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Dados de fomento da ANP possibilitam estudo do lineamento transbrasiliano e da formação de bacias Dados geológicos e geofísicos mais recentes obtidos pela ANP estão sendo utilizados por um grupo de pesquisadores das universidades de Brasília (UnB), Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Estadual de Campinas (Unicamp) para produzir um retrato mais preciso do subsolo das áreas atravessadas pelo lineamento transbrasiliano e do relevo do embasamento das bacias sedimentares do Paraná e do Parnaíba. Eles concluíram que descontinuidades ao longo do lineamento e as reativações das falhas geológicas constituíram os primeiros depocentros que culminaram na formação dessas bacias. As pesquisas do grupo fazem parte de um projeto financiado com recursos da Cláusula de P,D&I e se encerra em 2015. Para conseguir um retrato mais amplo do lineamento, os dados magnéticos e gravimétricos completos foram cedidos pela Agência, e permitiram pela primeira vez estudar o lineamento em grande parte de sua extensão. As pesquisas no contexto investigado remontam aos anos 1970 com os mapeamentos do projeto Radam Brasil, posteriormente complementadas por compilações do geólogo Carlos Schobbenhaus, no âmbito do Departamento Nacional de Produção Mineral (DPNM), a quem são atribuídas as primeiras ideias acerca da dimensão continental do lineamento. Os trabalhos atuais lançam luzes sobre o funcionamento da mega feição como play petrolífero e podem ajudar a aumentar a atratividade das regiões de nova fronteira, nas quais a ANP vem incentivando estudos por meio de aquisição de novos levantamentos de dados geológicos e geofísicos de fomento. O aumento do volume de dados e, consequentemente, a geração de conhecimento são vetores importantes para aumentar a atratividade e direcionar investimentos para fronteiras de menor custo exploratório, impulsionados pelo acesso aos dados públicos da União pelas universidades e instituições de pesquisa nacionais na promoção de educação, pesquisa e inovação. Os dados obtidos no projeto do lineamento transbrasiliano continuarão sendo analisados. Uma das ideias é fazer mapeamentos mais detalhados de algumas áreas. Eles podem desvendar com mais precisão a origem das bacias sedimentares que o lineamento cruza. Como resultado do estudo, estão sendo produzidos artigos, com destaque para o que foi publicado em agosto na revista científica Tectonophysics pelas pesquisadoras da UNB, Julia Curto e Roberta Vidotti, e pelos pesquisadores do U.S. Geological Survey Richard Blakely e Reinhardt Fuck. Obrigações de investimentos em P,D&I no 3º trimestre: R$ 262 milhões p.3 Novo regulamento para aplicação dos recursos em P,D&I é publicado p.4 Cobertura aeromagnetométrica do Brasil. Compilação ANP CPRM, 2011, com ilustração esquemática do Lineamento Transbrasiliano.

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Dados de fomento da ANP possibilitam estudo do lineamento transbrasiliano e da formação de bacias Dados geológicos e geofísicos mais recentes obtidos

pela ANP estão sendo utilizados por um grupo de

pesquisadores das universidades de Brasília (UnB),

Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Estadual de

Campinas (Unicamp) para produzir um retrato mais

preciso do subsolo das áreas atravessadas pelo

lineamento transbrasiliano e do relevo do embasamento

das bacias sedimentares do Paraná e do Parnaíba. Eles

concluíram que descontinuidades ao longo do

lineamento e as reativações das falhas geológicas

constituíram os primeiros depocentros que culminaram

na formação dessas bacias. As pesquisas do grupo

fazem parte de um projeto financiado com recursos da

Cláusula de P,D&I e se encerra em 2015.

Para conseguir um retrato mais amplo do lineamento,

os dados magnéticos e gravimétricos completos foram

cedidos pela Agência, e permitiram pela primeira vez

estudar o lineamento em grande parte de sua extensão.

As pesquisas no

contexto investigado

remontam aos anos

1970 com os

mapeamentos do

projeto Radam

Brasil,

posteriormente

complementadas por

compilações do

geólogo Carlos

Schobbenhaus, no

âmbito do

Departamento

Nacional de

Produção Mineral

(DPNM), a quem

são atribuídas as

primeiras ideias

acerca da dimensão

continental do

lineamento.

Os trabalhos atuais lançam luzes sobre o

funcionamento da mega feição como play petrolífero e

podem ajudar a aumentar a atratividade das regiões de

nova fronteira, nas quais a ANP vem incentivando

estudos por meio de aquisição de novos levantamentos

de dados geológicos e geofísicos de fomento. O

aumento do volume de dados e, consequentemente, a

geração de conhecimento são vetores importantes para

aumentar a atratividade e direcionar investimentos para

fronteiras de menor custo exploratório, impulsionados

pelo acesso aos dados públicos da União pelas

universidades e instituições de pesquisa nacionais na

promoção de educação, pesquisa e inovação.

Os dados obtidos no projeto do lineamento

transbrasiliano continuarão sendo analisados. Uma das

ideias é fazer mapeamentos mais detalhados de

algumas áreas. Eles podem desvendar com mais

precisão a origem das bacias sedimentares que o

lineamento cruza.

Como resultado do

estudo, estão sendo

produzidos artigos,

com destaque para

o que foi publicado

em agosto na

revista científica

Tectonophysics

pelas pesquisadoras

da UNB, Julia

Curto e Roberta

Vidotti, e pelos

pesquisadores do

U.S. Geological

Survey Richard

Blakely e Reinhardt

Fuck.

Obrigações de investimentos em P,D&I no 3º

trimestre: R$ 262 milhões p.3

Novo regulamento para aplicação dos

recursos em P,D&I é publicado p.4

Cobertura aeromagnetométrica do Brasil. Compilação ANP – CPRM, 2011, com

ilustração esquemática do Lineamento Transbrasiliano.

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Edição nº 27 – Novembro de 2015

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EXPEDIENTE

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

Diretora-geral Magda Maria de Regina Chambriard

Diretores José Gutman Waldyr Martins Barroso

Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Tathiany Rodrigues Moreira de Camargo - Superintendente Luciana Maria Souza de Mesquita – Superintendente-Adjunta José Carlos Tigre – Assessor Técnico de Mercado e Política Industrial

Roberta Salomão Moraes da Silva – Assistente de Comunicação Denise Coutinho da Silva – Assistente de Georreferenciamento

Secretárias Maria de Fátima Marinzeck Barreiros Rosane Cordeiro Lacerda Ramos

Coordenação de Projetos de P&D Anderson Lopes Rodrigues de Lima – Coordenador Geral Antônio José Valleriote Nascimento Claudio Jorge Martins de Souza Joana Duarte Ouro Alves Leonardo Pereira de Queiroz Maria Regina Horn

Coordenação de Fiscalização de P&D Marcos de Faria Asevedo – Coordenador Geral Aelson Lomonaco Pereira Alex de Jesus Augusto Abrantes Luiz Antonio Sá Campos Moacir Amaro dos Santos Filho

Coordenação de Formação e Capacitação Profissional Eduardo Torres – Coordenador Geral Bruno Lopes Dinucci Diego Gabriel da Costa Mirian Reis de Vasconcelos Rafael Cruz Coutinho Ferreira

Coordenação de Estudos Estratégicos Alice Kinue Jomori de Pinho – Coordenadora Geral Jacqueline Barboza Mariano José Lopes de Souza Krongnon Wailamer de Souza Regueira Márcio Bezerra de Assumpção Ney Mauricio Carneiro da Cunha Patricia Huguenin Baran Victor Manuel Campos Gonçalo

Elaboração Denise Coutinho da Silva Roberta Salomão Moraes da Silva Victor Manuel Campos Gonçalo

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Edição nº 27 – Novembro de 2015

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Obrigações de investimentos em P,D&I geradas no 3º trimestre do ano foram de R$ 262 milhões

Com redução de 9% em relação ao

segundo trimestre de 2015, as

obrigações de investimentos em

P,D&I geradas no terceiro trimestre

desse ano foram de R$ 261,9

milhões. Esse valor, porém,

representa um aumento de 14% em

relação ao primeiro trimestre de

2015, quando foram gerados

R$ 230,1 milhões.

O número de campos que geraram

obrigação de investimento em P,D&I

no terceiro trimestre diminuiu de 20

para 18. Baleia Franca voltou a gerar,

porém Albacora, Carmópolis e

Mexilhão não tiveram receita líquida

de produção positiva no período,

requisito para pagamento de

Participação Especial, e consequente

geração de obrigação de

investimento em P,D&I.

Pela primeira vez, o campo de Lula

(65% Petrobras, 25% BG e 10%

Petrogal), com R$ 51 milhões, gerou

mais obrigações que o campo de

Roncador (100% Petrobras), com

R$ 43 milhões. Com isso, a

concessionária brasileira continua

reduzindo sua fatia no montante total

de recursos associados à obrigação

de investimento em P,D&I. São

95,2% contra 4,8% das outras 17

concessionárias.

O prazo para a realização dos

investimentos em P,D&I relativo ao

período de 2015 é 30 de junho de

2016. As tabelas ao lado informam

as obrigações de investimentos em

P,D&I da Petrobras e das outras

concessionárias de 1998 até o

terceiro trimestre de 2015.

Obrigação de investimentos em P,D&I gerada por ano (em R$)

Ano Petrobras Outras Concessionárias Total

1998 1.884.529 - 1.884.529

1999 29.002.556 - 29.002.556

2000 94.197.339 - 94.197.339

2001 127.274.445 - 127.274.445

2002 263.536.939 - 263.536.939

2003 323.299.906 - 323.299.906

2004 392.585.953 11.117.686 403.703.639

2005 506.529.318 2.279.136 508.808.454

2006 613.841.421 2.547.915 616.389.336

2007 610.244.146 6.259.121 616.503.266

2008 853.726.089 7.132.144 860.858.233

2009 633.024.264 5.858.020 638.882.284

2010 735.337.136 11.579.885 746.917.020

2011 990.480.683 41.416.212 1.031.896.895

2012 1.148.763.766 77.922.925 1.226.686.691

2013 1.161.786.262 98.080.695 1.259.866.956

2014 1.246.469.446 161.095.785 1.407.565.231

2015* 680.272.613 101.130.348 781.402.961

TOTAL 10.412.256.811 526.419.870 10.938.676.681

Fonte: SPG/ANP. * Até o 3º trimestre. Nota: Esses valores ainda não contemplam as auditorias efetuadas pela SPG/ANP.

Obrigação de Investimentos em P,D&I gerada – Outras Concessionárias (em R$)

Concessionária 2014 2015* Acumulado**

BG Brasil 51.354.989 57.564.879 152.255.519

Statoil 31.730.903 - 83.209.045

Repsol-Sinopec 18.732.336 21.399.587 77.380.824

Sinochem 21.153.935 - 55.472.696

Petrogal 13.580.330 13.735.234 44.649.825

Chevron - - 27.711.795

Shell 7.541.569 - 23.869.727

Queiroz Galvão 4.806.007 3.204.546 22.439.389

Frade Japão - - 9.780.656

Parnaíba Gas Natural 1.762.701 2.661.301 5.622.804

Brasoil Manati 1.068.002 712.121 4.986.531

GeoPark Brasil 1.068.002 712.121 4.986.531

ONGC Campos Ltda. 4.072.447 - 4.951.848

QPI Brasil Petróleo 3.469.122 - 3.469.122

BPMB Parnaiba (ex-Petra) 755.443 1.140.558 2.409.773

BP do Brasil - - 1.934.271

Maersk Oil - - 1.289.514

Total 161.095.785 101.130.348 526.419.870

Fonte: SPG/ANP. * Até o 3º trimestre. ** De 1998 ao 3º trimestre de 2015. Nota: Esses valores ainda não contemplam as auditorias efetuadas pela SPG/ANP.

OBRIGAÇÃO DE INVESTIMENTO EM P,D&I

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Edição nº 27 – Novembro de 2015

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Novo regulamento que define as regras para aplicação dos recursos em pesquisa, desenvolvimento e inovação é publicado

No último dia 30 de novembro, foram publicados no

Diário Oficial da União (DOU) a Resolução ANP nº

50/2015 e o respectivo Regulamento Técnico ANP nº

3/2015, que estabelecem as definições, diretrizes e

normas para a aplicação dos recursos a que se refere a

Cláusula de P,D&I presente nos contratos de Concessão,

Cessão Onerosa e Partilha da Produção, bem como,

estabelece as regras para comprovação das atividades e

respectivas despesas realizadas pelas empresas

petrolíferas em cumprimento à referida cláusula

contratual.

A nova regulamentação é fruto de intenso trabalho da

Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento

Tecnológico da ANP, que promoveu nos anos de 2014 e

2015 diversos encontros com associações, empresas

petrolíferas, empresas fornecedoras de bens e serviços e

universidades com o objetivo de discutir de forma

abrangente a proposta do novo regulamento técnico.

Com as novas regras pretende-se estimular a capacitação

tecnológica de empresas brasileiras da cadeia de

fornecedores do setor de petróleo, gás natural e

biocombustíveis, como forma de ampliar o conteúdo

local em bases competitivas, bem como, a interação entre

instituições credenciadas e empresas no desenvolvimento

e implantação de novos produtos, processos e serviços.

A aplicação dos recursos previstos na Cláusula de P,D&I

foi regulamentada originalmente pela Resolução nº

33/2005 e respectivo Regulamento Técnico nº 5/2005,

que definia as normas para a realização de investimentos

em P&D nos contratos de concessão e direcionava a

elaboração do Relatório Demonstrativo das Despesas

realizadas com investimentos em P&D. Ambos foram

revogados pela nova regulamentação.

Além disso, a Resolução ANP nº 47/2012 e respectivo

Regulamento Técnico ANP nº 07/2012, estabelecem as

regras, condições e requisitos técnicos para

credenciamento de instituições de pesquisa aptas a

participarem de projetos financiados com recursos

previstos na Cláusula de P,D&I.

A regulamentação vigente e a regulamentação revogada

podem ser acessadas no sítio da ANP na Internet, no

endereço http://www.anp.gov.br/?pg=78533.

Regulamentação Vigente

RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 e REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 03/2015 Definem as normas para a aplicação dos recursos a que se refere a Cláusula de P,D&I.

RESOLUÇÃO ANP Nº 47/2012 e REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 07/2012 Estabelecem os critérios para o credenciamento das instituições de pesquisa e desenvolvimento.

NOTA TÉCNICA 01/2015/SPD

Define critérios objetivos de gradação da pena de multa pelo descumprimento da cláusula contratual de P,D&I.

Regulamentação Revogada pela Resolução ANP Nº 50/2015

RESOLUÇÃO ANP Nº 33/2005, RESOLUÇÃO ANP Nº 46/2013 e REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 5/2005

Definem as normas para a aplicação dos recursos a que se referem a Cláusula de P,D&I.

REGULAMENTO DE P,D&I

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ANP autoriza R$ 14,4 milhões em investimentos em P,D&I em outubro

Em outubro de 2015, a ANP concedeu autorização

prévia a 18 projetos de investimento em P,D&I para

implantação de infraestrutura laboratorial. Os valores

autorizados não correspondem ao custo total dos

projetos, já que apenas as despesas enquadradas no item

8.2 do Regulamento Técnico ANP N° 5/2005

necessitam de aprovação da Agência. Assim, autorizou-

se neste mês o valor total de R$ 14,4 milhões para

infraestrutura associada a projetos de P,D&I, conforme

tabela a seguir.

Autorizações prévias em outubro de 2015

Concessionária Projeto Instituição Executora

Valor Autorizado (R$)

Petrobras Implantação de laboratório e secagem de gás natural contendo CO2 por adsorção em peneiras moleculares visando aplicação no pré-sal

UFScar 1.836.008

Petrobras Desenvolvimento de permutadores de calor compactos soldados por difusão - Fase 2

UFSC 1.494.280

Petrobras Estudo de sistemas automatizados para deposição de revestimentos de alumínio por aspersão térmica, aplicados em estaleiros e plataformas offshore

Lactec 1.360.503

Petrobras Análise de escoamentos intermitentes em golfadas de óleo e gás com mudança de direção - Fase II

UTFPR 1.360.052

Petrobras Automatização da aplicação de pintura em grandes superfícies Senai-SC 1.205.403

Petrobras Desenvolvimento de um sistema automatizado para soldagem circunferencial interna em tubos de aço cladeados com liga 625

UFSC 1.101.948

Petrobras Desenvolvimento de envelope para remoção de organismo sésseis INT 973.848

Petrobras Pesquisa e implementação de tecnologias de detecção e monitoramento do coral-sol e prevenção da bioincrustação

USP 724.463

Petrobras Estudo experimental da incrustação em válvulas de completação inteligente

PUC-RIO 719.863

Petrobras Estudo termodinâmico da precipitação de carbonatos em misturas MEG/água saturadas com CO2 e solubilidade de gases em misturas contendo MEG, água e sais

ITP 565.649

Petrobras Sistema de previsão oceânica com assimilação de dados para apoio à indústria do petróleo, à defesa nacional e à segurança da navegação

CHM 537.680

Petrobras Otimização das condições de operação de unidades psa para captura de CO2

UFC 472.822

Petrobras Estudo de avaliação do comportamento de revestimentos de alumínio em meios corrosivos típicos aos encontrados em dutos flexíveis

UFRGS 451.581

Petrobras Uso de geradores e bombas MHD em poços de petróleo - Fase 1: análise de viabilidade técnica

UFRJ 442.196

Petrobras Desenvolvimento de formulação de antiespumante sem silício em sua composição para petróleo

UFRJ 410.577

Petrobras Modelagem, simulação, otimização e operação de processamento de gás natural rico em CO2

UFRJ 393.831

Petrobras Imageamento químico de orgânicos em superfícies sólidas por espectrometria de massas ambiente

UFG 337.050

Petrobras OCELUS - Aperfeiçoamento de equipamento e processo de solda automática linear com base em visão computacional

Furg 41.746

TOTAL 14.429.499

Fonte: SPD/ANP.

AUTORIZAÇÕES PRÉVIAS

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Edição nº 27 – Novembro de 2015

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Nesse mês, somente a Petrobras recebeu autorizações e

entre elas a de maior destaque é o projeto que será

executado pelo Laboratório de Reações e Catálise -

Refino de petróleo e controle ambiental, da Ufscar. Com

o título “Implantação de laboratório e secagem de gás

natural contendo CO2 por adsorção em peneiras

moleculares visando aplicação no pré-sal”, o objetivo

deste projeto é a aquisição e montagem de infraestrutura

laboratorial visando à secagem de gás natural contendo

CO2 com aplicação nas operações do pré-sal, através do

levantamento de dados experimentais relacionados à

capacidade de adsorção, cinética e difusão de CO2,

utilizando materiais adsorventes microporosos com

dimensões nanométricas. Com o recurso autorizado

serão adquiridos bancadas, capelas de laboratório,

mobiliário e equipamentos das redes elétrica, de gases e

lógica.

Outro projeto de destaque será executado no Instituto

Senai de Inovação em Sistemas de Manufatura, do

Senai-SC. Com o título “Automatização da aplicação de

pintura em grandes superfícies”, seu objetivo é o

desenvolvimento de um sistema automatizado para

aplicação de pintura a ser utilizado em áreas planas e

verticais, em especial, cascos de navios e plataformas.

Com os recursos autorizados, serão adquiridos

equipamentos tais como sistema de bombeamento,

compressor de ar e componentes para os bobinadores

posicionadores.

De 2006 a outubro de 2015, a ANP concedeu 1.357

autorizações prévias, gerando investimentos em várias

instituições e beneficiando diversos estados, conforme

as tabelas a seguir.

Fonte: SPD/ANP.

* Estão incluídos 11 projetos Ciência Sem Fronteiras de participação nacional (R$ 793.887.846), um programa que engloba instituições de diferentes

UF’s (R$2.635.737,62), o Programa INCT/MCT (R$15.186.254), o PNPQ/Prominp (R$348.722.780), o primeiro projeto de apoio ao PRH (R$8.122.565),

o projeto para apoio à elaboração de projetos executivos relacionados à implantação de infraestrutura laboratorial (R$20.000.000) e os três poços

estratigráficos (R$ 293.782.508) .

Recursos Autorizados por Unidade Federativa – 2006 a 10/2015

UF Nº de Projetos Recursos (R$) % Recursos

Rio de Janeiro 479 1.353.538.842 29,19% São Paulo 234 519.838.061 11,21% Pernambuco 40 211.510.286 4,56% Rio Grande do Sul 124 201.553.309 4,35% Rio Grande do Norte 80 175.674.672 3,79% Bahia 53 138.120.297 2,98% Santa Catarina 47 131.102.063 2,83% Minas Gerais 69 116.439.669 2,51% Sergipe 29 87.316.010 1,88% Espírito Santo 22 78.371.119 1,69% Paraná 38 66.871.318 1,44% Pará 11 66.150.887 1,43% Ceará 31 56.865.335 1,23% Distrito Federal 25 45.088.780 0,97% Maranhão 8 28.914.543 0,62% Alagoas 6 19.508.135 0,42% Amazonas 8 16.919.867 0,36% Paraíba 22 15.046.917 0,32% Goiás 7 8.943.907 0,19% Mato Grosso do Sul 2 7.694.684 0,17% Piauí 1 3.630.090 0,08% Tocantins 1 973.944 0,02% Mato Grosso 1 367.500 0,01% Roraima 0 144.630 0,00% Nacional* 19 1.285.619.023 27,73%

Total 1.357 4.636.203.888 100,00%

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Edição nº 27 – Novembro de 2015

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Recursos Autorizados por Instituição – 2006 a 10/2015

Instituição Nº de Projetos Recursos (R$) % Recursos UFRJ 259 517.780.272 11,17% UFPE 37 161.227.650 3,48% PUC-Rio 57 157.585.154 3,40% UFSC 43 123.266.813 2,66% Unicamp 71 122.353.908 2,64% UFRN 71 114.042.859 2,46% UFRGS 72 102.895.079 2,22% USP 67 96.817.165 2,09% UFF 26 78.008.458 1,68% IEAPM 2 73.877.740 1,59% UFS 20 57.779.629 1,25% UFES 21 57.591.876 1,24% UFSCar 22 54.363.827 1,17% UFBA 38 53.379.966 1,15% Uerj 27 52.333.110 1,13% IPT-SP 16 49.392.281 1,07% Ciaba 1 47.881.369 1,03% INT 15 43.226.487 0,93% UFMG 23 38.590.690 0,83% CIAGA 2 36.275.211 0,78% Instituições Diversas 464 2.248.811.560 48,51% PNQP/Prominp 3 348.722.780 7,52%

Total 1.357 4.636.203.888 100,00%

Fonte: SPD/ANP.

*Programas de capacitação de recursos humanos que envolvem várias instituições no Brasil.

O quadro abaixo mostra uma divisão dos projetos por área temática.

Recursos Autorizados por Área – 2006 a 10/2015

Área Nº de Projetos Recursos (R$) % Recursos

Exploração 152 264.841.080 5,71%

Produção 348 813.843.832 17,55%

Abastecimento 238 444.989.038 9,60%

Gás Natural 17 31.891.814 0,69%

Biocombustíveis 109 177.750.659 3,83%

Meio Ambiente 123 213.813.695 4,61%

Estudos de Bacias com Aquisição de Dados 19 460.401.985 9,93%

Temas Transversais e Outros 131 389.577.223 8,40%

Recursos Humanos – PRH 183 505.772.399 10,91%

Recursos Humanos - Ciência sem Fronteiras 22 869.711.396 18,76%

Recursos Humanos – Prominp* 6 432.879.361 9,34%

Recursos Humanos – Outros** 9 30.731.405 0,66%

Total 1.357 4.636.203.888 100,00%

Fonte: SPD/ANP.

* Inclui as despesas previstas nos projetos: PNQP/Prominp, Ciaga/Marinha do Brasil e Ciaba/Marinha do Brasil. Inclui despesas de infraestrutura

laboratorial no valor de R$ 66.388.520,60.

** Inclui despesas de infraestrutura laboratorial no valor de R$ 14.974.779,52.

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Edição nº 27 – Novembro de 2015

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A Figura abaixo mostra a distribuição dos recursos de P,D&I autorizados, por estado e região.

Fonte: SPD/ANP.

A tabela ao lado apresenta as

concessionárias que já receberam

autorizações prévias para realização

de despesas obrigatórias. A admissão

destas despesas é regulamentada pela

Resolução ANP nº 33/2005 e pelo

Regulamento Técnico ANP nº

5/2005. Além de avaliar e aprovar os

projetos encaminhados pelos

concessionários, a ANP fiscaliza o

cumprimento das normas,

reconhecendo ou não a aplicação dos

investimentos em P,D&I, por meio

de análise técnica dos relatórios

anuais encaminhados pelos

concessionários e por visitas técnicas

aos projetos.

Recursos Autorizados por Empresa - 2006 a 10/2015

Concessionária Nº de Projetos Recursos (R$) % Recursos

Petrobras 1.231 4.309.102.253 92,94%

BG 39 193.771.223 4,18%

Statoil 19 36.857.048 0,79%

Shell 5 23.510.770 0,51%

Petrogal 12 20.570.462 0,44%

Sinochem 12 16.964.173 0,37%

Repsol 10 10.363.982 0,22%

Chevron 9 6.365.974 0,14%

Queiroz Galvão 4 5.843.510 0,13%

Parnaíba Gás Natural 2 5.566.581 0,12%

Frade Japão 1 3.157.523 0,07%

BP 2 2.321.858 0,05%

GeoPark 3 672.903 0,01%

ONGC 2 503.790 0,01%

Brasoil 2 236.250 0,01%

QPI Petróleo 2 192.289 0,00%

Rio das Contas 1 111.101 0,00%

Total Brasil 1 92.198 0,00%

Total 1.357 4.636.203.888 100,00%

Fonte: SPD/ANP.

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Edição nº 27 – Novembro de 2015

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Seis unidades de pesquisa foram credenciadas em outubroEm outubro, seis unidades de pesquisa foram

credenciadas segundo a regulamentação vigente. Dessa

forma, até esse mês, 647 unidades de pesquisa de 114

instituições foram credenciadas. Para executar projetos

com recursos oriundos da Cláusula de Investimento em

P,D&I, as instituições interessadas devem ser

credenciadas pela ANP. O credenciamento é o

reconhecimento formal de que a instituição atua em

atividades de pesquisa e desenvolvimento em áreas de

relevante interesse para o setor de petróleo, gás natural e

biocombustíveis, e que possui infraestrutura e condições

técnicas e operacionais adequadas para seu

desempenho. Uma vez credenciada, a instituição se

torna apta a receber recursos provenientes da cláusula

presente nos contratos para exploração,

desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural.

O credenciamento de instituições de P,D&I por parte da

ANP obedece as regras, as condições e os requisitos

técnicos estabelecidos pela Resolução ANP nº 47/2012,

alterada pela Resolução ANP nº 36/2014, e o respectivo

Regulamento Técnico ANP nº 7/2012. O processo de

credenciamento consiste em quatro etapas: cadastro de

informações e envio da solicitação por intermédio do

Sistema de Gestão de Investimento em Pesquisa e

Desenvolvimento (Siped) no sítio na ANP na internet;

protocolo, no escritório central da ANP, do documento

de solicitação gerado no sistema; avaliação da

solicitação, que consiste em análise técnica do pedido e,

a critério da ANP, em visita técnica à instituição

relevante; e emissão de parecer e formalização da

decisão do credenciamento.

A instituição interessada pode apresentar a solicitação

de credenciamento a qualquer tempo, pois o processo é

contínuo, não havendo data limite para seu

encerramento. Uma mesma instituição pode ter mais de

uma unidade de pesquisa credenciada, em função das

peculiaridades de sua estrutura organizacional e das

atividades de P,D&I por ela desenvolvidas.

No sítio da ANP, no endereço www.anp.gov.br >>

Pesquisa e Desenvolvimento >> Credenciamento das

Instituições de P,D&I, podem ser acessados as

Resoluções ANP e o Regulamento Técnico ANP nº

7/2012, bem como arquivo tutorial contendo instruções

para acesso ao Siped e preenchimento dos dados.

Esclarecimentos podem ser obtidos pelo e-mail:

credenciamentop&[email protected] unidades de

pesquisa de instituições credenciadas podem ser

consultadas no sítio da ANP, no endereço

www.anp.gov.br >> Pesquisa e Desenvolvimento >>

Instituições Credenciadas.

O sistema permite realizar consultas por Unidade

Federativa, área de pesquisa, temas, ou ainda listar todas

as unidades de pesquisa das instituições credenciadas.

Além disso, estão disponibilizadas informações dos

coordenadores e equipe técnica de cada unidade de

pesquisa e a cópia da autorização publicada no Diário

Oficial da União com a relação de linhas de pesquisa em

que a unidade atua.

A figura a seguir mostra a localização regional das

instituições credenciadas pela ANP até 31/10/2015,

segundo regulamentação vigente.

CREDENCIAMENTO EM P&D

Fonte: SPD/ANP