dalgalarrondo - resumo - mapa mental

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1 3 3 de março de 2014 Resumo - A Consciência e Suas Alterações Capítulo 10 A Consciência e Suas Alterações Definições Básicas 1. Definição Neuropsicológica a) Consciência no sentido de estado vígil (vigilância). b) Grau de clareza sensório. c) Trata do nível de consciência. 2. Definição Psicológica a) Soma total das experiências conscientes. b) Designa-se campo da consciência – é a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a realidade. c) Capacidade do indivíduo de entrar com a realidade. 3. Definição Ético-Filosófica a) Utilizada frequentemente no campo da ética, da filosofia, do direito ou da teologia. b) Refere-se à capacidade de tomar ciência dos deveres éticos e assumir responsabilidades. c) Trata-se da consciência moral ou ética. 4. Definição Fenomenológica a) Desenvolvida por Edmund Husserl (1859-1938). b) Abandona visão sensualista-empirista que compreendia a consciência como uma tabula rasa, no qual os objetos imprimem sua marca. c) A consciência é ativa, visando o mundo e produzindo sentido para os objetos que lhe apresentam. d) A intencionalidade (visar algo, dirigir-se aos objetos) é própria da consciência. Disciplina Psicopatologia Geral Autor(es) Paulo Dalgalarrondo Título Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais

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DALGALARRONDO - RESUMO - MAPA MENTAL

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    3 3 de maro de 2014

    Resumo - A Conscincia e Suas Alteraes

    Captulo 10 A Conscincia e Suas Alteraes

    Definies Bsicas

    1. Definio Neuropsicolgica

    a) Conscincia no sentido de estado vgil (vigilncia).

    b) Grau de clareza sensrio.

    c) Trata do nvel de conscincia.

    2. Definio Psicolgica

    a) Soma total das experincias conscientes.

    b) Designa-se campo da conscincia a dimenso subjetiva da atividade

    psquica do sujeito que se volta para a realidade.

    c) Capacidade do indivduo de entrar com a realidade.

    3. Definio tico-Filosfica

    a) Utilizada frequentemente no campo da tica, da filosofia, do direito ou da teologia.

    b) Refere-se capacidade de tomar cincia dos deveres ticos e assumir

    responsabilidades.

    c) Trata-se da conscincia moral ou tica.

    4. Definio Fenomenolgica

    a) Desenvolvida por Edmund Husserl (1859-1938).

    b) Abandona viso sensualista-empirista que compreendia a conscincia como uma

    tabula rasa, no qual os objetos imprimem sua marca.

    c) A conscincia ativa, visando o mundo e produzindo sentido para os objetos que

    lhe apresentam.

    d) A intencionalidade (visar algo, dirigir-se aos objetos) prpria da conscincia.

    Disciplina Psicopatologia Geral

    Autor(es) Paulo Dalgalarrondo

    Ttulo Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais

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    5. Estudos sobre Conscincia John Searle (2000)

    a) Explicar carter de unidade qualitativa subjetiva da conscincia.

    b) Estados da conscincia so experimentados como um campo de conscincia

    unificado.

    c) Os estados so vivenciados com carter prazeroso ou desprazvel, como

    experincias totais e globalizantes (carter gestltico) e com senso de

    familiaridade (ideia de casa).

    Neuropsicologia da Conscincia

    1. SRAA Sistema Reticular Ativador Ascendente:

    a) Origina-se no tronco cerebral, e sua ao estende-se at o crtex, por meio de

    projees talmicas.

    b) Seus neurnios da parte superior da ponte e os do mesenceflo so importantes

    para a ativao cortical recebem impulsos das vias ascendentes, que trazem

    estmulos intrnsecos e extrnsecos.

    c) Leses ou disfunes no SRAA produzem alteraes do nvel de conscincia e

    prejuzo a todas as funes psquicas.

    2. Estruturas altas do Telecenflo:

    a) Tm participao crtica na gnese da conscincia.

    b) Ao sincrnica de numerosas reas corticais visuais uma pr-condio para a

    viso consciente.

    3. Lobo Parietal Direito:

    a) Relacionada ao conhecimento do prprio corpo, objetos e do mundo.

    b) fundamental para a atividade mental consciente.

    4. reas pr-frontais: tambm fundamental para atividade mental consciente.

    5.Interaes Talamocorticais: realizam a ativao e integrao da atividade

    neuronal cortical relacionada conscincia.

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    6. Tlamo:

    a) Filtra, integra e regula informaes que chegam ao crebro (partem do tronco

    cerebral e se dirigem ao crtex e subcrtex).

    b) interligado a todas as reas do crtex cerebral de forma que uma pequena leso

    talmica pode produzir graves alteraes do nvel de conscincia.

    Campo da Conscincia

    A conscincia demarca um campo, no qual se pode delimitar um foco, ou parte mais central mais iluminada.

    Delimita uma margem que seria a periferia menos iluminada, mais nebulosa, da conscincia.

    Segundo a psicopatologia na margem da conscincia que surgem os chamados automatismos mentais e os estados subliminares.

    1. Inconsciente

    a) O conceito um dos pilares mais importantes da psicanlise e da psiquiatria

    dinmica.

    b) Freud: verdadeiro inconsciente (incapaz de conscincia) e pr- consciente

    (sentimentos suscetveis de serem recuperados por meio de esforo voluntrio).

    2. Caractersticas funcionais do inconsciente

    a) Atemporalidade: os processos inconscientes no so ordenados temporalmente,

    no se alteram com a passagem do tempo.

    b) Iseno de contradio: no h lugar para negao ou dvida, tudo

    absolutamente certo, afirmativo.

    c) Princpio do Prazer: visa evitar o desprazer e proporcionar prazer, por meio de,

    descargas das excitaes.

    d) Processo primrio: as cargas energticas (catexias) so totalmente mveis

    deslocamento (cede energia a outra catexia) e condensao (apropriar-se de toda a

    energia de outras catexias).

    3. Carter dinmico do inconsciente

    a) Exige de forma permanente para lhe interditar o acesso conscincia.

    b) Devido a resistncia para chegar ao inconsciente e pela produo renovada de

    derivados do recalcado.

  • 4Alteraes Normais da Conscincia

    1. Sono Normal

    a) Estado especial da conscincia que ocorre de forma recorrente e cclica.

    b) uma fase fisiolgica normal e necessria do organismo.

    c) Sono sincronizado no-REM: atividade eltrica cerebral sncrona.

    i) Diminuio da atividade do sistema nervoso autnomo simptico;

    ii) Aumento relativo do tnus parassimptico;

    iii) Permanecendo vrios parmetros fisiolgicos estveis em um nvel funcional

    mnimo;

    iv) Ocorrendo quatro estgios:

    (1) Estgio 1: mais leve e superficial, atividade regular do EEG, de 2 a 5% do tempo

    total de sono.

    (2) Estgio 2: menos superficial, atividade fusiforme do EEG, espculas de alta

    voltagem complexos K, 45 a 55% do tempo total de sono.

    (3) Estgio 3: sono profundo, traado lentificado do EEG, com ondas delta, de 3 a 8%

    do tempo total do sono.

    (4) Estgio 4: sono mais profundo, onda delta e traado bem lentificado, mais difcil

    de despertar, de 10 a 15% do tempo total de sono.

    2. Sono REM

    a) Sua durao em uma noite perfaz de 20 a 25% do tempo total de sono.

    b) Padro do EEG semelhante ao estgio 1, entretanto, no um sono leve,

    tampouco profundo.

    c) Caracteriza-se por instabilidade no sistema nervoso autnomo simptico.

    d) H um padro de movimentos oculares rpidos e conjugados.

    e) Tambm h um relaxamento muscular profundo e generalizado, interrompido

    esporadicamente por contraes de pequenos grupos musculares.

    f) Irregularidades da freqncia cardaca e respiratria e da presso

    sangunea.

    g) Ocorre a maior parte dos sonhos e em 60 a 90% se o indivduo for despertado

    relatar que estava sonhando.

    h) D-se a ativao das vias neuronais que ligam o tronco cerebral ao crtex

    occipital.

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    3. Estruturas fisiolgicas

    a) Ncleo Supraquiasmtico: localizado no hipotlamo anterior, de fundamental

    importncia na regulao fisiolgica do sono.

    b) Glndula Pineal: secreta melatonina e funciona como oscilador que controla o

    ritmo sono-viglia no perodo de 24 horas.

    c) Outras estruturas: sistemas reticulares mesenflicos e bulbares e os geradores do

    sono REM localizados na ponte.

    d) Qumicos neuronais do sono: neurnios aminrgicos, colinrgicos e

    histaminrgicos.

    4. Sonho

    a) Alterao normal da conscincia.

    b) Vivncias predominantemente visuais, sendo rara a ocorrncia de percepes

    auditivas, olfativas e tteis .

    c) Freud: O sonho uma soluo de compromisso entre o inconsciente (expulsar

    desejos para conscincia) e o consciente (impedir que tais desejos emerjam).

    Sndromes psicopatolgicas associadas ao rebaixamento do nvel de

    conscincia

    1. Delirium: sndromes confusionais agudas aspecto confuso do pensamento e

    do discurso do paciente.

    a) Frequente na prtica clinica diria, principalmente em pacientes com doenas

    somticas.

    b) Quadros com rebaixamento leve a moderado do nvel de conscincia,

    acompanhado de desorientao temporoespacial, dificuldade de concentrao,

    perplexidade, ansiedade em graus variveis, agitao ou lentificao

    psicomotora, discurso ilgico, alucinaes.

    c) No se deve confundir delirium com o termo delrio (realidade encontrada

    principalmente em psicticos esquizofrnicos).

    2. Estado Onrico: paciente entre em estado semelhante a um sonho muito vvido.

    a) Predomina a atividade alucinatria visual, com carter cnico e fantstico.

    b) H carga emocional marcante, com angstia, terror ou pavor.

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    c) Manifesta gritando, movimentando-se, debatendo-se na cama e s vezes com

    sudorese profunda.

    d) H geralmente amnsia consecutiva ao perodo de estado onrico.

    e) Pode ocorrer devido a psicoses txicas, sndromes de abstinncias a

    substncias e quadros febris txicos infecciosos.

    Alteraes qualitativas da conscincia

    1. Estados Crepusculares

    a) Estado patolgico transitrio, no qual, uma obnubilao (obscurecimento) da

    conscincia acompanhada de relativa conservao da atividade motora

    coordenada.

    b) Caracteriza-se por surgir e desaparecer de forma abrupta e ter durao varivel.

    c) Ocorrem estados explosivos violentos e episdios de descontrole emocional.

    d) Geralmente ocorre amnsia lacunar para o episdio inteiro, podendo se lembrar

    de fragmentos isolados.

    e) Associados a intoxicaes com lcool ou outras substncias, aps

    traumatismo cranianos, quadro dissociativos histricos agudos e

    eventualmente aps choques emocionais.

    2. Estado Segundo

    a) Caracterizado por atividade psicomotora coordenada, entretanto, estranha

    personalidade do sujeito acometido e no se integra a ela.

    b) Atribui-se uma natureza mais psicogentica, sendo produzido por fatores

    emocionais (choques emocionais intensos).

    c) Atos so geralmente incongruentes, extravagantes, em contradio com a

    educao, as opinies ou a conduta habitual do sujeito acometido.

    3. Dissociao da Conscincia

    a) Fragmentao ou diviso do campo da conscincia, ocorrendo perda da

    unidade psquica comum do ser humano.

    b) Observa-se um estado semelhante ao sonho, geralmente desencadeada por

    acontecimentos psicologicamente significativos que geram grande ansiedade ao

    paciente.

    c) Pode ser vista como estratgia defensiva do inconsciente para lidar com a

    ansiedade muito intensa; o indivduo desliga da realidade para parar de sofrer.

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    4. Transe

    a) Assemelha-se a sonhar acordado, diferindo, porm, pela presena de atividade

    motora automtica e estereotipada acompanhada de suspenso parcial dos

    movimentos voluntrios.

    b) Ocorre em contextos religiosos e culturais, pode ser induzido por treinamento

    mstico-religioso, com a sensao de fuso do eu com o universo.

    c) No confundir com transes histricos que um estado dissociativo da

    conscincia relacionado a conflitos interpessoais e alteraes

    psicopatolgicas.

    5. Estado Hipntico

    a) Estado de conscincia reduzida e estreitada e de ateno concentrada, e que,

    pode ser induzido por outra pessoa.

    b) Pode ser lembrada cenas e fatos esquecidos e podem ser induzidos fenmenos

    como anestesia, paralisias, rigidez muscular, alteraes vasomotoras.

    6. Experincia de quase-morte (EQM)

    a) verificado em situaes crticas de ameaa grave vida.

    b) So experincias muito rpidas, em que um estado de conscincia particular

    vivenciado e registrado por essas pessoas.