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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
UNIOESTE CAMPUS FOZ DO IGUAÇU
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
PALOTINA – PR
2010
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GENOIR SANTO ZANELA
MODELAGEM MATEMÁTICA NA APRENDIZAGEM
Proposta do Caderno Pedagógico apresentado ao Curso PDE – Plano de Desenvolvimento Educacional promovido pela SEED, como Produção Didático-Pedagógica na área de Matemática, sob a orientação do professor Ms Fernando Mucio Bando.
PALOTINA – PR
2010
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“O MUNDO EM NOSSAS MÃOS”
Conteúdo
O uso de escalas na construção de maquetes.
Objetivos
Aprender conceitos de escalas;
Utilizar escalas, na construção de maquetes.
Recursos
Lápis, lápis de cor, papel sulfite, régua, calculadora, compasso, cartolina,
pincel atômico, papel cartão, isopor, palito de picolé, espeto de churrasco, cola de
isopor, cola, cola quente, tesoura, caixas de fósforo e outros materiais sucatas.
Organização do Trabalho
Organizar a turma em grupos;
Preparar e motivar os alunos com leitura de textos e na resolução dos
exercícios.
Procedimentos
Realizar a leitura do texto;
Promover discussões sobre os textos lidos;
Motivar a execução das atividades em grupos.
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COMO PODEMOS PERCEBER O USO DE ESCALAS EM NOSSO MUNDO
O homem sempre teve a necessidade de
conhecer o mundo, para isso, precisava desenhá-lo.
Então esboçaram os primeiros desenhos denominados
“mapas”.
O Mapa representa uma área geográfica ou parte da superfície da Terra.
Contém uma série de símbolos convencionais que representam os diferentes
elementos naturais, artificiais ou culturais da área delimitada no mapa.
A escala em que um mapa é desenhado representa a relação entre as
dimensões dos elementos representados no mapa e a dimensões reais desses
mesmos elementos na superfície da Terra.
Mapa do Brasil com Escala
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Os babilônios por volta de 2500 a.C, elaboraram os primeiros mapas.
.
Mapa mais antigo conhecido como Mapa de Ga-Sur
Acredita-se que o primeiro mapa que representava o mundo conhecido foi
elaborado no século VI a.C. pelo filósofo grego Anaximandro.
Mapa Mundi de Anaximandro de Mileto
O geógrafo grego Eratóstenes, traçou um dos mais famosos mapas da época
por volta de 200 a.C.
Mapa Mundi de Eratóstenes de 200 a.C.
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O mais completo mapa do mundo conhecido até o século XVI, foi criado pelo
geógrafo árabe Al-Idrisi em 1154.
Mapa Mundi de AL-Idrisi de 1154
A precisão dos mapas posteriores aumentou muito devido à determinação
mais precisa de escala.
Mapa Mundi
Como podemos ver o uso de escala, foi essencial, para a evolução da
humanidade em descobrir novos horizontes.
Quando queremos representar com um desenho um esboço de objetos, a
planta de uma casa, a fachada de um prédio, um mapa, a maquete de um edifício
etc., usamos uma escala.
Denomina-se escala de um desenho a razão entre o comprimento
considerado do desenho e o correspondente comprimento real, ambos medidos na
mesma unidade. Em geral, utilizamos as medidas em centímetros para determinar
uma escala.
escala =realocompriment
desenhodoocompriment
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Atividades
1) Ampliação de desenhos
Você vai aprender agora um processo para fazer ampliação de uma figura.
Procedimento:
Desenhar um polígono qualquer, no centro de uma folha.
Marcar em seu meio um ponto P , desenhar retas que partam do ponto P e
passem pelos vértices do polígono.
Com um compasso fixa no vértice do polígono, abertura até P, gira e faz um
novo ponto sobre a reta.
Unir os novos pontos, você terá ampliado o desenho.
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Obs: Professor, questione seus alunos, em que razão aumentou o polígono?
Comente que o novo polígono é semelhante ao primeiro, mantendo os
ângulos congruentes e os lados proporcionais.
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2) Redução de desenhos.
As reduções de figuras, são bastante utilizadas para representar um objeto
grande em um desenho menor, para isso iremos realizar este processo, reduzindo
pela metade a figura 2 na figura1.
Procedimento:
Com papel quadriculado e o desenho maior pronto.
Reduza a figura pela metade.
Redução de figuras.
Após realizar a redução da figura, complete a tabela:
Obs: Usar o lado do quadradinho como 1 unidade de medida.
robô 1 robô 2 razão entre robô1 e robô2
altura da perna
altura do tronco
altura da cabeça
largura da cabeça
cinto
comprimento do braço
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3) Mudança de Unidade
No uso de escala devemos trabalhar com uma só medida, se tivermos
medidas diferente, devemos transforma-las (em geral, utilizamos as medidas em
centímetros para determinar uma escala).
a) Complete a tabela com as medidas de comprimento:
UNIDADES SÍMBOLO VALOR
múltiplos
Quilômetro
Hectômetro
Decâmetro
unidade de base Metro m 1m
submúltiplos
Decímetro
Centímetro
Milímetro
b) Para aprimorar nossos conhecimentos, transforme as medidas:
a) 6,5 km =....................m
b) 0,5 m =.....................cm
c) 3 km = .....................cm
d) 36 m =......................cm
e) 8 km =......................cm
f) 7,5 km = ..................cm
g) 0,3 km = .......................cm
h) 200000cm=...................km
i) 30000cm=.......................m
j) 450000cm=...................km
k) 60000 cm=....................km
l) 7500 cm =.......................m
Obs: Professor, enfatize bastante as transformações para centímetros, pois
utilizamos essas medidas em escala.
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4) Problemas envolvendo escalas
Com os pré-requisitos trabalhados, vamos resolver alguns problemas
envolvendo escalas.
a) Em um desenho, um comprimento de 8 m está representado por 16 cm.
Qual a escala usada para fazer esse desenho?
b) Sabendo que 1 cm no desenho corresponde a 2,5 m no real, qual foi a
escala usada para fazer esse desenho?
c) Numa carta geográfica, 1 cm representa 10 km no real. Qual foi a escala
usada nessa carta geográfica?
d) A largura de um determinado automóvel é de 2,4 m. Uma miniatura desse
automóvel foi construída utilizando-se uma escala de 1:40. Qual a medida, em
centímetro, da largura dessa miniatura?
5) Modelagem
Nessa etapa o objetivo da modelagem é criar condições para que os alunos
aprendam a fazer modelos matemáticos aprimorando seus conhecimentos.
Analisando o percurso percorrido pelos alunos no decorrer do processo ensino-
aprendizagem, tendo em vista o que os alunos criaram e até que ponto foi
desenvolvida suas capacidades de solucionar problemas, fazendo uso de escala.
Um Exemplo da Aplicação da Modelagem Matemática ao Ensino é a
construção de maquetes.
Nesse exemplo, tem-se a pretensão de mostrar algumas questões
relacionadas a construção de uma casa através de uma planta e uma maquete, que
envolvam escala.
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PRIMEIRA PROPOSTA
Maquete de uma casa
O primeiro passo é definirmos que casa iremos representar.
Definirmos o tamanho e que escala usar.
Iniciaremos, fazendo uma planta baixa de uma casa.
Fonte: BEIMBENGUT; HEIN (2005, p. 53).
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O desenho, que deve ser semelhante à casa que se quer construir, porém
reduzida. O processo utilizado para reduzir um desenho, sem alterar a forma, é
denominado escala.
4 cm da planta 100 cm da casa ou 100
4=
25
1= 1:25 (escala de 1 por 25)
O próximo passo é definir o local da construção (terreno) da maquete.
Usaremos uma folha de isopor.
Obs.: Professor, comente com seus alunos, que tendo em vista o fato de que
há normas par as construções e de que estas variam de região para região, na
planta deve constar também o espaço que será ocupado pelas paredes, bem como
as medidas relativa ao terreno e à parte deste que será ocupada pela casa, ou seja,
a área do terreno, da casa e dos cômodos (se necessário faremos um entrevista
com um especialista da área, engenheiro ou arquiteto).
Nesta etapa, temos a oportunidade de discutir por meio deste projeto a
possibilidade real de deixar um pouco de lado o quadro negro e as fórmulas,
atuando como mediador para que os alunos construam os seus conhecimentos a
partir das aplicações e manuseio do material.
Para a construção das paredes, utilizaremos caixinhas de fósforo. Demarcar
no isopor a área que pretende construir a casinha.
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Depois desta etapa, partimos para o telhado.
Com os palitos de churrasco, construí as tesouras do telhado.
As tesouras são armações feitas para colocar o telhado e são construídas
dependendo do tamanho da casa.
Após, só realizar a montagem e cobrir a casa.
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SEGUNDA PROPOSTA
Maquete de um campo de futebol
Para esta construção, se faz necessário que o aluno, realize uma pesquisa,
para saber as medidas oficiais de um campo de futebol. Considerando os seguintes
itens:
• Comprimento;
• Largura;
• Largura da grande área;
• Comprimento da grande área;
• Largura da pequena área ;
• Comprimento da pequena área;
• Marca do pênalti;
• Raio do círculo central;
• Largura da trave do gol;
• Altura da trave do gol;
• Setores de campo (escanteio).
Após pesquisa pronta, definir escala a ser usada, realizar os cálculos e em
uma placa de isopor demarcar as medidas. A sugestão é usar nas traves,
espetinhos de churrasco.O resto é deixar por conta da criatividade dos alunos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O professor fará uma analise do desenvolvimento do aluno no decorrer do
percurso, com o uso desse método, observando o que o aluno criou e até que ponto
foi desenvolvida sua capacidade de solucionar problemas, observando se houve
ensino-aprendizagem.
O professor deve ser o orientador dos vários grupos fiscalizá-los, no sentido
de analisar o processo de evolução da aprendizagem.
A modelagem mexe com a interpretação e o raciocínio dos alunos quando
esses têm que propor problemas e soluções para os mesmos. Uma forma de
analisar se o aluno conseguiu vencer os obstáculos e aprender com o método.
Assim o professor pode avaliar o empenho do aluno através de sua participação,
cumprimento das tarefas e assiduidade, como também por aspectos objetivos como
provas, exercícios e trabalhos.
O principal objetivo da modelagem matemática é de oferecer aos alunos,
uma aula mais dinâmica, em que eles participem ativamente da construção do
conhecimento e que haja realmente aprendizagem, tornando a matemática mais
interessante, que despertam curiosidades e estimulam os alunos a criarem
hipóteses e chegarem às próprias soluções.
Assim, o professor poderá mediar diversos conceitos de matemática na
construção de uma maquete.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGB PHOTO. Planeta Terra. 2005. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagens3.php>. Acesso em: 10 maio. 2010. BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com Modelagem Matemática. São Paulo: Ed. Contexto, 2004. 389 p. BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com Modelagem Matemática – uma nova estratégia. São Paulo. Ed. Contexto. 2002. BICUDO, M. A. V.; GARNICA. A. V. M. Filosofia da Educação Matemática. Coleção Tendências em Educação Matemática. Belo Horizonte. Autêntica, 2003. BIEMBENGUT, M. S.; HEIN, N. Modelagem Matemática no Ensino. São Paulo: Editora Contexto, 2005. 127 p. BIEMBENGUT, M. S. Modelagem Matemática no ensino. São Paulo. Ed. Contexto, 2003. BURAK, D. Modelagem Matemática: ações e interações no processo ensino-aprendizagem. Campinas, 1992. Tese (Doutorado em Psicologia Educacional. Faculdade de Educação, UNICAMP). IMENES, L. M. P. 1945 – Matemática. Imenes e Lellis - São Paulo : Scipione, 1997. LIBANEO, J. C. Didática. São Paulo: CORTEZ, 1994. (Coleção Magistério 2° grau. Série Formação do Professor). 261 p. PAIN, S. A Função da Ignorância. Trad. De Alceu Edir Fullaman. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987. 261 p. TOLEDO, M.; TOLEDO, M. Didática de Matemática: como dois e dois. São Paulo: FTD, 1997. 335 p. http://www.ufrgs.br/museudetopografia/museu/museu/Foto.