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31º CONGRESSO DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO Curso: Regionalização, Redes e Regulação A Regulação Assistencial : o funcionamento dos Complexos reguladores articulados com a rede de serviços Março/2017

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31º CONGRESSO DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO

Curso: Regionalização, Redes e Regulação

A Regulação Assistencial : o funcionamento dos Complexos reguladores articulados com

a rede de serviços

Março/2017

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DIMENSÕES DA REGULAÇÃO EM SAÚDE

SISTEMAS ATENÇÃO ACESSO

REGULAMENTAÇÃOCADASTRO DE

ESTEBELECIMENTOS DE SAÚDE

REGULAÇÃO AMBULATORIAL

PLANEJAMENTO E FINANCIAMENTO

CADASTRO DE USUÁRIOSREGULAÇÃOHOSPITALAR

VIGILÂNCIA EM SAÚDE CONTRATAÇÃOREGULAÇÃO DAS

URGÊNCIAS

OUVIDORIAPROGRAMAÇÃO DAS

AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE

PROTOCOLOS DE REGULAÇÃO

INCORPORAÇÃOTECNOLÓGICA

GESTÃO DA INFORMAÇÃO

GESTÃO DO ACESSO

CONTROLE INTERNO: CONTROLE, AVALIAÇÃO E AUDITORIACONTROLE EXTERNO: ÓRGÃOS ESTATAIS DE CONTROLE

CONTROLE SOCIAL: CONSELHOS DE SAÚDE

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REGULAÇÃO DO ACESSO À ASSISTÊNCIA

• Objeto: Gerenciamento e priorização do acesso efluxos assistenciais

• Sujeito : Usuário

• Objetivo : Disponibilização da alternativaassistencial mais adequada à necessidade docidadão por meio de atendimentos às urgências,consultas, leitos, apoio diagnóstico, terapias.

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Objetivos do Complexo Regulador

• Identificar a alternativa assistencial mais adequada à necessidade do

cidadão, fundamentada em protocolos técnicos e baseadas na

pactuação de referências;

• Registrar e dar resposta a todas as solicitações

• Exercer a autoridade sanitária;

• Referenciar demandas às esferas superiores quando os recursos

pactuados no território forem insuficientes

• Disponibilizar relatórios e/ou informações para gestão

• Atualizar as informações a partir dos bancos de dados do SUS;

• Disponibilizar informações para o planejamento;

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Ações do Complexo Regulador

• Regulação médica da atenção pré-hospitalar e

hospitalar às urgências;

• Controle dos leitos disponíveis e das agendas

de consultas e procedimentos especializados;

• Uso de protocolos assistenciais;

• Utilização das referências e fluxos pactuados .

• Subsidiar ações de planejamento

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REGULAÇÃO AMBULATORIAL

Organizada a partir da atenção básica, articuladas com outros pontos deatenção da RAS e com a Central de Regulação Ambulatorial (CRA),considerando o disposto na PNAB e os espaços de governança de cadaprocesso.

A atenção especializada efetivará ações de regulação articuladas com outrospontos de atenção da RAS e com a Central de Regulação Ambulatorial (CRA),considerando as pactuações realizadas.

A CRA, na sua organização, considerará as reservas técnicas e os recursosassistenciais mais escassos e estratégicos ao gestor local. Deverá monitoraro absenteísmo, as perdas primárias, o uso das vagas pelas unidadessolicitantes ( com ou sem cotas)

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REGULAÇÃO HOSPITALAR

Organizada de forma integrada entre as unidades de saúde hospitalares, por meio dos Núcleos Internos de Regulação (NIR), e a Central de Regulação Hospitalar (CRH), considerando os espaços de governança de cada processo.

O Núcleo Interno de Regulação (NIR), na sua organização, além das competências dispostas na Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP), considerará a gestão da clínica e a reserva de leitos para as cirurgias eletivas.

A CRH, na sua organização, efetivará a regulação do acesso aos leitos priorizados e a gestão das listas de acesso para as cirurgias eletivas.

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REGULAÇÃO DAS URGÊNCIAS

Organizada de forma integrada entre as portas de U/E da RAS e a Central de Regulação das Urgências (CRU), considerando o disposto na Política Nacional de Atenção às Urgências e os espaços de governança de cada processo.

A CRU considera o atendimento pré-hospitalar de urgência, móvel e fixo, e a necessidade do cuidado imediato aos pacientes críticos, na busca do recurso adequado às necessidades do paciente.

A regulação das urgências considera a grade de referência pactuada, a disponibilidade do suporte necessário ao usuário e o monitoramento da saturação das portas de entrada de urgência.

Organizar processos de trabalho para organizar a regulação das Urgências Absolutas e Relativas

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Esfera administrativa das Centrais

• Federal ( CNRAC)

• Estadual

• Municipal

Abrangência das centrais

• Nacional, estadual, regional ou municipal

# Centras regionais e municipais devem funcionar em co-gestão

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Múltiplas regulações

• Gestão

• Profissional

• Usuário

• Poder judiciário

• Pode Legislativo

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Regulação no âmbito local – a realidade...

– Fragilidades de comunicação entre os serviços

– O usuário é o responsável por procurar o serviço para saber de seu agendamento ou encaminhamento.

– Dificuldades na contrarreferencia da especialidade para atenção básica.

– UBS fragilizada em seu papel de ordenadora do cuidado, por não ter estrutura apropriada , recursos e equipe suficiente

– Regulação “não oficiais”

– Oferta insuficiente - financiamento

– Pactuação de referencias que nem sempre são cumpridas

– encaminhamentos não contem a classificação de risco ou são mal preenchidos

– Encaminhamentos desnecessários

– Medicalização excessiva11

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O desafio da busca da integralidade do cuidado

• Articulação da AB com AE - O mito da referencia e contrarreferencia

• Feuerwerker ( 2011) – “...para superar a falência da referência e contrarreferência é preciso criar espaços de conversa para reconhecimento mútuo entre profissionais e equipes, identificação de potencialidades e possibilidades de cooperação e produção de novos pactos em relação às responsabilidades de cada parte...”

• integralidade focalizada e integralidade ampliada ( Cecílio, 2001)

• Construção de redes de atenção e o papel da regulação e da AB em sua conformação

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O papel da regulação estatal• Regulação

– dimensão macropolítica : parte de uma análise das principais demandas e do perfil de morbi-mortalidade da população;

– dimensão micropolítica : criação de espaços de diálogo com as equipes de saúde. Escuta para as necessidades singulares captadas a partir do encontro dos profissionais com os usuários

• Regulação operada nas centrais - parte de uma AB resolutiva e de uma AE responsável para poder operar com olhar sobre uma dimensão macro territorial para tomada de decisão.

• A regulação operada nos serviços de saúde - parte de um olhar do espaço da micropolítica e da singularidade dos sujeitos.

Olhares complementares e não devem se sobrepor um ao outro.

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O papel da regulação Os serviços de saúde (e não a Central de Regulação),

que, conhecendo o sujeito na sua singularidade e contexto, têm melhores condições de priorizar as situações de maior vulnerabilidade e risco.

A Central de Regulação deve funcionar como o apoio para aos serviços nos casos em que necessite de apoio.

– regulação ambulatorial.

– regulação das urgências

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Protocolos baseados em médias e medianas(evidências). E o que foge da regra?

A equipe de regulação tem que estar aberta paraescuta do que a equipe de referência encontra eesta também tem que estar aberta à escuta dousuário;

O uso de um protocolo não pode limitar o atoclínico. Ele serve para orientar a prática dosprofissionais.

Os profissionais que utilizarão os protocolos temque ser participantes ativos de sua construção;

CONSTRUÇÃO DE PROTOCOLOS

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Regulação e gestão do cuidado

• Para regulação do acesso - a necessidade de criar espaços permanentes de diálogo que não acontecem naturalmente

• Utilização de arranjos institucionais baseados em tecnologias leves : equipes de apoio, educação permanente, método da Roda, trabalham sobre os conflitos e disputas de projetos

• Necessidade de se construir sentido para os encontros e compromisso / possibilidade de cooperação entre os serviços

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Regulação e gestão do Cuidado

• Criação de “espaços intercessores” ( Merhy, 2006) entre equipes de referencia e equipes de regulação, e de apoio matricial – um intervém sobre o outro

• Na regulação, por mais importantes que sejam os sistemas de informática ou as condições estruturais da rede de serviços, é imperioso o investimento nos trabalhadores.

• As Macropolíticas dão as condições para mudanças no nível micro mas as mudanças de fato só ocorrem com incorporação de tecnologias leves

Regulação também pode ser espaço de trabalho vivo em ato ...

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Desafios para implementação da Política

• Regulação a partir dos serviços de saúde ( não somente das Centrais)

• Uso de protocolos

• O telessaúde como uma instância reguladora

• Articulação entre regulação do SUS e da saúde suplementar

• Articulação entre regulação e ouvidoria do SUS

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Desafios para implementação da Política

• Regulação do Transporte de pacientes

• Contratualização

• Processo de capacitação e educação permanente

• Gestão compartilhada

• Gestão das filas

• O dilema ético da regulação

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• Num setor em que o capital financeiro e industrial se colocamde forma tão contundente, criando necessidades de seconsumir saúde, os conceitos de saúde e doença estão empermanente disputa na sociedade.

• Processo ativo de medicalização dos desconfortos e depatologização das diferenças. Produzem-se, assim, limites àcapacidade das pessoas para o enfrentamento das adversidadese uma dependência cada vez maior aos atos médicos e àtecnologia dura.

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Desafios

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Obrigada !

Elaine M Giannottiemail : [email protected]