d. henri teissier | auditório vita, 19 de setembro

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RELIGIÃO 13 Diário do Minho QUARTA-FEIRA, 12 de setembro de 2012 www.diariodominho.pt O XXII Encontro Regional de Vila Real do Corpo Nacional de Escutas (CNE), vai realizar-se nos dias 13 e 14 de outubro, em Mondim de Basto. ÁLVARO MAGALHÃES* O Arcebispo emérito de Argel, D. Henri Teis- sier, testemunha privile- giada dos últimos dias dos sete mártires de Ti- bhirine (Argélia), assassi- nados em 1996, está em Portugal a partir de hoje e até ao dia 21. A cidade de Braga acolhe-o no dia 19, para uma conferência que terá lugar, às 21h00, no Auditório Vita. O prelado visita o nos- so país a convite dos Mis- sionários da Consolata e é considerado «um dos maiores especialistas da atualidade nas relações entre cristãos e muçulma- nos» visto que «visitou fre- quentemente a comunida- de do mosteiro de Tibhi- rine, conhecida mundial- mente após a realização do filme “Dos Homens e No próximo dia 19, em conferência no Auditório Vita Braga recebe visita de arcebispo testemunha de mártires cristãos na Argélia dos Deuses”», sublinha a nota de imprensa dos or- ganizadores. Hoje, na Biblioteca Mu- nicipal Orlando Ribeiro, em Lisboa, D. Henri Teis- sier dará uma conferência de imprensa e amanhã, na Sala do Montepio, em Lis- boa, será projetado o filme “Des hommes et des dieux” seguindo-se uma conferên- cia do prelado. No mesmo local far-se-á o lançamento do livro de D. Henri Teis- sier, com o título “Christo- phe Lebreton” com apre- sentação do padre e poeta Tolentino Mendonça. No sábado, o Arcebispo emérito de Argel fará uma conferência, em Fátima, nas Jornadas Missionárias e, dois dias depois estará em Ermesinde (Fórum Cul- tural), também para profe- rir mais uma preleção. A Universidade Católica Portuguesa, no Porto, terá a sua presença no dia 18, seguindo para a cidade de Braga, no dia seguinte. D. Henri Teissier, Arce- bispo emérito de Argel, é de origem francesa, mas é cidadão argelino há 46 anos. Chegou à Argélia aos 16 anos, com toda a sua família, depois dos estu- dos no seminário, estu- dou dois anos na Univer- sidade do Cairo, no Egito, onde aperfeiçoou os seus conhecimentos do mundo árabe e islâmico. Nomeado Bispo de Oran em 1972, foi proposto para arcebispo coadjutor do cardeal Duval em Argel em 1981 e foi arcebispo titu- lar de 1988 a 2008. Foi vice-presidente da Cáritas Internacional para os países árabes de 1979 a 1988, para além de ou- tras grandes responsabili- dades na Igreja do Norte de África. D. Henri Teissier, conhe- cedor da situação da Igreja no mundo árabe, tem par- ticipado em numerosos co- lóquios islâmico-cristãos e dado numerosas confe- rências nos países do Ma- ghreb, no Médio Oriente e na Europa. *com Ecclesia DR Os jornalistas devem aprender o valor do si- lêncio e resistir a quem os quer calar, considera o presidente da Comis- são Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comuni- cações Sociais, responsá- vel pela ação da Igreja Ca- tólica nos media. O «comunicador respon- sável» tem de «ganhar a batalha do silêncio e, no mínimo, sobreviver ao ris- co ou à ameaça dos silen- ciamentos», porque se não o fizer «será apenas mais um náufrago no extenso Igreja incita jornalistas a resistirem a quem os quer calar oceano das palavras, das imagens e dos sons», fri- sa D. Pio Alves em artigo publicado ontem pelo se- manário da Agência Ec- clesia. Depois de referir que «faltam autossilenciamen- tos» e «sobram silencia- mentos», o texto que in- tegra o dossiê dedicado às comunicações sociais salienta que a «facilidade do anonimato» nas redes sociais «impulsiona a mor- dacidade crítica, a inven- ção irresponsável, a calú- nia descarada». «A progressiva altera- ção do paradigma com- portamental, que privile- gia o parecer na tentativa de esconder a penúria do ser, empurra para um de- molidor nudismo informa- tivo», acrescenta o bispo, que também menciona as «enormes virtualidades» dos media. O texto de D. Pio Alves apresenta as Jornadas Na- cionais de Comunicação Social, dedicadas aos “si- lêncios e silenciamentos na comunicação social”, que a Igreja Católica or- ganiza em Fátima a 27 e 28 de setembro. D. Pio Alves de Sousa ARQUIVO DM D. Henri Teissier acompanhou em 1996 os momentos do martírio de sete monges PUBLICIDADE

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O Arcebispo emérito de Argel, D. Henri Teissier, testemunha privilegiada dos últimos dias dos sete mártires de Tibhirine (Argélia), assassinadosem 1996, está em Portugal a partir de hoje e até ao dia 21. A cidade de Braga acolhe-o no dia 19, para uma conferência que terá lugar, às 21h00,no Auditório Vita.

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Page 1: D. Henri Teissier | Auditório Vita, 19 de Setembro

RELIGIÃO13Diário do Minho QUARTA-FEIRA, 12 de setembro de 2012 www.diariodominho.pt

O XXII Encontro Regional de Vila Real do Corpo Nacional de Escutas (CNE), vai realizar-se nos dias 13 e 14 de outubro, em Mondim de Basto.

ÁLVARO MAGALHÃES*

O Arcebispo emérito de Argel, D. Henri Teis-sier, testemunha privile-giada dos últimos dias dos sete mártires de Ti-bhirine (Argélia), assassi-nados em 1996, está em Portugal a partir de hoje e até ao dia 21. A cidade de Braga acolhe-o no dia 19, para uma conferência que terá lugar, às 21h00, no Auditório Vita.

O prelado visita o nos-so país a convite dos Mis-sionários da Consolata e é considerado «um dos maiores especialistas da atualidade nas relações entre cristãos e muçulma-nos» visto que «visitou fre-quentemente a comunida-de do mosteiro de Tibhi-rine, conhecida mundial-mente após a realização do filme “Dos Homens e

No próximo dia 19, em conferência no Auditório Vita

Braga recebe visita de arcebispo testemunha de mártires cristãos na Argélia

dos Deuses”», sublinha a nota de imprensa dos or-ganizadores.

Hoje, na Biblioteca Mu-nicipal Orlando Ribeiro, em Lisboa, D. Henri Teis-sier dará uma conferência

de imprensa e amanhã, na Sala do Montepio, em Lis-boa, será projetado o filme “Des hommes et des dieux” seguindo-se uma conferên-cia do prelado. No mesmo local far-se-á o lançamento

do livro de D. Henri Teis-sier, com o título “Christo-phe Lebreton” com apre-sentação do padre e poeta Tolentino Mendonça.

No sábado, o Arcebispo emérito de Argel fará uma

conferência, em Fátima, nas Jornadas Missionárias e, dois dias depois estará em Ermesinde (Fórum Cul-tural), também para profe-rir mais uma preleção.

A Universidade Católica Portuguesa, no Porto, terá a sua presença no dia 18, seguindo para a cidade de Braga, no dia seguinte.

D. Henri Teissier, Arce-bispo emérito de Argel, é de origem francesa, mas é cidadão argelino há 46 anos.

Chegou à Argélia aos 16 anos, com toda a sua família, depois dos estu-dos no seminário, estu-dou dois anos na Univer-sidade do Cairo, no Egito, onde aperfeiçoou os seus conhecimentos do mundo

árabe e islâmico.Nomeado Bispo de Oran

em 1972, foi proposto para arcebispo coadjutor do cardeal Duval em Argel em 1981 e foi arcebispo titu-lar de 1988 a 2008.

Foi vice-presidente da Cáritas Internacional para os países árabes de 1979 a 1988, para além de ou-tras grandes responsabili-dades na Igreja do Norte de África.

D. Henri Teissier, conhe-cedor da situação da Igreja no mundo árabe, tem par-ticipado em numerosos co-lóquios islâmico-cristãos e dado numerosas confe-rências nos países do Ma-ghreb, no Médio Oriente e na Europa.

*com Ecclesia

DR

Os jornalistas devem aprender o valor do si-lêncio e resistir a quem os quer calar, considera o presidente da Comis-são Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comuni-cações Sociais, responsá-vel pela ação da Igreja Ca-tólica nos media.

O «comunicador respon-sável» tem de «ganhar a batalha do silêncio e, no mínimo, sobreviver ao ris-co ou à ameaça dos silen-ciamentos», porque se não o fizer «será apenas mais um náufrago no extenso

Igreja incita jornalistas a resistirem a quem os quer calar

oceano das palavras, das imagens e dos sons», fri-

sa D. Pio Alves em artigo publicado ontem pelo se-manário da Agência Ec-clesia.

Depois de referir que «faltam autossilenciamen-tos» e «sobram silencia-mentos», o texto que in-tegra o dossiê dedicado às comunicações sociais salienta que a «facilidade do anonimato» nas redes sociais «impulsiona a mor-dacidade crítica, a inven-ção irresponsável, a calú-nia descarada».

«A progressiva altera-ção do paradigma com-

portamental, que privile-gia o parecer na tentativa de esconder a penúria do ser, empurra para um de-molidor nudismo informa-tivo», acrescenta o bispo, que também menciona as «enormes virtualidades» dos media.

O texto de D. Pio Alves apresenta as Jornadas Na-cionais de Comunicação Social, dedicadas aos “si-lêncios e silenciamentos na comunicação social”, que a Igreja Católica or-ganiza em Fátima a 27 e 28 de setembro.

D. Pio Alves de Sousa

ARQUIVO DM

D. Henri Teissier acompanhou em 1996 os momentos do martírio de sete monges

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