d3 (3ª série - ens. médio - l.p - blog do prof. warles)

14
D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. (SAERO). Leia o texto abaixo e responda. Doce bem salgado Em restaurantes finos, sobremesas comuns têm preço de prato principal. Foram-se os tempos em que quem pagava a conta no restaurante se preocupava apenas com o preço do prato principal e da bebida. Agora, em casas elegantes do Rio de Janeiro e de São Paulo, os doces podem ser a parte mais salgada da notinha. E não se está falando, necessariamente, de sobremesas sofisticadas ou criações originais dos chefs. Uma torta de morango do Massimo, em São Paulo, abocanha 17 reais do cliente. Só para fazer uma comparação que os donos de restaurante detestam: com esse dinheiro é possível comprar onze caixas da fruta, com 330 moranguinhos. Ou um filé com fritas num restaurante médio. No Le Champs Elisées, no Rio, uma torta de maçã sai por 15 reais, mesmo preço da torta de figo do Le Saint Honoré. “Nossos doces são elaborados e não estão na geladeira há dois dias, como os de outros lugares”, justifica o chef Alain Raymond, do Champs Elisées. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/150999/p_106a.html>. Acesso em: 25 mar. 2010. No trecho “... os doces podem ser a parte mais salgada da notinha.” (ℓ. 7-8), a expressão em destaque foi utilizada no intuito de A) comparar os restaurantes. B) contradizer os chefs. C) dar clareza ao texto. D) enfatizar a ideia anterior. E) ironizar o preço dos doces. ---------------------------------- -------------------------- (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Disponível em: <http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira115.h tm>. Acesso em: 26 jun. 2010. No último quadrinho, a expressão “Bah!” revela que a menina ficou A) aborrecida. B) desolada. C) enojada. D) indiferente. E) triste. ---------------------------------- -------------------------- (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Deus sabe o que faz! A ilustre dama, ao fim de dois meses, achou-se a mais desgraçada das mulheres; caiu em profunda melancolia, ficou amarela, magra, comia pouco e suspirava a cada canto. Não ousava fazer-lhe nenhuma queixa ou reprove, porque respeitava nele o seu marido e senhor, mas padecia calada, e definhava a olhos vistos. Um dia, ao jantar, como lhe perguntasse o marido o que é que tinha, respondeu tristemente que 1

Upload: renata-narciso-tavares

Post on 24-Nov-2015

1.174 views

Category:

Documents


27 download

TRANSCRIPT

D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expresso.

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.Doce bem salgado

Em restaurantes finos, sobremesas comuns tm preo de prato principal.

Foram-se os tempos em que quem pagava a conta no restaurante se preocupava apenas com o preo do prato principal e da bebida. Agora, em casas elegantes do Rio de Janeiro e de So Paulo, os doces podem ser a parte mais salgada da notinha. E no se est falando, necessariamente, de sobremesas sofisticadas ou criaes originais dos chefs. Uma torta de morango do Massimo, em So Paulo, abocanha 17 reais do cliente. S para fazer uma comparao que os donos de restaurante detestam: com esse dinheiro possvel comprar onze caixas da fruta, com 330 moranguinhos. Ou um fil com fritas num restaurante mdio.

No Le Champs Elises, no Rio, uma torta de ma sai por 15 reais, mesmo preo da torta de figo do Le Saint Honor. Nossos doces so elaborados e no esto na geladeira h dois dias, como os de outros lugares, justifica o chef Alain Raymond, do Champs Elises.

Disponvel em: . Acesso em: 25 mar. 2010.

No trecho ... os doces podem ser a parte mais salgada da notinha. (. 7-8), a expresso em destaque foi utilizada no intuito de

A) comparar os restaurantes.

B) contradizer os chefs.

C) dar clareza ao texto.

D) enfatizar a ideia anterior.

E) ironizar o preo dos doces.------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponvel em: . Acesso em: 26 jun. 2010.

No ltimo quadrinho, a expresso Bah! revela que a menina ficou

A) aborrecida.

B) desolada.

C) enojada.

D) indiferente.

E) triste.

------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Deus sabe o que faz!

A ilustre dama, ao fim de dois meses, achou-se a mais desgraada das mulheres; caiu em profunda melancolia, ficou amarela, magra, comia pouco e suspirava a cada canto. No ousava fazer-lhe nenhuma queixa ou reprove, porque respeitava nele o seu marido e senhor, mas padecia calada, e definhava a olhos vistos. Um dia, ao jantar, como lhe perguntasse o marido o que que tinha, respondeu tristemente que nada; depois atreveu-se um pouco, e foi ao ponto de dizer que se considerava to viva como dantes. E acrescentou: Quem diria nunca que meia dzia de lunticos...No acabou a frase; ou antes, acabou-a levantando os olhos ao teto os olhos, que eram a sua feio mais insinuante negros, grandes, lavados de uma luz mida, como os da aurora. Quanto ao gesto, era o mesmo que empregara no dia em que Simo Bacamarte a pediu em casamento. [...] Consinto que vs dar um passeio ao Rio de Janeiro.D. Evarista sentiu faltar-lhe o cho debaixo dos ps. [...] Ver o Rio de Janeiro, para ela, equivalia ao sonho do hebreu cativo. [...] Oh! mas o dinheiro que ser preciso gastar! Suspirou D. Evarista sem convico. Que importa? Temos ganho muito, disse o marido. Ainda ontem o escriturrio prestou-me contas. Queres ver?E levou-a aos livros. D. Evarista ficou deslumbrada. Era um via-lctea de algarismos.E depois levou-a s arcas, onde estava o dinheiro. Deus! eram montes de ouro, eram mil cruzados sobre mil cruzados, dobres sobre dobres; era a opulncia. Enquanto ela comia o ouro com os seus olhos negros, o alienista* fitava-a, e dizia-lhe ao ouvido com a mais prfida das aluses: Quem diria que meia dzia de lunticos...* mdico especialista em doenas mentais.

ASSIS, Machado de. Papis avulsos. So Paulo: Escala Educacional, 2008. Fragmento.

O termo destacado em Era uma via-lctea de algarismos. (. 33) assume, nesse texto, o sentido de

A) beleza.

B) disposio.

C) luminosidade.

D) organizao.

E) quantidade.

------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Turismo

A nica coisa que perturba harmonia do ambiente so os turistas. Alguns. Eles no viajam a fim de ver o mar, ouvir o vento, sentir a areia. Eles s querem mudar de cenrio para fazer as coisas que fazem sempre. E, para eles, o som essencial. A todo volume. Para que todos saibam que eles tm som. Nunca desembarcam de si mesmos. Por onde vo, sua presena uma perturbao para o esprito. Fico a me perguntar: por que no gostam do silncio? Acho que para eles, o silncio o mesmo que o vazio. E o vazio sinal de pobreza. Nossa cultura provocou uma transformao perversa nos seres humanos, de forma que eles acreditam que, para estar bem, preciso estar acoplados a objetos tecnolgicos.

ALVES, Rubem. Turismo. In: Quarto de Badulaques. So Paulo: Parbola, 2003. p. 158. Fragmento.

No trecho Nunca desembarcam de si mesmos., o autor usou a expresso destacada para ressaltar que os turistas tm dificuldade de

A) conviver em harmonia.

B) mudar os hbitos.

C) respeitar o lugar.

D) sentir a paisagem.

E) transformar as pessoas.

------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Quanta pressa!

Como vc apressada! No lembra que eu disse antes de vc viajar que eu ia pra fazenda do meu av? Quem mandou no dar notcias antes deu ir pra l?!?!?!:-OVc sabia. Eu avisei. Vc no presta ateno no que eu falo?Quando ficar mais calma eu tc mais, t legal?:-*

Mnica

PINA, Sandra. Entre e-mails e acontecimentos. So Paulo: Salesiana, 2006. Fragmento.

As redues (vc, tc) e os emoticons (:-*), usados com frequncia em e-mails, imprimem ao texto

A) agilidade.

B) clareza.

C) correo.

D) formalidade.

E) preciso.

------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

cultura dos sebos

O administrador Andr Garcia tinha 26 anos quando abandonou uma promissora carreira na rea de inteligncia de mercado em operadoras de celular, no Rio. Estava farto do mundo corporativo. Na dvida do rumo a seguir, buscou a vida acadmica. Mas, ao procurar livros para um mestrado, notou uma lacuna no mercado que mudaria sua trajetria.Garcia no achava os ttulos que queria em bibliotecas e livrarias, perdia-se nos sebos e na falta de oferta de usados na internet. Veio ento o estalo. Em um ano, lanou o Estante Virtual, portal de compra de livros usados, que completa quatro anos com 1.670 sebos, com 22 milhes de obras reunidas.Aos 31 anos, Garcia comanda um negcio que vende 5 mil livros dirios, em 300 mil buscas (12 buscas por segundo em horrio de pico). Para ele, os sebos devem ser valorizados como agentes de democratizao da leitura. Elas tm de estimular a imaginao e a reflexo. Qualquer leitura no leitura, diz com autoridade conquistada pelo sucesso da iniciativa indita de intermediao. Garcia diz ser um erro achar que s escola cabe estimular a leitura. desafio do pas, afirma, faz-la ser vista como prazer. O Estante Virtual quer provar que at uma iniciativa de negcio pode fazer a sua parte.

Lngua Portuguesa, ano 4, n 53, mar. 2010, p. 13. Fragmento.

No trecho desafio do pas, afirma, faz-la ser vista como prazer. (. 25-26), o pronome destacado refere-se palavra

A) democratizao.

B) leitura.

C) imaginao.

D) reflexo.

E) escola.

------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Histria deliciosa

Nada mais gostoso que cheirinho de po quente de manh! Muita gente pensa assim, em vrios pases, h milhares de anos. O po foi o primeiro alimento criado pelo homem, h cerca de

12 mil anos. Antes todos dependiam da caa e da pesca para comer.Quando os antigos aprenderam a plantar trigo, deram um grande passo para se desenvolver e conquistar novas terras. Descobriram que os cereais eram fceis de plantar, resistentes e permitiam fazer po. No comeo, os gros eram modos e misturados gua e a massa assada sobre cinzas. O resultado era um po fi no e duro, torrado e meio sem gosto. Mas era s o comeo de uma longa histria.

PRIMEIRAS DELCIAS

Os antigos egpcios criaram o tipo de po que conhecemos hoje. Um dia, esqueceram a massa no sol e ela fermentou. Eles assaram e perceberam que aquele fenmeno deixava o po mais leve, cheio de furinhos e passaram a usar a massa fermentada. No Egito, o po era to importante que servia como pagamento para os trabalhadores. E os nobres tambm valorizavam esse alimento: na tumba de Ramss III h desenhos em relevo com o formato de pes, doces e bolos.No Brasil, os pes chegaram trazidos pelos portugueses na poca da colonizao e por muito tempo eram consumidos pelos ricos, pois o trigo era muito caro. As primeiras padarias s surgiram

por volta de 1950, tocadas por italianos e portugueses.

Recreio. So Paulo: Abril, n. 206, p. 18-19.

No trecho As primeiras padarias s surgiram por volta de 1950, tocadas por italianos e portugueses., a palavra destacada adquire, no texto, o sentido de

A) aperfeioadas.

B) administradas.

C) contatadas.

D) oradas.

E) tratadas.------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Sobre o milho

No Brasil, a venda do vegetal tem fora principalmente no caso dos enlatados, que so utilizados, sobretudo, em saladas ou pizzas (cuidado com o sdio, inimigo do corao). Alm disso, no entanto, as grandes empresas de distribuio oferecem o alimento na espiga, que destinado produo de curau ou pamonha, segundo o Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo da Embrapa, rgo ligado ao governo federal.Do ponto de vista nutricional, o milho riqussimo em clcio, entre outros minerais. No contato com o fogo (pipoca), parte dos nutrientes so perdidos.Outra funo importante do milho alimentao diria: dele, os produtores conseguem extrair a farinha de milho e fub, utilizados para preparo de pratos tpicos brasileiros. Ambos so ricos em amido e polissacardeo que ajuda a fortalecer o sistema imunolgico.O ideal que as substncias encontradas no milho faam parte do cardpio, mesmo que seja de forma indireta, como na polenta ou na pamonha caseira.

Vida Natural e equilbrio. Escala, nmero 19. p. 25.

No fragmento Do ponto de vista nutricional, o milho riqussimo em clcio, entre outros

minerais. (. 11-12), o uso da palavra destacada

A) acrescenta dados sobre o real valor nutricional do milho.

B) enfatiza a opinio do autor em relao ingesto do milho.

C) evidencia exagero quanto ao valor nutricional do milho.

D) refora a ideia do elevado valor nutricional do milho.

E) sugere a indispensabilidade do milho nas refeies dirias.------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Vintage Paulinho da Viola

Ontem, 1981

Eu aspirava a muitas coisas.

Eu temia viver deriva.

Eu desfilava meu amor pela Portela.

Eu cantava carinhoso.

Eu escutava e no ligava.

Eu usava roupas da moda

Me alegrava uma roda de choro.

Eu pegava um violo e saa noite adentro.

Meu cavaquinho chorava quando

eu no tinha mais lgrimas.

Hoje, 2010

Eu aspiro ao essencial: uma boa sade

Eu temo no poder navegar.

Eu desfilo meus sonhos possveis.

Eu canto e males espanto.

Eu escuto e... pode repetir, por favor?

Eu uso, mas no abuso.

Me alegra um bom papo.

Eu pego o violo e procuro um cantinho.

Meu cavaquinho chora quando

surge uma melodia nova.No trecho Eu temia viver deriva., a expresso destacada tem o sentido de viver sem

A) amor.

B) conforto.

C) ideal.

D) rumo.

E) valores.------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A nova minoria

um grupo formado por poucos integrantes. Acredito que hoje estejam at em menor nmero do que a comunidade indgena, que se tornou minoria por fora da dizimao de suas tribos. A minoria a que me refiro tambm est sendo exterminada do planeta, e pouca gente tem se dado conta. Me refiro aos sensatos.A comunidade dos sensatos nunca se organizou formalmente. Seus antepassados acasalaram-se com insensatos, e geraram filhos e netos e bisnetos mistos, o que poderia ser considerada uma bem-vinda diversidade cultural, mas no resultou em grande coisa.Os seres mistos seguiram procriando com outros insensatos, at que a insensatez passou a ser o gene dominante da raa. Restaram poucos sensatos puros.Reconhec-los no difcil. Eles costumam ser objetivos em suas conversas, dizendo claramente o que pensam e baseando seus argumentos no raro e desprestigiado bom senso. Analisam as situaes por mais de um ngulo antes de se posicionarem. Tomam decises justas, mesmo que para isso tenham que ferir suscetibilidades.

MARTHA, Medeiros. In: Revista O Globo. 31 jan. 2010, p. 38.

No trecho Reconhec-los no difcil. (. 10), o pronome destacado se refere a

A) seus antepassados.

B) bisnetos mistos.

C) seres mistos.

D) outros insensatos.

E) sensatos puros.

------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A Moreninha

Depois de respirar um momento, as meninas, julgando-se ss, comearam a conversar livremente, enquanto Augusto, com sua roupa embaixo do brao, coberto de teias de aranha e suores frios, comprimia a respirao e conservava-se mudo e quedo, medroso de que o mais pequeno rudo o pudesse descobrir; para seu mor infortnio, a barra da cama era incompleta e havia seguramente dois palmos e meio de altura descobertos, por onde, se alguma moa olhasse, seria ele impreterivelmente visto. A posio do estudante era penosa, certamente; por ltimo, saltou-lhe uma pulga ponta do nariz, e, por mais que o infeliz a soprasse, a teimosa continuou a chuch-lo com a mais descarada impunidade. Antes mil vezes cinco sabatinas seguidas, em tempo de barracas no Campo!... dizia ele consigo.Mas as moas falam j h cinco minutos; faamos por colher algumas belezas, o que , na verdade, um pouco difcil, pois, segundo o antigo costume, falam todas quatro ao mesmo tempo. Todavia. Alguma coisa se aproveitar.

MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha, Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 113.

No trecho ...por mais que o infeliz a soprasse,... (. 14), o pronome em destaque refere-se

A) roupa.

B) aranha.

C) respirao.

D) pulga.

------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Texto

Soneca sem culpa

Juliana Tiraboschi

Todos sabem que dormir bem ajuda a manter a sade.Mas o sono ainda cercado de desconhecimentos e mitos, como o de que precisamos dormir 8 horas por dia. Isso mentira, diz Marco Tlio de Mello, chefe da disciplina de Medicina e Biologia do sono do Departamento de Psicologia da Unifesp. Acontece que a mdia da populao precisa de sete horas e 40 minutos de sono para sentir-se bem, mas h os curtos dormidores, que necessitam de menos de seis horas e meia, e os longos, que requerem mais de 8 horas.A siesta outro tema que desperta opinies controversas.Enquanto uns acham que cochilar depois do almoo um merecido descanso, outros veem a prtica com pouca tolerncia. Mas cada vez mais estudos vm demonstrando que a soneca traz benefcios fsicos, como a recuperao do corpo, e mentais, como o aumento da concentrao.Ela tima para quem vai trabalhar tarde, diz Mello. [...]E se algum falar pra voc que cochilo coisa de preguioso, diga que um estudo da Universidade de Harvard mostrou que sonecas dirias de 45 minutos so suficientes para turbinar a memria e o aprendizado. No um timo argumento?

GALILEU. So Paulo: Abril. set. 2008. n. 206. p. 26. Adapatado: Reforma Ortogrfica

No Texto, no trecho Isso mentira, a palavra destacada refere-se ao trecho

A) precisamos dormir 8 horas por dia.

B) a siesta outro tema controverso.

C) a soneca traz benefcios fsicos.

D) cochilo coisa de preguioso.

E) mas a maioria se beneficiaria.

------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A hora dos ruminantes

A noite chegava cedo em Manarairema. Mal o sol se afundava atrs da serra quase que de repente, como caindo j era hora de acender candeeiros, de recolher bezerros, de se enrolar em xales. A friagem at ento continuada nos remansos do rio, em fundos de grotas, em pores escuros, ia se espalhando, entrando nas casas, cachorro de nariz suado farejando.Manarairema, ao cair da noite anncios, prenncios, bulcios. Trazidos pelo vento que bate pique nas esquinas, aqueles infalveis latidos, choros de criana com dor de ouvido, com medo do escuro. Palpites de sapos em conferncia, grilos afiando ferros, morcegos costurando a esmo, estendendo panos pretos, enfeitando o largo para alguma festa soturna.Manarairema vai sofrer a noite. [...]No se podia mais sair de casa, os bois atravancavam as portas e no davam passagem, no podiam; no tinham para onde se mexer. Quando se abria uma janela no se conseguia mais fech-la, no havia fora que empurrasse para trs aquela massa elstica de chifres, cabeas e pescoos que vinha preencher o espao.Frequentemente surgiam brigas, e seus estremecimentos repercutiam longe, derrubavam paredes distantes e causavam novas brigas, at que os empurres, chifradas, ancadas forassem uma arrumao temporria. O boi que perdesse o equilbrio e ajoelhasse nesses embates no conseguia mais se levantar, os outros o pisavam at matar, um de menos que fosse j folgava um pouco o aperto mas s enquanto os empurres vindos de longe no restabelecessem a angstia. [...]

VEIGA, Jos J. Disponvel em: . Acesso em: 5 mar. 2012. Fragmento.

No trecho ... no se conseguia mais fech-la, ... (. 21-22), o termo destacado refere-se

A) noite.

B) casa.

C) janela.

D) fora.

E) massa.------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Pensamento positivo pode ajudar a combater doenas

[...] J bem aceito pela medicina que os pensamentos negativos e a ansiedade podem nos deixar mais susceptveis a doenas. O estresse que til em pequenas doses para preparar o corpo para a ao ou fuga quando constante, aumenta os riscos de diabetes e at demncia.O que os pesquisadores esto descobrindo agora que o pensamento positivo no s ajuda a combater o estresse, mas tambm tm efeitos positivos na sade. Sentir-se seguro e acreditar que as coisas vo melhorar pode ajudar o corpo a se curar. Uma compilao de estudos publicada na revista de Medicina Psicossomtica sugere que os benefcios do pensamento positivo acontecem independente do dano causado pelo estresse ou pessimismo. [...]

Disponvel em: . Acesso em: 8 set. 2011. Fragmento.

No trecho ... que til em pequenas doses..., o pronome relativo em destaque refere-se palavra

A) ansiedade.

B) estresse.

C) fuga.

D) pensamento.

E) pessimismo.

------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto 1

Exticos, pequenos e viciantes

Ao caminharmos pela cidade, nas alamedas e nas praas frequente vermos pessoas falando ao celular, gente dirigindo com uma das mos, pessoas apertando botes e at tirando fotos com seus aparelhos digitais. At ouvimos os toques polifnicos diversifi cados e altos que se confundem com as buzinas e os sons urbanos mais comuns.

O que me chama a ateno so os tamanhos, os formatos e as mltiplas funes dessas coisas que tambm so teis, quando no passam de meros badulaques teens.

Os celulares esto cada vez mais viciosos, uma coqueluche. J fazendo analogia com a peste, os celulares esto se tornando uma febre, [...] bem como outros aparelhos pequenos, teis e viciantes. [...] Tem gente que no vive sem o celular! No fica sem aquela olhadinha, telefonema ou mensagem instantnea, uma mania mesmo.

Interessante, uma vez, um amigo meu jornalista disse que os celulares podem ser prteses. Bem como outro objeto, status ou droga podem ser prteses. Pode haver gente que no tm amigos, mas tem o melhor celular, o mais moderno, uma prtese para a vida.

Pode ser que haja gente que no seja feliz, mas tenha uma casa boa, o carro do ano, o poder, a fama e muito dinheiro, tem prteses.

Tudo que tenta substituir o natural, o simples da vida, ser prtese de uma pessoa. Aqui, entendo natural como a busca da realizao, da felicidade, do bem-estar que se constri pela simplicidade, pelo prazer de viver. Viver includo no mundo digital e moderno legal, mas preciso manter o senso crtico de que as coisas podem ser pequenas, teis e viciantes. VIANA, Moiss.

Disponvel em: . Acesso

em: 4 fev. 2012. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortogrfi ca.No Texto 1, no trecho ... preciso manter o senso crtico de que as coisas podem ser pequenas, teis e viciantes. (. 37), a expresso destacada enfatiza

A) a importncia dos celulares na vida moderna.

B) a inferioridade dos aparelhos celulares.

C) a tecnologia presente nos aparelhos celulares.

D) uma crtica ao uso do celular e seus malefcios.

E) uma relao entre o tamanho do celular e o vcio.------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponvel em: . Acesso em: 8 jan. 2012.

Nesse texto, as formas verbais Tire e Fique foram usadas para expressar

A) um alerta.

B) um desejo.

C) um pedido.

D) uma ordem.

E) uma splica.------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Leitura: quem comea no para mais

Mundo Jovem: Qual a importncia da leitura para os jovens?Elisabeth Dangelo Serra: A leitura no mundo moderno a habilidade intelectual mais importante a ser desenvolvida e cultivada por qualquer pessoa e de qualquer idade. Os jovens que no tiveram a oportunidade de descobrir os encantos e os poderes da leitura tero mais dificuldades para realizar seus projetos de vida do que aqueles que escolheram a leitura como companhia. Apesar dos atrativos atuais trazidos pelas novas tecnologias, hoje h um nmero expressivo de jovens que leem porque gostam e ao mesmo tempo so usurios da internet.Aqueles que so leitores tm muito mais chances de usufruir da internet do que aqueles que no tm contato com a leitura de livros, jornais e revistas. Contudo a leitura literria que alimenta a imaginao, a fantasia, criando as condies necessrias para pensar um projeto de vida com mais conhecimento sobre o mundo, sobre as coisas e sobre si mesmo.Uma mensagem: nunca tarde para comear a ler literatura. Portanto aqueles que no

trilharam esse caminho, e desejarem experimentar, vale a pena tentar.Mundo Jovem: Como nos tornamos leitores, como desenvolvemos o gosto pela leitura?Elisabeth Dangelo Serra: S h uma maneira de nos tornarmos leitores: lendo. E essa atitude cultural, ela no nasce conosco, tem que ser desenvolvida e sempre alimentada.O entorno cultural em que a pessoa vive determinante para que a habilidade de ler tenha chances de crescer. Ela fruto do exemplo e das oportunidades de contato com a cultura letrada, em suas diversas formas. O exemplo e as oportunidades so criados por adultos que esto prximos s crianas e aos jovens.

Disponvel em: . Acesso em: 15 abr. 2011. Fragmento.

No trecho ... tem que ser desenvolvida e sempre alimentada. (. 34), a palavra destacada assume no contexto o sentido de

A) aperfeioada.

B) apreciada.

C) avaliada.

D) exercitada.

E) sustentada.------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Disponvel em: . Acesso em: 9 out. 2012.

Nesse texto, no trecho D uma voltinha de carro com o barbeiro, a palavra destacada tem o sentido de

A) pessoa que coleciona carros.

B) pessoa que dirige mal.

C) pessoa que usa barba ou bigode.

D) profi ssional que trabalha com carros.

E) profi ssional que faz barba e cabelo.------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Antes e depois

O salo entornava luz pelas janelas. No sof, bocejava a boa [...] D. Maria, digerindo sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno consorte, o desembargador, apreciava o fresco da noite janela, sugando com rudo a fumaa de um havana, com os olhos nos astros e as mos nas algibeiras. Perto do piano, arrulavam meia-voz Belmiro e Clara... J se sabe: dois pombinhos...O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto; Clara... tocava e cantava...

II

Belmiro, disse o desembargador, atirando rua a ponta do charuto, manda Clara cantar... Cante, D. Clara, pediu Belmiro.Clara cantou... Cantou mesmo? No sei. Mas as notas entraram melfluas pelos ouvidos de Belmiro e foram cair-lhe como acar no paladar do corao... Esplndido! Esplndido! dizia ele, fazendo chegar a umidade do hlito face rosada da meiga Clarinha...O desembargador olhava outra vez para os astros...

III

Rola o tempo...Numa casinha modesta de S. Cristvo, mora o Dr. Belmiro com sua senhora D. Clara...Os vizinhos dizem cousas... ih!

IV

Como vais, Belmiro? Mal! Mal?... disseram-me que te casaste com a tua Clarinha... Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor ningum vive; de feijes... Ento... Devo at a roupa com que me cubro!... E o dote? Ah! Ah! Adeusinho...

V

noite.D. Clara est ao piano. Um vestido enxovalhado escorre-lhe da cintura abaixo, sem um enfeite. D. Clara est magra. No cho arrasta-se um pequenote de um ano, com uma camisolinha [...] amarrada em ns sobre o cccix.Clara toca; e no canta, porque tem os olhos vermelhos e inflamados...O Dr. Belmiro vem da rua zangado. No sei o que faz a senhora, gastando velas a atormentar-me!... Mande para o diabo as suas msicas e v-se com elas!

POMPEIA, Raul. A comdia. So Paulo, n. 66, 21 maio 1931. Disponvel em: . Acesso em: 3 fev. 2012. Fragmento.

No trecho ... gastando velas a atormentar-me! (. 51-52), o pronome destacado refere-se

A) D. Clara.

B) D. Maria.

C) ao desembargador.

D) ao Dr. Belmiro.

E) ao pequenote.------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Carta de Leitor

Enaltecer a habilidade literria de Lya Luft seria chover no molhado. Eu a acompanho sempre, pois creio que ela detentora da qualidade de que almejo um dia chegar prximo, e de hoje coloco em crnicas num blog cujo foco so o otimismo e a esperana. Por esse motivo, o artigo de Lya tocou-me mais do que nunca, especialmente porque sempre se percebe nela a preocupao em desfazer a opinio de alguns que a qualificam como mal-humorada, ranzinza e saudosista. Lya, no meu modo de ver, realista, perspicaz, observadora e analista da realidade. No presente artigo, nesse momento em que passamos a ver uma tnue luz no fim do tnel mundial, ela aponta e vislumbra a luminosidade sobre todos os entraves que impedem o brasileiro e o ser humano universal de viver com um mnimo de dignidade. Ainda possvel mudar.Teodoro Uberreich

Veja, Ilha Bela, SP, 2 nov. 2011.

No Texto 2, o autor usou a expresso chover no molhado (. 2) para expressar

A) admirao.

B) entusiasmo.

C) frustrao.

D) ironia.

E) monotonia.

------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A importncia da leitura como identidade social

[...] Um dos nossos objetivos incentivar a leitura de textos escritos, no apenas daqueles legitimados pelos acadmicos como boa leitura, mas os escolhidos livremente. Pela anlise dos nmeros da ltima Bienal do Livro realizada em So Paulo, constata-se que ler no problema, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2.200.000 ttulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que l compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogar com os textos?

Muitos livros vendidos na Bienal tm como foco a primeira e a segunda viso de leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domnio da lngua a base para a leitura.

Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidado pleno em relao a sua identidade. A construo da identidade social um fenmeno que se produz em referncia aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociao direta com as pessoas. A leitura a ferramenta que assegurar no apenas a constituio da identidade, como tambm tornar esse processo contnuo.

Para tornar isso factvel podemos, como educadores, adotar estratgias de incentivo, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histrias em quadrinhos, at chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos cientficos. Construir em sala de aula relaes intertextuais entre gneros e autores tambm uma estratgia vlida.

A famlia tambm tem papel importante no incentivo leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais no so leitores? Cabe famlia no apenas tornar a leitura acessvel, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos mesa questes polticas, a trama da novela, por que no trazermos para nosso cotidiano discusses sobre os livros que lemos?

KOCH, Ingedore Villaa; ELIAS, Vanda Maria. Disponvel em: . Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento.

Nesse texto, no trecho a aceitabilidade que temos e a credibilidade (. 15-16), o pronome destacado refere-se palavra

A) aceitabilidade.

B) credibilidade.

C) identidade.

D) leitura.

E) negociao.

------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Cafezinho

Leio a reclamao de um reprter irritado que precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou concluso de que o funcionrio passou o dia inteiro tomando caf.Tinha razo o rapaz de ficar zangado. [...]A vida triste e complicada. Diariamente preciso falar com um nmero excessivo de pessoas.O remdio ir tomar um cafezinho. Para quem espera nervosamente, esse cafezinho qualquer coisa infinita e torturante. Depois de esperar duas ou trs horas d vontade de dizer: Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr. Bonifcio morreu afogado no cafezinho.Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e vago: Ele saiu para tomar um caf e disse que volta j.Quando a bem-amada vier com seus olhos tristes e perguntar: Ele est? algum dar o nosso recado sem endereo. Quando vier o amigo e quando vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o recado ser o mesmo: Ele disse que ia tomar um cafezinho...Podemos, ainda, deixar o chapu. Devemos at comprar um chapu especialmente para deix-lo. Assim diro: Ele foi tomar um caf. Com certeza volta logo. O chapu dele est a...Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida complicada demais.Gastamos muito pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor no estar.Quando vier a grande hora de nosso destino ns teremos sado h uns cinco minutos para tomar um caf. Vamos, vamos tomar um cafezinho.

BRAGA, Rubem. Disponvel em: .

Acesso em: 17 fev. 2012.

1) O trecho ... lhe disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho. (. 3-4), o pronome destacado refere-se ao

A) reprter.

B) delegado.

C) amigo.

D) credor.

E) parente.

2) Nesse texto, a expresso ... mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. (. 18-19) foi usada para

A) colocar em destaque os benefcios oferecidos pelo caf.

B) demonstrar o sentimentalismo do autor.

C) destacar a importncia do caf na vida das pessoas.

D) fazer referncia a elementos religiosos.

E) intensificar a ideia do cafezinho como fuga dos problemas.

------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Educao ambiental: uma alternativa?

A educao ambiental uma alternativa que parece no ter efeito. Isso acontece porque muita gente entende educao ambiental como verdismo, simplesmente passear em parques, visitar animais, promover e/ou participar de campanhas de separao de lixo. Mas isso muito superficial. Isso uma forma de separar a natureza em sua dimenso natural da sua dimenso interna. como separar o mundo externo do mundo da sua prpria casa, ou da instituio da escola. Ento, educao ambiental ressensibilizao, tomada de conscincia existencial, de como podem ser criados modos de ser, modos de vida, onde o cultivo das emoes positivas, dos valores, da vida simples, do que a nossa tradio herdou.

Essas tradies eram sustentveis em termos de alimentao, de medicao natural. Por exemplo, o que os ndios nos legaram. S que tomamos um rumo chamado progresso que nos levou a essa situao de crise.

Disponvel em: . Acesso em: 22 dez. 2011. Fragmento.

No trecho ... isso muito superficial. (. 4), o pronome destacado retoma o trecho:

A) ... uma alternativa que parece no ter efeito. (. 1-2)

B) ... entende educao ambiental como verdismo,... (. 3-4)

C) ... separar a natureza em sua dimenso natural... (. 7-8)

D) ... separar o mundo externo do mundo da sua prpria casa,... (. 9-10)

E) ... cultivo das emoes positivas, dos valores, da vida simples,... (. 14-15)

------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Ainda mais uma vez Adeus!

I

Enfim te vejo! enfim posso,

Curvado a teus ps, dizer-te

Que no cessei de querer-te,

Pesar de quanto sofri.

Muito penei! Cruas nsias

Dos teus olhos afastado

Houveram-me acabrunhado,

A no lembrar-me de ti!II

Dum mundo a outro impelido,

Derramei os meus lamentos

Nas surdas asas dos ventos,

Do mar na crespa cerviz!

Baldo, ludibrio da sorte

Em terra estranha, entre gente,

Que alheios males no sente,

No se condi do infeliz! [...]

XVI

Adeus queu parto, senhora:

Negou-me o fado inimigo

Passar a vida contigo,

Ter sepultura entre os meus;

Negou-me nessa hora extrema,

Por extrema despedida,

Ouvir-te a voz comovida

Soluar um breve Adeus!

XVII

Lers porm algum dia

Meus versos dalma arrancados,

Damargo pranto banhados,

Com sangue escritos; e ento

Confio que te comovas,

Que a minha dor te apiade,

Que chores, no de saudade,

Nem de amor; de compaixo.

DIAS, Gonalves. Poesia. IN. BOSI, Alfredo. Histria Concisa da Literatura Brasileira. 2 ed. So Paulo: Cultrix, 1967. Fragmento.

Nesse texto, infere-se que a palavra fado (v. 18), significa

A) cano.

B) destino.

C) problemas.

D) separao.

E) sorte.------------------------------------------------------------

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Pneumotrax

Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.

A vida inteira que podia ter sido e que no foi:

tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o mdico:

Diga trinta e trs.

Trinta e trs, Trinta e trs... Trinta e trs.

Respire.

.................................

O senhor tem uma escavao no pulmo esquerdo e o pulmo direito infiltrado.

Ento, doutor, no possvel tentar o pneumotrax?

No. A nica coisa a fazer tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 5. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1974. *Adaptado: Reforma Ortogrfica.

Nesse texto, o trecho A nica coisa a fazer tocar um tango argentino. (v. 12) sugere

A) compaixo.

B) desprezo.

C) exagero.

D) ironia.

E) musicalidade.

------------------------------------------------------------

10