curso trabalhista encontro 02 - 2ª parte - rotinas

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CURSO PRÁTICO DE CURSO PRÁTICO DE ROTINAS E ORIENTAÇÕES ROTINAS E ORIENTAÇÕES TRABALHISTAS TRABALHISTAS UMA ABORDAGEM A PARTIR DA VISÃO DA FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO Giordano Adjuto Teixeira e José Costa Jorge consultoria de empresas e relações sindicais

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CURSO PRÁTICO DE ROTINAS E ORIENTAÇÕES TRABALHISTAS. Objetivos: abordar de forma prática e simplificada as rotinas trabalhistas empresariais, tendo por fundamento – e grande diferencial – os entendimentos adotados pelo órgão de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego considerados para Lavratura de Autos de Infração, capacitando os participantes do curso a interpretar e operacionalizar a legislação a fim de reduzir drasticamente o de risco de formação de passivo trabalhista.

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CURSO PRÁTICO DE CURSO PRÁTICO DE ROTINAS E ORIENTAÇÕES ROTINAS E ORIENTAÇÕES

TRABALHISTASTRABALHISTAS

UMA ABORDAGEM A PARTIR DA VISÃO DA FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO

Giordano Adjuto Teixeira e José Costa Jorge

consultoria de empresas e relações sindicais

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JORNADA DE TRABALHO

Objetivo: abordar os aspectos mais importantes da jornada de trabalho, como limite máximo diário e semanal, escala de revezamento ininterrupto, jornada flexível ou móvel, jornada reduzida, jornada 12 x 36, horário noturno e horas in itineri, além da concessão de intervalo ao empregado durante a jornada como, por exemplo, intrajornada, interjornada (entre duas jornadas) e intervalo para repouso e alimentação.

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1. JORNADAS DE TRABALHO

Jornada de trabalho é a duração diária/semanal das atividades do trabalhador.

É a quantidade de tempo em que o empregado, por força do contrato de trabalho, fica à disposição do empregador, seja trabalhando ou aguardando ordens.

Neste período, o trabalhador não pode dispor de seu tempo em proveito próprio.

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1º Passo - Anotar na Ficha ou no Livro Registro de Empregados, o horário de trabalho do empregado, que poderá ser:

a)diária: 8 h/semanal: 44 h (regra geral);

b) turnos ininterruptos de revezamento: 6 h;

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ATENÇÃO:

Por negociação coletiva, é permitida a prorrogação da jornada de 6h para turnos de revezamento, até o máximo de 2h extras/dia.

A IN SRT/MTE nº 1/88 dispõe que a jornada de 6h para turnos de reveza mento depende da ocorrência concomitante dos seguintes fatores:

- existência de turnos;

- que os turnos sejam em revezamento;

- que o revezamento seja ininterrupto.

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1º Passo - Anotar na Ficha ou no Livro Registro de Empregados, o horário de trabalho do empregado, que poderá ser:

c) flexível ou móvel;

d) 25 h/semana (regime de tempo parcial);

e) indicada em acordo ou convenção coletiva (ex: 12h de trabalho x 36h de descanso);

f) decorrente de lei específica. (ex: menores, aprendizes, técnicos em radiologia, professores, bancários, etc.);

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1º Passo - Anotar na Ficha ou no Livro Registro de Empregados, o horário de trabalho do empregado, que poderá ser:

g) em horário noturno:

g.1) empregados urbanos (duração de 52min30s / adicional de 20% sobre a hora diurna / entre as 22h de um dia e as 5h do dia seguinte, observada a prorrogação);

g.2) empregados rurais (duração de 60min / adicional de 25% sobre a hora diurna):

g. 2.1) na lavoura entre as 21h de um dia e as 5h do dia seguinte;

g.2.2) na pecuária entre as 20h de um dia e as 4h do

dia seguinte;

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ATENÇÃO:

O adicional noturno, quando pago com habitualidade, integra o salário para todos os efeitos legais.

Aos menores de 18 anos, é vedado o trabalho noturno.

A PEC 66/2013 estendeu aos traba lhadores domésticos a aplicação das disposições relativas à duração da jornada de trabalho, lhes sendo assegurada remuneração adicional pelo trabalho noturno que realizar.

O empregado urbano que cumpre horas extraordinárias, no pe ríodo noturno, faz jus ao adicional de hora extra (50%) e ao adicional noturno (20%).

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OBSERVAÇÃO:

No âmbito da Justiça do Trabalho, é possível suprimir o adicional noturno quando houver transferência do período noturno para o período diurno (Súmula TST nº 265).

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1º Passo - Anotar na Ficha ou no Livro Registro de Empregados, o horário de trabalho do empregado, que poderá ser:

h) em trajeto - horas in itineri (exceção para as microempresas e empresas de pequeno porte que podem fixar o tempo médio despendido pelo empregado, a forma e a natureza da remune ração, por meio de acordo ou convenção coletiva).

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2. INTERVALOS

2º Passo - Definir o intervalo:

a) Intrajornada - Trabalho contínuo - concessão no tempo intermediário da jornada do trabalho:

a.1) Duração até 4h: não há intervalos, salvo cláusula de acordo ou convenção coletiva;

a.2) Duração de 4h a 6h: intervalo de 15 min;

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a.3) Duração excedente de 6h:

a.1.1) 1h (duração mínima);

a.1.2) superior a 2h (mediante acordo escrito ou contrato coletivo de trabalho);

a.1.3) inferior a 1h (por ato do MTE e quando os empre gados não estiverem sob o regime de trabalho pror rogado a horas suplementares);

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Redução do intervalo

O ato do MTE que concede a redução do intervalo tem a vigência máxima de 2 anos e não afasta a competência dos agentes da Inspeção do Trabalho de verificar, a qualquer tempo, in loco, o cumprimento dos requisitos legais, pois o descumprimento destes torna sem efeito a redução, procedendo-se às autuações por descumprimento da CLT (art. 71, caput), bem como das outras infrações que forem constatadas.

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Atenção:

A não concessão do intervalo acarreta o pagamento de adicional de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal.

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Outros períodos de descanso

Períodos de descanso considerados de efetivo trabalho/períodos remunerados que não prejudicam o intervalo de refeição ou descanso:

- serviços de mecano grafia: 10 min a cada período de 90 min de trabalho consecutivo;

- trabalho em minas de subsolo: 15 min a cada período de 3 h de trabalho; - câmaras frigorífi cas: 20 min após 1 h40min de trabalho contínuo;

- serviços de telefonia, telegra fia submarina e subfluvial, radiotelegrafia e radiotelefonia (sujeitos a horários variáveis): 20 min após esforço contínuo de mais de 3 h;

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- radialista nos setores de cenografia e caracterização: 20 min após esforço contínuo de mais de 3 h;

- médico: 10 min a cada 90 min de trabalho;

- amamentação: 2 descansos espe ciais de 30 min cada um para amamentar o próprio filho, até 6 meses de idade;

- pagamento de salários por meio de cheque: assegura-se ao empregado horário que permita o desconto imediato de cheque;

- atividades de processamento ele trônico de dados: assegura-se àqueles que desempenham atividades de entrada de dados, uma pausa de 10 min para cada 50 min trabalhado;

- mulheres e me nores: 15 min antes do início do período extraordinário do trabalho.

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2º Passo - Definir o intervalo:

b) interjomada (intervalo entre 2 jornadas de trabalho):

b.1) serviços em geral: mínimo de 11 h consecutivas contadas do término da jornada de um dia ao início da jornada se guinte;

b.2) serviços específicos: - ferroviários cabineiros: 14 h consecutivas; - serviços de equipagens de trem em geral: 10 h

contínuas;- serviços de telefonia, tele grafia submarina e subfluvial,

radiotelegrafia e radiotelefonia: 17 h (quando sujeitos a horários variáveis);

- jornalistas profissionais: 10 h; - operadores cine matográficos: 12 h.

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2º Passo - Definir o intervalo:

c) descanso semanal de 24h consecutivas coincidente com o domingo, no todo ou em parte.

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Atenção:

REPOUSO SEMANAL + INTERVALO INTRAJORNADA

Não confundir repouso en tre jornadas, de 11 h, com o repouso semanal, de 24 h, ou seja, após o último dia de trabalho semanal, o empregado faz jus a 35 horas de repouso (11 + 24 = 35 h).

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3. MARCAÇÃO DE PONTO

3º Passo - Escolher a forma de registrar a hora de entrada e de saída dos trabalhadores:

a) obrigatoriedade: só para estabelecimentos com mais de 10 em pregados;

b) formas de controle: manual, mecânico ou eletrônico (SREP/ REP).

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Atenção:

A marcação deve ser procedida pelo próprio trabalhador, refletindo a realidade (não deverá haver “marcação britânica”).

Tais documentos não devem conter emendas, rasuras, borrões ou qualquer outro elemento que coloque em dúvida a sua au tenticidade.

Aconselha-se colher a assinatura do trabalhador no livro, cartão ou espelho de ponto, por medida preventiva e de boa prática.

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Observação:

Jornada de trabalho executada integralmente fora do estabelecimento do empre gador: o horário de trabalho constará, também, de ficha, papeleta ou registro de ponto, que ficará em poder do empregado.

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3.1 Exceções:

a) serviço externo: se a empresa, expressamente, estabelecer essa condição (não subordinação a horário), tendo feito esta anota ção na CTPS e no registro de empregado;

b) cargos de confiança (gestão): empregados cujos salários do cargo de con fiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, sejam inferiores ao valor do respectivo salário efetivo, acrescido de 40%.

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4. QUADRO DE HORÁRIO

4º Passo - Afixar quadro de horário de trabalho:

- obrigatoriedade: somente para empresas que não adotam registros manuais, mecânicos ou eletrônicos individualizados de controle de horário de trabalho, contendo a hora de entrada e de saída e a pré-assinalaçâo do período de repouso ou alimentação,

- exceção: microempresas (LC n9 123/2006, art. 51, I).

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5. ACORDOS DE COMPENSAÇÃO / PRORROGAÇÃO / BANCO DE HORAS E OUTROS

5º Passo - Observar a existência de:

a)acordo de compensação de horas: em até 2 h diárias, mediante acordo escrito;

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b) acordo de prorrogação de horas: em até 2h diárias, com adicional de 50% sobre o valor da hora normal, mediante acordo escrito, para empregados maiores de 18 anos:

b.1) atividades insalubres: deve ser antecedido de licença prévia das autoridades competentes em matéria de medicina do trabalho (CLT, art. 60);

b.2) atividades periculosas: o adicional de periculosidade é cumulativo com outros adicionais (CLT, art. 193, § 1º; Súmula TST ne 264);

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Atenção:

acordo de prorrogação firmado simultaneamente ao de compensação de horas: a jornada diária não pode ultrapassar o limite global de 10 h.

Às prorrogações do trabalho noturno, aplicam-se as mesmas regras.

Empregados sob regime de tempo parcial não podem prestar horas extras.

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5º Passo - Observar a existência de:

c)banco de horas: dispensa de acréscimo de salário se, por acordo ou convenção coletiva, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de 1 ano, a soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de 10 h/dia;

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Observação:

Na impossibilidade da compensação integral da jornada extraordinária, o trabalhador fará jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.

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5º Passo - Observar a existência de:

d)minutos que sucedem e antecedem a jornada normal: não descontar, nem computar como horas extras as variações de horário no registro de ponto não excedentes de 5 min, observado o limite máximo de 10 min/dia;

e)sobreaviso: as horas devem ser remuneradas à razão de 1/3 do valor do salário/hora normal e, em havendo o chamado ao trabalho efetivo no período de descanso, as horas despendidas devem ser remuneradas como extraordinárias;

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Atenção:

O uso de aparelho de intercomunicação (BIP, Pager, aparelho celular) pelo empregado, por si só, não caracteriza regime de sobreaviso, uma vez que o empregado não permanece em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento chamado para o serviço durante o período de descanso (Súmula TST nº 428).

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5º Passo - Observar a existência de:

f)início da jornada em dia útil e término em feriado: o início da jornada de trabalho é que comanda a remuneração desse dia;

g)supressão de hora extra: a supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal (Súmula TST nº 291).

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REPOUSO SEMANAL REMUNERADO

Objetivo: abordar o direito do trabalhador ao repouso semanal remunerado, sua duração, calculo, a possibilidade ou não do desconto diante de faltas injustificadas do empregado, além das hipóteses de trabalho aos domingos e feriados.

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O repouso semanal remunerado é assegurado pela Constituição Federal aos empregados urbanos, rurais e, também, aos domésticos.

Em relação ao RSR, a empresa deve observar:

1. Duração: no mínimo 24h consecutivas.

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Atenção:

Não confundir o RSR de 24h com o intervalo interjornada de 11h.

Nesse sentido, temos o Precedente Administrativo nº 84 aprovado pelo Ato Declaratório SIT nº 10/2009 que determina a soma dos dois intervalos, ou seja, 11 horas (entre dias) e 24 horas (entre semanas), totalizando 35 horas.

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Em relação ao RSR, a empresa deve observar:

2. Periodicidade:

1 dia de folga a cada 6 dias trabalhados.

Em geral, é vedado o trabalho nos dias de repouso. Contudo, caso haja trabalho nesses dias, a empresa deve observar:

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3. Trabalho aos Domingos e Feriados – Autorização

Se estiver previamente autorizada por enquadrar-se em uma das atividades relacionadas no Quadro Anexo ao Decreto nº 27.048/1949, aplicar as seguintes regras:

a)organizar escala de revezamento de folgas, de forma que a folga do empregado coincida com domingo, pelo menos 1 vez a cada 7 (sete) semanas. Esta escala deve ficar à disposição da fiscalização;

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Atenção:

Apesar de existir discussão acerta do assunto, o art. 386 da CLT determina que havendo trabalho da mulher aos domingos, será organizada uma escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical.

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b) a escala deve prever ainda 1 (um) dia de folga por semana ao empregado. Portanto, a cada seis dias trabalhados, no máximo, o sétimo deve ser folga;

c) caso o empregador não conceda a folga semanal, ou a conceda após o 7º (sétimo) dia de trabalho consecutivo, deverá remunerá-lo em dobro.

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Exemplo:

Empregado com salário mensal de R$1.100,00 e que trabalhou 8 horas no feriado, sem ter folga compensatória.Nesse caso, teremos:

R$ 1.100,00 : 220 h = R$5,00 (salário hora)

R$ 5,00 x 8 h x 2 = RS 80,00 (valor das 8h trabalhadas no feriado em dobro)

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Atenção:

Nos termos da Súmula nº 146 do TST, a empresa deve remunerar as horas trabalhadas aos domingos e feriados em dobro, independentemente do valor a ser pago a título de repouso semanal remunerado (RSR).

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Se não estiver enquadrada em nenhuma das atividades previamente autorizadas pelo MTE e previstas no Quadro Anexo nº 27.048/1949:

Deverá formular um requerimento ao MTE solicitando permissão para funcionamento aos domingos e feriados.

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O requerimento deverá conter o motivo que enseja o pedido para funcionamento aos domingos e feriados, e deve ser instruído com os seguintes documentos:

- laudo técnico elaborado por instituição federal, estadual ou municipal que indique as necessidades de ordem técnica e os setores que exigem a continuidade do trabalho, com validade de 4 anos;

- acordo coletivo de trabalho ou anuência expressa de seus empregados, manifestada com a assistência da respectiva entidade sindical; e

- escala de revezamento.

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Caso a empresa não se enquadre no item anterior poderá, excepcionalmente, realizar trabalho em dias de repouso:

a)por motivo de força maior, devendo comunicar o fato à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) no prazo de 10 dias; ou

b)para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto, mediante autorização prévia da SRTE, onde o período não poderá ser superior a 60 dias.

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Se a empresa for do ramo de comércio em geral, deverá:

a)verificar se há alguma legislação municipal dispondo sobre trabalho aos domingos e feriados;

b)Elaborar escala de revezamento de folgas, de forma que uma folga coincida com o domingo, pelo menos uma vez no período máximo de 3 semanas;

c)Observar que, será permitido o trabalho em feriados, desde que autorizado por convenção coletiva de trabalho e observada sempre a legislação municipal, onde houver.

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Dica:

Deve-se destacar o RSR na folha de pagamento e no recibo de pagamento, exceto para os mensalistas e quinzenalistas para evitar a caracterização de salário complessivo.

Considera-se salário complessivo, o fato de o empregador lançar na folha de pagamento e no recibo de pagamento várias verbas em um único evento, sem a devida discriminação.

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4. Cálculo do RSR

- Regra Geral

RSR = 1 dia normal de trabalho.

Dica:

Para encontrar o RSR, basta dividir a jornada semanal do empregado por 6. Assim, para uma jornada de 44 horas semanais, teremos um RSR de 7,33, que corresponde a 7horas e 20 minutos.

Da mesma forma, um empregado com jornada de 36 horas semanais, terá um RSR correspondente a 6 horas.

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- Regras Específicas:

a) semanalistas, diaristas e horistas:

RSR = 1 dia normal de trabalho;

Atenção:

Caso a jornada normal diária de trabalho seja variável, a remuneração corresponderá a 1/6 do total de horas trabalhadas durante a semana.

RSR = jornada semanal total / 6

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- Regras Específicas:

b) mensalistas e quinzenalistas:

O mensalista e o quinzenalista já têm embutido no salário o repouso semanal remunerado.

Não há necessidade de pagar em separado, exceto em relação à parte variável (adicionais pagos com habitualidade, comissões, horas extras, etc.) situação em que o empregador deverá calcular o reflexo do RSR sobre a parte variável;

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- Regras Específicas:

c) comissionista:

Para calcular o RSR do comissionista, deve-se somar as comissões percebidas durante a semana e dividir o resultado pelo número de dias úteis da respectiva semana (em geral, 6 dias).

RSR = total das comissões auferidas na semana / 6.

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Atenção:

Para obter o valor mensal do RSR basta dividir o total das comissões pelo número de dias úteis e multiplicar pelo número de domingos e feriados do respectivo mês:

RSR = (total das comissões / nº de dias úteis do mês) x nº de domingos e feriados

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d) tarefeiro ou pecista:

Para calcular o RSR dos empregados contratados por tarefa ou peça, deve-se dividir o salário relativo às tarefas ou peças executadas durante a semana, no horário normal de trabalho, pelo número de dias de serviço efetivamente trabalhados.

RSR = valor total das tarefas ou peças executadas na semana / 6

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e) trabalho em domicílio:

Para calcular o RSR dos empregados que trabalham em domicílio, deve-se dividir o valor total da produção semanal por 6.

RSR = total da produção semanal / 6

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f) jornada reduzida:

O empregado contratado para trabalhar em jornada reduzida, ainda que sejam apenas alguns dias na semana, também faz jus ao RSR. Para fazer o cálculo, deve-se dividir o ganho semanal por 6.

RSR = ganho semanal / 6

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Escala de revezamento

Exceto os elencos teatrais e congêneres, nos serviços que exijam trabalho aos domingos, será estabelecida escala de revezamento, previamente organizada e constante de quadro sujeito à fiscalização.

O modelo da escala de revezamento é de livre escolha da empresa, organizada de maneira que:

- a cada 6 dias de trabalho corresponda 1 folga; e

- em um período máximo de 7 semanas de trabalho, cada empregado tenha ao menos um domingo de folga.

Em se tratando de comércio varejista, o RSR deverá coincidir com o domingo pelo menos 1 vez, no período máximo de 3 semanas.

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5. Adicionais

a) adicional noturno

O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos legais, repercutindo também sobre o RSR (Súmula TST n- 60).

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Dica:

Reflexo do adicional noturno sobre RSR dos empregados mensalistas ou quinzenalistas

O MTE, por meio do Precedente Administrativo nº 41, aprovado pelo ato Declaratório Defit nº 4/2002, orienta que só cabe repercussão do adicional noturno nos cálculos do adicional noturno nos cálculos do RSR de empregado que tem salário pago por dia ou mensalistas e quinzenalistas cujo trabalho não seja exclusivamente noturno.

Isto porque para os empregados mensalistas ou quinzenalistas que cumprem jornada exclusivamente noturna, o salário acrescido do adicional de 20% já inclui a remuneração do repouso.

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b) adicional de horas extras

No cálculo do RSR são computadas as horas extras habitualmente prestadas;

Dica:

Muito embora o empregador deva calcular o reflexo das horas extras sobre o RSR, nos termos da Súmula TST nº 172, o próprio Tribunal esclareceu, por meio da OJ SDI-I nº 394, que a majoração do valor do RSR, em razão da integração das horas extras habitualmente prestadas, não repercute no cálculo dos valores das férias, 13º salário, aviso prévio e depósitos para o FGTS, sob pena de caracterização de bis in idem.

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c) adicional de periculosidade e insalubridade

Não incide o reflexo desses adicionais sobre o RSR, quando os mesmos forem calculados sobre a remuneração mensal do empregado.

Isto porque, nesta situação, a base de cálculo do adicional de periculosidade ou de insalubridade considerou todos os dias do mês trabalhado pelo empregado mensalista (inclusive os dias destinados ao RSR e feriados). Sendo assim, não há necessidade de fazer qualquer tipo de cálculo que vise a integração do adicional nos dias de descanso.

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6. Desconto do RSR

O RSR é devido ao empregado que cumpre seu horário de trabalho integralmente sem faltas, atrasos ou saídas injustificadas durante o expediente.

Observa-se, no entanto, que existem ausências previstas na legislação que são as chamadas “faltas legais”, as quais não prejudicam a remuneração do RSR.

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Relação de faltas justificadas:

1)até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente (pais, avós, etc.), descendente (filhos, netos, etc.), irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), vivia sob sua dependência econômica;

2)até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento;

•por 5 dias, enquanto não for fixado outro prazo em lei, como licença-paternidade;

1)por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;

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Relação de faltas justificadas:

5)até 2 dias consecutivos ou não, para fins de alistamento eleitoral, nos termos da lei respectiva;

6)no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na Lei nº 4.375/1964, art. , "c";

7)nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior;

8)durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto não criminoso e de adoção ou guarda judicial de criança, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social;

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Relação de faltas justificadas:

9)por paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do empregador, não tenha havido trabalho;

10)justificada pela empresa, assim entendida a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário;

11)durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido;

12)no período de férias;

13)pelo comparecimento para depor como testemunha, quando devidamente arrolado ou convocado;

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Relação de faltas justificadas:

14)pelo comparecimento como parte à Justiça do Trabalho;

15)no período de afastamento do serviço em razão de inquérito judicial para apuração de falta grave, julgado improcedente;

16)pelo afastamento por doença ou acidente do trabalho, nos 15 primeiros dias pagos pela empresa mediante comprovação, observada a legislação previdenciária;

•pela convocação para o serviço eleitoral;

18) por greve, desde que tenha havido acordo, convenção, laudo arbitrai ou decisão da Justiça do Trabalho que disponha sobre a manutenção dos direitos trabalhistas aos grevistas durante a paralisação das atividades;

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Relação de faltas justificadas:

19)no período de frequência em curso de aprendizagem;

20)para o(a) professor(a), por 9 dias, em consequência de casamento ou falecimento de cônjuge, pai, mãe ou filho;

•pelo comparecimento como jurado no Tribunal do Júri;

19)por licença remunerada;

23) pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro;

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Relação de faltas justificadas:

24)por atrasos decorrentes de acidentes de transportes, comprovados mediante atestado da empresa concessionária;

25)as ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atuações do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS);

26)as ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores no Conselho Curador do FGTS, decorrentes das atividades desse órgão;

27)nos períodos de afastamento do representante dos empregados quando convocado para atuar como conciliador nas Comissões de Conciliação Prévia;

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Relação de faltas justificadas:

28)as ausências ao trabalho dos que exercerem as funções de membro do Conselho Nacional do Desenvolvimento Urbano (CNDU) e dos Comitês Técnicos;

29)por dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, 6 consultas médicas e demais exames complementares durante a gravidez;

•pelo tempo que se fizer necessário quando tiver que comparecer a juízo;

28)por outros motivos previstos em acordo, convenção coletiva de trabalho ou sentença normativa do sindicato representativo da categoria profissional.

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a) Ausência por motivo de doença - Atestado médico:

Para não sofrer o desconto do RSR, o empregado que se ausentar do serviço por motivo de doença deverá apresentar atestado médico que observe a ordem preferencial estabelecida em lei (Súmula TST nº 15).

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A Lei nº 605/49 (art. 65, § 2º) estabelece a seguinte ordem:

1.médico da empresa ou do convênio;•médico do SUS ou avaliação da perícia médica da Previdência Social, quando o afastamento ultrapassar a 15 dias, e outras situações de acordo com a legislação previdenciária;•médico do Sesi ou do Sesc;1.médico a serviço de repartição federal, estadual ou municipal incumbido de assuntos de higiene ou de saúde pública;2.médico de serviço sindical;3.médico particular de livre escolha do próprio empregado no caso de ausência dos anteriores na respectiva localidade onde trabalha.

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Atenção:

Caso a empresa, por liberalidade, tenha o hábito de aceitar ou se passar a aceitar qualquer atestado médico, independentemente da ordem preferencial estabelecida em lei, não mais poderá exigir a sua observância, sob pena de infringir o disposto no art. 468 da CLT, por configurar alteração prejudicial ao empregado.

Recomenda-se que a empresa verifique a existência de alguma cláusula em documento coletivo de trabalho do sindicato que representa a categoria profissional respectiva, dispondo sobre abono de faltas ao serviço ou sobre atestados médicos.

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b) Validade do atestado médico - Requisitos:

O atestado médico apresentado pelo empregado só terá validade se observados os seguintes requisitos (Portaria MPAS nº 3.291/94):

1. tempo de dispensa concedida ao segurado, por extenso e numericamente;

2. ressalvadas as hipóteses de justa causa e exercício de dever legal, ao médico somente será permitido fazer constar, em espaço apropriado no atestado, o diagnóstico codificado, conforme o Código Internacional de Doenças (CID), se houver solicitação do paciente ou de seu representante legal, mediante expressa concordância consignada no documento;

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3. assinatura do médico ou odontólogo sobre carimbo do qual constem nome completo e registro no conselho profissional respectivo.

4. As datas de atendimento, início da dispensa e emissão do atestado não poderão ser retroativos e deverão coincidir.

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Atenção:

Desconto do DSR - Mensalista e Quinzenalista

Há grande polêmica quanto à possibilidade de o empregador descontar o RSR do empregado mensalista e quinzenalista em virtude do disposto no § 22 do art. 72 da Lei nº 605/49. Isto porque, nos termos do mencionado dispositivo, "consideram-se já remunerados os dias de repouso semanal do empregado mensalista ou quinzenalista...".

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Em decorrência disso, surgem 2 correntes de entendimento:

I. Uma que entende que os empregados mensalistas e quinzenalistas não estão sujeitos à assiduidade para fazer jus ao RSR, vez que já tem embutido em seu salário o repouso.

Ou seja, ainda que faltem injustificadamente ao trabalho, só sofrerão o desconto do valor correspondente ao dia de falta.

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II. Outra corrente entende que os requisitos para a concessão do RSR, assiduidade e pontualidade se aplicam a todos os empregados, mensalistas ou não, sob pena de ferir o princípio da igualdade.

Para os defensores dessa corrente, o empregado sofre o desconto do valor correspondente ao dia de falta mais o RSR.

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Desconto do DSR - Horista, diarista e semanalista

O empregado horista, diarista e semanalista só terá direito ao repouso semanal, desde que trabalhe durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o horário de trabalho.