da escola pÚblica paranaense 2009 · conclusão do curso. ... pela vida, a seleção natural,...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUED
UNIVERSIDADE DO NORTE PIONEIRO – UENPCAMPUS DE JACAREZINHO – PARANÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
MAGNA REGINA PEDROSA DE OLIVEIRA
MIGRAÇÕES INTERNAS: A BUSCA PELO ESPAÇO VITAL: OS MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS E SUAS MOTIVAÇÕES
CORNÉLIO PROCÓPIO2010
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUED
UNIVERSIDADE DO NORTE PIONEIRO – UENPCAMPUS DE JACAREZINHO – PARANÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
MAGNA REGINA PEDROSA DE OLIVEIRA
MIGRAÇÕES INTERNAS: A BUSCA PELO ESPAÇO VITAL: OS MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS E SUAS MOTIVAÇÕES
Caderno Pedagógico apresentado ao Núcleo Regional de Ensino de Cornélio Procópio e Secretaria do Estado de Educação - Paraná, como requisito obrigatório para o desenvolvimento do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE e respectiva conclusão do curso. Orientador: Prof. Aécio Rodrigues de Melo.
_______________________________________________________________CORNÉLIO PROCÓPIO – PR
2010
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MAGNA REGINA PEDROSA DE OLIVEIRAA BUSCA PELO ESPAÇO VITAL: OS MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS E SUAS MOTVAÇOES NOVA AMÉRICA DA COLINA/ PARANÁ. PARA OS ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL DO COLÉGIO ESTADUAL PAPA PAULO VI.NOVA AMÉRICA DA COLINA2009/2010UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁUNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSASECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO DIRETORIA DE POLITICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONALCADERNO PEDAGÓGICOCADERNO PEDAGÓGICOProdução Didática à ser entregue a secretária de Educação do Estado do Paraná,sob orientação do Professor Aécio Rodrigues de Melo comoAtividade do PDE Programa deDesenvolvimento Educacional.NOVA AMÉRICA DA COLINA2009/2010
ApresentaçãoA elaboração de um Caderno Pedagógico relacionado aos movimentos
migratórios e direcionado aos alunos do ensino fundamental, faz parte do projeto ofertado pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná. O Programa de Desenvolvimento Educacional.
O material pedagógico que será apresentado trem como metodologia os movimentos migratórios e suas motivações, isto é mostrar a realidade que se passa com os alunos, como uma recuperação de estudos.
As migrações são muito discutidas ate hoje com todo seu vasto caminho e suas definições, a maioria das pessoas fazem parte deste processo e não sabe na maioria dos casos.
Todos os textos aqui trabalhados estão envolvidos nos conteúdos estruturantes da geografia, A DIMENÇÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
A DIMENÇÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICOA DIMENÇÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICOA DIMENÇÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO
GEOGRÁFICOEste caderno pedagógico estará englobando conteúdos do planejamento
curricular da oitava serie feito para conhecimento dos alunos sobre os conteúdos, fixação da matéria e também como uma forma de recuperação de conteúdos para os alunos que saem da escola migrando e quando voltam não tem mais estes conteúdos que foram dados então este vêem com um objetivo de não deixa los, sem o conteúdo e que
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eles possam ter mais estimo para estudar e não deixar a escola causando uma evasão escolar.
Fundamentação Teórica A migração esta na vida das pessoas desde o inicio da historia da geografia, este
foi caracterizado de diferentes formas e conceitos. Tiburcio e Coimbra (2002) afirmam que o espaço geográfico é como um sistema
de objetos e um sistema de ações.Santos (1996) afirma que o espaço deve ser considerado como um conjunto
indissociável de que participam de um lado, certo arranjo de objetos geográficos, objetos naturais e objetos sociais e de outro, a vida que os preenche e os anima.
Gomes (1996) já observa o espaço deve ser entendido como aquele que é vivido, construído e representado pelos atores sociais que nele circulam.
Correa (1992) propõe que a palavra espaço esteja associado seu uso indiscriminadamente a diferentes escalas, global, continental, regional, da sua cidade, bairro, casa, cômodo em seu interior.
Sobre as migrações Ratzel nos fala que as pessoas sempre estão em busca de seu espaço vital, que devemos nos propor a ir à busca deste.
Conclui que os ensinamentos/aprendizagens são gerados de uma política curricular
que contribui para separar as identidades, bipartir o mundo, assim, “aprendemos a
discriminar das formas mais inocentes e confiantes, de maneira que conseguimos
apreciar as diferenças entre o civilizado e o primitivo, o Ocidente e o Oriente, o primeiro e
o terceiro mundo. Tornamonos peritos no que consideramos ser a verdadeira natureza
da diferença” (WILLINSKY, 1998, p. 23).Para "Ratzel, promover a história significa, em primeiro lugar, acelerar a luta
pela vida, a seleção natural, entre as comunidades humanas (ou estados), no sentido darwiniano."
O trabalho com o Projeto de Intervenção Pedagógica sobre “A busca pelo espaço
vital: os movimentos migratórios e suas motivações” serão relevantes por se tratar de
uma problemática sempre presente, principalmente no Norte do Paraná, onde ocorrem
movimentos migratórios que, muitas vezes, em se tratando de Migração Interna, só
prejudicam nossos alunos, uma vez que são poucos os que chegam a freqüentar a escola
nessas localidades para onde se dirigem. Portanto, é necessário explorar o tema
proposto em busca de soluções para o constante movimento migratório, pois, em
determinadas épocas, muitas famílias migram para trabalhar na colheita de café no
estado de Minas Gerias e São Paulo, em busca de melhores condições de vida e nem
sempre as encontram.
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Questão ambiental e cidadania.Recursos naturais: usos e abusosA partir da invenção das primeiras máquinas, a introdução de
tecnologias esta cada vez mais moderna na indústria e na agricultura vem resultando na produção de volumes crescentes de mercadorias e de riquezas. Ao longo desse processo, as sociedades adquiriram uma capacidade imediata de intervir sobre os ambientes naturais, modificando os deles extraindo um volume igualmente crescente de recursos.
Poluição do ar:A poluição atmosférica referese às alterações da atmosfera
susceptíveis de causar impacto a nível ambiental ou de saúde humana, através da contaminação por gases, partículas sólidas, liquidas em suspensão, material biológico ou energia. A adição dos contaminantes pode provocar danos diretamente na saúde humana ou no ecossistema, podendo estes danos ser causados por elementos resultantes dos contaminantes. Para além de prejudicar a saúde, pode igualmente reduzir a visibilidade, diminuir a intensidade da luz ou provocar odores desagradáveis.
Poluentes: Fontes: Problemas de saúde:
Óxido Sulfúrico (SOx e SO2) e nitrogenados
Queima de combustíveis fosseis (carvão e petróleo) no processo industrial e em veículos motorizados.
Danos aos pulmões e as vias respiratórias.
Monóxido de Carbono (CO)
Veículos motorizados (gasolina e diesel).
Debilita a capacidade do sangue de transportar oxigênio para o pulmão. Afeta os sistemas cardiovascular, nervoso e pulmonar.
Compostos Orgânicos
Industrias e veículos motorizados (principalmente álcool).
Podem causar mutações e câncer.
Ozônio É um poluente secundário, ou seja, resulta da reação química entre óxidos de nitrogênio (NOx) e
Irritação nos olhos e congestão nasal. Redução das funções do pulmão. Diminuição da
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compostos orgânicos na presença de luz solar.
resistência a infecções.
Material particulado
Queima incompleta de combustíveis e de seus aditivos no processo industrial. Veículos (principalmente diesel). Poeira do solo.
Por seu tamanho minúsculo pode atingir os alvéolos pulmonares.
As partículas emitidas por veículos a diesel têm potencial de causar câncer e mutação. Provoca alergias, asma e bronquite crônica.
Protocolo de QuiotoO Protocolo de Quioto é conseqüência de uma série de eventos
iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosfera, no Canadá (outubro de 1988),
O protocolo constitui um passo importante na luta contra o aquecimento global, pois apresenta objetivos vinculativos e quantificados de limitação e redução dos gases com efeito de estufa.
Os gases com efeito de estufa cujos textos de emissão foram balizados são o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), hidrofluorcarbonetos (HFC), os perfluorocarbonetos (PFCs) e o Hexafluoreto de enxofre (SF6) sendo que o nível de redução que cada pais deve atingir é diferenciado, em função do seu estado de desenvolvimento e do princípio de "responsabilidades comuns mas diferenciadas".
Nos termos do Tratado, os países devem cumprir os seus objetivos principalmente através de medidas nacionais. No entanto, o Protocolo de Quioto, oferecelhes um meio suplementar de satisfazer os seus objetivos através de três mecanismos baseados no mercado: o comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa (mercado do carbono), os Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, e os Mecanismos de flexibilização.
Se o Protocolo de Quioto foi implementado com sucesso, estimase que a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8 °C até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de
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redução de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global.
As negociações para a criação de um sucessor do Protocolo de Quioto dominou a Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática da ONU, de 2007. Da reunião dos ministros do Ambiente e de peritos, realizada em Junho nasceu um roteiro, com ações calendarizadas e os "passos concretos para a negociação" com vista a alcançar um novo acordo até 2009.
Após as conversações preparatórias realizadas em Bona, Banguecoque e Barcelona, em Dezembro de 2009 realizarseá na cidade Dinamarquesa de Copenhaga uma nova ronda de negociações, onde se espera que o sucessor do Protocolo de Quioto seja criado.
Protocolo de MontrealO Protocolo de Montreal sobre substâncias que empobrecem a
camada de ozônio é um tratado internacional destinado a eliminar progressivamente a produção de uma série de substâncias que acredita serem responsáveis pela destruição do ozônio, protegendo assim a camada de ozônio e os problemas associados
O tratado foi aberto para assinaturas em 16 de Setembro de 1987 e entrou em vigor em 1 de Janeiro de 1989 seguido de uma primeira reunião, em Maio de 1989 na cidade de Helsínquia.
Desde essa data sofreu sete revisões: em 1990 (Londres), 1991 (Nairóbi), 1992 (Copenhaga), 1993 (Bangcoque), 1995 (Viena), 1997 (Montreal) e 1999 (Pequim), no sentido de atualizar metas e conhecimentos.
Vinte e sete países assinaram o tratado em 1987, sendo que atualmente conta já com 195 estados que retificaram o acordo, e acreditase que se o acordo internacional for cumprido, a camada de ozônio deve recuperar em 2050.
Devido à sua adoção e implementação tem sido saudado como um exemplo de cooperação internacional excepcional, ao ponto de Kofi Annan teria afirmado que é "talvez o único acordo internacional de grande sucesso até à data".
Conferencia de CopenhagaA XV Conferência Internacional sobre Mudança Climática teve lugar
em Copenhaga entre sete e 18 Dezembros de 2009. Esta conferência foi organizada pela ConvençãoQuadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC), que organiza conferências anuais desde 1995. O seu intuito seria preparar os objetivos futuros para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
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A rodada de negociações para preparar a Cimeira de Copenhaga começou com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em Bali de 3 a 15 de Dezembro de 2007. Outras reuniões foram realizadas em 31 de Março 4 de Abril de 2008, em Banguecoque (Tailândia) e de 2 a 13 de Junho de 2008, em Bona (Alemanha). A terceira conferência do clima realizada em Acra (Gana). A reunião, onde mais de 1.600 participantes de 160 países estiveram presentes, teve lugar de 21 a 27 de Agosto de 2008. Os objetivos desta ronda de negociações, organizado pela ONU, prendiase com a preparação de futuras metas de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), tendo suscitado altas expectativas que foram goradas, originando somente um pequeno texto, muito aquém dos resultados esperados, e tendo por isso sido declarada como um fracasso e desilusão.
A contaminação da água:Apesar de se encontrada grande quantidade em nosso planeta, menos
de 3% desse total é doce. Além disso, dessa pequena porcentagem, três quartos encontra se congelada, ou infiltrada no solo, formando reservatórios naturais de água. Os lagos, rios e pântanos totalizam apenas 0,5% da água doce do planeta.
A poluição da água, que reduz a possibilidade de uso desse precioso recurso, ocorre de diversas maneiras. Uma delas é a chuva ácida que contamina córregos, rios e lagos. Os lagos do Canadá, por exemplo, recebe poluentes provenientes das indústrias dos Estados Unidos.
O uso constante de agrotóxicos e o descarte incorreto do lixo também resultam em poluição. Os defensivos agrícolas penetram no solo, atingindo níveis mais profundos ate cegar aos lençóis freáticos, que acumulam a água subterrânea.
Os depósitos de lixo concentram metais e produtos químicos, como os fluidos altamente poluidores que ocorrem de pilhas eletroquímicas, por exemplo. Já os materiais orgânicos restos de alimento, papel, etc., que poderia ser separada para se transformar em adubo para a agricultura.
O lixo oriundo de hospitais e unidades de saúde, também chamado de lixo hospitalar, deve receber um tratamento especial pois contem uma grande porcentagem de agentes patogênicos, deve a ver um cuidado com os produtos jogados no lixo, para evitar o derramamento do material e o contado com o corpo dos trabalhadores.
O lixo hospitalar deve ser colocado em sacos plásticos brancos, para serem jogados no lixo, e deve ser destinado para um deposito diferente dos outros lixos, uma forma de eliminar os agentes patogênicos é a opção microondas que aquece o material matando os agentes patogênicos, sem a necessidade de queimar o material.
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Os cemitérios também são uma fonte poluidora da água. A decomposição dos corpos origina um liquido denso parecido com o chorume (liquido mal cheiroso e denso, que penetra no solo, atinge os lençóis freáticos e polui o solo e a água), altamente poluidor e contagioso.
Erosão:Erosão é a destruição do solo e das rochas e seu transporte em geral
feito pela água da chuva, pelo vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando este atua expandindo o material no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõem o solo. Estas são transportados para as partes mais baixas dos relevos e em geral vão assorear cursos d'água.
A erosão destrói os solos e as águas e é um problema muito sério em todo o mundo. Devem ser adaptadas práticas de conservação de solo para minimizar o problema.
Em solos cobertos por floresta a erosão é muito pequena e quase inexistente, mas é um processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos. O problema ocorre quando o homem destrói as florestas, para uso agrícola e deixa o solo exposto, porque a erosão tornase severa, e pode levar a desertificação.
Fatores que contribuem para a erosão:Muitas ações devidas ao homem apressam o processo de erosão,
como por exemplo:• os desmatamentos (desflorestaçãoes) desprotegem os solos das
chuvas.• o avanço imobiliário em encostas que, além de desflorestar,
provocam a erosão acelerada devido ao declive do terreno.• as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem
desflorestações extensivas para dar lugar a áreas plantadas.• a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de
cumprirem o seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial.
• muitas pessoas e prédios num lugar com pouca s arvoresTipos de erosão
Erosão por gravidadeErosão por gravidade: Deslize numa montanha, a água
debilitou o solo. Consiste no movimento de rochas e sedimentos montanha abaixo principalmente devido à força da gravidade.
Erosão pluvial
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A erosão pluvial é provocada pela retirada de material da parte superficial do solo pelas águas da chuva. Esta ação é acelerada quando a água encontra o solo desprotegido de vegetação. A primeira ação da chuva se dá através do impacto das gotas d'água sobre o solo. Este é capaz de provocar a desagregação dos torrões e agregados do solo, lançando o material mais fino para cima e para longe, fenômeno conhecido como salpicamento. A força do impacto também força o material mais fino para abaixo da superfície, o que provoca a obstrução da porosidade (selagem) do solo, aumentando o fluxo superficial e a erosão.
Necessário se faz em separar claramente as ravinas formadas somente por erosão superficial das formadas pelo processo de erosão remontante. A ação da erosão pluvial aumenta à medida que mais água da chuva se acumula no terreno, isto é, a retirada do solo se dá de cima para baixo. Na erosão remontante acontece exatamente o contrário: a retirada do material se dá de baixo para cima, como é o caso das boçorocas. Uma ravina de origem pluvial pode progredir em direção a uma boçoroca, mas não necessariamente. Da mesma forma podemos ter a progressão de boçorocas independente da erosão pluvial, pois esta depende do fluxo subterrâneo e não do fluxo superficial.
Muitos autores e textos didáticos têm erroneamente confundido estes fenômenos. Separálos, no entanto, não é somente uma questão de rigor científico, mas uma necessidade prática, pois as formas de se combater um processo erosivo dependerá de que tipo de erosão estamos enfrentando. Muitos processos indicados para evitar ou combater erosão pluvial, não funcionam quando se trata de combater erosão remontante, principalmente nos casos em que amplas boçorocas já estão instaladas na paisagem.
As principais formas de erosão pluvial são: erosão laminar: quando a água corre uniformemente pela superfície como um todo, transportando as partículas sem formar canais definidos. Apesar de ser uma forma mais amena de erosão, é responsável por grande prejuízo às terras agrícolas e por fornecer grande quantidade de sedimento que vai assorear rios, lagos e represas.
Erosão eólicaErosão eólica, rochas metamórficas nos arredores de PunoOcorre quando o vento transporta partículas diminutas que se
chocam contra rochas e se dividem em mais partículas que se chocam contra outras rochas. Podem ser vistas nos desertos na forma de dunas e de montanhas retangulares ou também em zonas relativamente secas.
Erosão marinhaO quebrar das ondas causa erosão com o tempo.
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A erosão marinha atua sobre o litoral modelandoo e devese fundamentalmente à ação de três fatores: ondas, correntes e marés.
Tanto ocorre nas costas rochosas bem como nas praias arenosas. Nas primeiras a ação erosiva do mar forma as falésias, nas segundas ocorre o recuo da praia, onde o sedimento removido pelas ondas é transportado lateralmente pelas correntes de deriva litoral.
Nas praias arenosas a erosão constitui um grave problema para as populações costeiras. Os danos causados podem ir desde a destruição das habitações e infraestruturas humanas, até graves problemas ambientais. Para retardar ou solucionar o problema, podem ser tomadas diversas medidas de proteção, sendo as principais as construções pesadas de defesa costeira (enrocamentos e esporrões) e a realimentação de praias.
Em Portugal, na região de Aveiro, vivese atualmente uma situação preocupante. A estreita faixa costeira que separa o mar da laguna, está perigosamente perto da ruptura. Se esta se verificar para além de várias populações serem afetadas, irá ocorrer uma drástica mudança na salinidade da laguna, afetado todo o ecossistema.
No Brasil, no Arpoador este fenômeno tem sido responsável pela variação cíclica da largura da faixa de areia da praia.
Erosão químicaEnvolve todos os processos químicos que ocorrem nas rochas.
Há intervenção de fatores como calor, frio, água, compostos biológicos e reações químicas da água nas rochas. Este tipo de erosão depende do clima, em climas polares e secos, as rochas se destroem pela troca de temperatura; e em climas tropicais quentes e temperados, a umidade, a água e os dejetos orgânicos reagem com as rochas e as destroem.
Erosão glacialAs geleiras (glaciares) deslocamse lentamente, no sentido
descendente, provocando erosão e sedimentação glacial. Ao longo dos anos, o gelo pode desaparecer das geleiras, deixando um vale em forma de U ou um fiorde, se junto ao mar.
Pode também ocorrer devido à susceptibilidade das glaciações em locais com predominância de rochas porosas. No verão, a água acumulase nas cavidades dessas rochas. No inverno, essa água congela e sofre dilatação, pressionando as paredes dos poros. Terminado o inverno, o gelo funde, e congela novamente no inverno seguinte. Esse processo ocorrendo sucessivamente, desagregará, aos poucos, a rocha, após um certo tempo, causando o desmoronamento de parte da rocha, e conseqüentemente, levando à formação dos grandes paredões ou fiordes.
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Desertificação:Desertificação é o fenômeno que corresponde à transformação de
uma área num deserto. Segundo a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, a desertificação é "a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas". Consideram as áreas suscetíveis aquelas com índice de aridez entre 0,05 e 0,65. A ONU adotou o dia 17 de Junho como o Dia Mundial de Combate à Desertificação.
O processo de desertificaçãoO termo desertificação tem sido muito utilizado para a perda da
capacidade produtiva dos ecossistemas causada pela atividade humana. Devido às condições ambientais, as atividades econômicas desenvolvidas em uma região podem ultrapassar a capacidade de suporte e de sustentabilidade. O processo é pouco perceptível a curto prazo pelas populações locais. Há também erosão genética da fauna e flora, extinção de espécies e proliferação eventual de espécies exóticas.
Originase, no caso de desertos arenosos, a partir do empobrecimento do solo e conseqüente morte da vegetação, sendo substituída por terreno arenoso. No caso dos desertos polares, a causa evidente é a temperatura extremamente baixa daquelas regiões.
Nas regiões semiáridas e semiúmidas secas, a ação humana intensifica os processos de desertificação. As atividades agropecuárias insustentáveis são responsáveis pelos principais processos: a salinização de solos por irrigação, o sobrepastoreio e o esgotamento do solo pela utilização intensiva e insustentável dos recursos hídricos por procedimentos intensivos e não adaptados às condições ambientais, além do manejo inadequado na agropecuária.
O crescimento demográfico e a conseqüente demanda por energia e recursos naturais também exerce pressão pela utilização intensiva do solo e dos recursos hídricos.
As conseqüências deste processo geram grandes problemas econômicos. Em primeiro lugar, reduz a oferta de alimentos. Além disto, há o custo de recuperação da área degradada. Do ponto de vista ambiental, a perda de espécies nativas é uma conseqüência funesta. Finalmente, os problemas sociais: a migração das populações para os centros urbanos, a pobreza, o desemprego e a violência. Isto gera um desequilíbrio entre as diversas regiões mundiais, uma vez que as áreas suscetíveis à desertificação encontramse em regiões pobres, onde já há uma desigualdade social a ser vencida.
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Os desastres ambientais:Um dos primeiros desastres ambientais aconteceu na Bélgica em
1930, quando uma imensa e espessa nuvem de poluentes cobriu o vale do rio Meuse, então uma área industrializada. Apos 5 dias de sofrimento da população, decidiu se paralisar a produção industrial. Passando alguns dias o ar melhorou, provando que a poluição do estava evidentemente liga a resíduos liberados pela indústria.
Outro grave acidente aconteceu em Londres, em 1952. O lançamento de material particulado e de gases tornou o ar da cidade irrespirável por quatro dias, gerando vários problemas respiratórios na população, e alguns casos ate fatais.
Chernobyl é uma cidade ao norte da Ucrânia, perto da fronteira com a Bielorrússia. O nome da localidade significa "grama negra". Em meados da década de 70, foi construída pela União Soviética uma central nuclear a vinte quilômetros da cidade de Chernobyl. Em 26 de Abril de 1986 ocorreu um acidente nuclear.
Em 26 de Abril de 1986, explodiu um reator da central de Chernobyl que libertou uma imensa nuvem radioativa contaminando pessoas, animais e o meio ambiente de uma vasta extensão da Europa. Ironicamente, o acidente se deu durante o teste de um mecanismo de segurança que garantiria a produção de energia em caso de acidentes. A explosão ocorreu quando o sistema era testado em um dos blocos da usina, provavelmente devido à instabilidade do reator provocada por uma combinação de erros humanos na sua operação e também a construção estava incompleta à época.
De imediato morreram 30 pessoas e tiveram de retirar a população do local mais de 100 mil pessoas, mas o problema não parou transportado pelo vento, à radiação atingiu uma grande área do continente europeu. A agricultura e a pecuárias praticadas nesta área foram contaminadas gerando enorme prejuízo aos produtores locais.
A radiação também utilizada em aparelhos de diagnostico e tratamentos médicos. O mais grave acidente envolvendo a medicina foi em 1987, quando um aparelho utilizado para tratamento de câncer por radiação, contendo um elemento químico muito poderoso chamado Césio 137 foi encontrado em um prédio na cidade de Goiânia.
O acidente radiológico de Goiânia foi um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil. A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987, quando um aparelho utilizado em radioterapias das instalações de um hospital abandonado foi encontrado, na zona central de Goiânia.
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O instrumento, irresponsavelmente deixado no hospital, foi encontrado por catadores de papel, que entenderam tratarse de sucata. Foi desmontado e repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou seriamente a saúde de centenas de pessoas.
O movimento Ambientalista:O ambientalismo, movimento ecológico ou movimento verde
consiste em diferentes correntes de pensamento de um movimento social, que tem na defesa do meio ambiente sua principal preocupação, demandando medidas de proteção ambiental, tais como medidas de antipoluição.
O ambientalismo não visa somente os problemas ligados ao meio ambiente, mas também as atitudes a serem tomadas para uma possível diminuição ou até mesmo solução desses problemas.
Considerandoo um movimento social, podem inserirse neste contexto, todas as instituições, agências, organizaçõesnãogovernamentais, políticas (como os Partidos Verdes), ativistas independentes e outros, cuja atuação tenha por princípio a defesa do meio ambiente seja através de manifestações sociais, projetos para a conservação ecológica etc. O movimento por justiça ambiental considera que os problemas ambientais ligamse aos sociais.
Um ambientalista é alguém que acredita que o meio ambiente, por ser a fonte de recursos da humanidade, deveria ter sua exploração de forma mais planejada a fim de não esgotar o planeta para as gerações futuras.
Não é obrigatório que um ambientalista o seja, mas também pode ser aquele que estuda ciência ambiental, formação interdisciplinar dada em forma de pósgraduação. Podem cursar ciência ambiental formados nas mais diversas áreas do conhecimento e não apenas na graduação de gestão ambiental, curso de graduação que aborda a ciência ambiental de forma mais empírica.
Segundo os ambientalistas o consumo desenfreado de matérias primas sem reposição, a poluição, o desmatamento, entre outros estão consumindo todos os recursos do planeta e dentro de algumas décadas tais recursos não estarão mais disponíveis.
Os ambientalistas partem da Teoria de Evolução de Charles Darwin, que afirma que os seres humanos são animais como quaisquer outros, frutos da evolução das espécies, ou seja: Todos os seres humanos vêm da natureza. E que precisamos conservála, para assim conservarmos a nós mesmos.
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Atividades: 1 Quais são os principais problemas de saúde causados pela
poluição do ar?2 Quais as semelhanças entre os acidentes ocorridos em
Chernobyl, em 1986 e em Goiânia em 1987? Qual a principal diferença?3 Cite dois tipos de erosão e explique?4 Explique o que foi o Protocolo de Quioto, Protocolo de
Montreal e a Conferencia de Copenhaga?
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Energia e ambiente.A produção e consumo de energia:A energia elétrica pode ser gerada por em usinas termelétricas
convencionais, isto é, adicionadas pelo calor produzindo pela queima de combustíveis fosseis. Esse processo libera um conjunto de gases tóxicos na atmosfera, gerando poluição e contribuindo para o aquecimento global. Em diversos países, entre os quais os Estados Unidos, a maior parcela da eletricidade gerada provem de usinas termelétricas convencionais.
Nas usinas termonucleares, a fonte de calo é obtida por meio da desintegração de núcleos atômicos de minerais radioativos. O problema é que o material radioativo, com elevado poder de contaminação pode vazar para a atmosfera. Além disso, essas usinas geram grandes quantidades de resíduos, chamados lixos atômicos, que continuam radioativos durante milhares de anos. A França, por exemplo, obtém grande parte da sua energia em usinas termonucleares.
Uma usina hidrelétrica (português brasileiro) ou central hidroelétrica (português europeu) é um complexo arquitetônico, um conjunto de obras e de equipamentos, que tem por finalidade produzir energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico existente em um rio.
Dentre os países que usam essa forma de se obter energia, o Brasil se encontra apenas atrás do Canadá e dos Estados Unidos, sendo, portanto, o terceiro maior do mundo em potencial hidrelétrico.
As centrais hidrelétricas geram, como todo empreendimento energético, alguns tipos de impactos ambientais como o alagamento das áreas vizinhas, aumento no nível dos rios, em algumas vezes pode mudar o curso do rio represado, podendo, ou não, prejudicar a fauna e a flora da região. Todavia, é ainda um tipo de energia mais barata do que outras como a energia nuclear e menos agressiva ambientalmente do que a do petróleo ou a do carvão, por exemplo. A viabilidade técnica de cada caso deve ser analisada individualmente por especialistas em engenharia ambiental e especialista em engenharia hidráulica, que geralmente para seus estudos e projetos utilizam modelos matemáticos, modelos físicos e modelos geográficos.
O cálculo da potência instalada de uma usina é efetuado através de estudos de energéticos que são realizados por engenheiros mecânicos, eletricistas e civis. A energia hidráulica é convertida em energia mecânica por meio de uma turbina hidráulica, que por sua vez é convertida em energia elétrica por meio de um gerador, sendo a energia elétrica transmitida para uma ou mais linhas de transmissão que é interligada à rede de distribuição.
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Um sistema elétrico de energia é constituído por uma rede interligada por linhas de transmissão (transporte). Nessa rede estão ligadas as cargas (pontos de consumo de energia) e os geradores (pontos de produção de energia). Uma central hidrelétrica é uma instalação ligada à rede de transporte que injeta uma porção da energia solicitada pelas cargas.
A Usina Hidrelétrica de Tucuruí, por exemplo, constituise de uma das maiores obras da engenharia mundial e é a maior usina 100% brasileira em potência instalada com seus 8.000 MW, já que a Usina de Itaipu é binacional.
O vertedor de Tucuruí é o maior do mundo com sua vazão de projeto calculada para a enchente decamilenar de 110.000 m³/s, pode no limite dar passagem à vazão de até 120.000 m³/s. Esta vazão só será igualada pelo vertedor da Usina de Três Gargantas na China. Tanto o projeto civil como a construção de Tucuruí e da Usina de Itaipu foram totalmente realizados por firmas brasileiras, entretanto, devido às maiores complexidades o projeto e fabricação dos equipamentos eletromecânicos, responsáveis pela geração de energia, foram realizados por empresas multinacionais.
Vantagens e desvantagens das fontes de energia renováveis Existem várias vantagens destas fontes, mas as principais são: o
aproveitamento de recursos naturais, o fato de estes não serem esgotáveis e de não fazerem muita poluição (sol, vento, água).
Apesar de todas as vantagens das energias alternativas, existem alguns problemas. Na:
∙energia da biomassa, ao contrário de outras energias alternativas, o método de combustão da biomassa não é limpo. Similar à combustão dos combustíveis fósseis, produz algumas quantidades de dióxido de carbono. No entanto, produzem poluentes menos danosos, uma vez que os principais elementos encontrados nos materiais orgânicos são: o hidrogênio, o carbono, o oxigênio e o nitrogênio.
∙hidrelétrica, o aumento do nível da água pode fornecer um habitat melhor para os peixes mas também pode destruir habitats humanos e de outras espécies. Causa ainda erosão de solos que podem ter impacto na vegetação do local. Além destes desastres naturais, o enchimento de barragens também pode destruir marcos histórico.
∙energia solar: os custos iniciais de são as principais desvantagens. Quase todos os métodos de energia solar necessitam de grandes espaços.
∙energia das marés: a alteração do ecosistema na baía é o maior problema. Tem muitos prérequisitos que a tornam disponível apenas num pequeno número de regiões.
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∙energia das ondas: também depende muito da localização e é bastante dispendiosa.
∙energia eólica o custo inicial das turbinas é maior do que o das energias convencionais. Do ponto de vista ambiental, há o barulho produzido, interferências nos sinais de televisão e pode matar os pássaros. Além dos problemas de poluição visual na Natureza. Também não podem estar perto das cidades e há o problema de o vento não soprar 24 horas por dia o que pode causar problemas na entrega de eletricidade.
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Energias renováveis:1. Energia solar
O sol sempre foi uma fonte de energia. Por exemplo, quando pomos as roupas a secar ao sol usamos o seu calor. As plantas usam a luz do sol para produzir comida e os animais alimentamse delas. Por fim, a decomposição de animais e plantas durante milhões de anos dá origem ao carvão, petróleo e gás natural. Por isso, os combustíveis fósseis que atualmente dispomos começaram por ser luz solar há milhões de anos atrás.
Aquecimento solar da água O sol também pode ser usado para aquecer a água nas nossas casas
e empresas.O sistema de aquecimento da água através do sol começouse a
utilizar na Califórnia por volta de 1890. Nesta altura provouse que este sistema era mais benéfico que o carvão ou a madeira queimada. O gás artificial, feito a partir do carvão, também era um bom combustível para aquecimento mas era muito caro e a eletricidade ainda era mais cara. Por estas razões, naquela época muitos eram os lares que usavam o sistema solar para aquecer a água.
Em 1897, 30% das casas de Pasadena, cidade perto de Los Angeles, estavam equipadas com placas solares. Á medida que se fizeram progressos e melhorias os sistemas solares começaram a ser usados no Arizona, Florida e em muitos outros lugares dos Estados Unidos. Por volta de 1920, foram descobertos depósitos subterrâneos de gás natural e petróleo. À medida que o seu preço se tornou acessível, os sistemas solares foram substituídos por combustíveis fósseis.
As placas solares aquecem as casas, empresas a até piscinas expostas ao sol. Este sistema aquece a água existente nos canos debaixo da placa solar. Atualmente, as vendas das placas solares têm vindo a aumentar.
O sol como produtor elétrico A energia solar também pode ser usada para produzir eletricidade.Alguns sistemas solares, como o que está na figura, usam um
refletor alto e côncavo como uma parabólica para focar a luz do sol nos tubos; estes aquecem tanto que a água ferve. O vapor pode ser usado para girar uma turbina e produzir eletricidade.
O problema do sistema solar elétrico é que apenas funciona durante o dia, enquanto o sol aquece. Por isso, com o tempo nublado ou á noite não se gera energia elétrica. Alguns sistemas são duplos, ou seja, durante o dia a água é aquecida pelo sol e à noite usase gás natural para a ferver; deste modo, continuase a produzir eletricidade.
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A luz do sol é refletida em 1800 helióstatos – instrumento que conserva numa direção constante um raio solar introduzido numa câmara escura. A luz refletida para o centro da câmara aquece um fluído que pode ser usado para ferver a água girando a turbina e o gerador. Este sistema experimental chamase Solar II e está a ser reconstituído no deserto da Califórnia com novas tecnologias. Se este sistema resultar será capaz de abastecer 10.000 casas.
Células solaresTambém podemos transformar a luz do sol diretamente em
eletricidade usando células solares.As células solares também se chamam células fotovoltaicas e
podem ser encontradas em pequenas aplicações como máquinas de calcular ou até em naves espaciais. Este sistema foi desenvolvido na década de 50 nos E.U.A. na construção dos satélites espaciais.
Quando a pequena célula solar fica exposta ao sol, os elétrons (círculos vermelhos) libertamse do seu núcleo deslocandose. Eles movemse para a superfície da placa solar (a azul escuro). As duas extremidades da célula solar estão ligadas por um fio condutor elétrico; assim, o movimento dos elétrons gera uma corrente elétrica. A energia elétrica da célula solar pode então ser usada diretamente nas máquinas de calcular.
A energia solar também pode ser armazenada em baterias para alimentar os candeeiros da estrada à noite. Já existem algumas experiências com carros que usam as células solares para converter diretamente a luz do sol em eletricidade para fazer funcionar o carro.
2. Energia eólica
A energia cinética do vento também é uma fonte de energia e pode ser transformada em energia mecânica e elétrica. Um barco à vela usa a energia dos ventos para se deslocar na água. Esta é uma forma de produzir energia através do vento.
Durante muitos anos, os agricultores serviramse da energia eólica para bombear água dos furos usando moinhos de vento. O vento também é usado para girar a mó dos moinhos, transformando o milho em farinha. Atualmente, o vento é usado para produzir eletricidade.
O vento forte pode rodar as lâminas de uma turbina adaptada para o vento (em vez do vapor ou da água é o vento que faz girar a turbina). A ventoinha da turbina está ligada a um eixo central que contém em cima um fuso rotativo. Este eixo chega até uma caixa de transmissão onde a
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velocidade de rotação é aumentada. O gerador ligado ao transmissor produz energia elétrica.
A turbina tem um sistema de abrandamento para o caso do vento se tornar muito forte, impedindo assim a rotação demasiado rápida da ventoinha.
Um dos problemas deste sistema de produção elétrica é que o vento não sopra com intensidade todo o ano, ele é mais intenso no verão quando o ar se movimenta do interior quente para o litoral mais fresco. Outro entrave é o fato do vento ter que atingir uma velocidade superior a 20 km/hora para girar a turbina suficientemente rápido. Cada turbina produz entre 50 a 300 kilowatts de energia elétrica. Com 1000 watts podemos acender 10 lâmpadas de 100 watts; assim, 300 kilowatts acendem 3000 lâmpadas de 100 watts cada.
Cerca de 30% da eletricidade produzida a partir do vento é criada na Califórnia. A Dinamarca e Alemanha também são grandes exploradores da energia eólica. Mas uma vez produzida a eletricidade, é necessário conduzila até ás casas, escolas e fábricas. O sistema de transmissão elétrica é explicado no próximo capítulo.
3. Energia hídrica Recursos hídricos – são as águas em circulação no ciclo
hidrológico que podem ser utilizadas pelos humanos num determinado momento e num determinado lugar. Embora a água seja um recurso renovável, as quantidades disponíveis têm diminuído.
Quando chove nas colinas e montanhas, a água concentrase em rios correntes que se deslocam para o mar. O movimento ou a queda da água contém energia cinética que pode ser aproveitada como fonte de energia.
Durante centenas de anos o movimento da água foi usado nos moinhos. A passagem da água fazia mover lemes de madeira que estão ligados a uma mó (pedra granítica redonda muito pesada). Esta, roda e mói o milho transformandoo em farinha. Atualmente a corrente da água é usada para produzir energia elétrica.
Hidra significa água. Energia hidroelétrica é a eletricidade produzida através do movimento da água. A energia hidroelétrica usa a energia cinética da água para produzir eletricidade.
Normalmente constroemse diques que param o curso da água acumulandoa num reservatório a que se chama barragem. Noutros casos, existem diques que não param o curso natural da água, mas obrigaa a passar pela turbina de forma a produzir eletricidade.
Quando se abrem as comportas da barragem, a água presa passa pelas lâminas da turbina fazendoa girar. A turbina em vez de usar vapor,
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como antigamente, usa a força motriz da água. A partir do movimento de rotação da turbina o processo repetese, ou seja, o gerador ligado à turbina transforma a energia mecânica em eletricidade. Isto é o que acontece na maior parte das barragens portuguesas.
4. Energia das marésOs oceanos podem ser uma fonte de energia para iluminar as nossas
casas e empresas. Neste momento, o aproveitamento da energia dos mar é apenas experimental e raro.
Mas como é que se obtém energia a partir dos mares?Existem três maneiras de produzir energia usando o mar: as ondas, as marés ou deslocamento das águas e as diferenças de temperatura dos oceanos.
A energia das ondasA energia cinética do movimento ondular pode ser usada para pôr
uma turbina a funcionar.No exemplo da figura, a elevação da onda numa câmara de ar
provoca a saída do ar lá contido; o movimento do ar pode fazer girar uma turbina. A energia mecânica da turbina é transformada em energia elétrica através do gerador.
Quando a onda se desfaz e a água recua o ar deslocase em sentido contrário passando novamente pela turbina entrando na câmara por comportas especiais normalmente fechadas.
Esta é apenas uma das maneiras de retirar energia das ondas. Atualmente, utilizase o movimento de subida/descida da onda para dar potência a um êmbolo que se move para cima e para baixo num cilindro. O êmbolo pode pôr um gerador a funcionar.
Os sistemas para retirar energia das ondas são muito pequenos e apenas suficientes para iluminar uma casa ou algumas bóias de aviso por vezes colocadas no mar.
5. Energia geotérmica
A energia geotérmica existe desde que o nosso planeta foi criado. Geo significa terra, e térmica significa calor, por isso, geotérmica é a energia calorífica que vem da terra.
Alguma vez partiste ao meio um ovo cozido sem lhe tirar a casca? O ovo é como a terra por dentro. A gema amarela é semelhante ao centro da terra, a parte branca corresponde ao manto da terra e a pequena casca protetora assemelhase à crosta terrestre. Abaixo da crosta terrestre, ou seja, a camada superior do manto é constituída por uma rocha líquida, o
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magma (encontrase a altas temperaturas). A crosta terrestre flutua nesse magma. Por vezes, o magma quebra a crosta terrestre chegando á superfície, a este fenômeno natural chamase vulcão e o magma passa a designarse lava. Em cada 100 metros de profundidade a temperatura aumenta 3º Celsius.
A água contida nos reservatórios subterrâneos pode aquecer ou mesmo ferver quando contacta a rocha quente. A água pode mesmo atingir 148º Celsius. Existem locais, as furnas, onde a água quente sobe até à superfície terrestre em pequenos lagos. A água é utilizada para aquecer prédios, casas ou piscinas no Inverno, e até para produzir eletricidade. Em Portugal existem furnas nos Açores.
Em alguns locais do planeta, existe tanto vapor e água quente que é possível produzir energia elétrica. Abremse buracos fundos no chão até chegar aos reservatórios de água e vapor, estes são drenados até á superfície por meio de tubos e canos apropriados.
Através destes tubos, o vapor é conduzido até à central elétrica geotérmica. Tal como numa central elétrica normal, o vapor faz girar as lâminas da turbina como uma ventoinha. A energia mecânica da turbina é transformada em energia elétrica através do gerador. A diferença destas centrais elétricas é que não é necessário queimar um combustível para produzir eletricidade.
Após passar pela turbina o vapor é conduzido para um tanque onde vai ser arrefecido. O fumo branco que se vê na figura é o vapor a transformarse novamente em água no processo de arrefecimento. A água é de novo canalizada para o reservatório onde será naturalmente aquecida pelas rochas quentes.
Na Califórnia existem 14 locais onde se pode produzir eletricidade a partir da energia geotérmica. Alguns deles ainda não são explorados porque os reservatórios subterrâneos de água são pequenos e estão muito isolados ou a temperatura da água não é suficientemente quente. A energia elétrica gerada por este sistema na Califórnia é suficiente para abastecer 2 milhões de casas.
6. Bioenergia
A biomassa é o material que normalmente imaginamos como lixo. São restos e sobras de toda a espécie: árvores mortas, ramos de árvores, restos de relva cortada, cascas de árvores e serradura que sobram nas carpintarias, sobras de colheitas, cascalho e pedras miúdas das habitação, produtos de papel e outros objetos que deitamos fora.
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A biomassa pode ser aproveitada para produzir eletricidade reduzindo a necessidade de recorrer a outras fontes de energia.
Na Califórnia, a biomassa é responsável pela produção de 2,77% de toda a energia elétrica.
O uso da biomassa não contribui para o aquecimento global da Terra. As plantas usam e armazenam bióxido de carbono enquanto crescem depois ele é libertado quando queimamos as plantas. Assim, terminase o ciclo de armazenamento do bióxido de carbono. Este gás em quantidades excessivas provoca o efeito de estufa ou o aquecimento global do planeta.
A grande vantagem da biomassa é que pode ser reutilizada e transformada noutros produtos como o papel e fertilizantes; acumulase menos lixo nas lixeiras e é necessária menos terra para depositar o lixo.
A biomassa é amiga do ambiente porque pode ser reduzida, reciclada e reutilizada.
Hoje em dia descobremse novas formas de a usar, por exemplo: para produzir um álcool especial que serve de combustível para os carros. Outra maneira de usar a biomassa é transformála em gases inflamáveis cujo objetivo é a produção elétrica.
Distribuição de energiaDepois de produzida, a eletricidade tem de ser distribuída pelos
clientes que a usam. Portugal e muitos outros países possuem uma vasta rede de condução elétrica. Em qualquer lugar vês os fios elétricos suspensos pelos postes de alta tensão.
Um gerador a funcionar produz eletricidade com uma voltagem de 25.000 volts. Um volt é a medição da força do movimento elétrico, ou seja, é a força que empurra os elétrons dentro de um circuito elétrico. O nome volt vem de um físico italiano chamado Alessandro Volta que inventou a primeira bateria.
Para conduzir a eletricidade a longas distâncias é necessário aumentarlhe a voltagem; por isso, a energia elétrica vai, em primeiro lugar, para um transformador elétrico que lhe aumenta a voltagem até 400.000 volts.
A energia é transportada por cabos elétricos grossos constituídos por cobre ou alumínio porque têm uma resistência baixa. Quanto maior a resistência do fio, mais quente fica e menor é a condução elétrica. Estes cabos conduzem a energia até uma subestação elétrica. Lá, os transformadores diminuem a voltagem elétrica, em diferentes níveis de
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potência consoante a sua aplicação e local onde a eletricidade se destina: fábricas, casas, escolas, candeeiros de rua, etc.
Na tua vizinhança, existe outro pequeno transformador colocado num poste elétrico que converte a eletricidade em níveis elétrico ainda mais pequenos para poder ser usada na tua casa. A voltagem utilizada no abastecimento doméstico em Portugal é 220 volts. Atualmente já existem novas linhas de distribuição elétrica subterrânea.
Os combustíveis fósseis O carvão, o gás natural e o petróleo ocupam os primeiros lugares da
lista dos recursos energéticos mais utilizados no mundo. Pouco menos que 80% do total da energia consumida no planeta é gerada por meio da queima dos combustíveis fósseis.
Os combustíveis fósseis são uma fonte não renovável de energia, pois sua formação envolve processos naturais que levam milhares de anos para se completar.
O petróleo na economia mundialO petróleo é formado pela decomposição de organismos animais e
vegetais em ambientes marinhos. As maiores reservas conhecidas estendem se das plataformas continentais para áreas continentais subjacentes, tal como ocorre no Golfo Pérsico e no Golfo do México.
O gás natural é comumente encontrado em associações ao petróleo, ainda que ocorram poços secos, ou seja, reservatórios que abrigam apenas gás natural.
O petróleo passou a ser utilizado intensivamente como recurso energético no ultimo quartel do século XIX, servindo de combustível em navios.
Ao longo do século XX, ele se transformou em um recurso energético vital para as sociedades modernas. Alem de funcionar como fonte de calor em usinas termelétricas, o óleo passou a ser utilizado também como matéria prima em diversos setores industriais, tais como os dedicados a produção de tintas, tecidos sintéticos, fertilizantes e de todos os tipos de plástico. E muito importante é que quase todas as frotas de navios, aviões, automóveis, ônibus, tratores e caminhões que circulam pelo planeta são movidos pela queima do petróleo e de seus derivados.
A energia nuclearNas usinas termonucleares, a eletricidade é obtida por meio da
desintegração de núcleos atômicos de minerais radioativos, em especial o urânio. Com apenas um quilo de urânio, é possível obter uma quantidade de energia elétrica equivalente à que uma termelétrica convencional produz consumindo 150 toneladas de carvão.
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A energia termonuclear envolve tecnologias sofisticadas, tanto na geração quanto no controle do vazamento de materiais radioativos. Mais de 80% da capacidade instalada no mundo se localiza nos países ricos.
A maior parte dos movimentos ambientalistas condena o uso da energia nuclear, tanto pelo risco de vazamento quanto pelos resíduos tóxicos liberados pelas usinas. Na Alemanha por exemplo o governo prometeu desativar todas as usinas nucleares ate 2002, graças a pressão do partido verde.
Entretanto, os defensores da energia nuclear alegam que ela é uma alternativa sustentável, já que não contribui para o efeito estufa nem utiliza intensivamente os recursos da natureza.
A energia dos riosNas usinas hidrelétricas obtém se eletricidade por meio da força das
águas correntes. A capacidade de produzir energia hidrelétrica é limitada, pois depende da existência de rios caudalosos que atravessam grandes desníveis topográficos. Entre os países industrializados do mundo, apenas no Brasil essa fonte supre maior parte da demanda por eletricidade.
A produção de energia em usinas hidrelétricas utiliza uma fonte renovável. Mas, como vimos, a construção de uma grande hidrelétrica implica no alongamento de grandes áreas e a remoção das pessoas que nelas vivam. As energias alternativas
A energia eólica e solar, ambas limpas e renováveis, são as formas de geração de eletricidade que apresentam as maiores taxas de crescimento de uso no planeta. A Alemanha, os Estados Unidos, a Dinamarca e a Espanha lideram a produção de energia eólica, enquanto a França e os Estados Unidos se descatam em energia solar.
Mesmo assim, essas formas de energias ainda ocupam um lugar desprezível no balanço energético mundial, apesar de todos os riscos envolvidos, os combustíveis fósseis continuam sendo intensivamente utilizados, tanto na geração de eletricidade quanto nos transportes.
Os protótipos de carros elétricos movidos a essa célula que já existem são dotados de motores bastante eficientes, que emitem apenas vapor d’água na atmosfera.
Atividades: 1 Diferencie Usina Hidrelétrica, Usina Termonuclear e usina
Termelétrica.2 Quais os tipos de combustíveis fósseis mais utilizados?3 Qual o país que mais utilizava energia nuclear? E o que o
governo prometeu para o mesmo?
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A geografia do consumo.Consumismo é o ato de consumir produtos e/ou serviços,
indiscriminadamente, sem noção de que podem ser nocivos ou prejucidiais para a nossa saúde ou para o ambiente. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de influência que as empresas, por meio da propaganda e da publicidade, bem como a cultura industrial, por meio da TV e do cinema, exercem nas pessoas. Muitos alegam que elas induzem ao consumo desnecessário, sendo este um fruto do capitalismo e um fenômeno da sociedade de agora.
A diferença entre o consumo e o consumismo é que no consumo as pessoas adquirem somente aquilo que lhes é necessário para sobrevivência. Já no consumismo a pessoa gasta tudo aquilo que tem em produtos supérfluos, que muitas vezes não é o melhor para ela, porém é o que ela tem curiosidade de experimentar devido às propagandas na TV e ao apelo dos produtos de marca. No entanto, a definição de necessidade supérflua é algo relativo, já que um produto considerado supérfluo para alguém pode ser essencial para outra, de acordo com as camadas sociais a que a população pertence. Isso pode gerar violência, pois as pessoas que cometem crimes na maioria das vezes não roubam ou furtam nada por necessidade, e sim por vontade de ter aquele produto, e de não ter condições de adquirílo. Nesses casos, a necessidade de consumo se torna uma doença, uma compulsão, que deve ser tratada para evitar maiores danos à pessoa. Muitas vezes o consumismo chega a ser uma patologia comportamental. Pessoas compram compulsivamente coisas que elas não irão usar ou que não têm utilidade para elas apenas para atender à vontade de comprar.
A explicação da compulsão pelo consumo talvez possa se amparar em bases históricas. O mundo nunca mais foi o mesmo após a Revolução Industrial. A industrialização agilizou o processo de fabricação, o que não era possível durante o período artesanal. A indústria trouxe o desenvolvimento, num modelo de economia liberal, que hoje leva ao consumismo alienado de produtos industrializados. Além disso, trouxe também várias conseqüências negativas por não se ter preocupado com o meio ambiente. A Revolução Industrial do século XVIII transformou de forma sistemática a capacidade humana de modificar a natureza, o aumento vertiginoso da produção e por conseqüência da produtividade barateou os produtos e os processos de produção, com isso milhares de pessoas puderam comprar produtos antes restritos às classes mais ricas.
A sociedade capitalista da atualidade é marcada por uma necessidade intensa de consumo, seja por meio dos mercados internos, seja por meio dos mercados externos, já que um aumento do consumo registrase uma
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maior necessidade de produção, que para atender a esta demanda gera cada vez mais empregos, que aumentam a renda disponível na economia e que acaba sendo revertida para o próprio consumo. O excesso de todo este processo leva a uma intensificação da produção e conseqüente aumento da extração de matériasprimas e do consumo de energia, muitas vezes, de fontes nãorenováveis.
Às vezes, uma pessoa compra pela influência de outras, que na verdade, também são influenciadas pelas propagandas, filmes, revistas e etc. Ou seja, a sociedade cria um padrão, que tende a ser seguido pelas pessoas. Algumas mulheres, por exemplo, geralmente escolhem um corte de cabelo, roupas, sapatos e acessórios da moda com base em alguma atriz famosa.
O mundo “mágico” das mercadorias.Estamos em um mundo de mercadorias carros, relógios, jóias,
livros, roupas, sapatos, moveis, entre tantos outros itens e uma lista interminável. Todos os dias somos invadidos por propagandas que tentam nos fazer acreditar que consumindo essas mercadorias poderemos ser mais felizes, mais limpos, mais cheirosos, mais atraentes ou mesmo mais queridos.
Nos países ricos, estima se que o gasto total das empresas em publicidade já representa duas vezes mais que o total gasto pelos governos em educação publica, ate nos países pobre esse numero não para de crescer. O mercado publicitário brasileiro, por exemplo, se orgulha se figurar como um dos mais criativos do mundo. O poder da publicidade e sua influencia na vida das pessoas, por meio dela, o consumo como forma de suprir necessidades ou mesmo de realizar desejos, da lugar à compra pelo prazer de comprar ou como forma de realização pessoal. Na sociedade do consumo, da qual fazemos parte, a propaganda é a alma do negocio.
Enquanto alguns poucos gastam compulsivamente em produtos de luxo, outros não tem acesso nem se quer as necessidades básicas como alimentos, roupas, água limpa e saneamento básico. De acordo com a ONU, no ano de 2000 existiam 825 milhões de pessoas subnutridas no mundo cerca de 1,1 bilhão de pessoas não tinham acesso à água potável e 2,6 bilhões não dispunham de instalações sanitárias adequadas.
A vida cotidiana na sociedade de consumoOs japoneses chamam os microchips de arroz da indústria, esses são
pequenos componentes eletrônicos que estão presentes na maioria dos aparelhos eletroeletrônicos que invadiram as casas dos consumidores de todo o mundo. Simples despertadores digitais, calculadora de bolso, entre as muitas mercadorias produzidas pelas indústrias eletrônicas.
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A presença de aparelhos eletrônicos nas residências, porem, é um fato relativamente recente. No começo era necessário ferver a água e encher uma banheira para poder tomar banho quente, o fogão devia estar abastecido de lenha ou carvão.
O gás e a eletricidade permitiram o aquecimento de água, melhoram a iluminação e facilitam a realização de tarefas como preparar os alimentos, lavar roupa e fazer faxina.
Depois da Primeira Guerra Mundial as ruas começaram a receber iluminação elétrica e o radio passou a ser ouvido na maioria das casas.
As residências norte americanas e européias foram transformadas por uma avalanche de eletrodomésticos: geladeiras, ferros de passar, fogões e máquina de lavar, entre outros.
Os fabricantes de aparelhos domésticos logo perceberam o poder da propaganda e do radio como veiculo de divulgação.
A partir da segunda metade do século XX, um novo padrão de vida começou a ser divulgado nas revistas dirigidas ao publico consumidor, nas telas do cinema, nos enormes cartazes publicitários dispostos ao longo das estradas e nos aparelhos de televisão que já chagavam as salas da classe média do mundo inteiro. Os artigos de moda passaram a ser fabricados de acordo com pesquisas de mercado nas quais se buscavam saber o que os diferentes tipos de consumidores queriam ou podiam comprar.
Mercadorias que mudaram o mundoO automóvel, a geladeira, a televisão e os computadores foram os
produtos que mais alteram a vida das pessoas. Um novo modo de vida chegou a ser gerado pelo automóvel,
impondo o mito do transporte individual como símbolo de liberdade de movimentos. E o aumento gradativo de seu numero nas ruas das cidades exigiu a construção de grandiosas e custosas obras viárias, tais como viadutos, túneis e grandes avenidas expressas, que transformaram totalmente a paisagem das cidades.
A chegada da geladeira permitiu armazenar por varias semanas produtos alimentícios perecíveis. A partir de então, muitas famílias passaram a fazer compras apenas uma vez por mês ou a cada quinze dias em um grande supermercado.
Colocada em local de destaque nas casas das famílias a televisão, ocupa o centro da vida domestica de muitas famílias, seno a principal fonte de lazer para milhões de pessoas em todo o mundo. Em 2002, mais de 1,12 bilhão de domicílios, nos quais viviam cerca de três quartos da população mundial, dispunham de pelo menos um aparelho de televisão.
Por meio da televisão, as empresas atraem a atenção das famílias para os seus produtos e estabelecem padrões de comportamento. A
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“telinha” é capaz de formar opinião, derrubar políticos e mudar os rumos de uma eleição.
Recentemente, uma nova mania de consumo passou a ameaçar o domínio da televisão na vida domestica: o computador. No mundo todo, existem cerca de 600 milhões de usuários da internet.
Nos países ricos, que concentram a maioria dos usuários da rede, as compras via internet já representam 30% do comercio total de discos, artigos eletrônicos e livros. No Brasil, elas atingem perto dos 5% das vendas desses setores, e a tendência é que esse porcentual duplique nos próximos anos.
Também é significativo o crescimento de movimentação de contas bancarias feita a partir de casa, por meio de computadores pessoais, no mundo todo.
Os excluídos do mundo da informaçãoO conhecimento e a informação são fatores determinantes tanto da
produtividade das economias quanto da qualidade de vida das pessoas. O acesso as mercadorias pelas quais circulam conhecimento e informação, porém, é profundamente desigual entre os países e regiões do globo.
O consumo do papel, por exemplo, gira em torno de 300 quilos anuais per capita, nos Estados Unidos. Já na Índia, equivale a 4 quilos anuais per capita e é inferior a 1 quilo anual per capita em duas dezenas de países africanos, o que revela sua população estão praticamente excluídas do mercado de jornais e livros.
Consumo e desperdícioO consumo não depende apenas do poder aquisitivo do individuo,
mas de sua compulsão de comprar. Em outras palavras não é apenas uma questão de dinheiro e sim de uma atitude ou estilo de vida.
As empresas de propaganda e marketing estudam corretamente como será a tendência para determinado tempo para planejar suas campanhas e seus produtos. O consumismo desenfreado tem um custo: o uso cada vez mais intenso, e muitas vezes desnecessário, dos recursos naturais do planeta, com todas as conseqüências que conhecemos.
Nos países ricos se evidenciam na produção colossal de lixo: cada habitante gera em torno de 560quilos de lixo urbano por ano. Mas o problema não é só desses países, quantas arvores são derrubadas para poder produzir papel. Por exemplo: vemos ser desperdiçado por estudantes brasileiros que não cuidam de seus livros e cadernos.
O envelhecimento da população dos países da Europa, por exemplo, tem provocado o aumento progressivo de tempo livre e mudanças nas formas de desfrutar o lazer.
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Na pratica do turismo, uma atividade amplamente disseminada entre os europeus, a compra de lembranças e artesanatos do local visitado, o ensaio fotográfico de cenas cotidianas, o consumo de refeições e serviços de todo o tipo transformam uma viagem turística num verdadeiro ritual de consumo.
Shopping centers, o templo do ritual de consumo.Os shoppings centers são estabelecimentos comerciais que reúnem
num mesmo prédio varias lojas de departamentos, supermercados, butiques e prestadores de serviços.
Um dos maiores símbolos da sociedade de consumo começa a ser construídos a partir da década de 1960 em varias cidades do mundo. Seu sucesso pode ser associado à difusão do automóvel como o principal meio de transporte da população de maior poder aquisitivo e, ao mesmo tempo, à expansão das atividades dos hipermercados instalados nos grandes centros urbanos.
Todo shopping centers possui as lojas âncora, que são supermercados ou lojas de departamentos que atraem clientes com oferta de promoções, preços mais baixos e maior diversidade e quantidade de produtos. E os donos dos estabelecimentos menores são beneficiados pelo enorme afluxo de pessoas que procuram. Localização privilegiada e facilidade de estacionamento também são fatores de atração de consumidores.
Atividades:1 Procure explicar o significado da expressão: Sociedade de
consumo.2 Os eletrodomésticos mudaram a vida de milhares de famílias
no mundo inteiro. Dê exemplos que ilustrem essa idéia.3 Qual a importância da publicidade na sociedade de consumo?4 Porque o uso de computadores pode levar ao aumento do
consumo.5 Por que algumas pessoas preferem os shoppings centers para
fazer suas compras?
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A Geografia do Crime
A globalização do crimeEm 1920, uma emenda à constituição dos Estados Unidos, que ficaria
conhecida como Lei Seca, proibiu a produção e comercialização de bebidas alcoólicas em todo o país. Os políticos conservadores e as organizações religiosas puritanas esperavam com isso resolver de uma vez por todas o problema do alcoolismo, visto então como a maior ameaça ao bem estar da sociedade norte Americana.
A lei seca permaneceu em vigor durante 13 anos. Durante esse período, as bebidas nos Estados Unidos, mas ilegalmente. A proibição, portanto não foi suficiente para acabar com o alcoolismo e ainda gerou um lucrativo mercado clandestino, altamente disputado por gangues de criminosos.
O personagem mais conhecido desse período foi Al Capone, também conhecido como Scarface por causa de uma cicatriz que tinha no rosto.
No comando de uma poderosa organização de criminosos, Capone, um imigrante italiano que havia chegado sem nenhum dinheiro aos Estados Unidos, conseguiu controlar não apenas os pontos de venda de bebidas mas também a prostituição, os jogos ilegais, na Chigago da década de 1920.
Depois de anos aterrorizando a cidade, assassinando adversários, corrompendo policiais e juízes e expandindo seus negócios, Capone acabou sendo finalmente preso em 1931. Mas ele foi julgado e condenado não a esses delitos mas sim, por ter fraudado o fisco norte americano. Os chefões raramente deixam suas mãos sujas com o sangue do crime.
Apesar de Capone ter conseguido acumular muito dinheiro, seu poder era restrito a algumas cidades. Cada cidade norte americana importante tinha sua própria família mafiosa. Poderosas organizações criminosas mantém “filiais”em diversas partes do mundo, e, assim como as empresas transnacionais, utilizam as novas tecnologias de informação para controlar seus negócios.
Os novos chefões, porém, ganham dinheiro com o mesmo principio que Capone construiu sua fortuna: o trafico e a oferta do que é proibido pela lei dos países, controlando as organizações baseadas na lealdade de seus integrantes e no suborno ou assassinato dos inimigos.
A proibição de álcool nos Estados Unidos foi revogada e 1933, as organizações criminosas atuais não se contentaram com apenas um ramo de atividade. Alem de atuarem em ramos tradicionais dominados pelo crime, tais como o tráfico de drogas ilícitas, prostituição e jogos ilegais, entre outros começaram a fazer serviços legais como mundo financeiro, a construção de hotéis, centros de lazer, etc.
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O problema contra as coisas ilegais tornou se tão serio que a ONU realizou duas conferencias Mundiais sobre o Crime Organizado: a de Nápoles, em novembro de 1994, e a do Cairo em 1995, como objetivo de diagnosticar a nova situação e propor acordos internacionais para facilitar o intercâmbio de informações e a coordenação das ações conjuntas contra o crime.
Os novos poderes das velhas máfiasO sul da Itália foi o berço histórico das organizações criminosas, sua
origem remota à Idade Media, quando famílias se uniam para manter, com o uso da violência, o controle sobre a economia de determinadas regiões.
As máfias italianas mais importantes são a Cosa Nostra, com sede na ilhada Sicília, Camorra, etc. A relação entre essas famílias sempre foi marcada pelo respeito mútuo, embora não faltem episódios de violência entre seus membros.
O faturamento anual bruto das máfias italianas, obtidos a partir do trafico de drogas, armas ilegais, prostituição, gerou cerca de 100 bilhões de euros. De acordo com especialistas italianos, em algumas províncias do sul da Itália, ate mesmo a distribuição da água e do pão é controlada pelos chefões Camorra.
A máfia russaO poder dos grupos mafiosos cresceu no rastro do fim da Guerra Fria
e da desagregação da União Soviética.Grupos criminosos que antes atuavam ilegalmente no mercado e
varias organizações de militares russos descontentes com o baixo salário e a perda do prestigio, começaram a assumir o comando de grande parte dos negócios privados e das antigas empresas publicas.
Hoje mais de cinco mil gangues e grupos criminosos na Rússia. Além do trafico de drogas os russos também vendem armamentos pesados ilegais roubados do poderoso exercito do país.
O dinheiro sujo ganho é usado para subornar os funcionários públicos, que tem salários muito baixos. A máfia aumenta sua influencia comprando patrimônios públicos a preços subfaturados e vendendo “proteção” as empresas estrangeiras que querem se estabelecer na região.
A Interpol, as organizações internacionais de combate ao trafico e o próprio governo russo, estão assustados com o rápido crescimento dessas máfias, que constituem em um enorme perigo para o mundo.
Suspeita se que um dos novos ramos da máfia russa seja a compra e venda de passe de jogadores, que atingem valores milionários, seria usado para legalizar o dinheiro ilícito.
As máfias do Oriente
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No Japão, com a centralização imperial ocorrida em 1868, os samurais que até então guerreiros dos chefes militares regionais, perderam sua função, muitos deles se organizaram em grupos violentos, que passaram a agir por conta própria no mundo do crime.
A Yakuza, famosa máfia japonesa, também possui rígidos códigos de conduta. Seus membros passam por diversos rituais de iniciação e tem seus corpos cobertos por tatuagens que simbolizam a força e a lealdade ao grupo.
Todas as máfias expandiram muitos seus negócios com as grandes correntes migratórias que marcaram o século XIX e XX. Os mafiosos italianos se estabeleceram em varias cidade dos Estados Unidos, principalmente em Nova York, Chicago e San Francisco.
Ate hoje, as máfias conquistam colaboradores explorando a precariedade de condição de vida de alguns refugiados e imigrantes ilegais.
NarcotráficoTráfico de drogas. Narcotráfico ou tráfico de drogas é o tráfico de
substâncias ilícitas, entorpecentes. No Brasil, a lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre tráfico Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Com o avento dessa lei, as leis anteriores (lei 6.368/1976 e 10.409/02) foram revogadas.
O Brasil assinou a Convenção de Viena e, em março de 1998, aprovou a Lei nº 9.613, que tipifica o crime de lavagem de dinheiro e postula como um dos crimes antecedentes o tráfico de drogas.
No mundoO narcotráfico é produzido em escala global, desde o cultivo em
países subdesenvolvidos ate seu consumo, principalmente nos países ocidentais, nos quais o produto final atinge um alto valor no mercado negro.
O consumo de drogas acarreta importantes conseqüências sociais: crime, violência, corrupção, marginalidade, entre outros. Por isso a maioria dos países do mundo proíbe a produção, distribuição e venda destas substâncias. Conseqüentemente, formouse um mercado ilegal de entorpecentes e psicotrópicos, hoje o narcotráfico tomou conta de muitos jovens em baladas e em festas. Até mesmo a alta classe social apresenta usuários, embora algumas pessoas ainda tenham o preconceito de que só pessoas de baixa renda, como moradores de favela, são usuários.
Produção
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A maioria dos entorpecentes é produzido em países da América do Sul, Sudeste Asiático e Oriente Médio, entrando nos países consumidores através de contrabando. Tradicionalmente, os Estados Unidos, o México, a União Européia, o Japão e especialmente Cingapura (onde o tráfico e o consumo de drogas são punidos com a morte) têm imposto uma política de tolerância zero aos países produtores. Entretanto, em muitos desses países, a cultura de coca, e maconha é uma importante fonte de subsistência, à qual não estão dispostos a abdicar. Por outro lado, substâncias psicotrópicas como o LSD, as anfetaminas e outras substâncias sintéticas como o êxtase são produzidas em países desenvolvidos.
OrigensEm locais onde a legislação restringe ou proíbe a venda de
determinadas drogas populares, é soez o desenvolvimento de um mercado negro. A maioria dos países considera o narcotráfico um problema muito sério. Em 1989, os Estados Unidos intervieram no Panamá com o propósito de acabar com o narcotráfico. O governo da Índia realizou operações no Oriente Médio e a própria península da Índia para seguir o rastro de vários narcotraficantes. Algumas estimativas do comércio global puseram o valor das drogas ilegais a cerca de US$ 400 bilhões no ano 2000; que, somado ao mesmo tempo ao valor do comércio global de drogas legalizadas (tais como o tabaco e o álcool), corresponde a uma quantidade superior ao dinheiro gastado para a alimentação no mesmo período de tempo. Em 2005, o Relatório Mundial sobre Drogas das Nações Unidas informou que o valor do mercado ilícito de drogas foi estimado em 13 bilhões de dólares ao nível de produção, 94 bilhões ao nível de preço de mercado e a mais de um trilhão baseado nos preços de cultura, levando em conta inclusive as perdas.
Embora o consumo seja mundial, o maior mercado consumidor é os Estados Unidos seguido da Europa. Os maiores produtores do mundo são o Afeganistão (ópio), o Peru e a Colômbia (cocaína).
RentabilidadeEstudo efetuado pela Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de
Janeiro, efetuado em dezembro de 2008, estimou que o tráfico de drogas no Rio de Janeiro (maconha, cocaína e crack) fatura entre 316 e 633 milhões de reais por ano, mas lucra algo em torno de 130 milhões, sendo menos rentável do que aparenta. Entre os altos custos suportados pelos traficantes, estão o de logística de fornecimento e auto proteção e as perdas decorrentes das apreensões policiais. Além dos gastos com mão de obra, haveria gastos entre 121 e 218 milhões de reais por ano com a reposição de armas e a compra de produtos.
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Violência urbanaA violência urbana é o termo usado para designar ataques
relativamente sérios à lei e à ordem pública que vêem a violência se exprimir em uma ou mais cidades de um ou mais países.
Tentativa de definiçãoDepois que as insurreições raciais agitaram as grandes cidades
americanas em 1968, o sociólogo afroamericano Kenneth Clark declarou à comissão de Kerner reunida a pedido do presidente americano Lyndon Baines Johnson: « Eu leio este relatório de motins em Chicago de 1919 e é como se eu lesse o relatório da Comissão de investigação das desordens no Harlem de 1935, o relatório de investigação daquelas de 1943, o relatório da Comissão McCone sobre os motins em Watts. Eu devo sinceramente lhes dizer, membros da Comissão, que se acreditaria em “Alice no País das Maravilhas”, com o mesmo filme que nos é eternamente passado: mesma analisa, mesmas recomendações, mesma inação .
Esta intervenção já datada destaca três grandes características do que se chama « violência urbana »:
• Sua antiguidade relativa, como nos Estados Unidos da América.
• Sua irrupção esporádica em períodos e em cidades diferentes.• A incapacidade aparente das autoridades para compreendêlas,
e assim combatêlas.Se a primeira característica deve ajudar os historiadores a definila,
elas parecem imperceptíveis no exame das duas outras, seu caráter eminentemente eruptivo e os supostos erros das autoridades públicas em procurar delimitálas, circunscrevêlas, impedem finalmente de definir com precisão o problema. Para contornar a dificuldade de delimitação do objeto e evitar o longo prazo de análise, os autores fazem conseqüentemente recurso a uma definição limitada do fenômeno que corresponde somente à sua forma mais recente, aquela que examina as últimas décadas, menos, os últimos anos. Assim Sophie BodyGendrot, afirma que o termo « violência urbana » indica « ações ligeiramente organizadas de jovens que agem coletivamente contra os bens e as pessoas, geralmente ligadas às instituições, em territórios desqualificados ou prejudicados” . É a definição que se pode reter sabendo bem que ela é restritiva, e que tende, por exemplo, a naturalizar as pesadas variáveis que pesam nos atores que agem com violência, notadamente a juventude, uma variável que não é que pouco questionada pelos especialistas. É entretanto uma definição eficaz no sentido que não se pode por razões de concisão, ter toda ação violenta perpetrada num quadro urbano ser considerada « uma violência urbana », mesmo se este deslizamento for às vezes necessário.
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A cidade como lugar de interiorização e de repreensão da violência
A interiorização da violência pela urbanizaçãoA violência em geral cobre uma diversidade de comportamentos ou
atos individuais, interpessoais ou mesmo coletivos. De uma época como de uma sociedade à outra, como recordado pelo filósofo Yves Michaud, as formas de violência empregadas e sua intensidade variam muito. Falaríamos hoje, por exemplo, de uma « violência na estrada » ou de uma « insegurança no trânsito ». Mas não é tudo, nossa sensibilidade a estas formas de violência mudou. Segundo o autor, as normas aumentaram. Assim, comportamentos violentos passados outrora pelo silêncio como o mau trato infantil ou as violências conjugais são hoje denunciadas: a violência circulando na esfera familial é assim particularmente recente. Tudo isto explica, sempre segundo Yves Michaud, a extensão da incriminação no direito penal. Num mesmo movimento, o direito penal vê sempre mais a violência como não sendo necessariamente propriamente física: o que implica a atualização da noção de « vias de fato » à categoria mais antiga de « golpes e feridas ».
Para explicar a sensibilização maior quanto à violência, nós podemos recorrer à célebre teoria da « civilização das maneiras » segundo a qual o Ocidente teria conhecido a partir da Idade Média um longo processo de polissagem das maneiras: os conflitos que antes se exprimiam em afrontamentos sangrantes tenderam de mais em mais a serem interiorizados, por exemplo, via o esporte[4]. Segundo Norbert Elias, o promotor da dita teoria, esta evolução não é mais imputável a um simples crescimento do "self control", mas à sua generalização à todos os setores da vida pública ou privada sob impulsos de vários fatores tais quais a escolarização, a difusão dos códigos de corte e, enfim, a urbanização. A cidade é aqui reputada estar na origem da interiorização de sua violência pelo homem: a evolução no seio das massas a impôs mais retenção nos seus atos.
A repreensão da violência às margens da cidadeSeguindo Nobert Elias, o historiador JeanClaude Chesnais
sublinhou por sua vez o declínio tendencial da violência nas sociedades modernas, estudou, entretanto somente a violência propriamente física. Mas outros historiadores vieram a contradizer esta idéia após a publicação dos trabalhos do historiador americano Tedd Gurr, realizadas nos anos 19701980, e que interpretaram a violência em termo de privação: ela se desenvolveria quando a elevação das aspirações dos indivíduos não se acompanhava mais de uma melhora comparável de sua qualidade de vida. É o que teria acontecido com as sociedades ocidentais à partir dos anos 30,
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década na qual Ted Gurr observa uma reversão completa da tendência, isto é, um aumento agora durável da violência, do homicídio, da criminalidade, dos roubos ou da delinqüência, seguindo uma curva em J. A tese de Ted Gurr é às vezes evocada pelo nome de « teoria da curva em J » por esta razão. Na França, segundo Sebastian Roché, esta escalada continua a se observar a partir da metade dos anos 50. Ela é independente, segundo ele, do contexto econômico: A delinqüência aumenta particularmente durante os anos de reconstrução e de prosperidade. Depois da metade dos anos 80, ela tende a se estagnar, e isto apesar do aumento do desemprego de longa duração e dos fenômenos de exclusão. Mesmo se este diagrama é ele mesmo controverso, é importante têlo na cabeça durante o estudo das violências urbanas propriamente ditas, que apresentam uma evolução diferente.
Anteriormente, devemos nos recordar que um dos princípios da organização da cidade sempre foi pensado como o recuo da violência para fora de seus muros; em oposição à campanha ao redor, uma campanha considerada o lugar de todas as jaqueiras e pilhagens, uma campanha onde o movimento de pacificação ocorreu tardiamente, o que explica o êxodo rural maciço para « esta tênue luz libertária do anonimato » [8]das cidades, de acordo com a expressão da historiadora Elisabeth Claverie. É necessário ver, contudo, que este anonimato é ambivalente porque também é uma condição de existência de todas as espécies de tráfegos quem podem finalmente contribuir para a violência da cidade.
Seja como for, como observa, por exemplo, Michel Foucault em "Vigiar e punir", os grandes complexos industriais europeus foram construídos na orla das cidades para prevenir as revoltas operárias. Do mesmo modo, nos Estados Unidos, o campus foi construído fora das cidades para afastar a ameaça estudantil… As populações mais depauperadas em busca de trabalho instalaramse também nos subúrbios. Ora, no inconsciente coletivo, o subúrbio continua por excelência o lugar à margem, aquele que acolheria marginais, bárbaros, em outros termos zulus, para retomar um vocábulo idôneo: a partir da Idade Média, o subúrbio é este espaço que se situa a uma milha da cidade e onde cessa o desterro, ou seja, o poder senhoril; este espaço para além do qual não se faz mais parte da Cidade e, por conseguinte da civilização... As violências “urbanas” não são, por assim dizer, mais do que violências suburbanas; em todo caso, excluemse da definição as violências perpetuadas no seio das manifestações que reivindicam quanto a elas logicamente uma maior visibilidade no centro da cidade: a violência se encontra no coração mesmo da cidade pelo fato que esta ultima é o centro do poder político a derrubar.
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Para o político, que é tentado a pensar a violência como contagiosa, esta aposta na segregação poderia finalmente ser feliz.
O recente reaparecimento da violência urbanaO aparecimento da violência urbana e conexões Apesar da repressão de todos os tempos, a cidade tem sido sempre
palco de violência. Assim, em uma carta dirigida ao prefeito de Londres 1730, o escritor Daniel Defoe reclamava que « os cidadãos não mais se sentem seguros em suas próprias casas, nem sequer atravessando as ruas. As « violências urbanas » tal qual nós tivemos definido aparecem claramente nos Estados Unidos por volta dos anos 60, na França, no início dos anos 80. Na seqüência destes incidentes, as violências urbanas serão regularmente perpetradas, mas em escala menor (como o vandalismo e, a partir dos anos 80, o hooliganismo, por exemplo), tornandose quotidiana e assumindo diferentes formas, tanto contra a propriedade quanto contra as pessoas, elas podem ser físicas ou simbólicas; erupções ocorrendo ocasionalmente como em 2005 por toda a França.
A violência urbana ocorre na maioria das sociedades modernas. No entanto, as manifestações como as causas da violência variam entre as sociedades, assim, é errôneo acreditar que a violência urbana que assistimos num determinado lugar seja apenas a transposição de situações de outro espaço.
As causas do aparecimento das violências urbanas Se os focos de violência urbana são freqüentemente desencadeados
por rumores de abuso policial ou algum abuso de autoridade, as degradações e agressões cometidas geralmente por jovens no espaço da cidade apresentam varias causas cruzadas que muitas vezes tornamse seus resultados numa série de círculos viciosos engrenando o empobrecimento:
• Uma situação familiar crítica. Onde a liberação do controle parental sobre a juventude implica numa falta de vigilância e punição aos contravenantes da ordem e das regras da sociedade; a eficácia da fiscalização pelos vizinhos ou pela comunidade ou mesmo pela sociedade não remedeia que parcialmente esse problema.
• A reprovação escolar, que pode ela mesmo decorrer da crise familiar. Assim, nos dias de hoje, a violência nas escolas é o rejeito mesmo da instituição, sobretudo pelos reprovados que reprovam as humilhações subidas. A comunhão de alunos em deficiência escolar com os outros implica a contaminação dessas deficiências e uma redução da qualidade no ensino em geral.
• O desemprego, que se alimenta da falência da escola. Si ele pode engendrar a violência, esta o favorece em retorno, criando
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mecanismos de discriminação ao emprego ou, simplesmente, destruindo os bens que servem a criar o valoragregado e, assim, os empregos.
• O desenvolvimento de uma economia paralela, incluindo o tráfico de drogas e o comércio de mercadorias roubadas. A concorrência entre gangues ou organizações criminosas favoreceu a circulação de armas. É o caso, por exemplo, de Medellin, com taxa de 94 homicídios por 100 mil habitantes, a maior do mundo, onde os grupos La Galera, La Torre e 38 são facções inimigas.
• O consumo da violência pela televisão ou jogo de vídeo.• A ausência de mobilidade geográfica dos mais demunidos. Ela
tende à acentuar ao fio da partida dos mais fortunados uma cisão geográfica inelutável, eventualmente reforçada no dia à dia por um fraco serviço de transportes públicos. A exigüidade das moradias nas quais eles são condenados a viver (às vezes com uma família numerosa) empurram os jovens a tentar se apropriar do espaço público atenante, à procurar à controlar os grandes espaços monóicos como as ruas e os lugares de passagem estratégicas. Uma vez esses territórios conquistados, eles operam a uma verdadeira marcação, "tags" ou grafitagem, por exemplo, mas também à um controle mais estrito, pela medida de pagamentos ilícitos de bens público ou privados, chamadas de « taxas », que é um termo de direito financeiro que faz referência ao monopólio estatal de cobrar impostos.
• As práticas ditas desviantes como a toxicomania, pratica que necessita a instalação do tráfico pelo qual a proteção exige o recurso à violência.
• A falta de influencia política e a submediatização, que força o recurso à violência para se fazer entender. A violência e a força não são então que um repertório de ações que procedem a avantaje de serem mobilizáveis a todo o momento.
• Os conflitos religiosos, os refúgios comunitários (o antisemitismo no islamismo, por exemplo)
• A discriminação racial e as rivalidades éticas.A estas explicações clássicas adicionamse causas culturais:• Uma crise da masculinidade, que esta ligada à mecanização do
trabalho que desvalorizou a força física. Ela favorece as violências sexuais; violência e virilidade estão aqui associadas.
• Nos países de imigração, o rompimento com os laços culturais e uma má integração ocasionada pela busca de reconhecimento e justiça são fatores de estímulo à violência. A desintegração de comunidades pode levar ao rompimento com a sociedade.
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A dificuldade de propor uma resposta públicaAs dificuldades de intervenção frente à violência urbanaNa medida em que o Estado se define no sentido weberiano como
uma empresa de monopolização da violência física e legítima, a irrupção das « violências urbanas » é particularmente grave do ponto de vista do político: ela põe em dúvida a capacidade das instituições estatais a defender seus cidadãos, que é a base do pacto social, a promessa do Estado. Isto é tanto mais verdade que o monopólio da violência do Estado seria atacado de todos os lados. Assim, de acordo com Sebastian Roché, o aumento da violência que se conhece desde o pósguerra não é imputável a uma categoria específica de indivíduos, mas a uma generalização dos comportamentos agressivos nas diferentes camadas da população. De acordo com ele, observações, por exemplo, revelaram que bons alunos também praticam o "racket" (extorsão, roubo com violência) fora da escola.
De acordo com o sociólogo, o Estado deveria dar uma resposta nítida ao problema da violência das cidades se quiser continuar a ser credível. A solução oscilando entre repressão e prevenção. Esta segunda necessita em todo caso a intervenção de uma justiça forte. Ora, como observa Yves Michaud, a violência é uma noção muito pouca utilizada pelos juristas porque bastante vaga e mal definida. Ela necessita também, enquanto política pública, de uma avaliação eficaz, o que significa um instrumento estatístico eficaz. Ora, este apresentaria nomeadamente problemas, porque é utilizado por aqueles mesmos que têm interesse a manipulálo, o governo. É igualmente um problema se este instrumento não é estável no tempo.
Estes problemas podem ser contornados pela introdução de análises qualitativas das diferentes formas de violência urbana e de sua repreensão, no âmbito de programas específicos. Mas nem todas as violências são quantificáveis. Também, depois de alguns anos, inquéritos de vitimação são realizados para melhor apreender qualitativamente os fenômenos de violência. Consistem em interrogar as pessoas sobre os incidentes dos quais teriam sido vítimas e si elas teriam ou não os declarados à polícia. Estes inquéritos são antigos nos Estados Unidos. (International Crime of Victimization Survey)
Em todo caso, vários argumentos opõemse aqui à ideia de um aumento recente das violências urbanas: a falta de fiabilidade ou mesmo existência de meios estatísticos, o fato de o aumento ser um melhor recolhimento das queixas pela polícia, ou mesmo uma maior sensibilidade dos indivíduos à violência, que os inclinaria a delatar mais facilmente crimes. Assinalase também que os números permanecem médios que podem esconder fortes disparidades geográficas e sociais. De fato, mais que
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um aumento da violência, é a uma diversificação das vítimas e das instituições visadas que nós assistiríamos.
Em geral, atualmente a luta contra a violência urbana empresta várias formas:
• O reforço da presença policial nas zonas sensíveis pela redistribuição dos efetivos e a redefinição dessas zonas, dois movimentos que podem acentuar involuntariamente a desestruturação dos espaços visados ou o sentimento de desestruturação. Polícias dotadas de melhores equipamentos pessoais podem fazer temer os jovens de um reforço do controle que pesa já sobre eles. Recordase à respeito, na sequência de Michel Foucault, que a delinquência é apenas uma evolução nas nossas sociedades que substitui antigas formas de ilegalidades que não podiam, quanto a elas, ser controladas a distância, de longe. Esta evolução operase por meio da aplicação de novos meios técnicos e tecnológicos de vigilância. Hoje, a maioria dos agitadores de desordem interpelados podem ser "conhecidos" da polícia pelo recidivismo.
• Tentativas de discriminação positiva em prol de bairros não favorecidos.
• A renovação urbana, mais ou menos importante em função dos países. Nos últimos dez anos, a Alemanha consagrou anualmente 3,5% do seu PIB à reunificação e à renovação urbana. Já a França (em 2003), esse esforço não representou mais do que 5,7 bilhões, ou seja, 0,36% de seu PIB.
A escolha de combater os efeitos da violência, notadamente o sentimento de insegurança
Contrariamente aos outros tipos de violências civis, as « violências urbanas » implica conseqüências para além das suas vítimas diretas. Como o menciona Yves Michaud, a nossa relação para com a realidade violenta não passa somente por parte dela pela experiência direta que temos: passa também doravante pelos testemunhos e as informações que recebemos, notadamente pela mídia, mas também pelas empresas de segurança quem têm também grande interesse à acentuar nossa percepção da violência, já que a segurança representa um mercado conseqüente. Assim criase essa situação paradoxal nas quais poucas pessoas afirmando sentir a insegurança foram elas mesmas atacadas. É o que se chama "sentimento de insegurança". Para uns, tal sentimento é o produto de fantasmas, em contradição com a baixa tendencial da violência nas sociedades modernas. Para outros, como Sebastian Roché, traduz ao contrário um aumento efetivo da delinquência e da criminalidade, bem como de um fenômeno pouco levado em consideração há alguns anos: as incivilidades[18], cujo estudos não começaram nos Estados Unidos que nos anos 1970. A dificuldade vem
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das estatísticas que ignoram as incivilidades legais como a falta de civismo, etc.: interessamse apenas às incivilidades ilícitas.
Do ponto de vista político, na medida onde ele concerne às massas, o sentimento de insegurança ligado às violências urbanas é talvez mais importante que a violência e a degradação elasmesmas, pois ele é a primeira força que determina o voto securitário, além da violência real. O político procura assim à medilo, em seguida à fazêlo eventualmente recuar, o que pode ocasionar problemas complexos: devese colocar as forças de polícia lá onde verdadeiramente ela é necessária ao risco de fazer temer um abandono do resto da população, ou ao contrário, as concentrar lá onde elas não jogam que um papel simbólico ao risco que a situação dos bairros abandonados tornese incontrolável na sua relativa ausência? Resumidamente, a luta contra as violências urbanas compromete, por conseguinte dois cursores cujos movimentos são parcialmente ligados, e apenas parcialmente: o primeiro o da violência real, o segundo da violência sentida. Baseandose na democracia participativa, por exemplo, a política pública ideal na luta contra as violências urbanas seria uma mistura de ação e de representação que seria condenada à não ter um êxito que parcial.
ConclusãoComo afirma Yves Michaud, « a maioria das sociedades comporta
subgrupos onde o nível de violência é sem medida com aquele da sociedade ou, ao menos, com as avaliações comuns que prevalecem lá: tal é o caso dos grupos militares, das gangs de jovens ou das equipes esportivas ». Tal é também o caso dos jovens que produzem a violência urbana tal como definido acima. Nos grupos que formam esses jovens, a violência mesma seria a norma: verseia bem lá ter feito a prisão. Essa passagem credibilizaria o indivíduo e, assim fazendo, o permitiria de não mais fazer recurso à violência física direta para ser respeitado. Nesses casos de inversão da norma, mesmo as lutas de poder no seio de um mesmo grupo também são lutas violentas, e isso porta enormes conseqüências no espaço circunvizinho, que é também aquele dos terceiros: na cidade, nos espaços públicos, nos transportes urbanos, etc.
As vítimas diretas ou indiretas dessas violências sofrem freqüentemente menos com a dor infligida que com a sua incapacidade a reagir de maneira apropriada à violência que é involuntariamente imposta, isto é, geralmente, pela violência. Assim, a maioria dos traumatismos de que sofrem aqueles que após terem sido agredidos de uma maneira ou de outra, releva de fato a sua lealdade extrema no que diz respeito ao estado, o qual vem se juntar a eles a fim de não ceder à violência mesmo quando esta se impõe. Podese requerer então das autoridades em retorno àquilo que eles ressentem como um sacrifício, um reconhecimento que os possa
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instituir como vítimas, vítimas eventuais qualificadas a falar e agir contra a fonte de violência que os alcançou. Seria lá o desafio último que a violência urbana oferece às autoridades públicas. Degradando a qualidade de vida de todos, elas transformariam cada um em produtor de queixas às quais as autoridades terão cedo ou tarde que responder se elas não quiserem perder a confiança de seus cidadãos e suas obediências.
Os paraísos fiscaisO crime organizado tem de tomar providencias para camuflar a
origem ilegal de tanto dinheiro. Esse processo passou a ser chamado “lavagem de dinheiro”, pois torna legal, “limpo”, o dinheiro “sujo”obtido pelo narcotráfico e pelo crime.
Há várias maneiras de lavar o dinheiro. Uma grande soma obtida ilicitamente pode ser dividida em montantes menores e deposita em centenas de contas fantasmas( contas abertas com documentos falsos e nomes de pessoas inexistentes), ou de laranjas( Pessoas voluntariamente ou involuntariamente tem suas contas utilizadas para a transferência de dinheiro sujo). Esse dinheiro é então transferido de diversas formas de pagamento, para outras contas, ate que fica impossível de rastrear sua origem ilegal.
Preocupados com a falta de controle sobre a movimentação de dinheiro sujo, vários países estão arrumando modo de impedir essa lavagem de dinheiro, com a quebra do sigilo bancário, a identificar os clientes para uma maior vigilância sobre as instituições financeiras.
O erro de Al Capone alertou as gerações seguintes e hoje, a máfia, procura evitar ao máximo a possibilidade de condenação por fraudes no imposto de renda. Um modo de fazer isso é depositar o dinheiro, já devidamente lavado, em paraísos fiscais.
Os paraísos fiscais são países ou regiões que garante o total sigilo das operações bancarias e também a quase completa isenção de impostos, criando condições perfeitas para o investimento do dinheiro conseguido ilegalmente.
No final desse processo o dinheiro fica a disposição para investimentos em negócios ilegais. No passado as máfias concentravam suas fortunas principalmente em hotéis, restaurantes, etc. Com a facilidade de lavagem do dinheiro em faturamento centenas de vezes maior.
Atividades:1 Durante a vigência da lei seca o comercio de bebidas se tornou
ainda mais lucrativo. Explique o por quê.2 O que existe em comum entre as máfias japonesas, russas,
italianas e chinesas? Justifique.
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3 Esclareça o significado dos seguintes termos abaixo ligados a “lavagem de dinheiro”:
a Laranja:b Conta fantasma:c Paraíso fiscal:4 Por quanto tempo vigorou a Lei Seca?5 Explique o termo violência urbana.
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A Geografia do turismoO turismo na sociedade de consumoO turismo é uma das atividades que mais tem crescido no mundo
desde meados do século XX. Afinal, com a emergência da sociedade de consumo nos países ricos, as viagens turísticas se transformam em mercadorias comercializadas em serie, em pacotes fechados por operadoras do setor.
Passagens aéreas, refeições, hotéis, tudo pode ser agendado e escolhido nas agências. Por vezes os próprios donos dessas agências de turismos arrumam nos destinos atrações turísticas para satisfazer o cliente e mostrar a cultura do local.
Como acontece com as demais mercadorias, a publicidade se encarrega de estimular o consumo dos produtos turísticos e transforma lo em formas de realização pessoal.
Uma história do turismoO turismo já foi muito diferente do que é hoje em dia, ele foi criado
pelos ingleses com a intenção de descanso longe da agitação do dia a dia.Turista é um visitante que deslocase voluntariamente por período de
tempo igual ou superior a vinte e quatro horas para local diferente da sua residência e do seu trabalho sem, este ter por motivação, a obtenção de lucro.
Evolução HistóricaSegundo autores, existem duas linhas de pensamentos, no qual a
História do Turismo se divide. A primeira seria que o Turismo se inicia no Século XIX como deslocamento cuja finalidade principal é o ócio, descanso, cultura, saúde, negócios ou relações familiares. Estes deslocamentos se distinguem por sua finalidade dos outros tipos de viagens motivados por guerras, movimento migratório conquista comércio, etc. Não obstante o turismo tem antecedentes históricos claros. Depois, se concretizaria com o então movimento da Revolução Industrial. A segunda linha de pensamento se baseia em que o Turismo realmente se iniciou com a Revolução Industrial, visto que os deslocamentos tinham como intuito o lazer.
Idade AntigaNa História da Grécia Antiga, davase grande importância ao tempo
livre, os quais eram dedicados à cultura, diversão, religião e desporto. Os deslocamentos mais destacados eram os que se realizavam com a finalidade de assistir as olimpíadas (que ocorriam a cada 4 anos na cidade de Olímpia). Para lá se deslocavam milhares de pessoas, misturando religião e desporto. Também existiam peregrinações religiosas, como as que se dirigiam aos Oráculos de Delfos e ao de Dódona.
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Durante o Império Romano os romanos freqüentavam águas termais (como as das termas de Caracalla). Eram assíduos de grandes espetáculos, em teatros, e realizavam deslocamentos habituais para a costa (como o caso de um, muito conhecido, para uma vila de férias: a "orillas del mar"). Estas viagens de prazer ocorreram possivelmente devido a três fatores fundamentais: a "Pax Romana", o desenvolvimento de importantes vias de tráfego e a prosperidade econômica que possibilitou a alguns cidadãos meios financeiros e tempo livre.
Idade Média Peregrino em Meca.Durante a Idade Média ocorreu num primeiro
momento um retrocesso devido ao maior número de conflitos e a recessão econômica, entretanto surge nesta época um novo tipo de viagem, as peregrinações religiosas. Embora já tenha existido na época antiga e clássica, entretanto o Cristianismo como o Islã estenderam a um maior número de peregrinos e deslocamentos ainda maiores. São famosas as expedições desde Veneza a Terra Santa e as peregrinações pelo Caminho de Santiago (desde 814 em que se descobriu à tumba do santo), foram contínuas as peregrinações de toda Europa, criando assim mapas e todo o tipo de serviço para os viajantes. Quanto ao Turismo Islâmico de Hajj a peregrinação para Meca e um dos cinco Pilares do Islamismo obrigando a todos os crentes a fazerem esta peregrinação ao menos uma vez em sua vida.
Idade ModernaAs peregrinações continuam durante a Idade Moderna. Em Roma
morrem 1.500 peregrinos por causa da peste.E neste momento quando aparecem os primeiros alojamentos com o
nome de hotel (palavra francesa que designava os palácios urbanos). Como as viagens das grandes personalidades acompanhadas de seu séquito, comitivas cada vez mais numerosas, sendo impossível alojar a todos em palácio, ocorre à criação de novas edificações hoteleiras.
Esta é também a época das grandes expedições marítimas de espanhóis, britânicos e portugueses que despertam a curiosidade e o interesse por grandes viagens.
Ao final do século XVI surge o costume de mandar os jovens aristocratas ingleses para fazerem um grantour ao final de seus estudos, com a finalidade de complementar sua formação e adquirir certas experiências. Sendo uma viagem de larga duração (entre três e cinco anos) que se fazia por distintos países europeus, e desta atividade nascem às palavras: turismo, turista, etc.
Existindo um ressurgir das antigas termas, que haviam decaído durante a Idade Média. Não tendo somente como motivação a indicação
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medicinal, sendo também por diversão e o entretenimento em estâncias termais como, por exemplo, em Bath (Inglaterra). Também nesta mesma época data o descobrimento do valor medicinal da argila com os banhos de barro como remédio terapêutico, praias frias (Niza,…) onde as pessoas iam tomar os banhos por prescrição médica.
Idade ContemporâneaCom a Revolução Industrial se consolida a burguesia que volta a
dispor de recursos econômicos e tempo livre para viajar. O invento do maquinário a vapor promove uma revolução nos transportes, que possibilita substituir a tração animal pelo trem a vapor tendo as linhas férreas que percorrem com rapidez as grandes distâncias cobrindo grande parte do território europeu e norteamericano. Também o uso do vapor nas navegações reduz o tempo dos deslocamentos.
Freedom of the Seas, o maior navio cruzeiro do planeta, símbolo da
era das grandes viagens marítimas. Inglaterra tornase a primeira a oferecer passagens de travessias transoceânicas e domina o mercado marítimo na segunda metade do século XIX, o que favorecerá as correntes migratórias européias para a América. Sendo este o grande momento dos transportes marítimos e das companhias navais.
Começa a surgir na Europa o turismo de montanha ou saúde: se constroem famosos sanatórios e clínicas privadas europeias, muitos deles ainda existem como pequenos hotéis guardando ainda um certo charme. É também nesta época das praias frias (Costa azul, Canal da Mancha,…).
Thomas CookEm 1840 Thomas Cook, considerado o pai do Turismo Moderno,
promove a primeira viagem organizada da historia. Mesmo tendo sido um fracasso comercial é considera como um protundo sucesso em relação a organização do primeiro pacote turístico, pois se constatou a enorme possibilidade econômicas que, este negócio, poderia chegar a ter como atividade, criando assim em 1851 a Agência de Viagens “Thomas Cook and son”.
Em 1867 inventa o bono o “voucher”, documento que permite a utilização em hotéis de certos serviços contratados e propagados a través de uma agência de viagens.
Henry Wells e William Fargo criam à agência de viagens American Express que inicialmente se dedica ao transporte de mercadorias e que posteriormente se converte em uma das maiores agências do mundo. Introduzindo o sistema de financiamento e emissão de cheques de viagem,
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como por exemplo, o travelcheck (dinheiro personalizado feito com papel moeda de uso corrente que protege o viajante de possíveis roubos e perdas).
Cesar RitzCesar Ritz é considerado pai da hotelaria moderna. Desde muito
jovem ocupou todos os postos de trabalho possíveis em um hotel até chegar a gerente de um dos maiores hotéis de seu tempo. Melhorou todos os serviços do hotel, criou a figura do somellier, introduziu o banheiro nas unidades habitacionais (UHs) criando as suítes, revolucionando a administração. (Converteram os hotéis decadentes nos melhores da Europa, o que lhe gerou o pseudônimo de “mago”). Ao explodir a Primeira Guerra Mundial no verão de 1914 acreditase que havia aproximadamente 150.000 turistas americanos na Europa.
Ao finalizar a guerra começa a fabricação em massa de ônibus e carros. Nesta época as praias e os rios se convertem em centros de turismo na Europa começando a adquirir grande importância o turismo costeiro.
O avião, utilizado por minorias em longas distâncias, vai se desenvolvendo timidamente para acabar impondose sobre as companhias navais.
A crise de 1929 repercute negativamente em todo o setor turístico limitando seu desenvolvimento até aproximadamente 1932.A Segunda Guerra Mundial paralisa absolutamente o setor em todo o mundo e seus efeitos se estendem até o ano de 1949.
Tipos de turismoTurismo receptivo quando nãoresidentes são recebidos por um país
de destino, do ponto de vista desse destino.Turismo emissivo quando residentes viajam a outro país, do ponto
de vista do país de origem.Turismo doméstico quando residentes de dado país viajam dentro
dos limites do mesmo.Turismo receptivoO turismo receptivo é o conjunto de bens, serviços, infraestrutura,
atrativos, etc, pronto a atender as expectativas dos indivíduos que adquiriram o produto turístico. Tratase do inverso do turismo emissivo. Corresponde à oferta turística, já que se trata da localidade receptora e seus respectivos atrativos, bens e serviços a serem oferecidos aos turistas lá presentes.
O turismo receptivo, para se organizar de modo que seja bem estruturado, deve ter o apoio de três elementos essenciais para que esse planejamento seja executado com sucesso. São eles:
Relação turismo e governo em harmonia;Apoio e investimentos dos empresários;
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Envolvimento da comunidade local.A partir da interrelação desses elementos é que pode nascer um
centro receptor competitivo, lembrando que eles são apenas os essenciais, mas não os diferenciais, uma vez que é o diferencial que fará com que o turista se desloque até esse possível centro.
Nesse centro receptor, além de haver esses três elementos de fundamental importância para a formação do produto turístico, também deve haver outros que devem estar presentes na localidade. Alguns deles: Atrativos naturais e histórico/culturais; acessos; marketing; infraestrutura básica e complementar; condições de vida da população local; posicionamento geográfico; entre outros.
Importância econômicaO Turismo é a atividade do setor terciário que mais cresce no Brasil
(dentre as espécies, significativamente, o turismo ecológico, o turismo de aventura e os cruzeiros marítimos) e no mundo, movimentando, direta ou indiretamente mais de US$ 4 trilhões (2004), criando também, direta ou indiretamente, 170 milhões de postos de trabalho, o que representa 1 de cada 9 empregos criados no mundo. Tal ramo é de fundamental importância para o profissionalismo do setor turístico e necessário para a economia de diversos países com excelente potencial turístico, como o Brasil.
No Brasil, cidades médias e pequenas que são desprovidas de um próprio centro financeiro, precisam de meios para o crescimento de sua economia e de seu desenvolvimento. Alguns exemplos sobre esse caso são: Vitória, Guarujá, Ilha Bela, Ubatuba, Ouro Preto, Tiradentes, Paraty, Angra dos Reis, Armação dos Búzios, Cabo Frio, entre outras.
Grandes metrópoles globais também usam o turismo para sua fonte econômica, apesar de terem uma ampla economia de influência nacional ou internacional, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Nova York, Los Angeles, Londres, Paris, Tóquio, entre outras. Muitas delas utilizam diversos tipos de turismo, como: de negócios, lazer, cultural, ecológico (mais aplicado em cidades menores com maior área rural, apesar de existirem reservas florestais em algumas metrópoles), etc.
Em outros países, entre desenvolvidos e subdesenvolvidos, ocorre o mesmo. Nos Estados Unidos da América, o estado do Havaí, além de ser uma ilha distante do continente, possui também pouca população, em comparação à outros estados, sendo assim, difícil de ter um maior maior crescimento na sua economia. Portanto, o estado teve de optar para o turismo, e hoje é um dos mais famosos pontos turísticos dos Estados Unidos, sendo conhecido por suas belas praias e resorts.
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Atualmente, um dos locais que mais crescem com o turismo, é a cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Pela sua localização, próxima à regiões de conflitos étnicos e religiosos, a cidade teve de enfrentar muitos obstáculos para ser conhecida em diferentes partes do mundo. Conta com os mais exóticos e originais arranhacéus, sendo muitos deles, hotéis, tendo destaque para o Burj Al Arab, cartão postal da cidade, e para o Rose Tower, o hotel mais alto do mundo.
Estudo do TurismoO estudo do turismo é uma área de recente desenvolvimento dentre
as ciências sociais aplicadas. No Brasil os primeiros cursos superiores na área sugiram no início da década de 1970, destacandose aqueles criados na antiga Faculdade Anhembi Morumbi e na Universidade de São Paulo, e também o da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Apesar de controverso, o termo turismologia tem sido utilizado para designar essa área de estudos, sendo turismólogo o termo utilizado designar o estudioso da área.
Turismo no BrasilO turismo no Brasil se caracteriza por oferecer tanto ao turista
brasileiro quanto ao estrangeiro uma gama mais que variada de opções. Nos últimos anos, o governo tem feito muitos esforços em políticas públicas para desenvolver o turismo brasileiro, com programas como o Vai Brasil procurando baratear o deslocamento interno, desenvolvendo infraestrutura turística e capacitando mãodeobra para o setor, além de aumentar consideravelmente a divulgação do país no exterior. São notáveis a procura pela Amazônia na região Norte, o litoral na região Nordeste, o Pantanal e o Planalto Central no CentroOeste, além do interesse pela arquitetura brasiliense, o turismo histórico em Minas Gerais, o litoral do Rio de Janeiro e da Bahia e os negócios em São Paulo dividem o interesse no Sudeste, e os pampas, o clima frio e a arquitetura germânica no Sul do país.
O turismo interno é muito forte economicamente. Os destinos mais procurados pelos brasileiros são São Paulo, Rio de Janeiro e os estados da região Nordeste, principalmente Bahia e Pernambuco. Segundo a pesquisa "Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009", realizada pelo Vox Populi em novembro de 2009, a Bahia é o destino turístico preferido dentre os turistas que residem no país, já que 21,4% dos turistas que pretendem viajar nos próximos dois anos optarão pelo estado. A vantagem é grande para os demais, Pernambuco, com 11,9%, e São Paulo, com 10,9%, estão, respectivamente, em segundo e terceiro lugares nas categorias pesquisadas.
No turismo internacional, a imagem de que o Brasil é um país muito procurado por turistas estrangeiro, e que esta terra recebe um número enorme de visitantes oriundos de outros países é relativamente enganosa.
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Apesar das opções variadas e do enorme território a ser visitado, o Brasil não figura sequer entre os trinta países mais visitados do mundo. Alguns fatores como o medo da violência, da má estrutura e falta de pessoal capacitado (como a carência falantes de inglês no serviço público do turismo, por exemplo) podem ser motivos para explicar esta relativamente baixa procura pelo Brasil como destino.
Contudo, ao que tudo indica, a razão principal pela baixa procura por estrangeiros pelo Brasil, se deve pelo fato deste país se encontrar distante dos países grandes emissores de turistas. 85% das viagens aéreas feitas no mundo acontecem em, no máximo, duas horas de vôo[carece de fontes?]. Os problemas estruturais e socioeconômicos do Brasil parecem não interferir tanto no fluxo de turistas estrangeiros, uma vez que, segundo o Plano Aquerela, conduzido pela Embratur, 92% dos estrangeiros que estiveram neste país pretendem voltar.
Mas situação do turismo no Brasil aos poucos tem melhorado. Em 2005 o Brasil recebe 564.467 turistas a mais que em 2006. Mas ainda assim o número de estrangeiros é muito pequeno se compararmos, por exemplo, à França, um país com o território de tamanho semelhante ao do estado de Minas Gerais, mas que recebe 14 vezes mais visitante estrangeiros que o Brasil.
O turismo de eventosO Turismo de eventos, é entendido como o deslocamento de pessoas
com interesse em participar de eventos focados no enriquecimento técnico, cientifico ou profissional, cultural incluindo ainda o consumo e entretenimento. Tendo como principais subcategoria o Turismo de congresso e o Turismo de convenção.
O turista deste segmento caracterizase pela sua efetiva presença como ouvinte, “participante” ou palestrante em congressos, convenções, assembléias, simpósios, seminários, reuniões, ciclos, sínodos, concílios, feiras, festivais, encontros culturais entre outras tipologias de evento.
Esta modalidade de Turismo pode ser subcategorizada observando a relação da tipologia de evento e o seu público alvo, entidade organizadora ou finalidade.
ClassificaçãoCongresso Subcategoria que tem como membros de uma entidade
de classe, profissional, setorial de uma mesma área do conhecimento.Convenção O público focado neste segmento é exclusivamente
interno. Participantes de um partido, empresa, religião com o objetivo de motivar, treinar, integração de grupos ou mesmo lazer.
Feira Tendo caráter comercial focado comumente em um específico segmento de mercado consumidor.
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Festival Evento artístico cujo espectador é atraído por um estilo artístico podendo ser musical ou mesmo literário.
Para o planejamento do Turismo o mercado de eventos constituise como uma atividade que agrega valor ao produto turístico permitindo minimizar os efeitos da sazonalidade em destinos que antes viviam exclusivamente de temporadas turísticas.
Atividades: 1 Explique porque o turismo pode ser considerado uma atividade
econômica.2 O que significa a expressão Turismo de Eventos.3 Explique os termos turismo receptivo, turismo emissivo, e
turismo doméstico.
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A organização do espaço geográfico brasileiro.
A infra estrutura e a rede urbanaMuitas cidades brasileiras são bastante antigas, a maioria delas viveu
um crescimento acelerado a partir do inicio do processo de industrialização, comandado pela região sudeste. A estrutura do espaço geográfico brasileiro, ela é resultado de um longo processo histórico que, no limite, nos remete ao processo de colonização portuguesa do nosso território.
O IBGE é um órgão do governo federal que é responsável pela coleta divulgação de dados oficiais sobre indicadores socioeconômicos agricultura, indústria, energia, população, saúde, e muitos outros dados oficiais.
A região centro sul possui a maior concentração de indústrias, uma rede de cidades mais densas e interligadas, a agropecuária dinâmica e o setor de serviços mais variados. Nesta região encontramos a maior população e maior diversificação de atividades econômicas.
A Amazônia tem seus limites estabelecidos pela área original de cobertura da floresta Amazônica, o que inclui o norte do estado do Mato Grosso e o oeste do Maranhão. Nas ultimas décadas, a região vem sendo ocupada de forma descoordenada e a floresta sofre vários impactos ambientais.
Os limites da região nordeste são estabelecidos no interior pelo domínio do clima semiárido que abrange o norte de Minas Gerais. Na zona da Mata ela se estende pelas áreas do território brasileiro que foram mais explorados durante o período colonial.
Atividades: 1 Cite uma característica de cada complexo regional.2 O que fica de responsabilidade do IBGE?3 O que é o IBGE?4 A partir de que as cidades começaram a aumentar sua
população?
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Região SudesteOs fluxos migratóriosA migração nordestina, ou seja, de habitantes do Nordeste do Brasil
para outras regiões do país, teve grande relevância na história da migração no Brasil desde a época do Império de D. Pedro II. Com o início do Primeiro Ciclo da Borracha em 1879, os nordestinos migraram para a Amazônia, fato que se repete com o Segundo Ciclo da Borracha durante a Segunda Guerra Mundial. Com o auge da industrialização no Brasil, entre as décadas de 1960 e 1980, a migração nordestina para a região Sudeste, em especial aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, foi intensa. As capitais destes estados tornaramse "terras de oportunidades". Entre as décadas de 1980 e 1990 o fluxo migratório para o Sudeste diminuiu e surgiram também migrações para a região do Distrito Federal e mais uma vez para o Amazonas.
Com a melhoria estrutural de outras regiões do Brasil, somada aos problemas que surgiram nas grandes cidades por causa da superpopulação, a migração nordestina diminuiu consideravelmente. Apesar de o Rio de Janeiro e São Paulo continuarem sendo importantes pólos de atração, a migração "polinucleada" tornouse mais evidente.
Migração nordestina para o SudesteDevido principalmente ao problema da exploração social e do
trabalho na economia rural nordestina, relacionada com e eventualmente justificada pela seca, somados com a grande oferta de empregos de outras regiões principalmente nas décadas de 60, 70 e 80, em especial na região Sudeste, verificouse um pronunciado fluxo migratório de parte da população nordestina para outras regiões do país.
Na última década, porém, devido às alterações estruturais na economia impulsionadas por medidas socialdemocratas e com a crise do Estado, surgiu um problema generalizado de aumento do desemprego, de queda da qualidade da educação e redução gradativa da renda (aliada a sua histórica distribuição desigual). Isto fez com que parte da população de origem nordestina e de seus descendentes, os quais antes haviam migrado pela falta de recursos, mantivessem uma baixa qualidade de vida. Por causa da visão espelhada nas décadas anteriores, o falso ideal imaginário que se formou em relação à região Sudeste é da promessa de uma qualidade de vida melhor, de fácil oportunidade de emprego, salários mais altos, entre outros; iludido por esse sonho, quando um nordestino migra para o Sudeste em busca de uma melhoria na qualidade de vida, acaba encontrando o contrário, além de sofrer preconceito social no diaadia.
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Para São PauloA migração de nordestinos para o estado de São Paulo teve início
antes da metade do século XIX basicamente fundamentada na industrialização paulista e na diferença do desenvolvimento dos estados.
Para o Rio de JaneiroA imigração nordestina para o Estado do Rio de Janeiro se
concentrou da região metropolitana fluminense, e se deu continuamente a partir da década de 1950. A partir dessa grande imigração ocorreu intensa favelização de municípios da Baixada Fluminense e da capital do Estado, devido ao baixo nível socioeconômico desses imigrantes. Atualmente ainda se percebe constante fluxo migratório, apesar de em menor número que no passado.
Ciclo do caféA partir da década de 1840, as plantações de café se espalharam por
toda a região, principalmente no Vale do Paraíba e no Oeste Paulista, tornandose a base da economia brasileira. Usouse, inicialmente, do trabalho escravo, mas, com a abolição da escravatura em 1888, a falta de mãodeobra foi preenchida com a vinda de uma grande massa de imigrantes europeus, principalmente italianos.
Atividades:1O que levou São Paulo e o Rio de Janeiro a se tornarem as duas
maiores cidades do país?2 Fale um pouco sobre o ciclo do café.
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As cidades e o meio ambienteAs grandes cidades
Atualmente, existem grandes cidades espalhadas por todos os continentes. Como exemplo, podemos citar Tóquio, México, Nova Iorque, São Paulo, entre outras. Apesar de situadas nos mais diversos pontos do planeta, as grandes cidades apresentam algumas características em comum. O numero crescente de automóveis em circulação agrava os congestionamentos no transito e cria problemas ambientais, como o aumento da poluição.
Seus bairros refletem as diferenças de classe social entre seus habitantes. Uma parcela da camada mais abastada da população desloca se em condomínios fechados afastados do centro. O volume de lixo e esgoto produzidos é muito grande, o que tem criado problemas ambientais. Com poucas exceções a carência da área verde.
As cidades ao longo da históriaComo viviam da caça de animais selvagens e da coleta de vegetais, as
condições climáticas eram um importante fator de deslocamento das populações. Nos períodos muito frios ou muito secos, quando a vegetação perdia sua folha, as pessoas, indo atrás dos animais, migravam para regiões onde conseguissem alimentos com maior facilidade.
Algumas pessoas passaram a dedicar se a funções religiosas e outras, produzir ferramentas, roupas, e utensílios domésticos, enquanto as demais dedicavam se a troca do excedente agrícola.
Essas novas funções e atividades impulsionaram o desenvolvimento das primeiras cidades. Alem disso, o surgimento dos sacerdotes e reis criou uma de poder e uma nova divisão de tarefas as comunidades primitivas, o que também permitiu que algumas pessoas passassem a morar nas cidades e outras no campo.
As cidades brasileirasAs primeiras cidades brasileiras surgiram da necessidade de garantir
a posse do território para as instalações das primeiras atividades econômicas.
As nossas cidades surgiram de diferentes formas umas pelos primeiros portos marítimos, produção de açúcar, e com instalação de fortes defesas militares contra invasões, outras por conta do povoamento, outra pela procura de garimpos, dentre varias outras.Atualmente o país conta com mais de 5000 cidades espalhadas por todas as regiões, com os mais diversos tamanhos e cada um com sua função principal.
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Êxodo RuralÊxodo rural é o termo pelo qual se designa o abandono do campo por
seus habitantes, que, em busca de melhores condições de vida, se transferem de regiões consideradas de menos condições de sustentabilidade a outras, podendo ocorrer de áreas rurais para centros urbanos. Este fenômeno se deu em grandes proporções no Brasil, nos séculos XIX e XX e foi sempre acompanhado pela miséria de milhões de retirantes e sua morte aos milhares, de fome, de sede e de doenças ligadas à subnutrição.
Os conflitos recentes na África e noutras regiões do mundo são outra causa do êxodo rural, fazendo com que milhões de pessoas engrossem o exército de desempregados e marginais nas grandes cidades. Ainda outra causa são os desastres naturais, como ciclones e secas, que deixam as populações rurais sem meios de subsistência e as empurram muitas vezes de forma permanente para as cidades.
Estes fenômenos estão ligados à falta de políticas de desenvolvimento das zonas rurais, tais como a construção de infra estruturas básicas estradas, escolas e hospitais.
A mudança de sentido do fluxo migratórioO fluxo migratório mudou de sentido, portanto o êxodo da massa
populacional foi se direcionando aos poucos para a região amazônica, onde os retirantes se tornaram seringueiros, iniciando largo ciclo extrativista. Avançando cada vez mais em direção à mata, em sentido Oeste, acabaram por invadir lenta, constante e gradualmente o território pertencente à Bolívia, tomando posse da área onde hoje encontrase o estado do Acre.
A chegada dos retirantes em São Paulo e a desnutriçãoO êxodo seguiu em direção ao Sul na década de 30; chegando em
São Paulo; os nordestinos foram buscar trabalho nos cafezais, porém, não eram bemvindos, pois, com a chegada dos imigrantes italianos e espanhóis, muito mais robustos e saudáveis, os fazendeiros preferiram os europeus aos nordestinos para o trabalho nos cafezais. Os nordestinos estavam extremamente desnutridos, doentes e miseráveis, morriam às centenas, sem condições para o trabalho pesado, pois sua caminhada do Nordeste ao Sul, por milhares de quilômetros, foi feita em sua maioria a pé, sem água, sem comida e em condições subhumanas, exaurindo suas forças.
Atividades: 1 Quais são os meios de transportes mais utilizados pela
população?2 O que possibilitou os seres humanos se tornarem sedentários?3 O que é êxodo rural?
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Migrações:
O Campo e a CidadeHoje, mesmo nos países menos desenvolvidos, as populações rurais
fazem parte do estado moderno, estando sujeitas ao pagamento de impostos e ao recrutamento e, encontrandose, em maior ou menor medida, inseridas na mãodeobra moderna. A televisão, a rádio e a maior facilidade das deslocações expõemnas a horizontes mais vastos e imagens de outros futuros. Dependem dos centros urbanos para comprar e vender bens e serviços. Em muitos sentidos importantes, estão a tornarse parte do mundo urbano.
Ao mesmo tempo, as cidades ainda dependem da agricultura. A contribuição desta para a economia nacional dos países em desenvolvimento tem vindo a decrescer, mas o sector continua a ser a fonte de subsistência e sobrevivência mais importante, especialmente nos países mais pobres. Em 1965, a agricultura representava 41% do Produto Nacional Bruto dos países de baixos rendimentos e 77% do emprego. Em 1985, a contribuição para o PNB descera para 32% , mas o nível do emprego mantiverase tão elevado como antes, em 72%. Também nos países de rendimentos médiosbaixos, em 1985, a agricultura ainda garantia emprego a 55% da população.
Na África Sub sariana, em 19851990, a agricultura representava 58% do emprego no Botswana, 79% nos Camarões, 87% no Malawi e 71% no Zimbabwe. Nas Américas, no Haiti, nas Honduras, na Bolívia, Guatemala e Jamaica , as percentagens relativas ao mesmo período rondam ou excedem os 50%. O mesmo se pode dizer da Indonésia, Bangladesh, Paquistão e Sri Lanka , na Ásia. Não se dispõe de números equivalentes para a China ou para a Índia, mas os dados referentes a 19751980 mostravam que o emprego agrícola alcançava, respectivamente, o nível de 71 e 74% .
Embora a agricultura tenha dado uma menor contribuição para a economia, o crescimento demográfico significou um aumento contínuo do número de pessoas que dependem da agricultura para viver. Entre 1965 e 1985, o número de pessoas nessa situação aumentou de 220 para 310 milhões na África Subsaariana, e, na Ásia, de 1350 milhões para 1675 milhões. Enquanto, na Ásia, este processo está a abrandar, as populações rurais da África continuarão a aumentar.
Ao favorecerem os mercados urbanos e de exportação e os seus fornecedores grandes agricultores com acesso ao crédito e à alta tecnologia , as políticas de desenvolvimento reduziram as receitas dos pequenos agricultores e aumentaram o número dos trabalhadores sem
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terras, agravando a pobreza e desfazendo as relações sociais e econômicas que mantinham coesa a sociedade rural. Um efeito dessa situação foi reforçar os atrativos da cidade para os rurais pobres. Na década de 1980, assistiuse a alguns esforços para restabelecer o equilíbrio a favor do sector rural. Mas o fato de os preços pagos aos produtores de alimentos serem mais elevados não significava necessariamente melhorar o destino dos pequenos agricultores, sem acesso ao capital e ao crédito.
Ao mesmo tempo, a subida do preço dos alimentos fez aumentarem o número dos pobres nas zonas urbanas. Nos países mais pobres, os rápidos níveis de crescimento urbano, resultantes tanto do crescimento natural como da imigração, coincidem agora com uma fecundidade persistentemente elevada no campo.
A pobreza rural, a elevada fecundidade e a degradação do ambiente continuam a atirar, anualmente, entre 20 a 30 milhões das pessoas mais pobres do mundo para as vilas e cidades. Segundo o censo de 1980, a maioria dos que migraram para a Cidade do México veio das regiões mais pobres do país.
No ano 2000, cerca de 90% das pessoas a viver na pobreza absoluta na América Latina e nas Caraíbas residirão nas cidades, o mesmo se podendo dizer de 40%, em África, e 45%, na Ásia. As estimativas do Banco Mundial indicam que , no ano 2000, o número de agregados familiares urbanos que vivem em condições de pobreza terá excedido o dobro e passado do nível de 33,5 milhões, em 1975, para cerca de 74,3 milhões.
Cada ano que passa, tornamse mais fortes as redes sociais e comunitárias que ligam os assentamentos rurais às cidades . A migração das zonas rurais para as urbanas tornase mais fácil e os riscos diminuem e são mais fáceis de aceitar, se contrapostos ao declínio rural.
Migração e ambienteAs causas das rupturas ambientais foram divididas em seis
categorias: elementares, biológicas, rupturas de manifestação gradual e acidental; rupturas provocadas pelo desenvolvimento e pela guerra ecológica.
Tendo em vista os objetivos deste relatório, será dada especial importância a três destas seis categorias.
As rupturas elementares abrangem todas as "causas naturais" de catástrofes, tais como ciclones, erupções vulcânicas, terremotos, inundações e vagas gigantescas provocadoras de marés.
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As rupturas biológicas são, hoje, menos ameaçadoras do que em décadas anteriores deste século, em conseqüência da introdução de pesticidas, inseticida e programas de controlo. Mas podem associarse a outras causas.
As rupturas de manifestação gradual são o resultado da integração entre forças humanas e ecológicas, ao longo de períodos extensos. O aquecimento do globo, a desflorestarão, a degradação das terras, a erosão do solo, a salinidade, o assoreamento dos canais, o alagamento de pastagens e a desertificação figuram entre os processos que se inserem nesta categoria.
As rupturas de manifestação gradual são a principal causa dos movimentos da população. A migração pode aumentar gradualmente, à medida que as condições se deterioram; alternativamente, podem surgir crises, de que resulta o êxodo maciço da zona afetada. A desertificação e a deterioração gradual dos solos, associadas aos conflitos civis e à recusa das autoridades no poder em permitir que os alimentos e os fornecimentos essenciais cheguem aos que mais deles necessitam, provocaram a fome que tem assolado, várias vezes, o Corno de África, nos últimos anos. No Sul da Tailândia, na década de 1980, o abate de árvores arrancou o manto florestal e arbustivo das encostas das montanhas. Devido à súbita eclosão de violentas tempestades, em 1988, houve graves deslizamentos de lama que mataram centenas de seres humanos e obrigaram milhares de pessoas a mudarse para outros lugares.
Em África, a escassez de água é o principal factor de pressão ecológica. O crescimento demográfico, aliado ao aumento de consumo de água per capita, temse traduzido numa grande pressão sobre a capacidade nacional de abastecimento. Falkenmark calcula que nada menos do que dois terços da população africana podem estar a viver "em países com graves problemas de abastecimento de água", no final do século. Isto reduzirá seriamente a densidade demográfica máxima dos países em questão. Sem um progresso muito significativo, com vista a mitigar a pobreza e a reduzir as taxas do aumento demográfico, parece inevitável a existência de elevados níveis de emigração.
Os persistentemente elevados níveis de crescimento demográfico, em regiões pobres, intensificam a deterioração ecológica. A necessidade impõe decisões, a curto prazo, para assegurar a sobrevivência, por exemplo, o recurso a técnicas baseadas no corte e queima de matos em encostas montanhosas ecologicamente frágeis, em detrimento da necessidade de sustentabilidade a longo prazo.
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Os esforços para mitigar a pobreza não deveriam colocar as preocupações de desenvolvimento à frente das preocupações ecológicas. Essa prática está votada ao insucesso e aumenta a probabilidade de catástrofes futuras e de maiores migrações.
Migração circular e temporáriaA migração circular ou temporária tem sido uma característica
frequente dos movimentos populacionais do campo para a cidade, em muitas partes do mundo. Os patrões podem recrutar trabalhadores migrantes por salários baixos e poupar dinheiro em equipamento e serviços de apoio, embora a contrapartida disto seja uma elevada rotatividade laboral. Os migrantes temporários conservam as suas raízes no campo. Em muitos casos, os que vivem de uma agricultura de subsistência mudamse para a cidade, numa base sazonal, numa tentativa de conseguirem um suplemento para as suas receitas. Contudo, os salários não são suficientes para sustentar a família, pelo que é provável que as mulheres e os filhos permaneçam na terra natal. A migração circular pode significar ausências de alguns meses ou vários anos. No entanto, a ausência por mais de um ano parece ser uma excepção.
Embora persistam modelos deste tipo , sobretudo na América Latina, em certas partes do Sudeste Asiático e na África Ocidental, a migração circular está a tornarse menos frequente , na medida em que é mais difícil conseguir emprego na cidade. Devido ao crescente desemprego, um trabalhador migrante que arranje trabalho tem todos os motivos para não o largar.
Os estudos sobre os modelos de migração entre as comunidades rurais no Maharashtra e Bombaim apontam para uma transformação gradual da migração sazonal em estadas mais longas e, posteriormente, numa fixação mais ou menos definitiva. Os movimentos sazonais foram frequentes, até à década de 1940; depois, os modelos de migração anual vieram a predominar. Mais tarde, isto deu lugar a um modelo segundo o qual um jovem do sexo masculino deixa a sua aldeia no final da adolescência, mantém contactos sociais com ela ao longo da sua vida activa e , quando se reforma, volta para ela com as suas poupanças. Os estudos sobre África também provam que, não obstante a tendência para a migração a longo prazo, os migrantes mantêm, em muitos casos, laços estreitos com a comunidade donde são oriundos.
Na economia mais difícil de hoje, alguns migrantes rurais podem fazer apenas uma visita à cidade. Quer sejam bem sucedidos quer não, regressam às zonas de origem ou instalamse numa cidade mais pequena ( e possivelmente mais viável).
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Forças que contribuem para o êxodo rural. O crescimento demográfico nas zonas rurais excede a capacidade de
o sector agrário o sustentar; .O investimento no sector agrário não se concentra na pequena
empresa de trabalho intensivo , mas sim numa agricultura de maior escala e de capital intensivo .
. Em conseqüência do preconceito generalizado da política pública a favor das zonas urbanas, o nível de serviços comerciais e nãocomerciais e de comodidades é mais elevado nas cidades do que nas zonas rurais;
. Os salários do sector estruturado são mais elevados nas cidades e nas zonas urbanas;
. O desenvolvimento rural, que dá especial importância ao melhoramento das infraestruturas (através da construção de estradas, etc.), tem como conseqüência o aumento da migração para as cidades, porque estas estão agora mais acessíveis;
. A distribuição de terras, que não toma em consideração os direitos comuns tradicionais (pastos, pesca, etc.), destrói as perspectivas de futuro das pessoas que não possuem terras e conduz à migração para as cidades.
Migrações internas no Brasil.As migrações internas no Brasil acontecem principalmente por
motivos econômicos e desastres ecológicos.Um exemplo de migração foi aquela devido às secas que assolaram o
Nordeste brasileiro na década de 1960, que fizeram com que milhares de pessoas abandonassem suas casas no sertão brasileiro por falta de alternativa agrícola e políticas sociais na região.
Outro exemplo histórico foi a migração de nordestinos para a região Norte do Brasil no fim do século XIX. Isto se deu por dois motivos: o início do Ciclo da Borracha e a grande seca que assolou a região Nordeste.
Destacase também a movimentação de imigrantes nordestinos e sulistas em busca de uma vida melhor na Região Sudeste do País, único pólo industrial brasileiro na década de 1970.
Migração pendularMigração pendular (ou migração diária) é um fenômeno, muito
comum em grandes cidades, pelo qual milhões de pessoas saem de sua cidade no período da manhã (geralmente antes do horário comercial) para cumprir jornada de trabalho em outra, retornando só à noite para casa
Esses fluxos não configuram exatamente uma migração, pois não é uma mudança definitiva nem por largo período.
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Entre os casos mais comuns de migração pendular está o dos boiasfrias, que saem da cidade e se deslocam para o meio rural para exercer sua atividade.
Outra modalidade de deslocamento classificada como migração pendular é o commuting, que consiste no deslocamento de pessoas de um país para outro para trabalhar ou procurar um emprego.
No Brasil, o êxodo rural deslocamento de populações do campo para as áreas urbanas foi mais acentuado entre as décadas de 1950 e 1980, período em que as maiores metrópoles do país, em especial São Paulo e Rio de Janeiro, eram os grandes pólos de atração popular do país.
Nessa época, houve grande expansão horizontal das regiões metropolitanas em direção à periferia, acompanhada pela deteriorização das condições de moradia da população e do meio ambiente nas áreas ocupadas. Multiplicaramse as favelas e os cortiços. Começaram a surgir e a crescer os loteamentos clandestinos em áreas de manancial, desprovidas de abastecimento de água e coleta de esgoto e lixo.
À medida que as metrópoles se expandiram horizontalmente, o deslocamento de pessoas entra a casa e o trabalho ( ou escola ) aumentou. Muitas vezes, elas trabalham ou estudam em outra cidade, percorrendo longas distâncias todos os dias. Esse vaivém diário de pessoas entre dois lugares diferentes é chamado de migração pendular (em comparação ao movimento de vaivém dos pêndulos).
Migração SazonalAs migrações sazonais são aquelas feitas por pessoas ou animais
devido as estações do ano.As aves é um mero exemplo disso, a chegada do inverno faz com que
elas migrem para lugares em que o clima seja mais agradável para ela.Existe também o caso da migração sazonal na agricultura . Essa é
feita por causa do cultivo de produtos.As vezes há determinado produto que não se consegue plantar naquela época do ano naquele local por causa do clima da estação, o jeito então é procurar áreas que o clima da época é favorável para o cultivo do próprio. A migração humana ligada à agricultura praticamente terminou nos anos 50.
Imigração no BrasilA imigração no Brasil deixou fortes marcas na demografia, cultura e
economia do país.Em linhas gerais, considerase que as pessoas que entraram no Brasil
até 1822, ano da independência, foram colonizadores. A partir de então, as que entraram na nação independente foram imigrantes.
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Antes de 1870, dificilmente o número de imigrantes excedia a duas ou três mil pessoas por ano. A imigração cresceu primeiro pressionada pelo fim do tráfico internacional de escravos para o Brasil, depois pela expansão da economia, principalmente no período das grandes plantações de café no estado de São Paulo.
Contando de 1872 (ano do primeiro censo) até o ano 2000, chegaram cerca de 6 milhões de imigrantes ao Brasil.
Desse modo, os movimentos imigratórios no Brasil podem ser divididos em cinco etapas:
Ocupação inicial feita por povos nômades de origem asiática que povoaram o Continente Americano entre 10 e 12 mil anos, conhecidos como índios
Colonização, entre 1500 e 1822, feita praticamente só por portugueses e escravos provenientes da África subsaariana;
Imigração de povoamento no Sul do Brasil, iniciada, em 1824, por imigrantes alemães e que continuou, depois de 1875, com imigrantes italianos;
Imigração como fonte de mãodeobra para as fazendas de café na região de São Paulo, entre o final do século XIX e início do século XX, com um largo predomínio de italianos, portugueses, espanhóis e japoneses;
Imigração para os centros urbanos em crescimento com italianos, portugueses, espanhóis, japoneses e síriolibaneses, além de várias outras nacionalidades;
Imigração mais recente, reduzida e de pouco impacto demográfico, iniciada na década de 1970;
ParanáNo Paraná, os primeiros colonos italianos chegaram em 1878 e se
fixaram no litoral, porém pouco tempo depois partiram para a região de Curitiba, se fixando em diversas cidades. Neste estado, os italianos vieram principalmente trabalhar na produção do café.
Mãodeobra imigrante no café Porto de Santos, porta de entrada de milhões de imigrantes que foram
para as plantações de café. O momento mais importante da história da imigração no Brasil iniciouse no fim do século XIX. Este processo imigratório, incentivado pelo governo e pelos senhores do café, objetivava utilizar trabalhadores europeus nas plantações de café.
A entrada de escravos africanos no Brasil terminou bruscamente em 1850. A alta mortalidade infantil e a grande desproporção de homens em relação a mulheres faziam com que a população escrava se reproduzisse muito lentamente. Por volta de 1880, a mãodeobra escrava estava
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notoriamente envelhecida e a quantidade de mãodeobra brasileira, livre ou escrava, era insuficiente para atender à expansão das lavouras de café no estado de São Paulo.
Em 1878, dez anos antes da Abolição da Escravatura, o Congresso Agrícola realizado no Rio de Janeiro reuniu cafeicultores para discutir a questão da mãodeobra. Optouse por pressionar o governo a fim de facilitar a vinda de imigrantes europeus.
É comum afirmarse erroneamente que a abolição da escravidão em 1888 desencadeou a falta de mãodeobra nas lavouras pois os escravos libertos saíram das fazendas para procurar trabalho nas cidades. Isto aconteceu em pequena escala e somente no vale do Paraíba do Sul onde a lavoura cafeeira estava em rápida decadência de produção. Vários fazendeiros perceberam que o fim da escravidão era inevitável e fizeram acordos com os escravos nos quais estes eram alforriados, mas se comprometiam a ficar trabalhando na mesma fazenda com direito a pequenos salários ou em regime de colonato. Em geral, os escravos continuaram trabalhando nas mesmas fazendas, agora com direito a alguma remuneração em dinheiro ou produtos colhidos que pouco afetaram suas condições econômicas, além do direito legal de mudarse, arrumar outra ocupação e não sofrerem castigos físicos. Enquanto a necessidade de mãodeobra diminuía nas plantações do Vale do Paraíba, na então província de São Paulo, as plantações de café prosperavam e necessitavam cada vez mais de mãodeobra em quantidade muito superior a que o Brasil tinha de trabalhadores livres e escravos. Portanto, foi a expansão econômica e, em menor grau, a necessidade de colonização de regiões praticamente desabitadas do país que incentivaram a imigração para o Brasil. A abolição da escravidão e expansão cafeeira em São Paulo foram eventos contemporâneos, o que leva muitos a pensar que foi o primeiro que causou o grande fluxo de imigrantes que veio logo a seguir para o Brasil.
As expansões das colheitas de café atraíram 70% dos mais de cinco milhões de imigrantes desembarcados no Brasil. Entre 1820 e 1903, desembarcaram no Brasil cerca de um milhão e 140 mil italianos, 549 mil portugueses, 212 mil espanhóis e 89 mil alemães. Em números menores, pessoas de todos os cantos da Europa.
A imigração continuou alta durante o início do século XX diminuindo após a década de 1930. Entraram nesse período diversos grupos de imigrantes no Brasil, dos mais numerosos, entre 1904 e 1972, desembarcaram um milhão e 240 mil portugueses, 484 mil italianos, 505 mil espanhóis, 248 mil japoneses e 171 mil alemães. Em números menores, pessoas de todos os cantos da Europa. Os imigrantes passam a compor a maior parte dos operários nas fábricas e primeiras indústrias brasileiras.
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Atividades: 1 Explique migrações:a Sazonal:b Pendular:c Interna:2 Fale sobre as cinco etapas dos movimentos migratórios.3 Comente sobre duas forças que contribuem para o êxodo rural?
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As Cidades Globais e as Megacidades.Os fluxos da globalização não atingem o espaço geográfico
planetário como um todo, mas apenas alguns lugares. Mesmo nos países desenvolvidos, os fluxos não se instalam de forma homogênea no território, concentrando – se em lugares específicos.
Os fluxos da Globalização.Isso se dá através das redes, que abarcam o mundo inteiro, mas não
todo o espaço geográfico. Eles atingem principalmente os lugares mais bem equipados com infraestrutura de transportes, comunicações, hospedagem, etc. esses lugares formam os pontos de interconexão das redes globais.
O espaço geográfico é composto por um denso emaranhado de redes através das quais ocorrem fluxos dos mais variados tipos. Há redes de telecomunicações (televisão, rádio, telefone, computadores, ligados por satélites e cabos de fibras óticas), através das quais fluem informações; rede de energia elétrica, por onde flui eletricidade; redes de oleodutos, por onde fluem petróleo e derivados, muitas outras. Essas redes podem abranger o espaço geográfico local, nacional, regional e mundial.
Uma rede que se amplia cada vez mais é a internet. Essa rede de computadores abarca todo o planta, mas seus fluxos de informação não atingem o espaço geográfico do mundo por igual. Seus participantes concentram – se nos países desenvolvidos e nas áreas mais ricas ou entre a população de maior renda dos países emergentes. As cidades Globais sediam o poder mundial a apresentam uma infraestrutura que permite a instalação dos fluxos da globalização dos fluxos da globalização. Nelas se encontram – se:
• Os grandes aeroportos internacionais, que permitem o fluxo mundial de pessoas e de cargas;
• Os modernos edifícios que sediam a bolsas de valores, os grandes bancos e outras companhias financeiras, permitindo o fluxo de capitais especulativos;
• As sedes das grandes corporações multinacionais, que comandam o fluxo de capitais produtivos;
• As grandes redes de televisão e de rádio, os grandes jornais e os provedores da Internet, que centralizam o fluxo de informações;
• As principais organizações mundiais: ONU, FMI, Banco Mundial, OCDE e outras;
• Os principais mercados consumidores de mundo.Perceba que a definição de uma cidade global é qualitativa, associada
ao seu poder, sua infraestrutura e, portanto, á sua capacidade de polarizar os fluxos das redes mundiais. O tamanho da população é secundário. É por
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isso que algumas megacidades definição que leva em conta apenas o tamanho da população, não são cidades globais.
As megacidades localizadas em países subdesenvolvidos abrigam grande população de baixa renda e possuem precárias infraestrutura de transportes e de comunicações. Por isso, os fluxos são reduzidos.
A maioria das cidades globais localiza – se nos países desenvolvidos. Já as megacidades encontram – se predominantemente em países subdesenvolvidos e emergentes, onde o crescimento vegetativo mantém – se alto e há intenso fluxo de pessoas do campo para a cidade.
O conceito geográfico de lugar é fundamental para o entendimento dos fluxos da globalização. Lugar, para a geografia, inclui as formas naturais e as formas construídas da paisagem e também as relações humanas. O lugar é a paisagem carregada de significados, de coisas que são importantes para nós porque fazem parte do nosso dia a dia ou das nossas lembranças. É a porção do espaço geográfico onde se desenrola o cotidiano dos indivíduos.
É no lugar que se instalam os fluxos da globalização e não no espaço geográfico como um todo. Os fluxos dão – se em redes através do espaço geográfico mundial e os nós dessas redes são os lugares. Não podemos esquecer que quem comanda os fluxos da globalização são pessoas. Tudo isso é uma criação humana: a infraestrutura que permite a instalação dos fluxos, as normas que os regulamentam e, claro, as palavras que os definem.
Todos os fluxos da globalização fazem parte do espaço geográfico: ajudam a modelá – lo e são modelados por ele. Por exemplo, o fluxo de capitais produtivos leva a instalação das fábricas, supermercados, hotéis, etc., que modificam o espaço geográfico não apenas no lugar onde se instalaram. A existência dessas infraestrutura gera mercado consumidor, o que pode levar a um aumento do fluxo de investimentos produtivos – além de pessoas. Esses fluxos, por sua vez, exigem a implantação de infraestrutura para suportá – los: rodovias, portos, aeroportos, redes de energia de telecomunicações, etc. A instalação de infraestrutura e a expansão do mercado consumidor podem atrair mais investimentos, mais pessoas, mais mercadorias.
Com a globalização. O próprio conceito de lugar deve ser redefinido. Hoje as pessoas não estão mais restritas ao seu lugar, como acontecia em um passado não muito distante. Cada vez mais as pessoas viajam pelo mundo, tomando contato com outros lugares, outros povos e outras culturas. Mesmo para quem não viaja seu lugar, devido aos avanços nas telecomunicações (televisão, telefone, Internet, etc.), passou a receber
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informações que vem de vários outros lugares. Nesse contexto, podemos dizer que o lugar se ampliou, e mesmo que, virtualmente, as possibilidades de contato entre as pessoas se alargaram.
1 – Qual é a diferença entre megacidades e cidade global?
2 As cidades Globais sediam o poder mundial?
Lugar e Globalização.3 – Qual é o conceito geográfico de lugar?
4 – Quem comanda os fluxos da globalização?
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A Globalização é desigual.
Nem todos se beneficiam com os fluxos da globalização. Muitos vivem ao lado de aeroportos internacionais, um dos nós da rede de fluxos de pessoas e mercadorias, mas dificilmente entrarão em um avião. Outros passam todos os dias em frente a grandes hotéis – outro nó do fluxo de pessoas , mas não têm dinheiro para se hospedar neles. Há aqueles ainda que nunca possam investir em ações, partindo do fluxo financeiro mundial. As grandes cidades oferecem uma infinidade de bens e serviços aos qual boa parte da população não tem acesso.
O fator de limitação é o desigual acesso á renda. Nem todas as pessoas têm recursos suficientes para adquirir bens e serviços cada vez mais disseminados no mundo globalizado. No capitalismo, os investimentos são concentrados em certos lugares e voltados para setores nos quais o retorno é maior. Assim, as regiões e as populações mais pobres tendem a ser marginalizadas – se não se realizarem investimentos para garantir o desenvolvimento de todos os lugares.
Também é necessária a intervenção estatal, com a criação de programas de assistência social e direcionamento de investimentos privados que visem á redução das desigualdades sociais e regionais. Por exemplo, na privatização das telefônicas tinha algumas metas sociais. Entre outras, as telefônicas devem instalar pelo menos um telefone público, capaz de fazer e receber chamadas, em todas as localidades com mais de 100 habitantes.
Como vimos, os fluxos instalamse nas grandes cidades, nos lugares de melhor infraestrutura. Para a maioria de seus habitantes, porém, essas cidades são compostas por um conjunto de lugares, pois cada um os vivencia de forma diferente. Dependendo da renda e, portanto, do lugar em que o indivíduo circula dentro da cidade, ele terá maior ou menor integração. Poderá ter acesso a uma infraestrutura de serviços básicos (educação, saúde, transportes, saneamento básico, etc.) boa precária; terá mais ou menos acesso a bens de consumo e culturais – lojas, restaurantes, cinemas, teatros, etc.
Na grande cidade, há cidadãos de diversas ordem ou classes, desde o que, fato de recursos, pode utilizar a metrópole toda, até o que, por falta de meios, somente a utiliza parcialmente, como se fosse uma pequena cidade, uma cidade local.
Morara na periferia é se condenar duas vezes á pobreza. Á pobreza gerada pelo modelo econômico, segmentador do mercado de trabalho e das classes sociais, superpõese a pobreza gerada pelo modelo territorial. Este, afinal, determina quem deve ser mais ou menos pobre somente por morar
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neste ou naquele lugar. Onde os bens sociais existem apenas na forma mercantil, reduzse o número dos que potencialmente lhes têm acesso, os quais se tornam ainda mais pobres por terem de pagar o que, em condições democráticas normais, teria de lhe ser entregue gratuitamente pelo poder público.
Atividades:
1 – ‘’Nem todos se beneficiam com os fluxos da globalização’’. Explique essa frase.
2 Onde os fluxos das grandes cidades se estalam?
Para quem é real a rede urbana?3 Para quem é real a rede urbana?4 – Porque os bens sociais existem apenas na forma mercantil?
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Os excluídos da globalização.
Os países subdesenvolvidos, especialmente os mais pobres, são essencialmente agrícolas, utilizam tecnologia muito atrasada na produção de alimentos e,quando há setores modernos, em geral são voltados para a exportação. A indústria é inexistente ou utiliza equipamentos e tecnologia defasados. A infraestrutura de transporte e comunicações é precária. Some a tudo isso a limitada qualificação dos trabalhadores, devido ao baixo nível educacional, e você entenderão por que a produtividade é tão baixa e os salários, tão aviltantes, muitas vezes insuficientes para adquirir bens e serviços básicos para a sobrevivência.
O baixo crescimento econômico, aliado á alta de taxa de aumento da população, faz com que milhões de pessoas não encontrem nenhum tipo de emprego. Também não têm acesso a habitação apropriada, saneamento básico, educação, etc. Portanto, esses países são foco permanente de emigrantes, que saem em busca de melhores condições de vida nos países desenvolvidos.
Enquanto a maioria da população dos países desenvolvidos apresenta uma alta qualidade de vida e as tecnologias do século XXI estão sendo gestada em algumas regiões de seus territórios, nos países subdesenvolvidos a maioria da população ainda não conseguiu satisfazer sequer suas necessidades básicas.
Essa desigualdade está aumentando ainda mais com a globalização. Imagine a quantidade de dinheiro gasto por empresas e governos dos países desenvolvidos para se manter na dianteira tecnológica. Os países pobres não têm recursos suficientes para acompanhar essa corrida. Boa parte dessa tecnologia acaba migrando e atingindo o mundo inteiro, no entanto, só pode se beneficiar dela a pequena parcela da população com renda suficiente para adquirir os produtos e serviços que a incorporam. Grande parte ainda não tem acesso a tecnologias muito mais simples, oriundas da primeira e da segunda revolução industriais.
Os excluídos dentro dos países integrados. Apesar de se concentrarem em maior quantidade nos países
subdesenvolvidos e emergentes, os excluídos da globalização e da revolução técnico científica surgem de forma crescente também nos países desenvolvidos. A intensidade da competição global tem levado as grandes corporações a introduzir técnicas cada vez mais avançadas no processo
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produtivo, reduzindo a utilização de mãodeobra. Isso tem provocado o aumento do emprego tanto nos países desenvolvidos como nos emergentes.
As grandes corporações estão terceirizando muitas atividades, especialmente em áreas que exigem trabalhadores menos qualificados, como limpeza, segurança, manutenção, etc., mas também em áreas que exigem mãodeobra mais qualificada como administração, marketing, pesquisa, etc. Geralmente, os empregos oferecidos pelas firmas terceirizadas apresentam menos remuneração e menos benefícios.
Outra que as grandes corporações buscado para reduzir os custos de produção é transferir toda a produção, ou parte dela, para países emergentes, onde a mãodeobra é mais barata, e os benefícios sociais, menores.
O crescimento do emprego e a redução dos benefícios sociais têm aumentado a pobreza nos países. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, onde é maior a tradição liberal, a legislação trabalhista é mais flexível, ou seja, facilita a demissão de trabalhadores e a contratação de outros com menores salários. Neles, as taxas de desemprego se mantêm baixas, porém a rede de proteção social do Estado – salário desemprego, aposentadoria, acesso gratuito aos serviços de educação e saúde, etc. é menos densa, quando comparada à maioria dos países da Europa ocidental. Os países europeus ocidentais, onde o Keynesianismo e o welfare State são mais arraigados, apesar dos salários mais altos e dos maiores benefícios, têm convívio com um alto nível de desemprego. No Japão o desemprego aumentou devido á crise econômica na segunda metade dos anos 1990.
Atividades:
1 – Porque os países mais pobres são essencialmente agrícolas?2 – O que está acontecendo com os avanços da globalização? 3 – Porque as grandes corporações estão introduzindo técnicas cada
vez mais avançadas no processo produtivo?
4 – Porque o desemprego do Japão aumentou?
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Um Mundo dividido em Estados.
O mundo é dividido em 70% em oceanos e 30%em terras. Nessas terras temos divisões pelos chamados continentes, América, Europa, Ásia, África, Oceania e Antártida. Com exceção a Antártida que também é conhecida como "continente gelado", todos os outros são divididos politicamente em estados. Os Estados são uma criação humana, então o mundo não foi sempre organizado territorialmente assim e os limites continuam se transformando.
A própria divisão da superfície terrestre em Estados territoriais, ou o Estado como conhecemos hoje, é relativamente recente.
Os Estados estão separados por linhas imaginárias, são chamadas de limites que demarcam uma fronteira.
Foi o homem que delimitou as "linhas" ao longo da história.
Uma fronteira pode ser natural, quando é estabelecida por um acidente geográfico,como um rio ou uma crista montanhosa. Pode também ser geodésica, quando é construída por linhas; nesse caso, para representar os limites no terreno são colocados às vezes, marcos artificial (como um muro, uma cerca, um monumento, etc.)
Hoje é muito fácil localizar exatamente o limite entre dois países, saber onde deve ser colocado um marco que materializa um limite fronteiriço com precisão: basta recorrer aos dados dos satélites dos Sistemas de Posicionamento Global (GPS).
A organização interna do Estado nacional.
O Estado surge quando um povo, ao organizarse politicamente, passa a ter o controle de um território. Para controlálo, é necessário demarcar com precisão seus limites fronteiriços. Precisa ser reconhecido internacionalmente. Para zelar pela sua soberania, ou seja, pela inviolabilidade de suas fronteiras, é necessária a organização de forças armadas. Quase todos os Estados do mundo têm forças armadas (exército, marinha e aeronáutica). Para zelar pela paz interna e mediar os conflitos sociais, o Estado também organiza uma força interna (as polícias federal, estadual, e muitas vezes municipal), adquirindo então o monopólio do controle militar e do uso da força.
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Em um Estado democrático, antes da utilização da força (que só é usada em situações especiais), ha leis para reger as relações sociais. Essas leis são criadas pelo Poder Legislativo, aplicadas pelo poder Executivo e julgados pelo Judiciário. Num Estado democrático, todos são iguais perante a lei. A lei máxima de um Estado, à que tal devem se submeter é a Constituição. Todo Estado tem uma Constituição, a lei maior que deverá reger as atividades da sociedade.
Uma das características mais importantes do Estadonação é a divisão de poderes entre o Executivo, Legislativo e Judiciário. Para o bom funcionamento das instituições, as instâncias dos três poderes devem ser respeitadas. Ao poder Executivo cabe o gerenciamento do Estado, com base nas leis que foram criadas e aprovadas pelo poder Legislativo. Esse gerenciamento pode ficar a cargo do Presidente da República e seus auxiliares (os ministros), escolhidos por ele, se o sistema de governo for presidencialista, ou pode ficar a cargo do PrimeiroMinistro e seus auxiliares, aprovados pelo Parlamento, se o sistema de governo for parlamentarista. Ao Poder Judiciário cabe a fiscalizar e julgar o bom cumprimento das leis em todos os níveis da sociedade.
Atividades:
1 – Quais as divisões feitas no mundo?
2 – O que são fronteiras naturais?
3 – Como acontece o surgimento de um estado?
4 – Quais são as divisões dos poderes, para um bom funcionamento das instituições?
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Um mundo organizado em blocos.
Embora não seja recente, a tendência de regionalização do mundo em blocos econômicos acentuou – se fortemente no final dos anos 1980 e ao longo de 1990. Isso coincide com o fim da Guerra Fria e emergência da globalização.
O capitalismo tende continuamente á expansão, no entanto, a divisão do mundo em Estados nacionais, com suas respectivas fronteiras, moedas e alfândegas, criam barreiras para a circulação de capitais e mercadorias. A criação de blocos econômicos é uma tentativa de reduzir essas barreiras em escala regional. Organismos internacionais como a OMC (Organização Mundial de Comércio) e o FMI ( Fundo Monetário Internacional) buscam o mesmo objetivo em escala mundial, especialmente com o advento da globalização e do discurso neoliberal.
Os países participantes desses blocos econômicos buscam fazer acordos regionais para facilitar o fluxo de capitais, serviços e, sobretudo de mercadorias. A livre circulação de pessoas tem ficado em segundo plano. Esses acordos visam fundamentalmente ampliar os mercados para as empresas, por meio da integração dos países membros. A liberalização não é feita de forma homogênea. Dependendo do grau de integração, é possível definir quatro tipos de blocos: Zona de livre comércio, união aduaneira, mercado comum e união econômica e monetária.
Zona de Livre Comércio.
Os países participantes de uma zona de livre comércio firmam acordos para reduzir gradativamente as tarifas alfandegárias ou aduaneiras, nome dos impostos cobrados para que produtos importados atravessem as fronteiras e entrem no país. Por esse acordo, os produtos que circulam entre os países do bloco deixam de pagar impostos. O Acordo Norte – Americano de Livre Comércio (Nafta) é um exemplo de zona de livre comércio.
União aduaneira.
Numa união aduaneira, além de não serem cobrados impostos no comércio entre os países membros, como na zona de livre comércio, há uma tarifa externa comum. Ou seja, os produtos vindos de fora do bloco devem pagar o mesmo imposto de importação ao entrarem em qualquer
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país membro. Esse sistema é válido para qualquer produto, variando apenas o percentual do imposto cobrado. O Mercosul (Mercado Comum do Sul) é um exemplo desse tipo de bloco.
Mercado comum.
Num mercado comum, além da livre circulação de mercadorias e da implantação de uma tarifa externa comum, há livre circulação de capitais, serviços e pessoas. O único bloco desse tipo atualmente é a União Européia, em que também houve uma padronização dos impostos pagos pela população e pelas empresas e de muitas leis civis, trabalhistas, sociais e ambientais. Foram criados órgãos supranacionais, como a Comissão Européia, órgão executivo do bloco, e o Parlamento Europeu, órgão legislativo.
Atividades:
1 A criação de blocos econômicos é uma tentativa de reduzir?
2 – Quais e quantos são os tipos de blocos?
3 – Explique:
a) Zona de Livre Comércio.
b) União aduaneira.
c) Mercado comum.
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União econômica e monetária.
As características dos blocos são cumulativas, portanto, uma união econômica e monetária além de incorporar todas as características dos blocos anteriores, introduz uma moeda única e padronizam políticas macroeconômicas como taxas de cambio, juros, nível de endividamento publico, etc. Isso exige necessariamente a criação de um tipo de bloco econômico abrem mão de sua moeda nacional e seu banco central. É o tipo mais abrangente de integração, cujo único exemplo na atualidade é a União Européia.
Atualmente, há dezenas de blocos econômicos no mundo, porém a maior parte consiste em arranjos muito frágeis que buscam a implantação de Zonas Livres de Comércio.
A maioria dos blocos econômicos foi criada no inicio dos anos 90, coincidindo com a emergência da globalização, a conseqüente intensificação dos fluxos e o acirramento da competição global entre as grandes corporações. Isso prova que regionalização e globalização não são fenômenos antagônicos. Ao contrário, são complementares. Ambos buscam ampliar mercados para as empresas, especialmente as grandes.
A diferença reside em que a globalização é um fenômeno mais econômico, movido pela força do mercado, enquanto a regionalização é mais político, fruto de acordos entre Estados com o objetivo de integrar e fortalecer suas economias, aceitando ceder parte de sua soberania em trocas de vantagens econômicas. Quanto mais abrangente for à integração do bloco, maior a perda de soberania dos estados participantes.
União Européia.
A União Européia foi criada em 1957 por seis países da Europa ocidental, com a assinatura do Tratado de Roma, que entrou em vigor no ano seguinte. Foi denominada Comunidade Econômica Européia (CEE) desde a sua fundação até 1993, quando passou a se chamar União Européia (EU). Sua sede fica em Bruxelas, na Bélgica. Atualmente, a União Européia conta com quinze países membros. Nos primeiros anos do século XXI, pode ser ampliada com a integração de alguns países que pertenciam ao bloco socialista como Eslovênia, Estônia, Hungria, Polônia e República Tcheca, entre outros. Os países europeus emergiram da Segunda Guerra Mundial destruído e enfraquecida. A Europa, que ao longo de cinco séculos
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foi o centro das decisões mundiais e a sede das grandes potências, viu – se encurralada entre duas superpotências: os Estados Unidos e a (hoje Extinta) União Soviética.
O mercado comum só foi implantado em 1993, quando caíram as barreiras para a circulação de capitais, serviços e pessoas, as quatro ‘’liberdades’’ não foram estendidas a todos os países: o Reino Unido e a Irlanda, por exemplo, ainda mantêm o controle de suas fronteiras, restringindo a circulação de pessoas.
Em dezembro de 1991, foi realizado na cidade holandesa de Maastricht, um encontro de cúpula dos países da CEE ocasião em que foi assinado o Tratado de introdução da moeda única, passando o bloco para o estágio de união econômica e monetária. Em 1993, a CEE passou a chamar – se União econômica (EU), vigorando de fato o Mercado Comum.
A moeda única da União Européia, o euro, começou a circulação gradativamente em 1 de janeiro de 1999, juntamente com s moedas nacionais, que serão retiradas de circulação em 2002. Para emitir a nova moeda e regular o mercado, foi criado o Banco Central Europeu, com sede em Frankfurt (Alemanha). A moeda única não foi adotada por todos nessa primeira etapa. A Grécia foi o único país que não conseguiu atingir os indicadores econômicos exigidos para adesão á moeda única. O Reno Unido, a Dinamarca e a Suécia optaram por não aderir ao euro nessa primeira fase. Preferiram avaliar melhor os desdobramentos da adoção da moeda única. Portanto, não são todos os membros da União Européia que fazem parte da união econômica e monetária.
Nafta.
Nafta é a sigla para North American Free Trade Agreement (em inglês), em português: Acordo Norte – Americano de Livre Comércio. Trata – se de uma zona de livre comércio formada por Estados Unidos, Canadá e México. Entrou em vigor em 1 de janeiro de 1994, quando as barreiras alfandegárias entre países começaram a ser gradativamente eliminadas.
A criação do nafta faz parte de uma estratégia dos Unidos para fortalecer – se frente a seus competidores europeus da União Européia e asiáticos e enfrenta um mundo onde a globalização avança.
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Alca.
As bases da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) foram lançadas em dezembro de 1994, durante a primeira Cúpula das Américas, realizada em Miami (Estados Unidos). Seu objetivo seria integrar numa gigantesca zona de livre comércio todos os estados soberanos das Américas, com exceção de Cuba, contra o qual os Estados Unidos mantêm um bloqueio econômico desde 1962. Envolveria trinta e quatro países, do Alasca á Terra do Fogo, uma população de quase 800 milhões de pessoas e um produto bruto de mais de 10 trilhões de dólares.
Mercosul.
O Brasil e a Argentina tiveram de colocar de lado sua tradicional rivalidade e seus projetos hegem6onicos na América do sul para viabilizar o projeto integracionista. Ele começou a tomar corpo após abertura política que ocorreu em meados dos anos 1980 nos dois países.
Na Argentina, o processo de transição para a democracia foi mais rápido. Com a derrota para o reino Unido na Guerra das Malvinas (1982), o regime militar argentino ficou enfraquecido e o último ditador, o general Leopoldo Galtieri, entregou o poder aos civis. Com a convocação de eleições diretas em 1983, Raul Alfonsín ascendeu á presidência. No Brasil, a transição foi mais lenta, tanto ainda convivíamos com um presidente eleito diretamente, embora civil. O presidente indicado pelo Colégio Eleitoral em 1985 foi Tancredo Neves, que faleceu antes de assumir o poder e seu vice, José Sarney, assumiu o cargo.
O tratado de Assunção estabeleceu como objetivo para o Mercosul a evolução para um mercado comum.
Em 1996, Chile e Bolívia assinaram um acordo de livre comércio com o Mercosul. Esses dois países não pertencem a este bloco. Apenas estabeleceram uma zona de livre comercio com os seus quatro países membros.
O objetivo do governo brasileiro é, a partir do MERCOSUL, integrar toda a América do sul numa zona de livre comércio. Essa envolveria o Mercosul, a comunidade Andina (Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia) e o Chile.
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Atividades:
1 – Qual é a maior característica dos blocos?
2 – Qual é a diferença entre globalização e regionalização?3 – Como foi denominada a União Européia, na sua criação?
4 – Na União Européia, quando começou a circular o euro?
5– Descreva:
a) Nafta:
b) Alca:
c) Mercosul:
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Ásia e a bacia do Pacífico.
Ao contrário das outras potências – os Estados Unidos e Alemanha , o Japão não lidera nenhum bloco econômico. O chamado Bloco do Pacífico não é propriamente um bloco econômico, pois não resulta de nenhum acordo entre países. Na verdade, delimita a área de influencia econômica da Japão, a maior potência asiática, numa região que engloba países cujas economias são as que vêm crescendo nas últimas décadas.
O Japão é líder em tecnologia, o que lhe garante alta produtividade, e sede de muita das maiores corporações do mundo, com filiais em vários países, o que se torna o principal investidor da região. É o país que mais cresceu na Ásia do final da Segundo Guerra Mundial até o final dos anos 1980. Nos ano 1990, começou a reduzir o sue crescimento econômico, chegando mesmo á recessão na segundo metade da década.
Atualmente, a China é a economia que mais cresce na região, seno forte candidata a potência econômica não só regional, mas mundial. O país tem crescido em media de 9% ao ano desde que iniciou SUS reformas econômicas, em 1978. Entretanto a China não é líder de nenhum bloco econômico.
Criação das associações:
A Asean, Associação das Nações do Sudeste Asiático, foi criada em 1967 para desenvolver a região e aumentar sua estabilidade política e econômica. Em 1992, seus membros decidiram transforma lá em zona de livre comércio, a ser implantada gradativamente até 2008. As tarifas alfandegárias já começaram a ser reduzidas no comércio entre países membros.
A Apec, Cooperação Econômica Ásia – Pacífico foi fundado em 1989, com sede em Cingapura. Em 1999, contava com vinte e um membros, localizados no Sul e Sudeste asiático, nas Américas e na Oceania, entre eles: Japão, China, Rússia, Coréia do Sul, Austrália, Chile, os três membros do Nafta, vários membros da Asean, etc. seus países membros pretendem transformá–la em uma gigantesca zona de livre comércio até 2020, mas por enquanto estão apenas em negociações.
Consolidação da Apec como uma zona de livre comércio enfrenta várias dificuldades: grandes disputas comerciais entre suas três maiores
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potências (Estados Unidos, Japão e China) e profundas disparidades entre os países membros, como tamanho de mercado, níveis tecnológicos, disponibilidade de infraestrutura, etc.
África.
A África apresenta graves problemas socioeconômicos e por isso está praticamente marginalizada dos fluxos da globalização. Consequentemente, os blocos econômicos desse continente são pequenos e pouco consolidados, refletindo a fragilidade de suas economias. O mais importante acordo regional de comércio do continente é a comunidade de desenvolvimento da África Austral (SADC).
A SADC foi criada em 1992. Com sede em Gaborone, esse bloco pretende promover a cooperação entre seus países membros, visando á criação de uma zona de livre comércio.
Atividades:
1 – Explique: ‘’O Japão é líder em tecnologia’’
2 – O que faz o Apec?
3 – Porque a África está praticamente marginalizada?
4 – O que é a SADC?
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Os conflitos étnicos e nacionalistas.
Na década de 1990, ao mesmo tempo em que muitos Estados se empenham em fazer acordos que visam maior integração econômica, social e política entre si, em outros ocorreu uma desintegração territorial, como é o caso da antiga União Soviética e Iugoslávia. Em alguns países, mesmo não havendo fragmentação territorial, há movimentos separatistas das minorias étnicas que anseiam por autonomia: Espanha, Índia, Rússia, Turquia, Iraque, Indonésia, Nigéria, entre outros. Esses separatistas, em geral buscam a autodeterminação, o controle de um território e a constituição de um Estado soberano.
Você poderia se perguntar: mas esses movimentos separatistas não estão na contramão da história? A tendência do mundo globalizado é de crescente integração, especialmente em nível regional, com os blocos econômicos. Por exemplo, após terem conquistado sua independência, três dos novos Estados da extinta União Soviética – Estônia, Letônia e Lituânia – entraram com pedido de adesão a união Européia.
Conflitos na América Latina.
Os conflitos vistos até agora opõem povos diferentes com culturas diversas, no entanto, o motivo é quase sempre a disputa por territórios ou luta pelo poder político. Mas há outras motivações, além da nacionalista, que levam grupos a entrar em conflito: tentativa de derrubada de um governo para tomar o poder visando á imposição de mudanças políticas e socioeconômicas, controle de territórios onde há produção ou distribuição de drogas, etc.
A colonização da América provou um grande genocídio da população nativa, acentuada miscigenação e homogeneização cultural. É comum dividi–la e América AngloSaxônica, onde predominam a língua inglesa e o protestantismo, e América Latina, onde predominam a língua espanhola, além do português no Brasil, e o catolicismo. Assim, excetuando o movimento separatista da etnia de origem francesa na América é bastante reduzido. Em geral, nesse continente os conflitos são de natureza socioeconômica.
Colômbia.
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Um dos conflitos mais antigos na América Latina é a luta de grupos guerrilheiros pelo controle do poder político, que ocorreram em maior ou menor grau em quase todos os países latinoamericanos. Atualmente, o Estado que mais enfrenta esse tipo de conflito é a Colômbia. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) são o grupo guerrilheiro mais importante em atuação.
As Farc foram criadas em 1964, por Manuel Marulanda. Tratase de uma guerrilha de esquerda com atuação rural, cujas bases estão na Floresta Amazônica colombiana. Essa guerrilha, que possui cerca de 15 mil membros, originalmente tinha ligações com o Partido Comunista da Colômbia. Em fins de 1999, era o grupo guerrilheiro mais antigo e poderoso da América Latina.
O Governo da Colômbia tem alterado momentos de repressão e de negociação com a guerrilha. No entanto, as Farc continuam sua atuação militar e formam um poder paralelo ao do Estado colombiano.
Além dos grupos guerrilheiros 75% da cocaína provêm da Colômbia.
México.
O mais importante movimento guerrilheiro mexicano é o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN). Sua mobilização teve início em primeiro de janeiro de 1994, ocupando algumas cidades e vilas do estado de Chiapas. Nesse dia, entrou em vigor o Nafta (Acordo NorteAmericano de Livre Comércio). Tal atitude política objetiva marcar posição contra a entrada do México nesse bloco e a política econômica neoliberal posta em prática pelo governo Carlos Salinas. Segundo os zapatistas, a adesão ao Nafta iria aprofundar a dependência do México em relação aos Estados Unidos e agravar as desigualdades sociais e regionais do país.
Os estados mexicanos que têm fronteiras com os estados Unidos seriam os mais beneficiados, em detrimento da região sul. O ELZN tem suas bases em Chiapas, estado sulista que figura entre os mais pobres do país. As principais reivindicações do movimento são reforma agrária e maior participação da população indígena e camponesa nas decisões políticas. O governo reprimiu o movimento zapatista, mas os guerrilheiros refugiaramse nas florestas e continuam atuantes.
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O México apresenta uma das piores distribuições de renda e terra do mundo.
Atividades:
1 – O que aconteceu na década de 1990?
2 – Porque União Soviética – Estônia, Letônia e Lituânia – entraram com pedido de adesão a união Européia?
3 – Quais são os motivos dos conflitos vistos?
4 – Porque a colonização da América provou um grande genocídio?
5 – O que é o Farc?
6– Qual é o mais importante movimento guerrilheiro mexicano?
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