da escola pÚblica paranaense 2009 · também, a arborização de cidades, realizada de forma...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
UNIDADE DIDÁTICA
INÊS LOURENÇO AUGUSTO
ARBORIZAÇÃO URBANA: UMA PROPOSTA DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM PARCERIA COM A
ESCOLA E COMUNIDADE
MARINGÁ – PR
2010
1
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
UNIDADE DIDÁTICA
INÊS LOURENÇO AUGUSTO
Desenvolvido por meio do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE, na área
de Geografia, com o título Arborização urbana:
uma proposta de educação ambiental em
parceria com a escola e comunidade, com o
tema Arvores da Vida a\ cada nascimento uma
árvore é plantada.
Orientadora: Profª. Maria Eugenia Moreira
Costa Ferreira.
MARINGÁ – PR
2010
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1 IDENTIFICAÇÃO
1.1 ÁREA: Geografia
1.2 PROFESSORA PDE: Inês Lourenço Augusto
1.3 ORIENTADORA IES: Maria Eugenia Moreira Costa Ferreira
1.4 IES: Universidade Estadual de Maringá - UEM
1.5 PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: Unidade Didática
1.6 ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Tiradentes – Ensino Fundamental e
Médio
1.7 PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: Alunos da 7ª Série do Ensino Fundamental
1.7 DURAÇÃO: 32 horas
2 INTRODUÇÃO
Atualmente, em virtude de diversas observações, estudos, análises e constatações,
percebe-se que o cuidado que o ser humano deve ter com a Natureza é similar ao cuidado que
deve ter com sua casa. Algumas medidas como a arborização de vias públicas, praças, vazios
urbanos destinados à área verde, podem contribuir de maneira significativa para a melhoria da
qualidade de vida urbana.
A arborização urbana representa para a maioria das cidades seu maior investimento
em vegetação. Quando bem planejada cria um ambiente agradável, pois altera a aparência
dos lugares onde as pessoas vivem e trabalham. No entanto, a grande importância está em
influenciar o clima e a qualidade do ar.
O ensino da Educação Ambiental, sobretudo, na disciplina de Geografia torna-se
complexo quando pensado apenas no contexto teórico na sala de aula, uma vez que muitos
conceitos e aplicações tornam-se superficiais para os alunos. As Diretrizes Curriculares da
Rede Pública de Educação Básica (DCEs), Paraná (2008) propõe que os conteúdos sejam
trabalhados de forma crítica e dinâmica, de maneira que a teoria, a prática e a realidade
estejam articuladas.
A perspectiva ambiental oferece instrumentos para que o aluno possa compreender
problemas que afetam a sua vida, a da comunidade, a do país e a do planeta. Nesse sentido, as
situações de ensino precisam ser organizadas de forma a proporcionar oportunidades para que
o aluno possa utilizar o conhecimento sobre Meio Ambiente para compreender a sua realidade
3
e atuar sobre ela (DIAS, 1994). O exercício da participação em diferentes instâncias (desde
atividades dentro da própria escola, até movimentos mais amplos referentes a problemas da
comunidade) é também fundamental para que os alunos possam contextualizar o que foi
aprendido, sendo que o projeto é fonte de riqueza de informações e estímulo para a reflexão
de valores pelos envolvidos.
Para que se efetive o caráter participativo propostos nas atividades que compõem a
presente unidade Didática pretende-se desenvolver uma prática de sensibilização envolvendo
a população da cidade, com a participação dos alunos da 7ª série do Ensino Fundamental do
Colégio Estadual Tiradentes da cidade de Umuarama - Paraná, envolvendo a Prefeitura
Municipal, Assessoria de Meio Ambiente e Lions Clube de Umuarama, Agendas 21, onde
será dinamizado o processo de desenvolvimento da proposta, sendo este último, de relevante
importância para o exercício da cidadania e para a melhoria da qualidade ambiental, logo, de
vida, da cidade de Umuarama-Paraná, com o objetivo geral de contribuir para a
implementação de um programa de arborização urbana nos espaços públicos e privados da
cidade de Umuarama-PR.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A arborização das cidades constitui-se em um elemento de grande importância para a
elevação da qualidade de vida da população, seja em grandes centros urbanos quanto em
pequenas cidades. Com suas características, são capazes de controlar muitos efeitos adversos
do ambiente urbano, contribuindo para uma significativa melhoria na qualidade de vida, pois
melhoram o ambiente urbano tanto no aspecto ecológico quanto na sua estética (MENESES et
al., 2003).
A vegetação do meio urbano, nas mais diferentes localidades, exerce diferenciadas
funções ligadas e influenciadas por aspectos sociais, culturais, econômicos, e, especialmente,
ecológicos, com grande impacto nas condições de conforto ambiental (SANCHOTENE,
1999).
Por arborização urbana entende-se toda a cobertura vegetal de porte arbóreo existente
nas cidades. “Essa vegetação ocupa, fundamentalmente, três espaços distintos: as áreas livres
de uso público e potencialmente coletivas; as áreas livres particulares; e acompanhando o
sistema viário” (GUZZO, 2009, p. 01). Da mesma forma que a arborização encontrada nas
áreas livres públicas e privadas, as árvores que acompanham o sistema viário desempenham
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função ecológica, no sentido de melhoria do ambiente urbano, e estética, no sentido de
embelezamento das vias públicas, conseqüentemente da cidade.
Sampaio (2006) relata os benefícios da arborização urbana, ressaltando alguns
aspectos relevantes, tais como:
Sombreamento, pela absorção de parte dos raios solares; diminuição da poluição
sonora; proteção contra os ventos; ação sobre o bem-estar físico e psíquico do
homem; purificação do ar através do ”seqüestro” de carbono; retenção de água no
solo e estabelecimento de equilíbrio hidrodinâmico; emissão de fragrância úmida e
agradável pelas manhãs; suavização do aspecto visual em consonância com o
concreto das cidades; melhoria da qualidade de vida (SAMPAIO, 2006, p. 18).
Outra função importante da arborização que acompanha o sistema viário evidenciada
pelo autor supracitado, diz respeito à sua função de atuar como corredor ecológico,
interligando as áreas livres vegetadas da cidade, como praças e parques. Por conseguinte, em
muitas condições, as árvores em frente às residências conferem-lhes uma identidade
particular, propiciando o contato direto dos moradores com um elemento natural significativo,
considerando todos os seus benefícios.
A arborização das cidades é um elemento de grande relevância para o aumento da
qualidade de vida da população, tanto nos grandes centros urbanos como nas pequenas
cidades, contribuindo para o controle dos efeitos adversos do ambiente urbano, contribuindo
para uma significativa melhoria na qualidade de vida, pois melhoram o ambiente urbano tanto
no aspecto ecológico quanto na sua estética (SAMPAIO, 2006; MENEGUETTI, 2009).
A arborização de vias urbanas consiste em trazer para as cidades, pelo menos
simbolicamente, um pouco do ambiente natural e do verde das matas, com o escopo de
satisfazer às necessidades mínimas do ser humano, que não se sente bem sob o intenso calor
ou o ar seco destas selvas de pedra, que são as cidades modernas (SAMPAIO, 2006).
Por sua vez, Martins Júnior (1996) comenta que as áreas verdes constituem-se em um
espaço “social e coletivo”, sendo indispensável para a manutenção da qualidade de vida,
facilitando o acesso de todos, independentemente da classe social, promovendo a integração
entre os homens. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declara que as cidades tenham, no
mínimo, 12 metros quadrados de área verde por habitante.
Embora sejam muitos os benefícios proporcionados pelas árvores, o reconhecimento
histórico dos mesmos pela população brasileira tem deixado a desejar (PINHEIRO, 2009).
Para este autor, mesmo atualmente, as árvores das ruas e avenidas continuam sendo
danificadas, mutiladas, ou mesmo, eliminadas, quando se trata de reformas urbanas como
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alargamento de vias, conserto de encanamentos, manutenção da rede elétrica, construção e
reforma de edificações residenciais, comerciais e mesmo institucionais.
Nessa perspectiva, Guzzo (2009) evidencia a necessidade de proceder a um manejo
constante e adequado voltado especificamente para a arborização de ruas, envolvendo etapas
concomitantes de plantio, condução das mudas, podas e extrações necessárias. O autor
ressalta que:
[...] para que seja implementado um sistema municipal que dê conta de toda essa
demanda de serviços, é necessário considerar a necessidade de uma legislação
municipal específica, medidas administrativas voltadas a estruturar o setor
competente para executar os trabalhos, considerando, fundamentalmente, mão-de-
obra qualificada e equipamentos apropriados, bem como o envolvimento com
empresas que ajudem a sustentar financeiramente os projetos e ações idealizadas, e
com a população em geral. Este último poderá acontecer, preferencialmente, através
de programas de educação ambiental voltados para o tema, procurando envolver de
fato os moradores no processo de arborização ou rearborização da cidade (GUZZO,
2009, p. 01).
Os requisitos fundamentais consistem em planejar adequadamente e
concomitantemente a arborização e as intervenções urbanas, programando o atendimento
constante das necessidades da arborização, assegurando as condições efetivas para a
concretização dos programas de arborização (SAMPAIO, 2006).
Para o autor supracitado, as pesquisas constituem-se em ferramentas necessárias para a
evolução do planejamento, adequação, implantação e manejo de árvores urbanas,
contribuindo para o estímulo da discussão científica e intelectual do presente e do futuro da
vegetação urbana de um modo geral. Também, a arborização de cidades, realizada de forma
planejada, apresenta-se como uma alternativa para a melhoria da qualidade ambiental urbana,
considerando-se os benefícios diretos e indiretos proporcionados pelas áreas verdes e árvores
de ruas.
Segundo Cavalcanti (1995), qualquer metodologia que se proponha capaz de orientar o
planejamento ambiental de ações de desenvolvimento deve, necessariamente, partir de
premissas participativas. Somente a promoção da participação das sociedades que recebem as
intervenções, na condição de sujeito ativo e não de mero objeto de planejamento, pode se
tornar um instrumento capaz de controlar os efeitos modificadores gestados por intervenções
econômicas.
Assim sendo, enfrentar a discussão sobre a natureza da participação social e como
promovê-la em direção ao alcance das metas estabelecidas nos planos, programas e projetos
ambientais, corresponde a um grande desafio por parte dos planejadores.
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As áreas florestadas ajudam a reduzir a porcentagem de escoamento das águas da
chuva e seu impacto. Parte da água permanece nas folhas das árvores, dando mais tempo para
evaporar diretamente para o ar e reduzindo o impacto no solo, o que, por sua vez, reduz a
erosão do solo. As raízes absorvem a água do solo e seguram as partículas no lugar, reduzindo
o carregamento de sedimentos que assoreiam os rios (MENEGUETTI, 2009).
É nesse sentido que na visão da autora supracitada, a ideia de uma estrutura ecológica
que conecte corredores verdes, manchas florestadas e outras intervenções pontuais, lidando
diretamente com o manejo das águas e capacitando o sistema de espaços livres urbanos para
fornecer serviços ambientais, oferece um caminho para o enfrentamento da delicada relação
entre a urbanização e os processos naturais.
Como pressupostos importantes para os inventários de árvores de ruas Michi; Couto
(2009) apontam as seguintes considerações:
a) monitoramento das condições das árvores visando priorizar os recursos
humanos e financeiros para as necessidades das árvores; b) determinação da
composição etária e das espécies, por ruas, bairros e cidades, com o objetivo de a
mostrar a diversidade das espécies e das idades; c) correção de possíveis
problemas que poderiam causar danos ao público ou propriedades; d) controle
das podas, serviços e dos custos das manutenções das árvores de ruas; e)
monitoramento de taxa de sobrevivência das árvores recém-plantadas, definindo as
espécies mais adaptadas e os viveiros fornecedores de mudas de melhor
qualidade; f) detecção de problemas com insetos e doenças visando a prevenção e
identificação das espécies mais susceptíveis (MICHI; COUTO, 2009, p. 01-02).
O processo de avaliação da arborização, tanto qualitativo como quantitativo depende
da realização de inventários que, em função de objetivos especificamente definidos, são
fundamentados em diferentes metodologias , podendo apresentar diferentes graus de precisão
(SAMPAIO, 2006).
É importante resssaltar que a vida envolve tensões entre valores importantes. Isto pode
significar escolhas difíceis. Todavia, é necessário encontrar caminhos para harmonizar a
diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objuetivos de curto
prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um
papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os
meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são
todos chamados a ofercer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e
empresas é essencial para uma governabilidade efetiva (BRASIL, 2007).
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4 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NA ESCOLA
4.1 O Caminho Metodológico
A proposta de trabalho será desenvolvida através de realizações de visitas com alunos
e professores às vias públicas para conhecer os espaços arborizados e possíveis áreas para
plantar, observando os problemas causados com o plantio inadequado de árvores que
provocam a destruição de calçadas, assim como sobre o espaçamento correto entre as
mesmas, altura, etc.
Após a visita de campo, será realizada uma palestra com representante do IAP
(Instituto Ambiental do Paraná) da cidade de Umuarama, para propiciar um conhecimento
mais amplo sobre as árvores urbanas e demais vegetações, solo, microorganismos, inseto,
animais silvestres, etc.
O projeto tem como proposta distribuir uma muda de árvore para cada criança que
nasce, buscando o reflorestamento das áreas urbanas da cidade, contando com várias parcerias
sendo elas: Prefeitura Municipal, Assessoria de Meio Ambiente, IAP e Lions Clube de
Umuarama. Esta ação será trabalhada para despertar o interesse pelo reflorestamento e a
necessidade de se buscar alternativas de melhoria da condição ambiental da cidade e do
planeta.
Após o desenvolvimento das mudas, estas serão entregues para cada criança que nasce
no Município de Umuarama para ser plantada em uma praça e/ou residência, para
homenagear seu nascimento, pois o ato de plantar a árvore em comemoração ao nascimento
do filho abre possibilidades de novas idéias, remetendo ao compromisso de preservação do
espaço ambiental.
As mudas serão colocadas em embalagens decoradas, utilizando a criatividade de cada
aluno, com objetivo de despertar-lhes a preocupação e a importância na preservação do meio
ambiente e da reciclagem.
Este trabalho será realizado sob a orientação da professora de Artes. Assim,
juntamente com a muda de árvore serão entregues cartões de felicitações, poesias, frases e
poemas, confeccionados pelos alunos da escola, com a participação da professora de
Português que trabalhará o tema para a produção do material. Os hospitais também serão
convidados a participar com as suas assistentes sociais, para fazerem as entregas das mudas
aos pais logo após o nascimento do filho.
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Para a distribuição das mudas será necessária a parceria do Viveiro Municipal e IAP
da cidade. A avaliação dos alunos será feita através de relatórios e debates sobre a temática
relativa à preservação do meio ambiente.
4.1 Oficina 1: A Vegetação das Cidades
Nas cidades, a vegetação presente tem numerosos usos e funções no ambiente. É
possível perceber nas cidades as diferenças entre as regiões arborizadas e aquelas desprovidas
de arborização. Os locais arborizados geralmente se apresentam mais agradáveis aos sentidos
humanos.
Estudos de Sanchotene (1994); Vidal e Gonçalves (1999); Meneguetti (2009) e Maciel
et al (2009) revelam que a presença de arbustos e árvores no ambiente urbano contribui para a
melhoria do microclima, através da diminuição da amplitude térmica, especialmente, por
meio da evapotranspiração, da interferência na velocidade e direção dos ventos,
sombreamento, embelezamento das cidades, diminuição das poluições atmosférica, sonora e
visual e contribuição para a melhoria física e mental do ser humano na cidade.
A Figura 01 abaixo será apresentada aos alunos, para ilustrar aspectos da vegetação da
cidade de Umuarama.
Figura 01 - Avenida Paraná – Umuarama - PR
Fonte: Mauro Sérgio Ribeiro da Silva
Atualmente, em virtude de diversas observações, estudos, análises e constatações,
percebeu-se que o cuidado que o ser humano deve ter com a Natureza é similar ao cuidado
que deve ter com sua casa. Algumas medidas como a arborização de vias públicas, praças,
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vazios urbanos destinados à área verde, podem contribuir de maneira significativa para a
melhoria da qualidade de vida humana.
Por sua vez, Mendonça (2000 apud, SILVA et al., 2002) assevera que a arborização
e/ou paisagismo são componentes relevantes na paisagem urbana, fornecendo sombra,
contribuindo para a diminuição da poluição do ar e sonora, absorvendo parte dos raios solares,
protegendo contra o impacto direto dos ventos, reduzindo o impacto das gotas da chuva sobre
o solo e a erosão e embelezando as cidades.
O professor lembrará aos alunos que a Constituição da República Federativa do Brasil,
de 1988 estabelece em seu Art. 225 que: “Todos têm direito ao meio ambiente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder
público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para a presente e futuras
gerações” (BRASIL, 1997) cabendo ao poder público, “promover a Educação Ambiental em
todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”.
Após, os alunos farão um passeio pelo bairro, observando e analisando as diferenças
entre as regiões arborizadas e outras desprovidas de arborização, espaçamento entre as
mesmas e conhecendo as suas espécies, procedendo aos registros no caderno.
Será trabalhada, ainda, nesta unidade, os tipos de árvores existentes em cada região do
Brasil, utilizando a Figura 02 abaixo, como fonte de ilustração.
Figura 02 - Tipos de árvores em cada região brasileira
Fonte: Disponível em: <www.achetudoeregiao.com.br/Arvores/arvores>
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Considerando que o envolvimento da população é a chave para o desenvolvimento de
assentamentos humanos sustentáveis, será proposta a seguinte questão para reflexão e debate:
Quais as ações para promover e envolver a população no processo de arborização da
cidade de Umuarama?
Após as discussões, os alunos sairão a campo (em grupos) observando e anotando os
problemas detectados, tendo como base o roteiro (Apêndice1 e 2). Na oportunidade, os
espaços urbanos serão fotografados, filmados para uma posterior análise descritiva da
situação investigada pelos alunos e pelo professor que estará sempre atento, acompanhando e
auxiliando no registro de todas as situações vivenciadas.
4.2 Oficina 2: Arborização Urbana de Umuarama
Primeiramente, será explicado aos alunos que a cidade de Umuarama tem um Plano
Diretor de Arborização, com o objetivo de direcionar o gerenciamento da arborização de vias
públicas e logradouros, priorizando as necessidades da cidade, além de iniciar um processo de
planejamento contínuo para atingir melhorias significativas na arborização urbana de
Umuarama-PR. O Plano Diretor de Arborização Urbana - Umuarama – PR foi elaborado por
Alexander Fabbri Hulsmeyer e Katia Regina Del Valle Rodrigues.
Os alunos serão levados a compreender aspectos relevantes acerca da colonização de
Umuarama, que se deu a partir de 1955, pela iniciativa da Cia Melhoramentos Norte do
Paraná, com a aquisição da Gleba Umuarama. O núcleo urbano foi projetado seguindo os
mesmos critérios urbanísticos das cidades de Maringá e Cianorte.
Questões sobre o clima e a temperatura também serão destacadas. Com relação ao
clima, o professor explicará que a região de Umuarama é caracterizada como clima
Subtropical Úmido Mesotérmico, com verões quentes com tendência de concentração das
chuvas (temperatura média de 26,5º C), invernos com geadas pouco freqüentes (temperatura
média 17,3º C), sem estação seca definida A temperatura média anual é de 22,1º C, sendo a
temperatura mais baixa registrada de -1,4º C, em julho de 1.975 e a mais alta de 44,0º C em
novembro de 2009. Os ventos predominantes são de sudeste e noroeste (HULSMEYER;
RODRIGUES, 2008).
As Figuras 03 e 04 a seguir serão apresentadas aos alunos para ilustrar aspectos
importantes da cidade na atualidade.
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Figura 03 - Avenida Anhanguera - Umuarama – Paraná
Fonte: Autora: Professora Inês Lourenço Augusto
Figura 04 - Praça Enio Romagnoli - Umuarama – Paraná
Fonte: Autora: Professora Inês Lourenço Augusto
O professor levará ao conhecimento dos alunos que a cidade de Umuarama conta com
uma grande quantidade de árvores (aproximadamente 100.000 árvores). Essa grande
arborização contribui para amenizar o forte calor dos meses mais quentes em todas as cidades.
No centro da cidade existem dois grandes bosques de matas nativas (Bosque Uirapuru e
Bosque dos Xetás de Umuarama - Paraná), conforme ilustrado nas Figuras 05 e 06 a seguir.
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Figura 05 - Bosque Uirapuru Figura 06 - Bosque dos Xetás
Fonte: Autora: Professora Inês Lourenço Augusto Fonte: Autora: Professora Inês Lourenço Augusto
4.3 Oficina 3: Ipê: Uma árvore que embeleza
Inicialmente, será explicado que, no inverno, quando as folhas do Ipê caem,
apresentando uma floração exuberante. A cidade de Umuarama conta com muitas avenidas,
ruas e praças arborizadas com Ipês – Roxo, Amarelo e Branco, que segundo o parecer técnico
do Instituto Ambiental do Paraná, podem ser usados para arborização em canteiros centrais na
cidade. A Figura 07 abaixo ilustrará a aula, demonstrando a beleza do Ipê.
Figura 07 - Ipê Amarelo
Fonte: Autor: Mauro Sérgio Ribeiro da Silva
Os alunos serão levados a refletir sobre a Lei nº 1741/93 do Município de Umuarama -
Paraná. A respeito da arborização urbana, a referida Lei determina que:
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Art. 3º. “Os serviços de arborização urbana consistem em planejamento, produção de
mudas, plantio, poda e eliminação, que serão exercidos mediante a aplicação de critérios
técnicos contidos nesta lei”.
Art. 6º. O plantio seguirá os seguintes parâmetros técnicos:
I. A muda deverá ser alinhada no espaço entre 80 e 100 cm do meio fio;
II. Deverá manter uma distância mínima de 05 metros de postes da rede de energia
elétrica;
III. Será utilizada preferencialmente, uma espécie da árvore em uma mesma via pública;
IV. Manter livre o calçamento, no mínimo uma área de 01 m2 (um metro quadrado) ao
redor de cada árvore plantada;
V. Prover a proteção e adubação para as árvores plantadas, quando for necessário.
Art. 7º. “Para a formação e manutenção das árvores, será admitida a prática de poda,
desde que feita de maneira técnica e dentro dos parâmetros desta Lei”.
Art. 9º. “Em árvores jovens será adotada a poda de formação, visando a boa formação
e equilíbrio da copa”.
Art. 19º. “Fica proibido cortar e podar qualquer árvore de arborização pública com a
finalidade de melhorar a visão de placas e letreiros de estabelecimentos comerciais”.
Art. 27º. “Nos novos projetos de loteamentos urbanos, será exigido projeto de
arborização urbana, elaborado por um técnico habilitado e que deverá ser submetido à
aprovação da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente”.
Conforme a Lei nº 1.741, de maio de 1993, no seu artigo 12, somente tornava possível
a realização do corte da árvore quando:
I. estiver podre, ocada, ameaçando cair;
II. estiver localizada incorretamente em entrada de veículos, no meio da calçada fora
do alinhamento permitido;
III. for de espécie não recomendada para o local;
IV. estiver morta;
V. estiver infestada de pragas e/ou doenças e for considerada irrecuperável após
vistoria técnica.
O professor destacará que arborizar uma cidade não significa apenas plantar árvores
em ruas, jardins e praças, criar áreas verdes de recreação pública e proteger áreas verdes
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particulares. Além disso, a arborização deve atingir objetivos de ornamentação, melhoria
microclimática e diminuição da poluição, entre outros, como se pode verificar no texto
(Disponível em: < www.rge-rs.com.br/gestao_ambiental/arborizacao>), a seguir:
Redução da Temperatura: As árvores e outros vegetais interceptam, refletem,
absorvem e transmitem radiação solar, melhorando a temperatura do ar no ambiente
urbano;
Redução da Poluição Urbana: As árvores no ambiente urbano têm considerável
potencial de remoção de partículas e gases poluentes da atmosfera;
Redução dos Ruídos: O nível de ruído excessivo nas cidades, provocado pelo
tráfego e por diversas outras fontes, afeta psicológica e fisicamente as pessoas. A
presença das árvores reduz os níveis da poluição sonora ao impedir que os ruídos e
barulhos fiquem refletindo continuamente nas paredes das casas e edifícios.
Também, serão explicitadas algumas contribuições significativas advindos do
processo de arborização na melhoria da qualidade do ambiente urbano, conforme propõe
Guzzo (2009, p. 01):
Purificação do ar pela fixação de poeiras e gases tóxicos e pela reciclagem de
gases através dos mecanismos fotossintéticos;
Melhoria do microclima da cidade, pela retenção de umidade do solo e do ar e pela
geração de sombra, evitando que os raios solares incidam diretamente sobre as
pessoas;
Redução na velocidade do vento;
Influência no balanço hídrico, favorecendo infiltração da água no solo e
provocando evapotranspiração mais lenta;
Abrigo à fauna, propiciando uma variedade maior de espécies, conseqüentemente
influenciando positivamente para um maior equilíbrio das cadeias alimentares e
diminuição de pragas e agentes vetores de doenças;
Amortecimento de ruídos (GUZZO, 2009, p. 01).
Assim, será explicado que a arborização das cidades é um elemento importante para o
aumento da qualidade de vida da população, tanto nos grandes centros urbanos como nas
pequenas cidades, contribuindo para o controle dos efeitos adversos do ambiente urbano,
contribuindo para uma significativa melhoria na qualidade de vida, pois melhoram o ambiente
urbano tanto no aspecto ecológico quanto na sua estética. As vias urbanas arborizadas trazem
para as cidades, pelo menos simbolicamente, um pouco do ambiente natural e do verde das
matas, com o objetivo de satisfazer às necessidades mínimas do ser humano, que não se sente
bem sob o intenso calor ou o ar seco destas selvas de pedra, que são as cidades modernas
(SAMPAIO, 2006; MENEGUETTI, 2009).
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A fala do professor será complementada com a apresentação da Figura 08 abaixo,
demonstrando o aspecto de uma das avenidas da cidade.
Figura 08 - Avenida Manaus - Umuarama - Paraná
Fonte: Autor: Mauro Sérgio Ribeiro da Silva
Será comentado tendo como base o texto proposto por Pinheiro (2009), que embora
sejam muitos os benefícios proporcionados pelas árvores, as mesmas continuam sendo
danificadas, mutiladas ou mesmo eliminadas, quando se trata de reformas urbanas como
alargamento de vias, conserto de encanamentos, manutenção da rede elétrica, construção e
reforma de edificações residenciais, comerciais e mesmo institucionais.
Daí a importância de proceder a um manejo constante e adequado voltado
especificamente para a arborização de ruas, envolvendo etapas concomitantes de plantio,
condução das mudas, podas e extrações necessárias.
Serão propostas as seguintes atividades:
Você já viajou por alguma região e/ou cidades desprovidas de arborização?
Em caso positivo, como se sentiu?
Se você perceber alguém danificando, cortando ou mutilando uma árvore, o
que deve fazer?
4.4 Oficina 4: Plantio
Na oportunidade o professor explicará que o plantio de árvores em áreas urbanas é
muito importante, porém, requer cuidados sob diversos aspectos, tento como base o texto a
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seguir que será fotocopiado e entregue aos alunos, para o acompanhamento das atividades
propostas nesta unidade.
Plantio
Local do plantio: é preciso observar bem o espaço onde ela será plantada e ter conhecimento das espécies
mais apropriadas para o local. O mais importante é garantir o espaço para que a mesma atinja a idade adulta sem
intervenções. Ao fazer o plantio, é importante levar em consideração:
1. A presença e a distância da fiação, dos canos de água e de esgoto, das edificações e placas de sinalização;
2. A existência de uma boa área permeável ao redor do tronco, sem ser pavimentada, para que se possa
garantir a irrigação e a absorção adequada de água e de adubo;
3. A interferência na iluminação natural, pois caso a árvore seja plantada em local inadequado pode causar
muito sombreamento nas residências locais;
4. Observar a localização das redes elétrica e hidráulica, a sinalização do trânsito, a visibilidade dos
motoristas e a harmonia visual;
5. Em estacionamentos existem outros fatores, como a inconcveniência de folhas muito pequenas que
acabam obstruindo viadutos de ventilação dos carros, ou frutos grandes que podem amassar a lataria.
Escolha da espécie: deve ser bem escolhida para valorizar a propriedade. Na seleção de espécies utilizadas
na arborização de ruas, devem-se considerar também fatores como porte, tipo e diâmetro de copa, hábito de
crescimento das raízes e altura da primeira bifurcação, adaptabilidade, sobrevivência e desenvolvimento no local
de plantio. Em termos práticos e até estéticos, é importante a escolha de uma só espécie para cada rua, ou para
cada lado da rua ou até mesmo para certo número de quarteirões. Desta forma, fica mais fácil acompanhar seu
desenvolvimento e realizar podas de formação e contenção, quando necessárias. Porém, isto pode aumentar a
infestação de pragas e doenças.
- Evitar espécies com troncos que tenham espinhos.
- Dependendo do local a ser arborizado (cidades de clima frio), a escolha de espécies caducifólias (ordem das
folhas em certo período do ano) é extremamente importante para o aproveitamento do calor solar nos dias frios;
já em outras cidades, as espécies de folhagem perene são mais adequadas.
- A copa deve ter formato, dimensão e engalhamento adequado. A dimensão deve ser compatível com o
espaço físico, permitindo o livre trânsito de veículos e pedestres, evitando danos às fachadas e conflito com a
sinalização, iluminação e placas indicativas.
- Nos passeios, deve-se plantar apenas espécies com sistema radicular pivotante, as raízes devem possuir um
sistema de enraizamento profundo parea evitar o levantamento e a destruição de calçadas, asfaltos e muros de
alicerces profundos.
- O plantio de árvores muito baixas também pode ser prejudicial ao trânsito de carros e de caminhões,
devendo ser plantadas a 1,5 m da guia.
- Dar preferência a espécies que não deem flores ou frutos muito grandes.
- Selecionar espécies rústicas e resistentes a pragas e doenças, pois não é aconselhável o uso de fungicidas e
inseticidas no meio urbano.
- Escolher espécies de árvores de crescimento rápido, pois em ruas, avenidas, ou nas praças, estão muito
sujeitas à predação, sobretudo quando ainda pequenas.
- Deve-se selecionar espécies de galhadas resistentes para evitar galhos que se quebrem com facilidade. Em
áreas residenciais con siderar a posição do sol e a queda das folhas com as mudanças das estações, de maneira a
permitir sombra no verão e aquecimento no inverno. As árvores devem permitir a incidência do sol, necessário
nos jardins residenciais. Deve-se, ainda, evitar espécies geradoras de sombreamento excessivo e plantios muito
próximos às casas.
- Pode-se utilizar espécies nativas ou espécies exóticas, observados os critérios citados e as características das
espécies. Algumas espécies apresentam limitações para arborização urbana. Por isso não são recomendadas.
Fonte: IBRAP (2009)
Após as explicações do professor, leituras e debates, será proposta as seguintes
atividades:
Você acha importante a escolha da espécie? Por quê?
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Após as discussões e registros, os alunos serão levados a campo para o plantio de
árvores nos arredores da escola e praças, seguindo os passos descritos abaixo:
Local: Escolher um lugar adequado para a planta;
Cova: Fazer a cova com 60 centímetros de diâmetro e igual profundidade;
Preparando a terra: Misturar a terra que retirou ao composto orgânico (duas partes
de terra, para uma de composto);
Preparo da Muda: Rasgar o saquinho onde está a muda (caso contrário, a raiz não se
desenvolverá), retirando a muda com o torrão de terra, sem quebrar o torrão. Dica:
em vez de fazer um único corte no saquinho, para retirá-lo, fazer vários, facilitando
tirar o torrão sem quebrar;
Preparo da Cova: Colocar a metade da mistura de terra e composto de volta na
cova;
Plantio: introduzir a muda com o torrão na cova e preencher o resto do buraco com
a mesma mistura;
Acabamento: Para finalizar, pressionar um pouco o chão do local plantado para
deixar a muda firme. No local da cova, o terreno deve ficar um a dois centímetros
abaixo do nível do solo, para facilitar regas. A primeira rega, já poderá ocorrer logo
após o plantio;
Cuidados finais: Cobrir o solo com folhas secas, o que ajudará a manter a umidade
da terra. Especialmente se o plantio for realizado em área urbana - numa calçada,
praça ou jardim - também vale à pena colocar uma grade de proteção em torno da
árvore, para que ninguém quebre a plantinha, desavisadamente;
Tutor: Para que a muda cresça reta, é importante amarrá-la a um tutor. Pode até ser
um cabo de vassoura, fixado verticalmente no chão, logo ao lado da muda. Mas
preste atenção à maneira de amarrar: O barbante deve formar um 8 deitado, com
um dos "círculos" do 8 em torno do tronco da muda e outro, no tutor. Assim,
proporciona-se firmeza e ao mesmo tempo um pouco de folga em torno do tronco
da futura árvore. Não deixar que o barbante “estrangule” o tronco, quando a planta
crescer.
Dicas para regar a planta: Quando não chove, deve se regar de uma a duas vezes ao
dia, no início da manhã ou fim de tarde. No inverno, rega-se só uma vez ao dia.
O professor lembrará os alunos que não se deve plantar árvores frutíferas em áreas
com rede elétrica, pois oferece perigo, caso alguma criança suba para coletar os frutos.
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4.5 Oficina 5: Poda
O professor explicará que a poda das árvores urbanas é uma prática constante, seja para
proporcionar mais vitalidade às árvores, seja por questões de segurança ou mesmo
simplesmente por estética.
O professor utilizará do texto descrito a seguir (Disponível em: <www.rge-
rs.com.br/gestao_ambiental/arborizacao>), que será fotocopiado e distribuído aos alunos para
que os mesmos possam acompanhar a leitura explicações.
Poda
Esta prática consiste na retirada de ramos, galhos ou mesmo de parte das raízes. A prática da poda inicia-se
ainda no viveiro, com o objetivo de direcionar o desenvolvimento da copa contra a tendência natural do modelo
arquitetônico da espécie. Isto é feito para compatibilizar a árvore com os espaços urbanos ou para promover sua
conformação estética. Este tipo de poda é chamado de poda de formação.
Após, alcançado o objetivo da configuração arquitetônica da copa, as árvores necessitam de cuidados, como a
retirada de galhos secos e a eliminação de focos de fungos ou plantas parasitas. Então, é realizada a poda de
manutenção. Mesmo após estes procedimentos podem ocorrer alterações do ambiente urbano que demandem a
realização de outra modalidade, a poda de segurança, com o objetivo de prevenir acidentes.
Fonte: Disponível em: <www.rge-rs.com.br/gestao_ambiental/arborizacao>
A Figura 09 abaixo ilustra um tipo de poda que não é adequada.
Figura 09 - Tipo de Poda
Fonte: Autora: Professora Inês Lourenço Augusto
19
O texto a seguir será utilizado para orientar os alunos quanto aos cuidados que se deve
ter para que as árvores não adoeçam (Disponível em:
<www.achetudoeregiao.com.br/Arvores/arvores>).
Previna sua árvore de adoecer
Há diversas possíveis causas. As mudas podem sair do viveiro com algum problema O solo pode ser muito
fraco ou compactado. A área sem calçamento ao redor do tronco pode não ser suficiente para a entrada de água e
nutrientes.
As árvores podem adoecer, caso sejam feitas práticas de poda inadequadas. As árvores, no ambiente urbano,
normalmente apresentam sintomas de estresse, ficam debilitadas e são atrativos para o ataque de fungos ou
insetos.
Fonte: Disponível em: <www.achetudoeregiao.com.br/Arvores/arvores>
Será proposta que os alunos façam uma pesquisa na internet, utilizando a sala de
informática da escola, para responder a seguinte questão:
O que podemos fazer para que a nossa árvore não adoeça?
O texto a seguir será proposto a título de informação aos alunos, com a intenção de
que os mesmos conheçam os prejuízos causados pela caiação.
Caiação das Árvores
Segundo o Engenheiro Florestal Eleutério Langowski, a caiação é uma prática ultrapassada e não traz
benefícios para a planta, sendo o contrário, pois propicia a formação de crostas de cal que transforma-se em
abrigo para a proliferação de insetos, formigas e outras pragas.
As pessoas que pintam os troncos têm a impressão de que há limpeza com esse ato, mas percebem que com
as chuvas, o pó acumulado nas folhas escorrem em cima da pintura branca, tingindo de escuro o que faz salientar
a sujeira novamente.
Em Umuarama, a Prefeitura não faz a caiação há muitos anos, o que está colaborando para o embelezamento
da cidade, mas alguns proprietários desconhecendo os malefícios da caiação continuam a pintar os troncos.
Fonte: Sinhorim (1998).
A Figura 10 a seguir ilustra árvoves com caiação.
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Figura 10 – Árvore com caiação
Fonte: Autora: Professora Ester Busch Sinhorim
Os alunos refletirão sobre a crônica intitulada “Árvores da Vida1”.
Árvores da vida...
Wanderlei Bellini
Presidente da Academia Umuaramense de Letras
Derrubaram aquela árvore bonita perto do Bosque.
As árvores caem feito gotas de lágrimas da natureza. Quem se importa com uma árvore?
Sonhei que havia alguém, em algum lugar, que se importava. Este alguém começou a dar nomes às
árvores, nomes de pessoas que iam nascendo. De repente havia uma praça inteira cheia de novas árvores. Árvore
Otávio, árvore Liz, árvore Guilherme, árvore Heloisa. Os pais iam toda semana olhar, cuidar, falar com as
árvores que tinham os nomes de seus filhos recém nascidos. Quem terá coragem de cortar uma árvore que atende
pelo nome? Árvore do amanhã. Árvore da família. Árvore da Vida.
Fonte: Bellini (2010).
Figura 11 – Leitura na árvore
Fonte: Autora: Professora Inês Lourenço Augusto
Atividades:
Demonstrar através de um desenho o que a crônica lhe inspirou.
1 Os direitos autorais foram cedidos pelo autor.
21
Completar o caça palavras, localizando as seguintes palavras: ÁRVORES,
SEMENTES, PLANTIO, ESPÉCIE, CALÇADA, VEGETAÇÃO, SOLO,
VENTO, MICROCLIMA, FAUNA, MUTILAÇÃO, ARBORIZAÇÃO
URBANA.
M Y G B W Y X Z Ç P L K J H M
F W A E U F A U N A P Y T R A
Q K R S L K R X Z L Ç C K K A
H G R P K S V Y Y U Y A W Q R
M W A E W Y O H W I W R Ç M B
M P F C O B R C K Ç Q T Ç W O
K L A I L H E F W A Y A P R R
W A K E E N S E M E N T E S I
S S D F G H T J K L Ç Z X Y Z
K T B L K M I C R O C L I M A
Z I Ç Y A K J H N G F D M K Ç
Y C T R W T Q Z X T C V U Y Ã
W O Q W R K A Y P L A N T I O
H G V F D S P S Y Y L R I Q U
M V E N T O Y K W G Ç K L L R
R Q D W T L P A P E A Z A C B
B W R M Y O W Y Q W D S Ç H A
Ç K O Y C E L U L O A E Â W N
T Y P K Y F G H W K L Ç O X A
V E G E T A Ç Ã O P S L I X O
Fonte: Elaborado pela Autora (2010)
Fonte: Elaborado pela Autora (2010)
22
Para finalizar o professor apresentará a título de curiosidades o “O Oráculo das
plantas: sua árvore, sua alma” (Disponível em: www.felipex.com.br/arvores_alma01.htm>).
Os próprios alunos, com o olhar atento do professor, acessarão o site, utilizando a sala de
informática da escola.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente proposta busca levar os alunos a compreenderem que a manutenção da vida
no planeta está intimamente relacionada com a existência das árvores, pois elas possuem uma
grande importância nos diversos processos ecológicos, auxiliando a conservação do ambiente
ecologicamente equilibrado. Faz-se necessário oferecer ao educando, além da maior
diversidade possível de experiências, uma visão abrangente que englobe diversas realidades e,
ao mesmo tempo, uma visão contextualizada da realidade ambiental, o que inclui, além do
ambiente físico, as suas condições sociais e culturais.
Deste modo, para que se obtenham os benefícios ambientais gerados pela arborização
urbana, minimizando os eventuais impactos negativos, os saberes adquiridos na escola,
através de uma proposta de Educação Ambiental que contemple a observação, pesquisa,
debates e plantios, constituem-se em significativas estratégias para o exercício da cidadania e
melhoria da qualidade do meio ambiente.
23
REFERÊNCIAS
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Meio
ambiente e saúde. Brasília: MEC/SEEF, 1997.
CAVALCANTI, C. Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável.
São Paulo: Cortez, 1995.
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<http://educar.sc.usp.br/biologia/prociencias/arboriz.html>. Acesso em: 15 dezembro de
2009.
HULSMEYER, A. F.; RODRIGUES, K. R. D. V. Plano Diretor de Arborização Urbana de
Umuarama Pr. Prefeitura Municipal de Umuarama: Umuarama, Paraná, 2008.
IBRAP. Instituto Brasileiro de Paisagismo. Curso de paisagismo básico. São Paulo, 2009.
MACIEL J. L. et al. Educação ambiental como ferramenta para a manutenção da
arborização urbana de Porto Alegre – RS. Disponível em:
<http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/smam/usu_doc/texto_da_jaque.pdf>. Acesso
em 15 de dezembro de 2009.
MARTINS JUNIOR, O.P. Uma cidade ecologicamente correta. Goiânia: A B Editora, 1996.
MENEGUETTI, K.S. Cidade jardim, cidade sustentável. A estrutura ecológica urbana e a
cidade de Maringá. Maringá. EDUEM. 2009.
MENESES, C.H.S.G. Análise da arborização dos bairros do Mirante e Vila Cabral na cidade
de Campina Grande. Revista de Biologia e Ciências da Terra, v.3, nº 2, 2º Semestre, 2003.
MICHI, S.M.P.; COUTO, H.T.Z. Estudo de dois métodos de amostragem de árvores de
rua na cidade de Piracicaba – SP. Disponível em:
<http://www.ipef.br/publicacoes/curso_arborizacao_urbana/cap01.pdf>. Acesso em: 12 de
dez. de 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação -SEED. Diretrizes curriculares de geografia
para a educação básica. Curitiba, 2008.
PINHEIRO, J. Arborização urbana. Disponível em:
<http://www.webartigos.com/articles/9812/1/Arborizacao-Urbana/pagina1.html>. Acesso em
26 de dezembro de 2009.
SAMPAIO, A.C.F. Análise da arborização de vias públicas das principais zonas do plano
piloto de Maringá-PR. Monografia – Fundação Universidade Estadual de Maringá, 2006.
SANCHOTENE, M. C. C. Desenvolvimento e perspectivas da arborização urbana no Brasil.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA, 1994, São Luís. Anais...
São Luís: Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, 1994.
24
SANCHOTENE, M.C. A arborização urbana como parte integrante da paisagem. In.: Anais
do VIII Encontro Nacional de Arborização Urbana: 1999.
SINHORIM, E. B. Projeto Vale Saber – Arborização Urbana de Umuarama. Umuarama,
Paraná, 1998.
SILVA, E. M. et al. Estudo da Arborização urbana do bairro mansour, na cidade de
Uberlândia-MG, 2002. In: Caminhos de Geografia. Revista On Line, p 73-83.
VIDAL, M.; GONÇALVES, W. Curso de paisagismo. Viçosa, MG: UFV, 1999.
Sites de Pesquisa:
Site do INPE <www.inpe.br>. Possui dados científicos atualizados e vídeos educacionais
sobre mudanças climáticas.
Site <www.diadaarvore.org.br/ambiente/nossas_arvores<. Possui informações importantes
sobre nossas arvores e meio ambiente.
Site <http//revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/quais-arvores-brasileiras-estao-
extincao-dia-da-arvore>. Possui informações sobre árvores em extinção e meio ambiente.
Site <www.ummilhaodearvores.org.br>. Pesquise em Cartilha Escola e outros.
Site <www.giselebundchen.com.br/gisele_social>. Alerta sobre a importância da
biodiversidade.
Músicas:
Earth song (Canção da Terra – em áudio e vídeo) – Michael Jackson / Cio da Terra – Milton
Nascimento e Chico Buarque / Herdeiros do Futuro – Toquinho / Sal da Terra – Beto Guedes
/ Absurdo – Vanessa da Mata.
Como plantar uma árvore e previna sua árvore de adoecer, disponível em:
<www.achetudoeregiao.com.br/Arvores/arvores>.
Benefícios da arborização, poda e plantio, disponível em:
<www.rge-rs.com.br/gestao_ambiental/arborizacao>.
O Oráculo das plantas: sua árvore, sua alma, disponível em: <www.felipex.com.br/arvores>.
O clima, geografia, área, população de Umuarama - Pr., disponível em:
<www.pt.wikipédia.org/wiki/umuarama>.
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APÊNDICE 1 – ROTEIRO DE TRABALHO
Nome:....................................................Endereço:........................................................................
1. Você possui uma árvore em seu quintal?
( ) SIM ( ) NÃO
2. Em caso positivo, conhece o seu nome popular?
( ) SIM, Qual:...................... ( ) NÃO
3. Se não tem, gostaria de plantar uma?
( ) SIM ( ) NÃO
4. Você tem o hábito de podar suas árvores?
( ) SIM ( ) NÃO
5. Qual o motivo que o leva a exercer a poda?
( ) Evitar o crescimento
( ) Embelezar a árvore
( ) Evitar o alcance da copa na fiação elétrica
6. Qual é a vantagem de se ter uma árvore?
( ) sombreamento ( ) embelezamento
( ) purificação do ar ( ) redução do calor
7. Quais desvantagens de ter uma árvore em sua residência?
( ) não existe desvantagem ( ) sujeira nas calçadas
( ) rachaduras na calçada ( ) problema na fiação
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APÊNDICE 2 – ROTEIRO DE TRABALHO
Nome:....................................................Colégio:.............................................Série:........
Observe e registre:
Os alunos sairão em grupos (uns filmando, outros fotografando e outros relatando).
1. O que você sentiu durante o passeio quando passou por regiões arborizadas e outras
desprovidas de arborização?
2. Quais os problemas que vocês observaram com o plantio inadequado de árvores?
3. Quanto ao espaçamento entre as mesmas o que vocês observaram?
4. O que acontece quando a árvore não recebe poda de modo adequado?
Faça um levantamento:
Na rua de sua casa existe algum local onde se pode plantar uma árvore?
( ) Sim ( ) Não ( ) Quantos?