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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

JOELI GRIMBOR MARQUES SOUZA

A REPRESENTAÇÃO DA AFETIVIDADE NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E A

CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

PONTA GROSSA

2010

Produção Didático-Pedagógica

Professor PDE/2009

Título A Representação da Afetividade na Relação Professor-aluno e a Construção da Cidadania

Autor Joeli Grimbor Marques Souza

Escola de Atuação Colégio Est. Professora Maria Apa. Nisgoski

Município da escola Castro

Núcleo Regional de Educação Ponta Grossa

Orientador José Aparício da Silva

Instituição de Ensino Superior UEPG

Área do Conhecimento História

Produção Didático-Pedagógica

Unidade Didática

Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa - Artes

Público Alvo Alunos da 8ª A e B

Apresentação O Professor, muitas vezes, é considerado por seus alunos um modelo, um exemplo a ser seguido. Partindo desse princípio, percebemos a necessidade de uma reflexão sobre a maneira que ele age, fala, enfim: educa. O mestre não é apenas um

transmissor de conhecimentos. O educador tem a principal função de ser um mediador entre conteúdo, aluno e a construção da cidadania, despertando a motivação pessoal e social para aprimorar-se em diversas áreas, tornando-se capaz

de conscientizar-se sobre o seu papel na sociedade. No mundo atual, existem professores que sentindo a responsabilidade de transmitir conteúdos acabam, que mesmo de forma inconsciente, esquecendo que antes de tudo o aluno é um ser

humano que necessita de autoafirmação para conquistar o seu espaço e sentir-se realizado como ser social. Pretende-se com este Material Didático, oferecer algumas estratégias de trabalho para fervilhar a necessidade das relações afetivas no

ambiente escolar. Diante deste contexto, a proposta de atividades visa reforçar a influência do professor na vida dos alunos, bem como o reflexo disso na comunidade em que vive. Pretende-se com esse trabalho despertar e reavivar a esperança em

dias melhores, pois, com relações interpessoais fortalecidas, muitos obstáculos podem ser superados.

Palavras – chave: Professor; Aluno; Cidadania; Conscientização.

UNIDADE DIDÁTICA

Apresentação

Com esta Unidade Didática pretende-se desenvolver algumas atividades em

que demonstre que o professor é um exemplo, um referencial para seus alunos. E

que o educador tem a principal função de ser um mediador entre conteúdo, aluno e

a construção da cidadania.

Inclusive, pretende-se ressaltar os benefícios da afetividade na relação

professor-aluno, sendo indispensável para a formação integral do cidadão:

melhorando as relações em sala de aula através de atitudes afetivas, motivando o

professor a encontrar caminhos que possam ir além dos conteúdos propostos para

sua disciplina despertando maior interesse dos alunos e dando destaque para que

se possa contribuir para a elevação da autoestima dos mesmos para que se sintam

incluídos no espaço escolar e tenham esses reflexos repercutidos em suas vidas,

influenciando, grandemente, na construção da cidadania.

Hoje, muitos professores esquecem que o aluno é um ser humano que

necessita de autoafirmação para conquistar o seu espaço e sentir-se realizado como

ser social.

Portanto, existe necessidade de que se trabalhe as relações interpessoais,

principalmente, no que diz respeito à relação professor-aluno fator esse que deve

ser considerado uma das prioridades no espaço escolar.

Sendo assim vamos desempenhar a nossa profissão com alegria, pois dessa

maneira com a nossa inteligência aquecida faremos um bom trabalho.

“A alegria é o foco que mantém aquecido o nosso objetivo, e acesa a nossa inteligência”.

Helen Keller

“... Portanto não vos entristeçais, pois a alegria do Senhor é a nossa força.”

Neemias 8

Introdução

“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles

cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim,

não morre jamais”. Rubem Alves

Aproximadamente, 15 anos atrás, ouvi algo assim: No tempo dos meus pais

para ser alguém na vida bastava ter esforço, no tempo de meus pais precisava ter

esforço e estudo e nos nossos tempos precisa ter esforço, estudo e criatividade.

Neste momento, é preciso achar meios e estratégias para que nossos

educandos ocupem o seu espaço no mundo e para isso não basta apenas eles se

esforçarem e estudarem. Acredito que é preciso também, autoconfiança, para que

possam confiar em si e irem à luta, em busca da conquista em diversos setores e

aspectos das suas vidas.

Cabe a nós professores grande parcela dessa incumbência de prepará-

los, precisamos transmitir conteúdos sim, mas só isso não basta. Hoje, a informação

está à nossa disposição, torna-se necessário mostrar os meios, o “como”, o “quê”

aprender. Ou seja, fazer o papel de mediador da aprendizagem, não se esquecendo

de motivá-los para que procurem os seus próprios caminhos, acreditem em si

próprios, e tenham a sua autoestima preservada. Na era da tecnologia, o

conhecimento está disponível a todos, o que torna necessário que o professor

motive os alunos que convivem com essa gama de informações. O professor tem

que ser um conquistador, capaz de despertar a curiosidade para que em suas aulas

o aluno seja instigado a querer aprender.

O ensino aprendizagem é um processo de troca, como bem afirma Freire

(1996) ao dizer que: “Ensinar inexiste sem aprender”. E se o conhecimento

apresentado não faz sentido, não se relaciona a nada além dos muros escolares, ele

não se efetivou. Ainda de acordo com esse singular educador, que prima por uma

escola plural, e não concebe educação sem humanização, sem respeito ao ser, sem

acolhimento, podemos abstrair sua visão de ensinar:

“Ensinar e, enquanto ensino, testemunhar aos alunos o quanto me é fundamental respeitá-los e respeitar-me são tarefas que jamais dicotomizei. Nunca me foi possível separar em dois momentos o ensino dos conteúdos da formação ética dos educandos. A prática docente que não há sem a discente é uma prática inteira. O ensino dos conteúdos implica o testemunho ético do professor. A boniteza da prática docente se compõe do anseio vivo de competência do docente e dos discentes e de seu sonho ético. Não há nesta boniteza lugar para a negação da decência, nem de forma grosseira nem farisaica. Não há lugar para puritanismo. Só há lugar para pureza.” (FREIRE, 1996, p.94)

Já, Menezes (2009), complementa esse conceito ao postular que ensinar é

garantir que os conhecimentos façam sentido amplo para todos os estudantes em

sua vida para além da sala de aula, ou seja, para que possam efetivamente,

construir e promover cultura. O referido autor, resume a arte de ensinar em três

palavras essenciais: saber, sabor e valor.

“...saberes, sabores e valores. Os saberes são os conteúdos em si, não importa a série ou a disciplina. Os sabores são as formas de despertar o gosto pelo conhecimento, envolvendo os alunos em atividades significativas. Os valores, produto desse processo, são a própria cultura que se constrói em cada turma”. (MENEZES, 2009, p. 134)

Não só alunos, mas as pessoas em geral precisam de referenciais, e para os

educandos o professor é um referencial de grande importância, e se estivermos não

apenas repassando conteúdos e sim, influenciando-os de forma agradável,

indiretamente estaremos contribuindo para um mundo melhor.

A proposta nesta unidade didática tem como propósito fazer aflorar os

saberes, sabores e valores em nossas práticas pedagógicas, por isso as atividades

elencadas a seguir, vêm para exercitar a importância das relações afetivas no nosso

espaço escolar. Quando a autoestima de alguém recebe influências, tanto positiva

como negativa, as atitudes da pessoa passam a ser diferentes. Quando a

autoestima é elevada, tudo tende a melhorar. Pode-se então concluir que a

afetividade na relação professor-aluno contribui para a construção da cidadania.

Desenvolvendo ações

Nossas atitudes no dia a dia é que fazem a diferença. Imaginem o quanto podem

influenciar, positivamente, a vida de nossos alunos?

Para início de conversa, leitura do texto: “ Atitude”

Certo dia, viajando com um amigo, chegamos à cidade e fomos pegar um táxi. Ao

chegarmos ao destino, meu amigo dirige-se ao motorista e diz:

- Muito obrigado. Você dirige muito bem.

O motorista do táxi ficou entusiasmado por um segundo. Então, disse:

- Está querendo me gozar, meu chapa?

- Não, de jeito nenhum, meu amigo. Admiro a forma como você consegue

ficar calmo no meio desse trânsito todo. Passa confiança aos passageiros.

- Isso mesmo, respondeu o motorista, e em seguida foi embora.

- Eu, incomodado, perguntei: Que conversa é essa?

- Quero que as pessoas sintam-se melhores e para isso precisamos ressaltar

o amor, pois é o amor que pode fazer com que o mundo em que vivemos seja

melhor.

- Mas você não acha que você sendo um só é capaz de modificar a cidade?

- Não um homem só. Porém, acredito que colaborei para que esse motorista

de táxi ganhasse o dia. Pois elogio, palavras agradáveis além de fazer o bem,

também nos anima. Se fizermos a conta que ele faça mais umas 20 corridas. Ele irá

ser agradável e simpático com eles porque alguém também o tratou dessa maneira,

ele teve exemplo a seguir. Consequentemente, esses clientes talvez poderão ser

mais agradáveis com os seus familiares, funcionários, amigos e com toda e qualquer

pessoa que deparar-se com eles. É como se criasse um círculo vicioso positivo.

Essa atmosfera de boa vontade pode se alastrar e atingir, pelo menos, umas mil

pessoas. Nada mal. Não acha?

- Tudo isso dependendo só de um motorista?

- Não estou, disse meu amigo. Estou ciente de que o sistema não é infalível.

Hoje sou capaz de contar com 10 pessoas diferentes. Se, em cada 10, conseguir

fazer três felizes, aí então posso acabar influenciando, indiretamente, o

comportamento de três mil pessoas ou mais.

- Parece boa idéia, admiti, mas não estou certo de que dará resultado.

- Se não der, não perco nada com isso. O fato de dizer àquele homem que

estava fazendo um bom trabalho não me custou nada. Qual o problema se ele não

ligou? Amanhã poderei repetir a dose, elogiando outra pessoa.

- Será que você não está ficando meio louco? disse eu.

Passando por uma construção, alguns pedreiros descansava.m Meu amigo

disse:

- Vocês têm um trabalho importante, porém deve ser muito perigoso. Os

homens, meio ressabiados olharam-no.

- Quando terminarão a construção?

- Daqui alguns meses, respondeu um deles.

- Ah! Que maravilha. Vocês devem estar bem contentes ao observar seu

trabalho concluído.

Mais adiante.

- Não conheço ninguém como você! Disse-lhe eu.

- Quando esses homens pensarem nas minhas palavras vão se sentir muito

melhor e a cidade vai se beneficiar da felicidade deles.

- Mas, você não pode fazer isso sozinho! Você é só um!

- O mais importante é fazer a nossa parte.

Texto adaptado de Amana Key

Que outras “pequenas gentilezas” podem ajudar a criar um mundo melhor

para todos?

Nós, professores, podemos influenciar não apenas 10 pessoas por dia, mas

muitas, pois quantos alunos temos em nossas salas de aula? Quantos alunos

passam pelas nossas mãos por dia?

é importante parar e refletir...

Reforço a ideia que o papel

do professor, como educador, não é

apenas repassar conteúdos e sim

trabalhar como o aluno como um todo,

para que desta forma o educando esteja

motivado para tudo com que se deparar

em sua vida.

Estaremos cooperando para um mundo melhor na maneira que nos

relacionamos com nossos alunos?

O aluno chega à escola com medos, dificuldades, qualidades, talentos e

desejos e além de aprender, precisará conviver com diferentes visões de mundo.

Atividades

PRIMEIRA ETAPA

Reunião com os Pais dos alunos envolvidos no projeto.

Os pais participantes da reunião irão ser convidados a realizarem a seguinte

atividade:

- Mentalmente, veja se sabe responder os seguintes itens:

a) Nome das cinco pessoas mais ricas do mundo

b) Citar os cinco últimos ganhadores do prêmio Nobel da Paz

c) Quais foram as três últimas Miss Universo

d) Quem foram os que ganharam medalha de ouro nas Olimpíadas

e) E para terminar, um dos ganhadores do Oscar.

Que atividades poderíamos realizar para melhorar o entrosamento - não

apenas de imediato professor /aluno - mas que fosse contagioso e

estendesse em várias situações do relacionamento humano?

- Lembrou de algum?

- Difícil, não? E são pessoas famosas, não são anônimas, não!

- O aplauso morre, prêmios envelhecem, grandes acontecimentos são esquecidos.

- Agora tente esse outro teste:

a) Lembre-se de três amigos que ajudaram você em momentos difíceis

b) Pense em cinco pessoas que lhe ensinaram alguma coisa valiosa

c) Cite pessoas que fizeram você se sentir amado e especial

d) Pense em cinco pessoas com quem você gostaria de estar

e) Agora escreva o nome de três professores que mais marcaram sua vida de

forma positiva

Mais fácil esse teste não? Sabe por quê?

Porque as pessoas que fazem a diferença em nossas vidas, não são as que têm

mais credenciais, dinheiro ou prêmios. São as que influenciaram diretamente nossa

vida. Que podem até mesmo serem anônimas para a mídia, mas são tão especiais

para muitos.

Escreva agora o motivo pelo qual você citou os nomes da questão “e” do

segundo teste.

Com certeza todos tem diversos motivos de grande valor. Gostaria que alguns

citassem o que escreveram.

Explorar as respostas, demonstrando a escolha do Tema do Projeto do PDE.

Projeto intitulado:

A Representação da Afetividade na

Relação Professor-aluno e a

Construção da Cidadania

- Explicar para os pais os objetivos da realização desse projeto e esclarecer sobre

algumas atividades que serão desenvolvidas;

- Decidir com os pais, uma possível viagem com a turma, próximo ao final do ano.

SEGUNDA ETAPA

Observação: a primeira atividade a ser realizada pelos alunos (as) será a mesma

que foi feita com os pais no dia da reunião.

1ª Pessoas que realmente fizeram ou fazem a diferença em nossas vidas.

Material: Folhas de papel e canetas conforme o número de participantes envolvidos.

Respondam os seguintes itens:

a) Nome das cinco pessoas mais ricas do mundo.

b) Citar os cinco últimos ganhadores do prêmio Nobel da Paz.

c) Quais foram as três últimas Miss Universo.

d) Quem foram os que ganharam medalha de ouro nas Olimpíadas.

e) E para terminar, escreva o nome de um dos ganhadores do Oscar.

- Lembrou de algum?

- Difícil, não? E são pessoas famosas, não são anônimas não!

- O aplauso morre, prêmios envelhecem, grandes acontecimentos são esquecidos.

- Agora tente esse outro teste:

a) Lembre-se de três amigos que ajudaram você em momentos difíceis.

b) Pense em cinco pessoas que lhe ensinaram alguma coisa valiosa.

c) Cite pessoas que fizeram você se sentir amado e especial.

d) Pense em cinco pessoas com quem você gostaria de estar.

e) Agora escreva o nome de três professores que mais marcaram sua vida de

forma positiva.

Mais fácil esse teste não? Sabe por quê?

Porque as pessoas que fazem a diferença em nossas vidas, não são as que

têm mais credenciais, dinheiro ou prêmios. São as que nos influenciaram

diretamente. Podem até mesmo serem anônimos para a mídia, mas tão especiais

para muitos.

- Escreva agora o motivo pelo qual você citou os nomes da questão “e” do segundo

teste.

- Com certeza todos tem diversos motivos de grande valor. Gostaria que alguns

citassem o que escreveram.

2ª Importância do Nome

- Explorar oralmente a importância do NOME das pessoas e o quanto é bom chamá-

las pelo nome e o valor que tem para a própria pessoa quando ouve o seu “nome”

- Realizar oralmente atividade em grupos de três elementos:

Primeira atividade que irão realizar é elaborar uma frase para cada um dos

elementos do grupo direcionando de alguma maneira que não seja

nominalmente. Ex: Ei, você aí, tem uma bala para mim?

Em segundo lugar, repetirem as mesmas frases colocando o nome para a

pessoa que estão direcionando a frase. Ex: Pedro, você tem uma bala para

mim?

Explorar junto com a turma como se sentiram ouvindo o “seu” nome,

mostrando a diferença entre a primeira e a segunda atividade e dando

oportunidade para que eles comentem sobre como se sentiram e quais as

suas conclusões sobre o que foi realizado.

3ª Dinâmica com os “pés”

Material: Papel Kraft, pincéis, folhas de papel e canetas conforme o número de

equipes.

- Grupos de 7 elementos e entregar para a equipe um pedaço de papel kraft do

tamanho que caibam o desenho de um pé de cada elemento do grupo.

- Cada um escrever dentro do desenho do seu pé uma palavra que represente

lembrança positiva de seus professores.

- No grupo trocarem idéias sobre:

a) Todos os pés são iguais? b) Estes pés caminham muito ou pouco? c) Por que precisam caminhar?

d) Caminham sempre com um determinado objetivo?

e) Quanto já caminharam para chegar onde

estão? f) O porquê de terem escrito aquela palavra que

relacionou com a lembrança do “professor”.

Escolherem um redator que lidere a escrita de

um relato sobre os itens discutidos e em painel aberto lerem as suas conclusões.

4ª Entrevista

Os alunos realizaram entrevistas com diversas pessoas sobre a influência dos

professores nas suas vidas. Os entrevistados serão alunos, profissionais liberais,

autoridades...

- Fazer com os alunos uma relação de pessoas a serem entrevistadas;

- Organizar os grupos para realizarem as entrevistas;

- Sugestão para a entrevista:

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA MARIA APARECIDA NISGOSKI QUESTIONÁRIO

1. Qual seu envolvimento com o Colégio Nisgoski e em que época? 2. Acredita que o professor tenha influência no futuro do aluno como cidadão? De que forma? 3. Para você o que significa a palavra professor? Que tipo de recordações essa palavra lhe traz ? 4. Comente sobre um fato positivo e um negativo que envolveu você com professor. 5. Quanto ao relacionamento professor e aluno, para você qual foi o fato mais importante que ocorreu nesta escola?

6. O que as palavras escola, professor e aluno representam para você?

Os dados da entrevista serão explorados pela professora para reforçar a importância

dos laços de afetividade nas relações.

5ª Palavras agradáveis

Atividade com o barbante:

Material: Rolo de barbante

- Em círculo no pátio, jogar o rolo de barbante segurando em uma ponta

direcionando para um aluno do grupo, o aluno direcionado pega e diz uma “palavra

agradável” (talvez até podendo ser uma palavra que lembre o aluno para o qual está

direcionando o barbante) .

- Depois que todos estiverem segurando uma ponta do barbante, dialogar com os

alunos sobre a seriedade da palavra dita e suas consequências.

“Faça os seus dias

valerem as lembranças.”

Bill Milton

“Amar é encontrar na felicidade

de outrem a própria felicidade.” Gottfried Leibnitz

“A resposta branda desvia o furor, mas a

palavra dura suscita a ira.”

Provérbios 15.1

“As palavras dos meus lábios e o

meditar do meu coração sejam agradáveis

na tua presença Senhor.” Salmo 19.14

6ª Obra de arte

Material: folhas de papel sulfite e lápis

Carteiras em círculo, Refletir sobre as palavras alegria –realização –mundo

ideal...

Imagine que você é um artista antes de fazer sua obra de arte. Assine seu

nome na folha, vire e inicie o seu quadro.

No entanto, não vivemos em um mundo isolado e você não terá sua obra

individual e sim coletiva.

Comece o desenho e quando ouvir a palavra passe deve passar para o seu

colega do lado direito continuar sua “obra”. Depois de algum tempo, o professor

avisará que é o último artista a terminar a “obra” e que precisa só fazer os últimos

retoques.

Agora, verifique se a folha não é a sua mesma e escreva algumas palavras

deixando uma mensagem para o colega dono da folha.

7ª Texto em dupla

Fileiras em duplas, trocarem ideias sobre:

Que professor eu gostaria de ter?

Passe para o

colega da direita

Continue “criando”, até

outro comando

Comece sua

obra.

Qual a maneira ideal de ser de um professor? ( ou só pensarem e não

falarem sobre isso)

Após a troca de ideias, em uma folha por dupla, deixarem três linhas e

escreverem um texto sendo que cada um pode escrever uma linha somente. O

companheiro (a) de dupla continuará o texto sem que troquem ideias.

Após algum tempo, a dupla lê o que escreveram em silêncio e escolhem um

título para o seu texto.

TERCEIRA ETAPA

8ª Elaboração de Texto: Professor ideal

Uma folha por fila da sala de aula, cada aluno daquela fila escreve uma

palavra pensando sobre o Professor Ideal. Após passar por todos da fila, se

reúnem e elaboram uma poesia utilizando aquelas palavras.

9ª Trabalhando com foto

- Pedir para que os alunos tragam uma foto para a sala de aula, de preferência que

seja uma foto relacionada com a “escola”

Iniciar a atividade com as leituras:

- Leitura das quatro HISTÓRIAS QUE FAZEM BEM AO CORAÇÃO...

A) O autor e conferencista Leo Buscaglia certa ocasião falou de um concurso em

que tinha sido convidado como jurado. O objetivo era escolher a criança mais

cuidadosa. Eis alguns dos vencedores:

Um garoto de 4 anos tinha um vizinho idoso ao lado, cuja esposa havia falecido

recentemente.

Ao vê-lo chorar, o menino foi para o quintal dele, e simplesmente sentou-se em seu

colo.

Quando a mãe perguntou a ele o que havia dito ao velhinho, ele respondeu:

- Nada. Só o ajudei a chorar.

B) Os alunos da professora de primeira série Debbie Moon estavam examinando

uma foto de família. Uma das crianças da foto tinha os cabelos de cor bem diferente

dos demais. Alguém logo sugeriu que essa criança tivesse sido adotada.

Logo uma menina falou:

- Sei tudo sobre adoção, porque eu fui adotada.

Logo outro aluno perguntou-lhe:

- O que significa "ser adotado"?

- Significa - disse a menina - que você cresceu no coração de sua mãe, e não na

barriga!

C) Sempre que estou decepcionado com meu lugar na vida, eu paro e penso no

pequeno Jamie Scott. Jamie estava disputando um papel na peça da escola. Sua

mãe me disse que tinha procurado preparar seu coração, mas ela temia que ele não

fosse escolhido. No dia em que os papéis foram escolhidos, eu fui com ela para

buscá-lo na escola. Jamie correu para a mãe, com os olhos brilhando de orgulho e

emoção:

- Adivinha o que, mãe! E disse aquelas palavras que continuariam a ser uma lição

para mim:

- Eu fui escolhido para bater palmas e espalhar a alegria!

D) Conta uma testemunha ocular de Nova York: Num frio dia de Dezembro, alguns

anos atrás, um rapazinho de cerca de 10 anos, descalço, estava em pé em frente a

uma loja de sapatos, olhando a vitrine e tremendo de frio. Uma senhora se

aproximou do rapaz e disse:

- Você está com pensamento tão profundo, olhando essa vitrine!

- Eu estava pedindo a Deus para me dar um par de sapatos - respondeu o garoto...

A senhora tomou-o pela mão, entrou na loja e pediu ao atendente para dar meia

dúzia de pares de meias para o menino. Ela também perguntou se poderia

conseguir-lhe uma bacia com água e uma toalha. O balconista rapidamente

atendeu-a e ela levou o garoto para a parte de trás da loja e, tirando as luvas, se

ajoelhou e lavou seus pés pequenos e secou-os com a toalha. Nesse meio tempo, o

empregado havia trazido as meias. Calçando-as nos pés do garoto, ela também

comprou-lhe um par de sapatos. Ela amarrou os outros pares de meias e entregou -

lhe. Deu um tapinha carinhoso em sua cabeça e disse:

- Sem dúvida, vai ser mais confortável agora. Como ela logo se virou para ir, o

garoto segurou-lhe a mão, olhou seu rosto diretamente, com lágrimas nos olhos e

perguntou:

- Você é a mulher de Deus?

Disponível em: http://mais.uol.com.br/view/0tg13gtj701v/tenha-o-amor-puro-de-uma-crianca--

04021A3368E4C98346?types=A& Acesso em: 27/5/2010

3º Explorar as histórias oralmente concluindo que: A vida é da cor que a gente

pinta... e pensando sobre isso os alunos precisaram escreverem uma história

refletindo sobre a foto que trouxeram, destacando algo positivo, sendo que a História

posse a ser uma ilustração em que deixe uma lição de vida semelhante as quatro

Histórias que foram lidas no início.

10ª Olhe para mim, professor! Olhe para mim, aluno!

Os textos a seguir, servirão de base para a realização da próxima atividade de

expressão escrita.

Olhe para mim, aluno!

Sabe, sou aquela pessoa que estudou, se esforçou e lutou para estar com

voe agora. Me preocupei com você antes mesmo de lhe conhecer.

Sabe, sou sua professora. Planejo as aulas imaginando suas reações, seu

prazer em estar ali comigo, mas muitas vezes o que fiz não lhe agradou.a então, já

não sou a melhor do mundo.

Sou aquela professora que, às vezes,a chega mal humorada na sala, mas,

logo depois de ganhar um abraço, distribui sorrisos.

Sou aquela professora que, muitas vezes,a tolera suas grosserias e, sempre

que apode, retribui com um gesto de carinho.

Sou aquela professora que, muitas vezes,a tolera suas grosserias, sempre

que apode,a retribui com um gesto de carinho.

Sou aquela pessoa que deseja ajuda-lo a se tornar um membro na sociedade.

Sabe, sou aquela professora que se esforça para lhe ver feliz. Que,a alemã

de além ensinar, aprende com você.

Sou, enfim, uma professora que, apesar das críticas e da má remuneração,

tem correspondido a todos os seus esforços quando vê que você aprendeu algo.

Eu amo a cada um. Todos são importantes para amima. Ah!... se vocês

soubessem o quanto aprendo com vocês!

Ei, aluno, já se foi para outra série e eu nem lhe disse: muito obrigada!

Revista Mundo Jovem

Olhe para mim, professor!

Sabe, sou aquela pessoa que não estudou tanto quanto você, mas mesmo

que não pareça, quero chegar até lá, me ajude! Também me preocupo se você

gosta de mim e se eu vou conseguir aprender com seu auxilio.

Sabe, sou seu aluno. Estou sempre na expectativa quando você entra na

sala, às vezes não o enxergo porque estou distraído demais. Sei que isso lhe

desagrada. Puxa, então já não sou o melhor do mundo.

Sou aquele aluno que precisa de sua atenção, então, falo alto, me exibo,

ando pela sala e quando atinjo meu objetivo, você me repreende.

Sou aquela pessoa que fica feliz quando você começa a aula com um largo

sorriso no rosto e um espontâneo “Bom Dia” nos lábios.

Sou, enfim, um aluno que mesmo incomodando algumas vezes, tem

observado seu esforço e empenho em melhorar suas aulas apesar de ser criticado e

mal-remunerado.

Eu amo você, professor.

Você é importante para mim. Ah! ... Se você soubesse o quanto aprendo com

você.

Ei, professor, eu já fui pra outra série e eu nem lhe disse: Muito Obrigado.

Alunos da 8ª série do colégio Nisgoski 1999

Expressando-se pela escrita:

Expressando-se pela escrita

Baseando-se nesse texto,

cada aluno selecionará um

professor que mais marcou sua vida de forma positiva e elaborar um agradecimento

para esse professor. Texto esse que será entregue para esse professor homenageado.

10ª Dia do Professor

Próximo ao dia 15 de novembro, explorar com os alunos essa data colocando

com enfoque que, além dos pais, os professores contribuem com grande parcela

para o seu crescimento, marcando a sua existência na vida dos alunos. Muitas

vezes, orientando, encorajando e fazendo parte da vida desses.

Partindo dessa ideia, propor que os alunos montem frases em cartazes para

colocarem em diversos locais estratégicos da escola para homenagear os

seus mestres.

- Caixa de presentes

Os alunos escreverão cartas aos professores e essas serão colocadas na

caixa. Num momento oportuno, o “presente” será entregue ao professor as

cartas que foram escritas.

- Realizar Serenata para os professores por ocasião dessa data

Procurar registrar, fotografar e filmar o máximo das

atividades realizadas para elaborar um documentário.

12ª Encerramento das atividades

Material: bexigas, papéis e canetas.

Atividade realizada com professores, a equipe da escola e os alunos envolvidos no

projeto.

- Leitura de mensagem escolhida da atividade 7ª.

- Cada participante recebe um papel e uma bexiga e oralmente explorar rapidamente

a Importância de fazer alguém Feliz.

- Escrever uma breve mensagem no papel, inclusive dando ênfase em como fazer o

próximo feliz e para o encerramento do projeto.

- Ao som da música, ler a mensagem e que em cada frase lida os participantes

tenham a ação conforme o que foi lido:

ALGUMAS MANEIRAS DE FAZER ALGUÉM FELIZ

um passo em direção a alguém,

aproxime-se de alguém sem cerimônia,

dê um pouco de calor de seu sentimento,

fique bem de alguém por uns instantes,

sonhe um sonho sem duvidar,

olhe nos olhos, aponte uma qualidade,

respeite uma tristeza,

ouça uma frase, com atenção,

conte uma piada e ache graça,

ajude a resolver um problema.

Pergunte: Como vai? Como tem passado?

E ouça as respostas com atenção.

Sugira: um bom passeio, um bom livro, um bom filme.

Diga palavras mágicas como: desculpe, obrigada, não tem

importância, que se há de fazer, dá-se um jeito...

dê um beijo,

um abraço

Depois disso tudo, não se espante se a pessoa mais feliz

for VOCÊ.

- ao som de música, jogar as bexigas. Após alguns instantes, segurar uma bexiga

que não seja da cor que era a sua.

- Estourar sua bexiga, ler o bilhete que estava dentro dela e ir à procura de quem lhe

escreveu o bilhete dando-lhe um abraço.

Ensinar é um exercício de imortalidade, de alguma forma continuamos a

viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa

palavra.

O professor assim não morre jamais.

Rubem Alves

REFERÊNCIAS:

ALVES, R. Alegria de Ensinar. São Paulo: Papirus, 2003.

CHALITA, G. Pedagogia do Amor. São Paulo: Gente, 2003.

_______. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2001. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. 39. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

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