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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

PARA QUEM SABE LER, UM PINGO É LETRA

ODIVALNILDI ROSA BONIN

COLORADO – PR

2010

ODIVALNILDI ROSA BONIN

PARA QUEM SABE LER, UM PINGO É LETRA.

INDICAÇÃO DO PROPÓSITO DO TRABALHO

Este trabalho faz parte do Projeto de Intervenção

Pedagógica na Escola elaborado para o Programa

de Desenvolvimento Educacional (PDE), sob a

orientação do Prof. Me João Bacellar de Siqueira,

da Universidade Estadual de Maringá.

COLORADO – PR

2010

APRESENTAÇÃO

Ninguém nasce sabendo ler: aprende-se a ler à medida que se vive.

Se ler livros geralmente se aprende nos bancos da escola, outras leituras

se aprendem por aí, na chamada escola da vida.

Marisa Lajolo

Nosso olhar é um ato constante de leitura. A paisagem inóspita, amarelada

nos faz ler que é tempo de estio; as árvores floridas e as flores multicoloridas pelo

caminho nos dizem que é primavera; o olhar triste de uma criança nos fala de seu

sofrimento; a luz do sol nos informa que o dia amanheceu; o céu carregado de

nuvens escuras, chuva à vista. Enfim o nosso dia-a-dia nada mais é do que uma

página de um livro chamado VIDA. E quantas emoções nos traz a leitura desse

cotidiano, pois quando lemos o mundo, interagimos com ele, pensamos além do que

nossos olhos veem, questionamos. Tudo isso nos faz lembrar as sábias palavras de

Paulo Freire: “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”.

Assim pretendemos que seja uma aula de leitura, um momento de interação,

de descoberta, do ir aquém e além do texto. Porém para que isto aconteça é

necessário oferecer ao aluno estratégias de compreensão para que ele possa

estabelecer previsão, fazer inferência e acionar seus conhecimentos prévios, como

ideias, hipóteses, visão de mundo e de linguagem sobre o texto lido.

Com esse intuito, este Caderno Pedagógico composto por cinco unidades e

cada unidade explorando um gênero textual, propõe atividades que devem ser

utilizadas como estratégias para desenvolver a leitura proficiente, não regras que,

obrigatoriamente, devam ser seguidas e, sim, um conjunto de procedimentos,

métodos ou habilidades que podem auxiliar ao aluno atingir seus objetivos na leitura.

SUMÁRIO

1. Dados de Identificação ........................................................................... 05

2. Introdução ............................................................................................... 06

3. Unidade I – Fábula ................................................................................... 08

4. Unidade II – Crônica ................................................................................ 13

5. Unidade III – Conto .................................................................................. 17

6. Unidade IV – Charge ............................................................................... 22

7. Unidade V – Videoclipe ........................................................................... 25

8. Cronograma ............................................................................................ 28

9. Referências ............................................................................................. 30

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

PROFESSORA PDE: Odivalnildi Rosa Bonin

Área: Língua Portuguesa

NRE: Maringá

PROFESSOR ORIENTADOR: João Bacellar de Siqueira

IES VINCULADA: Universidade Estadual de Maringá

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Monteiro Lobato

MUNICÍPIO: Colorado

PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: 7ª série

CARGA HORÁRIA: 32 horas-aula

PERÍODO: agosto a novembro de 2010

TÍTULO DO CADERNO PEDAGÓGICO: Para quem sabe ler, um pingo é letra

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INTRODUÇÃO

Aprender a ler requer que se ensine a ler. O modelo de leitor oferecido pelo professor e as atividades propostas para o ensino e a aprendizagem da leitura não são um luxo, mas uma necessidade.

Isabel Solé

Na última década, a leitura conquistou um papel de destaque em nossa

sociedade. Por meio da leitura, o estudante pode inserir-se nas práticas sociais de

linguagem e na vida profissional, seja navegando na Internet, seja lendo um artigo

científico ou uma história em quadrinhos ou seja lendo gráficos e tabelas. Entretanto,

o desempenho de nossos alunos, quanto ao desenvolvimento da capacidade de

leitura, tem-se mostrado bastante insatisfatório, a maioria deles são capazes,

apenas, de localizar informações explícitas no texto e fazer relações simples.

Vale ressaltar que o aluno dos últimos tempos difere muito dos alunos que

fomos e que não adianta apenas exigir um nível de leitura, compreensão,

interpretação e exposição clara das ideias se o aluno está longe de ser o leitor e o

produtor de texto que desejaríamos que fosse, pois falta-lhe o mais importante: o

saber ler. Por isso, diante da primeira dificuldade, ele desiste e continuará desistindo

se continuarmos apenas cobrando o que não foi aprendido por ele e ficarmos

assistindo ao seu fracasso e atribuindo somente a ele a culpa de não ser um leitor

competente.

Os maus resultados apresentados pelos alunos em avaliações e exames

nacionais têm demonstrado que é necessário rever os objetivos e as práticas de

leitura na esfera escolar.

Sabendo da complexidade com que é caracterizada a leitura e,

simultaneamente, da falta de capacidade metodológica e motivacional que os alunos

têm para enfrentá-la, devemos oferecer-lhes ajudas adequadas para que possam

superar os desafios e dificuldades que envolvem a atividade de leitura.

Portanto, é preciso ensinar estratégias para a compreensão e interpretação

dos textos. Estas não amadurecem, nem se desenvolvem, nem emergem, nem

aparecem. Ensinam-se - ou não se ensinam – e se aprendem – ou não se

aprendem. (SOLÉ, 2008).

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Primeiramente, deve-se considerar o texto a ser trabalhado e para tal é

importante avaliar o contexto da sala de aula, as experiências de leitura dos alunos e

os horizontes de expectativas deles. Por isso é importante oferecer materiais de

dificuldade progressiva que facilitem a aprendizagem e textos diversificados.

Se ler é um processo de interação entre um leitor e um texto, antes de se

iniciar o processo da leitura podemos ensinar determinadas estratégias aos alunos

para que essa interação seja o mais produtiva possível, tais como: motivá-los,

oferecer-lhes objetivos de leitura, atualizar seus conhecimentos prévios, ajudá-los a

formular previsões, incentivar suas perguntas. Logo, é necessário que o professor

entenda que ler é compreender e que compreender é sobretudo um processo de

construção de significados sobre o texto que pretendemos compreender e

interpretar.

Considerando que a leitura é um processo de construção lento e progressivo

no qual o professor é o mediador, as atividades deste Caderno Pedagógico têm a

finalidade de propor estratégias para antes, durante e depois da leitura, buscando

promover uma leitura inteligente e crítica e que o aluno possa sentir-se o

protagonista desse processo de construção de significados.

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UNIDADE I

GÊNERO TEXTUAL: FÁBULA

TEXTO 1: A cigarra de La Fontaine - Viriato Correia

ATIVIDADES

A - Antes da leitura

O professor apresentará o gênero textual a ser trabalhado e abre uma

discussão a fim de resgatar os conhecimentos prévios dos alunos.

A fábula é uma narrativa curta, que contém uma mensagem sobre o

comportamento humano e as personagens, geralmente, são animais.

Os grandes fabulistas

A fábula nasceu no Oriente e foi reinventada no Ocidente pelo escravo grego Esopo, que

criava histórias baseadas em animais para mostrar como agir com sabedoria. Suas fábulas, mais

tarde, foram reescritas em versos, com um acentuado tom satírico, pelo escravo romano Fedro.

Contudo, o grande responsávelpela divulgação e reconhecimento da fábula no Ocidente moderno foi

o francês Jean de la Fontaine, um poeta que conhecia muito bem a arte e as manifestações de

cultura popular.

Motivado pela natureza simbólica das fábulas, La Fontaine criava suas histórias com um

único objetivo: tornar os animais o principal agente da educação dos homens. Para isso, os animais

são colocados numa situação humana exemplar, tornando-se uma espécie de símbolo. Por exemplo:

a formiga representa o trabalho; o leão simboliza a força; a raposa, a astúcia; o lobo, o poder

despótico; e assim por diante. [...]

(Irene A. Machado. Literatura e redação –

Os gêneros literários e atradição oral.

São Paulo: Scipione, 1994. p.57.)

1. Como podemos definir fábula?

2. Geralmente, quem são as personagens das fábulas?

3. O que diferencia a fábula de outros textos narrativos?

4. Normalmente, o que pretende o autor das fábulas?

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5. Como costumam ser retratados os animais nas fábulas?

6. Quem são os fabulistas mais célebres?

Após o levantamento dos conhecimentos prévios sobre o gênero o professor

apresentará o título, fará uma breve apresentação do autor e levantará hipóteses

sobre o texto.

1. O que sugere o título do texto?

2. O título nos fornece pistas que indiquem tratar-se mesmo de uma fábula?

Quais?

3. Que outro texto é referência para esta fábula?

4. Partindo do título, o que podemos imaginar que encontraremos no texto?

B - Durante a leitura

O professor distribuirá o texto aos alunos para realizarem leitura

silenciosa, pedindo que fiquem atentos às palavras desconhecidas. A seguir

acontecerá a leitura oral compartilhada oportunizando aos alunos manifestar

opiniões e indagações.

Manuel Viriato Correia Baima do Lago Filho (Pirapemas, 23 de janeiro de 1884 – Rio de

Janeiro, 10 de abril de 1967) foi jornalista, contista, romancista, dramaturgo, autor de crônicas

históricas, de livros infanto-juvenis e político brasileiro. Escreveu Cazuza (1938), um dos clássicos da

nossa literatura infantil, em que descreve cenas de sua meninice.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Viriato_Correia)

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A CIGARRA DE LA FONTAINE

Viriato Correia

Reconheceu-a imediatamente. Era a Formiga.

Vinha ofegante, triste, magra que fazia dó.

A Cigarra ajudou-a a chegar ao último lance da subida.

__ Você, disse a Formiga, deve estar espantada de me ver em sua casa. A

sorte fez com que eu lhe viesse dar o prazer de ver-me na miséria.

__ Eu não tenho prazer nenhum com o infortúnio alheio, atalhou delicadamente

a Cigarra.

E depois com sinceridade:

__ Se lhe posso ser útil em alguma coisa..

(...)

(Almeida, Zélia. Atividades de Comunicação e Expressão; livro 4. São Paulo. F.T.D.,1975.)

C - Após a leitura

Serão realizadas atividades em que se confrontarão as hipóteses levantadas,

buscarar-se-ão informações explícitas e implícitas do texto.

1. O texto confirmou as hipóteses levantadas?

2. O comportamento das personagens foi o experado?

3. Quais as personagens do texto?

4. A cigarra conhecia a formiga? Justifique sua resposta.

5. Qual era a fama da cigarra?

6. Que fatos são inovadores na fábula?

7. Que ensinamento a fábula nos transmite?

8. Qual o tema do texto?

9. Destaque duas inferências extratextuais presentes do texto e explique-as.

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Refletindo sobre a estrutura do texto

A narrativa apresenta um desenvolvimento cronológico e explica os

acontecimentos em uma determinada ordem. Alguns textos narrativos seguem uma

organização: estado inicial/complicação/ação/resolução/estado final. Outros

introduzem uma estrutura dialogal dentro da estrutura narrativa.

1. O que predomina nesta fábula? Que efeito produz esse recurso?

2. Por se tratar de uma narrativa, apresente os elementos que a compõem.

3. O foco narrativo é o ponto de vista que o narrador utiliza para contar um fato.

Observe o foco narrativo da fábula e responda: Como o narrador conta o fato:

ele participa das ações ou somente conta a história? Como isso está marcado

no texto. Exemplifique.

4. Elabore um resumo da fábula.

Socializando a leitura

Nesta etapa o professor proporá uma atividade em grupo. Solicitará que

debatam nos grupos as questões propostas e depois socializem com a sala toda,

expondo-as por um representante de cada grupo

1. Qual a ideia principal que se pode extrair do texto?

2. O fato narrado é possível ocorrer com os seres humanos? Como chegaram a

essas conclusões?

3. Pela leitura do texto o que concluímos a respeito do comportamento da

cigarra?

4. O que vocês entendem por “criar fama”?

Refletindo sobre o uso da língua

1. De acordo com o texto, que significado podemos atribuir às expressões

abaixo:

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a) infortúnio alheio –

b) olhos ensopados –

c) máquinas que fumaçavam –

d) aniquilaram-me –

e) repelida por todos –

f) sovinaria da outra –

2. Comemos peixe ensopado”. A palavra destacada tem a mesma significação

do texto? Explique.

3. Observe a linguagem da fábula em estudo. Que tipo de variedade linguística

foi empregada: a padrão ou uma variedade não padrão?

4. No texto foram empregadas as palavras fumaçavam e fumaça. O que elas

têm em comum e em que elas se diferenciam? Qual o significado de cada

uma delas?

Pesquisando novas versões

O professor dividirá a turma em seis grupos e solicitará que cada grupo

pesquise no site:http://youtube.com, vídeos com versões diferentes da fábula “A

cigarra e a formiga” e gravem para apresentar na TV Multimídia.

Após a turma assistir ao vídeo, realizar um bate-papo sobre a versão

apresentada.

“AMAR A LEITURA É TROCAR HORAS DE FASTIO POR HORAS DE INEFÁVEL

E DELICIOSA COMPANHIA”. (John F. Kennedy)

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UNIDADE II

GÊNERO TEXTUAL: CRÔNICA

A palavra “crônica”, em sua origem, está associada à palavra grega “khrónos”, que significa “tempo”.

De “khrónos” veio chronikós, que quer dizer: “relacionado ao tempo”. No latim existia a palavra

“chronica” para designar o gênero que fazia o registro dos acontecimentos históricos, verídicos, numa

sequência cronológica, sem um aprofundamento ou interpretação dos fatos. Como se comprova pela

origem de seu nome, a crônica é um gênero textual que existe desde a Idade Antiga e vem se

transformando ao longo do tempo.É um gênero literário produzido,essencialmente para ser veiculado

na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas páginas de um jornal.

O cronista emociona,envolve, ajuda o leitor a refletir criticamente sobre questões sociais, atos

e sentimentos humanos. Usa uma linguagem simples, espontânea, quase uma conversa. Narra com

naturalidade fatos corriqueiros, particularidades do comportamento das pessoas.

A crônica é um gênero textual que tem como tema fatos do cotidiano. Com

enredos ficcionais ou inspirados na vida real, em forma de narrativa, uma crônica é

capaz de surpreender, emocionar,divertir, fazer refletir quem a lê.

Na crônica do jornal é importante considerar a data de publicação, a fonte, os

acontecimentos dessa data, o diálogo entre a crônica e outras notícias veiculadas

nesse suporte. Já a leitura da crônica do livro representa um fato do cotidiano

independente dos interesses de qualquer jornal.

Por ser um gênero textual bastante acessível e tratar-se de uma narrativa

curta envolvendo temas do cotidiano, desperta o interesse do aluno.

TEXTO 2 : Tormento não tem idade – Moacyr Scliar

__ Meu filho, aquele seu amigo, o Jorge, telefonou.

__ O que ele quer?

__ Convidou você para dormir na casa dele, amanhã.

__ E o que é que você disse?

__ Disse que não sabia, mas que achava que você iria aceitar o convite. (....)

(SCLIAR,M. O imaginário cotidiano. 2 ed. São Paulo: Global, 2002.)

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Moacyr Jaime Scliar [Porto Alegre( RS ),1937]. Romancista, cronista, contista e autor de livros infantis

e juvenis. Em1962, formou-se em medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS), em Porto Alegre,especializando-se em saúde pública, e lançou Histórias de um médico em

formação. Desde 1972 colabora intensamente em jornais e revistas brasileiros, com contos, crônicas

e ensaios. Tem mais de setenta livros publicados nos mais diversos gêneros, trabalhos que o

levaram, em 2003, a ser eleito para a Academia Brasileira de Letras(ABL). Sua obra tem raízes no

questionamento da tradição judaico-cristã e passeia pelas fábulas e pelo imaginário fantástico.

Trabalhar o conhecimento prévio do aluno é um dos momentos mais ricos da

mediação no processo da leitura.

ATIVIDADES

O professor iniciará as atividades apresentando e questionando, oralmente, os

alunos sobre o gênero textual “crônica”.

A – Antes da leitura

A partir do título, incentivar os alunos a exporem seus conhecimentos.

O que significa a palavra “tormento”?

No cotidiano, que situações nos lembram essa palavra?

A palavra “idade”, geralmente, refere-se a um tempo de vida decorrido desde

o nascimento até uma determinada data. No título ela está relacionada a um

estado de espírito. Como podemos explicar essa relação?

Quem será o protagonista da crônica: uma criança, um adolescente, um

adulto?

Que problema, provavelmente, atormenta o protagonista?

O professor deve sintetizar as hipóteses levantadas e escrevê-las no quadro.

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B – Durante a leitura

Este é o momento de conferir se as informações do texto correspodem às

hipóteses levantadas.

Como esta crônica exige que se use raciocínio, lógica e intuição para

prever e construir as informações relativas ao contexto, o professor fará a

leitura oral e, a cada dois ou três parágrafos,confrontará as hipóteses

levantadas com as informações encontradas no texto e continuará

provocando os alunos a levantarem novas hipóteses até o final da leitura.

C – Após a leitura

Confirmando ou refutando as hipóteses levantadas:

Suas expectativas foram confirmadas? Por quê?

Qual a temática desenvolvida por Moacyr Scliar nesta crônica?

O protagonista é o que você imaginara no início da leitura? Comente.

Explique o título da crônica de acordo com o contexto.

Conversando com o texto

1. “Tormento não tem idade” é uma crônica literária em que o leitor é

propositalmente conduzido a criar expectativas que, ao final, não se

confirmam. Que efeito isso causa ao texto?

2. A que expectativa o leitor é conduzido ao decorrer do texto?

3. Somente ao final do texto essa expectativa é quebrada. Que recursos de

linguagem o autor da crônica emprega para manter o leitor enganado até o

final da história?

4. Ao chegar ao final do texto, o leitor tem que reconstruir sua interpretação.

Retomando a narrativa, você seria capaz de constatar pequenas pistas que o

autor ofereceu quanto à idade avançada da personagem?

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Retomando a linguagem do texto

1. Analise esta frase do texto:

Pois é. Amanhã estou fazendo cinquenta anos.

a) O que concluímos a respeito da linguagem empregada: é uma linguagem

formal ou é uma linguagem coloquial?

b) Que ideia reforça a palavra amanhã?

c) Reescreva essa frase, adequando-a melhor ao tempo de ocorrência da ação.

d) Em sua opinião, por que se emprega a construção estou fazendo se o fato

ocorrerá num tempo futuro?

e) Você aprendeu que, em textos narrativos, geralmente há uma voz que nos

conta a história, o narrador, e que o narrador pode ser personagem ou

observador.No entanto, nesta crônica, não há voz de um narrador.

f) De que forma a história nos é revelada neste texto?

g) Reescreva os dois primeiros parágrafos, criando a voz de um narrador que

introduza as falas das personagens.

Vamos ao teatro?

Para encerrar esta unidade, o professor convidará dois alunos para dramatizarem a

crônica.

“A LEITURA DE UM BOM LIVRO É UM DIÁLOGO INCESSANTE: O LIVRO FALA E

A ALMA RESPONDE.”( André Maurois)

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UNIDADE III

GÊNERO TEXTUAL: CONTO

O conto é uma narrativa breve de um fato real ou fantasioso, envolve poucas

personagens, apresenta apenas um conflito, tem espaço e tempo restritos, privilegia

o diálogo e possui uma linguagem objetiva. Dependedo de suas características,

pode ser classificado como conto de fadas, fantástico, folclórico, psicológico, policial

e de fundo moral.

Preparando para a leitura

TEXTO 3 : Medo – Cora Coralina

Viajava uma jardineira, expresso ou perua, como se diz, de Goiânia para

Goianópolis. Levava na coberta, entre malas e trouxas, um caixão vazio de defunto,

destinado para uma pessoa falecida naquele distrito.

Logo adiante na estrada, um homem parado, dá sinal e a perua para.

Dentro, tudo cheio. O homem que precisava seguir viagem aceitou de viajar

na coberta com os volumes e o caixão vazio.

( ... )

(Deixa que eu conto. 1ª ed. São Paulo: Global, 2003. Coleção Literatura em minha casa, v.2. Conto.

Vários autores.)

Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas – Goiás(GO), 1889; Goiânia

(GO),1985 foi poeta, contista e cronista.Impedida de frequentar regularmente a escola, descobriu a

literatura lendo os almanaques encontrados em sua casa.

ATIVIDADES

1. Instigar os alunos com algumas questões que possibilitem mapear o que eles

já sabem sobre contos:Que contos vocês conhecem?

Quais os preferidos: os contos maravilhosos, de aventura, de mistério?

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Costumavam ouvir contos quando eram pequenos?

De quais ainda se lembram?

Há algum conto marcante para você? Qual o nome do autor? Quem são as

personagens principais? Onde e quando os episódios se sucedem? Como é a

trama? Há conflito?

Neste momento é muito importante que o professor resgate o que é conto,

quais contos já foram trabalhados durante a vida escolar do aluno.

2. O próximo passo será a apresentação da autora. Numa conversa informal o

professor fará uma explanação sobre a autora: onde e quando nasceu,

obras, curiosidades sobre a vida dela. Enfim tudo o que poderá enriquecer o

trabalho e, principalmente, provocar o aluno a buscar mais informações.

3. A seguir, discutir com os alunos a importância do título de um texto. Explicar-

lhes que o título pode atrair o leitor para a leitura, ajudá-lo a levantar

hipóteses, intuir sentidos, evocar outros textos.

4. Ler, para os alunos, o título do conto: Medo, inquirindo :

Que emoções, sentimentos, impressões essa palavra desperta?

Que acontecimentos, fatos, ações, personagens podem ser previstos nesta

narrativa?

Do seu ponto de vista, o título deixa entrever do que se trata ou é enigmático?

O título cria expectativas?

Anotar no quadro as ideias destacadas pelo grupo.

5. Após tentar desvendar o assunto do conto por meio do título, realizar a

leitura-descoberta.

Será distribuída uma cópia do conto para cada aluno. A leitura será

compartilhada entre os alunos (realçando as vozes do narrador e da

personagem)

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Confrontando ideias

Momento de comparar as hipóteses levantadas com o enredo do conto lido.

Que tipo de medo o conto retratou?

Foi o mesmo “ medo” que você havia pensado? Comente.

As personagens, os acontecimentos foram os imaginados por você? Explique.

Qual o momento de maior suspense para você?

O que você pensou ao ler a passagem que dizia que havia um caixão vazio

de defunto na coberta foi concretizado no decorrer da leitura?

Concretizando a compreensão do texto

TEMA = De que trata o texto.

IDEIA PRINCIPAL = Qual a ideia mais importante que o autor pretende explicar

com relação ao tema.

1. O título do texto é adequado? Por quê?

2. Qual o tema do conto lido?

3. Qual a ideia mais importante que a autora pretende explicar com relação ao

tema?

4. O que demonstra a atitude do primeiro caronista?

5. Que fato ocorrido no texto deu origem ao título?

6. Que recursos a autora usa para criar suspense, incutir medo no leitor?

7. Qual o fato que desencadeia o conflito da história?

8. Como é o desfecho? Traz solução ao conflito? Explique.

Buscando novas informações

Contos são registros de uma época e de uma forma de pensar.

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1. Há no texto trechos que comprovam a afirmativa acima? Explique

O narrador é um elemento-chave dos contos.

2. No conto “Medo” ele conta a história em 1ª pessoa? Comprove sua resposta

com trechos do texto.

3. Sua posição na trama é central, periférica ou ausente? Ele relata as falas das

personagens e seus pensamentos?

4. Identifique as personagens, onde e quando os fatos acontecem.

5. Resuma o conto lido.

Refletindo sobre o uso da língua

1. Há no texto palavras ou expressões que você desconhecia?Caso não consiga

apreender seu significado a partir do texto, relacione-as e pesquise o

significado.

2. “Viajava uma jardineira, expresso ou perua”. Por que a autora citou três tipos

de meio de transporte?

3. Qual a função da palavra ou neste trecho ?

4. A autora deu ênfase ao meio de transporte e não a um personagem, no início

do texto.Qual a intenção dela ao fazer isso?

5. Os verbos que constituem as ações estão no pretérito perfeito e no pretérito

imperfeito. São ações narradas, essencialmente, no passado. Qual a razão

para a autora, ora usar um tempo verbal, ora outro? Cite trechos do texto ao

fazer a explicação .

6. É possível perceber no texto, marcas de linguagem própria de uma

determinada região do país? Comente.

Escuta do texto ou leitura?

O professor colocará o CD com o conto para ser ouvido. Após ouvi-lo,

questionará os alunos:

21

_ Em que momento o conto impressionou mais: durante a leitura ou durante

a audição?

_ O que é necessário para despertar emoções durante uma leitura?

_ Atualmente, com o avanço da tecnologia, um texto pode ser digital,

impresso ou gravado em áudio. Na sua opinião, qual deles proporciona uma leitura

eficiente e prazerosa?

“A LEITURA É PARA O INTELECTO O QUE O EXERCÍCIO É PARA O CORPO.”

Joseph Addison

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UNIDADE IV

GÊNERO TEXTUAL: CHARGE

A charge é um gênero textual que, de forma humorada, visa a criticar e

satirizar fatos ou situações reais da política, de modo geral. Emprega a linguagem

verbal, isto é, utiliza a palavra escrita como código; a linguagem não-verbal na qual

o código utilizado são imagens, símbolos e também as linguagens mistas – verbal e

não-verbal - na construção de sentidos”.

O termo charge vem do francês “charger” que significa carga, exagero.

TEXTO 4 : O patinho é um prodígio - Belmonte

(TERRA, Ernani; CAVALLETE,F.T. Português para todos - 7ª série – p. 62 . 1ª ed. São Paulo:

Scipione, 2004.)

Belmonte, nascido Benedito Bastos Barreto ( São Paulo, 15 de maio de1896 – São Paulo, 19 de abril

de 1947 ) foi caricaturista, pintor, cartunista, cronista, escritor e ilustrador brasileiro. Foi um chargista

pioneiro e fundamental no desenvolvimento da arte da ilustração, abrindo caminho para ilustradores e

chargistas como Glauco, Angeli, Carvall, Ziraldo e outros.Fazia desde caricaturas e charges políticas

até ilustrações de textos literários, publicitários e jornalísticos. Fez as ilustrações da primeira edição

do livro O Poço do Visconde, de Monteiro Lobato, publicado em 1937 e também de suas obras

infantis. Além de álbuns de caricatura, escreveu também crônicas e contos humorísticos.

Ao escolher a charge a ser trabalhada é necessário que o professor pesquise o

fato que a mesma retrata, busque informações sobre as personagens, o

suporte e a época a que faz referência , identifique algumas particularidades,

compreenda o porquê de algumas características serem apresentadas de

forma exagerada.

23

ATIVIDADES

Sondagem a respeito do gênero textual “charge”.

1. A charge é um texto constituído, principalmente, por imagens. Por que é

importante ler imagens?

2. O que vocês sabem sobre charges?

3. Em que suportes textuais, elas são mais presentes ?

4. Em que as charges assemelham-se às histórias em quadrinhos? E em que

se diferenciam?

5. Em que seção de jornal ou revista , normalmente, são publicadas as charges?

Por que vêm nesta página?

6. O que é necessário para que o leitor faça a leitura de uma charge?

7. Que chargistas vocês conhecem?

Apresentação do autor da charge a ser trabalhada.

Entrega do texto para cada aluno fazer leitura silenciosa.

Construção de sentidos.

a) Pedir aos alunos que façam uma descrição da charge apresentada.

b) Qual a importância da ilustração na charge?

c) Qual a importância da escrita?

d) Que interpretação fizeram da charge?

e) Qual o objetivo do chargista ao publicar esta charge?

Diálogo com o texto.

a) Que situação retrata a charge?

b) Qual o tema abordado pelo chargista?

c) Que sentidos podem ser atribuídos à palavra capital ?

d) Qual é a crítica feita pelo autor?

e) O que produz o efeito humorístico nesta charge?

f) Quando e onde foi veiculada esta charge?

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Apreciação crítica da charge

a) Além de provocar o riso, as charges possibilitam que o leitor reflita sobre o

aspecto da realidade retratada? Comente.

b) O contexto histórico-político-social em que a charge foi produzida é

importante para o entendimento da mesma? Por quê?

c) Qualquer leitor interpretaria da mesma forma esta charge? Por quê?

Para além do texto

O professor dividirá a turma em grupos e cada um terá como tarefa pesquisar

em jornais e/ou revistas, charges recentes para analisarem, a partir do roteiro

abaixo. Após a análise, será montado um painel com as charges escolhidas pelos

grupos acompanhadas de um texto contendo as informações do roteiro dado.

1. Em que revista ou jornal a charge foi publicada?

2. Quando?

3. Qual foi o fato gerador da charge?

4. Quem são e que representatividade possuem as personalidades

caricaturadas na charge?

5. Qual seria a crítica e o protesto veiculados na charge? Em que se

fundamentam?

6. São justificáveis o julgamento sobre os fatos e o juízo que se faz das pessoas

retratadas?

7. Quem é o leitor em potencial da charge pequisada?

“LER É SABER ESCUTAR CUIDADOSAMENTE OS SEGREDOS DA ESCRITA”.

( Ezequiel Theodoro da Silva).

25

UNIDADE V

GÊNERO TEXTUAL: VIDEOCLIPE

Na esfera midiática, o gênero videoclipe significa uma forma de contar

multilinguistica, de superposição de códigos e significações, predominantemente

audiovisuais. A linguagem do vídeo responde à sensibilidade dos jovens é dinâmica,

dirige-se antes à afetividade do que à razão. O vídeo é sensorial, visual, linguagem

falada, linguagem musical e escrita.

VÍDEO: Ler devia ser proibido

site: http://www.youtube.com/watch?v=SOGvIlRXmx8

DINÂMICAS DE ANÁLISE

Antes da exibição

Informar somente aspectos gerais do vídeo (autor, duração, tema).

Não interpretar antes da exibição para que o aluno faça sua leitura.

Chamar a atenção do aluno para o título do vídeo e a relação entre

fala/escrita/cenas.

Durante a exibição

O professor exibe parte do vídeo e comenta com os alunos. É uma conversa

sobre o vídeo, com o professor como mediador.

O que perceberam a respeito da mensagem passada pelo vídeo nessas

cenas iniciais?

Reconhece-se uma afirmação irônica na fala do vídeo?

Observar as reações dos alunos

26

Depois da exibição

Exibir o vídeo uma segunda vez, chamando a atenção para as cenas e as

frases que as acompanham.

O professor propõe alguns questionamentos para serem discutidos em

pequenos grupos.

Aspectos positivos do vídeo.

Aspectos negativos.

Ideia principal.

O que vocês mudariam no vídeo?

Cada grupo expõe seu relato por meio de um representante e o professor faz

uma síntese final, destacando as coincidências e as divergências de cada grupo.

Rever mais uma vez o vídeo e questionar (oralmente ou por escrito):

O que chama mais a atenção: imagem, som ou palavra?

Que leitura fazemos das cenas?

Análise da linguagem

A linguagem do vídeo é persuasiva?

Que recurso linguístico autor empregou?

Com que intenção ele usou esse recurso?

Em sua opinião, o uso desse recurso foi adequado? Por quê?

Analisando o título do vídeo: Ler devia ser proibido

O que concluímos a respeito da linguagem empregada no título: é formal ou

coloquial? Justifique sua conclusão.

De acordo com a norma padrão, que tempo verbal deveria ser empregado

nesse título?

Por que o autor não o empregou?

Reescreva essa frase, adequando-a ao tempo verbal exigido pela norma

padrão.

27

Vídeo como produção

O professor incentivará os alunos para uma produção em vídeo sobre o tema

LEITURA.

O poema “Aula de leitura” de Ricardo Azevedo é uma sugestão de texto de

apoio para a produção do vídeo.

Para encerrar o projeto será apresentado o vídeo “Ler – Luís Fernando

Veríssimo”.

Se não se aprender a ler por uma ótica essencialmente humana, com a

profundidade do olhar subjetivo, o leitor não ultrapassará as

aparências, permanecendo sempre ao pé da letra nas suas leituras pela

vida afora. Por considerar insignificantes os pingos, perderá o que eles

guardam de significados ocultos; por não alcançar distâncias que vão

além de um palmo adiante do nariz, perderá da mira o essencial, ficando

na ingênua condição do tolo que, como diz o provérbio: ‘quando o dedo

aponta a lua, só vê o dedo’.

(Vânia Maria Resende)

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CRONOGRAMA

Período Duração Atividades

Agosto/2010

05 aulas

Apresentação do Projeto aos alunos.

Atividade motivacional: Apresentação de vídeo: “A

importância da leitura.”

Conversa sobre o tema do vídeo.

Averiguação da visão do aluno sobre:

- definição da leitura;

- importância da leitura;

- primeiras leituras;

- causa da superação do fracasso da leitura na

escola.

Comentário dos relatos.

Setembro/2010

10 aulas

Unidade I

Apresentação do gênero textual: FÁBULA

Atividades: Antes, durante e após a leitura;

Apresentção de vídeos pesquisados pelos alunos;

Diálogo sobre os vídeos apresentados.

Unidade II

Apresentação do gênero textual: CRÔNICA

Atividades: Antes, durante e após a leitura;

Dramatização da crônica.

Outubro/2010

09 aulas

Unidade III

Apresentação do gênero textual: CONTO

Preparação para a leitura

Buscando as novas informações;

Escuta do texto ou leitura?

29

Novembro/2010

08 aulas

Unidade IV

Apresentação do gênero textual: CHARGE

Preparação para a leitura;

Diálogo com o texto;

Pesquisa de charges;

Apresentação da pesquisa;

Unidade V

Preparação para a leitura: VIDEOCLIPE

Dinâmica de análise;

Vídeo como produção;

Encerramento do projeto: Apresentação do vídeo

“Ler – Luís Fernando Veríssimo.”

30

REFERÊNCIAS

AGUIAR, V. T.; BORDINI, M.G. Literatura: a formação do leitor: alternativas

metodológicas. 2ª ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

BRAGA, Regina Maria; SILVESTRE, Maria de Fátima. Construindo o leitor

competente: Atividades de leitura interativa para a sala de aula. São Paulo:

Peirópolis, 2002.

CHAFFER, Neiva Otero (Org.) Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. 8ª

ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam.

49ª ed. São Paulo: Cortez, 2008.

KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: Teoria e Prática. 8ª ed. São Paulo: Pontes,

2001.

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do

texto. 2ª ed. São Paulo: 2007.

LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6ª ed. São Paulo:

Ática, 2008.

MORAN, J. M. O vídeo na sala de aula. Comunicação e Educação. São Paulo,

ECA-ed. Moderna, n.2, p.27-35, jan./abr. 1995. Disponível em:

http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm. Acesso em: 08 jul. 2010.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – PORTUGUÊS. Ministério da

Educação. Brasília, DF, 1997.

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares

da Rede Pública de Ed. Básica do Estado do Paraná. Português. Curitiba: SEED,

2006.

31

REVISTA NA PONTA DO LÁPIS. São Paulo, ano IV, número 8, fevereiro de 2008.

REVISTA NA PONTA DO LÁPIS. São Paulo, ano V, número 12, dezembro de 2009.

REVISTA NOVA ESCOLA. São Paulo. Ed. Especial, número 28, 2009.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2008

VÍDEO: Ler devia ser proibido. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=SOGvIlRXmx8. Acesso em: 08 jul. 2010.

VÍDEO: Ler – Luís Fernando Veríssimo. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=A0_STXPaNz0 Acesso em: 08 jul. 2010.