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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

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1 A MEMÓRIA FAMILIAR ATRAVÉS DE IMAGENS

Terezinha Maia de Oliveira1

Hélio Sochodolak2 (Orientador)

RESUMO:

Este artigo tem como objetivo apresentar uma proposta de intervenção, desenvolvida com alunos do Ensino Fundamental da Escola Estadual Pe. Cristóforo Myskiv, (Prudentópolis-PR), no segundo semestre de 2010, como requisito para concluir a participação no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE/turma 2009), do Estado do Paraná. Procuramos neste trabalho desenvolver alternativas com vistas a promover maior interação da família com a escola, além de motivar o aluno a tomar gosto pela pesquisa, entendendo ser essa uma importante estratégia para estimular a aprendizagem e a produção do conhecimento histórico utilizando como instrumento a fotografia. A fotografia é uma importante fonte de pesquisa histórica. Em se tratando da memória de um povo, esta torna-se fundamental. Buscamos realizar em sala de aula, com os alunos da 5ª série, atividades que estimulem o interesse pela disciplina de História. Para isso, utilizamos como ponto de partida o documentário "A memória familiar através de imagens-fotografias de descendentes ucranianos em Prudentópolis-PR", gravado em DVD.

PALAVRAS-CHAVE: História - memória - família - fotografia - Prudentópolis-PR

ABSTRACT:

This article aims at presenting a proposal of intervention, carried out with Elementary School students of the Pe. Cristóforo Myskiv State School, (Prudentópolis-PR), in the second semester of the year 2010, as a requirement to accomplish the participation

1 Pós Graduação lato sensu, graduada em História (FAFIG), Professora da Escola Estadual Pe. Cristóforo Myskiv em Prudentópolis-PR.

2 Doutor em História (UNESP), Docente do Departamento de História, UNICENTRO, Campus de Irati-PR.

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2 in the Educational Development Program (PDE/group 2009), in the State of Paraná. This work was an attempt to develop alternatives with the aim of promoting better interaction between family and school, besides encouraging students to acquire a taste for research. We understand this is an important strategy to provoke learning and production of historical knowledge, using photography as a means for that. Photography is a major source of historical research. It constitutes an essential aspect with regards to a people’s memory. We carried out activities in the classroom with students of the fifth grade, whose main goal was to arouse interest in the History subject. As a starting point, we made use of the documentary “The family memory through images–photos of Ukrainian descendents in Prudentópolis-PR”, recorded on DVD, so as to achieve that goal.

Key words: History – memory – family – photography – Prudentópolis-PR.

1 INTRODUÇÃO

Aproveitando a oportunidade de participar do Programa de Desenvolvimento

Educacional (PDE) desenvolvemos o projeto “A memória familiar através de

imagens: descendentes de ucranianos em Prudentópolis-PR” na área de História,

com o intuito de resgatar a memória familiar através da fotografia.

O presente artigo traz uma reflexão acerca de duas questões consideradas

relevantes.

A primeira diz respeito a participação da família no processo de ensino

aprendizagem na disciplina de História. Percebemos que a falta de

responsabilidade da família na educação dos filhos é muito grande, deixando que a

escola assuma sozinha a tarefa de educar.

A segunda questão a ser abordada é a utilização da fotografia no processo

de pesquisa e produção de conhecimento histórico, mas principalmente como

valorização da memória familiar.

Os aspectos abordados levam-nos a uma reflexão acerca da importância de

envolver a família do educando nos projetos da escola e mais especificamente na

disciplina de História, onde tal reflexão se constrói a partir de fatos ocorridos no

passado que podem resgatar a memória familiar por meio da fotografia. Desta

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3 forma, o educando auxilia na produção do conhecimento histórico, a partir do

momento em que se percebe como parte integrante dessa história.

2 A FAMÍLIA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

Tem se discutido muito na escola assuntos como desrespeito em sala de

aula, desmotivação dos alunos aos conteúdos trabalhados, falta de interesse e

responsabilidade com as atividades propostas, principalmente a falta da participação

da família na vida escolar dos filhos. Nunca os sentimentos de impotência e

frustração estiveram tão marcantemente, presentes na vida de muitos professores

que hoje se encontram cansados física e mentalmente.

São cada vez mais frequentes as discussões que procuram buscar resposta

para essas situações que se tornam cada vez mais complexas. Assim, nós

professores, procuramos formas de tentar superar essas dificuldades, pois

percebemos que está cada dia mais difícil ensinar.

É comum ouvirmos professores reclamando da falta de interesse e o descaso

dos alunos e da pouca ou nenhuma participação das famílias na educação escolar

dos filhos.

Por outro lado, observa-se que, as discussões em torno de tais questões vêm

sendo realizadas apenas na escola, basicamente envolvendo a direção, o pedagogo

e o grupo de professores.

Em minha experiência como professora de História, muitas vezes fiz

afirmações no mesmo sentido, pois o desinteresse dos alunos pelos conteúdos da

disciplina evidencia-se, visto que os mesmos se referem ao tempo passado como

coisa velha, antiga e tem pouco atrativo para os adolescentes, especialmente para

os alunos de 5ª série. Estes com maiores necessidades, primeiro, devido a

adaptação à nova escola e ao novo método de ensino, e depois, porque ainda são

imaturos para compreender a relação passado/presente, conceito básico na

disciplina de História. Isso é claramente percebido quando se incumbe os alunos da

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4 realização de tarefas escolares e tais tarefas não são cumpridas. Quando

questionados sobre as razões de não terem feito, muitos respondem que não

sabiam como fazer. Por mais que isso soe como simples desculpa, sempre que

perguntados o por quê de não terem pedido ajuda aos pais, estes respondem que os

pais não tem tempo ou não se interessam pelas tarefas escolares.

Desta forma, percebo que a escola encontra-se praticamente sozinha na

tarefa de educar, devido, entre outros fatores, à mínima participação da família

nesse processo, isentando-se de sua responsabilidade educacional, deixando até

mesmo de transmitir princípios básicos de respeito, boas maneiras e hábitos. A

família torna-se cada vez mais liberal, permitindo que os filhos ditem regras, não

tenham limites e nem compromisso com a escola que é vista pelo aluno como

dominadora, autoritária e exigente.

Além disso, a minha experiência como diretora de Escola Estadual permitiu

perceber que nas reuniões de pais, não são muitos os que comparecem e mesmo

aqueles que participam das reuniões, apenas querem pegar o boletim de notas dos

filhos e voltar logo para casa. Não é possível organizar reuniões para discutir

questões mais amplas, porque logo surge a pergunta sobre a entrega do boletim e

que horas acaba a reunião.

As razões da pouca participação dos pais podem ser variadas. Eles mesmos,

quando questionados, alegam inúmeros motivos, como falta de tempo por causa do

trabalho e o desconhecimento do “ensino moderno”. Desta forma, os pais afastam-

se de suas responsabilidades transferindo toda tarefa de educar para a escola. O

aluno se sente sozinho e impossibilitado, pois não tem com quem contar e não tem

alguém que exija, cobre ou demonstre interesse nos afazeres e atividades escolares

desenvolvidas.

Com isso, a escola se sobrecarrega assumindo para si a maioria das funções

que normalmente caberia à família.

Apesar das diferentes metodologias hoje utilizadas, pouco se evoluiu com

relação a integração família/escola.

Envolver os familiares na elaboração de projetos pode ser um caminho para a

escola que pretende ter um avanço no que diz respeito à busca de meios para

motivar o aluno na promoção do conhecimento.

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5 É preciso que a família esteja presente na vida escolar de todos os alunos em

todos os sentidos. Ou seja, é preciso buscar alternativas práticas para promover a

interação entre escola e família.

Segundo Valenine “É por meio de seu exercício que a sociedade pode

reassumir seus rumos, redefinir sua organização e reorganizar suas atitudes e

objetivos, para que sejam voltados para o bem comum e para que se atualizem de

acordo com as mudanças que vão ocorrendo.”3

Com base neste pensamento podemos afirmar que é por meio do exercício

que a escola pode reassumir também seus rumos, redefinindo seus métodos e

objetivos, voltando-os para o aluno para a sua aprendizagem e para a promoção da

sua cidadania.

3 A FOTOGRAFIA COMO PROCESSO DE PESQUISA E PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO HISTÓRICO: VALORIZAÇÃO DA MEMÓRIA FAMILIAR

A fotografia é uma importante fonte de pesquisa histórica. Em se tratando da

memória de um povo, esta torna-se fundamental. Na execução deste trabalho,

fotografia em sala de aula, buscamos envolver a família do educando fazendo a

interpretação dos elementos da foto de família, buscando uma história, um sentido.

A intenção foi possibilitar ao educando tomar como referência a sua própria

família e através da análise das fotografias e da investigação junto aos membros da

família conduzi-los a reflexão sobre o valor das histórias de vida, da identidade e da

afetividade.

Ao falar, ouvir, narrar experiências de vida, referir-se ao tempo, os alunos se

perceberam como sujeitos de sua própria história ampliaram a sua cultura dando

maior sentido a sua vida, muitas vezes criando uma identidade com bases na

experiência do passado, fazendo vivenciar o presente e até planejar o futuro. A

fotografia portanto, tornou-se uma fonte prazerosa na pesquisa, possibilitando o

exercício de reviver o passado através da apreciação da própria imagem e da

3 VALENINE, L. D. Qual cidadania? In Congresso nacional de educação. Fortaleza, 1995. p.7.

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6 imagem familiar.

O objeto de preocupação central deste trabalho, como vimos, na disciplina de

História, teve como objetivo propiciar ao aluno maior familiaridade com o processo

de pesquisa e de produção do conhecimento histórico. E tal conhecimento se fez a

partir dos registros do passado, que se mostraram nos documentos, neste caso a

fotografia.

As imagens representam o passado, pela foto podemos nos reportar ao

passado e reconstruí-lo no presente, pelas imagens podemos acessar a memória, a

História e trajetória familiares. A foto como documento, auxilia a decifrar o passado e

resgatá-lo. As imagens guardadas de nossos antepassados transformam-se em

História. 4

Assim como os documentos escritos que detectam elementos do ponto de

vista material, a fotografia, além de ser um fragmento do passado, também é

testemunho visual, uma vez que a imagem fotográfica pode revelar uma série de

dados, jamais mencionados pela linguagem escrita da História. Por outro lado, é

preciso tomar cuidado com a interpretação da fotografia, uma vez que ela pode ser

manipulada através de omissões e acréscimos de toda ordem tornando-se ambígua

podendo confundir dados proporcionando um maior desafio em sua análise.

Para Boris Kossoy “a fotografia está definitivamente inserida na história

cultural, pois ela se faz presente como meio de comunicação e expressão em todas

as atividades humanas. É sob esta perspectiva mais abrangente que deve ser

estudada. A fotografia reúne em seu conteúdo informações múltiplas da realidade

selecionada; é possível abstrair-se do mundo visível passado uma vez representado

na matriz fotográfica? A saída conservadora tem sido a de uma acentuada ênfase

nos “valores estéticos” das imagens em detrimento da trama histórica particular que

envolveu sua respectiva produção.”5

A câmara tem acompanhado o homem, registrando sua trajetória, suas

realizações, quer como recordação e documentação familiar, quer como meio de

informação e divulgação de fatos, quer como forma de expressão artística, ou

mesmo como instrumento de pesquisa científica, a fotografia tem feito parte

4 BARROS, Myrian Moraes Lins de. Memória e Família. In Estudos históricos. Rio de Janeiro, vol. 2. n 3, 1989, p. 24-42.

5 Conforme: KOSSOY, Boris. Fotografia & História. p. 143-144.

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7 indissociável da experiência humana.6

Ao registrar o fragmento da realidade, a fotografia congela a imagem gravada

e perpetua o momento para a história e memória do indivíduo e da sociedade.

Com o passar do tempo, tudo se transforma, a paisagem se modifica, as

pessoas morrem, o mesmo acontece com os autores-fotógrafos e com seus

equipamentos, somente a fotografia sobrevive e permanece preservando o

fragmento da realidade fornecendo informações e emoções para a compreensão do

passado em seus múltiplos aspectos.

Para Kossoy “fotografia é memória e com ela se confunde. Fonte inesgotável

de informação e emoção. Memória visual do mundo físico e natural, da vida

individual e social.”7

Dessa forma, a fotografia passa a ser um importante documento através do

qual se adquire o conhecimento do passado, ao registrar este passado ou parte dele

a fotografia deve e pode ser utilizada como fonte histórica.

Partindo deste entendimento do “alargamento” da noção de documento e

tendo em conta que este é fundamental no processo de produção do conhecimento

histórico, e que ainda, de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação

Básica, as aulas de História podem ser organizadas a partir de vestígios e fontes

históricas, e que o professor, ao recorrer a este recurso permitirá que o aluno

desenvolva sua autonomia intelectual, possibilitando realizar análises críticas da

sociedade por meio de uma consciência histórica.

As Diretrizes Curriculares colocam ainda que, ao trabalhar com vestígios na

aula de História, o professor deverá ir além dos documentos escritos, devendo

utilizar-se da iconografia, registros orais, os testemunhos de história local, além de

documentos contemporâneos como: fotografia, cinema, quadrinhos, literatura e

informática. 8

Partindo desse princípio a proposta de trabalhar com os registros da memória

familiar da imigração ucraniana no Município de Prudentópolis, na Região Central do

Paraná, foi uma forma de aproximar o aluno ao processo de produção do

conhecimento, entendendo que tal estratégia gerou nele um aumento do interesse

6 Ibidem. p. 161.7 Ibidem. p.162.8 GOVERNO DO PARANÀ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Paraná: SEED, 2008. P. 69.

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8 pela disciplina de História. Dentro da memória familiar a atenção maior foi dedicada

aos registros fotográficos, considerando que as imagens têm um potencial maior de

atrair a atenção e a curiosidade dos alunos de 5ª séries. Além disso, entende-se que

ao se trabalhar com a memória familiar, se está propiciando maior integração da

família com a escola e, assim, contribuindo para aumentar o interesse dos pais na

educação escolar dos filhos, facilitando a minimização do problema apontado como

central em nossa proposta de trabalho, a saber, e o pouco interesse dos pais na

educação escolar de seus filhos.

4 DOS OBJETIVOS PROPOSTOS À PRÁTICA DESENVOLVIDA

Num primeiro momento o projeto foi apresentado aos pais em uma reunião e

depois em sala de aula aos alunos das 5ª séries. Durante a apresentação

ressaltamos pontos positivos sobre o envolvimento de todos os alunos e

principalmente sobre a participação da família neste processo. Tanto os pais como

os alunos ficaram bastante interessados em participar e se colocaram a disposição.

Logo em seguida distribuímos os convites e um termo de aceite e esclarecimento

para os alunos os quais levaram aos pais que deveriam assinar o termo de aceite e

esclarecimento, caso tivessem interesse em participar do projeto.

Após a seleção das famílias iniciamos as visitas para a realização das

entrevistas e coleta dos documentos, as fotografias. Durante as visitas as famílias

foram bastante receptivas, mostravam as fotografias e alguns documentos,

contavam suas histórias, relembravam do tempo da infância, de como tudo era

diferente e as dificuldades que seus antecedentes e eles mesmo enfrentaram na

trajetória de suas vidas desde a imigração do país de origem, a Ucrânia até o Brasil

e depois até chegarem em Prudentópolis e se estabeleceram. Havia naturalidade

em tudo que falavam e também muita emoção em lembrar das histórias e de um

passado distante mas que naquele momento estava tão presente, através das

imagens retratadas nas fotografia.

De posse do material, produzi um DVD em forma de documentário, “A

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9 memória familiar através de imagens: descendentes de ucranianos em

Prudentópolis-PR, que serviu como material didático para intervenção pedagógica.

Durante a intervenção pedagógica os alunos tiveram a oportunidade de

assistirem ao documentário “A memória familiar através de imagens: descendentes

de ucranianos em Prudentópolis-PR”, a qual continha a entrevista feita com seus

pais e avós e também as fotografias valorizando a memória familiar através da

história oral. A discussão e o debate sobre o documentário proporcionou aos alunos

importantes informações sobre a origem, moradia, escolaridade, vestuário,

alimentação, religião, e trabalho, para discussão e debate, fazendo um paralelo

daquela época com a atual, pontuando os aspectos que permaneceram, o que

mudou e qual a importância dessas mudanças para a História e para a sociedade,

levando em conta que todos somos agentes transformadores dessa sociedade e que

a família nela está inserida.9

Após o debate, os alunos desenvolveram uma atividade. Com o auxílio dos

pais escolheram uma fotografia da família. De posse das fotografias os alunos

iniciaram as entrevistas com os familiares para levantar os dados sobre ano,

cenário, lugares, personagens, eventos, os momentos em que foram tiradas as

fotos, enfim, o maior número de informações possíveis sobre a fotografia. Os dados

foram recolhidos pelos alunos em casa juntamente com seus pais e registrados em

seus cadernos. Quem tivesse a oportunidade de gravar a pesquisa poderia fazê-la,

mas isso não aconteceu, houve só registro escrito. Em seguida organizamos uma

mesa redonda onde os alunos tiveram a oportunidade de apresentar seus trabalhos

relatando todas as informações coletadas.

A partir dos relatos, das lembranças, das histórias vividas no momento em

que as fotos foram tiradas, os alunos perceberam quanto as imagens são

significativas para suas vidas, para a família e para a pesquisa e se deram conta de

que o passado não é um tempo morto e esquecido e sim um tempo que está vivo e

9 OLIVEIRA, Terezinha Maia de. A memória familiar através de imagens: descendentes de ucranianos emPrudentópolis-PR, (vídeo). Curitiba: SEED/PDE, 2010. Vídeo produzido como material didático para implementação pedagógica como requisito para o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), em forma de documentário. Para a produção desse documentário foram entrevistados alguns pais e avós dos alunos da Escola Estadual Padre Cristóforo Myskiv, descendentes de ucranianos. Para isso contamos com a colaboração da sra. Joana Krauckuk, sra. Catarina Voichik, sr. Valdomiro Vaurik, sr. José Paulak e sra. Eudóxia Suchozak.

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10 muito presente na vida de cada um. Outro ponto a ser destacado é que, das fotos

selecionadas pelas famílias para a pesquisa, eram na sua maioria, famílias

tradicionais com o pai, a mãe e os filhos, retratando de forma acentuada o vínculo

religioso, (primeira comunhão, casamento, batizado), mostrando que as famílias

descendentes de ucranianos ainda preservam na sua essência os ensinamentos da

Igreja Católica de rito ucraniano.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar das dificuldades encontradas durante a realização desse trabalho,

essa experiência foi muito rica e com resultado satisfatório, visto que o envolvimento

dos alunos e das famílias nesse processo mostrou que é possível fazer uma

integração escola/família através do conhecimento e da pesquisa na História

demonstrando que esta disciplina pode ser estudada sem sacrifícios e com prazer.

A execução do projeto pôde demonstrar que a memória familiar através de

fotografias é uma importante ferramenta para a escrita e o ensino da História, além

de contribuir para a aproximação das famílias com o ambiente escolar. A motivação

despertada nos estudantes revela que o vínculo entre ensino e pesquisa é um

caminho para garantir o envolvimento e a qualidade do processo educativo. O

documentário, “A memória familiar através de imagens: descendentes de ucranianos

em Prudentópolis-PR”, proporcionou ao aluno familiarizar-se com o estudo das

fotografias e por meio delas pode-se resgatar o passado através da memória

familiar.

O envolvimento das famílias nesta atividade foi muito importante, pois

observou-se que os alunos sentiram-se mais motivados para o ensino da disciplina

de História bem como mais interessados em adquirir o conhecimento através da

pesquisa.

Essa questão, porém, merece uma reflexão não só mais profunda, mas

também mais crítica, pois não se pode mais continuar ignorando a importância

fundamental da participação da família no processo de ensino e aprendizagem e que

a escola deve utilizar-se de todos as oportunidades e meios de aproximação com os

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11 pais.

Ao compreender que a memória familiar é uma importante fonte de

conhecimento os alunos perceberam que a disciplina de História pode ser mais

interessante e prazerosa pois reconheceram-se como parte integrante desse

processo histórico que está presente no dia a dia e onde todos são agentes

transformadores dessa história.

Nesse sentido, como resultado final desse processo, apresentamos algumas

fotografias e relatos dos alunos e familiares.

5.1 FOTOGRAFIAS E RELATOS DOS ALUNOS E FAMILIARES

5.1.1 Foto 1- Aluno: J M R 5ª Série Turma: A

“ Essa foto foi tirada em 1971, as pessoas da foto são meu vô Valdomiro, minha vó Eugênia, os

irmãos da minha mãe Eugênio Luiz, Ito, Sérgio, Célia, Carlinhos, Marilene, Marcos, Marli, Marta,

Lucinha e minha mãe Valdomira. O local é uma Igreja no Faxinal da Boa Vista a ocasião é uma festa

junina, a foto foi tirada pra ficar de lembrança da família. Quem tirou a foto foi o amigo do meu vô, era

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12 um homem que vinha da cidade de Turvo e tirava foto nas festas. Hoje eu ainda conheço esta lugar,

em frente da Igreja, no outro lado da rua, tem uma plantação de vassoura, e a igreja ainda existe.”

5.1.2 Foto 2 - Aluna: V R 5ª Série Turma: A

“ Essa foto foi tirada dia 16 de janeiro de 1999, estavam na foto o padre Acácio, a minha madrinha

Margarida, meu padrinho Zé, minha mãe Celeste, eu Valdinea e o meu pai José Odair. Essa foto foi

tirada em uma igreja chamada Matriz Satana em Pitanga, foi tirada de lembrança do meu batizado,

quem tirou a foto foi um fotógrafo. Esta foto foi tirada as 3:00 horas da tarde, minha mãe disse que eu

estava com 23 dias. A Igreja mudou bastante, já o padre não está mais na cidade e nem na igreja, ele

está em Guarapuava. A igreja foi pintada por dentro e por fora está mais bonita.”

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13 5.1.3 Foto 3 - Aluna: K M N 5ª Série Turma: A

“ Essa foto foi tirada em 1950, é muito antiga e foi tirada em frente da casa do senhor que está de pé

e que se chama Basílio Mesko que é pai das três crianças. O menino que está sentado é Safrão

Mesko, a menina é Olga Mesko e o menino que está de pé ao lado é Miro Mesko, e eles são tios da

minha mãe Zélia. Esta foto foi tirada por motivo de alegria e recordação para quando eles ficassem

mais velhos e vissem a foto de quando eles eram pequenos. Esta casa de madeira não existe mais,

foi desmanchada e construído um sítio no lugar que pertence a menina da foto que é a Olga Mesko.”

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14 5.1.4 Foto 4 - Aluno: F D 5ª Série Turma: B

“ O meu avô Miguel e minha avó Lenira tiraram a foto no an1961, no mês de junho dia 24. O meu avô

naquela época tinha 18 anos e minha avó tinha 19 anos, quem tirou a foto foi o fotógrafo João Noviski

ele também foi o primeiro a comprar um veículo em Prudentópolis. O meu avô e minha avó eram

solteiros, eles tiraram a foto para ficar de lembrança quando eles eram novos, o João tirou a fotografia

na casa dele na rua Ozório Guimarães, era uma festa de casamento na matriz Ucraniana. O lugar

onde a foto foi tirada mudou bastante, a rua foi asfaltada a casa foi destruída e foi feita outra. Essa é

a história dos meus avós.”

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15 5.1.5 Foto 5 - Aluno: C G 5ª Série Turma: A

“ Essa foto foi tirada em 2003 na Igreja de Linha Cândido de Abreu. Essa foto foi tirada para uma

lembrança da minha família quando eramos pequenos. Na foto estão minhas duas irmãs Maria

Lurdes Litvin e Maria Daniela Litvin que estavam fazendo primeira comunhão, meu pai Miguel Litvin,

minha mãe Zenovia Krevei Litvin, minha vó Izedora Krevei, meu irmão Marcelo Luiz Litvin, eu Carlos

Gabriel Litvin e o padre Dionísio e a catequista Lucia Szklar. Quem tirou a foto foi meu parinho Paulo

Gerei. Nesse lugar não mudou nada está com pinheiros e árvores.”

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16 5.1.6 Foto 6 - Aluno: I K 5ª Série Turma: A

“ Essa foto foi tirada no ano de 2009 na Igreja São Miguel Arcanjo de Nova Galícia. Nessa foto estão

eu Igor, meu irmão Tiago, meu pai Eugênio, minha mãe Eliane e minha vó Lúcia, essa foto foi tirada

por um fotógrafo e foi tirada porque era minha Primeira Eucaristia. O interior de Nova Galícia é

conhecido por povos ucranianos que trabalham na roça e que trabalham nas estufas de fumo, vão

trabalhar na cidade ou trabalham pra si mesmo e vão tocando a vida.”

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17 5.1.7 Foto 7- Aluna: A G 5ª Série Turma: B

“ Essa foto foi tirada em 2000 quando eu tinha 1 ano de idade. Essa foto foi tirada na casa do meu

avô Augusto, quando eu morava na Linha Piquiri. Nessa foto está eu Adriana, eu tirei essa foto

porque para ter de lembrança. Quem tirou a foto foi o fotógrafo. E até hoje esse lugar existe. As

árvores sim mas a casa de madeira não. Por isso que a minha mãe tirou a foto para eu ver e me

lembrar quando era pequena. Nesse local agora minha tia Vanda mora com sua família, o lugar é o

mesmo, só mudou a casa que é de material. Antes tinha um paió que eu e minha família morávamos.

Agora esse paió foi desmontado, mais o lugar está igual como antes na foto, as árvores, gramado

etc.”

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18 5.1.8 Foto 8 - Aluno: P C P 5ª Série Turma: B

“ Na foto esta eu Paulo, meus irmãos Murilo, Cleber e Francielly. Os meus avós, vó Odete e o meu vô

Félix, meu pai Márcio, tio Marcos e minha prima Maria Luísa e minha amiga Letícia, nós estávamos

na minha casa no aniversário do meu irmão Murilo. A foto foi tem mais de 5 anos foi tirada no dia

16/11/2004, quem tirou a foto foi a minha mãe Rozemar, foi um dia de festa e muita alegria, toda

família reunida. A casa está mudada tem calçada e cerca na frente de casa e um canil e as árvores

que tinha do outro lado da estrada foi arrancada.”

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19 5.1.9 Foto 9 - M M F 5ª Série Turma: A

“ Esta foto foi tirada em maio de 1984. As pessoas que estão na foto são os meus irmãos Márcio da

esquerda para a direita, em seguida Marcos, atrás dele Marlene e Márcia na frente Maurício. A foto foi

tirada na área da residência do meu avô na localidade da Linha São João. A foto foi tirada para ter de

lembrança dos 5 irmãos. Foi uma vizinha da família que tirou a foto. Cinco anos depois meus avós se

mudaram mas a casa ficou no lugar. Alguns anos depois meu tio Márcio se casou e foi morar nessa

casa, morou por quase dois anos, depois foi embora de lá e a casa foi fechada por mais um tempo e

aí meus avós venderam a casa. O terreno hoje virou faxinal e pertence aos meus avós.”

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20 5.1.10 Foto 10 - S P 5ª Série Turma: A

“ Esta foto foi tirada no dia 23 de abril de 2001, às 9:00 horas da manhã, essa sou eu Sônia quando

era pequena, essa foto foi tirada na cozinha da minha antiga casa localizada na rua Bela Vista BNH,

já fazem 2 anos que eu não moro mais lá, mas a casa ainda existe, foi pintada e agora já tem

morador, eu sinto falta daquela casa ela era grande e com muito espaço para jogar bola. A foto foi

minha prima Márcia que tirou, essa foto é do dia do meu aniversário eu tava fazendo 2 anos. Bem

mais agora eu moro na rua Presidente Castelo Branco, bairro Habitar Brasil, nº 25 e agora eu tenho

12 anos.”

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21 5.1.11 Foto 11- A C M 5ª Série Turma: A

“ Esta foto foi tirada pela minha mãe Maria Ivone Cordeiro no dia 11 de outubro de 2000. A minha

idade era de 1 ano e meio, essa foto foi tirada em minha outra casa, eu estava no galinheiro que era

uma chácara do Saviski perto da BR 376. Hoje lá tem uma casa totalmente diferente com tanque de

peixe, um patio cercado e uma casa chalé, é muito diferente daquele dia para hoje. Num momento

meu de distração com as galinhas minha mãe Maria Ivone pediu a câmara de minha tia Rosana

Cordeiro para registrar esse momento que nunca irá voltar.”

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22 5.1.12 Foto 12 - L C 5ª Série Turma: B

“ Nesta foto está eu, meu irmão Robson e minha mãe Cacilda, essa foto foi tirada na casa da minha

falecida vó Josefa. Minha vó queria ter uma lembrança de quando nós eramos pequenos. Ela cuidava

desta foto com muito carinho e então antes dela falecer pediu para minha mãe cuidar também com

muito carinho como ela um dia cuidou e minha mãe continua com ela até hoje e vai continuar

cuidando. Nesta foto eu tinha 3 anos, meu irmão 10 meses, minha mãe tinha 23 anos, hoje eu tenho

12 anos, meu irmão tem 08 anos e minha mãe tem 29 anos. Minha avó quando morreu tinha 58 anos.

Cada vez que eu passo em frente dessa casa eu lembro da minha avó com tristeza por ela não estar

mais aqui, mas com alegria por que ela queria morrer só depois de ver seus filhos com a vida

formada. Vó eu sempre vou te amar. A casa que ela morava foi vendida mais ainda está lá e continua

do mesmo jeito, só mudaram a cor.”

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23 5.1.13 Foto 13 - J O 5ª Série Turma: A

“ O ano foi em 1984 quem estão na foto é minha mãe Sônia e a irmã dela Rozilene, o nome do lugar

é Herval Fraqueza, onde minha avó morava. Essa foto foi tirada para ter de lembrança, quem tirou a

foto foi uma amiga da minha avó, o nome dela é Lurdes. Essa foto foi tirada porque elas estavam

fazendo primeira comunhão, minha mãe tinha 9 anos e minha tia, ou seja, a irmã da minha mãe tinha

8 anos. Essa lugar não mudou nada, mas minha avó não mora mais lá. As coisas continuam do

mesmo jeito.”

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24 6 REFERÊNCIAS

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