior do Estado tambm esto contemplados, incluindo a

    substituio dos primitivos mananciais por outros mais distantes dos centros

    urbanos e pela construo de barragens, uma das consequncias da deteriora-

    o ambiental das ltimas dcadas.

    O livro registra ainda aspectos relevantes do saneamento no Brasil, como

    o Plano Nacional de Saneamento (Planasa) e o perodo institucional do setor

    at ser sancionada a Lei 11.445 da Poltica Nacional de Saneamento. E muito

    sobre a criao da Cesan e do rgo que a antecedeu, o Departamento de gua

    e Esgotos (DAE).

    Ricamente ilustrado com fotografias, grficos e tabelas,Das fontes e chafa-

    rizes s guas limpas pretende contribuir com um novo enfoque do saneamen-

    to pela tica de sua contribuio ao desenvolvimento econmico, social e am-biental do Esprito Santo.

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    U m a o b r a

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    Tenho partiipado da evoluo do aneamento bio no Esado do Erito San-

    to dede 1964, quando atuei no primeiro Plano Diretor de Egotamento Sani-trio de Vitria omo esagirio de engenharia. Em 1966 ingreei no Departa-

    mento de gua e Egoto do Esado do Erito Santo (DAE) que, em 1967, e

    tornou Companhia Erito Santene de Saneamento (Cean), onde permanei

    at 1971. Foi na Cean que naeu a minha motivao para aproundar o esu-

    do na rea de aneamento bio por meio da onvivnia om o exelente un-

    ionrio dea emprea, reultando em eeializao, mesrado e doutorado, o

    que me poibilitou atuar omo proeor no Departamento de Hidrulia e Sa-

    neamento da Ue, de 1971 a 2003. Atualmente ou proeor titular na Faulda-de de Araruz e onultor.

    Em 1999, ui diretor preidente da Cean quando o engenheiro Celo Luiz Cau

    oordenava o esudo relativo ao planejamento (Plano Diretor) e ao projeto tni-

    o do isema de abaseimento de gua da Grande Vitria. Porm, no aproxima-

    mo, de ato, em 1984, quando ele oordenava o projeto de engenharia do Progra-

    ma de Abaseimento de gua de Comunidade de Pequeno Porte (CPP), hoje, de-

    nominado Programa Pr-Rural da Cean.

    A dimeno oial dee programa antsia, poi benefiia a populae ru-

    rai em gua potvel para onumo. Eu e o Celo aamo de madrugada de Vitria

    rumo ao interior, omunidade a er ontemplada om o isema de abaseimen-

    to de gua. Na omunidade, definamo o mananial abaseedor, amo de aa em

    aa ontando o nmero de moradore, o que permitia quantifiar a vazo de gua

    P

    17

    P

    Robon Sarmno*

    m p r d n

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    requerida pela populao, parmetro eenial para a elaborao do projeto de enge-

    nharia para qualquer isema de abaseimento de gua.

    No me equeo da advertnia eita por ele inmera veze, quando esvamo

    om ede e ome: no beba ea gua (bebamo guaran em gelo porque no haviaenergia eltria), no oma verdura e no oloque o p na gua, poi o rrego que

    a populao utiliza ontm o paraita tranmior da equisoomoe. ambm de-

    tao uma ituao em que oletamo amosra de gua da naente que iria uprir a o-

    munidade de Esrela do Norte. No era povel hegar naente, poi a vrzea esa-

    va inundada, ma Celo no viu qualquer difiuldade e logo viabilizou um trator para

    hegarmo ao loal. Poderia enumerar vrio outro evento emelhante ao itado.

    Afinal, empre oi notrio o ompromio do Celo de levar gua potvel at quela

    omunidade arente. Aim oi meu enontro om o Celo durante a elaboraee implantae do mai imple ao mai omplexo projeto de isema de abasei-

    mento de gua para o noo Esado.

    O urrulo do Celo: engenheiro ivil pela Ue, eeialisa em engenharia anit-

    ria e ade pblia pela Fundao e Insituto Owaldo Cruz (Fioruz), atuando na Cean

    h 37 ano, oupando vria gernia, aeoria e Diretoria de Relae om o Cliente e

    membro do Conelho Esadual de Reuro Hdrio dede o eu inio, o lhe permite e-

    rever fon chafarz gu lmp: evoluo do aneamento no Erito Santo.

    O texto apreenta a evoluo do aneamento no Erito Santo. Na equnia,

    es um reumo do ontedo. A partir de 1643, um aqueduto levou gua da Fon-

    te Grande para a ozinha do onvento So Franio na idade alta de Vitria. Em

    1828, oi onsrudo o primeiro haariz na Rua Baro de Monjardim. Ao trmino

    do ulo XIX, Vitria ontava om ino haarize. Em 1909, oi eita a aptao

    18

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    de gua em Dua Boa no munipio de Cariaia. O ervio de egoto o deri-

    to, ontemplando dede o arregadore do Centro de Vitria (que deartavam o

    dejeto no mar) at o preente dia. O deenvolvimento insituional dereve a ope-

    rao do Esado no isema de gua e egoto, paando pela iniiativa privada, Preei-tura de Vitria e retorno ao Esado om a riao do Departamento de gua e Ego-

    to (DAE) at a riao da Cean. A prinipai obra abrangem 45 ano de exisnia

    do aneamento no Esado. Alm dio, o abordado: a onee do ervio de

    gua e egoto, o plano diretore de gua e egoto, isema onsrudo, prinipai

    relatrio, esudo e projeto, evoluo do atendimento populao om ervio de

    gua e egoto. A evoluo em epgrae inlui a dada do perodo de 1910-2010.

    O livro ilusrado om mapa, grfio, planta e otografia uidadoamente

    elaborado, o que torna ua leitura mai atrativa. fon chafarz gu lmp:evoluo do aneamento no Erito

    Santo onsitui-e numa obra-prima para a literatura apixaba em preedente no

    tema. Pelo ontedo, proundidade e omplexidade do detalhe, ele um livro no-

    tvel, uma bibliografia que oma o que abemo obre o aneamento bio no Esa-

    do do Erito Santo. Certamente, o livro uma onte de inirao onsante para

    utura obra dee tipo.

    Ao Celo, minha gratido por ter o privilgio de erever ese preio e, omo

    apixaba, o inero agradeimento pelo livro. Finalmente, o meu reeito e ad-

    mirao pela peoa e pelo profiional que vo . ue Deu o aompanhe empre.

    *x-dreor prdn da an; ngnhro; calit; msr; h. profor

    apontdo da f profor ular aculdad d racruz.

    P

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    A l o n g a

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    Quando omeei na Cean omo esagirio de engenharia, a Companhia exisia h ape-na ete ano e meio. ive o privilgio de preeniar, partiipar e aompanhar nee37 ano o impulo da noa ompetente Cean. No final de 1969 tinha era de 50mil ligae de gua e, no trmino de 2011, a ligae omavam 347.763 na Gran-de Vitria e 180.728 no interior.Em etembro de 2011, reebi o onvite do preidente da emprea, Neivaldo Bragato,para erever um livro obre a Cean. No heitei, poi era uma orma de retribuir tudo o

    que aprendi. Por outro lado, eria a oportunidade de reviitar a hisria e reenontrar o

    reonvei por grande parte do que oi onsrudo e a razo de esarmo aqui. Conhe-

    er a hisria em dvida, o melhor aminho para entender o preente e mudar o uturo.Imediatamente omeei a penar no que erever e para quem. Primeira reo-

    ta: ao empregado que ainda eso na ativa e ao rem-hegado para que tenham

    aeo longa trajetria da onsruo da Cean, e que ese livro eja til na onsru-

    o da Cean de hoje e do uturo. oda onepo e exeuo e voltaram tambm

    ao empregado apoentado verdadeiro profiionai em prol do aneamento

    que onsruram a bae da emprea e, ertamente, por tudo que viveniaram, devem

    e enontrar na pgina a eguir.

    Segunda reosa: onlu que eria importante ampliar o eopo ao pequia-

    dore, esudante e ao pblio em geral. Por io, a pequia abrangeu o perodo ante-

    rior Cean, a ae atual e a projeo utura. Aim, na Parte I, es uma ntee his-

    ria dede o perodo da olonizao at a riao da Cean, em deixar de ontextua-

    lizar o enrio do reuro hdrio e do meio ambiente na Grande Vitria e no in-

    I

    21

    I

    Clo Lz Cau

    r a j r a

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    terior do Esado. Na Parte II, mai tnia, apreenta a evoluo da Cean, enoan-

    do tambm o Plano Esratgio do Governo do Esado do Erito Santo 2011-2014.O deafio de pequiar a evoluo do aneamento no Erito Santo trouxe ur-

    prea. Uma dela oi enontrar o regisro da primeira onsruo abaseida om

    gua enanada em domilio, em Vitria, a partir de 1643, um aqueduto que trouxe

    gua da Fonte Grande para a ozinha do onvento So Franio.

    No primrdio da Vila de Vitria eso a onte de gua potvel que, no in-

    io do ulo XIX, de to preria preiaram de reorma. Em 1828, na antiga Rua

    So Joo, hoje Baro de Monjardim, oi onsrudo o primeiro haariz do Esado.

    Em Vila Velha, mai preiamente na orla da Prainha, a gua era obtida da onte deInho, oniderada de exelente qualidade e to importante que reebeu a viita de

    D. Pedro II, em 1860.

    No fim do ulo XIX e inio do ulo XX, Vitria ontava om ino ha-

    arize, ujo trise perodo oi finalizado, em 1909, om a analizao da gua de

    Dua Boa, notadamente no Rio Pau Amarelo, em Cariaia. E Jernimo Mon-

    teiro onsruiu o primeiro reervatrio da apital no Morro de Santa Clara. O

    ervio oram esendido para Vila Velha, e onsrudo o reervatrio no Morro

    do Ceradinho, prximo Prainha. Hoje, a realidade outra om a univeraliza-

    o do ervio de gua.

    Em fon chafarz gu lmptambm mosro a trajetria do ervi-

    o de egoto, pioneiramente no Centro de Vitria, dede o arregadore que tran-

    portavam e lanavam o dejeto na mar at o reente aumento da obertura de e-

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    goto de 20% para 60% em meno de 10 ano, om meta de 70% em 2014 e a univer-

    alizao em 2025.Na parte insituional, derevo a operao do isema de gua e egoto pelo E-

    tado, paando pela iniiativa privada, Preeitura de Vitria e o retorno ao Esado,

    om a riao do Departamento de gua e Egoto (DAE) at a riao da Cean.

    Eso derita a atuae de ada rgo notadamente na ua realizae de esu-

    do, projeto, obra e operao.

    Esruturei a evoluo da Cean por dada, om a equnia da onee

    do ervio, plano diretore de gua e egoto, isema onsrudo, prinipai rela-

    trio, esudo e projeto, evoluo do atendimento at hegar univeralizao doatendimento om gua e o alane da obertura de 60% om egotamento anitrio,

    o dobro da mdia naional.

    Relaionei a prinipai obra onsruda ao longo do 45 ano na Grande Vit-

    ria e no interior, e ituei tambm a difiuldade e a onquisa relativa ao reuro

    finaniado, inluindo a linha de finaniamento do Bano Mundial, no ano 1990,

    e a retomada do invesimento a partir da dada de 2000, ujo ortaleimento, de-

    empenho adminisrativo e operaional, e o indiadore gerai da emprea desaa-

    ram a Cean no enrio naional.

    O grfio, mapa, deenho equemtio e otografia permitem, em uno do que

    oi onsrudo pelo eu empregado ao longo do ano, viualizar a onquisa da Ce-

    an. Eero ter ontribudo para o regisro da evoluo do aneamento no Erito Santo.

    Boa leitura!

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    fonC O L O N I Z A O,C I

    hisrio 23 de maio de 1535 marou a hegada de Vao Fernande Coutinho e ua

    tripulao de 60 homen. Do batimo da terra de ua Capitania habitada omente

    por ndio, urgiu o nome Erito Santo em homenagem ao dia dediado tereirapeoa da Santima rindade, egundo o hisoriador Jo eixeira de Oliveira. Fun-

    dada a Vila do Erito Santo, hoje, Vila Velha, ainda em 1535, paou de Vila Ca-

    pitania. Depoi, de Provnia (1822) a Esado (1889).

    primeira visa, o loal pareia er a oz de um grande rio, ma era uma baa ma-

    rtima entre o morro Piratininga e Moreno. Ao longe, avisaram a pequena ilha

    que, poseriormente, oram doada a algun pareiro. A atual Ilha do Boi a Dom

    Jorge de Meneze e, a Ilha do Frade, para Valentim Nune. A do Frade tem ee nome

    porque, tempo depoi, o beneditino tomaram poe dela. A atual Ilha de Vitria,

    hamada de Santo Antnio, a maior de toda, oube a Duarte de Lemo, em 15 de

    julho de 1537, por ua luta vitorioa ontra o indgena na oupao do territrio.

    Conheida omo Ilha do Mel, Ilha de Santo Antnio, Ilha de Duarte de Lemo e

    Vila Nova, em 8 de etembro de 1551, batizaram-na de Ilha da Vitria pelo ueo

    oneguido numa angrenta batalha ontra o ndio.

    E C H A F A R I Z E S

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    Duarte de Lemo edifiou a Capela de Santa Luzia na ede de ua azenda e deu

    inio agriultura. Entre 1537 e 1540 onsruiu um engenho de aar, uja plan-

    tae oupavam prinipalmente a parte lateral oese do Morro de So Franio.

    Caa oram erguida na parte mai alta da ilha, ormando o primeiro nleo habita-ional. Como havia muita apixaba roa de milho, ou roa velha, na expre-

    o indgena o termo apixaba paou a denominar o moradore da Ilha. Depoi,

    ampliou-e para toda a populao do Erito Santo.

    Ao que paree, Vao Coutinho e Duarte de Lemo tiveram deavena. A hi-

    toriografia regisra que o doi e enontraram em Portugal para paar uma eri-

    tura de doao da Ilha de Santo Antnio perante o notrio geral da Corte, em 22

    de agoso de 1540, onorme Jo eixeira de Oliveira. Duarte de Lemo retor-

    nou ao Brail na omitiva de om de Souza, em 1550, que o nomeou delegado daCapitania de Porto Seguro.

    Capela de Santa Luzia erguida por Duarte de Lemos

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    povel que Vao Coutinho tenha retornado ao Erito Santo, em 1547,

    ao er inormado obre a ondie deplorvei de ua terra braileira. O que hou-

    ve? A inompatibilidade entre brano e ndio e o degoverno de Dom Jorge de Me-

    neze, o ubsituto do ete ano de aunia do donatrio.Diante do onsante ataque indgena, iniiou-e, no Brail, o movimen-

    to de atequizao do ndio. D. Joo III onfiou a mio Companhia de Je-

    u, undada pelo eanhol Inio de Loyola, na Frana, em 1534. O padre Aon-

    o Br, pouidor de qualidade de arpinteiro e arquiteto, oi deignado para a

    Capitania do Erito Santo, hegando Vila de Vitria em abril de 1551. Con-

    truiu uma aa, depoi onheida omo Porto do Padre, prximo ao atual Porto

    de Vitria e Rua General Orio.

    A Vila de Vitria, undada em 1551, es entre a ei mai antiga do Brail.Como j menionado, o nleo urbano originou-e na parte alta. Com topografia

    montanhoa e rohoa, ua rua eram inuoa e esreita. Cirundada pelo mar, a

    parte mai baixa empre alagava.

    Atesa o hisoriador Mrio Freire: A preoupao em evitar a baixada paludo-

    a nesa ilha, [...] e, ao memo tempo, o uidado de melhor deea ontra onsan-

    te aalto de indgena ou de invaore teriam, provavelmente, determinado a un-

    dao de Vitria no alto da olina.

    O jeuta tambm e insalaram na parte alta da ilha e onsruram ua igreja eum olgio. Em 1552, quando viitavam Vitria, o governador geral om de Souza

    e o padre Manoel da Nbrega enontraram o Colgio Jeuta e a Igreja So iago em

    ae embrionria. Um ano depoi, Aono Br oi ubsitudo pelo padre Br Lou-

    reno, que hegou na mema expedio de Jo de Anhieta, em 1553.

    uae uma dada depoi, em evereiro de 1561, aleeu Vao Fernande Cou-

    tinho. Seu orpo oi epultado na Capela Noa Senhora do Rorio, perto da Prai-

    nha. Seu ueor, Vao Coutinho Filho, tomou poe em 1563, fiando no argo

    at a ua morte, em 1589. Foi uedido pela eoa, Lua Grimaldi, a nia mulher

    que governou o Erito Santo por quae quatro ano. Ela doou uma rea de terra ao

    rem-hegado rade raniano para que onsruem o Convento de So Fran-

    io, no Morro da Fonte Grande.

    Na enosa do morro oram erguida a reidnia e a apela e, na parte mai alta,

    o onvento, iniiado em 1591, pelo rade raniano Antnio do Mrtire. O mor-

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    ro oi batizado de Fonte Grande por pouir uma da

    maiore onte de gua da regio. Foi a primeira con-

    truo abaecida com gua canalizada em domic-

    lio, em Vitria, a partir de 1643.Dereve o hisoria-dor Luiz Derenzi: O guardio rei Paulo de Santo An-

    tnio deve ter ido o primeiro entendido na arte de ni-

    velar, topgrao, digamo aim, na Vila de Vitria. Foi

    o conrutor do aqueduto que trouxe gua da Fonte

    Grande para a cozinha do convento.

    A geso de Lua Grimaldi regisrou outro trun-

    o: a vitria obre a invao de Toma Cavendih, o

    orrio ingl expulo da Ilha, em 1592. Naquele me-mo ano regisrou-e a onsruo de doi ortin no lu-

    gar mai esreito da baa, em rente ao atual Morro do

    Penedo, ento hamado Po de Aar. Noventa ano

    depoi, em 1682, onsruiu-e, no loal, o Forte de So

    Joo para deender a entrada da baa.

    No inio do ulo XVII, o aeco da ilha per-

    maneia emelhante ao do inio da ua oupao: a-

    a onsruda de taipa, oberta om ap ou palhade pindoba ormavam o nleo urbano. O deenvolvi-

    mento da ilha oorria de maneira lenta, ruto de ue-

    iva adminisrae mal preparada, deao do Go-

    verno de Portugal, tributo obrado para reuperar a

    finana portuguea e onsante invae.

    Em 1674, a Capitania, deadente pelo deinteree do herdeiro de Vao Cou-

    tinho, oi vendida ao oronel Franio Gil de Arajo. Ele reonsruiu o engenho

    e o Forte So Joo, j que ese orera muito dano na batalha ontra o holandee.

    Na entrada da baa, em Vila Velha, edifiou-e o Forte So Franio Xavier, onde,

    hoje, es a guarnio do Exrito. Memo om toda dioio, Franio Gil de Ara-

    jo no oneguiu erguer a Capitania. Mudou-e para Salvador, onde aleeu em 1685.

    No final do ulo XVII, a ituao ainda era de extrema pobreza. Diante dee

    enrio, Derenzi traduz: Feha-e o ulo om mai um ompao de eera morti-

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    fiante. E a vila no e az idade, em rua, em eola, onde a notia, de longe em

    longe, hegam om o veleiro arribado e por bando afixado pelo apite-more

    impertinente. O nio desaque fia para a obra do jeuta e do raniano.

    A populao, em 1751, era de 1.390 habitante, quae o dobro do quarto do -

    ulo anterior. Em 3 de etembro de 1758, urgiu, em Liboa, uma onda de proteso

    ontra o monoplio do vinho, poa em que o Rei Dom Jo orera um atentado.

    A ulpa por omentar tal rebelio oi atribuda ao jeuta. Um ano depoi, em 3 de

    etembro de 1759, ob a influnia do minisro Sebasio Jo de Carvalho e Melo,

    Convento de So Francisco: primeiraconstruo com gua canalizada a partir de 1643

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    o Marqu de Pombal, publiou-e o dereto de expulo do jeuta de Portugal e

    de ua olnia. O dereto tahava aquele religioo de traidore, rebelde e adver-

    rio da Coroa portuguea. Em 1760, o jeuta oram expulo do Erito Santo,

    a exemplo do que oorreu no Brail.No final do ulo XVIII, a populao da Vila de Vitria ontava om 7.225 ha-

    bitante, do quai 4.898 eram eravo.

    No inio do ulo XIX, om a queda do regime abolutisa e o deejo de

    pae omo a Frana e a Inglaterra de onquisarem novo merado Portugal

    anuniou nova diretriz: priorizar a oupao do interior, abrindo esrada e ligando

    o nleo povoado na olnia braileira. Parte dea mio oube a Franio Al-

    berto Rubim, nomeado em 12 de junho de 1812, reonvel pela abertura de par-

    te da atual BR-262.At parte do ulo XIX, o Erito Santo pertenia juridio da Bahia. Sua

    eparao oi ainada em 1809. De aordo om Derenzi, [...] na Vila de Vitria, o

    mangue, o banhado urbano, a fonte de gua potvel,o aeco da aa, a

    praa e o ai de atraao de baro, reclamavam providncia, neceria ao

    conforto do pobre moradore, inulano.

    Coube a Rubim aterrar algun alagadio, ailitando a loomoo do pede-

    tre, reparar a fonte de gua potvel,levantar a planta da zona urbana e realizar

    um novo eno populaional da Capitania, que ontava om 24.587 alma, inluin-do 12.100 eravo. Eram 3.729 aa e 75 engenho. Rubim governou o Erito

    Santo durante ete ano.

    Prolamada a Independnia do Brail, a Ilha de Vitria paou ategoria de i-

    dade, em 17 de maro de 1823. Poseriormente, fiou onheida omo Vitria, Ci-

    dade Prepio.

    Em 1828, na antiga Rua So Joo, atual Baro de Monjardim, oi onsrudo o

    primeiro haariz do Esado. A gua brotava de onte da mata do Maio Central,

    do Morro do Vigia. Foi resaurado em 1938. o nio que resou. A idade tinha

    era de 900 aa.

    Em Vila Velha, mai preciamente na orla da Prainha, a gua era obtida da

    Fonte de Inho, coniderada de excelente qualidade. Inho, em tupi, ignifia en-

    topeia. Em 1844, preoupado om a ade pblia, o vie-preidente da Provnia,

    Jo Franio de Andrade e Almeida Monjardim, die em eu pronuniamento

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    Aembleia: Julga a Cmara da Vila do Erito Santo que a obra mai neeria

    quele munipio o [...] a pequena ponte que d paagem para a onte de Inho, e

    o onerto desa onte, ujo mau esado az om que e misure a gua potvel om

    a de lavar, o que muito deve prejudiar a ade pblia.

    A Fonte de Inho oi to importante que reebeu a viita do imperador D. Pe-

    dro II, em 28 de janeiro de 1860. A agenda imperial inluiu tambm o Convento da

    Penha, a Igreja do Rorio e a Cmara.

    Pouo a pouo, a pioneira onte de Vila Velha ampliou eu satu e paou a er

    analizada. Primeiro, virou aixa dgua de Inho, uja obra oi anionada (lei n

    25) pelo preidente da Provnia, Franio Ferreira Coelho, em 1871. O uso gi-

    rou em torno de 1:386$000 ri. Doi ano depoi, em ontrato firmado om Hen-

    rique Gonalve Laranja, Vila Velha teve gua canalizada da Fonte de Inho para

    o chafariz da Praa da Matriz.

    Primeiro chaariz da Capichaba, 1828

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    Possvel chaariz em fente Igreja Nossa Senhora do Rosrio, Vila Velha

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    Vista geral do Convento e Prainha, 1905

    Bomba de gua manual na praa em fente ao Palcio

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    Mapa da Provnca do Epro Sano

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    Abacmno d gua m Vra: chaarz doLargo d Sana Luza a 25 d mbro d 1909

    Em Vitria, no final do ulo XIX e inio do ulo XX, o abaseimento de

    gua era eito por meio de haarize e por arroa, que tranortavam gua em barri.

    uem neeitava de gua enrentava fila, munido de balde, panela, talha ou lata.

    Em tempo de esiagem, o moradore buavam gua em anoa no Rio Marinho.Eram ino haarize: da Fonte Grande, da Capixaba, da Lapa, da Ladeira do

    Chaariz e de So Franio, uja gua oram analizada de onte da enosa que

    irunda a baa de Vitria. Alm da ua uno pblia, o haarize eram tambm

    monumento artsio e arquitetnio.

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    Antigo chaariz na Villa Moscoso

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    Ap a prolamao da Repblia, a nova Consituio Poltia do Esado oi

    prolamada em 2 de maio de 1892. No dia eguinte, Jo de Melo Carvalho Muniz

    Freire aumiu o Governo. Com a nova Consituio, oi extinta a Intendnia e ria-

    do o Governo Muniipal de Vitria. Cleto Nune Pereira oi eleito para preidir oConelho Muniipal, em 27 de novembro, tomando poe no dia 19 de dezembro.

    Ap muito ano de inueo, omente em 1891, urgiram o primeiro esu-

    do para o isema analizado de abaseimento de gua. Foi ainado ontrato om

    a Companhia Braileira orren, que apena iniiou a onsruo do aliere do re-

    ervatrio de Santa Clara, em Vitria, alm de uma pequena reprea no Rio Formar-

    th (era aim a grafia na poa), em Viana. A orren abandonou a obra, reindiu o

    ontrato e, mai uma vez, rusrou a expecativa da populao.

    A analizao da gua da Fonte Grande para a onsruo do Reervatriode Santa Clara omeou no Governo de Muniz Freire (1892-1896) e hegou a ter

    at pedra undamental, datada de 23 de outubro de 1893. Porm, nada proeguiu. O

    nio imvel que diunha de gua enanada era a bria de erveja Serrat & Shi-

    midt, onsrudo em 1884. A gua era da Fonte do Cavalo.

    Um detalhe que hamava ateno era o apelido dado ao arregadore de deje-

    to, O igre, que lanavam o dejeto na mar durante a noite.

    Noo ArrabaldEm 1896, ainda no governo Muniz Freire, a meta era a expano urbana norteada

    pelo prinpio de higiene e alubridade adotado em So Paulo e Rio de Janeiro.

    Por io, riou-e a Comio de Melhoramento da Capital. Para oordenar o tra-

    balho, ontratou-e o engenheiro anitarisa Franio Saturnino de Brito que ini-

    iou o levantamento topogrfio da rea litornea do nordese da Ilha. Chamado de

    Projeto de um Novo Arrabaldepretendia ampliar a manha urbana habitaio-

    nal de Vitria, om a oupao da praia. O projeto inluiu esudo eefio o-

    bre aneamento, omo abaseimento de gua e drenagem.

    Para o isema de egoto, iniialmente definiu-e um isema eparador de ole-

    ta ma, logo em eguida, o autor adotou um isema unitrio, indiando um isema

    de propulo menia e a abertura de um anal axial grande avenida.

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    Capa do Projo Um Novo Arrabald Rlaroda Commo d Mlhoramno da Capal

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    O abaseimento dgua ao Novo Arrabalde importa em um volume de era

    de 4.500.000 litro, tomando a bae de 300 litro por habitante, om populao e-

    timada em 15 mil habitante e vazo de 53 litro por egundo. A aptao esudada

    era do rrego de Juutuquara, onde dua naente produziam 4,7 litro por egun-do. Adotaram-e para esudo e egurana, 4,4 litro por egundo para abaseer o-

    mente 1.267 habitante. A naente fiavam na ota de 90 e de 68,8 metro e o-

    ram reunida na ota de 68,8 metro e numa tubulao de 100 milmetro de ao at

    o reervatrio de Juutuquara. O autor do projeto ez ainda reernia a uma po-

    Anprojo d goo do Novo Arrabald, 1896

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    vel aptao na abeeira do Rio Fonte Limpa, na Serra do Mesre lvaro, om

    vazo de 55 litro por egundo, medida por flutuador. Por egurana, ugeriu 20 li-

    tro por egundo. O omprimento da adutora eria de aproximado 12.500 metro.

    Dee esudo no oi povel identifiar at que ponto houve fidelidade ao pro-jeto ao longo do trabalho de urbanizao do Novo Arrabalde. Sabe-e que, na d-

    ada de 1920, houve aptao no Crrego Juutuquara.

    Saturnino de Brito (Campo, 1864 Pelota, 1929) oniderado pioneiro da

    engenharia anitria e ambiental no Brail. Foi reonvel por importante projeto

    urbansio de idade braileira, omo Vitria, Santo, Petrpoli. Campo, Rei-

    e, Natal, Pelota e Rio de Janeiro. Entre 1896 e 1929, realizou projeto para mai de

    40 idade de dierente regie do pa. inha preoupao om a ondie ani-

    tria e ambientai auadora de grave urto epidmio humano. Em 1930, a a-pitai om isema de gua e egoto, em parte, deveu-e ao eu eoro. Foi elei-

    to patrono da engenharia anitria braileira pelo Congreo da Aoiao Brailei-

    ra de Engenharia Sanitria e Ambiental. Em 1996, ompleta-

    ram-e 100 ano do Projeto de um Novo Arrabalde para Vi-

    tria (ES), elaborado por Saturnino de Brito.

    Em 1901, Vitria ainda era abaseida por ino haari-

    ze. A populao havia paado para era de 12 mil peoa. Em

    1905, no Governo de Ariside Navarro, paou-e a orneer umbarril por amlia a preo varivel, om gua vinda do Rio Juu.

    Entre 1905 e 1907, om a manha urbana e expandin-

    do, o haarize j no fiavam to prximo da nova re-

    a, por io, o tranorte de gua era eito por bonde movi-

    do a trao animal.

    O primeiro isema de abaseimento de gua da apital

    vindo da abeeira do Rio Dua Boa, de Cariaia, oi im-

    plantado entre 1909 e 1912. Em eu trajeto, a adutora de era de 18 Km tranunha

    obsulo, inluive a traveia no undo da baa de Vitria. Naquela poa, no havia

    a Ponte Florentino Avido (Cino Ponte), inaugurada em 1928. A gua hegava, en-

    to, ao reervatrio onsrudo no final da ladeira Santa Clara, om grande bloo de

    pedra e rejuntado om leo de baleia, om volume de 3.600 metro bio, onlu-

    do omente em 1909, no Governo Jernimo Monteiro.

    Saurnno d Bro

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    Capao no Crrgo Fradnho conruo d barragm, dcada 1920

    Arrabald d Vra: nco do culo XX Conruo da lnha aduora doCrrgo Fradnho, dcada 1920

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    Dcarga da lnha aduora do Crrgo Fradnho, dcada 1920

    Plana da Ilha, 1896

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    Plana d Vra: projo do Novo Arrabald

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    Prmra dada do lo XX Capto d g na abrado Ro D Bo onsro do

    prmro rrvro da aptlomente na geso de Jernimo de Souza Monteiro (1908-1912), o apixaba de Vi-tria, depoi de longa eera, finalmente oneguiram derutar de gua enanada

    em ua aa, vinda da abeeira do Rio Dua Boa, a era de 16 km, no muni-

    pio de Cariaia. O ervio presado pela Diretoria da Viao e Obra Pblia

    esavam ob o omando de Ceiliano Abel de Almeida. Em eu relatrio enviado ao

    governador, em 30 de junho de 1909, Abel de Almeida apreentava inormae o-

    bre o ervio de ua Diretoria, obretudo, o abaseimento de gua.

    Como o Exeutivo esadual riou a Preeitura Muniipal de Vitria, Ceiliano

    Abel de Almeida teve que e devinular do eu argo, j que ora nomeado preeito,

    o primeiro de Vitria, tambm em 1909.

    Com quatro longo mee de ea, o Governo oi obrigado a adotar medida em

    tempo hbil para regularizar o orneimento de gua em domilio, uma vez que o

    pouo haarize atendiam 12 mil peoa.

    hafarzF I M D A E R A D O S

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    Barragm noRo Forma

    Sul, Km 34, haveria poibilidade de e orneer 2.400.000 litro em 24 hora ao re-ervatrio da idade. Na altitude de 171,5 metro, a vazo do rio era de 7 metro -

    bio por egundo. A onfirmao oorreu em dua ae: outubro daquele ano e ja-

    neiro de 1909. Com aquela vazo, evideniou-e que o Brao Sul no tinha on-

    dio de realizar o abaseimento de gua omo tambm de montar a uina eltria.

    A partir de janeiro de 1909, Abel de Almeida, em ompanhia de Auguso Fer-

    reira Ramo e Raul Ribeiro, viitou outro mananiai, omo o Rio Borba, a era de

    8 Km de Viana, numa ota de 150 metro, om vazo ufiiente para abaseer a i-

    dade. Viitaram tambm o Dua Boa. Ese oi eolhido para atender a apital, j

    que abaseia a Vila de Cariaia h 15 ano. Mai: om gua de qualidade uperior

    e ailidade para tranortar material pela Esrada de Ferro Vitria Diamantina e a

    baa da Vitria. Outra vantagem: demandava meno deapropriae e omparado

    ao demai rio. Alm dio, ua perenidade ora onfirmada por inormae de mo-

    radore que viviam no loal, algun h mai de 100 ano.

    no Rio Formate e de outra obra desinada ao aentamento de tubo, no final do -

    ulo XIX. Ceiliano viitou o mananial, em 24 de junho de 1908, obervou a boa qua-

    lidade da gua, porm, duvidou da quantidade. udo e elareeu om a inormae

    do moradore antigo, inluive do proprietrio da rea onde a reprea ora onsruda.Em agoso de 1908, Ceiliano viitou o Brao Sul do Rio Juu e verifiou que,

    na altitude de 102 metro, na proximidade do primeiro tnel da Esrada de Ferro

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    Na j itada menagem ao governador, Ceiliano Abel de Almeida finalizou:

    Enfim, j endo ee rio empregado no abaseimento da Villa de Cariai-

    a, om reultado elndido, devido exellnia de ua gua, e endo

    attesada a ua perennidade por peoa reeitabilima que orneeminormae egura, que remontam h mai de 100 ano, no e pode e-

    perar eno, que o eu aproveitamento traga a Vicoria todo o benefiio

    que osumam offereer populae a gua potvei de ba qualidade.

    O Rio Santa Maria da Vitria oi deartado porque a altitude neeria para

    abaseer Vitria fiava h mai de 50 km de disnia, em menionar a neeida-

    de de grande deapropriae. Seria utilizada a Cahoeira da Fumaa, do Santa Ma-

    ria, para a insalao da uina eltria, ao o Brao Sul do Juu no apreentae, obmuito aeco, maiore onveninia.

    Enfim, o esudo onluram que a insalao da uina eltria eria no Brao

    Sul do Rio Juu e a aptao da gua pelo Rio Dua Boa.

    O ontrato firmado om Auguso Ramo, em 13 de novembro de 1908, oi ho-

    mologado pelo Congreo no dia 16 do memo m. O objetivo eram exeutar a

    aptao no Brao Sul, alimentar o reervatrio om 2.400.000 litro por dia, ou eja,

    27,8 litro por egundo, e manter potnia de 400 avalo eltrio na uina disri-

    buidora. O ervio oram iniiado em 17 de dezembro de 1908.Com o levantamento realizado por Abel de Almeida, a aptao de gua pa-

    ava para a abeeira de Dua Boa, denominada Pau Amarelo, onde o ompri-

    mento da adutora era menor.

    Adtmno d onro h mai d 100 anoDeidiu-e pela aptao no Rio Dua Boa e, omo medida ompenatria pelo

    enurtamento da adutora e pela mudana da aptao, esabeleeu-e um adita-

    mento, em 6 de agoso de 1909, ao ontrato original. O ontratado obrigou-e

    eguinte luula:

    1.Forneer ao reervatrio de disribuio 3.600.000 litro ao inv de 2.400.000 litro.

    2. Abreviar o prazo para o trmino do trabalho.

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    3.Levantar a planta topogrfia e adasral da idade.

    4.Fazer a aptao no Rio Pau Amarelo a era de 3,5 km a montante (ante da bar-

    ragem) da atual reprea e exeutada pelo Munipio de Cariaia.

    5. Forneer 800 avalo eltrio ao inv de 400.6. Empregar lmpada de 50 vela e oo de 800 vela em ubsituio de 32 ve-

    la e oo de 500 na iluminao da idade.

    7. Forneer em dupliata a turbina, a geradora e o tranormador.

    Em virtude dee aditamento, o Esado onederia ao ontratado a utilizao

    por 35 ano de 130 Kilowatt, orreondente ora de 200 avalo eltrio, em

    prejuzo da energia eltria de 800 avalo, e ailitaria em prejuzo de eu intere-

    e a montagem e explorao de bria ou emprea que utilizaem 130 kilowatt.Analiando a ondie ontratuai daquela poa, ee aditivo, e oe reali-

    zado na atual legilao de liitao, difiilmente obteria xito e a primeira aptao

    Rpra para una lrca no Jucu

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    de gua para a apital teria ido no Brao Sul do Rio Juu e no no

    Rio Dua Boa.

    A aptao em Dua Boa, notadamente no Rio Pau Amare-

    lo, fiou a montante da aptao iniial da Vila de Cariaia. Como denvel de 125 metro aproximado entre a aptao e o reerva-

    trio da idade loalizado h 16 quilmetro, o dimetro da aduto-

    ra ora dimenionado em 250 mm de ao. Nea ondio, a adu-

    tora veiularia 4 milhe de litro em 24 hora. Situao dierente

    oi definida para a traveia da baa de Vitria, em direo ao reer-

    vatrio, eita em dua tubulae de 150 mm ada, om luva e ro-

    a de onsruo eeial. J naquela poa, utilizavam ventoa,

    regisro de parada e dearga. A tubulao tinha proteo alti-a, om juta alotroada. A olda do tubo de 250 mm oram eita

    om henulo defibrado (filae). Na traveia area, o pilarete

    eram de alvenaria de pedra. O reervatrio oi dividido em dua -

    mara. O tubo para rede de disribuio eram de 250 mm de ao

    e erro undido para 8, 6, 5 e 4 polegada. Para o dimetro de 3 e

    2 polegada, utilizou-e o erro galvanizado.

    Em 13 de maro de 1909, hegaram da Anturpia no navio ale-

    mo Aunion, 689 tubo de ao, ino barria de aalto, doi ar-do de juta, doi barri de baso de madeira, 18 volume ontendo

    pea de haariz, 25 ao de orda de nhamo, dua aixa de io-

    ladore e 85 pea de aerio para o ervio desinado gua e

    luz eltria. Em 17 de maio, outro vapor alemo, o Maednia, tra-

    zia mai materiai, inluindo ino aixa om humbo para o ervi-

    o de tubulao de gua.

    anto o material para o ervio de gua quanto de luz oram

    tranortado pela Esrada de Ferro Sul e Vitria Diamantina. Con-

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    Navo Auncon: chgada do ubo da aduora dDua Boca para o rvo d gua d Vra, 1909

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    Prmro maraqu chgaramm Vcora pararvo d gua,luz goo,vrro d 1909

    tudo, o tranorte do tubo Mannemann, de 250 mm, om omprimento varian-

    do de 10 a 12 metro, peando de 500 a 600 quilograma, oram onduzido tam-

    bm por arro de boi.

    O tubo adutor era todo Mannemann e tinha quatro treho prinipai:

    1. Da reprea iniial, ou eja, daquela que atendia Cariaia Sede at a atual, projeta-

    da no Rio Dua Boa (Rio Pau Amarelo).

    Chgada doubo da aduorad Dua Boca:prxmo ponda Eradad FrroLopoldna, 1909

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    Prmra capao m Dua Boca para andra Sd d Caracca, final do culo XIX

    Flro d gua no Ro Pau Amarlo para abacmno d Vra, 1909

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    Flro d gua para abacmno d Vra: Ro Pau Amarlo, 1909

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    Ro Pau Amarlo: filro d gua para abacmno da capal, 1909

    Flro dgua paraabacmno dVra: Ro PauAmarlo, 1909

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    Anga caxad gua povfilro no RoPau Amarlo

    Paagm doncanamnod DuaBoca naGroa Grand

    2.Dee ltimo ponto at Guayamun.

    Caxa d gua povfilro no RoPau Amarlo

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    3.raveia do anal (baa de Vitria).

    Prmra aduora para o Rrvaro d Sana Clara, 1909

    Conduo d canalzao para o Rrvaro d Sana Clara, 1909

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    4.reho ituado na ilha de Vitria: do anal at o Reervatrio de Santa Clara.

    Anamno do ncanamno d gua para abacr Vra, 1909

    Ro Dua Boca:rvo danamnodo ncanamnod gua para oabacmnoda capal, 1909

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    Plar d apooda prmraaduora d 250mm d DuaBoca, 1909

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    Rrvaro d Sana Clara an da cobrura, 1909

    Conruo do Rrvaro d Sana Clara:pard dvra da caxa d gua, 1909

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    Caxa d gua d Sana Clara para abacmno d Vra, 1909

    Rrvaro d Sana Clara com a cobrura

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    O ervio de luz, gua e egoto ontratado de Auguto Ferreira Ramo, ini-

    iado em 17 de dezembro de 1908, totalizaram em mdia 623 trabalhadore entre

    maro e julho de 1909. ambm atuaram ei engenheiro, ei auxiliare tnio,

    doi deenhita e oito auxiliare de eritrio.O ervio de luz oram inaugurado em 23 de etembro de 1909. O de gua

    teve at eta no Morro de Santa Clara, loal do reervatrio. Chegava, aim, o fim

    da era do abateimento pelo haarize e da tropa de burro retada para tran-

    portar gua pela rua, viela e ladeira.

    Alm do olgio e repartie pblia, no final do Governo Jernimo Mon-

    teiro, 1.279 aa j eram abateida om gua enanada.

    O nnro da Rrva d D BoNo dia mundial da gua 22 de maro de 2012 omemorou-e o entenrio da

    Reerva de Dua Boa. Vale regitrar tambm que o Governo Jernimo Montei-

    ro, para proteger a aptao e garantir a qualidade e quantidade da gua que h tr

    ano j atendia Vitria, tomou providnia para deapropriar a terra da Reerva

    Biolgia (Rebio).

    Foi neeria a retirada de moradore que viviam margen da atual barra-gem maior que abatee, atualmente, em torno de 45 mil moradore de Cariaia

    Sede e bairro adjaente. Caminhando 3,5 mil metro at uma antiga barragem

    ontruda em 1918 povel verifiar vetgio de ontrue no meio da

    mata. Uma rea om plantae de jaqueira demontram que, no paado, hou-

    ve moradore no loal.

    Runa plana d jaqura na Rrva

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    Runa da undao d uma conruo dnroda Rrva Bolgca d Dua Boca, 2012

    Rrva Bolgca d Dua Boca: runa d um quungo, 2012

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    Um do anqu auxlar do prmro ma d goo d Vra

    Egotmno anroA onluo do ervio de egoto oorreu em 29 de janeiro de 1911. Conitia de

    tubo de manilha, doi poo om etae elevatria de 30 avalo de ora ada,que bombeavam para o Forte de So Joo, ento, rea ditante da idade. Um io

    oloado em ponto apropriado dearregava o egoto diretamente no mar, em ao

    de alha no bombeamento. Vale um omentrio: omo naquela poa no exitiam

    lei ambientai, no havia punio para rime ontra a natureza.

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    Dada d 10 Um projeo d ga paraVla Vlha: o rrvro do CradnhoHavia um porm. Vila Velha preiava ampliar eu abateimento de gua. Por io, o

    ento diretor de Agriultura, erra e Obra do Etado, Antnio Franio de Atha-

    de, em 30 de julho de 1910, enaminhou projeto para Jernimo Monteiro, propon-

    do: A gua de Vila Velha er reebida na linha adutora aima do tio Guaymum,

    paando em Porto Velho e Porto de Argola e da pela linha de bonde at aque-

    la idade que propera. A propota oi aeita. Em menagem Aembleia Legi-

    lativa, de 23 de etembro do memo ano, Jernimo Monteiro inormou: omei a

    deliberao de azer a analizao dgua para a Vila do Eprito Santo pelo Conti-

    nente e diretamente do enanamento geral para aquele loal, ervindo na paagem

    o povoado de Argola e Porto Velho.

    Aim, oi ontrudo o reervatrio de gua para a Sede da idade no Mor-

    ro do Ceradinho.

    Rgo da caxa d gua do rcadnho, la lha

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    axa d gua do rcadnho, la lha

    aldad da ga do Ro D BoForam analiada tanto a gua de Dua Boa omo a do Juu, oniderada de boa

    qualidade pelo metre Daniel Henninger, da Eola Politnia do Rio de Janeiro. A

    anlie oi eita por Teodor Pekolt e Gutavo Pekolt. A gua de Dua Boa apre-

    entou-e lmpida, tranparente, inolor, em heiro e de abor agradvel.

    O exame ientfio no detetou vegetai miropio (Dermdea, Leptorni-

    te, Saprophita ou outra, muito meno alga brana) nem batria. Revelou-e,

    ainda, que a porentagem do elemento da gua de Dua Boa era de gua potvel,

    egundo o Congreo Internaional de Bruxela e de aordo om a tabela do Labo-

    ratrio Muniipal de Pari.

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    1918: ano rgirado na pard lral da barragm no o au marlo

    Dada d 20 O Esado arrndao rvo d ga goo a mampra prvada dpoi o reoma1922 O

    Com a rie finaneira que o Etado enrentava, obretudo, pela queda do preo do

    a, no ano 1920, todo o ervio pblio fiaram prejudiado, inluindo o

    abateimento de gua. Em 1922, o Etado arrendou ervio eeniai, omo gua,

    egoto, energia, bonde e teleone. O que oorreu? A emprea no oneguiu ampliar

    o itema e a populao e impaientava om a ituao, obrigando o Etado a re-

    tomar a reponabilidade do ervio de gua e egoto.

    O engenheiro Florentino Avido, que governou o Etado de 1924 a 1928, em um

    do eu relatrio, regitrou: A longa rie que advieram, ap a adminitrao

    de 1908 a 1912, no permitiram a ontruo de obra neeria para o deenvolvi-

    mento de noa apital e nem, ao meno, a onervao do grande ervio de aba-

    teimento de gua, egoto, eletriidade e viao urbana.

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    1925 A

    Em uno dee etanamento, em 1925, o Governo voltou a retomar a repona-

    bilidade pelo ervio de gua e egoto. Para io, riou a Diretoria de gua e Ego-

    to ubordinada Seretaria de Viao e Obra Pblia. Contruiu dua nova bar-ragen no rio Bubu e Panela, alm de melhoria na adutora, elevando ua apai-

    dade de produo. Outra adutora oi ontruda para levar mai gua ao Reervat-

    rio de Santa Clara. Era de ao Manemann tambm om dimetro de 250 milme-

    tro (10 polegada), om ubtrao de tr quilmetro. Mai dua traveia ubma-

    rina paaram a er realidade. Com io, a apaidade quae tripliou: de 3 mil para

    8 mil metro bio dirio de gua para o moradore de Vitria.

    duora do o anl ranortda por carro d boi

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    agm da rd aduora do o anl m tngu

    ontgm da rd aduora do o anl na rgo duayamum para rava ubmarna na baa d ra

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    ntmno da rd aduora do o anl no undo da baa d ra

    duora do o anl: rava ubmarnanr a lha do rncp o connn

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    onsruo da rd aduora do o anl

    ubo socadona lha dorncp pararava nabaa d ra

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    Dada d 30 Esdo projeoda barragm d D Boda nova adora do gndorrvro da aptlAno: 1930. O abateimento ontemplava Vitria e algun ditrito de Vila Velha e

    Cariaia, omo j menionado. O pa paava por tranormae om a rie que

    ulminou na Revoluo de 30, na era Varga. No Eprito Santo, em 22 de novembro

    de 1930, o apito Joo Punaro Bley ora nomeado interventor ederal. E o abate-

    imento de gua e egotamento anitrio ontinuava endo adminitrado pela Dire-

    toria de gua e Egoto da Seretaria de Agriultura, erra e Obra.

    uatro ano depoi, em 1934, a populao beirava 48 mil habitante e a vazo

    mdia de gua ditribuda era de 67 litro por egundo, om volume de 5.780 me-

    tro bio por dia. Grande parte da tubulae etava em etado prerio e, omo

    onequnia, a perda do preioo lquido eram elevada. Se ompararmo a vazo

    ditribuda de 1910, de 46 litro por egundo que orrepondia a 4 mil metro bi-

    o por dia, om o inio do ano 30, a nova vazo de 67 litro por egundo aumen-

    tou muito pouo, j que houve reimento populaional e ampliao do atendimen-to para mai ditrito de outro munipio. Pior: o abateimento tornou-e inufi-

    iente e a populao gritava por alta de gua.

    No deu outra: mai uma vez, o Governo do Etado oliitou que a Direto-

    ria de gua e Egoto realizae etudo e projeto para atender a demanda nee-

    ria. Foi, ento, que o engenheiro Renato Leal, olega de turma do eretrio de

    Agriultura, erra e Obra, Auguto Seabra Moniz, entrou em ao. uem o-

    mandava a Diretoria de gua e Egoto era o engenheiro Jo Alve Braga.

    O etudo onluram que havia neeidade de aptao da gua do Ribei-ro Dua Boa, ap a onflunia do rrego Panela e Pau Amarelo, e a ontru-

    o de uma grande barragem de aumulao. A vazo de regularizao da barragem

    oi etimada em 444 litro por egundo.

    Prevendo uma demanda maior para o uturo, om projeo para 1966, etudou-

    e outro mananial, o Mangara, afluente do Rio Santa Maria da Vitria. O Manga-

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    ra pertene ub-baia vizinha de Dua Boa. Foram realizado o levantamento

    topogrfio e medie de vazo que apontaram 1.200 litro por egundo em poa

    de etiagem, em 1935. Venendo o divior de gua do Mangara para Dua Boa, a

    gua eria ditribuda por gravidade por uma egunda adutora de 20 polegada (500mm), emelhante primeira. Era o que altava.

    O projeto definitivo previa a deapropriao do retante da rea da baia, a on-

    truo de uma barragem de terra om 17 metro de altura, 200 metro de exteno,

    dua adutora de 500 mm ada e um reervatrio de 4 mil metro bio.

    Para a exeuo do ervio, em 1935, ontituiu-e a Comio de Obra para o

    Reoro do Abateimento de gua de Vitria (Coraav) ligada Diretoria de gua e

    Egoto. A primeira etapa do projeto teve inaugurao em 27 de dezembro de 1936,

    om uma adutora de 20 polegada (500 mm) de traado mai urto. O egundo Re-ervatrio de Santa Clara, om 4 mil metro bio, fiaria aentado na ota de 57

    metro em rea mai elevada que o primeiro reervatrio de 1909. A programao

    de obra previa, na equnia, a ontruo da grande barragem de Dua Boa, que

    omente oi onluda 15 ano depoi, ito , em 1951.

    O traado mai urto da adutora de 20 polegada (500 mm) pode er obervado no

    prprio projeto, poi eu traado era mai retilneo, pareendo uma tangente. O outro tra-

    jeto da adutora de 10 polegada (250 mm) era mai longo, em urva, ormando um S.

    rvro upror d ant lara

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    lant do projeo da aduorad u oc, 1936

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    Em 2009, a Cean onluiu a ubtituio de todo o treho da adutora de 500

    mm na atual rea de influnia que diminuiu, etando agora retrita da barragem

    at a regio de Cariaia Sede e bairro adjaente.

    duora d u oc ubsuda m 2009

    Na equnia, etava previta a ontruo da barragem e, em 1951, a egun-

    da adutora de 500 mm. Na projeo para 1966, previa-e a tranpoio da baia do

    Mangara para Dua Boa. A barragem oi onluda em 1951. A demai previe

    no e onretizaram.

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    Dada d 40 Tranfrnado rvo d ga goo

    para a Prfra d VraPor meio do Dereto 11.012, de 18 de dezembro de 1939, o Governo do Etado

    traneriu para a Preeitura de Vitria o ervio de gua e egoto. O Exeutivo mu-

    niipal paou a geri-lo omente a partir de 1 de janeiro de 1940. Ante dio, a ad-

    minitrao etava ob o omando, omo j menionado, do extinto Departamento

    Geral de Agriultura do Governo etadual.

    Da orma omo oi eita, a tranernia no permitia podere obre o ben ad-

    minitrado. Em 16 de dezembro de 1946, o Etado ainou a doao ondiional Preeitura do ervio de gua e egoto, reervando para i o direito de promover

    a revero integral do patrimnio etadual, ma em o direito de indenizar o errio

    muniipal, e ea atitude oe onveniente.

    Durante a adminitrao muniipal do ervio de gua, o preeito e engenhei-

    ro Henrique de Novae (22 de janeiro a 12 de novembro de 1945) iniiou a ontru-

    o da barragem de Dua Boa, ujo volume girava

    em torno de 140 mil metro bio.

    O engenheiro Henrique de Novae naeu, em1884, em Cahoeiro de Itapemirim. Formou-e em

    engenharia pela Eola Politnia do Rio de Janei-

    ro, em 1903. rabalhou na Diretoria de Obra do

    Etado, na Uina Paineira, no ervio pblio da

    Preeitura de Vitria, alm de ter atuado omo enge-

    nheiro e urbanita. Foi preeito de Vitria dua ve-

    ze, endo a primeira de 24 de maio de 1916 a 5 de

    janeiro de 1920. Durante eu ltimo mandato, de 22

    de janeiro a 12 de novembro de 1945, deixou a Pre-

    eitura para oupar o argo de enador da Repblia.

    ngnhro nrqu d ova

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    lant do projeo da undao rragm da omada d gua d u oc

    arragm d u oc an do nchmno, 1951

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    ulpa (omada d gua sravazor) da barragm d u oc

    onumnod nauguraoda barragmd uoc, 1951

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    96P I

    Com a ontruo da barragem de Dua Boa, alguma da menore e primiti-

    va barragen fiaram ubmera. Curioamente na dada de 1980, om o rebaixa-

    mento em nvel rtio da gua oorrido em poa de etiagem oi povel ver uma

    da barragen do Rio Pau Amarelo. A oto, a eguir, motra eta barragem que emondie normai fia ubmera.

    arragm ubmra no o au marlo quaparcu m poca d grand sagm, 1986

    Atendendo ao Dereto 5.929, de 23 de evereiro de 1935, oi previta uma inta-

    lao ompleta para lorao da gua de Dua Boa. Outro ato ignifiativo que

    a adutora de 500 mm oi totalmente ubtituda por outra de dimetro de 400 mm no

    treho da barragem at a imediae de Cariaia Sede. A onluo aonteeu em

    2009. rea de influnia de abateimento de Dua Boa que anteriormente ia at

    Vitria, om a expano urbana, hoje atende a Sede de Cariaia e bairro adjaente.

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    98P I

    onsruo da sao d ramno d gua d ob

    Parte da rea onde oi ontruda a EA no lugar denominado Cobi, antigo

    Paul do Boque, oi adquirida deVerino Cau e Domingo Cau, herdeiro do

    italiano Giueppe Andrea Cauz. A rea deapropriada do Cau era de 5.014,00

    metro quadrado.A rea omplementar, de 5.347,70 e 2.028,80 metro quadra-

    do, oi adquirida repetivamente de Otalio Coer e da viva, Maria Lyra Sarmen-

    to, e filho. A rea oi deapropriada por utilidade pblia, na onormidade do De-

    reto 3.125, publiado no Dirio Ofiial de 14 de julho de 1957. Conta na eri-

    tura de deapropriao, de 19 de julho de 1957, o valor e a rea do terreno adquiri-do pelo Etado de Verino Cau e Domingo Cau:

    [...] pelo valor de CR$ 501.400,00 (quinhento e um mil e quatroento

    ruzeiro), ujo pagamento er eito da orma eguinte: CR$ 101.400,00

    reebida no ato e da qual o outorgante do ao outorgado plena e geral

    quitao e, o resante, CR$ 400.000,00 em 4 nota promiria emi-

    tida nesa data pela Contadoria Geral do Esado em avor do memo

    outorgante, om venimento para 15 de agoso de 1957, 14 de etem-

    bro de 1957, 14 de outubro de 1957 e 13 de novembro de 1957. Cara-

    tersia do imvel: metade de um terreno prprio, ito em Coby, an-

    tigo Paul do Boque, Munipio do Erito Santo, terreno repreenta-

    do por uma aixa, medindo 5.014,14 m (ino mil e quatorze metro

    quadrado) e que e limita ao ul om terreno de ngelo Cau e a le-

    te om Otalio Coer.

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    lant do projeo d daproprao da ra da TA d ob

    Dvao do dipovo d qbra-proda Ladra Grand m D BoO antigo morador e proprietrio de terra em Dua Boa, Jurandir Coutinho Ribeiro,

    onfirmou que uma tubulao de manilha de onreto armado vinda da aptao de

    Dua Boa eguia at um dipoitivo de gua ituado na Ladeira Grande, paava na

    propriedade do eu pai, que atualmente ua. A rea vizinha barragem. A entrevita

    no oi onedida em 8 de evereiro de 2012.

    O dipoitivo ituado na Ladeira Grande tinha a uno de quebrar a preo da

    gua vinda de Dua Boa, uma vez que a pree no ponto baixo da adutora eriam

    muito elevada. A gua era tranportada da tomada de Dua Boa at o dipoitivo

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    de quebra-preo na Ladeira Grande por uma tubulao de manilha de onreto

    armado, om era de 1.400 metro de omprimento. A gua deia pelo dipoitivo

    de quebra-preo e era reolhida, no final do eu trajeto, por uma aixa de onde a gua

    eguia para a adutora de 500 mm e 250 mm. Com a deativao do quebra-preo, oiontruda uma rede adutora de dimetro de 600 mm, em erro undido, para interligar

    diretamente a rede de 500 e 250 mm, ituada no final da Ladeira Grande. A inor-

    mao de Antnio Bea, apoentado da Cean e operador da adutora de Dua Boa

    dede 1959, poa do antigo DAE. A entrevita oi realizada em 10 de abril de 2012.

    Com a ontruo da EA de Cobi na ota de 68 metro, ou eja, aima do

    Reervatrio de Santa Clara, preiava-e aumentar a preo na rede de 500 mm

    que oi etendida at a EA. Para io, e ez neerio deativar o dipoitivo de

    quebra-preo na Ladeira Grande e azer a tomada diretamente na barragem deDua Boa. Eta deativao oi realizada na poa da tranio do itema de gua

    da Preeitura de Vitria para o DAE.

    No relatrio de 1965, o engenheiro Jo Auguto Netto Souto, ento diretor

    ipovo d qubra-pro na adra rand acrca d 1,4 km abaxo da barragm d u oc

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    anlha d concreo armadod 600 mm qu ranortvagua d u oc o dipovo d qubra-pro na adra rand

    rava para apoo da manlhad 600 mm qu ranortvagua d u oc o dipovo d qubra-pro na adra rand

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    azamno na aduora d u occorrgdo com trugo d madra

    Rvro ranfrna do rvoVitria, Palio Anhieta, 3 de maio de 1958. A data ela outro divior de gua. O

    que oorreu? O Servio de gua e Egoto da Preeitura de Vitria retorna autarquia

    etadual omo Departamento de gua e Egoto (DAE), pela lei n 1.374, anionada

    pelo governador Franio Laerda de Aguiar, em 30 de dezembro de 1957.

    O ato olene ontou om a preena do tabelio do Cartrio do 4 Oio de

    Nota, Wlademiro da Silva Santo; Franio Laerda de Aguiar, repreentando o

    Governo do Etado; Mrio Gurgel, repreentante da Preeitura Muniipal de Vitria;

    e Jona Hortlio da Silva Filho, deignado pelo Departamento de gua e Egoto, e

    da dua tetemunha, Alberto de Oliveira e Setembrino Peliari, para a olenidade

    da revero e tranernia do ervio pblio de gua e de egoto para o Etado.

    ambm ainaram o doumento Rmulo Finamore, Kleber J. C. Guimare e Ruben

    Rangel. Foi publiado na Seretaria do Interior e Jutia do Etado do Eprito Santo

    pelo diretor da Divio de Interior e Jutia, Milton Caldeira.

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    Crao do Dpartmno d ga Egoo (DAE)Por que ee ervio to eenial retornou geto do Exeutivo etadual? Simple:

    houve o demembramento do munipio de Vila Velha e Cariaia, porm, naprtia, ele dependiam da Preeitura de Vitria, erindo aim ua autonomia.

    Alm dio, a pea prinipai do itema etavam ituada na idade demem-

    brada. Sentindo de perto a gravidade do problema e perebendo que a Preeitura

    de Vitria no tinha ondie de arar om tamanha reponabilidade, o Governo

    do Etado deidiu retomar o ervio. Para io, riou o Departamento de gua

    e Egoto (DAE).

    O trabalho da Comio de Reepo do Servio, riada pelo Governo

    do Etado, e todo o demai ato iniiai do DAE aabaram prejudiado pelareao do reponvei pela muniipalidade da apital, que arreadava a taxa que

    obrava pela explorao do ervio, embora no apliae no melhoramento do

    ervio. Mai: a Preeitura de Vitria no arava totalmente om o peado nu

    do tratamento da gua realizado om a ooperao e a adminitrao do Exeutivo

    etadual, j que a Etao de ratamento de Cobi era gerida pelo Departamento

    Etadual de Sade.

    Para riar o DAE, o

    Governo epelhou-e noexemplo de outro grande

    Etado, omo So Paulo,

    Rio Grande do Sul, Bahia,

    Pernambuo e Rio de Janeiro.

    Foi nomeado omo primeiro

    diretor o engenheiro Jona

    Hortlio da Silva Filho, que

    permaneeu no argo de mar-

    o de 1958 a maro de 1964.

    Na equnia aumiram o

    interventor apito Riar-

    do Gianordolli (de maro

    a etembro de 1964); Jo

    Jon orlo da lva lho,prmro dreor do AE

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    Auguto Netto Souto (de outubro de 1964 a dezembro de 1965) e, por ltimo,

    Gladtone Hoffmann (de janeiro de 1966 a dezembro de 1967).

    A lei que riou o DAE permitiu a nomeao, em arter eetivo, de 14 unio-

    nrio, do quai 11 j eram antigo ervidore do Etado; tr oram traneridoda Preeitura de Vitria (por ora da lei de riao do Departamento) e outro 51

    puderam er admitido. O operrio, no final do ano, totalizavam 194 ervidore.

    Pouo depoi, riou-e o Conelho Etadual de gua e Egoto (CAE), em 9

    de abril de 1958, que teve omo primeiro preidente e diretor o anitarita do DAE,

    Jona Hortlio da Silva Filho. O demai membro oram: Elmo Luiz Campo Dall

    Orto, Amrio de Oliveira, Jo Reboua, Irineu Rodrigue, Critiano Ferreira Fra-

    ga, Olegrio Ramalhete. A Reoluo n 6, de 13 de etembro de 1958, etabeleeu

    que a juridio do DAE oe etendida a todo o Etado e aquele itema de guae egoto ontrudo pelo Exeutivo etadual que no etiveem tranerido ao

    munipio, paariam a er patrimnio do DAE.

    oa aduora d 500 mm: rcho oma a ob d 2.600 mero

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    O antigo treho de 20 polegada (500 mm), ontrudo em 1936, ontinuava

    ainda omo nia rede alimentadora para abateimento de Vitria, ma era total-

    mente inufiiente em virtude do permanente reimento da demanda.

    1958 O prmro ano d ao do DAEA importncia da Etao de ratamento de gua de Cobi

    A problemtia da gua no e retringia ao territrio apixaba. Era uma queto

    naional. O prprio preidente da Repblia, Getlio Varga, em 1952, riou uma

    omio ontituda por tnio de alto nvel para etudar a ituao da populae

    da idade do interior e oluionar o problema de abateimento de gua.A onlue do relatrio tnio evideniaram a enermidade ligada alta

    do ervio de gua e egoto:

    A vida da peoa que ontraem enermidade de origem hdria , em

    mdia, vinte e ino ano mai urta que a do reso da populao; alm

    da morte prematura e da reduo da apaidade de trabalho, a mol-

    tia intesinai obrigam o doente a longo perodo de inatividade, ae-

    tando, dea orma eu potenial de produo, repreentando perda eo-

    nmia direta onidervei, quai devem er adiionada a dee-

    a om aisnia mdia, armautia e hoitalar; esatsia ela-

    borada, pelo Minisrio da Eduao e Sade revelam que uperior

    a 90% a inidnia de molsia intesinai na idade derovida do

    ervio de gua; o onronto da taxa de mortalidade, ante e depoi da

    realizao de tai ervio, no deixam a menor dvida obre o que ele

    repreentam em vida poupada; neerio tambm notar que o u-

    to da gua de m qualidade onumida na maioria da idade brailei-

    ra repreentam, egundo esimativa do Se, no mnimo, ino veze

    mai do que eria deendido om a utilizao da g ua de um isema de

    abaseimento pblio.

    uem onfirmou a onlue do relatrio da Comio oi o pediatra Jolindo

    Martin, mdio do Departamento Naional da Criana, om atuao em Vitria.

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    Do 38 munipio reeneado, omente 11 pouam ervio de gua em ua ede.

    De 950.856 habitante do Etado, apena 13% da populao reebiam gua no poluda.

    Apear de a ae iniiai de 1958 e retringirem ao munipio de Vitria,

    Vila Velha e Cariaia, o trabalho j realizado permitiram ganho de experin-ia e demontraram que a oluo mai aertada eria a entralizao num rgo

    autrquio omo o DAE.

    Logo no inio da ua atividade, o DAE reebeu C$ 1.500.000,00 para a de-

    pea de organizao e intalao. Porm, o valor no oi ufiiente nem para umprir

    uao doabcmnod gua noro anom 1957

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    o mnimo de ua uno. O etado prerio do ervio e a deorganizao tnia

    e adminitrativa exigiram muito empenho do novo rgo que utilizou omente a

    arreadao diria de taxa que, por ua vez, era defiitria para a realizao de obra.

    O nmero de ligae landetina era inalulvel.Enfim, veio o repreamento do Crrego Dua Boa, om a premia da alta

    purifiao da gua armazenada. Para tanto, o Governo do Etado e a Pre-

    eitura de Vitria deapropriaram a terra om a repetiva beneitoria da

    baia hidrogrfia para dealojar o proprietrio e o olono. udo para evitar

    a ontaminao da gua. Aontee que o proprietrio oram indenizado, ma

    a Preeitura no provideniou a retirada do moradore e deixou que outro l e

    etabeleeem. Com io, demontrou-e por exame do Departamento Etadu-

    al de Sade que a gua ervida populae de Vitria e irunvizinhanaetavam endo ontaminada.

    O DAE, ao reeber o ervio de volta da Preeitura, enontrou 23 amlia de o-

    lono reidindo em terra da baia deapropriada, explorando o aezai omo meeiro

    da muniipalidade. A ontaminao oi equaionada om a ontruo da EA de Cobi.

    A barragem de Dua Boa, memo ap a ua reontruo, tornou a ruir, no

    uportando o armazenamento pleno.

    uanto ao Rio Marinho, a vazo do mananial era mai do que ufiiente para

    atender a demanda, que apreentava problema de penetrao da gua do mar. Oitema, em 1958, ompreendia uma etao elevatria om 4 onjunto motobom-

    ba que bombeavam at 36 milhe de litro por dia; uma uina dieel-eltria om

    doi geradore, om apaidade total de 720 HP; e um anal adutor om omporta

    automtia ontruda pelo DNOS.

    A adutora de Dua Boa, de 250 mm (10 polegada) e 500 mm (20 polega-

    da), veiulavam no mximo 250 litro por egundo. A rede de 250 mm, em 1958, j

    tinha quae 50 ano e etava em pimo etado de onervao. ranportava apena

    aproximado 20 litro por egundo. Com o abateimento a ontento eito pelo Rio

    Marinho, ea adutora oi deativada. A outra de 500 mm paou, ento, a veiular o

    mximo de 230 litro por egundo.

    A neeria obra de ligao da Ladeira Grande para retirar o quebra-preo,

    aumentou em era de 45% a apaidade de tranporte em meado de 1957. A reali-

    zao oi da Preeitura de Vitria, om reuro do Governo do Etado.

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    A traveia da adutora de Dua Boa ob a linha rrea e no ptio da CVRD

    apreentavam ontante problema de aidente e vazamento. A adutora de 32 pole-

    gada de dimetro, que ligava o itema Marinho Etao de Cobi, etava onetada

    de Dua Boa no inio da ubida, ormando, dea orma, uma adutora.A Etao de ratamento de Cobi unionava ininterruptamente dede agoto

    de 1957, aduzindo para a rede um volume mdio dirio de 22 milhe de litro. Sua

    ontruo era de aratertia moderna e da melhore at ento ontruda para tratar

    doi tipo de gua dierente do rio Dua Boa e Marinho. A prinipal inovao oi

    o deantador menio, eolhido pela poua rea de ota ufiiente e o ueo que

    onquitou em outro pae om piore ondie de mo de obra. O Eprito Santo oi

    pioneiro nea tenologia. O 14 mee de operao onfirmaram o aerto da eolha.

    O etor de ditribuio era batante prerio e o prinipal problema do ite-ma. A rede tranerida ao DAE, em ua quae totalidade, ainda eram a mema

    dede a implantao do itema em 1909. O dimetro permaneiam inufiiente

    e obtrudo. A expano realizada pela Preeitura, de pequena monta, utilizou erro

    galvanizado que apreentava problema de inrutae, alm de rede de meia pole-

    gada. A prolierao de loteamento gerou entrave de toda ordem.

    Do reervatrio tranerido ao DAE, apena o de Santa Clara etavam em bom

    etado de onervao, porm, om volume inufiiente. O de Vila Velha, alm do

    pouo volume, etava mal loalizado. O demai j etavam abandonado h muitotempo, em runa e em terreno invadido.

    A rede de egoto exitente, em Vitria, eram a mema da poa de Jernimo

    Monteiro, indo de Caratora at o Forte So Joo. Nada oi ontrudo at o DAE

    aumir o itema. Ainda oram retirada a elevatria de So Miguel e da Rua do

    Comrio. Para piorar, a rede de egoto oram miturada de drenagem pluvial,

    trazendo trantorno de obtruo, tranbordamento e mau heiro na idade.

    A ralza no prmro ano do DAEO atendimento oi etabeleido omo prioridade iniial, j que exigia mai urgnia

    normalizao do ervio e realizao de obra inadivei para minorar o problema,

    orma de evitar a repetio da ituao quae atatrfia da alta de gua de 1952 a 1954.

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    De abril a dezembro de 1958, dentre o prinipai ervio, o DAE realizou:

    ~ Revero do ervio da Preeitura para o Departamento.

    ~ Nova tomada om aumento de preo e vazo da eguinte rede: Cariaia;Itanhenga; Itangu; Porto de Cariaia; abajara; Santana; Hopital Adauto

    Botelho; Porto Novo; Itaib; Sotema; Jardim Amria; Itaquari; e Porto Velho.

    ~ Exeuo de vrio reparo na adutora de Dua Boa e reorma da rede degua de Porto Novo.

    ~ Contruo de tr reervatrio de emergnia na loalidade de Goiabei-ra, Morro do Bonim e Alagoano.

    ~ Deobtruo da rede de gua do eguinte logradouro: em Vila Velha,rua Araribia, P. Lima, 15 de Novembro, Antnio Atade, Vao Coutinho,

    23 de Maio, Pedro Palio, Praa da Bandeira e Henrique Mooo. E, em

    Vitria, em divera rua em Santo Antnio, Praia Comprida e Praia do Su.

    ~ Contruo de 14 rede de egoto na rua Baro de Monjardim; Uru-guai; Bernardino Monteiro; Jo de Anhieta; Praa Cota Pereira; Vin-

    tm; Cleto Nune; 23 de Maio; General Orio; Parque Mooo; Quin-

    tino Boaiva; Baro de Mau; Pinto Homem de Azevedo; e SoldadoApolinrio do Rei.

    ~ Exeuo de 609 ligae de gua, 58 nova ligae de egoto, 87 mudan-a de derivao, ubtituio de 27 tubo de derivao e 3.169 atendimen-

    to de relamao.

    ~ Reuperao de 11 mil metro de rede da antiga adutora de Dua Boa,ontando de limpeza, oldagen e proteo altia.

    ~ Contruo de 2.600 metro da ubadutora de 10 polegada para Vila Ve-lha e Praia da Cota.

    ~ Contruo de 5.120 metro de rede de 10 polegada para a Zona Norte,totalizando 7.144 metro, aliviando a antiga rede de 10 polegada da Praia

    de Santa Helena que ervia 1.500 amlia.

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    duora da raad ant lnad 8 polgad

    Foram elaborado tambm an-

    teprojeto de ontruo de grande

    reervatrio e ubadutora tanto para

    Vitria quanto para Vila Velha e Ca-

    riaia. O objetivo eram normalizar

    o ervio e preparar a idade para oreimento demogrfio e o urto in-

    dutrial que e prenuniava, om a in-

    talao de indtria, omo a Cia Ferro

    e Ao, de Vitria, Braprola, Siderr-

    gia de Vitria, bria de papel et.

    No oi povel elaborar um

    projeto de egotamento anitrio

    para orrigir a grande defiinia pelo

    uto do invetimento que a autar-

    quia no tinha ondie de arar.

    ambm eria neerio um etudo

    do omportamento da orrente ma-

    rinha da baa de Vitria.

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    mai doi deantadore e mai oito filtro; ontruo de reervatrio em Vila Velha,

    Paul, Cobilndia, Jardim Amria, Santo Antnio e Praia Comprida; ampliao

    do reervatrio inerior de Santa Clara aentado na ota de 45 metro; reorma

    da rede de ditribuio da Zona Norte, Centro, Vila Velha, Atade, Glria, Paul eJardim Amria; ontruo de nova barragem em onreto ilpio no mananial

    de Dua Boa a juante da barragem exitente; ontruo de uma nova adutora de

    800 mm em erro undido, ligando a nova barragem de Dua Boa EA de Cobi.

    Sobre Dua Boa, inormao importante oi eita pelo engenheiro Elmo Luiz

    Campo Dall Orto, primeiro ex-onelheiro do DAE e ex-diretor do DNOS:

    Em 1960, oorreu uma grande e exepional enhente no m de mar-

    o, oaio em que o nvel da barragem de Dua Boa esava ubindo

    rpido e ausadoramente. Numa atitude orajoa, o engenheiro Jona

    Hortlio, ento diretor do DAE, autorizou a exeuo da abertura emer-

    genial de um grande oriio (burao) na parte lateral da tulipa e mai

    abaixo do vertedouro para que a gua extravaae em uma ota abaixo

    do vertedouro (angradouro), poi a dearga de undo no oneguia

    egotar a vazo afluente e a ubida do nvel da gua na barragem amea-

    ava o rompimento da mema. A abertura oi eita om exploivo (di-

    namite) oloado na parede da tulipa voltada para o reervatrio. Para

    azer ee trabalho, esavam preente Jona Hortlio, Elmo Luiz Cam-

    po Dall Orto, e um tnio do Exrito, eeialisa em dinamite. Ne-

    e enorme rombo eito na parede, a gua paou a verter.

    O engenheiro Helder Faria Varejo, ex-empregado e ex-diretor tnio da Cean, relatou:

    Em 1969, por oaio de uma grande enhente, esava oorrendo o rom-

    pimento da barragem prximo ao entro da mema. Naquela oaio,

    ontou om a ajuda do DER, por meio do Sr. Jo Carlo Pereira Neto,

    que auxiliou na intervene de emergnia om a utilizao de m-

    quina para ehar a abertura que ameaava romper a barragem. Foram

    lanado alm de terra, bagao de ana, bananeira, vegetao, enfim,

    tudo que era povel. Poseriormente, o engenheiro Benedito Andra-

    de aumentou a abertura do burao para da