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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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ELIANE SCAFF MOURA

Produção Didático-Pedagógica

Fotografar com arte

Um recurso para o ensino e aprendizagem

CURITIBA

2010

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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Eliane Scaff Moura

Área PDE: Arte

NRE: Curitiba

Professor Orientador IES: Professor Mestrando Roberto Pitella

IES vinculada: EMBAP

Escola de Implementação: Colégio Estadual Pedro Macedo

Público objeto da intervenção: Alunos do 1º Ano – Ensino Médio

Arte e Fotografia

Um recurso para o ensino e aprendizagem

Justificativa

Para as DCE - Diretrizes Curriculares Estaduais -publicadas em 2008, “a

história social da arte demonstra que as formas artísticas exprimem sua

contemporaneidade”. Por esta razão, a disciplina de Arte precisa incorporar os

recursos usados pelos artistas da atualidade. Tendo em vista que parte da

produção artística atual vem incorporando recursos disponibilizados pelas

novas tecnologias, dentre elas a imagem digital, a escola não pode prescindir

de trabalhar com tais recursos na sala de aula, visto que a contemporaneidade

da obra de arte também reside nos recursos que o artista utiliza para produzir

suas obras (Arlindo Machado, 2007). Hoje, a máquina fotográfica digital está

sendo utilizada por artistas e, quando acoplada ao aparelho celular, é

equipamento tecnológico comum entre os jovens. As facilidades da era digital

popularizaram a fotografia, no entanto, as imagens resultantes da ação do

aluno fotógrafo são interpretadas por ele de forma distante de um

conhecimento sistematizado e com pouco aprofundamento teórico e prático

sobre a arte de fotografar.

Tendo em vista que o Art. 35 da LDBEN, Lei n 9394/96, estabelece que

a educação escolar tem como finalidade “preparação básica para o trabalho e

a cidadania, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar

com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamentos

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posteriores”, os educadores podem usar os recursos como a máquina

fotográfica digital e os laboratórios de informática do Programa Paraná Digital-

PRD, para apresentar a arte em um novo contexto, a fotografia. Além disso, a

imagem digital permite intervenções como alteração das cores, texturas,

saturação, traços, tipo de fontes, as quais possibilitarão novas formas de

expressão artística e diferentes leituras, atividade que permite o

desenvolvimento da capacidade crítica. O objetivo de tais intervenções é a

utilização do programa GIMP- software de manipulação de imagens, já

instalado nos computadores dos laboratórios de informática do Programa

Paraná Digital-PRD.

Este projeto tem como finalidade incluir na formação continuada do

professor subsídios que lhe dê suporte para trabalhar imagem digital com os

alunos, explorando as possibilidades que o GIMP oferece (cores, formas,

traços, tipos de fontes, textura, saturação, etc.) para o ensino e aprendizagem

da Arte.

Objetivos

Preparar os professores para utilizar recursos didáticos inovadores,

como a máquina fotográfica digital e o Software GIMP, e formas de trabalho

que levem o aluno a pesquisar assuntos de seu interesse.

Buscar conhecimentos de outras disciplinas para fundamentar os

conteúdos de Arte, promovendo a leitura crítica das imagens digitais

Encaminhamentos Metodológicos

Na Unidade III a discussão ficou em torno das propostas do Projeto de

Implementação na Escola “Fotografar com Arte - Um recurso para o ensino e

aprendizagem” e na Unidade IV iniciaremos as discussões do projeto de

implementação na escola.

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2 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Eliane Scaff Moura

Área PDE: Arte

NRE: Curitiba

Professor Orientador IES: Professor Roberto Pitella

IES vinculada: EMBAP

Escola de Implementação: Colégio Estadual Pedro Macedo

Público objeto da intervenção: Alunos do 1º Ano – Ensino Médio

Arte e Fotografia

Um recurso para o ensino e aprendizagem

Primeira proposta será uma reflexão sobre o bidimensional e

tridimensional na fotografia. A princípio, temos que seguir algumas regras,

Foto: Eliane Scaff Moura

como escolher um fundo não muito confuso; decidir qual o centro de interesse;

definir como deve ser o enquadramento- horizontal ou vertical (sabemos que a

fotografia horizontal sugere um espaço aberto). Podemos criar a sensação de

profundidade com o uso da linha e outros elementos formais. A foto abaixo da

estação Marumbi-PR.

Dentro da proposta de estudo do Bidimensional e tridimensional, como

poderíamos analisar está foto com os alunos? Fayga Ostrower e Armando de

Barros nos apontam essas questões para pesquisa e reflexão.

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REFERÊNCIAS

OSTROWER, Fayga Perla, 1920- Universos da Arte .- 2ed.-Rio de Janeiro:

Campus, 1989.

BARROS, Armando Martins de. Práticas Discursivas ao Olhar: Notas sobre

a vidência e a cegueira na formação do pedagogo . 2ª edição. Rio de

Janeiro: E-Papers Serviços Editoriais, 2003.

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3 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Eliane Scaff Moura

Área PDE: Arte

NRE: Curitiba

Professor Orientador IES: Professor Roberto Pitella

IES vinculada: EMBAP

Escola de Implementação: Colégio Estadual Pedro Macedo

Público objeto da intervenção: Alunos do 1º Ano – Ensino Médio

Arte e Fotografia

Um recurso para o ensino e aprendizagem

Segunda proposta é fazer uso do software gráfico Gimp para destacar

os elementos formais da imagem. Dica: Salvar esta imagem. Abra-a no Gimp e

em Filtros / Detectar bordas / Neon.

O resultado desta imagem, conseguido pelas intervenções através dos

recursos do gimp, nos oferece uma gama de possibilidades para discussões.

Segundo Fayga Ostrower “É verdade que os significados dos elementos

visuais ficam em aberto, mas deve haver alguma coisa de definível nesses

elementos para que possamos reconhecer identidades expressivas diferentes.”

P.65

REFERÊNCIAS

OSTROWER, Fayga Perla, 1920- Universos da Arte .- 2ed.-Rio de Janeiro:

Campus, 1989.

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4 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Eliane Scaff Moura

Área PDE: Arte

NRE: Curitiba

Professor Orientador IES: Professor Roberto Pitella

IES vinculada: EMBAP

Escola de Implementação: Colégio Estadual Pedro Macedo

Público objeto da intervenção: Alunos do 1º Ano – Ensino Médio

Arte e Fotografia

Um recurso para o ensino e aprendizagem

Terceira proposta será treinar o olhar através de pequenas molduras. Fazer

um pequeno recorte no centro de um papel sulfite e através desse orifício,

procurar na natureza pequenos recortes de imagens para uma composição.

Imagem Eliane Scaff Moura Imagem Eliane Scaff Moura

Este exercício do olhar possibilita enxergar os detalhes nas formas, nas linhas,

nas cores e que muitas vezes passa despercebida. Este exercício abre

possibilidades para uma seqüência de estudos, como formas, proporção e

composição, numa proposta com aquarela, lápis de cor, grafite, colagem, etc.

Segundo Fayga Ostrower “A proporção pode ser definida como a justa relação

das partes entre si e de cada parte com o todo. Ela é verdadeiramente a

medida das coisas.” p. 280

REFERÊNCIAS

OSTROWER, Fayga Perla, 1920- Universos da Arte .- 2ed.-Rio de Janeiro:

Campus, 1989.

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5 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Eliane Scaff Moura

Área PDE: Arte

NRE: Curitiba

Professor Orientador IES: Professor Roberto Pitella

IES vinculada: EMBAP

Escola de Implementação: Colégio Estadual Pedro Macedo

Público objeto da intervenção: Alunos do 1º Ano – Ensino Médio

Arte e Fotografia

Um recurso para o ensino e aprendizagem

Quarta proposta será para desenvolver pesquisa sobre cores e linha.

Imagem Eliane Scaff Moura

Imagem Eliane Scaff Moura

Os passos para conseguir trabalhar cores nesta imagem: abrir imagem no

Gimp > Cores > Matiz_Seleção. A mudança das cores altera o cenário,

tornando-o mais frio. Mas podemos ainda, com esta foto, estudar a linha na

composição. Fayga Ostrower em seu livro Universos da Arte questiona sobre a

importância da linha na composição, como estrutura espacial. Para ela as

linhas na composição funcionam como setas indicando direções. Seria

precisamente a direção do nosso olhar. No quadro abaixo temos a linha

horizontal, podemos observar a sua extensão linear, ela nos indica a direção,

“essa linha é rápida, porque nossa vista a percorre de ponta a ponta sem parar”

Ostrower, 1989, p.66. Nosso olhar não corre com tanta fluidez quando criamos

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interrupções nas linhas, ela irá fazer uma pausa a cada intervalo. Na linha

horizontal com pequenos traços verticais, funciona como pequenas barreiras

que terão de ser ultrapassadas.

Referências

OSTROWER, Fayga Perla, 1920- Universos da Arte .- 2ed.-Rio de Janeiro:

Campus, 1989.

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Professor PDE: Eliane Scaff Moura

Área PDE: Arte

NRE: Curitiba

Professor Orientador IES: Professor Roberto Pitella

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Escola de Implementação: Colégio Estadual Pedro Macedo

Público objeto da intervenção: Alunos do 1º Ano – Ensino Médio

Arte e Fotografia

Um recurso para o ensino e aprendizagem

Quinta proposta de atividade será sobre o estudo da luz nas “Quatro fotos”.

As imagens abaixo foram registradas em horários diferentes durante o dia.

Manhã nublada - Imagem Eliane Scaff Moura

Dez horas - Imagem Eliane Scaff Moura

Meio dia - Imagem Eliane Scaff Moura

Fim de tarde - Imagem Eliane Scaff Moura

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Nestas imagens pode-se perceber o efeito da luz natural na paisagem, numa

difusão de cores entre o claro e o escuro. As cores predominam em qualquer

hora do dia. Neste sentido, a luz possibilita trabalhar as matizes de cores. Mas

para compreender as nuances de azuis, verdes e cinzas da foto, é preciso

exercitar o olhar. Segundo Fayga Ostrower:

Orientando o movimento visual da forma constituem, por assim dizer, os limites

máximos da cor. Os outros tons presentes – de acordo com sua intensidade

cromática e seus valores claros e escuros – são vistos como tons intermediários e

servem de passagem. Assim se regula o ritmo da cor: nas áreas de contraste, o

movimento visual se torna mais lento, podendo ser momentaneamente

interrompido antes de continuar, ao passo que nos valores intermediários – área

de transição – o movimento se torna mais veloz. p.238.

Para aprofundar essas questões, iremos trabalhar no gimp a paisagem com o

título “Dez Horas” e uma tela em branco. De forma simplificada, desenhar

algumas linhas para demarcar a árvore, o céu, os prédios e as montanhas. Na

ferramenta conta gotas ou “Seleção de cores” clique na cor azul do céu e

transfira para o céu do desenho e assim sucessivamente com as outras partes

da foto. As cores do desenho devem ficar próximas as cores da foto.

Referências

OSTROWER, Fayga Perla, 1920- Universos da Arte .- 2ed.-Rio de Janeiro:

Campus, 1989.

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7 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Eliane Scaff Moura

Área PDE: Arte

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Professor Orientador IES: Professor mestrando Roberto Pitella

IES vinculada: EMBAP

Escola de Implementação: Colégio Estadual Pedro Macedo

Público objeto da intervenção: Alunos do 1º Ano – Ensino Médio

Arte e Fotografia

Um recurso para o ensino e aprendizagem

A sexta proposta a imagem sofrerá intervenção através dos recursos do

Gimp, nas “Quatro fotos”.

Fotos: Eliane Scaff Moura

Fotos: Eliane Scaff Moura

Fotos: Eliane Scaff Moura

Fotos: Eliane Scaff Moura

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Para fazer as intervenções na imagem, abra a imagem no Gimp /

Ferramenta de preenchimento (balde) / defina as cores.

As tonalidades mais vivas ao lado de outras tonalidades escuras ou

muito claras mudam nossa percepção visual. Segundo Fayga Ostrower é assim

que se regula o ritmo da cor.

Referências

OSTROWER, Fayga Perla, 1920- Universos da Arte .- 2ed.-Rio de Janeiro:

Campus, 1989.

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Escola de Implementação: Colégio Estadual Pedro Macedo

Público objeto da intervenção: Alunos do 1º Ano – Ensino Médio

Arte e Fotografia

Um recurso para o ensino e aprendizagem

Na sétima proposta será possível estudar de forma mais detalhada as cores

da imagem. Na imagem a seguir as tonalidades de verdes estão em evidência.

Muitas vezes não nos damos conta da infinidade de verde que existe nas

folhas de uma árvore. Mas podemos exercitar o olhar usando a técnica de

transferir a cor para um desenho similar à paisagem, com a ferramenta conta

gotas ou “Seleção de cores” do Gimp.

Referências

OSTROWER, Fayga Perla, 1920- Universos da Arte .- 2ed.-Rio de Janeiro:

Campus, 1989.

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