cursos do programa proficiência nível superior

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  • 7/24/2019 Cursos do Programa Proficincia Nvel Superior

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    Cursos do Programa Proficincia Nvel Superior -Disciplina: Aes de Enfermagem na preveno e

    conrole das !nfeces "ospialares: aspecosfundamenais -

    programa de aprimoramento profissional - proficincia

    O Programa Proficincia uma iniciativa do Cofen que oportuniza a atualizaodos profissionais de Enfermagem por meio de cursos gratuitos a distncia.

    odos os cursos oferecidos pelo Programa Proficincia trazem conte!dos atuais ede grande relevncia" cuidadosamente selecionados e analisados por umacompetente equipe multiprofissional para proporcionar aos profissionais de

    enfermagem aprimoramento constante em sua atuao.

    #$es de Enfermagem na preveno e controle das %nfec$es &ospitalares'aspectos (undamentais

    #utora' Professora Emrita )iva *rando

    Este curso a+orda aspectos ,istricos das infec$es ,ospitalares com defini$es ecomentrios afins" relaciona atividades e prticas inerentes /s infec$es e discuteassuntos correlatos. em como o+0etivo geral esta+elecer com o aluno formastericas de aprendizagem que interfiram em suas prticas" propiciando +om

    entendimento para suas atividades.

    O+0etivos Espec1ficos'

    2 )escrever con,ecimentos relevantes e prticas espec1ficas3 2 )efinir claramente o conte!do para facilitar o aprendizado3 2 Esclarecer conceitos prprios do material a ser estudado de forma simples.

    N#cleo $em%ico ! - &nidade de Esudo '

    Aspecos (is)ricos das !nfeces "ospialares

    Caro aluno

    Este curso tem como propsito atualizar os profissionais de Enfermagem so+re asprticas importantes no com+ate /s infec$es ,ospitalares.

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    #creditamos que tudo que aqui ser relatado no de seu total descon,ecimento.Portanto" esperamos que" por mais simples que se0a a informao" ela ten,a umlugar em sua refle4o e seu con,ecimento" e" dessa forma" aprimore cada vezmais suas prticas dirias.

    5oc sa+e que a infeco ,ospitalar" ainda" uma preocupao constante nasinstitui$es de sa!de. 6o entanto" a Enfermagem tem conscincia da importnciado seu papel no que tange / preveno e ao controle da infeco ,ospitalar" porisso" +om lem+rar que o paciente ,ospitalizado" em geral" fica mais e4posto /grande variedade de micro-organismos" num momento em que se encontra menospreparado para com+at-los. O estresse da doena e o fato da internaoconstituem por si fatores de desesta+ilizao" acrescidos pela diminuio dosmecanismos de defesa" +em como do tratamento invasivo que compromete aintegridade da pele. Estes fatores e4igem ateno e compromisso redo+rado detoda a equipe de sa!de.

    5amos" ento" / nossa primeira 7E que trata dos aspectos ,istricos dasinfec$es ,ospitalares. 5amos recordar 0untos8

    # ocorrncia das infec$es ,ospitalares e suas prticas de controle tm umaestreita relao com a ,istria. #ssim" voc sa+e que" desde o surgimento dos,ospitais" as infec$es ,ospitalares e4istem. 6o temos dados registrados" mas"alm da alta prevalncia de doenas epidmicas como peste" fe+re tifide evar1ola" era tam+m alta a incidncia de infec$es adquiridas na comunidade"agravadas pelas precrias condi$es de ,igiene da poca.

    9egundo :acerda" ;ouclas" Egr< =>??@A" se considerarmos a infeco ,ospitalarcomo toda a infeco transmitida ou adquirida no espao ,ospitalar" podemosmencionar que seu surgimento ocorreu no per1odo medieval" poca em que foramcriadas as institui$es conce+idas como alo0amento dos doentes ou no"peregrinos" po+res e invlidos.

    )essa forma" perce+emos que estas institui$es a+rigavam os e4clu1dos" e" porconseguinte" a disseminao de doenas infecciosas era promovida por estacondio. 9urgiram nessa poca as epidemias de clera e peste por e4emplo.

    6o sculo B5%%%" iniciou-se a transformao dessas institui$es de a+rigo em,ospitais" como um local de assistncia aos po+res" onde as pessoas eraminternadas para cura" medicalizao e morte. 9omente na primeira metade dosculo B%B" a infeco ,ospitalar comeou a ser mencionada pelos profissionaisde sa!de.

    Com referncia aos estudos so+re a infeco ,ospitalar" merecem destaquealguns profissionais de sa!de'

    2 o ingls ;ames oung 9impson =>D>>->DFA" professor de cirurgia da7niversidade de Edim+urg" o+servou em >DGF o aumento na ta4a de mortes ps-

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    amputao" que ocorria 0ustamente em pacientes internados. Empregou para estefato o termo H,ospitalismoI" sempre que se referia aos riscos ligados / assistncia,ospitalar. 2 o mdico %gnaz P,ilip 9emmelJeis em >DK indicou a lavagem das mos comHgua cloradaI para todo e4aminador" antes de tocar a mul,er em tra+al,o de

    parto. Com esta medida" conseguiu reduzir" satisfatoriamente" a ta4a demortalidade de LL para GM em apenas meses. .>

    Caro colega" convm ressaltar que estamos em pleno sculo BB% e a lavagem dasmos 0 ,avia sido citada como medida de preveno e controle na primeirametade do sculo B%B. Perce+e o alto valor desta prtica8

    6este conte4to" a enfermagem participou ativamente em >DN@ quando aenfermeira (lorence 6ig,tingale padronizou os procedimentos de cuidados deenfermagem" e focou a ateno nas quest$es de ,igiene e limpeza do ,ospital.

    #lm disso" (lorence apresentava sua preocupao com as doenas epidmicas ecom as infec$es ,ospitalares e suas repercuss$es. %sso faz parte de nossaprtica at ,o0e.

    Outro destaque significativo foi de ;osep, :ister que pu+licou" em >D@" umtra+al,o importante' o resultado de suas e4perincias so+re assepsia eantissepsia" e trou4e / luz o conceito de cirurgia assptica. Os resultados dessestra+al,os a+riram uma nova fase na ,istria da cirurgia a c,amada medicinaantissptica que reduziu consideravelmente a incidncia das infec$escir!rgicas e ps-operatrias.

    #pesar dos avanos ,istricos" alguns fatores contri+u1ram para a disseminaodas infec$es' as enfermarias superlotadas" a permanncia prolongada dospacientes" alm dos cuidados precrios prestados aos mesmos. Esta situaomarcou a primeira metade do sc. B%B.

    Em contraponto" citamos na segunda metade do sculo B%B a incorporao denovos con,ecimentos como assepsia" antissepsia" desinfeco" esterilizao eanti+ioticoterapia. 6o entanto" estes foram incorporados na prtica ,ospitalar nocomeo do sculo BB" com o advento dos anti+iticos.

    Em >?LD" o cientista #le4andre (leming desco+riu a penicilina" mas somente" em>?G?" com a ecloso da 9egunda uerra Qundial" dois cientistas" &oJard (lore< eErnst C,ain" retomaram as pesquisas e conseguiram reproduzir penicilina emescala industrial. #ssim" iniciava-se uma nova fase para a medicina a era dosanti+iticos.

    # penicilina salvou muitas vidas durante a guerra" mas somente em >?KLo+servou-se significativa reduo das infec$es estreptoccicas nos pacientes,ospitalizados.

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    6a dcada de >?NF" ,ouve um significativo aumento das infec$es ,ospitalarescom o surgimento de cepas de 9tap,?@L - o 9impsio so+re Epidemiologia e Controle das %nfec$es &ospitalares3 2 >?F - a Conferncia %nternacional das %nfec$es &ospitalares.

    Perce+e" colega" que nesse momento as infec$es ,ospitalares e seu controlepassaram a ser alvo de maior preocupao das agncias e dos profissionais desa!de8

    %sso se deve em parte / diminuio do 4ito inicial que demonstrou que o controledas infec$es causadas por agentes e4ternos =e4genos>A foi praticamenteanulado pelas infec$es causadas por micro-organismos que pertencem / pele emucosas =endgenosLA. #crescente-se a isso que a resistncia +acteriana ocorreunos anos @F" com cepas de Pseudomonas e Entero+actrias" devido ao usoindiscriminado de anti+iticos de largo espectro" como a penicilina.

    )iante dessas considera$es" podemos enumerar e avaliar os eventos queenvolveram as infec$es ,ospitalares e refletir conscientemente so+re suaimportncia no com+ate e controle das mesmas.

    Reflita' desde o sculo B%B a luta contra as infec$es ,ospitalares tem sidoconstante e nem assim elas dei4am de e4istir. :ogo" muito ainda se tem a fazer.

    Convm lem+rar que" em >?@N" nos Estados 7nidos" um ,ospital foi o+rigado apagar indenizao a um cliente pelos danos causados em consequncia de umainfeco ,ospitalar. (oi ento" o momento de se criar os Commiltt,ecs on%nfections" e" dessa forma" programar estudos so+re infec$es ,ospitalares"procurando mtodos mais efetivos de vigilncia dos ,ospitais.

    #ssim" ainda na dcada de >?@F" ,ouve o recon,ecimento das infec$es,ospitalares como pro+lema de sa!de p!+lica. O Centers for )ieases Control=C)CA" recomendou a vigilncia epidemiolgica das infec$es ,ospitalares deforma sistemtica para todos os ,ospitais.

    5erifique" caro colega" que a ateno dos estudiosos no parou e" ainda nadcada de >?@F" com +ase em todos os estudos feitos" o C)C propSs a criaode uma pesquisa ImulticntricaI intitulada o 6ational 6osocomial %nfection 9tud

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    importncia do pro+lema e propor aos Estados 7nidos" a anlise dos dadoso+tidos nos ,ospitais que faziam parte do estudo.

    6esse conte4to" a partir de >?F" D> ,ospitais comearam a enviar os dadosrelativos ao controle de infeco ,ospitalar. E" em >??N" o C)C pu+licou um

    relato desse estudo com LFL ,ospitais que 0 participavam do programa.Ressaltamos que em >?@" um rupo de ra+al,o promovido pela OficinaRegional da Organizao Qundial da 9a!de - OQ9 se reuniu para discutir ospro+lemas e os tipos de investiga$es conduzidas para o controle das infec$es,ospitalares na Europa. Essas discuss$es resultaram na concepo de que asinfec$es ,ospitalares esto relacionadas a quatro fatores' paciente" micro-organismos" meio am+iente e administrao" e que seu mane0o depende deatuao multiprofissional.

    Essa mais uma situao que evidencia a nossa participao na preveno econtrole das infec$es ,ospitalares" no mesmo" colega8

    6o entanto" o mais importante dos estudos realizados talvez fosse o 9tud< of t,eEfficac< of 6osocomial %nfection Control =9E6%CA" iniciado em >?K" e o+0etivouavaliar a efetividade dos programas de controle das infec$es. Os resultadosforam espetaculares' a reduo de GLM das infec$es ,ospitalares com asinstitui$es participantes do programa" contra um aumento de ? a G>M dasinfec$es naqueles que no realizaram quaisquer prticas de controle.

    )iante da importncia de atuao multiprofissional" em >??" um grupo compostopelas diversas profiss$es da sa!de se reuniu na uatemala para preparar uminforme que refletisse os avanos na ela+orao de um Programa de Controle de%nfec$es &ospitalares na #mrica :atina e Cari+e. =:#CER)#" ;O7C:#9" ER">??@A. 6este mesmo ano" a Organizao Qundial de 9a!de apresentou um guiaprtico so+re controle de infeco ,ospitalar.

    Em s1ntese" consideramos que inicialmente o controle das infec$es ,ospitalaresestava relacionado / adoo de medidas curativas e individuais. Posteriormente"as discuss$es so+re a temtica apontaram a importncia de atuaomultiprofissional" caracterizando a enfermagem como fundamental.

    6essa ao" caro colega" a considerao de que as infec$es so causadas pordiversos tipos de micro-organismos e por diferentes causas.

    Referncias +i+liogrficas:#CER)#" R. #." ;O7C:#9" 5. Q. ." ER" E. . # face iatrognica do ,ospital'as demandas para o controle das infec$es ,ospitalares. 9o Paulo' #t,eneuEditora" >[email protected]:%5E%R#" #driana Cristina. %nfec$es &ospitalares Epidemiologia. Preveno eControle. Rio de ;aneiro' uana+ara Toogan" LFFN.

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    # dcada de >?NF at o ano de >?@ representou a fase final da pol1tica nacionalde sa!de implantada na dcada de >?GF e tam+m ocorreu manifestao detendncias militares" consolidadas aps o golpe militar de >?@K. Outracaracter1stica de forte influncia deste per1odo foi a fuso de todos os %nstitutos de

    #posentadoria e Pens$es e4istentes a poca" o que culminou com a criao do

    %nstituto 6acional de Previdncia 9ocial =%6P9A.6essa dcada" ainda se atri+u1a a ocorrncia de infeco aos ,ospitais" com apreocupao relacionada a duas concep$es' a am+iental e a procedimental. #maior preocupao da primeira foi com estrutura f1sica ,ospitalar =organizao dosservios" medidas de ,igiene e saneamento" cuidados com li4o e esgotoA" e aconcepo procedimental mencionava as tcnicas de assepsia" antissepsia"desinfeco e esterilizao.

    )iante dos fatores am+ientais e procedimentais" em qual deles podemos focalizarum ato simples do cuidado' a lavagem das mos8

    Precisamos continuar com+atendo incessantemente os agentes das infec$es,ospitalares" empregando todos os nossos esforos" nas nossas prticas eprocedimentos" pois como todos ns sa+emos na lavagem das mos que resideo mais alto potencial do com+ate.

    5oc pode contri+uir muito para a diminuio das infec$es ,ospitalares entre ns"tornando um ,+ito esta simples prtica' lavar as mos. Contamos com todosvocs" profissionais da enfermagem.

    6a dcada de NF" a enfermagem participou ativamente do movimento que deuorigem a criao das Comiss$es de Controle de %nfeco &ospitalar =CC%&A" pormeio da pu+licao de estudos e pesquisas voltados para o am+iente" aoprocessamento de materiais e aos procedimentos de antissepsia.

    #ssim" no intuito de operacionalizar as a$es de controle das infec$es,ospitalares foi criada em >?@G a primeira comisso de controle de infeco no&ospital Ernesto )orneles" no Rio rande do 9ul. %sso marcou o preponderantepapel da enfermagem na educao em servio e na vigilncia epidemiolgica.=:#CER)#" ;O7C:#9" ER" >??@A. )epois disso" vrios ,ospitais universitriostam+m criaram suas comiss$es" incluindo-se o &ospital das Cl1nicas da7niversidade (ederal de Qinas erais" em >?D.

    Entre >?L e >?@" foram ela+oradas portarias" que determinavam a criao eorganizao das comiss$es de controle de infeco. Qomento esse" em que seiniciaram estudos em ,ospitais +rasileiros.

    Com isso" colega" perce+emos que a dcada de >?F foi marcada peloesta+elecimento de iniciativas concretas para o controle das infec$es,ospitalares.

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    # dcada de >?DF foi marcada pela constatao generalizada da gravidade dopro+lema" com repercuss$es na m1dia impressa" televiso entre outras" comapontamentos de usurios" profissionais e representantes dos ,ospitais.=:#CER)#" ;O7C:#9" ER" >??@A. Entre essas a$es concretas" a pu+licaoda Portaria >?@ do Qinistrio da 9a!de =Q9A" de LK de 0un,o de >?DG" marcou

    ,istoricamente o controle das infec$es ,ospitalares determinando que" Htodo,ospital" independente da entidade mantenedora" porte ou especialidade" deveconstituir comisso de controle de infecoI.

    7ma das diversas 0ustificativas para esse W+oomX na m1dia foi a deficincia derecursos ,umanos =:#CER)#" ;O7C:#9" ER" >??@A. Para tanto" no ano de>?DN" o Qinistrio da 9a!de deu in1cio a um programa de treinamento para osprofissionais da sa!de" principalmente" aos dos ,ospitais universitrios" pelasvrias regi$es do pa1s.

    #lm disso" a dcada de >?DF foi marcada pela crise da previdncia social" nom+ito ideolgico" financeiro e pol1tico-institucional" como refle4os da criseeconSmica" pol1tica e social enfrentada pelo *rasil na poca. Como avanos"tivemos a nova Constituio de >?DD e a eleio direta para presidente em >?D?"resultados oriundos de um momento de crise" mas que representaram o camin,opara a democracia.

    Esses avanos influenciaram tam+m as novas modalidades de organizao quedeslocaram o Estado na definio da agenda de direitos sociais" at ainstitucionalizao da :ei Orgnica DFDF" de >? de setem+ro de >??F.

    5oc perce+eu que o processo veio acontecendo gradativamente8

    #t ento" >L anos se passaram e quantos foram os eventos que contri+u1rampara a preveno e o controle da %&8

    # Portaria ?GF do Q9" de L de agosto de >??L foi um grande passo no sentido denormatizar as prticas no controle das infec$es ,ospitalares e" ainda" a mesmaPortaria esta+eleceu que Htodos os ,ospitais do pa1s" alm de Comiss$es"deveriam tam+m constituir 9ervios de Controle de %nfeco &ospitalar"compreendendo" pelo menos um mdico e um enfermeiro para cada LFF leitosI.

    # Portaria ?GFZ?L criou tam+m critrios para o diagnstico das infec$es,ospitalares" mtodos de vigilncia epidemiolgica e normas para limpeza"desinfeco" esterilizao e antissepsia.

    Como vimos anteriormente" no *rasil" o Programa de Controle de %nfeco&ospitalar comeou a ser regulamentado em >?DG" com a Portaria Q9 n[ >?@ZDG"que posteriormente foi revogada e su+stitu1da pela Portaria Q9 nU ?GFZ?L.

    #tualmente est em vigor a Portaria Q9 n[ L@>@" de >L de maio de >??D" querevogou a Portaria ?GFZ?L. Em >??" foi pu+licada no )irio Oficial da 7nio" a

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    :ei n[ ?KG>" que em seu artigo >[ trata da o+rigatoriedade dos ,ospitais manteremum Programa de Controle de %nfec$es &ospitalares =PC%&A e no artigo L[preconiza a constituio de Comisso de Controle de %nfec$es &ospitalares=CC%&A para a adequada e4ecuo do programa.

    #tente para a evoluo dos instrumentos legais que normatizam as prtica decontrole das %nfec$es &ospitalares'%69R7QE6O :E#:

    )EERQ%6#\]O :E#:Portaria Q9 n[ >?@ZDG )etermina que Htodo ,ospital" independente da entidademantenedora" porte ou especialidade" deve constituir comisso de controle deinfecoI.Portaria Q9 n[ ?GFZ?LEsta+elece normas prticas de controle das %nfec$es &ospitalares e esta+eleceque Htodos os ,ospitais do pa1s" alm de Comiss$es" deveriam tam+m constituir9ervios de Controle de %nfec$es &ospitalares" compreendendo" pelo menos ummdico e um enfermeiro para cada LFF leitosI.:ei n[ ?KG>Z?Esta+elece em seu artigo >[ a o+rigatoriedade dos ,ospitais manterem umPrograma de Controle das %nfec$es &ospitalares =PC%&A. E em seu artigo L[preconiza a constituio de Comisso de Controle de %nfec$es &ospitalares=CC%&A para e4ecuo adequada do programa.Portaria Q9 n[ L@>@Revoga a Portaria n[ ?GFZ?L e esta+elece em seu artigo >[ diretrizes e normaspara a preveno e o controle das infec$es ,ospitalares. Ze em seu artigo L[define as a$es m1nimas necessrias com vistas / reduo m4ima poss1vel daincidncia das infec$es ,ospitalares" que comp$em o Programa de Controle de%nfec$es &ospitalares.

    )esse processo ,istrico" quais foram os acontecimentos de maior impacto aosprofissionais de sa!de8

    # dcada de >?DF foi assinalada por processos de propor$es" principalmenteaqueles relacionados /s medidas de +iossegurana" voltados para o surgimentoda infeco pelo v1rus da imunodeficincia ,umana =&uman %mmunodeficienc

    7m profissional como voc" mais informado do processo ,istrico das infec$es,ospitalares" capaz de atuar com mais afinco na preveno e controle dessasinfec$es.

    6esse conte4to" o C)C" a partir da dcada de ?F" procurou ampliar o termoHprecau$esI" denominando-o Precau$es 7niversais" visando tam+m ao uso deEquipamentos de Proteo %ndividual - EP% =mscara" luvas" avental e culos

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    protetoresA a serem usados sempre que ,ouver a possi+ilidade de contaminaopor materiais +iolgicos.

    *em sugestiva essa sigla EP%" no8 )epende de voc" a sua proteo.

    6em todos os fatos ,istricos foram relatados. 6o entanto" creio que aqueles aquidescritos c,amam nossa ateno para uma refle4o profunda" quandodesenvolvemos nossas atividades profissionais.

    O que voc ac,a8

    (icaremos por aqui" ressaltando a importncia desses con,ecimentosfundamentais no que se refere /s infec$es ,ospitalares.

    Referncias +i+liogrficas:#CER)#" R. #." ;O7C:#9" 5. Q. ." ER" E. . # face iatrognica do ,ospital'as demandas para o controle das infec$es ,ospitalares. 9o Paulo' #t,eneuEditora" >[email protected]:%5E%R#" #driana Cristina. %nfec$es &ospitalares Epidemiologia. Preveno eControle. Rio de ;aneiro' uana+ara Toogan" LFFN.O:%5E%R#" #driana Cristina. %nfec$es &ospitalares #+ordagem" Preveno eControle. Rio de ;aneiro' QE)9%" >??D.*R#9%:. Qinistrio da 9a!de. Portaria nU >?@" de LK de 0un,o de >?DG. *ras1lia.)(" >?DG.*R#9%:. Qinistrio da 9a!de. Portaria nU ?GF" de L de agosto de >??L. *ras1lia.)(" >??L.

    N#cleo $em%ico ! - &nidade de Esudo ,

    !nfeco (ospialar !nfeco comuni%ria

    Caro colega

    # compreenso do conte4to ,istrico nos possi+ilita a discusso so+re infec$es,ospitalares. Por isso podemos comear por definir mais amplamente a temtica.%niciamos com os conceitos +sicos de infeco" infeco comunitria e infeco

    ,ospitalar.

    5amos ao primeiro deles. # literatura define infeco como'

    H%nfeco a resposta inflamatria provocada pela invaso ou presena de micro-organismos em tecidos orgnicos.I =Q9" LFFKA.

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    C#R#CER^9%C#

    %6(EC\]O COQ76%_R%#

    %6(EC\]O &O9P%#:#R

    )iagnstico

    #ntes da admisso ,ospitalar

    # partir de KD ,oras aps a internao

    #dmisso ,ospitalar

    # infeco constatada ou em incu+ao no ato da admisso ,ospitalar" desde queno relacionada a internamento anterior

    6o se identifica presena ou incu+ao de infeco na admisso ,ospitalar

    Complica$es ou e4tenso da infeco

    #ssociadas / infeco 0 e4istente. 6a presena de sinais e sintomas fortementesugestivos de nova infeco" trata-se de infeco ,ospitalar.

    #ssociadas / nova infeco" adquirida durante a ,ospitalizao.

    Recm-nascidos

    %nfec$es com aquisio por via transplacentria e que se tornou evidente logoaps o nascimento =e4emplo' ,erpes simples" to4oplasmose" ru+ola"citomegalovirose" s1filis" &%5A.

    #dquiridas no pr-parto e parto" +em como pela colonizao do R6 com os micro-organismos ,ospitalares.

    V fato que as infec$es ,ospitalares aumentam o tempo de ,ospitalizao docliente e" como decorrncia" elevam o custo dos tratamentos. (al,as nas prticas

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    da assistncia aumentam o risco de aquisio de infec$es para os pacientes" taiscomo' fal,as no processo de esterilizao do material" no preparo demedicamentos parenterais" +em como na e4ecuo de procedimentos invasivos"entre outras.

    6esse sentido" necessrio evidenciar que as infec$es ,ospitalares estosituadas entre as principais causas de +ito no *rasil" ao lado das doenasneoplsicas" respiratrias" infecciosas e cardiovasculares. Portanto" mostra-serelevante ampliar os programas de orienta$es para preveno e controle dasinfec$es ,ospitalares.

    Pois " caro colega" sa+emos e podemos constatar que no am+iente ,ospitalar aproliferao de micro-organismos muito grande e" quando aliada aoenfraquecimento dos mecanismos de defesa do cliente" propicia" sem d!vida" oaumento das condi$es inerentes ao acometimento das infec$es ,ospitalares.Portanto" precisamos ficar atentos.

    eoricamente a infeco ,ospitalar pode ocorrer em qualquer pessoa que este0ano ,ospital' pacientes" funcionrios e at visitantes. 6a prtica constata-se quetodo o am+iente ,ospitalar pass1vel de acometimento de infeco.

    V evidente que o profissional de sa!de ou o ,ospital no contaminamvoluntariamente seus pacientes" mas a no o+servao de princ1pios +sicos depreveno e controle das infec$es ,ospitalares pode trazer sriasconsequncias.

    # partir dessa idia" os profissionais devem ser conscientes da participao notra+al,o em equipe" da manuteno do respeito a cada profissional no e4erc1ciode suas fun$es" da +usca da atualizao profissional com regular frequncia" danecessidade do con,ecimento no processo de autoavaliao no e4erc1cio de suaprtica.

    Caro colega" poss1vel responder / questo'

    & ,ospitais sem infeco ,ospitalar8

    Certamente" voc responder que no. Porm" podemos assegurar que os 1ndicesde cada ,ospital variam de acordo com o tipo de paciente atendido. #smaternidades" por e4emplo" apresentam um 1ndice de infeco ,ospitalar mais+ai4o por ser menos frequente que pacientes saudveis contraiam infeco.

    9ituao inversa ocorre nas unidades de transplantes" de quimioterapia e,ospitais de oncologia que apresentam altos 1ndices de infeco ,ospitalar devido/ gravidade dos pacientes ali atendidos e / agressividade dos procedimentosrealizados nessas cl1nicas.

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    # transmisso de micro-organismos no ,ospital se d" com maior freq`ncia"atravs das mos dos profissionais de sa!de que normalmente carregam osagentes de um paciente para outro. # maneira mais eficaz da no transmisso alavagem das mos antes e depois de qualquer contato com o paciente.

    Qas" consideramos importante destacar que Pittet =LFFFA" em suas pesquisas"notou que a maioria dos estudos so+re lavagem das mos mostra ta4as deaderncia dos profissionais de sa!de entre N e D>M. E" relatou que na suae4perincia" quanto maior a necessidade de lavagem das mos" menos elas soefetivamente lavadas' em outras palavras" quanto mais ocupado um profissionalde sa!de" torna-se menos provvel que ele lave as mos. =Qanual %R#s

    #65%9#A. .>

    Para regulamentar as prticas de controle de infeco ,ospitalar" tais como" alavagem das mos" o Qinistrio da 9a!de Hconsiderando a necessidade deela+orao de normas tcnicas so+re a preveno de infec$es ,ospitalares" para+alizar a atividade fiscalizadora dos rgos estaduais de sa!deI e Hconsiderandoque as infec$es ,ospitalares podem causar danos / clientela dos servios desa!deI emitiu a Portaria nU L@>@Z?D-Q9 esta+elecendo diretrizes e normas parapreveno e controle das infec$es ,ospitalares" as quais comp$em o Programade Controle de %nfec$es &ospitalares =PC%&A.

    O PC%& um con0unto de a$es desenvolvidas deli+erada e sistematicamente"com vistas / reduo m4ima poss1vel da incidncia e da gravidade dasinfec$es ,ospitalares. Para a sua adequada e4ecuo" os ,ospitais deveroconstituir Comisso de Controle de %nfeco &ospitalar =CC%&A" conforme ao+rigatoriedade e4pressa na :ei n[ ?KG> de @ de 0aneiro de >??.

    5oc deve estar refletindo so+re a importncia da CC%& nas institui$es de sa!de"no mesmo8 Qas" o que ento Comisso de Controle de %nfeco &ospitalar -CC%&8

    HV um rgo de assessoria / autoridade m4ima da instituio de plane0amentodas a$es de controle de infeco ,ospitalar" que sero e4ecutadas pelo 9erviode Controle de %nfeco &ospitalar =9C%&AI. =Q9" LFFKA.

    # CC%& composta por mem+ros e4ecutores e consultores. Os e4ecutores devemoferecer o respaldo cient1fico para toda a comunidade ,ospitalar e" portanto" soencarregados da e4ecuo das a$es programadas de controle de %&" querepresenta o 9C%&.

    Os mem+ros consultores so responsveis por instituir as diretrizes para oPrograma de Controle de %nfeco &ospitalar" no que se refere aos serviosmdicos de enfermagem" de farmcia" de micro+iologia que so os serviosm1nimos que comp$em uma CC%&.

    # CC%&" pela sua constituio" tem carter consultivo e normativo" enquanto o9C%& o e4ecutor do Programa de Controle de %nfeco &ospitalar. Por isso" o

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    9C%& tem importncia fundamental na implantao de medidas de preveno econtrole de %&.

    Ca+e" portanto" a CC%& ela+orar um Programa de Controle de %nfeco &ospitalarque dever ter" no m1nimo" as seguintes atividades'

    2 vigilncia epidemiolgica3 2 normas para o uso racional de antimicro+ianos" germicidas e materiaismdico-,ospitalares3 2 processos para preveno de transmisso de micro-organismos3 2 normas e rotinas tcnicas operacionais3 2 padronizao das medidas de preveno e controle de infeco3 2 treinamento dos profissionais. .L

    O programa de Controle de %nfeco &ospitalar responsvel pela coleta dedados e pela identificao dos pacientes com infec$es ,ospitalares. Em resumo"os administradores determinaro a gravidade das mesmas para as devidasprovidncias.

    6esse conte4to" +om lem+rar alguns conceitos +sicos de infeco ,ospitalar.

    #gente %nfeccioso' agente +iolgico capaz de produzir infeco ou doenainfecciosa.

    #ntissepsia' con0unto de medidas empregadas para impedir a proliferaomicro+iana.

    #ssepsia' con0unto de medidas utilizadas para impedir a penetrao de micro-organismos =contaminaoA em local que no os conten,a.

    Colonizao' propagao de um micro-organismo na superf1cie ou no organismode um ,ospedeiro" sem causar agresso celular. 7m ,ospedeiro colonizado podeatuar como fonte de infeco.

    Contaminao' ato ou momento em que uma pessoa ou um o+0eto se constitui emve1culo mecnico de disseminao de um determinado agente patolgico.

    )esinfeco' o processo de eliminao de formas vegetativas" e4istentes emsuperf1cies inanimadas" mediante a aplicao de agentes qu1micos eZou f1sicos.

    )esinfeco de alto n1vel' destri todos os micro-organismos na forma vegetativae alguns esporos.

    )esinfeco de n1vel mdio' inativa o +acilo da tu+erculose" +actrias na formavegetativa" alguns fungos e v1rus.

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    )esinfeco de +ai4o n1vel' elimina a maioria das +actrias" alguns v1rus e fungos"no elimina o +acilo da tu+erculose.

    )esinfeco concorrente' a aplicao de medidas desinfectantes o mais rpidoposs1vel" aps a e4pulso de material infeccioso do organismo de uma pessoa

    infectada" ou depois que a mesma ten,a se contaminado com referido material.Reduz ao m1nimo o contato de outros indiv1duos com esse material ou o+0etos.

    )esinfeco terminal' feita no local em que esteve um caso cl1nico ou portador"ocorrendo" portanto" depois que a fonte primria de infeco dei4ou de e4istir =pormorte ou por ter se curadoA ou depois que ela a+andonou o local. # desinfecoterminal aplicada raramente indicada no caso de doenas transmitidas porcontato indireto.

    )esinfestao' destruio de metazorios" especificamente artrpodes e roedores"com finalidades profilticas.

    )isseminador' indiv1duo capaz de eliminar micro-organismos para o meioam+iente.

    Esterilizao' destruio de todos os micro-organismos" inclusive de esporos"atravs de processos qu1micos ou f1sicos.

    (Smites' o+0etos de uso pessoal do caso cl1nico ou portador" que podem estarcontaminados e transmitir agentes infecciosos e cu0o controle feito por meio dadesinfeco.

    (onte de infeco' pessoa" animal" o+0eto ou su+stncia a partir da qual o agente transmitido para o ,ospedeiro.

    ;anela imunolgica' intervalo entre o in1cio da infeco e a possi+ilidade dedeteco de anticorpos" atravs de tcnicas la+oratoriais.

    :impeza' a remoo de material orgnico e su0idade dos o+0etos" utilizando guae sa+o. Este processo deve proceder todas as outras a$es de desinfeco e ouesterilizao. Realizada manual ou mecanicamente.

    Portador' indiv1duo que al+erga micro-organismos que podem ser identificadosatravs de e4ame la+oratorial" porm no apresenta sinais ou sintomas cl1nicos"entretanto" serve como fonte de disseminao.

    9inal' evidncia o+0etiva da doena.

    9intoma' evidncia su+0etiva da doena.

    5e1culo' material ou o+0eto capaz de carrear o agente infectante.

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    5etor' ser vivo que transporta passivamente =vetor mecnicoA ou que permitedesenvolvimento do agente infectante =vetor +iolgicoA.

    Clique aqui e o+ten,a o uia de *olso - )oenas %nfecciosas e Parasitrias doQ9.

    6essa unidade de estudo procuramos ressaltar con,ecimentos relevantes as suasprticas. E" ao final dela" esperamos trazer um incentivo" uma a0uda" para quevoc possa ampliar sua leitura e" desta forma" garantir o e4erc1cio profissional quea sociedade espera de voc.

    Referncias +i+liogrficasQO#C&%" 6elson3 9O7#" 5irg1nia 9oares de 9ouza. O &ospital Qanual do

    #m+iente &ospitalar" Paran' Qanoel Real :)#" LFFN.CO9E6)EB" Carlos &enrique. 9egurana e Controle de %nfeco. Rio de ;aneiro'Reic,mann #fonso Editores" LFFF.*R#9%:. Qinistrio da sa!de. #gncia de 5igilncia 9anitria =#65%9#A %nfec$esRelacionadas / #ssistncia / 9a!de. 9o Paulo' 76%(E9P" LFFK.

    N#cleo $em%ico ! - &nidade de Esudo .

    /igil0ncia Epidemiol)gica das !nfeces "ospialares

    Caro colega

    Esta quarta unidade de estudo merece ateno especial" pois a+orda a 5igilnciaEpidemiolgica e as %nfec$es &ospitalares" um assunto que" com certeza"depende de muita ateno em suas atividades dirias.

    Quitas das prticas" aqui descritas" talvez no faam parte do seu cotidianoprofissional" mas con,ec-las far de voc um grande aliado na luta contra asinfec$es ,ospitalares. Portanto" leia com ateno o te4to e compreenda por quesua atuao primordial.

    Ento" para con,ecermos +em o que 5igilncia Epidemiolgica" comeamos por

    defini-la.

    5igilncia Epidemiolgica =5EA

    9egundo a :ei n[ DFDF de >??F" que instituiu o 9istema Ynico de 9a!de =979A"5igilncia Epidemiolgica H o con0unto de a$es que propiciam o con,ecimento" adeteco ou preveno de qualquer mudana nos fatores determinantes e

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    condicionantes de sa!de individual ou coletiva" com a finalidade de recomendar eadotar medidas de preveno e controle das doenas ou agravosI.

    9e a definio oficial registra que esta atividade o con0unto de a$es" 0 nosmostra que toda a equipe de sa!de e" em especial" a equipe de enfermagem

    participa dela ativamente.%sto nos insere nesta prtica" concorda8

    #pesar da #gncia 6acional de 5igilncia 9anitria =#65%9#A afirmar que adefinio de 5igilncia Epidemiolgica aplica-se perfeitamente / precauo comas %nfec$es &ospitalares" optamos por trazer para voc uma definio prpria devigilncia epidemiolgica da infeco ,ospitalar que no foge dos princ1pios+sicos e serve to somente para ampliar seu aprendizado.

    5igilncia Epidemiolgica das %nfec$es &ospitalares a Ho+servao ativa"sistemtica e cont1nua da ocorrncia e da distri+uio dessas infec$es entre ospacientes" ,ospitalizados ou no" e dos eventos e condi$es que afetam o risco desuas ocorrncias com vistas / e4ecuo oportuna de a$es de preveno econtroleI. =Portaria n[ L@>@-Q9A.

    5ale lem+rar que a #65%9# nos ensina que a vigilncia epidemiolgica um dospontos centrais da atuao" e" por falar em atuao" a enfermagem estnovamente inserida nesse conte4to com +astante efetividade.

    # partir dessa afirmao" caro colega" somos os profissionais que permanecemmais pr4imos dos pacientes e por mais tempo" o que nos atri+ui maiorresponsa+ilidade. 6o se assuste" ten,o certeza que voc desempen,ar essaprtica da mel,or forma poss1vel" pois o conv1vio com o paciente 0 sua rotina e+asta atentar para os cuidados espec1ficos.

    # vigilncia epidemiolgica tem so+re a sa!de individual e coletiva grande alcancee dever ser feita de acordo com as caracter1sticas da instituio" da populaoatendida" com grande a+rangncia e" principalmente" voltando sua ateno paraos procedimentos realizados.

    5oc tem conscincia de sua importncia como agente nos procedimentosrealizados8

    Resta ento sa+er que sua ateno dever estar voltada para as atividades queconstituam risco aos pacientes.

    V +om lem+rar que a vigilncia epidemiolgica tem como o+0etivo primordialdeterminar o n1vel endmico> das infec$es com a finalidade de desvendar =oudetectarA precocemente qualquer desvio de infeco dentro do esperado" a fim deagir o mais rapidamente poss1vel.

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    )iante disso" necessrio esta+elecer o+0etivos que orientem as a$es da equipede enfermagem" por e4emplo'

    2 detectar os surtos de %nfeco &ospitalar3 2 comparar as ta4as de %nfeco &ospitalar3

    2 incentivar a equipe para a$es de 5igilncia Epidemiolgica3 2 determinar os fatores de risco para atuar em 5igilncia Epidemiolgica.

    )essa forma" a 5igilncia Epidemiolgica alicerada pela coleta de dados quedevem compor um formulrio padronizado" com variveis e indicadores +emdefinidos" assim como conceitos e critrios. Para a produo de con,ecimentos" a+usca ativa de dados deve ser efetiva e cont1nua.

    endo em vista essa afirmao" os dados coletados no podem conter erros parano comprometer o andamento de todo o processo da 5igilncia. # coleta dedados deve" tam+m" o+edecer a um rigor maior" quando estes so oriundos deunidades de atendimentos de maior gravidade" por e4emplo" 7% neonatal" onde avigilncia dever ser diria.

    6o *rasil" de F a ?FM dos ,ospitais no tm eficcia na vigilncia epidemiolgicadas infec$es ,ospitalares" apesar das normas e regulamentos e at esforosdesenvolvidos para a aquisio de recursos ,umanos na rea" segundo afirmaoda prpria #65%9#. .>

    # literatura especializada nos aponta que a vigilncia varia de acordo com oso+0etivos traados" a metodologia determinada e a a+rangncia dese0ada" da1surge" ento" a seguinte classificao'

    >. vigilncia glo+al3 L. vigilncia dirigida3 G. vigilncia por o+0etivos3 K. vigilncia por componentes. .L

    (aremos a seguir alguns comentrios so+re os mtodos acima citados.

    > - 5igilncia glo+al' em como meta a vigilncia de todos os pacientes" ou se0a"de todas as unidades ,ospitalares. )essa forma" avalia todo e qualquer episdio ecomo vantagem" mostra a situao geral do ,ospital e dos vrios setores e" comodesvantagem" gera indicadores limitados nas compara$es inter-,ospitalares. Porisso" no permite avaliar riscos decorrentes das interna$es" dos diagnsticos edas teraputicas. #presenta" tam+m" custo elevado e mais tempo despendidopelos profissionais.

    Esses indicadores dificultam a atuao da equipe na anlise dos dados devigilncia no que diz respeito /s a$es de investigao e educao.

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    L - 5igilncia dirigida' Esta uma opo !til para os ,ospitais de poucos recursos.Re!ne esforos na soluo de pro+lemas prprios da instituio" limita-se a s1tiose unidades espec1ficas" vigilncia de surtos e rotatria. 5e0amos suascaracter1sticas'

    # vigilncia por unidade espec1fica facilita o desenvolvimento de a$es devigilncia epidemiolgica por reunir pacientes dos mesmos setores" com riscosanlogos" por e4emplo' pacientes cir!rgicos" oncolgicos" de terapia intensiva etc..

    # vigilncia de surtos e4ige o tra+al,o simultneo com o la+oratrio demicro+iologia e o+edece a uma reviso diria dos resultados de concluso.

    # vigilncia rotatria como o prprio nome sugere" aquela realizada norevezamento dos setores so+ vigilncia" detecta" assim" surtos ou qualquer outrasituao. 6este caso" a interveno deve ser rpida" apesar da dificuldade" pois"nem todos os setores estaro so+ vigilncia.

    G - 5igilncia por o+0etivos' O nome desta vigilncia esta+elece" antecipadamente"a definio dos o+0etivos a serem alcanados na consecuo das metasesta+elecidas 6o muito comum que os ,ospitais definam claramente as a$es"porque ao final de qualquer vigilncia a preveno e o controle das infec$esque interessam.

    K - 5igilncia por componentes' Este mtodo foi seguido pelo Centers for )iseaseControl and Prevention =C)CA com a finalidade de avaliar a ocorrncia e tendnciadas infec$es ,ospitalares nos ,ospitais americanos.

    Qas" voc pode perguntar" ser que preciso sa+er de tudo isso para mel,ordesenvolver min,as prticas profissionais8

    6o ten,a nen,uma d!vida. Porque" quanto mais con,ecimentos voc acumular"mais fortalecido ficar para desenvolver conscientemente suas atividades.

    5amos em frente...

    # coleta de dados para a vigilncia das infec$es ,ospitalares pode ser feita demaneira ativa ou passiva. # ativa permite a identificao precoce das infec$es"sendo" portanto" de maior eficcia. Propicia anlises de fatores de risco e"consequentemente" medidas de controle durante a internao" assim como" aconstante interao entre os profissionais da CC%& com os das unidades,ospitalares. Esta coleta feita pelo profissional enfermeiro da comisso decontrole de infeco ,ospitalar que normalmente visita as unidades de alto riscodiariamente.

    # forma passiva ocorre por meio da notificao dos casos. Essa forma previstacomo a mais frequente" pois se espera que se0am notificados todos os casos dedoenas notificveis atendidos pelos servios de sa!de" dependendo" ento" da

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    iniciativa e conscientizao dos profissionais que esto diretamente em contatocom esses casos.

    #s fontes de informao para a vigilncia das infec$es ,ospitalares so ospronturios dos pacientes" os relatrios de enfermagem" os laudos radiolgicos e

    la+oratoriais" as informa$es mdicas e de enfermagem.5oc se encontrou nesse conte4to8

    E4ceto as unidades de alto risco que 0 citamos" a periodicidade da coleta deveconsiderar a gravidade dos casos" o n!mero e a comple4idade dos procedimentosrealizados e a durao da internao.

    Ressaltamos que pacientes com culturas positivas" com procedimento invasivo emuso de antimicro+ianos" com fe+re e tempo de permanncia no ,ospital acima doper1odo normalmente esta+elecido" podem constituir pistas para racionalizar otempo utilizado na coleta" sem" no entanto" pre0udicar a sensi+ilidade do mtodoempregado.

    #ps a o+servao ativa" sistemtica e cont1nua da ocorrncia das infec$es,ospitalares entre os pacientes" necessrio que os principais dados col,idosse0am devidamente registrados pela equipe de enfermagem" com vistas /e4ecuo oportuna de a$es de controle" por e4emplo'

    2 identificao do paciente =nome" se4o" data do nascimento" peso em R6 etcA3 2 dados da ,ospitalizao =data da admisso" registro" n!mero do leito" cl1nicaou servio rede em que o paciente rece+eu o tratamento" alta ou +itoA3 2 informa$es so+re a infeco =data do in1cio" s1tio corporal' trato cir!rgico"pulmonar" urinrio etcA3 2 micro-organismos isolados das culturas e anti+iogramaL3 2 fatores de risco =doena de +ase e procedimentos invasivosA3 2 antimicro+ianos utilizados =nome" dose" via de aplicao e o tempo de usoA3

    Portanto" a equipe de enfermagem ao desenvolver um Hcon0unto de a$es quepropiciam o con,ecimento" a deteco ou preveno de qualquer mudana nosfatores determinantes e condicionantes de sa!de individual ou coletiva" com afinalidade de recomendar e adotar medidas de preveno e controle das doenasou agravosI =Q9A" eticamente" segue o que esta+elece a :ei nU DFDF de >??F.

    Outro destaque significativo na 5igilncia Epidemiolgica a consolidao"anlise e interpretao dos dados coletados de forma segura" a fim de que asinforma$es produzidas definam as interven$es necessrias. O o+0etivoderradeiro de qualquer processo de anlise direcionar a ao da vigilnciaepidemiolgica.

    O processamento dos dados coletados pela equipe de enfermagem feito manualou eletronicamente. #tualmente" esta a forma mais utilizada. Cada ,ospital"

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    conforme seu porte" adota uma maneira de processar os dados. eralmente osindicadores de %nfeco ,ospitalar so e4pressos em ta4as.

    # divulgao dos resultados uma fase muito importante porque socializa oscon,ecimentos gerados" para que se possa retornar a responsa+ilidade na adoo

    de medidas necessrias aos profissionais de toda a equipe de sa!de" querealizam as atividades 0unto aos pacientes.

    V preciso ressaltar que o retorno da informao causa impacto so+re as ta4as deinfeco e " nesse momento" que ns profissionais envolvidos com essasprticas dirias podemos contri+uir largamente para a diminuio das infec$es,ospitalares.

    Para nosso con,ecimento e atualizao profissional" e4istem algumas formas dedivulgao mais a+rangentes" por e4emplo' congressos" artigos de revistascient1ficas" simpsios. Estas e4perincias alargam o campo de con,ecimento quepode ser compartil,ado" tam+m" com profissionais a distncia.

    #ps estudar esta unidade com +astante ateno" voc pSde avaliar como equando sua participao efetiva se faz relevante nesse processo de vigilnciaepidemiolgica.

    Referncias +i+liogrficas*R#9%:. Qinistrio da 9a!de. %nfeco Relacionada / 9a!de. #gncia 6acional de5igilncia 9anitria. 9o Paulo' 76%(E9P" LFFK.CO7O" Renato Camargo. uia Prtico de Controle de %nfeco &ospitalar. Riode ;aneiro' uana+ara Toogan" LFFK.O:%5E%R#" #driana Cristina. %nfec$es &ospitalares Epidemiologia" Preveno eControle. Rio de ;aneiro' uana+ara Toogan" LFFN.O:%5E%R#" #driana Cristina. %nfec$es &ospitalares #+ordagens" Preveno eControle Rio de ;aneiro' QE)9%" >??D.

    N#cleo $em%ico ! - &nidade de Esudo 1

    +iossegurana 2 E3uipamenos de Proeo !ndividual 2 EP!

    Caro colega

    HO risco uma opo e no um destinoI =*ER69E%6A

    6esta unidade" vamos tratar de um assunto e4tremamente atual e de profundointeresse do profissional de sa!de' *iossegurana.

    Precisamos inicialmente definir o que +iossegurana'

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    *iossegurana o con0unto de estudos e procedimentos que visam a evitar oucontrolar os riscos provocados pelo uso de agentes qu1micos" f1sicos e +iolgicos/ +iodiversidade.

    Outra definio nessa lin,a diz que ba +iossegurana o con0unto de a$es

    voltadas para a preveno" minimizao ou eliminao de riscos inerentes /satividades de pesquisa" produo" ensino" desenvolvimento tecnolgico eprestao de servios" visando / sa!de do ,omem" dos animais" a preservao domeio am+iente e a qualidade dos resultadosb =E%BE%R# 5#::E" >??@A.

    9egundo Costa e Costa =LFFLA'

    # lgica da construo do conceito de +iossegurana" teve seu inicio na dcadade F na reunio de #silomar na Califrnia" onde a comunidade cient1fica iniciou adiscusso so+re os impactos da engen,aria gentica na sociedade. Esta reunio"segundo oldim =>??A" b um marco na ,istria da tica aplicada a pesquisa"pois foi a primeira vez que se discutiu os aspectos de proteo aos pesquisadorese demais profissionais envolvidos nas reas onde se realiza o pro0eto depesquisab. # partir da1 o termo +iossegurana" vem" ao longo dos anos" sofrendoaltera$es.

    6a dcada de F o foco de ateno voltava-se para a sa!de do tra+al,ador frenteaos riscos +iolgicos no am+iente ocupacional. )e acordo com a OrganizaoQundial da 9a!de =&O" >??GA as bprticas preventivas para o tra+al,o emconteno a n1vel la+oratorial" com agentes patognicos para o ,omemb.

    ; na dcada de DF" a prpria OQ9 =&O" >??GA incorporou a essa definio osc,amados riscos perifricos presentes em am+ientes la+oratoriais quetra+al,avam com agentes patognicos para o ,omem" como os riscos qu1micos"f1sicos" radioativos e ergonSmicos.

    Pelo indicado nas defini$es de +iossegurana" os profissionais de sa!de quetra+al,am com a diversidade de agentes desencadeadores de doenas =agentesf1sicos" qu1micos e +iolgicosA esto potencialmente e4postos a esses riscos.

    # presena de um agente +iolgico coloca o profissional de sa!de nasuscepti+ilidade de adquirir infeco ou como fonte de transmisso desta.

    Como sa+emos" pela nossa prtica diria" a transmisso de agentes +iolgicosrelacionados com os profissionais de sa!de ocorre por meio de diferentesmateriais e vias de aquisio como a percutnea" cutnea" mucosa" sangue"fluidos corpreos" secre$es" fezes" aerossis primrios e got1culas" quepropiciam grande comprometimento para esses profissionais.

    #s medidas de +iossegurana no devem seguir a lin,a do e4agero" porm nodevem ser desprezadas. #s a$es que contri+uem para a segurana de vida no

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    dia-a-dia do profissional so genericamente consideradas medidas de+iossegurana.

    Essas medidas" instrumentos de preveno de infec$es" tornaram-se maisrecon,ecidas pelos profissionais de sa!de em face da epidemia da 91ndrome de

    %numodeficincia #dquirida =#%)9A" que fez surgir a necessidade de umaconscientizao coletiva voltada para a preveno" e4igindo uma divulgao maisintensa de medidas relacionadas / transmisso de doenas no tra+al,o.

    Esse argumento dei4ou +em clara a necessidade de motivar os profissionais queatuam diretamente na assistncia ,ospitalar a utilizarem os Equipamentos deProteo %ndividual =EP%A e seguirem as medidas preventivas na sua rotina diria"mesmo que os assistidos no se0am portadores de doenas infecciosas. #lm dosEP%s" e4istem outras medidas que possi+ilitam a reduo da pro+a+ilidade deadoecimento para o profissional" como imunizao ativa eZou passiva' aquimioprofila4ia.

    )essa forma" precisamos compreender +iossegurana como uma garantia dedireitos que direcionam e afirmam a sa!de ,umana" a proteo do meio am+ientee o desenvolvimento sustentvel. Os procedimentos de +iossegurana tero queser assegurados como instrumentos fundamentais no cotidiano dos profissionaisde sa!de.

    Como sa+emos todas as pessoas que tra+al,am em servios de sa!de estoaltamente e4postas a vrios agentes desencadeadores de doenas de ordemf1sica" qu1mica e +iolgica.

    Com relao ao agente +iolgico" o profissional torna-se suscept1vel de adquiririnfeco ou ser uma fonte de transmisso. ; pensou nisso8

    )iante desta afirmao" voc deve ficar atento /s medidas de proteo individuale coletiva. #s medidas de proteo individual so asseguradas pelosequipamentos de proteo individual =EP%A" que no devero ser esquecidos nasua rotina diria" mesmo que os assistidos no se0am portadores de doenasinfecciosas.

    # preveno de doenas deve ser constante no cotidiano das pessoas que atuamem institui$es de sa!de. 5ale lem+rar que todas as a$es nesse sentido soimportantes" ressaltando a necessidade do e4ame admissional do tra+al,ador"pois trata-se de um momento especial para que se encontrem indicadores do seuestado de sa!de" alm da possi+ilidade de atualizao da carteira de vacina$es.

    Entre os cuidados que os profissionais devem ter com relao / aquisio deinfeco ou transmisso de agentes desencadeadores de doenas de ordemf1sica" qu1mica e +iolgica est a ateno para com os materiais perfuro-cortantes.Para estes" o Qinistrio da 9a!de tem recomenda$es espec1ficas deprocedimentos" so elas'

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    2 m4ima ateno3 2 0amais utilizar os dedos como anteparo3 2 agul,as no devem ser reencapadas" entortadas" que+radas ou retiradas daseringa com as mos3

    2 no utilizar agul,as para fi4ar papis3 2 todo material perfuro-cortante' agul,as" scalpes" lminas de +isturi" vidrariasetc." mesmo estreis" devem ser desprezados em recipiente resistente /perfurao e ruptura" e com tampa.

    Os recipientes espec1ficos para descarte de material no devem ser preenc,idosacima do limite de LZG de sua capacidade total e devem ser colocados semprepr4imos do local onde realizado o procedimento.

    #s normas esta+elecidas pelo Qinistrio de 9a!de apontam para a importncia deos profissionais tomarem os devidos cuidados com o intuito de evitar as ta4as deinfeco ocupacional pelo &%5 que so relativamente +ai4as em comparao comas ta4as dos v1rus das ,epatites * e C. Portanto" conveniente que" no caso dee4posio a materiais +iolgicos" os procedimentos preconizados pelo Qinistrioda 9a!de" se0am devidamente considerados" por e4emplo'

    2 cuidados locais na rea e4posta3 2 quimioprofila4ia antirretroviral3 2 acompan,amento sorolgico.

    Clique aqui para acessar o Qanual de Condutas em E4posio Ocupacional aQaterial *iolgico.

    odo profissional que atua em institui$es de sa!de est e4posto acontamina$es" mesmo aqueles que tra+al,am em setores administrativos.

    #lguns estudos divulgados so+re esses acidentes registram os seguintes'

    2 Qateriais +iolgicos ,umanos que contaminam les$es cutneas previamentee4istentes3 2 (erimentos com o+0etos perfuro-cortantes no contaminados com qualquerproduto +iolgico" mas que ten,am a+erto uma +arreira cutnea" permitindo a suaentrada durante a sua atividade de rotina3 2 O+0etos perfuro-cortantes contaminados ou so+ suspeita de sangue ouqualquer outro produto +iolgico3 2 Respingos de qualquer produto +iolgico" principalmente sangue em mucosas.

    Clique aqui para ler o artigo intitulado #cidentes perfurocortantes entretra+al,adores de enfermagem.

    :em+ramos que toda a ateno e profissionalismo devem ser concentrados nodesempen,o das atividades na rea de sa!de" principalmente" no que se refereaos materiais orgnicos de contato dirio. Os cuidados" relacionados a seguir" so

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    de suma importncia para ns" profissionais de sa!de. 9egundo a colonizao" deacordo com a importncia em termos numricos" alguns materiais podem oferecerrisco" mesmo sendo de corpo ,umano saudvel" a classificao a seguinte'

    2 (ezes' maior n!mero de agentes patognicos3

    2 9ecre$es naso e orofar1ngeas' igual /s concentra$es dos agentes nasfezes3 2 9ecre$es vaginais' um considervel n!mero de agentes patognicos3 2 Pele' o rgo que possui menor n!mero de patgenos3 2 9angue' ,ospeda microorganismos e uma fonte em potencial de infec$es esua transmisso mais intimamente ligada a protozorios e v1rus.

    5oc consegue esta+elecer diferenas entre got1culas>" e aerossis primrios esecundrios8

    %sto muito importante para o seu dia-a-dia 0unto aos pacientes. .>

    )iante disso" fique atento para a importncia do uso dos Equipamentos deProteo %ndividual EP% .

    Os Equipamentos de Proteo %ndividual =EP%A destinam-se a proteger aintegridade f1sica dos profissionais. 9ua adequao est diretamente ligada /atividade que se vai desenvolver e tem como o+0etivo a proteo do profissionalou paciente e4posto a su+stncias perigosas" se0a por a+soro" inalao oucontato f1sico.

    Os EP%s incluem' protetores ou mscaras faciais" culos protetores" luvas" 0alecos"avental em+orrac,ado e calados. (alemos um pouco de cada um deles.

    >A Qscaras' fazem a proteo da mucosa nasal e protegem dos aerosisprimrios e perdigotosL contaminados. Este equipamento considerado eficientese apresentar um m1nimo de filtrao +acteriana de ?NM" segundo as entidadesnormativas. .L

    Craig e uale" em >?DN" demonstraram que a mscara torna-se impregnada demicro-organismos depois de LF minutos de uso" transformando-se em uma fontede contaminao.

    9empre que o procedimento gerar got1culas de sangue ou outros fluidos corporais"ou ainda" o paciente apresentar sintomatologia respiratria" as mscaras e osculos protetores devero ser usados.

    Qscaras" protetores faciais e oculares a0udam a proteger as mucosas dos ol,os"nariz e +oca" pois os l1quidos corporais podem +orrifar" respingar ou pulverizar seurosto.

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    LA culos protetores' os ol,os so muito suscept1veis a les$es microscpicas emacroscpicas face sua limitada vascularizao e +ai4a imunidade.

    O profissional que no fizer uso desses equipamentos corre maior risco deinfec$es. Os culos devem ser lavados entre um paciente e outro de forma

    rotineira.GA :uvas' devem ser utilizadas nos procedimentos de risco ocupacional aosfluidos corporais" tais como puno venosa perifrica" quando se entra na unidadede paciente infectado ou colonizado por micro-organismo resistente e devero sertrocadas quando contaminadas com material infeccioso. 9o indicadas como+arreira de proteo aos profissionais de sa!de" especialmente ao risco +iolgico.

    # legislao nacional aponta normas da #*6 de LFFN" tais como a 6*R >GG?>=requisitos e4igidos para garantir a eficcia da luva para procedimento no-cir!rgico quanto ao seu desempen,oA" e a 6*R >GG?L para luva cir!rgica. .>

    #s luvas constituem +arreiras protetoras" concorda8

    KA #ventais' evitam a contaminao das roupas e protegem a pele do profissional.;untamente com os aventais" incluem-se em algumas ocasi$es" as perneiras" as+otas ou os props" evitando assim +orrifamentos de fluidos corpreos.

    # utilizao desses equipamentos deve ser seguida rigorosamente enquanto oprofissional estiver tra+al,ando" independentemente do diagnstico ou do estadoinfeccioso do paciente. O o+0etivo reduzir" ao m4imo" o risco de infec$es defontes con,ecidas ou no.

    Pelo que a+ordamos at aqui" importante que voc reflita so+re +iosseguranapara sentir-se mais seguro ao praticar suas atividades" pois o assunto muitoa+rangente e de suma importncia.

    #o sa+er da importncia desse con,ecimento" que interfere diretamente emnossas prticas" no podemos dei4ar de lado a 6RGL. 5oc 0 ouviu falar dela"no8

    Essa uma norma regulamentadora que diz respeito a ns" profissionais deEnfermagem" garantindo condi$es de segurana" proteo e preservao dasa!de.

    # 6orma Regulamentadora GL foi ela+orada com +ase nas situa$es vivenciadaspelos profissionais de Enfermagem" no desempen,o de suas atividades" no dia-a-dia das institui$es de sa!de" na assistncia aos pacientes.

    Como profissionais conscientes" sa+emos que os aspectos legais e tcnicos denossa atuao precisam ser considerados e respeitados. Para tanto" o

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    con,ecimento na 1ntegra da 6RGL se mostra relevante' HCon,ecer para e4igir seucumprimentoI" nos diz Qiranda =LFFA. Ressaltando ainda'

    H7se a informao a seu favor e faa a sua parte para que a implantao da 6R-GL se0a um sucesso. Os maiores +eneficiados seremos todos nsI.

    Referncias +i+liogrficasCO9#" Q. #. (. da.3 CO9#" Q. (. *. da. *iossegurana' elo estratgico de 99.Revista C%P#. 6. LNG" LFFL. )ispon1vel em',ttp'ZZJJJ.fiocruz.+rZ+iosseguranca,ospitalarZdadosZmaterial>F.,tmh #cesso em'>L ago. LFF?.O:%5E%R#" #. C.3 #RQO6)" . #.3 C:EQE6E" anessa trindade. %nfec$es&ospitalares Epidemiologia" Preveno e Controle. Rio de ;aneiro' uana+araToogan" LFFN.O:%5E%R#" #. C.3 #:*77ER7E" C. P. de3 ROC" :. C. Q. %nfec$es&ospitalares #+ordagem" Preveno e Controle. Rio de ;aneiro' uana+araToogan" >??D.9%:5#" #. :. #. et al. e4tos de #poio em Pol1ticas de 9a!de. Rio de ;aneiro'(undao OsJaldo Cruz" Rio de ;aneiro" LFFN.

    N#cleo $em%ico !! - &nidade de Esudo '

    Anissepsia Assepsia4 Desinfeco: conceios e consideraes

    Caro colega

    6o primeiro n!cleo temtico relem+ramos os aspectos ,istricos das infec$es,ospitalares e comunitrias" vigilncia das %&" +iossegurana e Equipamentos deProteo %ndividual - EP%.

    # participao efetiva dos profissionais de sa!de depende do nosso con,ecimentoso+re a a+rangncia das infec$es. Por este motivo" +om que voc sai+a queentre todas as unidades do curso e4iste estreita ligao. Essa relao facilita oacesso ao con,ecimento so+re as infec$es ,ospitalares.

    Continuemos nosso entendimento das %&. V conveniente atentar para as nossasatividades" procedimentos e prticas. 5e0amos" ento" alguns conceitosimportantes referenciados pelo Qinistrio da 9a!de #gncia 6acional de5igilncia 9anitria - #65%9#'

    #ssepsia o con0unto de medidas adotadas para impedir a introduo de agentespatognicos no organismo.

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    #ntissepsia consiste na utilizao de produtos =micro+icidas ou micro+iostticosAso+re a pele ou mucosa com o o+0etivo de reduzir os micro-organismos em suasuperf1cie. =#65%9#A.

    Os conceitos parecem simples" mas se pararmos para pensar nas atividadesdesenvolvidas no dia-a-dia com nossos pacientes perce+emos em quais aantissepsia precisa estar presente.

    5eremos a sua amplitude e frequncia.

    5rios so os produtos utilizados" dentre eles destacamos o iodo povidona P5P%"o qual muito utilizado na antissepsia e degermao. Porm" os diferentes tiposde P5P% so utilizados em diferentes superf1cies" e" portanto" vamos con,ecer umpouco mais so+re cada um deles8

    P5P% aquoso

    Composto orgnico de iodo" no age na presena de materiais orgnicos e elevao n1vel srico de iodo3

    P5P% degermante

    7tilizado somente em pele 1ntegra" com a finalidade de remover su0idade e reduzira flora transitria e residente. )eve ser retirado aps o uso.

    em indicao tam+m na degermao da pele" mos" rea cir!rgica eprocedimentos invasivos.

    P5P% alcolico

    %ndicado para uso em pele 1ntegra" aps degermao das mos" com a finalidadede fazer luva qu1mica> e demarcar a rea operatria" reduzindo a flora da pele3

    Portanto" caro colega" o+serve a relao de alguns procedimentos em que aantissepsia muito importante'

    PROCE)%QE6O9

    9O:7\]O 7%:%#)#

    #ntissepsia da mucosa'#ntissepsia das mucosas +ucal" ocular" vaginal e intestinal" ou dos locais em quepode ,aver leso.

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    P5P% #7O9O

    Remoo de su0idade e reduo da flora residual e transitria'

    )egermaoL da pele" principalmente na rea cir!rgica e procedimentosinvasivos. )eve ser retirado aps o uso.

    P5P% )EERQ#6E

    Cuidados pr-operatrios':uva qu1mica" anti-sepsia de campo operatrio aps P5P% degermante"demarcao da rea cir!rgica.

    P5P% #:CO:%CO

    Como vimos anteriormente" o P5P% degermante muito utilizado comoantissptico degermanteG.

    :em+re-se" de que utilizado somente em pele 1ntegra" antes de procedimentosinvasivos e nas mos da equipe cir!rgica" com tempo residualK de L a G ,oras.

    Convm lem+rar que o antissptico clore4idine aquoso faz a antissepsia" antes deprocedimentos invasivos" com um tempo de ao residual de N a @ ,oras. ; olcool a FM glicerinado tem ao imediata e faz a antissepsia de procedimentosque no necessitam de efeito residual por serem de curta durao.

    2 a antissepsia das mos' em unidades de terapia intensiva" +errio de altorisco" unidades de transplantes" ,ematologia e na realizao de pr e de ps-procedimentos e e4ames invasivos deve ser realizada utilizando-se a mesmatcnica de lavagem das mos" incluindo os ante+raos" porm" usando osantisspticos acima citados.

    #o utilizar P5P% ou clore4idine no utilizar lcool a FM imediatamente aps" poiseste inativa a ao residual dos mesmos. O uso do P5P% contraindicado emrecm-natos e grandes queimados devido a sua a+soro transcutnea de iodo"podendo acarretar ,ipertireoidismo. # clore4idine deve ser utilizada em caso depacientes ou funcionrios alrgicos ao iodo.

    Para que voc considere a importncia da antissepsia e dos procedimentosinvasivos" importante lem+rar alguns procedimentos invasivos.

    2 u+os orotraqueais associados ao ventilador artificial3 2 Cateteres venosos centrais3 2 Cateteres arteriais3

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    2 Cateteres para monitorao de presso intracraniana3 2 9ondas e drenos em cavidades" rgos ou espaos. .>

    #ssepsia' Hcon0unto de medidas utilizadas para impedir a penetrao de micro-organismos em local que no os contin,aI =Q9A.

    Conforme a definio" a prtica da assepsia se utiliza de meios apropriados paraimpedir a introduo de microorganismos no organismo. Ela difere da antissepsia"pelo fato de no empregar agentes teraputicos.

    6este conte4to" os profissionais de sa!de utilizam medidas de assepsia paraevitar" direta ou indiretamente" a transmisso de microorganismos.

    5e0amos" ento" algumas medidas asspticas importantes nas nossas atividadesdirias'

    2 usar meios asspticos para manuseio de alimentos" pratos e utens1lios usadosna alimentao3 2 utilizar tcnicas rigorosas para lavagem das mos e ,igiene pessoalmeticulosa3 2 cozin,ar e armazenar adequadamente os alimentos3 2 usar adequadamente os equipamentos descartveis3 2 desinfectar a unidade do paciente" aps a alta3 2 usar mscaras" luvas" aventais etc." nas reas de isolamento3 2 limpar e esterilizar adequadamente os equipamentos ,ospitalares3 2 descartar adequadamente os res1duos ,ospitalares e os materiaiscontaminados etc.

    Caro colega" com certeza" voc leu com ateno a descrio de antissepsia eassepsia. )ei4emos" ento" para voc uma refle4o' ao aplicar uma in0eo" vocfaz antissepsia ou assepsia8 Pense antes de responder.

    Podemos agora acrescentar a estas duas primeiras defini$es outra prtica nanossa rotina'

    )egermao' H a remoo de su0idades" detritos" impurezas e micro+iotatransitria da pele atravs do uso de sa+o e detergentes sintticos.I =Q9A.

    Quito utilizado na degermao o P5P%" usado apenas em pele 1ntegra" antes deprocedimentos invasivos e nas mos da equipe cir!rgica" com tempo residual de La G ,oras.

    Podemos continuar8 #t aqui" tudo entendido8 Ento" passemos agora para outroconceito.

    )esinfeco' Hdestruio de agentes infecciosos que se encontram fora do corpo"por meio de e4posio direta a agentes qu1micos ou f1sicosI. =Q9A.

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    # desinfeco pode ser concorrente quando Ha aplicao de medidasdesinfectantes ocorre o mais rpido poss1vel" aps a e4pulso de materialinfeccioso do organismo de uma pessoa infectada" ou depois que a mesma ten,ase contaminado com o referido materialI. =Q9A.

    Portanto" de acordo com esses conceitos" voc pode verificar que a desinfecoreduz ao m1nimo o contato dos indiv1duos com materiais ou o+0etos infectados.

    Pode ainda ser desinfeco terminal Hdesinfeco feita no local em que esteve umcaso cl1nico ou portador" ocorrendo" portanto" depois que a fonte primria deinfeco dei4ou de e4istir =por morte ou por ter se curadoA" ou depois que elaa+andonou o localI. =Q9A.

    Pensemos 0untos'

    uais so os principais produtos para desinfeco8

    5amos apresentar-l,es agora alguns produtos para utilizao em am+ientes'

    2 _lcool a FM =et1lico e isoprop1licoA e +actericida viruscida" tu+erculocida nodestri esporos +acterianos.

    O n1vel de desinfeco desse produto mdio e +ai4o3 inflamvel e deve serestocado em rea fresca e ventilada3 voltil" evaporando facilmente. (az-senecessria a imerso do artigo =pinas" tesouras etc.A " para que se alcance tempomaior de contato. Considere-se" ainda" que este produto tem efeitosdesfavorveis" deformando e endurecendo materiais de +orrac,a e algunsplsticos. .L

    O lcool a FM faz a desinfeco de superf1cie contaminada" dependendo de seuuso aps limpeza e frico por G vezes consecutivas.

    2 uaternrio de amSnio =composto de >" L e G gera$es" +actericida"viruscida =para v1rus lipof1licosA e fungicida3 no tu+erculocida3 elimina o v1rus&%5 > =#%)9A3 ,erpes simples > e L segundo estudos feitos pela EviromentProtection #genc< =EP#A. Confere desinfeco de +ai4o n1vel e +asicamenteindicado para fazer sanitarizao de artigos no cr1ticos =comadres" potesplsticosA. 2 &ipoclorito l1quido =,ipoclorito de sdioA3 slido =,ipoclorito de clcioAdicloroiso" cianureto de clcio" tem ao +actericida" viruscida" fungicida"tu+erculocida" destri alguns esporos. Possui desinfeco de alto" mdio e +ai4on1veis de acordo com a concentrao e tempo de contato. )eve ser estocado emrecipientes plsticos opacos e fec,ados. %ndicado pela vigilncia como !nicodesinfectante.

    #compan,ou este racioc1nio8

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    #gora ve0a qual o produto que faltou ser ofertado. Pois o mais simples" gua jsa+o para limpeza e remoo de su0idades em varredura !mida.

    6esta unidade" ressaltamos conceitos considerados importantes para a prtica

    diria de nossas atividades. )ei4amos para voc a refle4o so+re a importnciada adoo das medidas de assepsia" antissepsia e desinfeco em suas a$espara um mel,or atendimento aos clientes e sua segurana pessoal.

    5amos fazer um e4erc1cio so+re tudo o que discutimos at agora8

    Ol,e com ateno a imagem a+ai4o. Qentalize os poss1veis pontos decontaminao. #ssim que terminar" clique so+re a imagem e o+serve os pontosaos quais voc precisa estar atento.

    Referncias +i+liogrficas*R#9%:" Qinistrio da 9a!de. #gncia 6acional de 5igilncia 9anitria. %nfec$esRelacionadas / #ssistncia de 9a!de. 9o Paulo" LFFK.*R#9%:" Qinistrio da 9a!de. #gncia 6acional de 5igilncia 9anitria. %nfec$esRelacionadas / assistncia / 9a!de. 9o Paulo" LFFKO:%5E%R#" #driana Cristina. %nfeco &ospitalar Epidemiologia Prevenoe Controle. Rio de ;aneiro' uana+ara Toogan" LFFN.O:%5E%R#" #driana Cristina3 #RQO6)" uil,erme #ugusto3 C:EQE6E"anessa rindade. %nfec$es &ospitalares Epidemiologia" Preveno eControle. Rio de ;aneiro" uana+ara Toogan" LFFN.O:%5E%R#" #driana Cristina3 #:*77ER7E" Claudio Pontes de3 ROC" :!ciaCristina Qoraes da" %nfec$es &ospitalares #+ordagem" Preveno e Controle.Rio de ;aneiro" uana+ara Toogan" >??D.uia Prtico de Controle de %nfeco &ospitalar Epidemiologia Controle eeraputica. Rio de ;aneiro" uana+ara Toogan" LFFK.

    N#cleo $em%ico !! - &nidade de Esudo *

    "igieni5ao e lavagem das mos

    Caro colega

    Reservamos um espao em nosso curso para estudarmos um tema" queconsideramos de suma importncia para todos os profissionais de sa!de" alavagem das mos.

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    5oc" com certeza" est inclu1do nesse conte4to.

    5oc se recorda de que na unidade de estudo > do primeiro n!cleo temticoressaltamos a importncia dessa prtica implantada por %gnaz P,ilip 9emmelJeis.9e precisar retorne /quela unidade e reve0a.

    Com relao / preveno e controle das %nfec$es ,ospitalares" a lavagem dasmos ,istrica. Esta prtica foi adotada desde o sculo B%B e a continuidade desua aplicao permanece mostrando resultados positivos.

    %niciaremos com as seguintes perguntas' a ,igienizao das mos realmentereduz a infeco ,ospitalar8 5oc con,ece os produtos que devemos utilizarnesse processo8 O lcool su+stitui a lavagem das mos8 (aa uma refle4o eatente para discusso a seguir.

    Precisamos fazer" neste momento" uma diferenciao entre lavagem das mosque H a remoo mecnica da su0idade e reduo da micro+iota transitria>I" e"antissepsia ou degermao das mos que H a reduo da micro+iota residenteL eeliminao da micro+iota transitria com a a0uda de soluo com propriedadegermicida denominada antisspticoI. =Q9A.

    9o+re este tema" convm ressaltar que o termo ,igienizao das mos foiutilizado por ;o,n *o???A" visando reunir todas as alternativas para estaprtica. )entre tantas destacaremos as seguintes'

    2 lavagem das mos - o uso de gua e sa+o comum3 2 lavagem antissptica das mos - gua e sa+o antissptico e no caso defrico ,iginica das mos" utiliza-se um produto / +ase de lcool" normalmenteem gel. .>

    Relem+ramos que mais recentemente" em outu+ro de LFFL" o Center )iseasesControl =C)CAG pu+licou o guia para ,igiene das mos nos servios de sa!de.Esta pu+licao traz uma anlise de todos os aspectos que a+rangem estaprtica" com maior nfase ao uso dos produtos a +ase de lcool para a frico,iginica das mos.

    6o *rasil" a #65%9# tam+m preconiza a utilizao do lcool para a frico,iginica das mos no manual intitulado W&igienizao das mos' segurana dopacienteX. .L

    6a Europa" tra+al,os pu+licados tm comprovado que a incorporao do uso dosprodutos / +ase de lcool FM nas fric$es ,iginicas das mos um grandealiado na diminuio das ta4as de infec$es ,ospitalares e dos patgenosresistentes a anti+iticos.

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    # introduo do lcool na ,igienizao das mos foi mel,or aceita pelosprofissionais que atuam diretamente com o controle de infec$es. 6o entanto" preciso alertar para a especificidade do lcool. Em a+ril de LFFL" )idier Pittet ecola+oradores alertaram para a eficcia de alguns tipos do produto utilizadas na,igiene das mos" em detrimento de outros menos eficazes para este

    procedimento.)esse modo" a eficcia do processo de assepsia" por e4emplo" o lcool =et1lico"isoprop1licoA e sua +ai4a concentrao eficaz para a descontaminao rotineiradas mos" porm no eficaz na antissepsia" pois nesse processo deve serusado antissptico degermante.

    6o desempen,o das fun$es como profissionais de sa!de" 0 sa+emos daimportncia da frico das mos" no mesmo8 5oc sa+e quanto tempo devedurar uma frico nas mos com lcool8

    O tempo que se recomenda de GF segundos e o volume a ser utilizado de Gml. 6o se esquea de que a tcnica e4ige para a correta ,igienizao" que oproduto se0a" inicialmente" massageado na palma da mo e em seguida"distri+u1do em todas as suas faces com ateno especial aos interd1gitos e asarticula$es.

    5amos fazer uma pausa para refletir so+re a adeso dos profissionais de sa!de /,igienizao das mos8 9a+emos que nosso papel fundamental para apreveno das infec$es ,ospitalares" no mesmo8

    Para aprofundar seus con,ecimentos" leia o artigo intitulado &igienizao dasmos no controle das infec$es em servios de sa!de.

    6o que diz respeito / lavagem das mos e antissepsia" o guia do C)C" de outu+rode LFFL" faz as seguintes recomenda$es'

    >. lavagem das mos com gua e sa+o comum ou sa+o antissptico sempreque estiverem visivelmente su0as ou contaminadas com material protico3 aoiniciar o turno de tra+al,o" aps ir ao +an,eiro" antes e depois das refei$es" antesdo preparo de alimentos" da manipulao de medicamentos e nas situa$esdescritas a seguir para preparao alcolica.

    L. usar frico das mos com produto a +ase de lcool para descontaminaorotineira das mos" quando estas no estiverem visivelmente su0as" nas seguintessitua$es cl1nicas'

    2 antes de contato direto com paciente3 2 aps a remoo das luvas3 2 aps contato com a pele intacta do paciente3 2 aps o contato com o+0etos inanimados ao redor do paciente3

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    2 antes das refei$es e aps utilizar o +an,eiro lavar as mos com gua esa+o comum.

    G. Como alternativa para a descontaminao das mos nestas situa$es cl1nicascitadas acima" recomendada a lavagem das mos com gua e sa+o

    antissptico' 2 antes de calar luvas estreis3 2 antes da insero de cateter urinrio" cateter vascular perifrico ou outrodispositivo invasivo que no e4i0a procedimento cir!rgico3 2 aps contato com flu1dos corporais ou e4cre$es" mem+rana mucosa" peleno intacta ou troca de vestimenta" mesmo que as mos no este0am visivelmentesu0as3 2 ao cuidar do paciente" durante a mudana de manipulao de um s1tiocontaminado para um s1tio limpo. .G

    )iante da importncia da prtica de ,igienizao das mos" complementemos oassunto com a parte terico-prtica" nela toda sua ateno deve estar voltada /cnica de :avagem das Qos de acordo com o uia Prtico de Controle de%nfeco &ospitalar 9ecretaria de Estado de 9a!de do Rio de ;aneiro.

    9eguindo as orienta$es desta unidade" o+serve a figura a+ai4o e considere ospontos cr1ticos para a lavagem das mos.

    C,amamos a sua ateno para as tcnicas fundamentais de lavagem das mos"as quais podem variar dependendo do o+0etivo ao qual se destinam. 9o divididasem'

    2 &igienizao simples das mos. 2 &igienizao anti-sptica das mos. 2 (rico de anti-sptico nas mos. 2 #nti-sepsia cir!rgica ou preparo pr-operatrio das mos.

    # eficcia da ,igienizao das mos depende da durao e da tcnicaempregada.

    Caro colega" no dei4e de acessar as recomenda$es da #65%9# acerca da,igienizao das mos. Precisamos sempre relem+rar os passos para quepossamos incorporar essa prticak .>

    #ca+amos de tratar das tcnicas fundamentais para uma ao eficaz em seu dia-a-dia. #ntes" verifique se na sua prtica diria voc o+edece rigorosamente estasequncia'

    2 retirar anis e relgios3 2 a+rir a torneira sem encostar-se na pia3 2 mol,ar as mos3

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    2 colocar de G a N ml de sa+o l1quido nas mos3 2 ensa+oar as mos por meio de frico por apro4imadamente >N a GFsegundos em am+as as faces =palmar e dorso das mosA nos espaosinterdigitais" polegar" nas articula$es" nas un,as" e4tremidades dos dedos epun,os3

    2 en4aguar as mos em gua corrente mantendo em n1vel +ai4o" sem encost-las na pia" at retirar totalmente a espuma e os res1duos de sa+o3 2 secar as mos com papel toal,a descartvel e" se poss1vel" com o mesmopapel toal,a fec,ar a torneira" desprezando-o no li4o. .K

    O*9' a torneira deve ser do tipo que o profissional no acione o volante parafec,-la. O importante no tocar na torneira para fec,-la.

    Como voc pSde acompan,ar" atravs da descrio da tcnica" nesses passosacima descritos" voc 0 participa do processo de controle das %&" concorda8

    Em seguida" tratemos da #ntissepsia das mos" que deve ser realizada" emunidades cr1ticas" tais como'

    2 de terapia intensiva3 2 de transplantes3 2 de &ematologia3 2 +errio de alto risco3 2 de contato com material orgnico3 2 de realizao de e4ames e procedimentos invasivos =antes e aps taisprocedimentosA.

    6essa antissepsia" utiliza-se a mesma tcnica de lavagem das mos" estendendo-se" porm" aos ante+raos" usando antissptico degermante com P5P% ouclore4idine.

    #o finalizar esta unidade" dei4o para voc uma refle4o que considero relevanteso+re este assunto'

    HRecon,ecida como uma das medidas mais eficientes na preveno de infeco,ospitalares" a lavagem das mos um procedimento simples que merece muitaatenoI. =9#99% e QE)E%RO9" LFFGA

    Referncias +i+liogrficas#65%9#" ecnologia em 9ervios de 9a!de. Controle de %nfeco em 9ervios de9a!de - Curso de %nfeco Relacionada / #ssistncia / 9a!de %R#9. )ispon1velem ,ttp'ZZJJJ.anvisa.gov.+rZservicosaudeZcontroleZiras.,tmh. #cesso em' LG out.LFFD.*R#9%:" Qinistrio da 9a!de. #gncia 6acional de 5igilncia 9anitria.&igienizao das Qos em 9ervio de 9a!de. *ras1lia" ).(." LFF.

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    )ECO7R" :uiz 5enere. Conquista com 9ofrimento - 9emmelJeis e a (e+rePuerperal. %6COR %nstituto do Corao do &ospital das Cl1nicas. )ispon1vel em',ttp'ZZJJJ.incor.usp.+rZconteudo-medicoZdecourtZsemmelJeis.,tmlh. #cesso em'LG out. LFFD. COOR)E6#\]O Estadual de Controle de %nfeco &ospitalar - R;.uia Prtico de Controle de %nfeco &ospitalar. )ispon1vel em

    ,ttp'ZZJJJ.saude.r0.gov.+rZ)ocsZceci,Z#postses.doch #cesso em' LG out. LFFD.Portal Qdico. Qedicina no mundo :avagem das mos em um ,ospital-escola.)ispon1vel em ,ttp'ZZJJJ.portalmedico.org.+rZ0ornalZ0ornais>???ZFL??ZQedQundo.,tmh. #cessoem' LG out. LFFD.9#99%" 9. ;. . 3 QE)E%RO9" E. #. 9. :avar ou ,igienizar as mos' qual o papeldo gel alcolico 8. Controle &ospitalar" v. >" n. K" p. GD-KF" LFFG.

    N#cleo $em%ico !! - &nidade de Esudo ,

    Preveno de infeco dos principais sios

    Caro colega

    Relem+rando" uma 7nidade de erapia %ntensiva - 7% H um espao nos ,ospitaispara o tratamento dos pacientes gravesI. =%R#9 #65%9# 9P" LFFKA.

    9empre que nos referimos / 7% lem+ramo-nos deste tipo de pacientes'

    2 os que necessitam de cuidados intensivos e frequentes" destinados a manter

    suas fun$es vitais3 2 os que agudamente enfermos" acometidos de doena aguda ou crSnica queresulta em risco imediato de vida3 2 os com e4acer+ao de doenas crSnicas nas mesmas condi$es3 2 os que convalescem de eventos agudos" mas que persistem necessitando decuidados intensivos3 e 2 os que esto em ps-operatrio de cirurgias de grande porte que requeremmonitorizao intensivaI. =%R#9 - #65%9# 9P" LFFKA

    5oc sa+e que apesar de ser comum e frequente a e4istncia" de 7%s erais queaceitam o internamento de pacientes com diversos tipos de doena" e4istem as

    unidades especializadas para situa$es cl1nicas espec1ficas" por e4emplo' 7% detrauma" de ps-operatrio card1aco" unidades coronarianas" de traumaneurolgico" de pediatria e neonatais e unidade de queimados.

    # finalidade de lem+rarmos esta gama de pacientes voltar nossa ateno para asusceti+ilidade dos mesmos /s infec$es. Entendemos que os pacientesinternados em 7% tm mais pro+a+ilidades de adquirir infec$es pela prpria

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    caracter1stica do am+iente onde os recursos diagnsticos" teraputicos e demonitorizao" na sua maioria" so invasivos" como cateteres" sondas e tu+os.

    #pesar de os recursos ,umanos em 7%s serem altamente qualificados"principalmente na manuteno da vida do indiv1duo em situao de risco" alguns

    fatores contri+uem para o perigo de adoecimento e nossa ateno maior servoltada para'

    2 a invaso da pele por instrumentos espec1ficos utilizados nessas unidadescomo tu+os" cateteres" sondas etc.3 2 a queda de +arreiras naturais que e4istem entre o agente causador da doenae o am+iente interno do paciente e" eventualmente" o estado de imunossupressodo paciente.

    6esse conte4to" importante relem+rar quais so as infec$es mais comuns queafetam pacientes em 7%s'

    2 infeco do trato urinrio3 2 infeco do s1tio cir!rgico3 2 infeco circulatria sepse normalmente" associada a cateteres centrais3 2 infec$es intra-a+dominais3 2 infec$es do trato respiratrio.

    5ale lem+rar" tam+m" que os principais micro-organismos responsveis pelasinfec$es em 7%s so normalmente diferentes daqueles das infec$es que seadquire na comunidade.

    5e0amos alguns desses agentes'

    2 Entero+acter spp3 2 E. coli3 2 9erratia spp3 2 Tle+isiella spp3 2 Proteus spp3 2 Citro+acter spp3 2 Pseudomonas aeroginosa e #cineto+acter +aumannii3 2 9tap,

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    devero ter cuidados tcnicos com ne+ulizadores" ventilao mecnica" am+!"equipamentos de aspirao" espirSmetros" medicamentos e solu$es parainalao.

    Outro grande destaque" nesse processo" so os cateteres" alm da principal e

    mais importante medida de preveno' a lavagem das mos.# lavagem das mos para todos profissionais envolvidos no atendimento aopaciente imprescind1vel. Porm" conveniente que voc a ele0a tam+m a maisimportante" garantindo desta forma" a sua participao tcnica" consciente" eficaze altamente profissional.

    %nfec$es Respiratrias Pneumonias &ospitalares

    Pneumonia H uma inflamao do parnquima pulmonar causada por um agentemicro+ianoI =#65%9#" LFFKA. Os agentes mais comuns encontrados no ,ospitalso' Pseudomonas aeroginosa" 9tap,

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    2 uso de ventilao mecnica3 2 idade avanada3 2 presena de doena pulmonar crSnica3 2 alterao do n1vel de conscincia3 2 cirurgia traco-a+dominal3

    2 trauma +ronco-aspirao e outros.Caro colega" voc" profissionalmente" 0 teve algum contato com as situa$escitadas8 Para ampliar seu con,ecimento" leia o Qanual de %nfeco Relacionada /

    #ssistncia / 9a!de #gncia 6acional de 5igilncia 9anitria.

    6esse processo" a preveno para evitar fatores de risco de e4tremaimportncia. emos de considerar os fatores predisponentes que so e4atamenteaqueles que aumentam a frequncia de aspirao e a quantidade de patgenosinoculados que dificultam as defesas locais ou a imunidade do sistema. Os maisimportantes so a entu+ao endotraqueal com ventilao mecnica" queaumentam de forma considervel o risco de pneumonia.

    6a pneumonia associada / ventilao mecnica =P#5QA" apesar de no e4istir umconsenso entre os profissionais de sa!de" podemos avaliar o aparecimento desinais radiolgicos e cl1nicos em pacientes entu+ados e su+metidos / ventilaomecnica3 por isso" o tempo limite de entu+ao muito questionado. .>

    emos con,ecimento de que a P#5Q tem aumentado o tempo de permanncia dopaciente na 7%" o que torna os custos mais elevados para os ,ospitais. 9a+emostam+m" que a utilizao de equipamentos de terapia inalatria contaminados" avia sangu1nea" a invaso direta" a inoculao direta por mane0o inadequado dasvias areas de pacientes com ventilao mecnica e a translocao de +actriaspelo tu+o gastrointestinal so" tam+m" outras formas causadoras de pneumonias.

    # ventilao mecnica importante em vrios momentos" inclui-se a necessidadede controlar a respirao do paciente durante uma cirurgia" ou mesmo diante deum trauma craniano grave para o4igenar o sangue" no momento em que osesforos ventilatrios do paciente so imprprios" e para recompensar osm!sculos da respirao.

    Caro colega" mais de NFM das pneumonias nosocomiais esto associadas /ventilao mecnica e >FM delas ocorrem em 7%. Portanto" volte sua atenopara este paciente" porque as anormalidades anotadas por voc sero relevantese oportunas.

    9egundo a #65%9#" a ventilao mecnica aumenta o risco de aquisio depneumonia ,ospitalar em comparao a pacientes no ventilados.

    %nfeco do 91tio Cir!rgico

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    V importante lem+rar que o organismo agredido por uma cirurgia responde comrea$es na luta pela so+revivncia como a inflamao" a revascularizao e adeposio de tecido cicatricial. Como consequncia ocorre uma deficincia dosistema imunolgico" permitindo" desta forma" que com a presena do agentepatognico o processo infeccioso se instale no prprio campo ou mesmo a

    distncia.6esse conte4to" o C)C" em >?DD" fez uma recomendao com relao /classificao das infec$es cir!rgicas' superficiais e profundas. Outro rgo decontrole" a 9urgical ound as (orce fez uma reclassificao das infec$escir!rgicas incisionais =superficiais e profundasA - as que comprometem umrgoZespao - tivessem a denominao genrica de infeco do s1tio cir!rgico.

    #ssim" a infeco da rea cir!rgica incisional superficial envolve somente a peleou tecido celular su+cutneo do local da cirurgia3 a infeco incisional profundainclui estruturas profundas da parede" a fscia> e a camada muscular. E" ainfeco da rea cir!rgica envolve rgo ou cavidade a+erta ou manipuladadurante o ato cir!rgico" no incluindo a inciso de parede. .L

    Convm ressaltar que estas classifica$es so diagnosticadas pelo mdico deacordo com as vrias caracter1sticas apresentadas" constituindo-se ento ostratamentos' drenagem dos a+cessos" des+ridamento de tecidos necrticos ecicatrizao retardada da ferida. V +vio que cada situao uma questo dediagnstico individual.

    :em+ramos que" na dcada de DF" foi pu+licado pelo C)C" um guia parapreveno de infec$es do s1tio cir!rgico que esta+elece uma categorizao de Ggrupos'

    2 n1vel % aquelas consideradas recomenda$es m1nimas o+rigatrias3 2 n1vel %% medidas adicionais recomendveis3 2 n1vel %%% medidas ainda no comprovadas ou ineficazes.

    Em >???" o mesmo C)C pu+licou uma nova verso das a$es de preveno queficou assim'

    2 comprovadas =%#A3 2 recomendadas =%*A3 2 sugeridas =%%A3 2 sem recomenda$es =no resolvidoA.

    # classificao acima efetivou um roteiro de pr-operatrio" que vale e4emplificarpara que voc entenda mel,or.

    Pr-operatrio do paciente

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    >. licemia LFF mg no intra-operatrio e ps-operatrio imediato =KD ,orasA'=%*A recomendado3 L. #diar cirurgia em desnutridos graves =al+uminemiaA' =%%A sugerido3 G. :impeza com gua corrente e agente tensoativo ao redor do local onde serpraticada a inciso para promover a remoo da contaminao grosseira' =%*A

    recomendado3 K. uando a tricotomia estiver indicada" deve ser realizada imediatamente antesdo ato cir!rgico e deve-se preferir o uso de tricotomizadores ao emprego delminas ou cremes depiladores' =%#A comprovado.

    Esses argumentos dei4am claro que outras tantas situa$es do pr-operatrioseguem um roteiro preventivo de infec$es" no entanto" somente e4emplificamosas quatro situa$es acima por entendermos que estas medidas no se prendemsomente ao pr-operatrio. Elas tam+m so utilizadas na ventilao da sala"limpeza e desinfeco de superf1cies fi4as" esterilizao de material cir!rgico"paramentao cir!rgica" cuidados com a inciso ps-operatria.

    6esse momento" vamos registrar aqui algumas medidas de preveno deinfec$es ,ospitalares que dizem respeito / Enfermagem'

    >. manter as portas da sala cir!rgica fec,adas" e4ceto para passagem deequipamentos" pessoal e paciente' =%*A recomendado3 L. limitar o n!mero de pessoas presentes" ao pessoal necessrio' =%*Arecomendado3 G. sem recomendao para desinfeco da sala de cirurgia entre procedimentos"na ausncia de su0idade vis1vel em superf1cies ou equipamentos' no resolvido3 K. aplicar um desinfetante aprovado pelo Qinistrio da 9a!de =Q9A" antes denovo procedimento cir!rgico" para a descontaminao de superf1cies fi4as ouequipamentos que tiverem contato com sangue ou outro fluido corpreo durante acirurgia' =%*A recomendada3 N. aplicar diariamente no piso da sala cir!rgica" aps o !ltimo procedimento" umdesinfetante aprovado pelo Q9' =%*A recomendado3 @. no , necessidade de procedimentos especiais de limpeza e desinfecoaps procedimentos contaminados e infectados' =%#A comprovada3 . no deve ser utilizado capac,o impregnado com desinfetantes na entrada docentro cir!rgico" pois no contri+ui para reduo de infec$es' =%#A comprovado.

    )estacamos como significativo na preveno do s1tio cir!rgico a paramentaocir!rgica" conform