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análise das novas tecnologias energéticas nacionais e cenarização do seu impacto no sistema energético nacional D2: Potencial Nacional de Investigação e Desenvolvimento em Novas Tecnologias Energéticas Setembro 2010 www.evalue.pt

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análise das novas tecnologias energéticas nacionais e

cenarização do seu impacto no sistema energético nacional

D2: Potencial Nacional de

Investigação e Desenvolvimento em

Novas Tecnologias Energéticas

Setembro 2010

www.evalue.pt

2

sobre a E.Value

A E.Value é uma empresa de consultoria e desenvolvimento, com competências nas áreas da engenharia e economia do ambiente, em particular na economia do carbono.

A ambição da E.Value é acrescentar valor (ambiental) aos negócios, à economia e à vida quotidiana.

A E.Value foi fundada em 2004.

Acrescentamos valor ao dia-a-dia

A E.Value opera nas áreas da economia do carbono, responsabilidade ambiental, economia e gestão da energia, e mobilidade nas empresas.

Apoia a definição de políticas públicas, nomeadamente no contexto do Programa Nacional para as Alterações Climáticas e do Pacote Energia Clima 2020.

Desenvolveu a marca CarbonoZero®, vocacionada para a gestão e

compensação voluntária de emissões, líder no mercado nacional.

Para a área da energia, concebeu o e2trade®, um sistema de cap and trade

para redução do consumo de energia nas organizações (ERSE | Plano de Promoção da Eficiência no Consumo 2007).

Estas marcas complementam a sua consultoria na concepção e implementação de estratégias integradas de energia e carbono, baseadas em soluções óptimas de tecnologia e boas-práticas de acção, e no desenvolvimento de planos de gestão de mobilidade.

Na área da responsabilidade ambiental tem em fase de desenvolvimento o SARA.E, um protótipo de base tecnológica para avaliação da responsabilidade ambiental das empresas (QREN | FEDER, 2008).

www.evalue.pt

3

SUMÁRIO

O presente documento constitui a componente B do

projecto “Roadmap para as Novas Tecnologias Energéticas:

PORTUGAL 2010-2050, Análise de novas tecnologias

energéticas nacionais e cenarização do seu impacto no

sistema energético nacional”, objecto do Contrato de

Concessão de Incentivos Financeiros celebrado em 2 de

Março de 2010, no âmbito do Fundo de Apoio à Inovação.

Tem o propósito de identificar nichos e tendências de

desenvolvimento, alicerçados em competências internas,

dando cumprimento aos desígnios da estratégia Nacional de

Energia (ENE2020), e balizados pelo quadro internacional de

Investigação, Desenvolvimento e Demonstração (ID&D), em

particular o definido pelo SET-Plan da União Europeia.

O panorama nacional em ID&D de novas tecnologias

energéticas, privilegiando as que se suportam nos recursos

endógenos nacionais, é analisado através de um conjunto de

150 projectos, financiados a nível nacional e Europeu no

período 2000-2010, desenvolvidos por centros de I&D,

grupos de investigação universitários, empresas, ou outras

entidades nacionais. Para alguns vectores energéticos, como

a energia eólica, o solar térmico e fotovoltaico e

componentes associadas às redes eléctricas, Portugal detém

actualmente produção industrial e uma dinâmica

empresarial que deve ser considerada como valor

acrescentado na promoção da ID&D nacional. No entanto,

esta componente está fora do âmbito do presente estudo,

não se tendo por isso avaliado a magnitude do seu impacto.

Os projectos de ID&D enquadrados na cadeia de inovação

das novas tecnologias energéticas, permitiu detectar as

seguintes tendências actuais: i) elevado dinamismo em

todos os vectores energéticos; ii) fatia significativa de

projectos com uma componente demonstração explícita na

maioria dos vectores energéticos; iii) vários projectos de

energia solar fotovoltaica, com recurso a financiamento

exclusivamente nacional posicionam-se já numa fase de pré-

comercialização; iv) elevado número de projectos no vector

oceanos; v) os projectos de biocombustíveis de 2ª geração

com preponderância de financiamento nacional; vi) as redes

eléctricas inteligentes tem um número significativo de

projectos; vii) as redes eléctricas inteligentes, o solar

térmico, geotermia, e oceanos com forte componente de

financiamento Europeu, e portanto com ligações a parceiros

Europeus, o que poderá traduzir o potencial nacional para

contribuir de forma significativa nas iniciativas Smart Cities e

Rede Eléctrica, Solar e Bioenergia.

Portugal fica muito aquém do nível de investimento público

(0,01% do PIB nacional), quando comparado com países

Europeus activos na promoção de ID&D na área das novas

energias, como Espanha, França ou Alemanha, com valores

de 0,04%. Para ambicionar um nível equivalente de

desenvolvimento tecnológico, será necessário quadruplicar

o investimento público Português. Percepciona-se que o

nível de investimento privado em ID&D é também muito

reduzido, embora estejam em desenvolvimento alguns

projectos com uma forte componente de inovação.

Nos últimos anos, Portugal viu crescer de forma significativa

os projectos ID&D aprovados: +70% a partir de 2008 face ao

período 2000-2008. Cerca de 60% destes projectos foram

financiados por sistemas de incentivos/programas nacionais

(sobretudo ADI e FAI) no montante de 57 M€, sendo o

financiamento concedido após 2008 mais de 5 vezes

superior ao período 2000-2008, o que traduz um empenho

crescente da comunidade nacional e uma aposta clara dos

instrumentos nacionais nas novas tecnologias de energia.

Considerando as várias fases da cadeia de valor da inovação

tecnológica em Portugal, foram identificadas as seguintes

estratégias de apoio futuro:

Desenvolvimento e Produtização: redes eléctricas

nacionais, mobilidade eléctrica e solar (películas finas e

fotovoltaico de concentração);

Produtização/Implementação: eólico offshore, no que

se refere a componentes, e ondas, privilegiando a

demonstração e test site na costa Portuguesa,

Investigação e Desenvolvimento: solar fotovoltaico de

3ª geração, com eficiência de 40%; biocombustíveis de

2ª geração, com ênfase nas matérias-primas e

tecnologias de conversão de elevado rendimento;

geotermia de alta temperatura no território Continental,

no que se refere ao estudo do recurso.

A consolidação da ambição nacional em novas tecnologias

energéticas exige: i) política clara de apoio à ID&D, cobrindo

toda a cadeia de valor da tecnologia, e reforço do

investimento, ii) desburocratização no acesso aos apoios, e

concentração da submissão de candidaturas num único

acesso; iii) promoção nas empresas de uma cultura e de

instrumentos de investimento de risco; iv) desenvolvimento

de um nível de competências de excelência, que permita

contratualizar actividades de demonstração, já que é

reconhecido a ausência de escala e infra-estruturas

adequadas nas actuais unidades do Sistema Cientifico e

Tecnológico Nacional; v) formação de nível superior de

tecnólogos.

Sem o reforço a curto e muito curto prazo das actividades de

ID&D nestes aspectos, entre outros, dificilmente Portugal

terá um papel relevante em matéria de desenvolvimento de

tecnologias energéticas emergentes, à escala Europeia e

Mundial.

4

ÍNDICE

SUMÁRIO ................................................................................................................................................................. 3

1. NOTA METODOLÓGICA .................................................................................................................................. 5

2. INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E DEMONSTRAÇÃO NACIONAL EM NOVAS TECNOLOGIAS

ENERGÉTICAS .................................................................................................................................................. 8

2.1 ENQUADRAMENTO NO CONTEXTO INTERNACIONAL ............................................................................ 8

2.2 PROJECTOS DE ID&D EM NOVAS TECNOLOGIAS ENERGÉTICAS .......................................................... 10

2.2.1 ANÁLISE POR VECTOR TECNOLÓGICO ........................................................................................ 11

2.2.2 PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTO .................................................................................. 13

3. ACTIVIDADE NACIONAL DE ID&D EM NOVAS TECNOLOGIAS ENERGÉTICAS ................................................ 14

3.1 EÓLICA | PROJECTOS ID&D .................................................................................................................. 18

3.2 SOLAR | PROJECTOS ID&D ................................................................................................................... 19

3.3 OCEANOS | PROJECTOS ID&D .............................................................................................................. 21

3.4 BIOCOMBUSTIVEIS | PROJECTOS ID&D ............................................................................................... 22

3.5 BIOMASSA | PROJECTOS ID&D ............................................................................................................ 23

3.6 GEOTÉRMICA | PROJECTOS ID&D ........................................................................................................ 23

3.7 MOBILIDADE ELÉCTRICA | PROJECTOS ID&D ....................................................................................... 24

3.8 REDES ELÉCTRICAS INTELIGENTES | PROJECTOS ID&D ........................................................................ 25

3.9 CAPTURA E ARMAZENAMENTO DE CO2 | PROJECTOS ID&D ............................................................... 26

3.10 PILHAS DE COMBUSTÍVEL | PROJECTOS DE ID&D ................................................................................ 26

4. CONTRIBUTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ID&D EM NOVAS ENERGIAS............................................. 27

A. DESENVOLVIMENTO E PRODUTIZAÇÃO ....................................................................................................... 29

B. PRODUTIZAÇÃO / IMPLEMENTAÇÃO ........................................................................................................... 31

C. INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................... 32

ANEXO | DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PROJECTOS DE ID&D .............................................................................. 34

EÓLICA ............................................................................................................................................................. 35

SOLAR .............................................................................................................................................................. 38

OCEANOS ......................................................................................................................................................... 43

BIOCOMBUSTÍVEIS .......................................................................................................................................... 50

BIOMASSA ....................................................................................................................................................... 53

GEOTÉRMICA ................................................................................................................................................... 55

MOBILIDADE ELÉCTRICA .................................................................................................................................. 57

REDES ELÉCTRICAS INTELIGENTES ................................................................................................................... 59

CAPTURA E ARMAZENAMENTO DE CO2 .......................................................................................................... 64

PILHAS DE COMBUSTÍVEL ................................................................................................................................ 65

5

1. NOTA METODOLÓGICA

A caracterização do potencial nacional de ID&D1 em novas tecnologias energéticas suporta-se em

duas tarefas principais: caracterização de projectos ID&D e identificação das entidades nacionais de

natureza pública e privada, que neles participam sejam como promotor ou parceiro, e realização de

reuniões com agentes de algumas destas entidades.

Foi realizada uma consulta exaustiva de bases de dados de projectos de ID&D aprovados por programas/sistemas de incentivos de âmbito nacional e Europeu, na área da energia, tendo sido seleccionados aqueles que privilegiam as novas tecnologias energéticas suportados em recursos endógenos. Tem-se como pressuposto que toda a actividade de ID&D é concretizada em projectos, financiados por um sistema nacional ou Europeu. Esta análise incidiu exclusivamente sobre projectos de ID&D, não tendo sido considerados projectos de outra natureza, financiados depois do ano 2000, inclusive, onde figure como participante pelo menos uma entidade nacional. Não foram analisados projectos no domínio da energia nuclear, e da produção e armazenamento de hidrogénio por se considerarem fora do âmbito deste estudo. Foram considerados no entanto, projectos de ID&D na área das pilhas de combustível a hidrogénio.

Com base na informação recolhida, foi criada uma base de dados de projectos, onde foram sistematizados, sempre que existia informação disponível para o efeito, um conjunto de elementos caracterizadores, designadamente: (i) acrónimo, (ii) descrição, (iii) ano em que foi concedido o apoio financeiro, (iv) vector tecnológico, (v) entidade financiadora, (vi) promotor, (vii) financiamento nacional ou internacional, (viii) parceiros. Desta forma, foi possível identificar as entidades nacionais, públicas e empresariais, que estão envolvidas em projectos de ID&D, e os vectores tecnológicos sobre os quais incidem os projectos, em que fase da cadeia de inovação se enquadram e quais as tendências que se verificam em matéria de financiamento nacional, entre outros aspectos. As bases de dados de projectos consultadas incluem as seguintes.

NACIONAIS

Fundação para a Ciência e Tecnologia | Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (FCT-MCTES)2: base de dados de projectos de I&D aprovados no domínio da energia, incluindo os projectos de Investigação Científica e de Desenvolvimento Tecnológico financiados no âmbito do Programa MIT-Portugal-2008.

1 Para clarificação de termos, são definidos os seguintes:

o I&D investigação e desenvolvimento, inclui a investigação de um dado assunto e o processo de observação de

factos com o propósito final de desenvolver aplicações comerciais.

o ID&D investigação, desenvolvimento e demonstração, inclui as etapas anteriores, mas integra ainda a fase de

demonstração da tecnologia à escala pré-comercial, com o objectivo de testar e melhorar a fiabilidade, promover

melhorias e redução de custos de operação e manutenção.

o IDD&P investigação, desenvolvimento, demonstração e produtização/implementação, para além das etapas

anteriores, inclui uma fase de integração no sistema energético. Nesta fase as tecnologias podem ainda não ser

competitivas no mercado, carecendo de apoios públicos. 2 http://alfa.fct.mctes.pt/apoios/projectos/consulta/projectos.phtml.en

A. CARACTERIZAÇÃO DE PROJECTOS DE INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, E

DEMONSTRAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ENTIDADES NACIONAIS DE NATUREZA PÚBLICA E

PRIVADA, QUE NELES PARTICIPAM

6

Fundo de Apoio à Inovação (FAI)3: projectos de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico aprovados pelo FAI no domínio das energias renováveis e da eficiência energética.

Agência de Inovação (ADI)4: base de dados de projectos apoiados no domínio das fontes de energia renováveis e tecnologias energéticas emergentes.

Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN)5: lista de apoios concedidos pelo sistema de incentivos QREN e pelos sistemas de apoio do Programa Operacional Factores de Competitividade (COMPETE) a projectos que incluem energias renováveis, à data de 31 de Dezembro de 2009. Atendendo à diversidade do âmbito de aplicação do QREN e à natureza do trabalho efectuado, apenas foram considerados os projectos abrangidos pelo Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico nas Empresas (I&DT), no âmbito das seguintes medidas: (i) I&DT Empresas/Projectos Individuais; (ii) I&DT Empresas/Projectos em Co-promoção; (iii) I&DT Empresas/Vale I&DT, Tabela 1.

Tabela 1 | Medidas do QREN consideradas no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT nas Empresas.

I&DT Empresas - Projectos que envolvam actividades de investigação industrial e/ou de desenvolvimento experimental, conducentes à criação de novos produtos, processos ou sistemas ou à introdução de melhorias significativas em produtos, processos ou sistemas existentes, de acordo com as modalidades que são apresentadas seguidamente.

PROJECTOS INDIVIDUAIS PROJECTOS EM CO-PROMOÇÃO VALE I&DT

projectos realizados por uma empresa

projectos realizados em parceria entre empresas ou entre estas e entidades do Sistema Científico e Tecnológico (SCT), as quais, em resultado da complementaridade de competências ou de interesses comuns no aproveitamento de resultados de actividades de I&DT, se associam para potenciarem sinergias ou partilharem custos e riscos, sendo esta parceria formalizada através de um contrato de consórcio e coordenada por uma empresa

projectos promovidos exclusivamente por pequenas e médias empresas (PME) visando a aquisição de serviços de I&DT a entidades do SCT qualificadas para o efeito

Fonte: www.incentivos.qren.pt

INTERNACIONAIS

6º e 7º Quadros Comunitários de Apoio (FP6 e FP7)6: base de dados de projectos na área da energia.

Intelligent Energy Europe (IEE)7: base de dados de projectos aprovados pelo programa.

3 http://fai.pt/projectos-aprovados/

4 http://projectos.adi.pt/

5 http://www.pofc.qren.pt/PresentationLayer/conteudo.aspx?menuid=451

6 http://cordis.europa.eu/fp7/projects_en.html e http://cordis.europa.eu/fp6/projects.htm

7 http://ieea.erba.hu/ieea/page/Page.jsp

7

Os projectos de ID&D identificados foram enquadrados em função do seu âmbito e objectivos, num dos seguintes vectores tecnológicos:

Eólica [Onshore | Offshore]

Solar [Fotovoltaica | Termoeléctrica de Concentração | Térmica]

Oceanos [Ondas | Marés]

Biocombustíveis [1ª | 2ª Geração]

Biomassa

Geotérmica

Mobilidade Eléctrica

Redes Eléctricas Inteligentes

Captura e Armazenamento de CO2 [CCS]

Pilhas de Combustível

Outros [vários vectores, estudos, entre outros]

A realização de entrevistas a um conjunto de entidades, nomeadamente empresas que se destacam na sua área de actuação e que apresentam uma forte componente de inovação, por vezes sustentada em actividades de I&D, teve como objectivo:

avaliar a forma como perspectivam a evolução do mercado em que se enquadram e identificar quais as tecnologias que consideram mais promissoras.

avaliar o seu posicionamento na cadeia de inovação da tecnologia.

identificar barreiras ao desenvolvimento da tecnologia e perspectivar de que forma podem ser ultrapassadas.

identificar áreas prioritárias em termos de ID&D.

solicitar a validação de informação técnico-económica sobre tecnologias constante da base de dados do modelo TIMES_PT (The Integrated Markal‐EFOM System_Portugal), designadamente custos de investimento, custos de operação e manutenção, tempo de vida útil, eficiência da tecnologia, entre outros aspectos.

As entidades e empresas contactadas no âmbito desta tarefa estão identificadas na Tabela 2.

Tabela 2 | Entidades e empresas contactadas no âmbito do trabalho.

EMPRESAS CENTROS DE I&D OUTROS

EDP Inovação Galp Inovação Galp Biocombustíveis EFACEC Martifer Solar WS Energia MAG Power AO SOL, Energias Renováveis REN, Redes Energéticas Nacionais

Laboratório Nacional de Energia e Geologia [LNEG] Centro de Energia das Ondas [WAVE-

Energy Center] Centro Tecnológico da Cerâmica e do

Vidro [contacto telefónico] Raiz Centro de Investigação da Floresta e

do Papel [contacto telefónico]

ENERGYIN - Pólo de Competitividade de Tecnologia da Energia

B. REUNIÕES COM ENTIDADES NACIONAIS

8

2. INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E DEMONSTRAÇÃO

NACIONAL EM NOVAS TECNOLOGIAS ENERGÉTICAS

Neste capítulo sistematiza-se informação sobre os seguintes aspectos:

2.1 ENQUADRAMENTO NO CONTEXTO INTERNACIONAL

Tendo em conta o contexto internacional, é particularmente evidente que o orçamento público

nacional para actividades de ID&D na área de energia é muito reduzido face ao que se verifica em

outros países.

Centrando a análise nos dados do Eurostat8, em particular no item Government budget

appropriations or outlays on R&D (GBAORD), NABS07 (Energy) relativo ao ano 2008, que traduz o

investimento público em I&D na área de energia, expresso como percentagem do PIB, conclui-se que

os recursos financeiros alocados pelo estado Português para este sector de actividade são muito

reduzidos, cerca de 0,01% do PIB nacional, o que compara com valores de 0,10% do PIB para o Japão

e 0,04% do PIB para Espanha e França, Figura 1.

Para que Portugal atinja o nível de países como a Espanha, França ou Alemanha, que constituem o

benchmark actual a nível Europeu, é necessário que os montantes de investimento público em I&D

na área de energia registados no ano 2008 sejam multiplicados por um factor de 4. Atendendo aos

constrangimentos financeiros actuais, não parece expectável que num futuro próximo estes valores

venham a crescer significativamente.

8 http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/eurostat/home

INVESTIMENTO PÚBLICO

EM ID&D EM ENERGIA

| CONTEXTO

INTERNACIONAL

investimento público nacional em ID&D na área da energia, face à realidade Europeia e Mundial, tendo como fonte de informação as estatísticas da Agência Internacional de Energia (AIE) e do Eurostat, em termos de investimento por unidade de Produto Interno Bruto (PIB).

ACTIVIDADES DE ID&D

EM PORTUGAL

dinâmica dos vectores tecnológicos em termos de financiamento, proveniente de programas e sistemas de incentivos nacionais.

tipo de participantes, montantes envolvidos, tipologia e número de projectos aprovados à escala nacional.

tendências temporais, designadamente em termos de fontes e montantes de financiamento de projectos, no período 2000-2008.

tendências das fontes de financiamento.

9

ANO 2008

Fonte: Eurostat, 2010.

O gráfico inclui orçamento público para investigação e desenvolvimento nas seguintes áreas:

produção, armazenamento, transporte e distribuição e utilização racional de todas as formas de energia;

processos concebidos para aumentar eficiência de produção e distribuição de energia;

o estudo da conversão de energia.

eficiência energética, captura e armazenamento de CO2 (CCS), fontes de energia renovável, fusão e fissão nuclear, hidrogénio e pilhas de combustível, outras tecnologias de produção e armazenamento.

Nota: Não inclui orçamento para actividades de demonstração, nem investimento em prospecção de petróleo, veículos e propulsão de veículos.

Figura 1 | Investimento público em I&D na área da Energia, expresso como % do PIB.

Os dados publicados pelo departamento de estatísticas da AIE9 confirmam os dados da Eurostat,

ainda que o âmbito de análise seja mais alargado. De facto, a AIE analisa não só o investimento

público alocado a I&D na área da energia, mas inclui também actividades de demonstração, o que

remete o âmbito de análise para ID&D.

Neste contexto, Portugal é um dos países com um rácio de investimento público em ID&D por

unidade do PIB mais reduzido, menos de 0,1% no ano 2008, Figura 2. Este valor é bastante reduzido

quando comparado com países como a Finlândia e o Japão, que registaram no ano 2008, um rácio de

investimento por unidade de PIB na ordem dos 0,8%.

É importante sublinhar a importância deste aspecto em orçamentos públicos futuros, tendo em

conta os objectivos contemplados na Estratégia Nacional para a Energia 2020, já que as etapas de

ID&D são fundamentais para que seja assegurado o grau de inovação necessário ao sucesso de uma

tecnologia num quadro de competição internacional, e se consiga atingir com sucesso a sua fase de

produtização.

O aumento do investimento público nacional em ID&D na área da energia tem como consequência

estimular o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras associadas à cadeia de valor das

tecnologias energéticas, que possam representar para Portugal elevado valor acrescentado,

sobretudo nos vectores que se suportam em recursos endógenos.

9http://www.iea.org/

0,000,010,020,030,040,050,060,070,080,090,10

Inve

stim

en

to P

úb

lico

em

I&D

En

erg

ia

[%|P

IB]

10

Fonte: AIE, 2010.

o gráfico inclui orçamento público para investigação, desenvolvimento e demonstração nas seguintes áreas:

eficiência energética (indústria, residencial e serviços e transportes.

combustíveis fósseis.

fontes de energia renovável.

fusão e fissão nuclear.

hidrogénio e pilhas de combustível.

conversão, transmissão, distribuição e armazenamento de energia.

outras tecnologias.

análise de sistemas energéticos.

Figura 2 | Investimento em ID&D na área da energia, para os países que integram a AIE, expresso como % do PIB.

2.2 PROJECTOS DE ID&D EM NOVAS TECNOLOGIAS ENERGÉTICAS

Com base na informação recolhida sobre projectos de ID&D, financiados por programas nacionais e

internacionais, que contam com participação de entidades Portuguesas na qualidade de promotor ou

parceiro, é possível apurar uma perspectiva global, sobre o quadro das entidades nacionais na área

de energia e que tipos de actividades de ID&D desenvolvem, mais especificamente em cada um dos

vectores tecnológicos atrás identificados.

Ainda que a análise efectuada possa estar, de alguma forma, limitada pelo universo dos projectos

identificados e caracterizados, facto que deriva da metodologia de trabalho adoptada, é possível

concluir com relativa segurança, que o âmbito de análise final abrange a maioria dos projectos de

ID&D com participação de entidades nacionais. Refira-se que uma das barreiras ao desenvolvimento

desta componente do trabalho, residiu na ausência de informação sobre determinados projectos e

no facto de algumas entidades não possuírem informação sistematizada e organizada sobre os

projectos nos quais participam actualmente ou participaram no passado.

11

2.2.1 ANÁLISE POR VECTOR TECNOLÓGICO

Foram identificados e caracterizados cerca de 150 projectos de ID&D aprovados desde o ano 2000,

por sistemas de incentivos/programas nacionais e internacionais. Considera-se que os projectos

aprovados até 2008 (exclusive) estejam já finalizados. Globalmente, regista-se uma tendência

crescente muito importante da actividade de ID&D em Portugal: +70% de projectos aprovados a

partir de 2008 face aos existentes no período 2000-2008. À excepção da biomassa e geotermia,

todos os vectores sofreram um incremento significativo, em termos de número de projectos, o que

denuncia um estímulo efectivo crescente na comunidade nacional de ID&D em matéria de

tecnologias energéticas. Esta tendência é ainda mais marcante, +80%, quando se analisa a evolução

do número de projectos suportados por fontes de financiamento nacional, Figura 3.

Figura 3 | Número de projectos financiados de ID&D na área da energia, em Portugal desde 2000.

Aproximadamente 60% dos projectos aprovados nesta década (2000-2010) foram financiados por

sistemas de incentivos/programas nacionais, designadamente, (i) Agência de Inovação (ADI); (ii)

Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN); (iii) Fundação para a Ciência e Tecnologia do

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (FCT-MCTES); (iv) Fundo de Apoio à Inovação

(FAI), totalizando um montante na ordem dos 57 M€, centrando-se a maior fatia do financiamento

nos projectos aprovados a partir de 2008. De facto, o financiamento concedido a projectos no

período pós 2008 é cerca de 5 vezes superior ao que foi concedido no período 2000-2008, o que

denota uma aposta clara dos instrumentos nacionais na área das tecnologias emergentes de energia.

Centrando a análise exclusivamente nos projectos nacionais pós 2008 e nos vectores tecnológicos

que constituem o âmbito do presente trabalho, verifica-se que a área da energia eólica recebeu 15,4

M€, o que representa mais de 30% do financiamento público total, seguindo-se os oceanos com 8,8

M€, as redes eléctricas inteligentes com cerca de 7,8 M€, a energia solar com 5,3 M€, os veículos

eléctricos com aproximadamente 5,3 M€, e os biocombustíveis com 4,2 M€, Figura 4.

4

12

7

12

0

5

5

1

3

7

16

10

19

7

16

4

3

2

0 5 10 15 20 25 30 35

Eólica

Oceanos

Redes Eléctricas Inteligentes

Solar

Veiculos Eléctricos

Biocombustíveis

Biomassa

CCS

Geotérmica

n.º Projectos

2000-2008 Pós 2008

12

PROJECTOS NACIONAIS ID&D

Figura 4 | Financiamento nacional e número de projectos apoiados por vector tecnológico.

Na maioria dos casos, os projectos estão concentrados num número muito reduzido, facto que não

representa necessariamente um aspecto negativo, na medida em que poderá ser mais vantajoso

apoiar um número reduzido de grandes projectos, capazes de gerar um valor acrescentado

significativo, do que apoiar muitos projectos de pequena dimensão. Analisando o vector energia

eólica pós-2008, constata-se que um único projecto beneficiou de um apoio na ordem dos 14 M€, o

que representa 90% do valor atribuído à totalidade dos projectos neste vector. Este aspecto é ainda

evidente para o caso dos oceanos, redes eléctricas inteligentes e veículos eléctricos, onde apenas um

projecto representou respectivamente 81%, 48% e 67% dos apoios totais concedidos por vector,

Figura 5. No pólo oposto, os vectores solar e biocombustíveis incluem um elevado número de

projectos face ao montante recebido.

PROJECTOS NACIONAIS ID&D [PÓS-2008]

Figura 5 | Top 3 de projectos nacionais por vector tecnológico no período pós 2008.

0 5.000 10.000 15.000 20.000

Eólica

Oceanos

Redes Eléctricas Inteligentes

Solar

Veiculos Eléctricos

Biocombustíveis

Biomassa

CCS

Geotérmica

103 €

2000-2008 >= 2008

7.803

5.241

4.829

4.106

247

0

7.030

11.307

16.558

A

A

A

A

A

A

A

A

B

B

B

B

B

B

C

C

C

C

C

C

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000

Eólica

Oceanos

Redes Eléctricas Inteligentes

Solar

Veiculos Eléctricos

Biocombustíveis

Biomassa

CCS

103 €

Projecto A Projecto B Projecto C Restantes

4

5

5

13

6

12

3

1

n.º Projectos pós 2008

13

2.2.2 PRINCIPAIS FONTES DE FINANCIAMENTO

O financiamento nacional a projectos pós 2008 totaliza 49 M€, sendo a ADI juntamente com o FAI as

entidades com maior responsabilidade, representando em conjunto mais de 90% dos apoios totais

concedidos, Figura 6. Note-se que a maior parte dos projectos apoiados pela ADI é abrangido por um

programa de incentivos específico do QREN, projectos em co-promoção, realizados em parceria

entre empresas e entidades do Sistema Cientifico e Tecnológico Nacional.

Figura 6 | Principais fontes de financiamento nacional de projectos de ID&D no período pós 2008.

No caso de projectos Europeus não é possível identificar o montante do financiamento alocado

especificamente a entidades nacionais, motivo pelo qual não foi efectuada nenhuma análise

específica sobre esta matéria. Ainda assim, foi possível apurar com base em informação do Gabinete

de Promoção do 7º Programa-Quadro de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico10, FP7, 2007-

2013, que até Julho de 2010 tinham sido contratados ou aprovados cerca de 8,5 M€ (milhões de

Euros) para 37 projectos na área da energia envolvendo 53 entidades Portuguesas, como ilustrado na

Figura 7. Os centros de I&D e as grandes empresas são as entidades nacionais que maiores recursos

absorvem no FP7, aproximadamente 70% do montante contratualizado total a entidades nacionais.

Figura 7 | Montantes contratualizados com entidades Portuguesas envolvidas em projectos de energia no âmbito do 7º Programa-Quadro de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (FP7).

10

http://www.gppq.mctes.pt/

24.15249%

20.85542%

2.2815%

1.0982%

7272%

FONTES DE FINANCIAMENTO NACIONAIS PÓS 2008 [103€]

ADI

FAI

QREN

FCT-MCTES

MIT-Portugal

3.111.15837%

2.727.37332%

1.531.19318%

631.2147%

504.4246%

MONTANTE CONTRATUALIZADO TOTAL: 8,5 M€

Centros de I&D

Grandes Empresas

Universidades

PME

Outras Entidades

14

3. ACTIVIDADE NACIONAL DE ID&D EM NOVAS

TECNOLOGIAS ENERGÉTICAS

Os projectos de ID&D analisados situam-se em diferentes etapas da cadeia de inovação de cada

vector tecnológico, Figura 8, sendo, na maior parte dos casos, assegurada por diferentes tipos de

agentes do sistema de I&D e de mercado. A transição entre as várias etapas não ocorre de forma

automática, o que na prática determina que certas tecnologias nunca cheguem a atingir a fase de

produtização e comercialização por falharem etapas intermédias. Saliente-se que as fases de

investigação, desenvolvimento e demonstração são absolutamente fundamentais para o

desenvolvimento tecnológico e para a redução de custos de investimento e operação da tecnologia.

Figura 8 | Etapas da cadeia de inovação.

INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO

DEMONSTRAÇÃO PRODUTIZAÇÃO COMERCIALIZAÇÃO

novas ideias e conceitos

demonstração à escala piloto

pré-comercialização, implementação à escala

a tecnologia está provada sob ponto de vista comercial

a tecnologia é competitiva em termos económicos, em resultado das suas especificidades ou de intervenção governamental

CADEIA DE INOVAÇÃO

Feedback

I&D básica

I&D aplicada com o objectivo de resolver problemas técnicos

I&D para mitigar riscos técnicos, de mercado e financeiros

15

Numa primeira fase, cada um dos projectos foi categorizado, em função do vector tecnológico em

que incide, numa das quatro fases da cadeia de inovação, Tabela 3, podendo ser sistematizadas as

seguintes conclusões genéricas:

dinamismo em todos os vectores energéticos, em matéria de actividades de ID&D;

fatia significativa de projectos com a componente demonstração. com excepção da energia eólica, a maior parte dos vectores energéticos considera a demonstração, o que aponta para o reconhecimento da engenharia nacional em projectos de energia;

vários projectos de energia solar fotovoltaica que se posicionam já numa fase de produtização/pré-comercialização, com recurso a financiamento exclusivamente nacional;

elevado número de projectos no vector oceanos, a maioria dos quais financiados por programas Europeus;

projectos de ID&D de biocombustíveis de 2ª geração, com forte preponderância de financiamento nacional;

a totalidade dos projectos de energia geotérmica são financiados por programas Europeus;

o vector redes eléctricas inteligentes, enquadra um número significativo de projectos, com financiamento repartido entre programas nacionais e internacionais. este vector engloba projectos que têm por objectivo avaliar o impacto da introdução em massa de energia eléctrica de fontes renováveis e da penetração de veículos eléctricos, sobre a rede eléctrica.

vectores redes eléctricas inteligentes, solar térmico, geotermia, e oceanos com forte componente de financiamento Europeu, o que denota a existência de relações com parceiros Europeus.

Atendendo às prioridades estabelecidas pelo SET-Plan, pode sublinhar-se o potencial nacional para

contribuir de forma significativa nas iniciativas Smart Cities, Rede Eléctrica, Solar e Bioenergia.

Numa segunda fase, e para evidenciar com maior detalhe o tipo de projectos de ID&D que se

enquadram em cada um dos vectores tecnológicos e quais as áreas e tecnologias específicas sobre as

quais incidem em concreto, os projectos foram segmentados, em função do seu âmbito e objectivos,

em quatro categorias distintas:

Recurso: projectos que colocam a ênfase no recurso, ou seja, têm como objectivo fundamental o estudo, quantificação e modelação de um dado recurso ou matéria-prima (e.g. análise do vento offshore, quantificação do recurso endógeno);

Componentes: projectos que visam actividades de ID&D de determinada(s) componente(s), que constituem parte integrante da tecnologia final (e.g. célula fotovoltaica, como componente de um módulo fotovoltaico);

Tecnologia e Aplicações: projectos que focam actividades de ID&D de uma tecnologia específica como um todo ou uma aplicação inovadora dessa tecnologia (e.g. tecnologia solar de película fina aplicada sobre substratos cerâmicos);

Estudos: projectos que abordam questões de natureza diversa, com relevância para a promoção e desenvolvimento de uma determinada tecnologia (e.g. estudos de mercado).

Esta segmentação é apresentada nas secções seguintes, em que o projecto é identificado pelo

acrónimo, o qual tem correspondência no Anexo com uma descrição detalhada, com indicação do

montante e origem do financiamento, ano de atribuição, entidade promotora e parceiros envolvidos,

o que permite identificar os agentes nacionais com participação mais activa.

16

Tabela 3| Enquadramento dos projectos de ID&D nacionais na cadeia de inovação.

EÓLICA

Geral|Várias

Onshore

Offshore

SOLAR

Geral|Várias

Fotovoltaica

Térmica

OCEANOS

Geral|Várias

Ondas

Legenda: cada símbolo representa 1 projecto Financiamento Nacional Financiamento Europeu

INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO

DEMONSTRAÇÃO PRODUTIZAÇÃO COMERCIALIZAÇÃO

VECTOR

TECNOLÓGICO

17

Tabela 3 | Enquadramento dos projectos de ID&D na cadeia de inovação [continuação].

BIOCOMBUSTÍVEIS

1ª Geração

2ª Geração

BIOMASSA

GEOTÉRMICA

MOBILIDADE ELÉCTRICA

REDES ELÉCTRICAS INTELIGENTES

CCS

PILHAS DE COMBUSTÍVEL

Legenda:

cada símbolo representa 1 projecto Financiamento Nacional Financiamento Europeu

INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO

DEMONSTRAÇÃO PRODUTIZAÇÃO COMERCIALIZAÇÃO

VECTOR

TECNOLÓGICO

18

3.1 EÓLICA | PROJECTOS ID&D

RECURSO COMPONENTES TECNOLOGIA E APLICAÇÕES

EÓLICA

-

Controladores de carga WINNER-UP

-

Torres eólicas HYTOWER

Sistemas de informação e monitorização

PhaseWIND

NIMO

WindMETER

EÓLICA ONSHORE

Avaliação e modelação do recurso

COMPWIND - Turbinas de pequena dimensão TURBAN

Eólica de elevada altitude OMNIDEA

EÓLICA OFFSHORE

Avaliação e modelação do recurso

NORSEWIND Estruturas flutuantes WINDFLOAT -

ESTUDOS

EÓLICA OFFSHORE

Politicas e Planeamento Espacial SEANERGY 2020

19

3.2 SOLAR | PROJECTOS ID&D

RECURSO COMPONENTES TECNOLOGIA E APLICAÇÕES

SOLAR

- -

Várias EDIFICIO SOLAR XXI

Aplicações industriais INAMOL

Poligeração POLYSMART

Produção de hidrogénio NANOPEC

SOLAR FOTOVOLTAICA

Caracterização de recursos geológicos e minerais

INCA

Células solares

SOLARSEL Produtos cerâmicos fotovoltaicos | filmes finos

SOLARTILES

CSO Módulos | filmes finos

NanoSiPVCELLS

SDS DYE SENSITIZED SOLAR CELLS

Concentradores SOLARIS

Módulos | fotovoltaica de concentração

CFC

Wafers de Silício

SiPoSi

MSCPV

MFC

HSUN

SOLAR TÉRMICA

-

Sistemas de informação e monitorização

SSTPRF Secador de madeiras SECMAD

Revestimentos espectralmente selectivos

PO Colectores

ALONE

CPC

POWERSOL

PCS

NEGST

20

ESTUDOS

SOLAR Métodos e Instrumentos para integração da Energia Solar no âmbito do Planeamento Urbano POLIS

Promoção da Aplicação da Energia Sola Térmica para Dessalinização PRODES

SOLAR TÉRMICA Normas e Standards QAIST

Disseminação de Boas Práticas e Obrigações Legais PROSTO

Estudos de Mercado e Promoção SOLAIR

SOLARKEYMARK-II

21

3.3 OCEANOS | PROJECTOS ID&D

RECURSO COMPONENTES TECNOLOGIA E APLICAÇÕES

-

Plataformas flutuantes para múltiplas tecnologias MARINA PLATFORM

Ondas

Atenuador flutuante

FLOW

OKEANÓS

Sistemas de informação e monitorização

WEAM PEO

Corpo oscilante submerso SURGE

SWED Ponto absorvente

WAVEPORT

AQUABOY

Sistemas de amarração MOORWEC

STANDPOINT

Coluna de água oscilante

CORES

BREAKWAVE

CAO

Sistemas modulares MODONDAS

ESTUDOS

Normas e Standards EQUIMAR

WAVEPLAM

Disseminação de Conhecimentos e Promoção

WAVETRAIN 2

WAVETRAIN

ORECCA

CA-OE

AQUARET

AQUARET 2

POWWOW

Estratégias / Roadmap ROADMAP

Análise Hidrodinâmica WAVE CONVERTERS

Avaliação de Impacte Ambiental e Sócio Económico SOWFIA

Viabilidade Técnica e Económica CEODOURO

22

3.4 BIOCOMBUSTIVEIS | PROJECTOS ID&D

RECURSO COMPONENTES TECNOLOGIA E APLICAÇÕES

BIOCOMBUSTÍVEIS 1ª GERAÇÃO Óleos alimentares usados

BIORVOIL

Sistemas de informação e monitorização

APCFAME Produção de biodiesel a partir de óleos vegetais

IBERDIESEL

Valorização de resíduos

FATVALUE

FLESHDIESEL

NEWBIODIESEL FATDIESEL

VEGOR

BIOCOMBUSTÍVEIS 2ª GERAÇÃO

Micro algas para a produção de biodiesel

PBA

- Biorrefinarias

BIPP ALGANOL

MAPB

ALGAFUEL

EUROBIOREF BOTRYOFUEL

Valorização de resíduos REFINOLEA

VALORGAS Produção de bioetanol KACELLE

ESTUDOS

BIOCOMBUSTÍVEIS 2ª GERAÇÃO

Viabilidade Técnica e Económica ALFAETíLICO

CAIMA

Análise do Estado de Arte AQUAFUELS

EUBIONET III

23

3.5 BIOMASSA | PROJECTOS ID&D

RECURSO COMPONENTES TECNOLOGIA E APLICAÇÕES

Eucalipto PT-PYPTUS

- Valorização de biomassa

VENTIL

Resíduos sólidos urbanos ECOCOMBUSTÍVEL VERICA

Proteínas PTE Caldeira a pellets BIOCALDEIRA

ESTUDOS

Desenvolvimento e promoção de competências CEBIO

Co-combustão de biomassa e resíduos COPOWER

3.6 GEOTÉRMICA | PROJECTOS ID&D

RECURSO COMPONENTES TECNOLOGIA E APLICAÇÕES

- - Bombas de calor

GROUND-MED

GROUNDHIT

Sistemas binários LOW-BIN

ESTUDOS

Integração de energia geotérmica em ambiente industrial IGEIA

Desenvolvimento de esquemas de financiamento GEOFAR

24

3.7 MOBILIDADE ELÉCTRICA | PROJECTOS ID&D

RECURSO COMPONENTES TECNOLOGIA E APLICAÇÕES

-

Modelo de gestão e operação IDT MOBI.e

Veículo eléctrico

VEECO

Sistemas e componentes várias ADSIVE DPVEB

Baterias POLYZION

ESTUDOS

Modelos de simulação de tráfego de veículos eléctricos EVSIM09

Modelo de desenvolvimento da mobilidade eléctrica MOBI.e

25

3.8 REDES ELÉCTRICAS INTELIGENTES | PROJECTOS ID&D

RECURSO COMPONENTES TECNOLOGIA E APLICAÇÕES

-

Smart meters INOVGRID

Micro-redes MORE MICROGRIDS

Tecnologias e sistemas de informação para gestão da procura

iENERGY

NETPLAN

Telecontagem OCR Sensor Web

Tecnologias e sistemas de informação para simulação e gestão optimizada de redes

distribuição MORE-CARE

transmissão PEGASE

Integração de energia eléctrica na rede

eólica e fontes de energia renovável

EWIS

FIGURE

IEAREI

TWENTIES

WINDGRID

ANEMUS.Plus

veículos eléctricos

REIVE

EPIDE

G4V

MERGE

26

3.9 CAPTURA E ARMAZENAMENTO DE CO2 | PROJECTOS ID&D

RECURSO COMPONENTES TECNOLOGIA E APLICAÇÕES

- - Processo de Separação H2/CO2 HY2SEPS

Co-combustão em centrais com CCS FLEXI BURN CFB

ESTUDOS

Infra-estrutura de transporte e armazenamento COMET

Estudo de viabilidade técnica e económica KTEJO

3.10 PILHAS DE COMBUSTÍVEL | PROJECTOS DE ID&D

RECURSO COMPONENTES TECNOLOGIA E APLICAÇÕES

- -

Telecomunicações EFAPOWER H2

Pilhas de Combustível a Hidrogénio LUCIS

H2

ESTUDOS

Modelação, competências em concepção, projecto e engenharia e divulgação.

EDEN

27

4. CONTRIBUTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ID&D EM

NOVAS TECNOLOGIAS ENERGÉTICAS

A actividade de ID&D em novas tecnologias energéticas atravessa uma fase de grande dinamismo a

nível mundial, abrangendo desde a investigação pura, como os novos materiais, ou novos produtos

combustíveis, até à investigação pré-comercial que operacionaliza o funcionamento da tecnologia,

envolvendo em vasto leque de actores e agentes da área académica e empresarial.

A U.E. elaborou um plano estratégico para as tecnologias energéticas [SET-Plan] que prevê um

investimento global entre os 58,5 - 71,5 biliões de € até 2020. A nível nacional, é clara a opção pela

promoção de tecnologias energéticas que se suportam em recursos nacionais, na perspectiva da

independência tendencial de matérias-primas energéticas importadas [ENE2020]. Considerando esta

actualidade, e salvaguardando eventuais “surpresas” que possam decorrer de tecnologias

energéticas disruptivas, pode sistematizar-se os seguintes aspectos:

Diversas tecnologias energéticas não atingiram ainda um grau de maturidade a nível mundial

(e.g. eólica offshore, mobilidade eléctrica, solar de 3ª geração) e, como tal, é necessário um

suporte efectivo, por exemplo de natureza financeira e regulamentar, às actividades de

ID&D. Esta necessidade, aliada à constatação que Portugal tem tido um baixo investimento

público (expresso em % do PIB) em actividades de ID&D na área de energia, leva a que, não

obstante a crise económica actual, o país tenha de aumentar significativamente e com

carácter de urgência os montantes alocados a ID&D na área da energia, sob pena de poder

vir a ser um mero importador de tecnologia estrangeira.

A política pública nacional, tal como as políticas Europeias, tem um papel crucial na

promoção do desenvolvimento de tecnologias energéticas emergentes, nomeadamente no

que se refere a prioridades ao nível da investigação e desenvolvimento e da promoção da

cadeia de valor da inovação. Assim, é necessário fundar e sustentar uma política de ID&D

para a energia, de longo prazo, que não se esgote num horizonte temporal de 5-10 anos, e

que seja sustentada por um modelo de desenvolvimento capaz de potenciar a estrutura

económica do País.

A inovação é um conceito com uma razoável dose de imprevisibilidade e, como tal, assume

um grau de incerteza mais ou menos elevado, associado à fiabilidade técnica e aos custos das

tecnologias energéticas emergentes no médio prazo. Por este motivo, é prudente que o

sector público apoie um portfólio moderadamente diversificado de novas tecnologias

energéticas, tendo em conta as particularidades do país e as apostas que estão a ser feitas a

nível internacional. Existem tecnologias em que Portugal está melhor posicionado para

suportar o seu desenvolvimento e outras em que o foco deve estar na colaboração com

entidades internacionais ou no apoio à demonstração, para testar e adaptar a tecnologia às

especificidades nacionais.

28

Não parece razoável que um país com constrangimentos económicos evidentes venha a

canalizar o orçamento público para actividades de ID&D para tecnologias energéticas já

comprovadas ou, cuja vantagem competitiva, face a outros países, é nula em resultado de

aspectos tão distintos como a ausência de uma política de longo prazo, a ausência de uma

estrutura empresarial capaz de suportar o desenvolvimento da tecnologia, custo de mão-de-

obra, entre outros aspectos.

Foram identificadas um conjunto de barreiras manifestadas pelos agentes de ID&D que tem

condicionado o desenvolvimento de actividades de ID&D em Portugal, designadamente:

a. ausência de uma política clara de apoio à ID&D na área da energia, cobrindo toda a cadeia de valor das tecnologias energéticas, e que concentrasse num único balcão a submissão de candidaturas, conceito one stop shop;

b. barreiras administrativas, concretizado num elevado nível de burocracia no acesso aos programas de apoio (e.g. QREN);

c. ausência de cultura de investimento de risco nas empresas (e.g. investimento em ID&D que pode não resultar numa tecnologia viável sob ponto de vista técnico e comercial);

d. ausência de um nível de competências de excelência, sobretudo de natureza laboratorial, que permita contratualizar actividades de demonstração, já que é reconhecido que a maioria das unidades do SCTN não têm escala nem infra-estruturas adequadas;

e. ausência de formação de nível superior de tecnólogos na área de energia e suplementares.

Assim, e não obstante as conclusões que decorram do exercício de modelação a efectuar na

componente C do projecto, é possível desde já tecer algumas considerações, sobre as tecnologias

energéticas emergentes que merecerão atenção em matéria de apoio a ID&D, nas várias fases da

cadeia de valor da inovação tecnológica.

A Figura 9, reflecte a base de estratégias de apoio distintas, a adoptar em função das especificidades

das novas tecnologias energéticas e das características do país, identificando posteriormente áreas

particulares dentro de cada uma das tecnologias.

29

Figura 9 | Bases para as estratégias de apoio público a novas tecnologias energéticas.

A. DESENVOLVIMENTO E PRODUTIZAÇÃO

Redes Eléctricas Inteligentes | Contadores Inteligentes

Constitui uma área absolutamente fundamental no panorama energético mundial futuro, com uma

forte componente de tecnologias de informação e comunicação em resultado da necessidade de

gerir um elevado fluxo de dados. As redes eléctricas inteligentes visam o uso eficiente da energia

suportada por uma gestão da procura (alisando picos de consumo, alinhamento entre oferta e

procura), aumento da penetração de energias renováveis intermitentes e da micro produção

(produção distribuída) e reforço do papel do consumidor/produtor, na medida em que permite a

bidireccionalidade na interacção dos consumidores com a rede e cria novos serviços de valor

acrescentado, designadamente tarifação em tempo real, abastecimento de veículos eléctricos,

integração com serviços de domótica, novos planos de preços, entre muitos outros aspectos.

Portugal apresenta centros de investigação e desenvolvimento neste domínio, e uma

estrutura empresarial na área das componentes electrónicas e nas tecnologias de

informação pelo que poderá vir a desempenhar um papel relevante nesta área.

• apoio das tecnologias para as quais Portugal apresenta uma vantagem evidente, na medida em que possui instalações para a produção e efectua I&D a nível empresarial.

• as empresas Portuguesas lideram projectos internacionais e a tecnologia é desenvolvida, demonstrada e aplicada em Portugal.

• o apoio público deve ser concedido às fases de investigação, desenvolvimento, demonstração e produtização/aplicação da(s) tecnologia(s).

A.DESENVOLVIMENTO E

PRODUTIZAÇÃO

IMPLEMENTAÇÃO

• Portugal não apresenta estrutura produtiva, pelo que a influência sobre o desenvolvimento da tecnologia é reduzida.

• as empresas Portuguesas fornecem componentes e participam em projectos internacionais como parceiros mas o ritmo e escala de desenvolvimento é determinado internacionalmente.

• o apoio público deve ser dirigido para a fase de demonstração, adaptação da tecnologia a condições locais e formação mão de obra para actividades de operação e manutenção.

B. PRODUTIZAÇÃO

IMPLEMENTAÇÃO

• para tecnologias que ainda estão longe da fase de comercialização e para as quais não é claro que país tem ou terá uma vantajem particular.

• o apoio público deve ser direccionado para actividades de I&D com demonstração a pequena escala e não directamente apenas para a investigação académica.

• envolvimento do sistema cientifico e tecnológico em programas de investigação internacionais.

C.INVESTIGAÇÃO E

DESENVOLVIMENTO

30

Mobilidade Eléctrica

O desenvolvimento da mobilidade eléctrica rodoviária assenta em quatro componentes principais: (i)

veículos eléctricos, no que respeita à tecnologia de motorização e propulsão; (ii) baterias, aspecto

crítico porque determina a autonomia do veículo em virtude de ser a componente responsável pela

alimentação do motor eléctrico; (iii) infra-estrutura de carregamento; (iv) sistemas de informação e

gestão, com interligações evidentes às redes eléctricas inteligentes em resultado do crescimento

expectável da taxa de penetração do veículo eléctrico e da evolução para sistemas bidireccionais,

vehicle to grid (V2G), onde o veículo para além de absorver o eventual excesso de energia renovável

de natureza intermitente em períodos de vazio, pode em horas de ponta, ou seja em picos de

consumo, fornecer energia eléctrica acumulada nas baterias.

Portugal tem já em curso um Programa para a Mobilidade Eléctrica (MOBI.E), com o

objectivo de introduzir e massificar a utilização do veículo eléctrico a nível nacional,

prevendo 1.350 postos de carregamento no ano 2010 e a criação de uma rede piloto de

âmbito nacional, abrangendo 25 municípios. Atendendo ao trabalho já desenvolvido,

considerando as competências das empresas nacionais neste domínio, designadamente as

que constituem o consórcio responsável pela implementação do sistema de mobilidade

eléctrica nacional, e o acordo firmado entre o governo Português e a aliança Renault-Nissan

com vista ao desenvolvimento da mobilidade eléctrica, considera-se que o apoio público às

actividades de ID&D necessárias à implementação da mobilidade eléctrica deve constituir

uma aposta estratégica potenciadora de valor acrescentado, nomeadamente para

exportação.

Solar | Película Fina e Fotovoltaica de Concentração

A energia solar fotovoltaica abrange diversas tecnologias, representando a tecnologia de silício

cristalino cerca de 85-90% do mercado actual, e países como a Espanha, Alemanha e China dominam

a produção à escala global. O silício cristalino é uma tecnologia estabelecida mas as tendências de

médio-prazo apontam para a perda de representatividade de mercado, em resultado do crescimento

da tecnologia de película fina, das tecnologias de concentração e de novos conceitos.

Tendo como referência um horizonte pós 2020, e atendendo não só à recente estrutura

produtiva nacional, mas também ao recurso solar existente em território nacional, o apoio a

actividades de ID&D e produtização/aplicação da(s) tecnologia(s) no segmento da energia

solar fotovoltaica deve ter como foco os segmentos da película fina e das tecnologias de

concentração, já que ambas são tecnologias emergentes com elevado potencial de

crescimento.

No segmento da película fina os objectivos futuros em termos de I&D passam

essencialmente pelo aumento do rendimento para valores na ordem dos 15% o que compara

com valores médios actuais de aproximadamente 10%, pela melhoria das técnicas de

deposição sobre diferentes tipos de substratos e pelo desenvolvimento de novos materiais,

bem como conceitos de baixo custo (e.g. vidro solar), de forma a maximizar o elevado

potencial de aplicação da tecnologia a produtos de consumo e fachadas de edifícios.

31

A tecnologia solar fotovoltaica de concentração começa agora a ser testada em aplicações

comerciais e Portugal apresenta pelo menos dois projectos empresariais neste domínio.

Importa salientar que a tecnologia de concentração pode ser categorizada em dois tipos de

sistemas, (i) baixa a média concentração (até 100 suns), (ii) elevada concentração (mais de

500 suns), recorrendo esta última a materiais semi-condutores de forma a atingir eficiências

na ordem dos 23%. Os esforços em termos de I&D devem estar concentrados no aumento de

eficiência, 30% no curto prazo com possibilidade de atingir valores na ordem dos 45%, no

estudo da óptica de concentração e em soluções de tracking que optimizem a eficiência do

sistema e permitam a redução de custos. Em virtude das elevadas eficiências, a grande

vantagem da tecnologia reside no facto de requerer uma área de células solares muito

inferior face às restantes tecnologias.

B. PRODUTIZAÇÃO / IMPLEMENTAÇÃO

Eólica Offshore

A energia eólica offshore apresenta elevadas expectativas de crescimento em termos de capacidade

instalada, com objectivos de ligação à rede de 40 GW de eólica offshore no ano 2020 e 150 GW no

ano 2030 (Master Plan da European Wind Energy Association). É um sector que requer investimentos

muito avultados e cujas tendências apontam para a instalação de turbinas de maior potência

nominal, entre os 3-5 MW, desenvolvimento de turbinas na ordem dos 10 MW e exploração de locais

Deep Offshore e Deep Far Offshore, locais com profundidades acima dos 60 m a vários km de

distância da costa, com recurso a estruturas flutuantes e ligação a uma futura rede eléctrica europeia

offshore, a ser implantada essencialmente nos países do Norte da Europa.

Analisando toda a cadeia de valor da tecnologia eólica offshore, conclui-se que Portugal não

apresenta, no curto-médio prazo, uma estrutura produtiva capaz de influenciar o curso e

desenvolvimento da tecnologia, contrariamente ao que acontece com países como o Reino

Unido e Alemanha, onde estão a ser feitas apostas estruturantes e muito claras nesta área.

Portugal pode ter um papel importante em termos de desenvolvimento e produção de

componentes, designadamente torres eólicas adaptadas às necessidades e especificidades

da tecnologia eólica offshore, componentes electrónicas, subestações eléctricas e sistemas

de informação e gestão capazes de monitorizar remotamente as condições de operação dos

parques de forma a minimizar a necessidade de reparações e optimizar o processo de

manutenção, que constitui um elemento crítico da cadeia de valor da tecnologia.

Ondas

De acordo com as melhores estimativas existentes, o potencial de energia das ondas ao longo da

costa Portuguesa, situa-se entre os 3,5-4 GW, o que compara com um potencial estimado para o

Reino Unido na ordem dos 65 GW. Não obstante, o potencial existente do recurso e a recente criação

de uma zona piloto dotada de infra-estruturas que visam a instalação de 250 MW de dispositivos de

conversão de energia das ondas em fase pré-comercial até ao ano 2020, de uma forma geral e com

excepção da central de coluna água oscilante do Pico, pode afirmar-se que Portugal não detém, para

já, tecnologia nacional demonstrável nesta área. Saliente-se o desenvolvimento, por uma empresa

32

Portuguesa, de um conceito de conversão de energia das ondas, do tipo atenuador flutuante, cuja

demonstração deverá ocorrer entre o ano 2012 e 2013.

O apoio à energia das ondas deve ser dirigido para a fase de demonstração à escala pré-

comercial, não descurando actividades de investigação e desenvolvimento com

demonstração a pequena escala e o envolvimento de centros de I&D em programas de

investigação internacionais, em resultado da tecnologia das ondas estar ainda relativamente

longe da fase de comercialização. A estratégia de apoio segue neste caso uma abordagem

mista e não deve descurar todas as questões relacionadas com a operação e manutenção em

ambiente marinho.

C. INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Deve referir-se que não foi considerada nesta análise investigação fundamental na área da física e

dos novos materiais, entre outros, com potencial impacto futuro no domínio da energia.

Considerando as fontes de informação atrás referidas, uma abordagem de apoio a actividades de I&D

poderá ser adoptada para as tecnologias que seguidamente se apresentam, por constituírem

tecnologias com potencial mas que se encontram ainda longe da fase de comercialização.

Solar Fotovoltaica | Tecnologias Emergentes e Novos Conceitos

Engloba novos conceitos de elevada eficiência, a designada 3ª geração solar fotovoltaica, com

objectivos de eficiência de módulos na ordem dos 40%. A tecnologia visa essencialmente o

desenvolvimento de layers capazes de aproveitar ao máximo ou modificar o espectro solar e

assentam em nano tecnologia e nano materiais. A sua relevância em termos de mercado está muito

dependente da possibilidade de ser combinada com tecnologias existentes ou em alternativa, gerar

novas estruturas de células solares. É uma área que necessita de investigação e desenvolvimento a

um nível de ciência mais básico, com o objectivo de gerar resultados a médio-longo prazo.

Adicionalmente há ainda que considerar a tecnologia solar orgânica, de muito baixo custo, reduzida

eficiência e tempo de vida útil na ordem dos 10-15 anos. Este tipo de tecnologia visa um mercado de

massas e tem como particularidade a capacidade de mudança de cor, facto que potencia o seu

âmbito de aplicação.

Biocombustíveis 2ª Geração

Os biocombustíveis de 2ª geração ainda não produzidos a nível comercial, mas existe actualmente

um número considerável de instalações piloto e de demonstração à escala global. A principal

diferença face aos biocombustíveis de 1ª geração reside na matéria-prima utilizada, biomassa lenho-

celulósica em detrimento das designadas culturas alimentares, e no tipo de processo produtivo

utilizado. De acordo com a Agência Internacional de Energia, as perspectivas de crescimento do

sector dos biocombustíveis de 2ª geração são elevadas, tendo sido elaborados cenários que estimam

que 26% dos combustíveis utilizados no sector dos transportes no ano 2050 sejam biocombustíveis,

dos quais aproximadamente 90% biocombustíveis de 2ª geração. Esta perspectiva de crescimento

está ainda sustentada pela existência de políticas ambiciosas para o sector. Os E.U.A. têm como meta

produzir 60 biliões de litros de biocombustíveis de 2ª geração no ano 2022 e a U.E. definiu 10% de

33

energia proveniente de fontes renováveis no sector dos transportes até ao ano 2020. Estes

objectivos exigem elevadas quantidades de biomassa, entre culturas energéticas, resíduos agrícolas e

florestais, ou outro tipo de culturas especificamente desenvolvidas para o efeito, como determinadas

estirpes de algas.

No decurso deste trabalho foi possível constatar que estão actualmente a ser desenvolvidos

em Portugal, alguns projectos de I&D na área dos biocombustíveis de 2ª geração, com forte

incidência no estudo e desenvolvimento das algas. Futuramente, o apoio a actividades de

I&D na área dos biocombustíveis de 2ª geração deverá centrar-se no estudo das matérias-

primas passíveis de serem utilizadas e nas tecnologias de conversão com componente de

demonstração, com o objectivo de alcançar eficiências de conversão mais elevadas. Um

aspecto que deve ser analisado com rigor e cuja importância é transversal a vários sectores

de actividade por tratar de uma matéria-prima com utilizações finais competitivas, passa pela

avaliação robusta da quantidade de resíduos florestais e agrícolas que poderão ter

eventualmente como destino a produção de biocombustíveis de 2ª geração.

Geotermia

A energia geotérmica pode ser segmentada em três categorias distintas em função da temperatura

do recurso geotérmico e do tipo de aplicações finais: (i) elevada a média temperatura: > 100ºC para

produção de energia eléctrica; (ii) média a baixa temperatura: 100-30ºC para fornecimento de vapor

a processos industriais, district heating com recursos a sistemas de cogeração; (iii) baixas

temperaturas: <30ºC, essencialmente bombas de calor para aquecimento e arrefecimento de

residências e serviços.

Tendo como referência o território Continental, o apoio em matéria de I&D poderá ser

direccionado para a pesquisa e caracterização rigorosa do recurso geotérmico,

designadamente o estudo de gradientes geotérmicos e fluxos de calor, estrutura geológica,

estudo dos potenciais associados a sismicidade induzida e determinação das áreas passíveis

de estimulação.

O segmento da energia geotérmica de média e baixa temperatura merece particular atenção,

especialmente em termos de projectos de demonstração que visem a integração de bombas

de calor nos edifícios.

34

ANEXO | DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PROJECTOS DE ID&D

Nota: O montante de financiamento apresentado nos quadros de caracterização detalhada dos projectos

Europeus com participação nacional, refere-se ao global do projecto e não à participação nacional.

35

EÓLICA

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

NACIONAIS

WIND Energy Upgrade with Large Scale Variable Speed Machines

WINNER-UP

O projecto visa o desenvolvimento de um controlador para geradores eólicos de indução, permitindo velocidade variável com um conceito até ao presente não utilizado, e com capacidade para máquinas até 1000 kW. Este desenvolvimento permitirá ganhos de eficiência energética, pela optimização do rendimento da turbina e aproveitamento da energia rotórica. Será ainda conseguida uma melhoria do comportamento do sistema em termos de potência reactiva, e minorados os impactos de interligação com as redes.

2000 ADI 442.661 ENERVENTO –

ENERGIAS RENOVAVÉIS, LDA

INESC Porto – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto FEUP – Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto – ISR – Instituto de Sistemas e Robótica – Pólo do Porto

Computação de elevado desempenho do vento sobre terreno complexo

COMPWIND - 2006 FCT-MCTES 30.000

Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto (FE/UP)

-

- HYTOWER

Nas soluções tradicionais para a construção das torres em aço, cimento ou mistas, o aumento de altura faz crescer de forma desproporcionada o custo. O material híbrido desenvolvido pela HYTOWER permite uma solução global mais leve que o cimento e com peso pouco superior ao aço. As propriedades do material apresentam vantagens competitivas.

2007 ADI 7.496 Hytower, Lda -

Concepção, projecto e construção de pequenas eólicas para ambientes urbanos e construídos

TURBAN

Criação de condições para a produção em Portugal de turbinas eólicas de pequena potência e de alto rendimento - uma de eixo horizontal e outra de eixo vertical - que recorram a tecnologias produtivas de aplicação inovadora a estes equipamentos, de baixo custo específico de produção unitária por replicação em larga escala e produção em massa que se ancoram no elevado nível do conhecimento científico nacional nas áreas das turbo máquinas, electrónica e dos materiais, bem como na excelência da indústria nacional dos moldes e plásticos termoendurecíveis, isto numa perspectiva norteadora de desenvolvimento de um produto/equipamento que maximize a incorporação tecnológica e o valor acrescentado nacional.

2007 ADI 677.806 Laboratório

Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

-

36

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Produção de electricidade por aproveitamento da energia eólica a alta altitude

OMNIDEA - 2009 QREN 555.000 OMNIDEA-

Engenharia de Sistemas, Lda.

-

Sistema integrado para inspecção automatizada de torres eólicas

PhaseWIND

Desenvolvimento de um sistema integrado de controlo não destrutivo (CND) para a inspecção automática do fabrico de torres eólicas. O sistema irá combinar várias técnicas avançadas de ultra-sons, o TOFD (Time Of Flight Difraction) e o Phased Array. O projecto introduz dois conceitos inovadores: (i) a integração das técnicas CND num único sistema, (ii) o reconhecimento automático de defeitos associado a um módulo de marcação automática. Estes dois desenvolvimentos têm como objectivo conseguir automatizar o processo de inspecção e aumentar os níveis de produtividade do fabrico de torres eólicas.

2009 ADI 463.381 A.SILVA MATOS -

METALOMECÂNICA, S.A.

-

Desenvolvimento de tecnologia eólica offshore em Portugal

WIND FLOAT

O Projecto WindFloat é um dos primeiros projectos de desenvolvimento de tecnologia eólica offshore em Portugal e tem como objectivo principal a demonstração da viabilidade técnica de uma plataforma eólica flutuante à escala real, cuja instalação está prevista para uma zona com profundidade superior a 50 metros, situada nas águas territoriais portuguesas. O protótipo WindFloat assenta numa estrutura metálica triangular de grandes dimensões, construída segundo os princípios usados nas plataformas petrolíferas.

2010 FAI 14.000.000 EDP Inovação A. Silva Matos

Metalomecânica S.A. Principle Power, Inc.

Sistema de Monitorização Estrutural para Aerogeradores de Elevada Potência

WindMETER

O objectivo principal do projecto é o desenvolvimento de um sistema de monitorização estrutural e operacional para aerogeradores. O projecto envolve a instalação e teste de protótipos em pelo menos três geradores eólicos representativos, para recolha de dados com relevância estatística de acordo com os procedimentos descritos nas normas aplicáveis em cada caso específico. A análise destes dados envolve a correlação das cargas dinâmicas dos elementos do aerogeradores com as condições operacionais e ambientais. Esta análise permitirá desenvolver algoritmos de diagnóstico preventivo para fundamentar procedimentos de manutenção preditiva.

2010 ADI 381..04 FiberSensing –

Sistemas Avançados de Monitorização

INEGI – Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial

37

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

EUROPEUS

Desenvolvimento e demonstração de um sistema de monitorização integrado para avaliar o estado de turbinas eólicas

NIMO

O projecto NIMO pretende eliminar a ocorrência de falhas catastróficas e minimizar a necessidade de manutenção correctiva, através do desenvolvimento e implementação de um sistema de monitorização integrado para a avaliação contínua das turbinas eólicas. o sistema que será capaz de avaliar a condição de componentes estruturais críticas, peças rotativas e mecanismos de travagem.

2009 FP7 3.400.000 TWI LIMITED (UK)

A. Silva Matos Energia EDP Renováveis Instituto de Soldadura e

Qualidade (ISQ)

Base de dados de vento do mar do Báltico, mar da Irlanda e mar Norte

NORSEWIND

O projecto visa a aquisição de dados físicos de alta precisão e baixo custo, com recurso a uma combinação de antenas tradicionais de Meteorologia, terrestres, instrumentos de detecção remota (LiDAR & Sodar) obtidas por satélite ventos SAR. O mapa do vento resultante representa um passo importante na quantificação da qualidade dos recursos eólicos offshore disponíveis.

2009 FP7 3.940.000 OLDBAUM

SERVICES LIMITED (UK)

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

Produção de electricidade offshore para a U.E.- planeamento espacial de energias renováveis offshore e infra-estruturas necessárias tendo em conta a política marítima integrada da U.E.

SEANERGY 2020

Formular e promover políticas e recomendações sobre as questões de ordenamento do espaço marítimo (OEM), com vista à remoção dos obstáculos ao desenvolvimento da energia renovável offshore. O projeto vai analisar os diferentes instrumentos internacionais de OEM e apresentar propostas para uma abordagem coordenada internacionalmente com o objectivo de fomentar a implantação a energia renovável offshore.

2010 INTELIGENT

ENERGY 1.244.000

EWEA – European Wind Energy Association

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

38

SOLAR

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

NACIONAIS

Secador de Madeiras Energeticamente Eficiente

SECMAD

Desenvolvimento do sistema de monitorização e controlo de um secador de madeiras de baixo custo, recorrendo a ventilação forçada e usando a energia solar como fonte de calor. A instrumentação de controlo desenvolvida procura optimizar o tempo e as condições de secagem, tendo em conta as condições climatéricas e critérios de qualidade do produto final.

2003 ADI 232.700

Laboratório Nacional de

Energia e Geologia (LNEG)

-

- EDIFICIO SOLAR

XXI - 2003 ADI 999.975

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

-

- PO Desenvolvimento de novos revestimentos espectralmente selectivos com pigmentos orgânicos para absorsores de colectores solares

2004 FCT-MCTES 55.000 Laboratório

Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

Centro de Física da Universidade do Minho

Células solares com base em novos corantes orgânicos conjugados

CSO - 2006 FCT-MCTES 128.000 Laboratório

Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

Universidade de Aveiro Instituto Superior

Técnico IST/UTL

Estudo de recursos geológicos para materiais de células fotovoltaicas

INCA

Caracterização de recursos minerais essenciais para o desenvolvimento de tecnologias para aproveitamento de energias renováveis: Os minérios da Faixa Piritosa Ibérica como fonte de índio e outros elementos estratégicos de alta tecnologia.

2006 FCT-MCTES 90.000 Laboratório

Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

-

- SSTPRF Sistemas solares térmicos pré fabricados - nova modelação para ensaio dinâmico e validação por monitorização de comportamento térmico a longo prazo

2006 FCT-MCTES 127.500

Laboratório Nacional de

Energia e Geologia (LNEG)

-

39

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

- SOLARIS

Produto inovador que, em conjunto com módulos fotovoltaicos e sistemas de seguimento solar comerciais (certificados pelos construtores), permite duplicar a produção de energia obtida pelos ditos módulos, quando comparado com sistemas fixos. O produto consiste num conjunto de estruturas de suporte e de espelhos com elevada resistência às condições atmosféricas que permitem concentrar sobre os módulos fotovoltaicos radiação solar extra de maneira uniforme, ao longo de todos os dias do ano.

2007 ADI 85.000 WS Energia -

- HSUN Médias de concentração; Standard Si Células solares; óptica foco Linear; óptica reflexiva ; sistemas robóticos com decisões colaborativas; tracker de dois eixos

2008 QREN 415.000 WS Energia -

SDS : um novo processo para células solares de baixo custo

SDS - 2008 FCT-MCTES 140.000 Fundação da Faculdade de

Ciências

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa Laboratório Nacional

de Energia e Geologia (LNEG) Centro de Física da

Matéria Condensada – Faculdade Ciências Universidade Lisboa

Wafers de Silício SiPoSi

Desenvolver uma nova rota de custo eficaz para a produção de wafers de silício para energia solar fotovoltaica com recurso a um processo inovador, utilizando prensagem a quente directamente a partir de pós de silício e fusão parcial do wafer.

2008 ADI - Fundação da Faculdade de

Ciências -

INAMOL- Portugal Solar INAMOL - 2008 ADI 580.380 INAMOL - Indústria Nacional de Moldes

Desenvolvimento de Dispositivos Fotovoltaicos de Silício Nano-estruturado

NanoSi-PVCELLS

Desenvolver módulos solares fotovoltaicos e processos produtivos industriais para: Células inovadores de grande área e baixo custo em estruturas SI pin em morfologia nano estruturada com eficiências acima de 10% (actualmente 7%); Células de junção híbrida para permitir eficiências significativamente acima das actuais, conferindo-lhes simultaneamente outro tipo de características tais como transparência por exemplo Células PV flexíveis.

2009 ADI 943.548 SOLAR PLUS,

PRODUÇÃO DE PAINEIS SOLARES

FCTUNL – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa – Centro de Investigação em Materiais – CENIMAT

40

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Células Fotovoltaicas Concentradoras

CFC

Produção das suas próprias células de concentração tri-junção, autonomizando-se da indústria internacional. Pretende igualmente, pela optimização da célula ao seu sistema óptico, reduzir significativamente os custos de produção actuais.

2009 ADI 600.596 Magpower

Soluções de Energia

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto INESC Porto – Instituto

de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto

Desenvolvimento de um sistema inovador de selagem e montagem de células Dye Sensitized Solar Cells (DSC)

SOLARSEL

Industrialização das células solares de terceira geração – Dye Sensitized Solar Cells (DSC) ou Células Solares de Graetzel. Será desenvolvida uma linha de montagem experimental de DSCs, sendo o módulo e sistema de selagem inovadores e alvo de um pedido de patente. As DSCs são inovadoras e potencialmente permitem uma maior incorporação de tecnologia nacional. Por outro lado, têm potencialmente um custo menor e uma maior versatilidade de utilização.

2009 ADI 480.432 EFACEC

ENGENHARIA

FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto CIN - Corporação

Industrial do Norte CUF - Químicos

Industriais

- MSCPV Investigação e Desenvolvimento para a concepção de um painel fotovoltaico de concentração.

2009 QREN 351.000 MARTIFER SOLAR -

- DYE SENSITIZED

SOLAR CELLS Desenvolvimento de módulos solares baseados em células do tipo Dye Sensitized Solar Cells

2009 QREN 277.000 ENERGICA SOL CLIMATIZAÇÃO

-

Módulos Fotovoltaicos Concentrados

MFC - 2009 QREN 183.000 Magpower

Soluções de Energia -

Compound Parabolic Concentrating

CPC Colectores Solares Térmicos do tipo CPC para Fachadas de Edifícios

2009 QREN 135.000 AO SOL- Energias

Renováveis

- PCS Desenvolvimento de um concentrador solar para a produção de energia térmica

2009 QREN 19.000 MUI BENE,

CRIAÇÃO DE INTERIORES

-

EUROPEUS

NEGST- Nova geração de sistemas solares térmicos

NEGST

O objectivo deste projecto é introduzir sistemas solares térmicos mais eficientes, particularmente para aquecimento de água para uso doméstico. O projecto prevê um quadro para o desenvolvimento da próxima geração de sistemas solares térmicos e a sua introdução no mercado.

2004 FP6 884.167 UNIVERSITY OF

STUTTGART

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

41

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Solar Keymark II – Mercado Europeu para produtos solares térmicos

SOLARKEYMARK II

Este projecto visa a abertura do mercado europeu a produtos solares térmicos de qualidade comprovada. Actualmente, o mercado ainda é fragmentado, devido às diferentes necessidades nacionais e regionais (edifícios), regulação e sistemas de incentivos financeiros. Ao eliminar as barreiras existentes ao comércio, os consumidores terão acesso aos melhores produtos, contribuindo assim para a potenciação da energia solar térmica na U.E.

2006 INTELIGENT

ENERGY 784.688

European Solar Thermal Industry

Federation

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

POLYSMART- Poligeração com recurso a tecnologia de ar condicionado e refrigeração de base térmica

POLYSMART Demonstrar a relação custo-eficácia e fiabilidade de pequenas unidades de produção combinada de calor, frio e electricidade para uma vasta gama de edifícios e aplicações industriais.

2006 FP6 7.280.000

FRAUNHOFER-GESELLSCHAFT ZUR FOERDERUNG DER

ANGEWANDTEN FORSCHUNG E.V

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) AO SOL- Energias

Renováveis EUROSOLAR -

ENERGIAS ALTERNATIVAS

Solair - Aumentar a penetração de mercado de sistemas de ar condicionado solar para pequenas e médias aplicações em edifícios residenciais e comerciais

SOLAIR

Promover a implementação do mercado de aparelhos de ar condicionado com recurso a energia solar térmicas, com foco no sector residencial e comercial, combinando água quente sanitária e aquecimento ambiente com ar condicionado. Remoção de barreiras de mercado , como a falta de conhecimento, know-how e informação - por meio de pesquisas de mercado, capacitação, qualificação e promoção dos agentes e investidores.

2007 INTELIGENT

ENERGY 1.187.375 Target GmbH

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

POWERSOL – Produção de energia mecânica baseada em motores solares termodinâmicos

POWERSOL

Desenvolvimento de uma tecnologia de produção de energia com base na energia solar térmica, com melhor relação custo-eficácia, optimizada para o fornecimento de comunidades rurais. A proposta centra-se no desenvolvimento tecnológico de geração de energia térmica solar-driven mecânico baseado n um ciclo com aquecimento solar termodinâmica (sistema POWERSOL). Este desenvolvimento tecnológico consiste na optimização de um ciclo solar termodinâmica assistida, que gera energia mecânica de baixa a temperatura média.

2007 FP6 1.050.000

CIEMAT- Centro de Investigaciones

Energéticas, Medioambientales

y Tecnológicas

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) AO SOL- Energias

Renováveis Instituto de

Engenharia Mecânica

PROSTO - implementação de melhores práticas relativamente à definição de metas de energia solar térmica.

PROSTO

Visa aumentar a utilização de sistemas solares térmicos nos países europeus através da promoção de uma aplicação eficiente da obrigatoriedade de utilização de energia solar térmica.

2008 INTELIGENT

ENERGY 1.155.958 Ambiente Italia

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

42

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Prodes - Promoção de Energia Renovável para a produção de água através da dessalinização

PRODES

Apoiar o uso de energias renováveis para a dessalinização de água em áreas remotas ou isoladas, onde a rede não pode acomodar elevada penetração de fontes intermitentes. O foco será no sul da Europa, onde a dessalinização é um factor cada vez mais importante em termos de consumo de energia. O projecto irá envolver a indústria, as universidades, os investidores e entidades institucionais para lidar com as barreiras não-técnicas. Utiliza uma combinação de ferramentas como a formação, workshops, publicações, entre outras.

2008 INTELIGENT

ENERGY 1.023.594

WIP-Renewable Energies

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) AO SOL- Energias

Renováveis

Dispositivo de refrigeração solar em pequena escala

ALONE

O objectivo principal incide no melhoramento as tecnologias de arrefecimento solar com base em sistemas capazes de lidar com a baixa temperatura de refrigeração aplicações. Os esforços serão concentrados na optimização do chiller de absorção para fornecer aquecimento e arrefecimento com recurso a sistemas solares. O projecto irá demonstrar este sistema inovador em quatro locais de utilização final, recolhendo simultaneamente dados reais e avaliando o desempenho em operação.

2009 FP7 2.910.000 UNIVERSITA DEGLI STUDI DI FIRENZE

AO SOL- Energias Renováveis

Identificação e Mobilização do Potencial Solar por meio de Estratégias Locais

POLIS

Impulsionar a energia solar a nível local. Analisa politicas de urbanismo e especificidades locais em diferentes cidades europeias (Paris, Lisboa, Munique, Vitoria, Lyon e Malmo). O objectivo é agrupar os principais intervenientes para que a energia solar seja incluído num processo de planeamento integrado.

2009 INTELIGENT

ENERGY 1.108.874

Ecofys Germany GmbH

Lisboa E-Nova: Agência Municipal de Energia e Ambiente

Garantia de qualidade associada a aquecimento e refrigeração com base em tecnologia solar térmica

QAIST

Participação activa na revisão da EN 12975, tendo em conta os novos produtos . Os trabalhos de normalização de sistemas solares térmicos e adaptação dos processos de cálculo de rotulagem energética . Continuação das actividades no âmbito do projecto Solar Keymark, ou seja, promoção e certificação a novos produtos. Reforço da garantia de qualidade em ensaios de laboratório através de comparações inter-laboratoriais. Identificação da necessidade de padronização de sistemas solares térmicos em conjunto com bombas de calor e máquinas de refrigeração.

2010 INTELIGENT

ENERGY 1.892.002

European Solar Thermal Industry

Federation

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

43

OCEANOS

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

NACIONAIS

Instalação de energia de ondas do tipo coluna de água oscilante nos Açores

CAO

Projecto detalhado e construção parcial de uma central de energia das ondas do tipo coluna de água oscilante (OWC) à escala piloto, com capacidade nominal de 500 kW, a ser instalada na ilha do Pico, Açores. Objectivos: i) demonstrar a viabilidade técnica das centrais OWC à escala comercial; ii) proporcionar a realização de testes do equipamento, ii) avaliar e validar a metodologia de design e de previsão de produção.

2004 PRIME 797.598 Wave Energy

Centre - Centro de Energia das Ondas

EDP- Energias de Portugal EDA- Electricidade dos

Açores Laboratório Nacional de

Energia e Geologia (LNEG) EFACEC Consulmar, Projectistas

e Consultores Kymaner, Tecnologias

Energéticas

- PEO Desenvolvimento de um sistema para produção de energia eléctrica a partir da energia das ondas

2005 ADI 200.000 MARTIFER ENERGIA - EQUIPAMENTOS

PARA ENERGIA

Integração de centrais de aproveitamento da energia das ondas em quebra-mares

CEODOURO

Os objectivos técnicos e científicos que se pretendem alcançar com este estudo incluem: 1. caracterização da estabilidade estrutural da central como elemento integrante do molhe; 2. caracterização da implantação da central no quebra-mar, de modo a aumentar a sua funcionalidade; 3. análise crítica da concepção do equipamento electro-mecânico utilizado nas centrais do Pico e de Islay e o desenvolvimento de uma concepção e pré-projecto desse equipamento, tendo em vista reduzir custos, aumentar a sua eficiência e fiabilidade, assegurar a sua adaptação ao local; 4. caracterização dos custos relativos à futura construção (civil e equipamentos electromecânicos) e da eficácia/eficiência da conversão da energia das ondas em energia eléctrica produzida pela central. Fará parte integrante deste projecto o ensaio em laboratório de um modelo físico reduzido (escala 1:30) do troço do quebra-mar onde se localiza a central.

2005 ADI 79.330 CONSULMAR - Projectistas e Consultores

Instituto de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico (IDMEC)

44

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Demonstração do funcionamento do protótipo Pelamis produção energia

OKEANÓS

Demonstração da operacionalidade dum dispositivo como Pelamis. Pretende-se em colaboração com a comunidade científica nacional e internacional assim como com as empresas ligadas ao sector eléctrico, realizar testes em condições de meio envolvente reais. Esta colaboração e debate técnico-científico permitirá a validação dos resultados antes de se conceber a implantação de um parque comercial.

2006 ADI 1.250.000 Companhia de

Energia Oceânica de Alfândega da Fé

-

Monitorização acústica da energia da energia das ondas

WEAM

Este projecto tem como objectivo desenvolver uma cadeia de instrumentação adequada para avaliar o ruído submarino produzido pelos dispositivos de energia das ondas e estabelecer um plano de monitorização.

2007 FCT-MCTES 180.000 Wave Energy

Centre - Centro de Energia das Ondas

CINTAL - Centro de Investigação Tecnológica do Algarve

Projecto de sistemas de amarração para conversores de energia das ondas flutuantes

MOORWEC

Neste projecto pretende-se investigar o problema hidro-dinâmico da amarração de sistemas flutuantes para Conversão de Energia das Ondas (Wave Energy Converter - WEC) e desenvolver métodos, ferramentas e procedimentos para apoio ao projecto.

2008 FCT-MCTES 125.000

Unidade de Engenharia e

Tecnologia Naval do Instituto

Superior Técnico

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Instituto de Engenharia

Mecânica do Instituto Superior Técnico Martifer Energia -

Equipamentos para Energia

Análise hidrodinâmica dos conversores da energia das ondas com diferentes características de movimentos

WAVE CONVERTERS

O estudo irá centrar-se na interacção hidrodinâmica das ondas do mar com estruturas flutuantes, que possuem diferentes movimentos característicos e podem ser adequadas para a concepção de dispositivos de conversão de energia das ondas. Pretende-se caracterizar a eficiência de diferentes tipos de conversores de energia baseados em diferentes princípios de conversão de energia, de forma a poder determinar os que serão mais apropriados a diferentes condições ambientais.

2008 FCT-MCTES 120.000

Unidade de Engenharia e

Tecnologia Naval do Instituto

Superior Técnico

-

Future Life Ocean Waves Dispositivo para conversão da energia das ondas em energia eléctrica

FLOW

I&D, Concepção, instalação em alto mar e optimização: Desenvolver um dispositivo para aproveitamento da energia das ondas em ambiente offshore por intermédio do movimento de rotação relativa de dois corpos articulados entre si. Um dos maiores problemas existentes na extracção desta forma de energia renovável é o tipo de geometria a adoptar para os dispositivos, a sua eficiência, rendimento, robustez e viabilidade económica. O objectivo deste dispositivo inovador visa colmatar estas dificuldades existentes nos dispositivos flutuantes para recuperação da energia das ondas.

2009 ADI 7.135.148 MARTIFER ENERGIA - EQUIPAMENTOS

PARA ENERGIA

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) Departamento de

Arquitectura Naval e Engenharia Marítima do Instituto Superior Técnico INEGI – Instituto de

Engenharia Mecânica e Gestão Industrial

45

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Sistema modular optimizado para aproveitamento da energia das ondas

MODONDAS

Desenvolvimento de um prrotótipo de um sistema modular de potência e controlo, constituído por: 1) grupo modular turbina de ar/gerador de alto rendimento adaptada a aplicações inshore, nearshore e offshore, 2) sistema modular de controlo, 3) sistema modular de comunicações; culminando no registo patentes aplicáveis. Dada a disponibilidade da instalação e a facilidade de acesso, utilizar-se-á a plataforma de ensaios constituída pela posição livre da Central de Ondas do Pico.

2009 ADI 1.246.431 Kymaner,

Tecnologias Energéticas

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas Faculdade de Ciências e

Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Instituto Superior de

Engenharia de Lisboa

Metodologias para a concepção, monitorização e actualização de roadmaps: aplicação á energia marinha em Portugal

ROADMAP

O projecto será desenvolvido em cinco etapas: (i) análise de roadmaps relevantes para as energias renováveis; (ii) identificação de restrições nacionais e seus impactos sobre a concepção do roadmap; (iii)desenvolvimento de uma metodologia para gerir as incertezas associadas à elaboração de um roadmap; (iv) desenvolvimento de metodologias de acompanhamento e actualização do roadmap; (v) aplicação da metodologia para concepção de um roadmap nacional para as energias marinhas.

2009 FCT-MCTES 173.100

Instituto de Engenharia

Mecânica do Instituto Superior Técnico (IDMEC)

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas Laboratório Nacional de

Energia e Geologia (LNEG) CEEETA - ECO,

Consultores em Energia

EUROPEUS

Rede de investigação e formação para a energia do oceanos

WAVETRAIN O projecto teve como principal objectivo o treino de cientistas na área de energia das ondas, tendo formado vários jovens nesta área.

2004 FP6 1.820.000

Departamento de Engenharia

Mecânica do Instituto Superior

Técnico

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas Laboratório Nacional de

Energia e Geologia (LNEG)

Acção Coordenada em Energia dos Oceanos

CA-OE

A actividade principal do projecto consistiu na organização de seminários interactivos e intercâmbios curtos de investigadores, como veículo de troca de informação especializada para o desenvolvimento de energia das ondas.

2004 FP6 1.500.000 Rambøll Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas

46

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Demonstração de uma instalação de energia das ondas

AQUABUOY

Projecto de demonstração operacional à escala real de um ou mais dispositivos de conversão de energia das ondas, perfazendo uma potência nominal de ligação à rede de 2 MW, localizado 10 quilómetros ao largo da costa Portuguesa a cerca de 60 m de profundidade ao largo da Figueira da Foz.

2004 FP6 1.369.999

FINAVERA RENEWABLES

OCEAN ENERGY LTD (UK)

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas Laboratório Nacional de

Energia e Geologia (LNEG) Kynamer- Tecnologias

Energéticas Estaleiros Navais do

Mondego Labelec– Estudos

Desenvolvimento e Actividades Laboratoriais

Previsão de ondas, tremores de terra e ventos offshore

POWWOW

O objectivo do projecto passa por disseminar os resultados de actividades e resultados de projectos de investigação na área de previsão de curto prazo da velocidade do vento, previsão de vento offshore e impacto de tremores de terra em parques eólicos offshore, com o objectivo de desenvolver roadmaps.

2005 FP6 1.050.00

ANMARKS TEKNISKE

UNIVERSITET INFORMATICS AND

MATHEMATICAL MODELLING

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

Integração de Coluna de Água Oscilante num molhe marítimo

BREAKWAVE

O objectivo principal do projecto BREAKWAVE é demonstrar a viabilidade técnica e económica da integração da tecnologia OWC ( coluna de água oscilante) num quebra-mar localizado na foz do rio Douro.

2006 FP6 2.440.000 EDP Inovação

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas Consulmar, Projectistas

e Consultores Laboratório Nacional de

Energia e Geologia (LNEG) Instituto Portuário dos

Transportes Marítimos

Aqua-RET - Tecnologias de Energias Aquáticas Renováveis

AQUARET O Aqua-RET - Tecnologias de Energias Aquáticas Renováveis - é uma ferramenta de e-learning para a promoção das tecnologias aquáticas renováveis.

2006 FP6 396.512 Aqua TT UETP

Limited, Ireland

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas

Planeamento e Marketing de Energia das Ondas

WAVEPLAM

O objectivo do WAVEPLAM é desenvolver ferramentas, estabelecer métodos e padrões, e criar condições para acelerar a introdução da energia dos oceanos no mercado europeu, eliminando barreiras não-tecnológicas e condicionantes de natureza variada.

2007 INTELIGENT

ENERGY 526.988

EVE-Ente Vasco de la Energía, Spain

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas

47

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Teste e avaliação de dispositivos de conversão de energia em termos de desempenho, custo e impacto ambiental

EQUIMAR

Desenvolvimento de protocolos e standards para a avaliação de conversores de energia marinha. Harmonização dos procedimentos de teste e avaliação de dispositivos, com o objectivo de acelerar o desenvolvimento da tecnologia. Recurso a protocolos para selecção local, desenvolvimento de projectos de engenharia do dispositivo, a ampliação dos projectos, avaliação do impacto ambiental ao nível dos processos biológicos e costeiros, tendo em conta as questões de natureza económica.

2008 FP7 3.990.000 THE UNIVERSITY OF

EDINBURGH (UK)

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas

Rede de investigação e formação para a energia do oceanos

WAVETRAIN 2

Multinational Initial Training Network (ITN), com o objectivo de enfrentar a grande variedade de desafios que a aplicação de energia das ondas à escala industrial enfrenta, tendo em conta questões técnicas, hidrodinâmica, PTO (Power Take-Off design), instrumentação, armazenamento de energia, redução de custos, entre outros aspectos. Aborda ainda questões legais, licenciamento, conflitos de uso, processos de Avaliação de Impacte Ambiental, ligação à rede.

2008 FP7 3.580.000 Wave Energy

Centre - Centro de Energia das Ondas

Vários

Componentes para sistemas de energia oceânica

CORES

Desenvolvimento de novos conceitos e componentes para conversão de energia, controlo e monitorização, sistemas de amarração, aquisição de dados e instrumentação, com foco em sistemas de coluna de água oscilante do tipo flutuante.

2008 FP7 3.450.000

UNIVERSITY COLLEGE CORK,

NATIONAL UNIVERSITY OF

IRELAND

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas

Produção de energia renovável em profundidade

SURGE

Projecto de engenharia, construção, demonstração e monitorização do funcionamento do WaveRoller ao largo de Peniche. Consiste num dispositivo do tipo corpo oscilante submerso, com tecnologia patenteada, concebida para a conversão de energia de ondas em electricidade. É o primeiro sistema concebido para aproveitamento do fenómeno SURGE em ondas de fundo a distâncias relativamente próximas da costa, nearshore.

2009 FP7 3.000.000 AW-ENERGY OY

(Finland)

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas Eneólica Energias e

Ambiente Instituto Hidrográfico Estaleiros Navais de

Peniche Câmara Municipal de

Peniche

Plataforma integrada de energia de energia marinha

MARINA PLATFORM

Projecto dedicado a promover a entrada em fase de comercialização das energias renováveis offshore num estado de desenvolvimento mais avançado, através da criação de novas infra-estruturas, não só para tecnologia eólica offshore, mas também para energia dos oceanos.

2009 FP7 8.710.000 ACCIONA ENERGIA

(Spain)

Universidade do Algarve - Centro de Investigação Marinha e Ambiental

48

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

- AQUARET 2

Objectivos: 1) identificar as necessidades de mercado de trabalho do sector a nível sectorial e geográfico; 2) seleccionar, adaptar e desenvolver material existente para colmatar necessidades identificadas; 3) integrar os conteúdos estudados de forma a dar resposta a necessidades de mercado; 4) facilitar a transferência de competências de sectores complementares para o sector das energias renováveis marinhas.

2009 FP6 desconhecido Aqua TT UETP

Limited, Ireland

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas

Estandardização de conversores de energia das ondas do tipo ponto absorvente, através da demonstração

STANDPOINT

O objectivo é demonstrar que a tecnologia do tipo ponto de absorção offshore ajustável é a técnica de conversão de energia das ondas num estado de desenvolvimento tecnológico mais avançado, com maior capacidade de produção, fiabilidade e adaptabilidade à mudança das condições climatéricas no mar. Demonstração e ligação à rede eléctrica de um sistema pré-comercial com uma capacidade nominal de 1,2 MW na costa Portuguesa.

2009 FP7 5.100.000 WAVEBOB LTD Generg- Gestão de Projectos de Energia

- WAVEPORT

Demonstração e implementação à escala comercial de um sistema de conversão de energia das ondas à escala comercial e aumento de eficiência do processo de conversão. Ligação à rede de um equipamento com capacidade nominal de 600 kW e desenvolvimento de uma plataforma com capacidade para 1,5 MW de forma a avaliar a eficiência da tecnologia.

2010 FP7 4.590.000

THE UK INTELLIGENT

SYSTEMS RESEARCH

INSTITUTE LIMITED

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas

Off-shore Renewable Energy Conversion platforms Coordination Action

ORECCA

Criar um quadro para a partilha de conhecimentos e desenvolver um roadmap de investigação para as actividades no âmbito das energias renováveis offshore. O foco será dado na definição de estratégias para uma política marítima europeia integrada. Adicionalmente será definido o estado da arte tecnológica, económico e legislativo, bem como a identificação de obstáculos, e necessidades futuras. Envolve ainda o teste de instalações piloto de tecnologias num estágio inicial de desenvolvimento e o estímulo ao desenvolvimento de tecnologias num estado de desenvolvimento mais avançado.

2010 FP7 1.600.000

FRAUNHOFER-GESELLSCHAFT ZUR FOERDERUNG DER

ANGEWANDTEN FORSCHUNG E.V

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas Laboratório Nacional de

Energia e Geologia (LNEG)

Avaliação e sistematização dos impactos associados às instalações de energia das ondas

SOWFIA

Facilitar o desenvolvimento da coordenação a nível europeu, de ferramentas de análise do impacte sócio económico decorrente do desenvolvimento de centrais de energia das ondas. Colaboração, intercâmbio, partilha e transferência de conhecimentos.

2010 INTELIGENT

ENERGY desconhecido

UNIVERSITY OF PLYMOUTH (UK)

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas Hidromod – Modelação

em Engenharia

49

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Design estrutural de dispositivos de conversão de energia das ondas

SWED

Desenvolver um modelo numérico que permita analisar dispositivos de energia das ondas e, para tal, é necessário investigar diversas componentes: hidrodinâmica, sistemas de extracção de energia (PTO), sistemas de amarração, entre outros, com o intuito de ser utilizado como base de projecto de novos dispositivos, contribuindo, nomeadamente, para a criação de normas de segurança e redução de custos.

2010 FP7 desconhecido

Aalborg University, Dept. of Civil

Engineering, Wave Energy Research Group (Denmark)

Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas

50

BIOCOMBUSTÍVEIS

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

NACIONAIS

Microalgas hiperprodutoras de hidrocarbonetos

BOYTROFUEL

Neste projecto pretende-se seleccionar das estirpes de microalgas hiperprodutoras de hidrocarbonetos para transformá-las num biocombustível, nomeadamente biodiesel. As estirpes seleccionadas serão caracterizadas taxomica, morfológica e bioquimicamente, e cultivadas à escala laboratorial e em fotobioreactores.

2007 ADI 51.862

Necton - Companhia

Portuguesa de Culturas Marinhas

Departamento de Biologia da Universidade do Minho Centro de Ciências do

Mar da Universidade do Algarve Escola Superior de

Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa

Micro algas. Matéria-prima sustentável para a produção de biocombustíveis

MAPB - 2008 FCT-MCTES 199.566 Laboratório

Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

Departamento de Energias Renováveis - Unidade de Biomassa do LNEG

- ALGAFUEL

Tecnologias para a produção industrial de microalgas, com sequestração de carbono pela via biotecnológica. Estas microalgas fornecerão a matéria-prima (óleo vegetal) para o fabrico de biodiesel. A inovação ao nível da tecnologia baseia-se na utilização conjunta de fotobioreactores para a produção de microalgas com elevado teor de lípidos ou de hidrocarbonetos.

2008 ADI 84.971 Algafuel

Estudo da viabilidade técnica e económico-financeira de uma biorrefinaria de polpa de alfarroba através do aproveitamento integral da sacarose e da celulose para biocombustível

ALFAETíLICO

O projecto pretende analisar a viabilidade da integração dos açúcares provenientes da fracção lenho celulósica (fracção remanescente na polpa de alfarroba após extracção dos açúcares solúveis) no extracto solúvel. Avaliação e comparação em termos de rendimentos e produtividades globais em etanol. Análise do aproveitamento da parte da matéria-prima (polpa de alfarroba) não utilizada no processo fermentativo para obtenção de energia através da queima da mesma.

2009 ADI 476.335

Agrupamento de Alfarroba e

Amêndoa, C.R.L. (Loulé)

Universidade do Algarve

51

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Valorização integrada de resíduos da extracção de azeite

REFINOLEA

O presente projecto pretende avaliar possibilidades de valorização da biomassa disponível na unidade industrial da UCASUL e estudar a sua implementação de forma técnica e economicamente viável, designadamente para a produção de etanol. Testes à escala piloto de processos desenvolvidos pelo consórcio, identificados como adequados.

2009 ADI 260.212

União das Cooperativas

Agrícolas do Sul - UCASUL

Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Baixo Alentejo e Litoral - CEBAL

Biorrefinaria Integrada na Indústria da Pasta e Papel

BIIPP

O objectivo do projecto tem como aspecto central o desenvolvimento de conhecimento e de processos que possibilitem a produção de biocombustíveis e bioprodutos a partir das correntes processuais e/ou residuais do processo de produção de pasta kraft, visando o aumento do valor acrescentado, através da síntese de produtos de origem renovável, e a redução do impacto ambiental da indústria de pasta e papel nacional.

2010 ADI 959.823

SOPORCEL - Sociedade

Portuguesa de Papel

Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra Universidade de Aveiro Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto RAÍZ- Instituto de

Investigação da Floresta e do Papel

Projecto Biodiesel – Produção a partir de Micro-algas

PBA - 2010 QREN 327.000 A SILVA MATOS - INVESTIMENTOS,

S.A. -

Investigação e desenvolvimento do potencial de biorrefinaria no CAIMA

CAIMA - 2010 ADI 282.855 CAIMA - INDÚSTRIA

DE CELULOSE Universidade de Aveiro

Produção de bioetanol e sequestro de CO2 a partir de microalgas que acumulam elevados teores de amido cultivadas num biorreactor

ALGANOL

Este projecto pretende desenvolver um sistema que permita a obtenção de bioetanol a partir de amido produzido por microalgas, permitindo ainda o sequestro de CO2 (proveniente p.e. da combustão de resíduos sólidos urbanos). Desenvolvimento de técnicas de cultivo da microalga Chlorella vulgaris, de extracção do amido e produção de etanol que sejam eficientes e que, do ponto de vista da sustentabilidade económica, permitam a sua aplicação industrial.

2010 ADI 271.564 Universidade do

Minho Carbono Eficiente

52

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

EUROPEUS

- EUBIONET III

O objectivo principal do projecto é aumentar a utilização de combustíveis de biomassa na U.E., encontrando formas de superar barreiras de mercado. Promover o comércio internacional de combustíveis de biomassa e assegurar a disponibilidade de matéria-prima industrial.

2008 INTELIGENT

ENERGY 1.822.119

Technical Research Centre of Finland /

VTT Processes, Finland

Centro de Biomassa para a Energia

Algas e biomassa aquática para a produção de biocombustíveis de 2ª geração

AQUAFUELS

AquaFUELS tem por objectivo traçar o retrato detalhado e abrangente do "status quo" actual das iniciativas internacionais sobre biocombustíveis produzidos a partir de algas. Avaliação global sobre a tecnologia, e identificação de actividades de pesquisa e necessidades industriais. As pesquisas e avaliações produzidas por AquaFUELS irá abordar a análise do ciclo de vida do biocombustível, tendo em conta critérios de sustentabilidade ambiental, económica e social.

2009 FP7 747.152 EUROPEAN

BIODIESEL BOARD

NECTON - COMPANHIA PORTUGUESA DE CULTURAS MARINHAS

Demonstração à escala industrial de uma fábrica de produção de bioetanol de 2ª geração com recurso a material celulósico

KACELLE

Promover a utilização à escala comercial de uma tecnologia patenteada para a produção de bioetanol de 2ª geração. A fábrica terá capacidade para processar 4t/h de biomassa e produzir cerca de 5 M litros de bioetanol.

2009 FP7 6.410.000 DONG ENERGY

POWER AS Universidade do Minho

Valorização de resíduos orgânicos para a produção de biogás

VALORGAS

Produção de biogás através de digestão anaeróbia de resíduos orgânicos. O projecto visa a optimização da eficiência da tecnologia de conversão, tendo em conta múltiplos aspectos como a recolha, pré-processamento de resíduos, entre outros aspectos. A investigação tem ainda em conta os estudos de fiabilidade, pesquisa laboratorial, projectos de demonstração, monitorização, modelação do processo e análise de ciclo de vida.

2010 FP7 3.490.000 UNIVERSITY OF SOUTHAMPTON

Valorsul

Design de uma Biorrefinaria para o processamento de biomassa sustentável

EUROBIOREF

Investigação em larga escala, testes, optimização e demonstração de processos produtivos, passíveis de utilizar várias tipos de biomassa. Conceito flexível e modular, adaptável a regiões e condições distintas, capaz de produzir combustíveis do tipo bio-jet com base num processo produtivo mais eficiente sob o ponto de vista energético.

2010 FP7 23.070.000

CENTRE NATIONAL DE LA RECHERCHE

SCIENTIFIQUE

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FE/UP)

53

BIOMASSA

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

NACIONAIS

- VERICA

O projecto VERICA tem como objectivo o desenvolvimento de uma instalação piloto de tratamento e valorização de resíduos orgânicos com base na conversão anaeróbia desses mesmos resíduos num gás combustível gerando um recurso energético endógeno e renovável.

2003 ADI 485.460 CTIC - Centro

Tecnológico das Indústrias do Couro

-

Rede de Competência para a Bioenergia

CEBIO - 2006 ADI 979.258 CVR - Centro de Valorização de

Resíduos

Universidade do Minho INIAP - Instituto Nacional

de Investigação de Agricultura e Pescas (Elvas) Laboratório Nacional de

Energia e Geologia (LNEG)

- VENTIL Sistema para produção de energia a partir de biomassa e controlo de emissões atmosféricas

2007 ADI 170.520 VENTIL- Engenharia

do Ambiente -

Desenvolvimento de um novo conceito de caldeira a pellets dedicadas ao aquecimento doméstico

BIOCALDEIRA

O objectivo deste projecto é a construção de um protótipo de uma caldeira a pellets de madeira dedicadas ao aquecimento doméstico, com funcionamento automático, e que responda às especificidades do mercado a um custo competitivo.

2007 ADI 60.963 Vimasol - Energia e

Ambiente

Universidade do Minho - Departamento de Engenharia Mecânica

- PTE

Caracterização estrutural e funcional de proteínas responsáveis pela transferência electrónica entre microrganismos e sólidos com relevância para a produção de bio-energia

2008 MIT-Portugal 192.141

Instituto de Tecnologia Química

e Biológica da Universidade Nova

de Lisboa

Fundação da Faculdade de Ciências e Tecnologia

54

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Melhoramento genético do eucalipto para produção de pasta e energia promovendo o uso eficiente de recursos naturais

PT-LYPTUS

Este projecto foi concebido no âmbito do cluster recentemente reconhecido pelo QREN, designado "Pólo de Competitividade e Tecnologia das Indústrias de Base Florestal", e tem como objectivo o desenvolvimento, a disponibilização e a monitorização de materiais genéticos de eucalipto mais adaptados às condições edafo-climáticas de Portugal, visando o aumento da eficiência na produção de madeira, de pasta e de energia renovável, com mínimo impacto ambiental e redução dos factores de risco biótico e abiótico.

2009 ADI 1.744.448

ALIANÇA FLORESTAL -

Sociedade para o Desenvolvimento

Agro-Florestal

ISA - Instituto Superior de Agronomia de Lisboa Raíz- Instituto de

Investigação da Floresta e do Papel

Produção, Utilização e Certificação de Combustíveis Derivados de Resíduos

ECOCOMBUSTÍVEL

Produção de combustíveis alternativos a partir de resíduos não perigosos por transformação mecânica e biológica. Optimização da fracção refugo do tratamento mecânico e biológico de Resíduos Sólidos Urbanos. Potenciação do conteúdo biogénico e energético por incorporação de outros resíduos. Implementação de sistemas de garantia de qualidade da produção de Combustíveis Sólidos Recuperados, CSR. Desenvolvimento de metodologias analíticas de controlo de processo e qualidade de produto. Adequação do produto para co-combustão com coque em fornos de clínquer à escala industrial e em processos de co-combustão em suspensão e leito fluidizado à escala piloto. Análise técnico-económica e ambiental das soluções desenvolvidas.

2009 ADI 472.848 TRATOLIXO,

Tratamento de Resíduos Sólidos

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) CIMPOR - indústria de

Cimentos (Alhandra) Instituto Superior

Técnico SAPEC Química CITRI- Centro Integrado

de Tratamento de Resíduos Industriais

EUROPEUS

- COPOWER

O estudo proposto visa determinar os limites da operação optimizada para co-combustão de resíduos e biomassa, contribuindo para a promoção desta última como energia limpa. Tem ainda de ser demonstrado que certas combinações de biomassa e resíduos podem ter vantagens específicas tanto no que diz respeito ao desempenho da combustão, nos próprios gases de combustão e nas características das cinzas.

2004 FP6 2.060.000 Laboratório

Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

ISA - Instituto Superior de Agronomia

55

GEOTÉRMICA

TÍTULO SIGLA DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

INTERNACIONAIS

Bombas de calor geotérmicas de elevada tecnologia

GROUNDHIT

O projecto visa melhorar a relação custo-eficácia e a competitividade das bombas de calor geotérmicas, de forma a aumentar a sua penetração no mercado. Envolve, entre outros aspectos o desenvolvimento e demonstração de várias tecnologias, designadamente bombas de calor geotérmicas de elevada eficiência e a pesquisa na área da transferência de calor em furos geotérmicos.

2004 FP6 1.680.000

CENTRE FOR RENEWABLE

ENERGY SOURCES GREECE

Escola Superior de Tecnologia de Setúbal

Integração da energia geotérmica em aplicações industriais

IGEIA

Fomentar a utilização da energia geotérmica para aquecimento e refrigeração em instalações industriais. (i) identificar necessidades de energia do sector industrial e sites que possibilitem a utilização de aplicações geotérmica (ii) apresentação das condições locais que permitam a instalação de aquecimento geotérmico bem como identificar potenciais de poupança em termos de aquecimento e arrefecimento (iv) estudos de viabilidade (v) desenvolver uma solução tecnológica customizada por país europeu (vi) informar o sector industrial sobre o potencial geotérmico e suas vantagens

2006 INTELIGENT

ENERGY 703.692

SAUNIER & ASSOCIÉS, FRANCE

Escola Superior de Tecnologia de Setúbal

Geotermia de baixa temperatura, sistema binário

LOW-BIN

o projecto LOW-BIN visa melhorar a relação custo-eficácia, a competitividade e a penetração no mercado dos sistemas de produção de electricidade geotérmica, visando não só as tecnologias com potencial de penetração de mercado imediato, mas também e futuros sistemas estimulados. desenvolvimento de uma unidade capaz de gerar electricidade a partir de recursos geotérmicos de baixa temperatura e de uma máquina do tipo Rankine Cycle para a cogeração de calor e energia por recuperação de calor do circuito de água de refrigeração.

2006 FP6 1.880.000

CENTRE FOR RENEWABLE

ENERGY SOURCES GREECE

Escola Superior de Tecnologia de Setúbal

Bombas de calor para aquecimento e arrefecimento em climas mediterrânicos

GROUND-MED Demonstração do funcionamento de bombas de calor geotérmicas de levada eficiência para aquecimento e refrigeração, em 8 locais do Sul da Europa.

2009 FP7 4.3000

CENTRE FOR RENEWABLE

ENERGY SOURCES GREECE

Instituto de Sistemas e Robótica da Universidade de Coimbra Escola Superior de

Tecnologia de Setúbal

56

TÍTULO SIGLA DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Financiamento e promoção da energia geotérmica

GEOFAR

O projecto visa reduzir os entraves financeiros associados aos estados de iniciais de desenvolvimento de projectos de energia geotérmica, através do desenvolvimento de esquemas e mecanismos de financiamento adequados. Adicionalmente, pretende promover a utilização de energia geotérmica no sector industrial.

2010 INTELIGENT

ENERGY 1.554.386

Erlangen AG Technologie Scouting & Marketing, Germany

Sociedade Geotérmica dos Açores (SOGEO)

57

MOBILIDADE ELÉCTRICA

TÍTULO SIGLA DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

NACIONAIS

Análise e desenvolvimento de sistemas integrados para veículos eléctricos

ADSIVE

Desenvolvimento de veículos sustentáveis como parte de uma estratégia de desenvolvimento de novos paradigmas de mobilidade. O programa de trabalho está dividido nas tarefas: - Modelação do sistema de controlo de energia - Implementação laboratorial deste sistema - Implementação num protótipo - “Hibridização” do veículo eléctrico - Projecto da unidade motor-in-wheel - Compósitos sustentáveis - Redes inteligentes - Conceitos de projecto flexível e análise de sustentabilidade

2008 MIT-Portugal 341.565 Universidade do

Minho

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Centro de Tecnologias

Mecânicas e de Materiais (CT2M)

Modelos para simulação de tráfego de veículos eléctricos com comunicação e capacidade de decisão dinâmica.

EVSIM09 - 2008 FCT-MCTES 192.212 Instituto de

Sistemas e Robótica (ISR)

Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra ISA - Intelligent Sensing

Anywhere

Desenvolvimento de um protótipo de veículo eléctrico a motor

DPVEB - 2009 QREN 19.000 MUI BENE,

CRIAÇÃO DE INTERIORES

-

Veículo eléctrico de elevada eficiência

VEECO

Investigação e desenvolvimento tecnológico (concepção, desenvolvimento, construção de protótipos, testes e melhoramentos necessários) de um veículo de tracção eléctrica de alta eficiência, numa tipologia de 2 lugares (roadster/coupé) de linhas desportivas, que recorre à optimização da eficiência global como meio para reduzir o consumo de energia e aumentar a autonomia. O projecto abrange o desenvolvimento de todos os componentes do veículo susceptíveis de poderem contribuir para uma melhor eficiência global e uma condução mais segura.

2009 ADI 1.186.186

VE - FABRICAÇÃO DE VEÍCULOS DE

TRACÇÃO ELÉCTRICA

ISEL - Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

58

TÍTULO SIGLA DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Programa da Mobilidade Eléctrica: Introdução da Mobilidade Eléctrica em Portugal

MOBI.e

Desenvolver um modelo para a introdução à escala nacional de uma rede de infra-estrutura e serviços para veículos eléctricos; desenvolver e implementar um modelo de serviço e negócio motivador da adopção da mobilidade eléctrica pelos cidadãos e organizações; criar condições para a geração de investimento, emprego e actividade económica associados à mobilidade eléctrica; projectar o país como case study internacional, promovendo a liderança internacional de Portugal e beneficiando da parceria com a aliança Renault-Nissan.

2010 FAI - - -

Fase Piloto da Mobilidade Eléctrica – Investigação e Desenvolvimento Técnico do Modelo MOBI.E

IDT MOBI.e

Implementar a primeira fase do sistema de Mobilidade Eléctrica em Portugal, com os seguintes objectivos: (i) implementar, testar e validar o modelo MOBI.E; (ii) desenvolver actividades de I&D do sistema de carregamento que permitam materializar os princípios do modelo MOBI.E; (iii) desenvolver a versão piloto do sistema de gestão e operação do sistema de carregamento; (iv) estabelecer um case study internacional, promovendo a liderança internacional de Portugal na Mobilidade Eléctrica através da internacionalização do modelo MOBI.E e de soluções de sistemas de carregamento de base nacional; (v) criar condições para a geração e atracção, em parceria entre empresas e centros de excelência, de investimento, emprego e actividade económica associados ao desenvolvimento, produção e teste de sistemas e soluções de Mobilidade Eléctrica.

2010 FAI 3.501.760 INTELI

EDP Inovação Novabase Critical Software CEIA- Centro de

Engenharia Brandia Central

EUROPEUS

Bateria de carregamento rápido de polímero de zinco

POLYZION

Criação de uma nova classe de bateria de polímero de zinco para veículos híbridos e eléctricos de pequenas dimensões. O programa combina pesquisa fundamental em diversos sectores e componentes, designadamente, líquidos iónicos, eléctrodos de zinco recarregáveis ultra-rápido, técnicas de injecção e polímeros condutores, bem como a construção de unidades de protótipos para testar a bateria desenvolvida. A bateria será de baixo custo com a potência necessária para ser competitiva com tecnologias alternativas no segmento dos veículos eléctricos e híbridos.

2009 FP7 2.400.000 C-TECH

INNOVATION LIMITED (UK)

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

59

REDES ELÉCTRICAS INTELIGENTES

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

NACIONAIS

- MORE-CARE

O objectivo é proporcionar aos operadores de sistemas eléctricos de ilhas informação de confiança, resultante de medições, previsões e análises cientificamente baseadas, num formato fácil de apreender, que lhes permita tomar decisões económicas e ambientalmente mais vantajosas sem correr riscos técnicos excessivos. A garantia de funcionamento em segurança permite assim aos operadores aumentar a penetração da energia renovável utilizada para satisfazer os consumos com vantagens económicas e ambientais.

2003 ADI 57.830

INESC Porto – Instituto de

Engenharia de Sistemas e

Computadores do Porto

-

OCR-SensorWeb - Rede de Sensores sem Fios para Telecontagem baseada no Reconhecimento Óptico

OCR - SensorWeb - 2006 FCT-MCTES 108.984

Associação para o Desenvolvimento do Departamento

de Física da Universidade de

Coimbra

Centro de Electrónica e Instrumentação Faculdade de Ciências e

Tecnologia da Universidade de Coimbr

Integração de Energias Alternativas em Redes Eléctricas Insulares

IEAREI - 2006 FCT-MCTES 31.250 Instituto Superior

Técnico

Centro de Energia Eléctrica do Instituto Superior Técnico

Núcleo de I&DT da Net Plan: soluções inovadoras para as energias, telecomunicações e TIC.

NETPLAN - 2007 ADI 79.451 Net Plan -

Telecomunicações e Energia

-

Estimação da procura e impacte na distribuição de energia eléctrica por penetração de veículos eléctricos e plug-in

EPIDE - 2008 MIT-Portugal 193.776 Instituto Superior Técnico de Lisboa

INESC Porto- Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto Instituto de Engenharia

Mecânica do Instituto Superior Técnico (IDMEC)

60

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Desenvolvimento de um sistema de controlo inteligente

IENERGY

Dispositivo inteligente de gestão de fontes energéticas e monitorização de consumos que analisa, instante a instante, o estado do consumo do local a monitorizar, as fontes de energia disponíveis, os respectivos custos de utilização e as necessidades energéticas previstas, tomando as decisões necessárias à optimização da factura energética do local. O sistema pode tomar decisões sobre o momento ideal para activar uma pilha de co-geração, sobre quando diferir consumos para horas mais convenientes (em equipamentos de frio, por exemplo) ou sobre quando recorrer ao operador primário de energia quando as necessidades energéticas não podem ser satisfeitas através da produção local ou quando a tarifa praticada pelo operador é inferior ao custo da produção local.

2008 ADI 181.300 ISA - Intelligent

Sensing Anywhere Self Energy-Inovation

Redes Inteligentes e Flexíveis para Utilização Intensiva de Fontes Renováveis de Energia

FIGURE - 2008 FCT-MCTES 148.000 Instituto Superior de Engenharia do

Porto

Grupo de Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão

INOVGRID- Projecto de inovação estratégica para a criação de um novo Sistema Eléctrico de Distribuição Inteligente

INOVGRID

INOVGRID que visa a substituição dos actuais contadores de Baixa Tensão por dispositivos electrónicos denominados Energy Box's (EB's) de tipologia AMM (Automated Meter Management), integradas numa rede eléctrica automatizada de terceira geração (smart grid) na qual são colocados dispositivos de rede (denominados DTC's) que através de novas soluções de TI/SI irão gerir as EB's agregando a informação recolhida capilarmente e proporcionar novos serviços aos consumidores.

2009 ADI 3.649.310 EDP Distribuição

CONTAR ELECTRÓNICA INDUSTRIAL, LDA EFACEC ENGENHARIA LogicaTI Portugal Janz Contadores de

Energia INESC Porto – Instituto

de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto

Redes Eléctricas Inteligentes com Veículos Eléctricos

REIVE

O projecto REIVE tem por objectivo desenvolver e testar uma plataforma tecnológica inovadora, permitindo a integração da gestão e controlo da rede eléctrica com dispositivos de interface avançados para veículos eléctricos e sistemas de microgeração. Com este projecto, será possível definir soluções tecnológicas adequadas, do lado da rede eléctrica, para promover uma mudança progressiva e sustentada do actual paradigma de mobilidade em simultâneo com uma progressiva integração de sistemas de microgeração, e assim potenciar a integração de energias renováveis no sistema electroprodutor português.

2010 FAI 3.352.847

INESC Porto – Instituto de

Engenharia de Sistemas e

Computadores do Porto

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) CEETA-ECO –

Consultores em Energia EFACEC Engenharia EDP Distribuição REN- Rede Eléctrica

Nacional Galp Energia Logica Portugal

61

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

EUROPEUS

Arquitecturas e conceitos avançados de controlo de microredes

MORE MICROGRIDS

Objectivos: 1. investigação de micro geradores, armazenamento de energia e os controladores de carga para proporcionar um funcionamento eficaz das micro-redes; 2. desenvolvimento de estratégias alternativas de controlo (centralizado versus controle descentralizado, a aplicação das TIC a próxima geração); 3. projectos de rede alternativa (meios de protecção moderna, moderna interfaces de estado sólido, operação em frequências variáveis); 4. Integração técnica e comercial de Multi-Microgirds; 5. testes de estratégias de controlo alternativas; 6. normalização dos protocolos técnicos e comerciais e de hardware; 7. impacto sobre o funcionamento do sistema de potência ; 8. Impacto sobre o desenvolvimento da rede de infra-estruturas de electricidade (quantificação dos benefícios de micro-redes para o reforço da rede global e uma estratégia de substituição das infra-estruturas de electricidade da UE).

2006 FP6 4.680.000

NSTITUTE OF COMMUNICATION AND COMPUTER

SYSTEMS ELECTRIC ENERGY SYSTEMS

LABORATORY GREECE

EDP - ENERGIAS DE PORTUGAL INESC Porto – Instituto

de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto

Vento na rede: Uma abordagem integrada

WINDGRID

A energia eólica em grande escala pode interferi na segurança do fornecimento de electricidade devido à volatilidade da produção e da sensibilidade que este tecnologia apresenta face a variações de tensão, entre outros aspectos. As soluções para esses problemas exigem uma abordagem integrada: soluções técnicas e regulamentares e desenvolvimento de normas. Os parques eólicos clusters vão conduzir à criação de um novo tipo do centro de controlo, que agrega os dados operacionais e cria os horários desejados, facilita o controlo de energia e potência, bem como o fornecimento de energia reactiva, permitindo aos parques eólicos funcionar de forma semelhante às centrais eléctricas convencionais.

2006 FP6 1.690.000 RED ELECTRICA DE

ESPANA S.A.U. REN- Rede Eléctrica Nacional

Estudo de integração do vento Europeu

EWIS

Um consórcio de 15 de Operadores Redes Eléctricas pertencentes a 13 países (Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Holanda, Irlanda, Polónia, Espanha, Portugal e Reino Unido), representando os quatro principais sistemas de electricidade na Europa, propõe uma acção de apoio específico para identificar e investigar os impactos da introdução de um grande número de turbinas eólicas na rede eléctrica Europeia.

2007 FP6 4.040.000 ELIA SYSTEM OPERATOR

REN- Rede Eléctrica Nacional

62

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Simulação avançada e análise da rede Pan Europeia

PEGASE

O projecto envolve a criação de algoritmos avançados, protótipos de software e demonstração da viabilidade de realização de estimativas em tempo-real, optimização de constrangimentos múltiplos e simulação de um modelo representativo das redes de transmissão Europeias de Alta e Muito Alta Voltagem, tendo em conta a sua operação por múltiplos entidades gestoras.

2008 FP7 8.620.000 SUEZ-TRACTEBEL

SA (Belgium) REN- Rede Eléctrica Nacional

Ferramentas avançadas para gestão de redes eléctricas com grandes quantidades de energia eólica

ANEMUS.Plus

Actualmente, é amplamente reconhecida pelos operadores de redes eléctricas e pelas empresas do sector energético, que as previsões de produção de energia proveniente de parques eólicos com cerca de 48 horas de antecedência, é um factor muito importante para uma operação segura e económica do sistema eléctrico. O objectivo fundamental do projecto passa por integrar plenamente as previsões de produção de energia eólica e as suas incertezas sobre a gestão do sistema eléctrico e ferramentas de apoio à decisão.

2008 FP6 2.600.000

ASSOCIATION POUR LA RECHERCHE ET

LE DEVELOPPEMENT DES METHODES ET

PROCESSUS INDUSTRIELS

REN- Rede Eléctrica Nacional

Análise do impacto e das possibilidades de uma introdução em massa de veículos eléctricos e híbridos plug-in, nas redes de electricidade Europeias.

G4V

O objectivo do projecto é desenvolver um quadro analítico para o planeamento da evolução tecnológica da infra-estrutura da rede e a definição de TIC e medidas necessárias para lidar com a introdução em massa de veículos eléctricos e híbridos plug-in na rede eléctrica. Por um lado, o objectivo passa por compreender os efeitos de uma introdução em massa tendo em conta determinados parâmetros físicos e aspectos locais nos diferentes Estados-Membros da U.E. Por outro lado, as oportunidades que consistem na procura de energia e as possibilidades de armazenamento serão amplamente exploradas, na medidas em que estas implicam também diferentes opções para gerir os possíveis impactos negativos sobre a rede eléctrica. O projecto vai produzir recomendações sobre como as soluções de TIC, serviços de rede de antecipação, integração de fontes renováveis, previsão de clientes móveis que são potenciais comercializadores de energia e análise do impacto das tarifas específicas.

2009 FP7 2.540.000 RWE RHEINLAND WESTFALEN NETZ

AG (Germany)

EDP Inovação

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TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Operação de sistemas de transmissão com elevada penetração de energia eólica e outras fontes renováveis, com recurso a ferramentas inovadoras e soluções integradas

TWENTIES

6 projectos de demonstração à escala para remover as diversas barreiras que impedem o sistema eléctrico de integrar mais energia eólica, onshore e offshore. A entidade nacional vai, em colaboração directa com o operador da rede de transporte francês, RTE, desenvolver "conceitos inovadores" relativamente à operação de redes offshore multi-terminal em corrente contínua, HVDC - High Voltage Direct Current, que facilitarão a integração da produção offshore na rede,

2010 FP7 31.770.000 RED ELECTRICA DE

ESPANA S.A.U.

INESC Porto – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto

Recursos energéticos móveis em redes eléctricas

MERGE

É necessário identificar e elaborar soluções para os problemas operacionais que serão causados na rede eléctrica e na sua operação comercial, em resultado da penetração massiva de veículos eléctricos. O projecto envolve (i) o desenvolvimento de um conceito de gestão e controlo que facilitará a transição do sistema actual eminentemente centralizado, para um sistema com elevada taxa de penetração de veículos eléctricos (ii) desenvolvimento de um sistema de avaliação baseado em métodos e programas de modelação, análise e optimização de redes eléctricas, nas quais será integrada a produção de veículos eléctricos e toda a infra-estrutura de carregamento associada.

2010 FP7 2.960.000 PUBLIC POWER CORPORATION

REN- Rede Eléctrica Nacional INESC Porto – Instituto

de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto

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CAPTURA E ARMAZENAMENTO DE CO2

TÍTULO SIGLA DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

NACIONAIS

Estudo de viabilidade de adopção de captura e armazenagem de CO2 na Central Termoeléctrica do Pego

KTEJO

O projecto pretende estudar uma solução tecnológica para reduzir substancialmente as emissões de CO2, da Central Termoeléctrica do Pego, com recurso a tecnologia de Captura e Armazenamento de CO2 em formações geológicas. O estudo está centrado em três aspectos fundamentais: (i) como capturar o CO2 na Central do Pego; (ii) qual a melhor forma de o transportar; (iii) verificação da existência de formações geológicas para o armazenamento.

2010 ADI 246.178

TEJO ENERGIA - PRODUÇÃO

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

ELÉCTRICA

Universidade de Évora Laboratório Nacional de

Energia e Geologia (LNEG) PEGOP - Energia

Eléctrica Schlumberger Carbon

Services

EUROPEUS

Sistemas de separação híbridos CO2/H2

HY2SEPS

O objectivo principal deste projecto é o desenvolvimento de uma membrana híbrida do tipo Pressure Swing Adsorption (PSA) para separação H2/CO2 que será parte integrante de um processo de descarbonização de um combustível fóssil utilizado na fase de pré-combustão.

2005 FP6 1.560.000

FOUNDATION FOR RESEARCH AND TECHNOLOGY

HELLAS INSTITUTE OF CHEMICAL

ENGINEERING AND HIGH

TEMPERATURE CHEMICAL PROCESSES

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Desenvolvimento de tecnologia para operação de centrais com CCS

FLEXI BURN CFB

Desenvolver e demonstrar um conceito de central termoeléctrica flexível (queima de biomassa e carvão) de elevada eficiência equipada com tecnologia CCS.

2009 FP7 9.100.000 VALTION

TEKNILLINEN TUTKIMUSKESKUS

EDP - Gestão da produção de Energia

Infra-estrutura integrada para o transporte e armazenamento de CO2 na região mediterrânica

COMET

Identificar e avaliar a melhor infra-estrutura técnica para o transporte e armazenamento de CO2, de acordo com uma lógica custo/benefício, em Portugal, Espanha e Marrocos. Serão considerados aspectos como a localização, capacidade e disponibilidade de armazenamento de CO2 em formações geológicas.

2010 FP7 2.340.000

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

EDP- Gestão da Produção de Energia Fundação da Faculdade

de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Universidade de Évora Tejo Energia Galp Energia

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PILHAS DE COMBUSTÍVEL

TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

NACIONAIS

Sistema de alimentação piloto para telecomunicações

EFAPOWER H2

Aplicação da tecnologia de pilhas de combustível a hidrogénio em sistemas de alimentação, nomeadamente através de um projecto experimental de construção e validação de um sistema piloto em corrente contínua para telecomunicações (48Vdc). Pretende-se assim validar a tecnologia das pilhas de combustível neste tipo de aplicação, o que permitirá obter uma alternativa mais eficiente do que as actuais baterias.

2005 ADI 62.522 EFACEC - Sistemas de Electrónica

-

Sistema autónomo de energia

H2

Este projecto pretende criar um dispositivo contentorizado de pequenas dimensões, para produção de hidrogénio, armazenamento e produção de energia eléctrica, de potência modular igual ou inferior a 5 kW.

2005 ADI 179.132 A.SILVA MATOS - METALOMECÂNICA

-

Demonstração de pilhas de hidrogénio em ambiente real

LUCIS

Pretende-se demonstrar as vantagens associadas à utilização de pilhas de combustível a hidrogénio, num vasto quadro de aplicações (UPS, alimentação locais sem ligação à rede, carregadores de baterias, sinalização de emergência). Objectivos específicos: (i) validar a fiabilidade actual da tecnologia de pilhas de combustível a partir de aplicações em ambiente real; (ii) avaliar as vantagens competitivas que estas soluções podem representar; (iii) avaliar os impactos de natureza logística, relacionadas com as condições de fornecimento do Hidrogénio; (iv) avaliar impactos de natureza empresarial, social e cultural; (v) concluir sobre as vantagens para a competitividade das empresas e da economia; (vi) obter informação sobre a dimensão do mercado; (viii) informação sobre o comportamento dos sistemas em situação real.

2007 ADI 181.371

INEGI – Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial

-

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TÍTULO ACRÓNIMO DESCRIÇÃO ANO ENTIDADE

FINANCIADORA MONTANTE

[€] PROMOTOR PARCEIRO(S)

Endogeneizar o desenvolvimento de novas energias

EDEN

Criar e consolidar as bases de uma plataforma tecnológica nacional na área das Pilhas de Combustível [PC], que estabeleça as condições necessárias para que Portugal possa constituir-se como um actor interveniente na economia global da Sociedade do Hidrogénio [SH] em emergência. (i) endogeneizar as bases tecnológicas associadas à utilização das PC na produção distribuída de energia; (ii) criar competências nacionais na concepção, projecto e engenharia de sistemas de produção de energia a partir de PC; (iii) desenvolver modelos de avaliação de satisfação de necessidades energéticas através da utilização combinada de PC com fontes de energia renováveis (eólica, solar, hídrica e biomassa);(iv) consolidar competências científicas e tecnológicas nos domínios relacionados com o desenvolvimento das PC; (v) desenvolver competências científicas e tecnológicas em tecnologias de suporte relacionadas com as PC e avaliar a oportunidade e viabilidade de iniciativas empresariais associadas; (vi) estudar e avaliar as aplicações de natureza logística relacionadas com a utilização do hidrogénio para a produção de energia; (vii) estudar e avaliar os impactos tecnológicos, económicos sociais e culturais; (viii) promover iniciativas de divulgação e de formação

2007 ADI 2.924.666 SRE - Soluções Racionais de

Energia

IST - Instituto Superior Técnico Laboratório Nacional de

Energia e Geologia (LNEG) INEGI - Instituto de

Engenharia Mecânica e Gestão Industrial Acumuladores Autosil VIDROPOL -

Estratificados de Fibra de Vidro EFACEC - Sistemas de

Electrónica EDP Produção EDP Gestão da Produção

de Energia EFACEC Engenharia EFACEC Energia-

Máquina e Equipamentos Eléctricos EDP Inovação Empresa de

Electricidade da Madeira Agência Regional de

Energia e Ambiente da Região Autónoma da Madeira

E.Value, S.A.

Rua do Salitre, 136 – 2º

1250-050 Lisboa | Portugal

Tel: +351 213 845 260

Fax: +351 213 845 269

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