dani karavan

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Dani Karavan: a memória do espaço Guilherme Vendramini Cuoghi Sobre o artista: Nascido em Tel Aviv em 1930, é filho de Abraham, arquiteto paisagista, e Zehava Karavan. Começou sua carreira artística pintando, aos 14 anos, em Tel Aviv e Jerusalem. De 1956 a 1957 estudou arte em Florença, na Academia Delle Arti e também em Paris. Nos anos 60 desenhou cenários para teatro, dança e ópera. Ao mesmo tempo, cria monumentos esculturais para lugares específicos (site especific) em Israel. Em 1976 chegou a representar Israel na Bienal de Veneza. Desde então vem criando, ao redor do mundo, esculturas de monumentos e memoriais que se relacionam ao ambiente em que se instalam. Já expôs em diversos e aclamados museus e recebeu vários prêmios internacionais. Introdução: Dani Karavan é um importante artista contemporâneo que se enquadra nas propostas dos artistas da Land Art por relacionar suas obras ao meio ambiente e desvincular a obra de arte do espaço da galeria, onde a compreensão da obra se pauta no corpo humano e na experimentação do espaço. Neste contexto Karavan se diferencia pela forma em que aborda os temas em suas obras, numa mistura entre a percepção e valores históricos e simbólicos do lugar. Dani Karavan: a memória do espaço Dentro dos grandes nomes dos artistas da Land Art e da arte contemporânea mundial, encontra-se o do artista israelita Dani Karavan, responsável por muitas obras emblemáticas, especialmente as ligadas a monumentos e memoriais de locais específicos (site especific). Desta forma, cabe a este trabalho, analisar alguns destes trabalhos e refletir sobre os meios com os quais o artista trabalha na busca do conceito da memória nos espaços propostos de seus memoriais e monumentos. Para isso foca-se o olhar sob as características poéticas relacionadas tanto à linguagem dos materiais e do espaço quanto na relação da escolha do local e da percepção espacial e os valores a que evocam. Para Rosalind E. Krauss, a Land Art é responsável por um novo sentido à escultura, pois esta não é nem arquitetura nem paisagem, além de possuir significado externo à obra em si. Para compreender uma obra é necessário adentrar-se nela, experimentá-la, pois está relacionada ao corpo e à percepção deste no espaço. No caso das obras de Karavan, não é diferente, situando-se no meio termo entre arte, paisagem e arquitetura. Relaciona os aspectos do lugar com os espaços propostos construídos, na busca de sensações e

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  • Dani Karavan: a memria do espao

    Guilherme Vendramini Cuoghi

    Sobre o artista:

    Nascido em Tel Aviv em 1930, filho de Abraham, arquiteto paisagista, e

    Zehava Karavan. Comeou sua carreira artstica pintando, aos 14 anos, em Tel

    Aviv e Jerusalem. De 1956 a 1957 estudou arte em Florena, na Academia

    Delle Arti e tambm em Paris. Nos anos 60 desenhou cenrios para teatro,

    dana e pera. Ao mesmo tempo, cria monumentos esculturais para lugares

    especficos (site especific) em Israel. Em 1976 chegou a representar Israel na

    Bienal de Veneza. Desde ento vem criando, ao redor do mundo, esculturas de

    monumentos e memoriais que se relacionam ao ambiente em que se instalam.

    J exps em diversos e aclamados museus e recebeu vrios prmios

    internacionais.

    Introduo:

    Dani Karavan um importante artista contemporneo que se enquadra nas

    propostas dos artistas da Land Art por relacionar suas obras ao meio

    ambiente e desvincular a obra de arte do espao da galeria, onde a

    compreenso da obra se pauta no corpo humano e na experimentao do

    espao. Neste contexto Karavan se diferencia pela forma em que aborda os

    temas em suas obras, numa mistura entre a percepo e valores histricos e

    simblicos do lugar.

    Dani Karavan: a memria do espao

    Dentro dos grandes nomes dos artistas da Land Art e da arte contempornea

    mundial, encontra-se o do artista israelita Dani Karavan, responsvel por

    muitas obras emblemticas, especialmente as ligadas a monumentos e

    memoriais de locais especficos (site especific). Desta forma, cabe a este

    trabalho, analisar alguns destes trabalhos e refletir sobre os meios com os

    quais o artista trabalha na busca do conceito da memria nos espaos

    propostos de seus memoriais e monumentos. Para isso foca-se o olhar sob as

    caractersticas poticas relacionadas tanto linguagem dos materiais e do

    espao quanto na relao da escolha do local e da percepo espacial e os

    valores a que evocam.

    Para Rosalind E. Krauss, a Land Art responsvel por um novo sentido

    escultura, pois esta no nem arquitetura nem paisagem, alm de possuir

    significado externo obra em si. Para compreender uma obra necessrio

    adentrar-se nela, experiment-la, pois est relacionada ao corpo e percepo

    deste no espao. No caso das obras de Karavan, no diferente, situando-se

    no meio termo entre arte, paisagem e arquitetura. Relaciona os aspectos do

    lugar com os espaos propostos construdos, na busca de sensaes e

  • percepes espaciais com a simples finalidade de comunicar uma ideia, uma

    memria.

    Quando inseridos na natureza, os trabalhos de Karavan no se tratam

    apenas de uma transformao geolgica da paisagem, da relao entre a

    mente e a terra, como na maioria das obras de Robert Smithson, se

    aproximando mais das artistas americanas Nancy Holt e Mary Miss, onde seus

    trabalhos so acrscimos ao lugar e, no entanto, servem essencialmente para

    revelar ao observador a paisagem em si, em vez de se impor sobre ela como

    uma nova presena (ARCHER). Sendo que, no caso de Karavan, a paisagem

    revelada, a escolha do lugar e tais acrscimos a este esto intimamente

    ligados aos sentidos de percepo, da memria, dos valores simblicos e

    histricos que o artista pretende despertar.

    O lugar definido por substantivos, pelas qualidades das coisas e dos

    elementos, pelos valores simblicos e histricos; ambiental e est

    relacionado fenomenologicamente com o corpo humano. (MONTANER, 2001)

    A runa enquanto memria

    Uma colina no deserto de Neguev, prxima cidade de Beersheba, abriga um

    dos primeiros trabalhos de Dani Karavan: o Monumento Brigada do Neguev

    (1963). Construdo em memria dos soldados israelitas mortos na Guerra

    rabe-israelence de 1948, tal monumento apresenta-se como um jogo de

    formas em concreto sobre as areias do deserto de Neguev. Assim, o local

    escolhido faz referncia ao prprio cenrio da guerra, como runas desta, a que

    se refere nas formas do concreto bruto surgindo das areias e apresentando-

    se como proteo no vasto deserto que ora se assemelham a um bunker

    militar enterrado parcialmente no solo, ora dialogam com a paisagem e com os

    prprios elementos naturais (rochedos e relevos). Em ambos os casos,

    representam e fazem aluso a um abrigo de guerra quando, em um olhar mais

    atento, se observa os buracos de balas no concreto.

    Monumento a Brigada do Neguev (1963). Fonte:

    WWW.danikaravan.com

  • A torre perfurada faz aluso a uma torre de observao descascada e o tnel

    do gasoduto uma reminiscncia do canal de gua no deserto de Negev

    defendida pelos soldados israelitas durante a guerra. H ainda, gravado no

    concreto, os nomes dos soldados que morreram e as passagens dos seus

    dirios, com registros de batalhas, versos e canes.

    O local determina as formas e os materiais. O local determina e decide. O uso

    das formas e dos materiais o pedido que deve ser respeitada, que no deve

    ser ignorado (KARAVAN, 1997 apud GEM IN ISRAEL, 2001)

    Em 1519, na cidade de Regensbur na Alemanha, houve a destruio da

    Sinagoga de Regensburg importante smbolo religioso judeu junto

    expulso e o massacre de uma das mais antigas comunidades judaicas da

    Alemanha. A este fato histrico se faz surgir na praa Neupfarr da cidade, outra

    interessante obra de Dani Karavan: o Memorial da Sinagoga de Regensburg

    (2005).

    Memorial da Sinagoga de Regensburg inserido

    na praa Neupfarr, Alemanha. Fonte:

    WWW.rechtes-regensburg.net

    Memorial da Sinagoga de Regensburg. Fonte:

    WWW.wikipedia.com

    Monumento a Brigada do Neguev (1963).

    Fonte: WWW.danikaravan.com

    Monumento a Brigada do Neguev (1963).

    Fonte: WWW.danikaravan.com

  • Como importante smbolo da comunidade judaica, Karavan constri as formas

    do memorial retratando a fundao da antiga Sinagoga com cubos lisos e

    meios pilares de concreto, representando uma runa do smbolo religioso

    destrudo.

    Tanto no Monumento Brigada de Neguev como o Memorial da Sinagoga de

    Regensburg se colocam num meio termo entre objeto e espao arquitetnico;

    aparecem enquanto runas de um cenrio histrico. A ideia de memria atravs

    destes espaos criados por Karavan dialogam com a ideia de runa de Robert

    Morris. Para Morris, a runa no se constitui nem como uma coleo de

    objetos, nem como um espao arquitetnico, tendo sua essncia no passado

    histrico, ou seja, possui relao direta com o tempo: um tipo de estrutura

    que realinha a relao entre objetos e espaos mas que sempre considerada

    por aquilo que foi em vez de por aquilo que (MORRIS, 1978).

    Em ambos os casos, a runa construda deixa de ser um objeto

    fechado e a compreenso de seus espaos menos visual, j que no possui

    formas interiores e exteriores claras. Ao adentrar nestes espaos o usurio

    tenta compreende-los e recria-los mentalmente, atravs da histria e da

    memria de seus espaos. Assim, tanto sua forma quanto sua experincia

    espacial, est intimamente ligada referncia histrica e, portanto, memria

    daquele espao.

    A linguagem e percepo na memria

    Em 1940, fugindo da perseguio nazista alem, o filsofo judeu Walter

    Benjamin, na divisa entre Espanha e Frana, tira sua prpria vida na costa

    catal, no vilarejo Port Bou. Neste mesmo ponto, hoje, encontra-se uma

    pequena entrada para um tnel metlico que parece penetrar a encosta e

    descer em direo ao mar. Se trata de Passagens, um Memorial para Walter

    Benjamin feito por Dani Karavan em 1994.

    Passagens Memorial para Walter Benjamin (1994).

    Fonte: WWW.danikaravan.com

  • Ao se deparar com a entrada do tnel possvel notar uma escada que

    desce e penetra a costa por um longo, escuro e estreito corredor cuja sada

    ainda parece uma incgnita. Ao descer pelas escadas, o corredor comea a

    receber cada vez mais iluminao medida que aquele caminho parece

    chegar ao seu fim. De repente, a parte superior do tnel metlico e enferrujado

    desaparece, ficando somente suas paredes laterais metlicas e a escada que

    tem como direo o azul do mar. Quando o trajeto comea finalmente a se

    aproximar do seu fim, o percurso interrompido por uma placa de vidro que

    bloqueia a passagem enquanto a escada persiste no caminho em direo ao

    mar agitado. Somente o reflexo continua o caminho sem sada para onde

    levam as escadas. Ali o vidro enquadra a paisagem a partir de um nico ponto

    de vista. Impresso no vidro que reflete a alma que adentra o mar, os seguintes

    dizeres desbotados pelo tempo: nada, nem ningum, esqueceremos.

    passagem do tempo atravs do espao. A escadaria do Memorial que interrompe-se no ar encontra-se em verdadeira queda ao mar, um verdadeiro trampolim para um salto mortal, o salto de Benjamin, trgica ironia. (PANEK, 2010)

    Neste memorial a Walter Benjamin, Karavan faz referncias a toda a vida do filsofo, desde suas principais obras, sua fuga e ao trmino de sua vida, naquele local da costa da Espanha. Neste espao, busca a reflexo da passagem do tempo e a passagem do tempo atravs do espao. Alm de um significado potico de passagem entre a vida e a morte, no ttulo do memorial, Passagens, Karavan faz referncia uma importante obra, de mesmo nome, que Benjamin levava consigo enquanto tentava fugir para a

    Monumento a Walter Benjamin.

    Fotos Bernadette Panek, 2007.

    Fonte: WWW. danikaravan.com

  • Espanha. Passagens, de Benjamin, traz relatos sobre a indstria cultural do sculo XIX, quando o ponto central a cidade de Paris. (PANEK,2010) em uma referncia explcita e inequvoca s passagens parisienses de galerias comerciais ou primrdios das lojas de departamentos e suas vitrines. O prprio Benjamin considera Paris como a cidade dos espelhos (PANEK,2010). Assim pode tecer uma relao dos materiais utilizados no Memorial com aqueles que to fortemente marcaram a Paris industrial durante o final do sculo XIX o ferro e o vidro. Panek faz ainda uma relao da utilizao do ao corten que tem aspecto de ferro oxidado nesta obra de Karavan, com o ferro utilizado na construo das linhas de trem. Segundo a autora, tal aspecto muito significativo no caso do Memorial, pois os trilhos dos trens foram o ltimo trajeto da grande maioria das vtimas do nazismo. possvel tambm fazer uma relao do Memorial outra importante obra de Benjamin, A obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Tcnica, de 1936. Nesta obra Benjamin faz uma crtica fotografia e aos valores de culto ao rosto humano. Em contraponto, valoriza o olhar das obras do fotgrafo francs Eugne Atget que retrata os longos e vazios corredores da Pars do incio do sculo XX. Porm, quando o homem se retira da fotografia, o valor de exposio supera, a primeira vez o valor de culto. O mrito inexcedvel de Atget ter radicalizado esse processo ao fotografar as ruas de Paris, desertas de homens, por volta de 1900. (BENJAMIN, 2000)

    Fonte: WWW.lesprenomsdeparis.blogspot.com

    Passage du Grand Cerf 145 Rue St. Denis (1907).

    Eugne Atget.

    Fonte: WWW.croix.269g.net

  • Atget fotografa as Passagens local onde, muitas vezes, Benjamin se refugiava, depois de sair das longas jornadas de leitura na Biblioteca de Paris. Porm, em algumas fotos das Passagens, Atget documenta extensos corredores desocupados, de um vazio perturbante. Ele revela a solido e a decadncia alcanada por esses locais no decorrer do tempo. o mesmo ambiente da escadaria representada no Memorial a Benjamin, um espao atraente, mas tambm perturbador, sinistro. (PANEK, 2010). A relao do corredor proposto por Karavan no s dialoga com as passagens parisienses estudadas e vividas por Benjamin como tambm faz referncia ao prprio trabalho e discurso de Benjamin sobre a fotografia, onde o anteparo de vidro quase no final da obra, representa a prpria janela da cmara fotogrfica (PANEK, 2010) que enquadra, no final de percurso do Memorial, a solido e o desespero sob o ponto de vista de Benjamin, quando este tira sua prpria vida. A esta analise sobre o Memorial de Walter Benjamin, necessria, na compreenso dos conceitos de memria buscados por Karavan, uma ateno especial na relao potica da percepo espacial e a conceitualizao filosfica da memria de Henry Brgson, em Matria e Memria (1896). A percepo do universo, para Brgson, est ligada ao corpo, sendo este o meio que recebe e interpreta as imagens relacionadas a ele. Portanto, o corpo (que matria e imagem, exterior e interior) recebe e atua como mediador dessas imagens, como se tudo estivesse que estar relacionado a ele, ele o tradutor da imagem que est diretamente ligada memria. O que constitui o mundo material [...] so objetos, ou, se preferirem, imagens, cujas partes agem e reagem todas atravs de movimentos umas sobre as outras. E o que constitui nossa percepo pura , no seio mesmo dessas imagens, nossa ao nascente que se desenha. A atualidade de nossa percepo consiste portanto em sua atividade, nos movimentos que a prolongam, e no em sua maior intensidade: o passado no seno ideia, o presente ideo-motor.[...] A partir da, toda diferena abolida entre a percepo e a lembrana, j que o passado por essncia o que no atua mais, e que ao se desconhecer esse carter do passado se incapaz de distingui-lo realmente do presente, ou seja, do atuante. (BERGSON,1999) Para Brgson, a memria praticamente inseparvel da percepo, pois esta intercala o passado no presente e condensa tambm, numa intuio nica, momentos mltiplos da durao, e assim, por sua dupla operao, faz com que de fato percebamos a matria em ns, enquanto de direito a percebemos nela. A percepo, por sua vez, est impregnada de lembranas, e as lembranas esto impregnadas de percepo. O espao e o lugar esto intimamente ligados ao processo fenomenolgico da percepo e da experincia do mundo por parte do corpo humano. Deste modo, o espao proposto por Karavan pretende traduzir e expressar, de maneira fenomenolgica e potica, as sensaes turbulentas da vida de Benjamin de modo a materializar na memria do visitante os fatos vividos e relacionados a ele. Portanto no h percepo que no possa, por

  • um crescimento da ao de seu objeto sobre nosso corpo, tornar-se afeco e, mais particularmente, dor (BERGSON,1999). Concluso Como visto em seus trabalhos, a utilizao dos materiais, formas, referncias simblicas e a percepo espacial dos trabalhos de Dani Karavan configuram em sua obra uma dialtica da memria. Karavan transforma o poder da memria para criar novas esferas sensveis e comunicativas da experincia. Sua abordagem para a criao dos memoriais sempre determinado pelas associaes histricas do local, alm de usar um complexo sistema de sinais para desenvolver uma srie de servios sociais, referncias histricas e polticas que se impem sobre a percepo do espectador atravs da experimentao dos espaos propostos por ele. O lugar, o espao e a percepo do usurio se compem numa relao potica entre sentidos espaciais, relaes histricas, simblicas e fenomenolgicas na inteno da busca pelo significado da memria. Assim, fazendo um paralelo com as ideias de Montener sobre o lugar e o espao na arquitetura enquanto que o espao interior materializa na forma, textura, cor, luz natural, objetos os valores simblicos, o processo fenomenolgico da percepo e da experincia do mundo, por parte do corpo humano, se une a um lugar sensvel da histria. Fica presente a lembrana no espao construdo. Referncias ARCHER, Michel. Arte Contempornea. Uma histria concisa. So Paulo: Martins Fontes Ed., 2001. BENJAMIN, Walter. A obra de arte na poca de sua reprodutibilidade tcnica. In: ADORNO et al. Teoria da Cultura de massa. Trad. de Carlos Nelson Coutinho. So Paulo: Paz e Terra, 2000. BERGSON, Henri (1859-1941). Matria e Memria. 2a ed. So Paulo: Martins Fontes, 1999. GEMS IN ISRAEL, Dani Karavan's Kikar Levana. Disponvel em . Acesso 17/12/2010 KRAUSS, Rosalind. Caminhos da escultura moderna. So Paulo, Martins fontes. 1998 MATTOS, Jane R. Reflexes sobre memria em Henri Bergson e Gaston Bachelard, publicado 3/07/2009 em http://www.webartigos.com MONTANER, Josep Maria. A modernidade superada: arquitetura, arte e pensamento do sculo XX. Barcelona: Gustavo Gili, 2001.

  • MORRIS, Robert. O tempo presente do espao (1978), in: FERREIRA, Gloria, COTRIM, Ceclia (org.). Escritos de Artistas: anos 60/70. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. PANEK, Bernadette . Esttica dos reflexos: a amplitude mas tambm a hipocrisia da transparncia. Escola de Msica e Belas Artes do Paran, EMBAP, 2010. SMITHSON, Robert. Uma sedimentao da mente: projetos da terra (1968), in: FERREIRA, Gloria, COTRIM, Ceclia (org.). Escritos de Artistas: anos 60/70. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. TIETZ, Jurgen; Histria da arquitetura contempornea, Ed. H.F. Ullmann, Tandem Verlag GmbH, 2008.