dê uma olhada nas palavras apresentadas e identifique

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Estamos no segundo bloco de slides do Módulo 4 e queremos, neste momento, retomar alguns conceitos e trazer outros novos necessários à apropriação dos conhecimentos abordados neste curso. No slide seguinte temos uma “chuva de ideias”. Dê uma olhada nas palavras apresentadas e identifique quais conceitos você já domina. Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw

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Estamos no segundo bloco de slides do Módulo 4 e

queremos, neste momento, retomar alguns conceitos e

trazer outros novos necessários à apropriação dos

conhecimentos abordados neste curso.

No slide seguinte temos uma “chuva de ideias”.

Dê uma olhada nas palavras apresentadas e

identifique quais conceitos você já domina.

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw

Brainstorming/Debate de ideias

lógica formal lógica dialética

totalidade

aparência

essência

ontologia do ser social

filogênese

ontogênese

processo de humanização

apropriação

objetivação Superação por incorporação

concreto pensado aluno concreto

aluno empírico

Dos conceitos apresentados no slide anterior, trabalhamos alguns no

Módulo 3 e outros serão estudados neste módulo, objetivando a

apropriação dos conceitos, princípios e fundamentos que balizam a

Pedagogia Histórico-Crítica.

Temos a certeza de que somente estudar por este material não “dará

conta” de conhecer a fundo o assunto, mas a ideia é a de que, a partir

disto, você se aprofunde, estudando os textos citados.

A dedicação ao estudo será o diferencial de cada um

em seu processo de formação continuada!!!

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enB

Para tratar dos conceitos apresentados, nos apoiaremos no texto:

O método pedagógico da pedagogia histórico-crítica:

desafios e possibilidades – (TEIXEIRA, AGUDO, 2016, p. 147 do Currículo Comum).

Desafio: escrever sobre o método pedagógico da pedagogia histórico-

crítica. Fundamentos teórico-metodológicos que orientam a pedagogia

histórico-crítica. Há a necessidade de um processo intenso e radical de

estudos teórico-práticos que possibilitarão a descoberta de meios

mais adequados para se atingir os objetivos pedagógicos e didáticos.

https://www.google.com.br/search?q=m%C3%A9todo+da+pedagogia+hist%C3%B3rico-

cr%C3%ADtica&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj6kZ_QjdbSAhUFlZAKHVADCbU

Q_AUIBygC&biw=1366&bih=628#imgrc=RolhUmHtN4JwtM:

https://www.google.com.br/search?q=m%C3%A9todo+da+pedagogia+hist%C3%B3ri

cocr%C3%ADtica&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj6kZ_QjdbSAhUFlZ

AKHVADCbUQ_AUIBygC&biw=1366&bih=628#imgrc=QkqU-0gBKXu2yM:

Premissas básicas da

PHC: se trata de uma

pedagogia que tem suas

bases epistemológicas,

ontológicas e

gnosiológicas no

materialismo

histórico-dialético.

Problema que se coloca: não é possível falar em método

pedagógico da pedagogia histórico-crítica sem o estudo e a

compreensão dos fundamentos que sustentam.

Estudo do grau de certeza do conhecimento

científico em seus diversos ramos.

Ontologia significa “estudo do ser” e consiste

em uma parte da filosofia que estuda a natureza

do ser, a existência e a realidade. A palavra é

formada através dos termos gregos ontos (ser)

e logos (estudo, discurso).

Formada a partir do grego gnosis

(conhecimento) e logos (doutrina, teoria), A

filosofia, através da gnosiologia, procura

responder a problemas como o de saber se é

possível ao homem, dotado com os seus

órgãos de conhecimento, conhecer o mundo tal

como ele é ou se, pelo contrário, distorce a

realidade.

Texto deste bloco de slides:

O método pedagógico da pedagogia histórico-crítica:

desafios e possibilidades – (TEIXEIRA, AGUDO, 2016, p. 147 do Currículo Comum).

Objetivo do texto: Apresentar os pressupostos e fundamentos que são

necessários e imprescindíveis para adoção da pedagogia histórico-crítica

enquanto teoria pedagógica que expressa os fundamentos teóricos

marxianos no campo da educação (SAVIANI, 2005).

Método pedagógico: unidade entre teoria e prática, entre conteúdo e forma.

[...] não pode ser didatizada em passos estanques, que se submetem à

lógica formal e assim perdem a essência, a dinâmica dessa teoria

pedagógica, transformando-se em algo esvaziado, quase um

receituário, que em lugar de oportunizar o avanço da escola, só a

reforça como farsa (LAVOURA; MARSÍGLIA, 2015, p. 348).

APARÊNCIA E ESSÊNCIA

A pedagogia histórico-crítica e a importância da concepção de

mundo para a educação escolar

Método – fundamento que propicia o conhecimento

da realidade por meio de categorias teóricas que

analisam a realidade de forma a enxergá-la para

além de sua aparência que nem sempre revela

sua real essência (SAVIANI, 2005).

Disponível em:

https://www.google.com.br/search?q=apar%C3%AAncia+e+ess%C3%AAncia&source=lnms&tbm=isch&sa

=X&ved=0ahUKEwjpren10cfSAhXHD5AKHQTjBCgQ_AUIBigB&biw=1366&bih=651#imgrc=Br3WQV9Abb

HjDM: Acesso em 08 març. 2017

Para atingir o objetivo proposto:

O texto aborda a importância de se superar a lógica formal no

processo de compreensão da pedagogia histórico-crítica enquanto

método pedagógico.

PARA TANTO:

O professor precisa incorporar a lógica dialética materialista como

movimento do conhecimento, articulando historicidade, contradição

e totalidade; o que significa entender que os momentos do método

pedagógico estão relacionados de maneira orgânica, compondo

a totalidade do processo de ensino e de aprendizagem.

Existem lógicas e as lógicas têm leis e toda lei demanda

método que tem uma metodologia

LÓGICA

LEI

MÉTODO

METODOLOGIA

Lógica formal e Lógica dialética

Fundamentos teóricos e filosóficos

Gregos:

HERÁCLITO PARMÊNIDES

Dialética Metafísica

A essência profunda

do ser é imutável.

A essência do ser

é o movimento.

LÓGICA FORMAL

Lógica Formal

Princípio fundamental = EQUILÍBRIO

Leis:

Princípio da identidade A=A generalizações.

Não contradição A≠ B

nada que é = pode ao mesmo tempo ser ≠.

Terceiro excluído – se alguma coisa é

verdadeira, o contrário dela é falso, não tem a

terceira possibilidade.

LÓGICA DIALÉTICA

Lógica Dialética

Princípio fundamental = MOVIMENTO

Leis:

Interpenetração dos contrários – contradição –

unidades dialéticas que são formadas por opostos.

Negação da negação – TESE – ANTÍTESE -

SÍNTESE

Passagem da quantidade à qualidade – as coisas

mudam por variados ritmos e se transformam.

SUPERAÇÃO POR

INCORPORAÇÃO

Lógica Formal ou Dialética?

Nenhuma é errada, portanto, nenhuma é certa, depende

de suas escolhas.

Superação por incorporação: “Ao mesmo tempo em que reporta à

superação de algo, também se refere a uma regularidade orgânica,

significando que algo não deixou de existir, mas que se mantém conservado

em alguma parte, como a base inicial em uma etapa posterior" (VYGOTSKI,

1987 apud SHIMA, 2007).

Saviani (2015, p. 28) “[...] aquilo que é chamado de lógica formal ganha um

significado novo e deixa de ser a lógica para se converter num momento da

lógica dialética".

Martins e Marsiglia (2015, p. 12 - grifo nosso) descrevem o processo de

superação da seguinte forma: "[...] a lógica dialética não prescinde da lógica

formal para a construção do conhecimento, até mesmo porque seus objetos

não são os mesmos, mas a incorpora por superação, isto é, reconhece

suas qualidades mas também seus limites ao orientar uma metodologia

universal para a elaboração do conhecimento científico".

Dizer que o mesmo homem não pode atravessar o mesmo rio, significa dizer

que o homem de ontem não é o mesmo homem, nem o rio de ontem é o mesmo

de hoje, tal fato nos faz imediatamente pensar que na vida tudo pode mudar.

Heráclito de Éfeso , um pré-socrático, ou seja, um dos primeiros filósofos da

humanidade há mais de 2500 anos atrás, rompeu com os pressupostos metafísicos:

“Há outra forma de ver/pensar o mundo.

Nenhum homem se banha duas vezes num mesmo rio, porque o rio não será o

mesmo rio e o homem não será o mesmo homem”.

A mudança é sempre uma alternância entre contrários: coisas quentes esfriam,

coisas frias esquentam; coisas úmidas secam, coisas secas umedecem etc. O

mesmo podemos dizer sobre as pessoas: pessoas boas podem fazer coisas más,

pessoas que já foram ruins podem começar a ser boas, etc. Dificilmente a mudança

vai de um extremo ao outro, geralmente é sutil e demorada, mas sempre pode

acontecer. A realidade é formada sempre por dois lados da moeda, mesmo que às

vezes somente um possa ser visto. Por isso não podemos dizer que existem coisas

quentes ou frias, nem pessoas boas e más, o certo é dizer que as coisas estão

quentes ou frias, ou que as pessoas estão fazendo coisas boas ou ruins. O quente só

é quente se comparado com o frio, e a qualquer hora pode esfriar, e as pessoas

serão boas ou ruins dependendo de suas escolhas e de seus atos, por isso todos

nós podemos mudar .

Como podemos então conhecer os fenômenos

da realidade?

Por meio da análise da realidade para além da sua

aparência em direção ao desvelamento da realidade na

sua essência – concreto pensado.

Nesta análise da realidade, os conhecimentos

científicos, filosóficos e artísticos têm papel

fundamental.

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw=1350&bih=591

CONCRETO PENSADO

Concreto pensado

concreto (realidade aparente) – abstração

(pensar teoricamente) – concreto pensado

(realidade em sua essência).

concreto processo abstrativo concreto pensado

Pensar por contradição – pensar a totalidade envolvida

no trabalho docente.

TOTALIDADE

Totalidade, [...] “nada tem a ver com as imprecisas noções do

‘todo’, e de contexto social, sistematicamente presentes nas falas

dos educadores. Totalidade, no caso, corresponde à forma de

sociedade dominante em nosso tempo: sociedade capitalista.

Apreender a totalidade implica, necessariamente, captar as leis

que regem o movimento que lhe é imanente. Compreender a

educação nessa perspectiva supõe, antes de tudo, o domínio

teórico que permite apreender a totalidade em pensamento.” (ALVES,

1996, p. 10).

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw

A categoria da totalidade nos traz a consciência de que “a docência é

uma atividade cujos significados para o aluno assumem proporções

que ultrapassam a sala de aula e perduram em sua formação”

(PEREIRA, 2015, s/n).

O que orienta os docentes em sua ação pedagógica está vinculado com

as respostas que ele dá àquilo que, para ele, é o fim último da formação

do aluno.

O processo de ensino e aprendizagem desenvolvido na

escola é um processo de formação do ser humano, do

profissional e do cidadão, isto é, de um indivíduo que

desempenha ou desempenhará vários papéis na sociedade,

transformando essa sociedade.

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA

A aquisição de conhecimentos, dinamizada pela ação docente

e propiciada pelo currículo, pelas disciplinas, pelos conteúdos,

embora inicialmente não preveja um alcance maior do que o de

fazer com que o estudante adquira conhecimentos específicos,

tem um substrato de permanência na formação mais ampla do

aluno.

Assim, quer o professor tenha consciência ou não, sua ação

em sala de aula é uma ação de formação do homem, do

profissional e do cidadão e por isso, é uma ação que

ultrapassa a sala de aula.

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw

(PEREIRA, 2015, s/n)

Como o ser humano se desenvolve?

Para se pensar sobre a formação mais

ampla do aluno, há que se ter claro o

processo de desenvolvimento da

humanidade, bem como, sobre o

processo de desenvolvimento do

indivíduo.

filogênese ontogênese

FILOGÊNESE E

ONTOGÊNESE

A natureza social do psiquismo

Filogênese – luta pela vida

TRABALHO – desenvolvimento cultural da

humanidade.

Ontogênese

desenvolvimento - reações atencionais

primitivas e elementares

atenção involuntária – estímulos externos

– subjugada à intensidade dos estímulos

do campo perceptual.

A ontogenia (ou ontogênese) (do grego ὀντογένεση,

composto de ὄντος, transl. ontos, 'ser, ente' e γένεσις

génesis, 'criação') diz respeito à origem e ao

desenvolvimento de um organismo.

Fonte: http://mbmonografiafrrm.sciencemarchnhv.org/psicomotricidade-filogknese-ontogknese-e-retrogknese-33giwacu7020.html

Qual o papel da educação no

desenvolvimento ontogenético dos

alunos?

desenvolvimento do psiquismo –

reações atencionais voluntárias

atenção voluntária – estímulos internos –

apropriação de signos, constituição de

conceitos.

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw

É um gatinho!!!

ONTOLOGIA DO

SER SOCIAL

Ontologia do ser social

Fonte: https://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br/artigos/docencia-na-universidade-ultrapassa-preparacao-para-mundo-do-trabalho

Ensinar e aprender é uma relação entre o que é

conhecimento no sentido epistemológico e o que

é o homem no sentido ontológico. Complexa,

implica responsabilidades que nem sempre estão

presentes na consciência do professor.

A educação deve contribuir para a

transformação dos homens

• modificando as formas de relação entre eles;

• contribuindo para o desenvolvimento de novos

fundamentos, de novos conteúdos;

• de uma nova consciência;

• capaz de transformar e revolucionar o mundo.

Transformar o homem para humanizá-lo

esse deve ser o lema da educação presente.

ONTOLOGIA DO SER SOCIAL

Papel da educação na formação ontológica –

promoção da humanização do ser social.

Que ser social queremos formar?

“A natureza humana não é dada ao

homem, mas é por ele produzida sobre

a base da natureza biofísica”. Saviani

(2005, p. 7)

https://www.google.com.br/search?q=mundo+melhor&source=lnms&tbm=i

sch&sa=X&ved=0ahUKEwiv9Jfk_snSAhXIiJAKHZRuCwgQ_AUIBigB&biw

=1366&bih=651#tbm=isch&q=problemas+sociais&*&imgrc=Pvc6EVuA0w

mNbM:

https://www.google.com.br/search?q=mundo+melhor&source=lnms&tbm=isch&sa=X&v

ed=0ahUKEwiv9Jfk_snSAhXIiJAKHZRuCwgQ_AUIBigB&biw=1366&bih=651#tbm=isc

h&q=problemas+sociais&*&imgrc=nlzqLeavYHHzrM:

https://www.google.com.br/search?q=mundo+melhor&source=lnms&tbm=isch&

sa=X&ved=0ahUKEwiv9Jfk_snSAhXIiJAKHZRuCwgQ_AUIBigB&biw=1366&bih

=651#tbm=isch&q=sociedade+em+estruturada&*&imgrc=S-zhJlL_A4n6vM:

Trabalho pedagógico que se ocupa da formação do

aluno como ser social precisa compreender que:

“[...] como o ser da sociedade é histórico, a essência ontológica

da educação só pode ser apreendida numa perspectiva

historicista. Numa primeira aproximação, portanto, é cabível

afirmar-se que uma ontologia da educação busca compreender

a essência historicamente constituída do processo de

formação dos indivíduos humanos como seres sociais. Não se

trata de uma essência independente do processo histórico, das

formas concretas de educação em cada sociedade. Trata-se da

análise dos processos historicamente concretos de formação

dos indivíduos e de como, por meio desses processos vai se

definindo, no interior da vida social, um campo específico de

atividade humana, o campo da atividade educativa” (DUARTE,

2012 , p. 38).

Considerar o desenvolvimento do gênero humano ao longo da

história social.

Considerar o desenvolvimento do aluno inserido em um processo

histórico das relações sociais.

Prof. – possibilitar a formação de uma outra concepção de mundo.

Interpretação da realidade: por meio dos conteúdos científicos,

artísticos, filosóficos, históricos e críticos.

Conhecimento e

Realidade

Para conhecer a

realidade, podemos

nos utilizar de

conhecimentos

cotidianos e não

cotidianos.

APROPRIAÇÃO E

OBJETIVAÇÃO

DINÂMICA

O que é isso?

O que é isso? Para que serve? Você já viu algo

parecido?

Se o objeto estivesse materializado, com

certeza, você sentiria a necessidade de pegá-

lo, cheirá-lo, de sentir sua textura, seu peso,

etc., buscando no repertório de significações

que já possui a identificação real do objeto,

seu uso, seu conceito.

Então... O que é o objeto apresentado

anteriormente????

Responda rapidamente.

O pensador – August Rodin

Resposta - Caixa de fazer sushi

Caso você tenha acertado, quer dizer que este objeto já

faz parte de seu repertório de significações, ou seja,

você sabe o nome e o seu uso funcional.

Se não conseguiu identificar o objeto, quer dizer que o

mesmo precisa ser apresentado por alguém que o

conheça e ensine o seu uso correto.

Educação – atuar na formação do psiquismo.

Formação do conceito e da própria consciência humana, por meio

da interiorização do signo.

Papel do professor – compreender como se constitui a formação da

consciência para se desenvolver uma concepção de materialista e

dialética do mundo.

Desenvolvimento humano

APROPRIAÇÃO OBJETIVAÇÃO

PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO

O processo de humanização

O homem, ao libertar-se da dependência da hereditariedade, alcança um

desenvolvimento sócio-histórico ilimitado, podendo prosseguir o

desenvolvimento num ritmo desconhecido no mundo animal.

Pensemos nas coisas que conseguimos fazer no dia a dia, como: comer

com talheres, escovar os dentes, utilizar o dinheiro, praticar esportes,

ler, conversar, escrever, desenhar, navegar na internet, etc.

Ao pensarmos em tais questões constatamos que o nosso saber-fazer

não nos foi transmitido por hereditariedade, ou seja, o adquirimos no

decorrer da vida, por um processo de apropriação da cultura.

A única aptidão inata do homem é a aptidão para a

formação de outras aptidões.

A criança nasce hominizada, mas precisa ser

humanizada.

Apropriação da Cultura

Em que consiste e como se desenvolve o processo de apropriação pelos indivíduos das aquisições do desenvolvimento histórico da

sociedade?

No processo de apropriação estão envolvidos: - Caráter ativo

- Criação de aptidões e funções psíquicas novas - Caráter educativo – mediado pelas relações

concretas com os outros homens.

Processo de apropriação do

conhecimento

Nesse processo estão envolvidos:

- Atividade – ação com o objeto

do conhecimento

- Neoformações

- Mediação – processo de ensino

O processo de apropriação é sempre ativo: para se apropriar dos

objetos ou fenômenos que são produto do desenvolvimento

histórico, é necessário desenvolver, em relação a eles, uma

atividade que reproduza os traços essenciais da atividade

acumulada no objeto.

O indivíduo deverá reproduzir em sua atividade as operações

motoras e cognitivas incorporadas no objeto.

Ex.: ao aprender a usar talheres ou o hashi será necessário para ação,

uma operação motora e cognitiva que os mesmos exigem.

É necessária a formação de novas aptidões e funções

psíquicas.

A principal característica do processo de apropriação é criar no

homem aptidões novas, funções novas. É nisso que se diferencia

do processo de aprendizagem dos animais.

Enquanto nos animais ocorre um processo de adaptação individual do

comportamento genérico às condições de existência, no homem há

um processo de reprodução, ou seja, cada ser humano que nasce

tem que se apropriar do que já existe e, ao mesmo tempo, há um

processo de criação, isto é, cria novos instrumentos e/ou novas

maneiras de usá-los.

Basta a interação da criança com os objetos da cultura?

Não! A atividade adequada não se forma na criança

pelo contato direto, imediato ou espontâneo da

mesma com os objetos da cultura.

Embora nos objetos estejam impregnados os modos de ação e as

faculdades humanas historicamente elaboradas, é necessário a

mediação de outros homens para que se concretize o processo de

apropriação. Essa mediação é o caráter educativo do processo.

Para se apropriar das aquisições do desenvolvimento histórico, para fazer deles as suas aptidões, ‘os órgãos de sua

individualidade’, a criança, o ser humano, deve entrar em relação com os fenômenos do mundo circundante através de

outros homens, isto é, num processo de comunicação com eles.

A criança aprende a atividade adequada.

Desta maneira, ocorre o processo de formação dos indivíduos

numa dialética entre apropriação e objetivação.

Trajetórias singulares de apropriação da cultura, condicionadas por condições particulares de vida e educação – ontogenia.

ontogénese (ὄντος, ontos "ser", genesis "criação")

Mas... o que é objetivação?

No processo de reprodução e criação, no decurso da

atividade dos homens, suas aptidões, seus

conhecimentos, seu saber-fazer cristalizam-se de certa

maneira nos seus produtos – objetivação.

Ex.: música (objeto social) – na qual estão incorporadas

e fixadas as ações de trabalho historicamente

elaboradas.

PROCESSO DE OBJETIVAÇÃO - movimento que vai do sujeito para o objeto portador

do nosso conhecimento.

Para a Pedagogia Histórico-Crítica a

objetivação do conhecimento não implica

neutralidade.

O conhecimento não é neutro na sua: produção,

utilização e difusão (ensino e transmissão às

novas gerações).

Enfim... O homem não nasce dotado das aquisições históricas da humanidade.

Resultando essas do desenvolvimento das gerações humanas, não

são incorporadas nele, nem nas suas disposições naturais, mas no

mundo que o rodeia (entorno), nas grandes obras da cultura

humana. Somente apropriando-se delas no decurso da sua vida é

que ele adquire propriedades e faculdades verdadeiramente

humanas.

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA

Para refletirmos... Poderíamos representar as conquistas inesgotáveis do desenvolvimento

humano que multiplicaram por dezenas de milhares de vezes as

forças físicas e intelectuais dos homens; os seus conhecimentos

penetram os segredos mais bem escondidos do Universo, as obras

de arte dão uma outra dimensão aos seus sentimentos.

Mas todos têm acesso a

essas aquisições?

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR

Portanto...

É preciso fazer escolhas sobre a

escola e a sociedade que

queremos!!!

Livro -Cuidado escola

Terminaremos este bloco de slides com uma

preciosa criação...

Você terá acesso ao texto “Currículo em Movimento”

(próximo arquivo), que é uma espécie de cordel

dialético, criado pela Profa. Esp. Maria Raquel

Carneiro que integra a equipe do Departamento

Pedagógico (DPPPE) da Secretaria Municipal da

Educação de Bauru, na coordenação das áreas de

História e Geografia.

Neste texto ela traz uma síntese dos nossos estudos

empreendidos até aqui.

Aprecie-o sem moderação!!!

ALVES, G. L. Apresentação. In: KLEIN, L. R. Alfabetização: quem tem medo de ensinar? São Paulo: Cortez; Campo

Grande: Editora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 1996. p. 09-11.

DUARTE, N. Lukács e Saviani: a ontologia do ser social e a pedagogia histórico-crítica. In: SAVIANI, D.; DUARTE, N.

(Org.). Pedagogia histórico-crítica e luta de classes na educação escolar. Campinas: Autores Associados, 2012.

p. 37-57.

LAVOURA, T. N.; MARSIGLIA, A. N. G. A pedagogia histórico-crítica e a defesa da transmissão do saber elaborado:

apontamentos acerca do método pedagógico. In: Perspectiva, Florianópolis, v. 33, n. 1, jan./abr. 2015. p. 345-376.

LURIA, A. R. O desenvolvimento da escrita na criança. In: VIGOTSKI, L. S.; LURIA, A. R. & LEONTIEV, A. N. In:

Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem.12ª ed. São Paulo: Ícone, 2016. p. 143-189.

MARTINS, L. M. ; MARSIGLIA, A. C. G. As perspectivas construtivistas e histórico-crítica sobre o desenvolvimento

da escrita. Campinas: Autores Associados, 2015.

PEREIRA, E. M. A. Docência na universidade ultrapassa preparação para mundo do trabalho. In: Revista Ensino

Superor, UNICAMP, 2015. Disponível em: https://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br/artigos/docencia-na-

universidade-ultrapassa-preparacao-para-mundo-do-trabalho

SAVIANI, D. O conceito dialético de mediação na pedagogia histórico-crítica em intermediação com a psicologia histórico-

cultural.In: Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 7, n. 1, jun. 2015. p. 26-43.

______. Pedagogia histórico-critica: primeiras aproximações. 9. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005 (coleção

educação contemporânea).

TEIXEIRA, L. A.; AGUDO, M. M. O método pedagógico da pedagogia histórico-crítica: desafios e possibilidades. In:

MESQUITA, A. M.; FANTIN, F. B.; ASBAHR, F. S. F. (Org.). Currículo comum para o ensino fundamental

municipal de Bauru. 2. ed. Bauru: Prefeitura Municipal de Bauru, 2016, p. 147-176.

VYGOTSKY, L. S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

REFERÊNCIAS