curso profissionalizante de mecânica - telecurso 2000.pdf

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OCurso Profissionalizante foi feito para você que está à procura de profissionalização; para você que está desempregado e precisa aprender uma profissão; para você que já estuda e quer aprender mais ou para você que é professor e quer se atualizar. E, pensando em você, nós do Telecurso, escolhemos a área de Mecânica Mecânica Mecânica Mecânica Mecânica, porque sabemos que é a que oferece mais empregos na indústria. Assim, esperamos aumentar suas oportunidades de se sair bem em sua vida profissional. Para tornar esse estudo ainda mais fácil, os conteúdos da área de Mecânica foram planejados da seguinte maneira: l Módulo Introdutório l Módulos Básicos de Tecnologia l Módulos Instrumentais O Módulo Introdutório, chamado de O universo da mecânica O universo da mecânica O universo da mecânica O universo da mecânica O universo da mecânica vai apresen- tar as possibilidades de exploração do universo que representa a área da Mecânica na produção industrial. Os Módulos Básicos de Tecnologia contêm os temas que se referem às informações necessárias ao desenvolvimento dos conhecimentos básicos relaci- onados à formação do profissional da área de Mecânica, ou seja: l Processos de Fabricação l Materiais, Ensaios dos Materiais l Elementos de Máquinas l Tratamento Térmico l Tratamento de Superfícies Os Módulos Instrumentais contêm temas que servem de suporte ao conhe- cimento tecnológico apresentado nos Módulos Básicos. Eles são: l Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico l Cálculo Técnico l Normalização l Metrologia l Manutenção l Automatização/Automação Curso Profissionalizante Mecânica

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  • O Curso Profissionalizante foi feito para vocque est procura de profissionalizao; para voc que est desempregado eprecisa aprender uma profisso; para voc que j estuda e quer aprender maisou para voc que professor e quer se atualizar.

    E, pensando em voc, ns do Telecurso, escolhemos a rea de MecnicaMecnicaMecnicaMecnicaMecnica,porque sabemos que a que oferece mais empregos na indstria. Assim,esperamos aumentar suas oportunidades de se sair bem em sua vida profissional.

    Para tornar esse estudo ainda mais fcil, os contedos da rea de Mecnicaforam planejados da seguinte maneira:

    l Mdulo Introdutriol Mdulos Bsicos de Tecnologial Mdulos Instrumentais

    O Mdulo Introdutrio, chamado de O universo da mecnicaO universo da mecnicaO universo da mecnicaO universo da mecnicaO universo da mecnica vai apresen-tar as possibilidades de explorao do universo que representa a rea daMecnica na produo industrial.

    Os Mdulos Bsicos de Tecnologia contm os temas que se referem sinformaes necessrias ao desenvolvimento dos conhecimentos bsicos relaci-onados formao do profissional da rea de Mecnica, ou seja:

    l Processos de Fabricaol Materiais, Ensaios dos Materiaisl Elementos de Mquinasl Tratamento Trmicol Tratamento de Superfcies

    Os Mdulos Instrumentais contm temas que servem de suporte ao conhe-cimento tecnolgico apresentado nos Mdulos Bsicos. Eles so:

    lLeitura e Interpretao de Desenho Tcnico MecnicolClculo TcnicolNormalizaolMetrologialManutenolAutomatizao/Automao

    Curso ProfissionalizanteMecnica

  • Alm desses temas, foram destacados outros quatro, complementares,importantes para a formao de atitudes positivas dentro do ambiente detrabalho e que so:

    l Higiene e Segurana do Trabalhol Qualidade Ambientall Organizao do Trabalhol Qualidade

    Esses quatro ltimos temas, alm de terem sido desenvolvidos em aulasespecficas, estaro presentes, sempre que necessrio, nas aulas de todos osmdulos.

    Os mdulos so independentes entre si e podem ser estudados sozinhos ouna seqncia que voc achar mais interessante.

    O curso profissionalizante de Mecnica um programa que apresentaessencialmente conhecimentos tericos. Esses conhecimentos, entretanto, noaparecem isolados dentro da programao. Ao contrrio, cada tema apresenta-do e discutido no decorrer das aulas estar ligado intimamente s experinciasque a prtica profissional pode aconselhar. Em outras palavras: usa-se a prticapara ilustrar a teoria.

    O bom de tudo isso que voc mesmo vai administrar o seu aproveitamentoe o seu progresso.

    Quando voc sentir que aprendeu o suficiente para obter um certificado, emum mdulo estudado, poder prestar um exame no SENAI. Se for aprovado,receber o certificado.

    COMISSO DE PLANEJAMENTO E ELABORAOCOMISSO DE PLANEJAMENTO E ELABORAOCOMISSO DE PLANEJAMENTO E ELABORAOCOMISSO DE PLANEJAMENTO E ELABORAOCOMISSO DE PLANEJAMENTO E ELABORAOArlette A. de Paula Guibert (Coordenao geral)Paulo Antonio Gomes (Coordenao executiva)Adilson Tabain Kole (Coordenao pedaggica)Antonio ScaramboniBranca Manasss PenteadoCarlos Alberto GasparClia Regina TalaveraCelio TorrecilhaCelso Di PolitoCiro Yoshisada MineiJoel FerreiraNivia GordoRegina Clia Roland NovaesRegina Maria SilvaSrgio Nobre Franco

    ILUSTRAES TCNICAS E DIGITAOILUSTRAES TCNICAS E DIGITAOILUSTRAES TCNICAS E DIGITAOILUSTRAES TCNICAS E DIGITAOILUSTRAES TCNICAS E DIGITAOLuiz Thomazi Filho (coordenao), Gilvan Lima da Silva, Izael Galvani, JosJoaquim Pecegueiro, Jos Luciano de Souza Filho, Marcos Antonio Oldigueri,Maria Vernica Rodrigues de Oliveira, Ricardo Gilius Ferreira.

  • A U L A

    1

    Usando unidadesde medida

    Q uando algum vai loja de autopeaspara comprar alguma pea de reposio, tudo que precisa dizer o nome dapea, a marca do carro, o modelo e o ano de fabricao. Com essas informa-es, o vendedor capaz de fornecer exatamente o que a pessoa deseja empoucos minutos.

    Isso acontece devido normalizao, isto , por causa de um conjunto denormas estabelecidas de comum acordo entre fabricantes e consumidores. Essasnormas simplificam o processo de produo e garantem um produto confivel,que atende s necessidades do consumidor.

    Um dos dados mais importantes para a normalizao exatamente aunidade de medidaunidade de medidaunidade de medidaunidade de medidaunidade de medida. Graas a ela, voc tem certeza de que o parafuso quebradoque prendia a roda de seu carro poder ser facilmente substitudo, uma vez que fabricado com unidades de medida tambm padronizadas.

    Na Mecnica, o conhecimento das unidades de medida fundamental paraa realizao de qualquer tarefa especfica nessa rea.

    Por exemplo, vamos fazer de conta que voc um torneiro e recebeu odesenho de uma pea para fabricar. No desenho, voc nota que no est escritaa unidade de medida usada pelo desenhista. Voc sabe por qu? No? Entoestude esta lio, porque nela daremos a resposta a essa e a outras perguntas quetalvez voc tenha sobre este assunto.

    O milmetro

    Em Matemtica, voc j aprendeu que, para medir as coisas de modo que todosentendam, necessrio adotar um padro, ou seja, uma unidade de medidauma unidade de medidauma unidade de medidauma unidade de medidauma unidade de medida.

    Em Mecnica, a unidade de medida mais comum o milmetromilmetromilmetromilmetromilmetro, , , , , cuja abrevi-ao m mm mm mm mm m. Ela to comum que, em geral, nos desenhos tcnicos, essa abreviao(mm) nem aparece.

    O milmetro a milsima parte do metro, ou seja, igual a uma parte do metroque foi dividido em 1.000 partes iguais.Provavelmente, voc deve estar pensando:Puxa! Que medida pequenininha! Imagine dividir o metro em 1.000 partes!.

    Pois, na Mecnica, essa unidade de medida ainda considerada enorme,quando se pensa no encaixe de precisoencaixe de precisoencaixe de precisoencaixe de precisoencaixe de preciso, como no caso de rolamentos, buchas,eixos. E essa unidade maior ainda para instrumentos de medio, comocalibradores ou blocos-padro.

    1A U L A

    O problema

    Nossa aula

  • A U L A

    1Assim, a Mecnica emprega medidas ainda menores que o milmetro, como

    mostra a tabela a seguir.

    SUBMLTIPLOSSUBMLTIPLOSSUBMLTIPLOSSUBMLTIPLOSSUBMLTIPLOS D OD OD OD OD O REPRESENTAOREPRESENTAOREPRESENTAOREPRESENTAOREPRESENTAO CORRESPONDNCIACORRESPONDNCIACORRESPONDNCIACORRESPONDNCIACORRESPONDNCIAMILMETROMILMETROMILMETROMILMETROMILMETRO

    Dcimo de milmetro 0,1 mm 110

    Centsimo de milmetro 0,01 mm 1100

    Milsimo de milmetro 0,001mm (1mm) 11000

    Na prtica, o milsimo de milmetro tambm representado pela letragrega m (l-se mi). Assim, o milsimo de milmetro pode tambm ser chamadode micrometromicrometromicrometromicrometromicrometro ou, simplesmente, de mcronmcronmcronmcronmcron (0,001 mm = 1 mm = 1m).

    bom estudar os assuntos passo a passo, para no perder nenhumainformao. Por isso, vamos propor um exerccio bem fcil, para voc fixar asinformaes que acabamos de lhe dar.

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Identifique as medidas, escrevendo 1, 2, 3 ou 4 nos parnteses.( 1 ) milmetros ( )0,5 mm( 2 ) dcimos de milmetro ( )0,008 mm( 3 ) centsimos de milmetro ( )3 mm( 4 ) milsimos de milmetro ( )0,04 mm

    ( )0,6 mm( )0,003 mm

    A polegada

    A polegada outra unidade de medida muito utilizada em Mecnica,principalmente nos conjuntos mecnicos fabricados em pases como os EstadosUnidos e a Inglaterra.

    Embora a unificao dos mercados econmicos da Europa, da Amrica e dasia tenha obrigado os pases a adotarem como norma o Sistema MtricoDecimal, essa adaptao est sendo feita por etapas. Um exemplo disso so asmquinas de comando numrico computadorizado, ou CNC - Computer NumericalControl, que vm sendo fabricadas com os dois sistemas de medida. Isso permiteque o operador escolha o sistema que seja compatvel com aquele utilizado emsua empresa.

    Por essa razo, mesmo que o sistema adotado no Brasil seja o sistema mtricodecimal, necessrio conhecer a polegada e aprender a fazer as converses parao nosso sistema.

    A polegada, que pode ser fracionria ou decimal, uma unidade de medidaque corresponde a 25,4 mm.

    Tente voctambm

  • A U L A

    1

    Observe que, na rgua de baixo, os nmeros aparecem acompanhados deum sinal (). Esse sinal indica a representao de uma medida em polegada ouem frao de polegada.

    Da mesma forma que o milmetro uma unidade de medida muito grandepara a Mecnica e, por isso, foi dividido em submltiplos, a polegada tambmfoi dividida. Ela tem subdivises que podem ser usadas nas medidas de peas depreciso.

    Assim, a polegada foi dividida em 2, 4, 8, 16, 32, 64 e 128 partes iguais. Nasescalas graduadas em polegada, normalmente a menor diviso corresponde a1/16". Essas subdivises so chamadas de polegadas fracionriaspolegadas fracionriaspolegadas fracionriaspolegadas fracionriaspolegadas fracionrias.....

    D mais uma olhada na figura acima. Voc deve ter percebido que a es-cala apresenta as fraes 1/8", 1/4", 3/8"... e assim por diante. Observe que osnumeradores das fraes so sempre nmeros mpares. Como se chegou aessas fraes?

    Para obter essa resposta, vamos representar uma escala de uma polegada decomprimento e verificar como as subdivises foram feitas:

    Voc que estudou fraes em Matemtica j sabe que algumas das que estona escala mostrada acima podem ser simplificadas. Por exemplo:

    Esse procedimento realizado at obtermos a frao final da escala. Osresultados dos exemplos acima mostram as subdivises mais comuns dapolegada fracionria.

    2 216 2

    =

    18

    "

    8 816 8

    =

    12

    "

  • A U L A

    1Para medidas menores, o procedimento ser o mesmo. As subdivises so

    obtidas a partir da diviso de 1/16", e seus valores em ordem crescente sero:

    A representao da polegada em forma decimal to usada na Mecnicaquanto a fracionria. Ela aparece em desenhos, aparelhos de medio, como opaqumetro e o micrmetro, e permite medidas menores do que a menor medidada polegada fracionria, que 1/128".

    Uma polegada decimalpolegada decimalpolegada decimalpolegada decimalpolegada decimal equivale a uma polegada fracionria, ou seja,25,4 mm. A diferena entre as duas est em suas subdivises: em vez de sersubdividida em fraes ordinrias, a polegada decimal dividida em partesiguais por 10, 100, 1.000 etc.

    A diviso mais comum por 1.000. Assim, temos, por exemplo:1/2" correspondente a 0,5" (ou 5 dcimos de polegada)1/4" correspondente a 0,25" (ou 25 centsimos de polegada)1/8" correspondente a 0,125" (ou 125 milsimos de polegada)

    Transformao de unidades de medida

    Voc deve estar pensando que entender o que o milmetro e suas subdivi-ses, bem como o que a polegada e como ela est dividida, no muito difcil.Provavelmente o que voc deve estar se perguntando agora : E se eu tiver umamedida em polegadas e precisar saber quanto isso vale em milmetros e vice-versa?.

    Esse clculo necessrio, por exemplo, quando um operador recebe mate-riais cujas dimenses esto em polegadas e precisa construir uma pea oudispositivo cujo desenho apresenta as medidas em milmetros ou fraes demilmetros, o que bastante comum na indstria mecnica.

    Transformando polegadas em milmetrosTransformando polegadas em milmetrosTransformando polegadas em milmetrosTransformando polegadas em milmetrosTransformando polegadas em milmetros

    Vamos comear pelo mais fcil, ento. Para transformar uma medida dadaem polegadas para milmetros, basta apenas multiplicar a frao por 25,4 mm.Veja como isso fcil nos exemplos a seguir.

    a)a)a)a)a) Voc tem em casa uma furadeira e um conjunto de brocas medidas emmilmetros. Para instalar a secadora de roupas de sua me, necessrio fazerum furo na parede de 5/16". Qual a medida da broca que voc precisa parafazer o furo?

    516

    "

    25, 4 ou 5 25, 4

    16=

    12716

    = 7,937 mm

    1128

    ";

    164

    ";

    3128

    ";

    132

    ";

    5128

    ";

    364

    ";

    7128

    ";

    116

    ";

    1281 "

    641 "

    1283 "

    321 "

    1285 "

    643 "

    1287 "

    161 "

  • A U L A

    1Portanto, 5/16" corresponde a 7,937 mm. Como o seu conjunto de brocas

    certamente no possui uma broca com essa medida, voc dever usar aquela cujamedida mais se aproxime desse resultado, ou seja, 8 mm.

    b)b)b)b)b) Voc recebeu um material cilndrico com dimetro de 3/8" e precisa torne-lo de modo que fique medindo 8 mm de dimetro. Quantos milmetrosdevero ser desbastados?

    38

    " 25, 4

    ou 3 25, 4

    8=

    76, 28

    = 9,525 mm

    Logo, 3/8" = 9,525 mm

    Como o dimetro pedido 8 mm, necessrio fazer a subtrao para saberquanto do material dever ser desbastado.

    9,525 - 8 = 1,525 mm

    Portanto, voc dever desbastar 1,525 mm no dimetro.

    Para ver se voc entendeu o que acabamos de explicar, faa os clculospropostos no exerccio seguinte.

    Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Na gaveta do ajustador mecnico existem chaves de boca, limas e brocas commedidas em polegadas. Transforme as medidas em polegas para milmetros:

    Chaves de boca deChaves de boca deChaves de boca deChaves de boca deChaves de boca de

    a)a)a)a)a) 12

    "

    Soluo: 12

    "

    25,4 = 25,42

    =

    b)b)b)b)b) 716

    "

    Soluo: 716

    " 25, 4 =

    c)c)c)c)c) 34

    "

    Soluo: 34

    "

    d)d)d)d)d) 78

    "

    Soluo:

    Tente voctambm

  • A U L A

    1Limas de 8", 10" e 12"Limas de 8", 10" e 12"Limas de 8", 10" e 12"Limas de 8", 10" e 12"Limas de 8", 10" e 12"

    a)a)a)a)a) 8" x 25,4 =b)b)b)b)b) 10" xc)c)c)c)c) 12"

    Brocas de Brocas de Brocas de Brocas de Brocas de 116

    ",18

    ",14

    "

    a)a)a)a)a) 116

    "

    b)b)b)b)b) 18

    "

    c)c)c)c)c) 14

    "

    Transformando milmetros em polegadasTransformando milmetros em polegadasTransformando milmetros em polegadasTransformando milmetros em polegadasTransformando milmetros em polegadas

    Para transformar uma medida em milmetros para polegadas, voc vaiprecisar aplicar mais alguns de seus conhecimentos de operaes aritmticas esimplificao de fraes.

    Esse processo de transformao de medidas tem os seguintes passos:

    1.1.1.1.1. Multiplique o valor em milmetros por 128.2.2.2.2.2. Divida o resultado por 25,4.3.3.3.3.3. Monte a frao de modo que o resultado dessa diviso corresponda ao

    numerador da frao da polegada. O denominador sempresempresempresempresempre 128.4.4.4.4.4. Simplifique a frao resultante.

    Parece difcil? Vamos a um exemplo, transformando 12,7mm em pole-gada fracionria.

    1.1.1.1.1. Multiplicao de 12,7 por 128.12,7 x 128 = 1.625,6

    2.2.2.2.2. Diviso do resultado por 25,4.1.625,6 25,4 = 64

    3.3.3.3.3. Montagem de frao.

    Numerador da frao: 64Denominador: 128

    A frao resultante :64

    128

    4. 4. 4. 4. 4. Simplificao da frao.

    64 2128 2

    =

    32 264 2

    =

    16 232 2

    =

    8 216 2

    =

    4 28 2

    =

    2 24 2

    =

    12

    "

    Portanto, 12,7 mm = 1/2".

  • A U L A

    1Tente voc

    tambmReforce o que voc aprendeu no exerccio a seguir.

    Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3No almoxarifado de uma empresa mecnica existem os seguintes materiais:a)a)a)a)a) barra de ao quadrada de 19,05mm de lado;b)b)b)b)b) barra de ao redonda de 5,159mm de dimetro;c)c)c)c)c) chapa de alumnio de 1,588mm de espessura;d)d)d)d)d) chapa de ao de 24,606mm de espessura.

    Converta essas medidas para polegada fracionria.

    a)a)a)a)a) Soluo: 19,05 128 = ..............................

    25,4 = ..............................

    128=

    b)b)b)b)b) Soluo: 5,159 c)c)c)c)c) Soluo: 1,588d)d)d)d)d) Soluo: 24,606

    Transformando polegada fracionria em decimalTransformando polegada fracionria em decimalTransformando polegada fracionria em decimalTransformando polegada fracionria em decimalTransformando polegada fracionria em decimal

    Vamos supor agora que o desenho que voc recebeu tem as medidas empolegadas fracionrias e o seu instrumento de medida est em polegada decimal.Nesse caso, voc vai ter de fazer a converso das medidas. Para isso, basta apenasdividir o numerador da frao por seu denominador.

    Como exemplo, vamos converter 3/4" para polegada decimal. Efetuando-se a diviso 3

    4 = 0,75. Esse resultado corresponde a 0,750".

    Faa os clculos a seguir para reforar seu aprendizado.

    Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Converta as seguintes medidas para polegada decimal.

    a)a)a)a)a) 116

    "

    Soluo: 1 16 =

    b)b)b)b)b) 1332

    "

    c)c)c)c)c) 12

    "

    d)d)d)d)d) 18

    "

    e)e)e)e)e) 1532

    "

    Tente voctambm

  • A U L A

    1

    Teste o quevoc aprendeu

    Transformando polegada decimal em fracionriaTransformando polegada decimal em fracionriaTransformando polegada decimal em fracionriaTransformando polegada decimal em fracionriaTransformando polegada decimal em fracionria

    Para converter polegada decimal em fracionria, basta transformar a pole-gada decimal em uma frao na qual o numerador o valor que voc querconverter, multiplicado por 10, 100, 1.000 etc.

    O denominador o nmero que voc usou na multiplicao (10, 100, 1.000etc.), dependendo do nmero decimal a ser convertido. Aps a montagem dafrao, procede-se sua simplificao.

    Por exemplo, se voc quiser converter 0,5" (cinco dcimosdcimosdcimosdcimosdcimos de polegada) empolegada fracionria, voc ter:

    0,5 1010

    =

    510

    Simplificando, voc ter:5 5

    10 5=

    12

    "

    Se voc tivesse 0,625" (seiscentos e vinte e cinco

    milsimosmilsimosmilsimosmilsimosmilsimos de polegada), suafrao seria:

    0,625 10001000

    =

    6251000

    Simplificando a frao, voc tem 58

    "

    .

    Faa o exerccio a seguir.

    Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Converta as seguintes medidas para polegada fracionria:

    a)a)a)a)a) 0,0625"Soluo: 0,0625''

    1000010000

    =

    Simplificando:b)b)b)b)b) 0,125"

    Soluo: 0,125'' Simplificando:

    c)c)c)c)c) 0,40625"d)d)d)d)d) 0,500"e)e)e)e)e) 0,9375"

    Agora que voc j estudou as unidades de medida mais utilizadas na rea daMecnica e as possibilidades de transformao que elas oferecem, vamos fazermais alguns exerccios para que voc fique ainda mais por dentro do assunto.

    Lembre-se de que essas unidades de medida geralmente apresentam nme-ros decimais, ou seja, com vrgula. Voc no pode esquecer que, quando sorealizados clculos com esse tipo de nmero, muito cuidado deve ser tomadocom relao posio da vrgula.

    Releia toda a lio e faa os exerccios a seguir. So problemas comuns do dia-a-dia de uma empresa mecnica. As respostas de todos eles esto no final dolivro. Corrija voc mesmo os exerccios e, aps fazer uma reviso na lio, refaaaqueles que voc errou.

    Tente voctambm

  • A U L A

    1Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6

    O inspetor de qualidade precisava calcular o comprimento da pea abaixo.Qual foi o resultado que ele obteve?

    Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Qual o dimetro externo xxxxx da arruela desta figura?

    Exerccio 8Exerccio 8Exerccio 8Exerccio 8Exerccio 8Qual a medida da cota D no desenho abaixo?

  • A U L A

    1Exerccio 9Exerccio 9Exerccio 9Exerccio 9Exerccio 9

    Determine a cota x x x x x do seguinte desenho.

    Exerccio 10Exerccio 10Exerccio 10Exerccio 10Exerccio 10Determine a distncia A no desenho a seguir.

    Exerccio 11Exerccio 11Exerccio 11Exerccio 11Exerccio 11Determine o nmero de peas que pode ser obtido de uma chapa de 3 mde comprimento, sendo que cada pea deve ter 30 mm de comprimento eque a distncia entre as peas deve ser de 2,5 mm.

  • A U L A

    1Exerccio 12Exerccio 12Exerccio 12Exerccio 12Exerccio 12

    Um mecnico precisava medir a distncia xxxxx entre os centros dos furos dapea representada abaixo. Qual foi a medida obtida?

    Exerccio 13Exerccio 13Exerccio 13Exerccio 13Exerccio 13Converta para polegadas decimais os valores em polegadas fracionriasdados a seguir.a)a)a)a)a) 5/16"b)b)b)b)b) 3/8"c)c)c)c)c) 3/4"

    Exerccio 14Exerccio 14Exerccio 14Exerccio 14Exerccio 14Converta para polegadas fracionrias os valores de polegadas decimaisdados a seguir.a)a)a)a)a) 0,125"b)b)b)b)b) 0,875"c)c)c)c)c) 0,250"

  • Alm desses temas, foram destacados outros quatro, complementares,importantes para a formao de atitudes positivas dentro do ambiente detrabalho e que so:

    l Higiene e Segurana do Trabalhol Qualidade Ambientall Organizao do Trabalhol Qualidade

    Esses quatro ltimos temas, alm de terem sido desenvolvidos em aulasespecficas, estaro presentes, sempre que necessrio, nas aulas de todos osmdulos.

    Os mdulos so independentes entre si e podem ser estudados sozinhos ouna seqncia que voc achar mais interessante.

    O curso profissionalizante de Mecnica um programa que apresentaessencialmente conhecimentos tericos. Esses conhecimentos, entretanto, noaparecem isolados dentro da programao. Ao contrrio, cada tema apresenta-do e discutido no decorrer das aulas estar ligado intimamente s experinciasque a prtica profissional pode aconselhar. Em outras palavras: usa-se a prticapara ilustrar a teoria.

    O bom de tudo isso que voc mesmo vai administrar seu aproveitamentoe seu progresso.

    Quando voc sentir que aprendeu o suficiente para obter um certificado, emum mdulo estudado, poder prestar um exame no SENAI. Se for aprovado,receber o certificado.

    COMISSO DE PLANEJAMENTO E ELABORAOCOMISSO DE PLANEJAMENTO E ELABORAOCOMISSO DE PLANEJAMENTO E ELABORAOCOMISSO DE PLANEJAMENTO E ELABORAOCOMISSO DE PLANEJAMENTO E ELABORAOArlette A. de Paula Guibert (Coordenao geral)Paulo Antonio Gomes (Coordenao executiva)Adilson Tabain Kole (Coordenao pedaggica)Antonio ScaramboniCarlos Alberto GasparClia Regina TalaveraCelso Di PolitoJoel FerreiraNivia GordoRegina Clia Roland NovaesRegina Maria SilvaSrgio Nobre Franco

    ILUSTRAES TCNICAS E DIGITAOILUSTRAES TCNICAS E DIGITAOILUSTRAES TCNICAS E DIGITAOILUSTRAES TCNICAS E DIGITAOILUSTRAES TCNICAS E DIGITAOClia Amorim Pery, Gilvan Lima da Silva, Izael Galvani, Jos Joaquim Pecegueiro,Jos Luciano de Souza Filho, Lcia Cukauskas, Madalena Ferreira da Silva,Marcos Antonio Oldigueri, Maria Fernanda F. Tedeschi, Maria VernicaRodrigues de Oliveira, Ricardo Gilius Ferreira, Roberto Rodrigues, Solange A.de Arajo Buso, Teresa Cristina M. Azevedo

  • O mdulo Clculo TcnicoClculo TcnicoClculo TcnicoClculo TcnicoClculo Tcnico faz parte doconjunto de Mdulos InstrumentaisMdulos InstrumentaisMdulos InstrumentaisMdulos InstrumentaisMdulos Instrumentais. Ele foi preparado para que voc estude osprincipais clculos que um profissional da rea de Mecnica tem de fazer no dia-a-dia de sua profisso.

    As lies que preparamos tm elementos que vo ajudar e facilitar seuestudo. Elas esto organizadas em pequenos blocos de informaes seguidos deexerccios, escritos de uma forma bem clara, explicando tudo passo a passo. Osblocos esto divididos da seguinte forma: O ProblemaO ProblemaO ProblemaO ProblemaO Problema, Nossa AulaNossa AulaNossa AulaNossa AulaNossa Aula e ExercciosExercciosExercciosExercciosExerccios.

    O bloco chamado O Problema O Problema O Problema O Problema O Problema a apresentao da lio e sempre tem umasituao-problema comum na rea da Mecnica e que s pode ser resolvida pormeio do clculo que ser ensinado.

    No bloco Nossa AulaNossa AulaNossa AulaNossa AulaNossa Aula, o contedo da lio apresentado em pequenaspartes. Isso ajuda a ir aprendendo um pouco de cada vez. E a cada pedacinho,voc vai fazendo exerccios reunidos nos blocos Tente voc tambm Tente voc tambm Tente voc tambm Tente voc tambm Tente voc tambm e Teste Teste Teste Teste Testeo que voc aprendeuo que voc aprendeuo que voc aprendeuo que voc aprendeuo que voc aprendeu.

    Alm disso, as explicaes so acompanhadas de DicasDicasDicasDicasDicas e informaesimportantes sobre coisas que voc j devia saber mas, talvez, tenha esquecido.Essas informaes aparecem com o ttulo de Recordar AprenderRecordar AprenderRecordar AprenderRecordar AprenderRecordar Aprender.

    No fim da lio, h um teste que ajuda a avaliar seu progresso. Se voc errar, no tem importncia. Volta para a lio, estuda de novo e tenta outra vez,at que no sobre nenhuma dvida. E, no fim do livro, voc encontra tabelas paraconsultar e todas os GabaritosGabaritosGabaritosGabaritosGabaritos dos exerccios das lies.

    Para ter o mximo aproveitamento possvel em seu estudo, depois deassistir ao programa na televiso, separe um caderno, um lpis, uma borrachae uma calculadora, se voc tiver. Folheie a lio do livro para conhecer previa-mente os ttulos, as informaes em destaque, as ilustraes. Leia a lio comcuidado. Tome notas e passe um trao embaixo das informaes que voc acharimportantes. Estude as anotaes que voc fez. Se necessrio, leia a lio de novo.

    Quando chegar aos exerccios, no comece a faz-los imediatamente, pormais fceis que paream. Leia as instrues, tendo certeza de que compreendeumuito bem todas elas. S ento comece os exerccios. Voc mesmo vai avaliar seudesempenho para descobrir se pode ir em frente. No uma coisa diferente detudo o que voc j viu?

    Finalmente, use sua experincia de vida para ajudar a integrar os novosconhecimentos ao que voc j tem.

    E, pode crer, voc sabe muito mais do que pensa saber!

    AUTORIAAUTORIAAUTORIAAUTORIAAUTORIAAntonio ScaramboniRegina Clia Roland Novaes

    Clculo Tcnico

  • A U L A

    2

    Calculando adilatao trmica

    Existem muitas empresas que fabricam e mon-tam conjuntos mecnicos. Nessa atividade, muitas vezes necessrio fazerencaixes com ajuste forado, ou seja, encaixes em que a medida do furo menordo que a medida do eixo, como em sistemas de transmisso de movimento.

    Vamos supor que voc trabalhe em uma empresa como essa e que sua tarefaseja montar conjuntos com esse tipo de ajuste. Como possvel conseguir umencaixe forado sem que as peas componentes do conjunto sejam danificadas?

    Este o problema que teremos de resolver nesta aula.

    Dilatao trmica

    O encaixe forado no nenhum milagre. Ele apenas o resultado daaplicao de conhecimentos de dilatao trmica.

    Dilatao trmica a mudana de dimenso, isto , de tamanho, que todosos materiais apresentam quando submetidos ao aumento da temperatura.

    Por causa dela, as grandes estruturas de concreto, como prdios, pontes eviadutos, so construdas com pequenos vos, ou folgas, entre as lages, para queelas possam se acomodar nos dias de muito calor.

    Por que isso acontece? Porque, com o aumento da temperatura, os tomosque formam a estrutura dos materiais comeam a se agitar mais e, por isso,ocupam mais espao fsico.

    2A U L A

    O problema

    Nossa aula

  • A U L A

    2A dilatao trmica ocorre sempre em trs dimenses: na direo do compri-

    mento, da largura e da altura.

    Quando a dilatao se refere a essas trs dimenses, ao mesmo tempo, ela chamada de dilatao volumtricavolumtricavolumtricavolumtricavolumtrica. Se apenas duas dimenses so considera-das, a dilatao superficialsuperficialsuperficialsuperficialsuperficial. Quando apenas uma das dimenses considerada,ela chamada de linearlinearlinearlinearlinear.

    Esta variao de tamanho que os materiais apresentam quando aquecidosdepende de uma constante caracterstica de cada material. Essa constante conhecida por coeficiente de dilatao trmica, representada pela letra grega a.E um dado que se obtm na tabela a seguir.

    TABELATABELATABELATABELATABELA D ED ED ED ED E COEFICIENTESCOEFICIENTESCOEFICIENTESCOEFICIENTESCOEFICIENTES D ED ED ED ED E DILATAODILATAODILATAODILATAODILATAO TRMICATRMICATRMICATRMICATRMICA PO RP O RP O RP O RP O R CCCCC

    MATERIALMATERIALMATERIALMATERIALMATERIAL COEFICIENTECOEFICIENTECOEFICIENTECOEFICIENTECOEFICIENTE D ED ED ED ED E DILATAODILATAODILATAODILATAODILATAO LINEARLINEARLINEARLINEARLINEAR

    Ao 0,000 012Alumnio 0,000 024Antimnio 0,000 011Chumbo 0,000 029Cobre 0,000 017Ferro fundido 0,000 010 5Grafite 0,000 007 8Ouro 0,000 014Porcelana 0,000 004 5Vidro 0,000 000 5

    Mas voc deve estar se perguntando: Onde o encaixe forado entra nisso? muito simples: vamos usar o fato de que os materiais em geral, e o ao em

    particular, mudam de dimenses quando aquecidos, para realizar o ajusteforado. Para isso, voc aquece a pea fmea, ou seja, a que possui o furo (porexemplo, uma coroa), que se dilatar. Enquanto a pea ainda est quente, vocmonta a coroa no eixo. Quando a coroa esfriar, o ajuste forado estar pronto.

    O que voc vai ter de saber, para fazer isso corretamente, qual atemperatura adequada para obter a dilatao necessria para a montagemdo conjunto.

    Clculo de dilatao trmica

    Para fins de clculo, voc dever considerar apenas a dilatao linear,pois o que nos interessa apenas uma medida, que, nesse caso, o dimetrodo furo.

    Para o clculo, voc precisa aplicar a frmula: DL = L = L = L = L = a Li Li Li Li Li Dttttt, em queDLLLLL o aumento do comprimento; a o coeficiente de dilatao linear; Li Li Li Li Li amedida inicial e

    Dt t t t t a variao da temperatura.

  • A U L A

    2Voltemos, ento, empresa citada no incio da aula. Vamos supor que voc

    tenha de montar o conjunto abaixo.

    Nesse conjunto, o dimetro do furo da coroa dever ser 0,05 mm menordo que o dimetro do eixo. Seu problema descobrir a quantos graus a coroadeve ser aquecida para se obter o encaixe com o aperto desejado.

    Voc j sabe que tem de aplicar a frmula DL = a Li Dt. Voc sabe tambmque o elemento que dever ser aquecido a coroa (que tem o furo). O valor obtidopara a variao de temperatura (Dt) o valor que dever ser somado tempera-tura que a coroa tinha antes de ser aquecida. Essa temperatura chamada detemperatura ambiente. Vamos supor que a temperatura ambiente seja 20 C.

    Primeiro, voc analisa as medidas do desenho. A medida disponvel odimetro do eixo. Porm, a medida que voc precisa para o clculo o dimetrodo furo da coroa. Como o dimetro do furo da coroa deve ser 0,05 mm menor doque o dimetro do eixo, a medida necessria o dimetro do eixo menos 0,05 mm,ou seja:

    Li = 50 - 0,05 = 49,95 mm

    Outro dado de que voc precisa o valor do coeficiente de dilatao para oao. Este voc encontra na tabela que j apresentamos nesta aula. Esse valor 0,000 012.

    E, por ltimo, voc tem DL, que 0,05 mm.

    Ento, voc monta a frmula: Dt = DLa Li

    Recordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprender

    Lembre-se de que, em Matemtica, uma frmula pode ser reescrita parase descobrir o valor procurado. Para isso, voc tem de isolar o elementocujo valor voc no conhece. Assim, a frmula original DL = a Li Dtpode ser reescrita:

    Dt = DLa Li

    Substituindo os elementos da frmula pelos valores, voc ter:

    Dt = 0,050,000012 49,95

    Dt = 0,050,0005994

    Dt = 83,4C

  • A U L A

    2Assim, para obter o encaixe com ajuste forado desse conjunto, voc precisa

    aquecer a coroa temperatura de 83,4C mais 20C da temperatura ambiente.Logo, a coroa dever ser aquecida a 103,4C.

    Exercitar o que estudamos essencial para o aprendizado. Leia novamentea aula, acompanhando a realizao do clculo passo a passo. Depois faa osexerccios que propomos a seguir.

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Uma pea de ao de 250 mm de comprimento em temperatura ambiente(25C) foi aquecida a 500C. Qual foi o aumento do comprimento da peaaps o aquecimento? Considere a variao de temperatura (Dt = 500 - 25).Soluo:DL=?a= 0,000012Li=250Dt=475DL=0,000012 250 475DL=

    Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Qual ser o DL, em mm, de um eixo de ao de 2 m de comprimento, se elesofrer uma variao de temperatura (Dt) de 60C?Soluo:DL= ?a= 0,000012Li=2 mDt=60CDL=

    Os exerccios a seguir tm a finalidade de desafiar voc a mostrar que realmenteaprendeu o que acabamos de lhe ensinar. Faa-os com ateno e, em caso dedvida, volte aos exemplos da lio antes de prosseguir.

    Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3A que temperatura foi aquecida uma pea de alumnio de 300 mm decomprimento e que sofreu um aumento de comprimento (DL) de 0,5 mm?Temperatura ambiente = 26C.

    Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Calcule quais sero as medidas indicadas no desenho abaixo, aps o aque-cimento (Dt = 34,5C) da pea que ser fabricada com alumnio.

    Tente voctambm

    Teste o quevoc aprendeu

  • A U L A

    3

    6

    C =

    30

    B = 50

    Vamos supor que voc seja dono de umapequena empresa mecnica e algum lhe encomende 10.000 peas defixao, que devero ser fabricadas por dobramento de chapas de ao. O seuprovvel cliente, alm de querer uma amostra do produto que voc fabrica,certamente tambm desejar saber quanto isso vai custar.

    Um dos itens do oramento que voc ter de fazer corresponde ao custo damatria-prima necessria para a fabricao das peas.

    Para obter esta resposta, voc ter de calcular o comprimento de cada peaantes de elas serem dobradas, j que voc vai trabalhar com chapas.

    Como resolver este problema?

    Peas dobradas

    Calcular o comprimento das peas antes que sejam dobradas, no umproblema to difcil de ser resolvido. Basta apenas empregar conhecimentos deMatemtica referentes ao clculo de permetro.

    Recordar aprenderPermetro a medida do contorno de uma figura geomtrica plana.

    Analise o desenho abaixo e pense em um modo de resolver o problema.

    Calculando ocomprimento de peasdobradas ou curvadas

    3A U L A

    Nossa aula

    O problema

    A C

    B

    50 6

    30

  • A U L A

    3O que voc viu na figura? Basicamente, so trs segmentos de reta (A, B, C).

    A e C so iguais e correspondem altura da pea. B, por sua vez, a base. O quepode ser feito com eles em termos de clculo?

    Voc tem duas alternativas de soluo:a) Calcular o comprimento da pea pela linha mdia da chapa.b) Multiplicar a altura (30 mm) por 2 e somar com a medida interna (50 mm).

    Vamos ver se isso d certo com a alternativa a.Essa alternativa considera a linha mdia da chapa. Voc sabe por qu? simples: se voc usar as medidas externas da pea, ela ficar maior que

    o necessrio. Da mesma forma, se voc usar as medidas internas, ela ficarmenor. Assim, pela lgica, voc deve usar a linha mdia.

    Tomando-se a linha mdia como referncia, o segmento B corresponde medida interna mais duas vezes a metade da espessura da chapa. Ento, temos:

    50 + 2 x 3 =50 + 6 = 56 mm

    Com esse valor, voc obteve o comprimento da linha mdia da base dapea. Agora, voc tem de calcular a altura dos segmentos A e C.

    Pelo desenho da figura da pgina anterior, voc viu que a altura da pea30 mm. Desse valor, temos de subtrair metade da espessura da chapa, a fim deencontrar a medida que procuramos.

    30 - 3 = 27 mm

    Com isso, obtemos as trs medidas: A = 27 mm, B = 56 mm e C = 27 mm. Ocomprimento obtido pela soma das trs medidas.

    27 + 56 + 27 = 110 mm

    Portanto, a chapa de que voc necessita deve ter 110 mm de comprimento.

    Agora vamos treinar um pouco esse tipo de clculo.

    Exerccio 1A alternativa b um mtodo prtico. Calcule o comprimento do materialnecessrio para a pea que mostramos em nossa explicao, usando essaalternativa. Voc dever obter o mesmo resultado.Soluo: 30 x 2 + 50 = ................+ 50 =

    Peas curvadas circulares

    Vamos supor agora que, em vez de peas dobradas, a sua encomenda sejapara a produo de anis de ao.

    Mais uma vez, voc ter de utilizar o permetro. preciso considerar,tambm, a maneira como os materiais se comportam ao sofrer deformaes.

    Os anis que voc tem de fabricar sero curvados a partir de perfis planos.Por isso, no possvel calcular a quantidade de material necessrio nem pelodimetro interno nem pelo dimetro externo do anel. Voc sabe por qu?

    Tente voctambm

  • A U L A

    3

    Linha neutra

    estrutura quesofreu compresso

    estrutura quesofreu alongamento

    Se voc pudesse pr um pedao de ao no microscpio, veria que ele formado de cristais arrumados de forma geomtrica.

    Quando esse tipo de material sofre qualquer deformao, como, por exem-plo, quando so curvados, esses cristais mudam de forma, alongando-se oucomprimindo-se. mais ou menos o que acontece com a palma de sua mo sevoc abri-la ou fech-la. A pele se esticar ou se contrair, dependendo domovimento que voc fizer.

    No caso de anis, por causa dessa deformao, o dimetro interno no podeser usado como referncia para o clculo, porque a pea ficar menor do queo tamanho especificado.

    Pelo mesmo motivo, o dimetro externo tambm no poder ser usado,uma vez que a pea ficar maior do que o especificado.

    O que se usa, para fins de clculo, o que chamamos de linha neutra, queno sofre deformao quando a pea curvada. A figura a seguir d a idiado que essa linha neutra.

    Mas como se determina a posio da linha neutra? , parece que teremosmais um pequeno problema aqui.

    Em grandes empresas, essa linha determinada por meio do que chama-mos, em Mecnica, de um ensaio, isto , um estudo do comportamento domaterial, realizado com o auxlio de equipamentos apropriados.

    No entanto, sua empresa muito pequena e no possui esse tipo deequipamento. O que voc poder fazer para encontrar a linha neutra domaterial e realizar a tarefa?

    A soluo fazer um clculo aproximado pelo dimetro mdio do anel.Para achar essa mdia, voc precisa apenas somar os valores do dimetroexterno e do dimetro interno do anel e dividir o resultado por 2. Vamos tentar?

    Suponha que o desenho que voc recebeu seja o seguinte.

    80

    100

    810

  • A U L A

    3Com as medidas do dimetro interno e do dimetro externo do desenho,

    voc faz a soma:100 + 80 = 180 mm

    O resultado obtido, voc divide por 2:

    180 2 = 90 mm

    O dimetro mdio , portanto, de 90 mm.Esse valor (90 mm) corresponde aproximadamente ao dimetro da circun-

    ferncia formada pela linha neutra, do qual voc precisa para calcular amatria-prima necessria. Como o comprimento do material para a fabricaodo anel corresponde mais ou menos ao permetro da circunferncia formadapela linha mdia, o que voc tem de fazer agora achar o valor dessepermetro.

    Recordar aprender A frmula para calcular o permetro da circunferncia P = D . p, emque D o dimetro da circunferncia e p a constante igual a 3,14.

    P = 90 x 3,14P = 282,6 mm

    Como voc pde observar no desenho, para a realizao do trabalho, terde usar uma chapa com 10 mm de espessura. Por causa da deformao queocorrer no material quando ele for curvado, muito provavelmente havernecessidade de correo na medida obtida (282,6 mm).

    Nesses casos, a tendncia que o anel fique maior que o especificado. Emuma empresa pequena, o procedimento fazer amostras com a medida obtida,analisar o resultado e fazer as correes necessrias.

    Dica tecnolgicaQuando se trabalha com uma chapa de at 1 mm de espessura, no hnecessidade de correo nessa medida, porque, neste caso, a linhaneutra do material est bem prxima do dimetro mdio do anel.

    Vamos a mais um exerccio para reforar o que foi explicado

    Exerccio 2Calcule o comprimento do material necessrio para construir o anelcorrespondente ao seguinte desenho:

    Soluo: P=Dimetro mdio pDimetro mdio = 31p = 3,14P =

    Tente voctambm

    30

    mdio 31

    1

    :

  • A U L A

    3Peas curvadas semicirculares

    Voc deve estar se perguntando o que deve fazer se as peas no apresen-tarem a circunferncia completa. Por exemplo, como seria o clculo paradescobrir o comprimento do material para a pea que est no desenho a seguir?

    O primeiro passo analisar o desenho e descobrir quais os elementosgeomtricos contidos na figura. Voc deve ver nela duas semicircunfernciase dois segmentos de reta.

    Mas, se voc est tendo dificuldade para enxergar esses elementos,vamos mostr-los com o auxlio de linhas pontilhadas na figura abaixo.

    Com as linhas pontilhadas dessa nova figura, formam-se duas circunfe-rncias absolutamente iguais. Isso significa que voc pode fazer seus clculosbaseado apenas nas medidas de uma dessas circunferncias.

    Como voc tem a medida do raio dessa circunferncia, basta calcular o seupermetro e somar com o valor dos dois segmentos de reta.

    Recordar aprenderComo estamos trabalhando com a medida do raio, lembre-se de que,para o clculo do permetro, voc ter de usar a frmula P = 2 p R.

    Vamos ao clculo:P = 2 p R

    Substituindo os valores:

    P = 2 x 3,14 x 10P = 6, 28 x 10P = 62,8 mm

    R 10

    R 10

    30

    30

    30

    10

    Linha mdia

  • A U L A

    3Por enquanto, temos apenas o valor das duas semicircunferncias. Precisa-

    mos adicionar o valor dos dois segmentos de reta.

    62,8 + 30 + 30 = 122,8 mm

    Portanto, o comprimento do material necessrio para a fabricao desse elode corrente aproximadamente 122,8 mm.

    Releia essa parte da lio e faa o exerccio a seguir.

    Exerccio 3Calcule o comprimento do material necessrio para confeccionar a pea defixao em forma de U, cujo desenho mostrado a seguir.

    Soluo:Linha mdia: 6 2 =Raio: 10 + 3 =

    Permetro da semicircunferncia: 2pR

    2= p R = 3,14

    P =

    Comprimento: 20 + 20 + ......... =

    Outro exemplo.Ser que esgotamos todas as possibilidades desse tipo de clculo? Prova-velmente, no. Observe esta figura.

    Nela temos um segmento de reta e uma circunferncia que no estcompleta, ou seja, um arco. Como resolver esse problema?

    Como voc j sabe, a primeira coisa a fazer analisar a figura com cuidadopara verificar todas as medidas que voc tem sua disposio.

    Tente voctambm

    340

    50

    12

    6

    :

    p p

  • A U L A

    3

    Tente voctambm

    Nesse caso, voc tem: a espessura do material (6 mm), o comprimento dosegmento de reta (50 mm), o raio interno do arco de circunferncia (12 mm)e o valor do ngulo correspondente ao arco que se quer obter (340).

    O passo seguinte calcular o raio da linha mdia. Esse valor necessriopara que voc calcule o permetro da circunferncia. As medidas que voc vaiusar para esse clculo so: o raio (12 mm) e a metade da espessura do material(3 mm). Esses dois valores so somados e voc ter:

    12 + 3 = 15 mm

    Ento, voc calcula o permetro da circunferncia, aplicando a frmula quej foi vista nesta aula.

    P = 2 x 3,14 x 15 = 94,20 mm

    Como voc tem um arco e no toda a circunferncia, o prximo passo calcular quantos milmetros do arco correspondem a 1 grau da circunferncia.

    Como a circunferncia completa tem 360, divide-se o valor do permetro(94,20 mm) por 360.

    94,20 360 = 0,26166 mm

    Agora voc tem de calcular a medida em milmetros do arco de 340. Parachegar a esse resultado, multiplica-se 0,26166 mm, que o valor correspondentepara cada grau do arco, por 340, que o ngulo correspondente ao arco.

    0,26166 x 340 = 88,96 mm

    Por ltimo, voc adiciona o valor do segmento de reta (50 mm) ao valordo arco (88,96mm).

    50 + 88,96 = 138,96 mm.

    Portanto, o comprimento aproximado do material para esse tipo de pea de 138,96 mm.

    As coisas parecem mais fceis quando a gente as faz. Faa o exerccio aseguir e veja como fcil.

    Exerccio 4Calcule o comprimento do material necessrio fabricao da seguinte

    pea.

    Soluo:Linha mdia: 6 .......... =Raio: 12 + .......... =Permetro =............ 360 =............ ............ =............ + ............ +............ =

    R12330

    30

    6

    :

    :

  • A U L A

    3Se voc estudou a lio com cuidado e fez os exerccios com ateno, no vai

    ter dificuldade para resolver o desafio que preparamos para voc.

    Exerccio 5Calcule o material necessrio para a fabricao das seguintes peas dobra-

    das.

    Exerccio 6Calcule o comprimento do material necessrio para fabricar as seguintes

    peas.

    a)

    b)

    c)

    a)

    b)

    Teste o quevoc aprendeu

  • A U L A

    4

    Voc torneiro em uma empresa mecnica.Na rotina de seu trabalho, voc recebe ordens de servio acompanhadas dosdesenhos das peas que voc tem de tornear.

    Vamos supor que voc receba a seguinte ordem de servio com seu respec-tivo desenho.

    O R D E MO R D E MO R D E MO R D E MO R D E M D ED ED ED ED E FABRICAOFABRICAOFABRICAOFABRICAOFABRICAO N M E R ON M E R ON M E R ON M E R ON M E R OCLIENTECLIENTECLIENTECLIENTECLIENTE N ON ON ON ON O. . . . . D OD OD OD OD O PEDIDOPEDIDOPEDIDOPEDIDOPEDIDO D A T AD A T AD A T AD A T AD A T A D ED ED ED ED E ENTRADAENTRADAENTRADAENTRADAENTRADA D A T AD A T AD A T AD A T AD A T A D ED ED ED ED E SADASADASADASADASADA

    PRODUTOPRODUTOPRODUTOPRODUTOPRODUTO REFERNCIASREFERNCIASREFERNCIASREFERNCIASREFERNCIAS QUANTIDADEQUANTIDADEQUANTIDADEQUANTIDADEQUANTIDADE OBSERVAESOBSERVAESOBSERVAESOBSERVAESOBSERVAES

    MATERIAL

    O desenho indica que voc ter de tornear um tarugo cilndrico para que ofresador possa produzir uma pea cuja extremidade seja um perfil quadrado.

    Porm, o desenho apresenta apenas a medida do lado do quadrado. O quevoc tem de descobrir a medida do dimetro do cilindro que, ao ser desbastadopelo fresador, fornecer a pea desejada.

    Como voc resolve esse problema?

    Descobrindo medidasdesconhecidas (I)

    4A U L A

    O problema

    2000/95

    Metalrgica 2000 115/95 15/05/95 ____/____/____

    400 UrgenteDesenho n 215/A

    ao ABNT 1045

    Eixo comextremidade quadrada

  • A U L A

    4Aplicando o Teorema de Pitgoras

    Para resolver o problema, voc precisar recorrer aos seus conhecimentos deMatemtica. Ter de usar o que aprendeu em Geometria.

    Por que usamos essa linha de raciocnio? Porque em Geometria existe umteorema que nos ajuda a descobrir a medida que falta em um dos lados dotringulo retngulo. o Teorema de Pitgoras, um matemtico grego quedescobriu que a soma dos quadrados das medidas dos catetos igual ao quadrado damedida da hipotenusa.

    Recordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderTringulo retnguloTringulo retnguloTringulo retnguloTringulo retnguloTringulo retngulo aquele que tem um ngulo reto, ou seja, igual a90. Nesse tipo de tringulo, o lado maior chama-se hipotenusahipotenusahipotenusahipotenusahipotenusa. Osoutros dois lados so chamados de catetoscatetoscatetoscatetoscatetos.

    Isso quer dizer que em um tringulo retngulo de lados a, b e c, supondo-seque a hipotenusa seja o lado a, poderamos expressar matematicamente essarelao da seguinte maneira:

    b + c = a

    Ento, em primeiro lugar, voc tem de identificar as figuras geomtricas queesto no desenho do tarugo. Se voc prestou bem ateno, deve ter visto nela umacircunferncia e um quadrado.

    Em seguida, necessrio ver quais as medidas que esto no desenho e quepodero ser usadas no clculo. No desenho que voc recebeu, a medida dispo-nvel a do lado do quadrado, ou 30 mm.

    A Geometria diz que, sempre que voc tiver um quadrado inscrito em umacircunferncia, o dimetro da circunferncia corresponde diagonal do quadrado.

    Recordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderDiagonalDiagonalDiagonalDiagonalDiagonal o segmento de reta que une dois vrtices no consecutivosde um polgono, ou seja, de uma figura geomtrica plana que tenha maisde trs lados.

    Nossa aula

    b

    c

    a

    CatetoCat

    eto

    Hipotenusa

    DiagonaisVrtice

  • A U L A

    4Para que voc entenda melhor o que acabamos de explicar, vamos mostrar

    o desenho ao qual acrescentamos a diagonal.

    Observe bem esse novo desenho. O que antes era um quadrado transfor-mou-se em dois tringulos retngulosdois tringulos retngulosdois tringulos retngulosdois tringulos retngulosdois tringulos retngulos.

    A diagonal que foi traada corresponde hipotenusa dos tringulos. Os doiscatetos correspondem aos lados do quadrado e medem 30 mm. Assim, a medidaque est faltando a hipotenusa do tringulo retngulo.

    Transportando as medidas do desenho para essa expresso, voc ter:

    a = b +ca = 30 + 30a = 900 + 900a = 1800a = 1800a @ 42,42 mm

    DicaDicaDicaDicaDicaPara realizar os clculos, tanto do quadrado quanto da raiz quadrada,use uma calculadora.

    Logo, voc dever tornear a pea com um dimetro mnimo aproximadode 42,42 mm.

    Para garantir que voc aprenda a descobrir a medida que falta em umdesenho, vamos mostrar mais um exemplo com uma pea sextavada sem umadas medidas. Observe o desenho a seguir.

  • A U L A

    4

    Usinar alterar a forma da

    matria-prima,retirando material

    por meio deferramentas.

    Como torneiro, voc tem de deixar o material preparado na medida corretapara o fresador usinar a extremidade sextavada da pea.

    Qual essa medida? Ser que o mesmo raciocnio usado no primeiroexemplo vale para este? Vamos ver.

    Observe bem o desenho. A primeira coisa que temos de fazer traar umalinha diagonal dentro da figura sextavada que corresponda ao dimetro dacircunferncia.

    Essa linha a hipotenusa do tringulo retngulo. O lado do sextavado doqual a hipotenusa partiu o cateto ccccc.

    O cateto b b b b b e o cateto ccccc formam o ngulo reto do tringulo.

    Ora, se conseguimos ter um tringulo retngulo, podemos aplicar novamen-te o Teorema de Pitgoras.

    O problema agora que voc s tem uma medida: aquela que correspondeao cateto maior (26 mm).

    Apesar de no ter as medidas, a figura lhe fornece dados importantes, asaber: a hipotenusa corresponde ao dimetro da circunferncia. Este, por suavez, o dobro do raio. Por isso, a hipotenusa igual a duas vezes o valor do raiodessa mesma circunferncia.

    necessrio saber tambm que, quando temos uma figura sextavada inscritaem uma circunferncia, os lados dessa figura correspondem ao raio da circunfe-rncia onde ela est inscrita.

  • A U L A

    4Esses dados podem ser representados matematicamente.

    A hipotenusa a = 2rO cateto menor c = r

    Aplicando o teorema (a = b + c) e substituindo os valores, temos:

    (2r) = 26 + r

    Resolvendo, temos: 4r = 676 + r2

    Como essa sentena matemtica exprime uma igualdade, podemos isolar asincgnitas (r). Assim, temos:

    4r - r = 6763r = 676r = 676 3r = 225,33r = 225, 33r @ 15,01 mm

    Como a hipotenusa a igual a 2r e sabendo que o valor de r 15,01 mm,teremos, ento:

    a = 2 x 15,01 = 30,02 mm

    Sabemos tambm que a hipotenusa corresponde ao dimetro da circunfe-rncia. Isso significa que o dimetro para a usinagem da pea de 30,02 mm.

    Para ser o melhor, o esportista treina, o msico ensaia e quem quer aprenderfaz muitos exerccios.

    Se voc quer mesmo aprender, leia novamente esta aula com calma eprestando muita ateno. Depois, faa os exerccios que preparamos para voc.

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Qual a medida da diagonal no desenho da porca quadrada mostrado a seguir?

    Tente voctambm

    EmMatemtica,incgnita o valorque no conhecido.

  • A U L A

    4Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2

    preciso fazer um quadrado em um tarugo de 40 mm de dimetro. Qualdeve ser a medida do lado do quadrado?

    Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Calcule o comprimento da cota xxxxx da pea abaixo.

    Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4De acordo com o desenho abaixo, qual deve ser o dimetro de um tarugopara fresar uma pea de extremidade quadrada?

    Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Calcule na placa abaixo a distncia entre os centros dos furos A e B.

  • A U L A

    4Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6

    Qual a distncia entre os centros das polias A e B?

    Depois do treino vem o jogo. Vamos ver se voc ganha este.

    Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Calcule o dimetro do rebaixo onde ser encaixado um parafuso de cabeaquadrada, conforme o desenho. Considere 6 mm de folga. Depois de obtero valor da diagonal do quadrado, acrescente a medida da folga.

    Exerccio 8Exerccio 8Exerccio 8Exerccio 8Exerccio 8Qual a distncia entre os centros dos furos A e B? D a resposta emmilmetros.

    Exerccio 9Exerccio 9Exerccio 9Exerccio 9Exerccio 9Calcule a distncia entre os centros dos furos igualmente espaados dapea abaixo.

    B

    A

    2 1/2"

    1 3/

    4"

    Teste o quevoc aprendeu

  • A U L A

    4Exerccio 10Exerccio 10Exerccio 10Exerccio 10Exerccio 10

    Calcule o valor de xxxxx no desenho:

    Exerccio 11Exerccio 11Exerccio 11Exerccio 11Exerccio 11Calcule o valor de

    x x x x x nos desenhos:

    a)a)a)a)a)

    b)b)b)b)b)

    Exerccio 12Exerccio 12Exerccio 12Exerccio 12Exerccio 12Calcule a distncia entre dois chanfros opostos do bloco representadoabaixo.

  • A U L A

    5

    Descobrindo medidasdesconhecidas (II)

    Q uem trabalha no ramo da mecnica sabe queexistem empresas especializadas em reforma de mquinas.

    As pessoas que mantm esse tipo de atividade precisam ter muito conheci-mento e muita criatividade para resolver os problemas que envolvem umtrabalho como esse.

    Na maioria dos casos, as mquinas apresentam falta de peas, no possuemesquemas nem desenhos, tm parte de seus conjuntos mecnicos to gastos queno possvel repar-los e eles precisam ser substitudos.

    O maior desafio o fato de as mquinas serem bem antigas e no havercomo repor componentes danificados, porque as peas de reposio h muitotempo deixaram de ser fabricadas e no h como compr-las no mercado. A tarefado mecnico, nesses casos, , alm de fazer adaptaes de peas e dispositivos,modernizar a mquina para que ela seja usada com mais eficincia.

    Isso um verdadeiro trabalho de detetive, e um dos problemas que oprofissional tem de resolver calcular o comprimento das correias faltantes.

    Vamos supor, ento, que voc trabalhe em uma dessas empresas. Como voc novato e o clculo fcil, seu chefe mandou que voc calculasse o comprimentode todas as correias das mquinas que esto sendo reformadas no momento.

    Voc sabe como resolver esse problema?

    Calculando o comprimento de correias

    A primeira coisa que voc observa que a primeira mquina tem umconjunto de duas polias iguais, que devem ser ligadas por meio de umacorreia aberta.

    O que voc deve fazer em primeiro lugar medir o dimetro das polias e adistncia entre os centros dos eixos.

    Depois voc faz um desenho, que deve ser parecido com o que mostra-mos a seguir.

    5A U L A

    O problema

    Nossa aula

    20 cm

    20 cm

    c = 40 cm

  • A U L A

    5Dica tecnolgicaDica tecnolgicaDica tecnolgicaDica tecnolgicaDica tecnolgica

    Nos conjuntos mecnicos, voc pode ter vrias combinaes de polias ecorreias. Assim, possvel combinar polias de dimetros iguais, movi-das por correias abertas e correias cruzadas. A razo para cruzar ascorreias inverter a rotao da polia.

    Pode-se, tambm, combinar polias de dimetros diferentes, a fim dealterar a relao de transmisso, ou seja, modificar a velocidade,aumentando-a ou diminuindo-a. Esse tipo de conjunto de polias podeigualmente ser movimentado por meio de correias abertas ou correiascruzadas.

    c

    d

    c

    d

    c

    R r

    c

    R r

  • A U L A

    5Agora, voc analisa o desenho. O comprimento da correia corresponde ao

    permetro da figura que voc desenhou, certo?O raciocnio que voc tem de seguir mais ou menos o mesmo que foi

    seguido para resolver o problema do comprimento do material para fabricarpeas curvadas. Analisando a figura, vemos que a rea de contato da correia coma polia est localizada nas duas semicircunferncias.

    Para fins de resoluo matemtica, consideraremos as duas semi-circunferncias como se fossem uma circunferncia. Portanto, o comprimentodas partes curvas ser o permetro da circunferncia.

    Assim, calculamos o permetro da circunferncia e depois somamos os doissegmentos de reta correspondentes distncia entre os centros dos eixos.

    Matematicamente, isso pode ser colocado em uma frmula:

    L = p d + 2 c

    Nela, LLLLL o comprimento total da correia; p d o permetro da circunfern-cia e C C C C C a distncia entre os centros dos eixos (que correspondem aos doissegmentos de reta).

    Colocando os valores na frmula L = p d + 2 c, voc tem:

    L = 3,14 20 + 2 40L = 62,8 + 80L = 142,8 cm

    O comprimento da correia deve ser de aproximadamente 143 cm.

    Esse clculo no difcil. Releia esta parte da aula e faa os exerccios a seguir.

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Calcule o comprimento da correia aberta que liga duas polias iguais com30 cm de dimetro e com distncia entre eixos de 70 cm.

    Soluo:

    L = p d + 2 cL = 3,14 30 + 2 70L =

    Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Calcule o comprimento da correia aberta necessria para movimentarduas polias iguais, com 26 cm de dimetro e com distncia entre eixos de60 cm.

    Tente voctambm

  • A U L A

    5Polias de dimetros diferentesVoltemos tarefa que o chefe lhe passou: a segunda mquina que voc

    examina tem um conjunto de polias de dimetros diferentes e correia aberta.Novamente, voc mede o dimetro das polias e a distncia entre os centros

    dos eixos. Encontra o valor dos raios (D/ 2). Em seguida, desenha o conjunto comas medidas que voc obteve.

    Mais uma vez, voc tem de encontrar o permetro dessa figura. Quais asmedidas que temos? Temos o raio da polia maior (25 cm), o raio da polia menor(10 cm) e a distncia entre os centros dos eixos (45 cm).

    Para esse clculo, que aproximado, voc precisa calcular o comprimentodas semicircunferncias e som-lo ao comprimento ccccc multiplicado por 2.

    DicaDicaDicaDicaDicaEsse clculo aproximado, porque a regio de contato da polia com acorreia no exatamente correspondente a uma semicircunferncia.

    Observe a figura abaixo. Analisando-a com cuidado, vemos que a medida dosegmento AAAAA desconhecida. Como encontr-la?

    J vimos que uma ferramenta adequada para encontrar medidas desco-nhecidas o Teorema de Pitgoras, que usa como referncia a relao entre oscatetos e a hipotenusa de um tringulo retngulo.

    Ento, vamos tentar traar um tringulo retngulo dentro da figura quetemos. Usando o segmento aaaaa como hipotenusa, traamos um segmento ccccc,paralelo linha de centro formada pelos dois eixos das polias. Essa linha formao cateto maior do tringulo.

    Quando ela encontra outra linha de centro da polia maior, forma o catetomenor (bbbbb). Sua medida corresponde ao valor do raio maior menos o valor do raiomenor (R - r). Seu desenho deve ficar igual ao dessa figura acima.

    c = 45 cm

    25 cm 10 cm

    c = 45 cm

    25 cm 10 cm

    a

    c

    ab

  • A U L A

    5Agora, s representar matematicamente essas informaes em uma frmula.

    L = p (R + r)+ 2 c2 + (R - r)2Substituindo os valores, voc tem:

    L = 3,14 (25 +10) + 2 452 + (25 - 10)2

    L = 3,14 35 + 2 2025 + (15)2

    L = 3,14 35 + 2 2025 + 225

    L = 3,14 35 + 2 2250

    L = 3,14 35 + 2 47,43L = 109,9 + 94,86L = 204,76 cm

    A correia para essa mquina dever ter aproximadamente 204,76 cm.

    Estude novamente a parte da aula referente s correias abertas ligandopolias com dimetros diferentes e faa os exerccios a seguir.

    Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Calcule o comprimento de uma correia aberta que dever ligar duaspolias de dimetros diferentes ( 15 cm e 20 cm) e com distncia entreeixos de 40 cm.Soluo:

    R = 20 2 =r = 15 2 =L = p (R + r)+ 2 c2 + (R - r)2L = 3,14

    Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Calcule o comprimento de uma correia aberta que dever ligar duas poliasde dimetros diferentes ( 30 cm e 80 cm) e com distncia entre eixos de100 cm.

    Correias cruzadas

    Para o clculo do comprimento de correias cruzadas, voc dever usar asseguintes frmulas:

    a)a)a)a)a) Para polias de dimetros iguais:

    L = p d+ 2 c2 +d2

    b)b)b)b)b) Para polias de dimetros diferentes:

    L = p (R + r)+ 2 c2 + (R + r)2

    Tente voctambm

  • A U L A

    5Tente voc

    tambm

    Teste o quevoc aprendeu

    Agora voc vai fazer exerccios aplicando as duas frmulas para o clculo docomprimento de correias cruzadas.

    Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Calcule o comprimento de uma correia cruzada que liga duas polias iguais,com 35 cm de dimetro e distncia entre eixos de 60 cm.Soluo:

    L = p d+ 2 c2 +d2

    L = 3,14 35 + 2

    Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Calcule o comprimento de uma correia cruzada que dever ligar duas poliasde dimetros diferentes ( 15 cm e 20 cm) e com distncia entre eixos de40 cm.

    L = p (R + r)+ 2 c2 + (R + r)2

    Dica TecnolgicaDica TecnolgicaDica TecnolgicaDica TecnolgicaDica TecnolgicaA s correias cruzadas so bem pouco utilizadas atualmente, por-que o atrito gerado no sistema provoca o desgaste muito rpidodas correias.

    Lembre-se de que para resolver esse tipo de problema voc tem de aprendera enxergar o tringulo retngulo nos desenhos. Este o desafio que lanamospara voc.

    Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Calcule o comprimento das correias mostradas nos seguintes desenhos.

    a)a)a)a)a) b)b)b)b)b)

    c)c)c)c)c) d)d)d)d)d)

    c = 15 cm

    8 cm

    8 cm

    c = 50 cm

    18 cm 10 cm

    c = 100 cm

    50 cm 30 cm

    c = 100 cm

    40 cm 20 cm

  • A U L A

    6

    Descobrindo medidasdesconhecidas (III)

    J dissemos que a necessidade de descobrirmedidas desconhecidas uma das atividades mais comuns na rea da Mecnica.Por isso, torneiros, fresadores, retificadores, ajustadores e ferramenteiros tm dedominar esse conhecimento com muita segurana para poder realizar bem seutrabalho.

    Voc j aprendeu que, usando o Teorema de Pitgoras, possvel descobrira medida que falta, se voc conhecer as outras duas.

    Porm, s vezes, as medidas disponveis no so aquelas adequadas aplicao desse teorema. So as ocasies em que voc precisa encontrar medidasauxiliares e dispe apenas de medidas de um lado e de um ngulo agudo dotringulo retngulo. Nesse caso, voc tem de aplicar seus conhecimentos deTrigonometria.

    Por sua importncia, esse assunto sempre est presente nos testes deseleo para profissionais da rea de Mecnica. Vamos supor, ento, que vocesteja se candidatando a uma vaga numa empresa. Uma das questes do teste calcular a distncia entre os furos de uma flange, cujo desenho semelhanteao mostrado abaixo.

    Voc sabe resolver esse problema? No? Ento vamos lhe ensinar o caminho.

    6A U L A

    O problema

    R75

    10 furos, 1/2 "10 furos, 12

    "

  • A U L A

    6Relao senoSeu problema encontrar a distncia entre os furos. Voc j sabe que, para

    achar medidas desconhecidas, pode usar o tringulo retngulo, porque o que lhedar a resposta a anlise da relao entre as partes desse tipo de tringulo.

    Na aplicao do Teorema de Pitgoras, voc analisa a relao entre os catetose a hipotenusa.

    Porm, existem casos nos quais as relaes compreendem tambm o uso dosngulos agudos dos tringulos retngulos. Essas relaes so estabelecidas pelaTrigonometria.

    Recordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderngulo agudongulo agudongulo agudongulo agudongulo agudo aquele que menor que 90.TrigonometriaTrigonometriaTrigonometriaTrigonometriaTrigonometria a parte da Matemtica que estuda as relaes entre osngulos agudos do tringulo retngulo e seus lados.

    Vamos ento analisar o problema e descobrir se teremos de usar o Teoremade Pitgoras ou as relaes trigonomtricas.

    A primeira coisa a fazer colocar um tringulo dentro dessa figura, pois otringulo que dar as medidas que procuramos.

    Unindo os pontos A, B e C, voc obteve um tringulo issceles. Ele ocaminho para chegarmos ao tringulo retngulo.

    Traando a altura do tringulo issceles, temos dois tringulos retngulos.

    Recordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderTringulo isscelesisscelesisscelesisscelesissceles aquele que possui dois lados iguais. A alturadesse tipo de tringulo, quando traada em relao ao lado desigual,forma dois tringulos retngulos.

    Nossa aula

    R75A

    B

    C

    R75B

    C

    A D

  • A U L A

    6Como os dois tringulos retngulos so iguais, vamos analisar as medidas

    disponveis de apenas um deles: a hipotenusahipotenusahipotenusahipotenusahipotenusa, que igual ao valor do raio dacircunferncia que passa pelo centro dos furos (75 mm) e o ngulongulongulongulongulo a, que ametade do ngulo b.

    Primeiro, calculamos b, dividindo 360 por 10, porque temos 10 furosigualmente distribudos na pea, que circular:

    b = 360 10 = 36

    Depois, calculamos:a = b 2 = 36 2 = 18

    Assim, como temos apenas as medidas de um ngulo (a = 18) e dahipotenusa (75 mm), o Teorema de Pitgoras no pode ser aplicado.

    Recordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderLembre-se de que, para aplicar o Teorema de Pitgoras no clculo damedida de um lado do tringulo retngulo, voc precisa da medida dedoisdoisdoisdoisdois dos trs lados.

    Com essas medidas, o que deve ser usada a relao trigonomtricachamada senosenosenosenoseno, cuja frmula :

    sen a = cateto opostohipotenusa

    ou cohip

    Recordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderRecordar aprenderEm um tringulo retngulo,

    senosenosenosenoseno de um ngulo a relao entre a me-dida do cateto oposto (co) a esse ngulo e a medida da hipotenusa (hip).

    DicaDicaDicaDicaDicaOs valores de seno so tabelados e se encontram no fim deste livro.

    Para fazer os clculos, voc precisa, primeiro, localizar o valor do seno de a(18) na tabela:

    sen 18 = 0,3090

    Substituindo os valores na frmula:

    0,3090 =co75

    Isolando o elemento desconhecido:

    co = 0,3090 x 75co = 23,175 mm

    A

    B

    D

    cohip

  • A U L A

    6

    Mesa de Seno

    Blocos -padro

    DESEMPENO

    300

    90

    30

    40

    X

    R

    O primeiro tringulo que voc desenhou foi dividido em dois. O resultadoobtido (co = 23,175) corresponde metade da distncia entre os furos. Por isso,esse resultado deve ser multiplicado por dois:

    2 23,175 mm = 46,350 mm

    Assim, a distncia entre os furos da pea de 46,350 mm.

    Imagine que voc tem de se preparar para um teste em uma empresa. Faaos exerccios a seguir e treine os clculos que acabou de aprender.

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Calcule a altura dos blocos-padro necessrios para que a mesa de seno fiqueinclinada 9 30'.

    Soluo: sen a = cohip

    sen a = (9 30') =hip = 300co = ?

    ..... =

    co300

    co =

    Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Calcule a cota x deste desenho.

    Soluo: x = 30 + hip + Rx = 30 + ? + 20

    Clculo da hipotenusa: sen a = cohip

    sen 45 = 20hip

    hip =x =

    Tente voctambm

  • A U L A

    6

    20

    x

    x

    6020

    Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Calcule a cota x do seguinte desenho.

    Relao co-senoVamos supor agora que o teste que voc est fazendo apresente como

    problema encontrar a cota x de uma pea semelhante ao desenho mostradoa seguir.

    Como primeiro passo, voc constri um tringulo issceles dentro do seudesenho e divide esse tringulo em 2 tringulos retngulos. Seu desenho deveficar assim:

    Em seguida, voc analisa as medidas de que dispe: a hipotenusa (20 mm)e o ngulo a, que a metade do ngulo original dado de 60, ou seja, 30.

    A medida de que voc precisa para obter a cota x a do cateto adjacente aongulo a. A relao trigonomtrica que deve ser usada nesse caso o co-seno,co-seno,co-seno,co-seno,co-seno,cuja frmula :

    cosa =cat.adjacentehipotenusa

    ouca

    hip

    8

    0

    35

    X

  • A U L A

    6Para descobrir a medida x aplicando a frmula, primeiramente preciso

    descobrir o co-seno de a (30), que tambm um dado tabelado que vocencontra no fim deste livro.

    cos 30 = 0,8660

    Depois, voc substitui os valores na frmula:

    0,8660 =ca20

    ca = 0,8660 20

    ca = 17,32 mmO valor de cacacacaca corresponde cota x. Portanto, x = 17,32 mm

    Releia a aula e aplique o que voc estudou nos exerccios a seguir. Lembre-se de que, quanto mais voc fizer, mais aprender.

    Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Calcule a cota x na pea abaixo.

    Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Calcule a cota x da pea a seguir.

    x

    50

    15

    40

    48

    x

    Tente voctambm

  • A U L A

    6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6

    Calcule o ngulo a do chanfro da pea abaixo.

    Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Calcule a cota x da pea chanfrada mostrada a seguir.

    Esta parte da lio foi criada para voc pr prova seu esforo e seu empenhono estudo do assunto da aula. Releia a aula e estude os exemplos comateno. Depois faa os seguintes exerccios.

    Exerccio 8Exerccio 8Exerccio 8Exerccio 8Exerccio 8Calcule a distncia entre furos da flange com 12 furos igualmente espaados,cujo raio da circunferncia que passa pelo centro dos furos de 150 mm.

    Exerccio 9Exerccio 9Exerccio 9Exerccio 9Exerccio 9Calcule a altura dos blocos-padro para que a mesa de seno fique inclinada18. A distncia entre o centro dos roletes de apoio da mesa de 300 mm.

    Exerccio 10Exerccio 10Exerccio 10Exerccio 10Exerccio 10Calcule a cota h da pea abaixo.

    Exerccio 11Exerccio 11Exerccio 11Exerccio 11Exerccio 11Calcule a cota x da seguinte pea.

    Teste o quevoc aprendeu

    80

    x

    5

    x

    20

  • A U L A

    7

    Descobrindo medidasdesconhecidas (IV)

    U ma das operaes mais comuns que otorneiro deve realizar o torneamento cnico.

    Quando necessrio tornear peas cnicas, uma das tcnicas utilizadas ainclinao do carro superior do torno. Para que isso seja feito, preciso calcularo ngulo de inclinao do carro. E esse dado, muitas vezes, no fornecido nodesenho da pea.

    Vamos fazer de conta, ento, que voc precisa tornear uma pea desse tipo,parecida com a figura a seguir.

    Quais os clculos que voc ter de fazer para descobrir o ngulo de inclina-o do carro do torno?

    Isso o que vamos ensinar a voc nesta aula.

    Relao tangenteA primeira coisa que voc tem de fazer, quando recebe uma tarefa como essa,

    analisar o desenho e visualizar o tringulo retngulo. atravs da relao entreos lados e ngulos que voc encontrar a medida que procura. Vamos ver, ento,onde poderia estar o tringulo retngulo no desenho da pea que voc recebeu.

    7A U L A

    O problema

    Nossa aula

    C

    D

    d

    C

    D-d 2

  • A U L A

    7Nessa figura, a medida que voc precisa encontrar o ngulo a. Para

    encontr-lo, voc tem de analisar, em seguida, quais as medidas que o desenhoest fornecendo.

    Observando a figura anterior, voc pode localizar: a medida c, o dimetromaior e o dimetro menor da parte cnica. Vamos pensar um pouco em comoessas medidas podem nos auxiliar no clculo que precisamos fazer.

    A medida c nos d o cateto maior, ou adjacente do tringulo retngulo(c = 100 mm).

    A diferena entre o dimetro maior (50 mm) e o dimetro menor (20 mm),dividido por 2, d o cateto oposto ao ngulo a.

    A relao entre o cateto oposto e o cateto adjacente nos d o que emTrigonometria chamamos de

    tangente do ngulo tangente do ngulo tangente do ngulo tangente do ngulo tangente do ngulo a.....Essa relao representada matematicamente pela frmula:

    tga =cat.oposto

    cat.adjacenteou

    coca

    DicaDicaDicaDicaDicaDa mesma forma como o seno e o co-seno so dados tabelados, a tangentetangentetangentetangentetangentetambm dada em uma tabela que voc encontra no fim deste livro.Quando o valor exato no encontrado, usa-se o valor mais prximo.

    Como cococococo dado pela diferena entre o dimetro maior menos o dimetromenor, dividido por 2, e cacacacaca igual ao comprimento do cone (c), a frmula declculo do ngulo de inclinao do carro superior do torno sempre escrita daseguinte maneira:

    tga =

    D - d2c

    Essa frao pode ser finalmente escrita assim:

    tga =D - d

    2c

    DicaDicaDicaDicaDicaPara o torneamento de peas cnicas com a inclinao do carro superior,a frmula a ser usada sempresempresempresempresempre

    tga =D - d

    2c

    Assim, substituindo os valores na frmula, temos:

    tga =50 - 202 100

    tga =30200

    tga = 0,15

    Para encontrar o ngulo a, o valor 0,15 deve ser procurado na tabela devalores de tangente. Ento, temos:

    a @ 8 30'Ento, o ngulo de inclinao do carro superior para tornear a pea dada

    de aproximadamente 830'.

  • A U L A

    7Exercitar o que estudamos muito importante para fixar a aprendizagem.

    Leia novamente a explicao do clculo que acabamos de apresentar e faa osseguintes exerccios.

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Calcule o ngulo de inclinao do carro superior do torno para tornear aseguinte pea. No se esquea de que voc tem de usar a frmula:

    tga =D - d

    2c

    D = 40d = 10c = 50a = ?

    Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Qual o ngulo de inclinao do carro superior do torno para que se possatornear a pea mostrada a seguir.

    Outra aplicao da relao tangente

    A frmula que acabamos de estudar usada especialmente para otorneamento cnico.

    Existem outros tipos de peas que apresentam medidas desconhecidas parao operador e que tambm empregam a relao tangente.

    Tente voctambm

    20

    15

    30

    5

  • A U L A

    7Esse o caso dos clculos relacionados a medidas do encaixe tipo rabo de

    andorinha.

    Como exemplo, imagine que voc tenha de calcular a cota x x x x x da pea cujodesenho mostramos a seguir.

    DicaDicaDicaDicaDicaAs duas circunferncias dentro do desenho no fazem parte da pea. Soroletes para o controle da medida xxxxx da pea e vo auxiliar no desenvol-vimento dos clculos.

    A primeira coisa a fazer traar o tringulo retngulo dentro da figura.

    Observe bem a figura. Na realidade, a medida x x x x x corresponde largura dorasgo (100 mm) da pea menosmenosmenosmenosmenos duas vezes o cateto adjacente (ca) do tringulo,menosmenosmenosmenosmenos duas vezes o raio do rolete.

    100

    60

    x

    16

    co

    ca

    100

    60

    x

    16

  • A U L A

    7Parece difcil? Vamos colocar isso em termos de uma igualdade matemtica:

    x = 100 - 2 ca - 2 R

    O valor de R j conhecido:R = 16 2 = 8

    Colocando esse valor na frmula temos:x = 100 - 2 ca - 2 8x = 100 - 2 ca - 16

    Para achar o valor de xxxxx, necessrio encontrar o valor de cacacacaca. Para achar ovalor de cacacacaca, vamos usar a relao trigonomtrica tangente,tangente,tangente,tangente,tangente, que represen-tada pela frmula:

    tg a = coca

    De posse da frmula, vamos, ento, anlise das medidas do tringuloretngulo obtido na figura.

    No tringulo temos duas medidas conhecidas:a)a)a)a)a) o cateto oposto, que o dimetro do rolete 2, ou seja, co = 16 2 = 8 mm;b)b)b)b)b) o ngulo a, que o valor do ngulo do rabo de andorinha dividido

    por 2, ou seja, a = 60 2 = 30 .

    Substituindo os valores na frmula tg a = coca

    tg 30=8ca

    0,5774 =8ca

    Como cacacacaca o valor que desconhecemos, vamos isol-lo:

    ca = 8

    0,5774

    ca = 13,85 mm

    Agora que encontramos o valor de cacacacaca, vamos coloc-lo na expresso:

    x = 100 - 2 13,85 - 16x = 100 - 27,70 - 16x = 72,30 - 16x = 56,30 mm

    Portanto, a medida da cota x x x x x 56,30 mm.

  • A U L A

    7 importante verificar se voc entendeu o que acabamos de explicar. Por isso,

    vamos dar alguns exerccios para que voc reforce o que estudou.

    Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Um torneiro precisa tornear a polia mostrada no desenho a seguir. Calculea cota xxxxx correspondente maior largura do canal da polia.

    Soluo:

    tg a = coca

    a = 32 2 =tg a =co =

    x = 2 co + 5x =

    Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Calcule a cota x x x x x do eixo com extremidade cnica.

    Tente voctambm

    x

    32

    5

    15

    x

    30

    12

  • A U L A

    7Leia novamente a lio, prestando bastante ateno nos exemplos. Em seguidafaa os seguintes exerccios.

    Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Calcule os ngulos desconhecidos das peas a seguir.

    a)a)a)a)a)

    b)b)b)b)b)

    c)c)c)c)c)

    Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Calcule a cota desconhecida de cada pea mostrada a seguir.

    a)a)a)a)a)

    b)b)b)b)b) c)c)c)c)c)

    Teste o quevoc aprendeu

    a = ?b = ?

  • A U L A

    7Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7Exerccio 7

    Calcule as cotas desconhecidas dos rasgos em v nos desenhos a seguir.a)a)a)a)a) b)b)b)b)b) c)c)c)c)c)

    Exerccio 8Exerccio 8Exerccio 8Exerccio 8Exerccio 8Calcule as medidas desconhecidas nas figuras que seguem.

    a)a)a)a)a) b)b)b)b)b)

    c)c)c)c)c)

    Exerccio 9Exerccio 9Exerccio 9Exerccio 9Exerccio 9Calcule as cotas desconhecidas nas figuras abaixo.

    a)a)a)a)a)

    b)b)b)b)b)

    c)c)c)c)c)

    d)d)d)d)d)

  • A U L A

    8

    Calculando RPM

    O s conjuntos formados por polias e correiase os formados por engrenagens so responsveis pela transmisso da velocidadedo motor para a mquina.

    Geralmente, os motores possuem velocidade fixa. No entanto, esses con-juntos transmissores de velocidade so capazes tambm de modificar a veloci-dade original do motor para atender s necessidades operacionais da mquina.

    Assim, podemos ter um motor que gire a 600 rotaes por minuto (rpmrpmrpmrpmrpm)movimentando uma mquina que necessita de apenas 60 rotaes por minuto.

    Isso possvel graas aos diversos tipos de combinaes de polias e correiasou de engrenagens, que modificam a relao de transmisso de velocidade entreo motor e as outras partes da mquina.

    Em situaes de manuteno ou reforma de mquinas, o mecnico s vezesencontra mquinas sem placas que identifiquem suas rpm. Ele pode tambmestar diante da necessidade de repor polias ou engrenagens cujo dimetro ounmero de dentes ele desconhece, mas que so dados de fundamental importn-cia para que se obtenha a rpm operacional original da mquina.

    Vamos imaginar, ento, que voc trabalhe como mecnico de manuteno eprecise descobrir a rpm operacional de uma mquina sem a placa de identifica-o. Pode ser tambm que voc precise repor uma polia do conjunto de transmis-so de velocidade.

    Diante desse problema, quais so os clculos que voc precisa fazer pararealizar sua tarefa? Estude atentamente esta aula e voc ser capaz de obteressas respostas.

    Rpm

    A velocidade dos motores dada em rpmrpmrpmrpmrpm. Esta sigla quer dizer rotao rotao rotao rotao rotaopor minutopor minutopor minutopor minutopor minuto. Como o nome j diz, a rpm o nmero de voltas completas que umeixo, ou uma polia, ou uma engrenagem d em um minuto.

    DicaDicaDicaDicaDicaO termo correto para indicar a grandeza medida em rpm freqnciafreqnciafreqnciafreqnciafreqncia.Todavia, como a palavra velocidadevelocidadevelocidadevelocidadevelocidade comumente empregada pelosprofissionais da rea de Mecnica, essa a palavra que empregaremosnesta aula.

    8A U L A

    O problema

    Nossa aula

  • A U L A

    8A velocidade fornecida por um conjunto transmissor depende da relao

    entre os dimetros das polias. Polias de dimetros iguais transmitem para amquina a mesmamesmamesmamesmamesma velocidade (mesmamesmamesmamesmamesma rpm) fornecida pelo motor.

    Polias de tamanhos diferentes transmitem maiormaiormaiormaiormaior ou menormenormenormenormenor velocidade paraa mquina. Se a polia motoramotoramotoramotoramotora, isto , a polia que fornece o movimento, maiormaiormaiormaiormaiorque a movidamovidamovidamovidamovida, isto , aquela que recebe o movimento, a velocidade transmitidapara a mquina maior maior maior maior maior (maior maior maior maior maior rpm).

    Se a polia movida maiormaiormaiormaiormaior que a motora, a velocidade transmitida para amquina menor menor menor menor menor (menor menor menor menor menor rpm).

    Existe uma relao matemtica que expressa esse fenmeno:

    n1n2

    =

    D2D1

    Em que n1 e n2 so as rpm das polias motora e movida, respectivamente, eD 2 e D1 so os dimetros das polias movida e motora.

    Da mesma forma, quando o conjunto transmissor de velocidade compostopor engrenagens, o que faz alterar a rpm o nmero de dentes. importantesaber que, em engrenagens que trabalham juntas, a distncia entre os dentes sempre igual.

    menor rpm

    maior rpm

    mesma rpm

  • A U L A

    8Desse modo, engrenagens com o mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo nmero de dentes apresentam a

    mesmamesmamesmamesmamesma rpm.

    Engrenagens com nmeros diferentesdiferentesdiferentesdiferentesdiferentes de dentes apresentam maismaismaismaismais oumenosmenosmenosmenosmenos rpm, dependendo da relao entre o menormenormenormenormenor ou o maiormaiormaiormaiormaior nmero dedentes das engrenagens motora e movida.

    Essa relao tambm pode ser expressa matematicamente:

    n1n2

    =

    Z2Z1

    Nessa relao, n1 e n2 so as rpm das engrenagens motora e movida,respectivamente. Z2 e Z1 so o nmero de dentes das engrenagens movida emotora, respectivamente.

    Mas o que essas informaes tm a ver com o clculo de rpm?Tudo, como voc vai ver agora.

    mesma rpm

    menor rpm

    maior rpm

  • A U L A

    8Clculo de rpm de polias

    Voltemos ao nosso problema inicial. Voc est reformando uma furadeira debancada na qual a placa de identificao das rpm da mquina desapareceu.Um de seus trabalhos descobrir as vrias velocidades operacionais dessamquina para refazer a plaqueta.

    A mquina tem quatro conjuntos de polias semelhantes ao mostrado na fi-gura a seguir.

    Os dados que voc tem so: a velocidade do motor e os dimetros das poliasmotoras e movidas.

    Como as polias motoras so de tamanho diferente das polias movidas, avelocidade das polias movidas ser sempre diferente da velocidade das poliasmotoras. isso o que teremos de calcular.

    Vamos ento aplicar para a polia movida do conjunto A a relao matem-tica j vista nesta aula:

    n1n2

    =

    D2D1

    n1 = 600 rpmn2 = ?

    D2 = 200 rpmD1 = 60

    Substituindo os valores na frmula:

    600n2

    =

    2006

    n2 =600 60

    200

    n2 =36000200

    n2 = 180 rpm

    motor600 rpm

    60

    100140

    200 60100

    150200A

    BC

    D

    rpm

    ?

  • A U L A

    8Vamos fazer o clculo para a polia movida do conjunto B:

    n1n2

    =

    D2D1

    n1 = 600

    n2 = ?

    D 2 = 150 mm

    D 1 = 100 mm

    Substituindo os valores na frmula, temos:

    O processo para encontrar o nmero de rpm sempre o mesmo. Faa oexerccio a seguir para ver se voc entendeu.

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Calcule a rpm dos conjuntos C e D.Conjunto C:

    n1n2

    =

    D2D1

    n1 = 600n2 = ?D2 = 100D1 = 140

    Substituindo os valores:

    600n2

    =

    100140

    n2 =

    Conjunto D:n1 = 600n2 = ?D 2 = 60D 1 =200

    Tente voctambm

    600n2

    =

    150100

    n2 =600 100

    150

    n2 =60.000

    150n2 = 400 rpm

  • A U L A

    8DicaDicaDicaDicaDica

    A frmula n1n2

    =

    D2D1

    tambm pode ser usada para descobrir o dimetro de polias que faltam.Por exemplo: se tivssemos de descobrir o dimetro da polia movida doconjunto A, teramos:

    n1 = 600n2 = 180D 1 = 60D 2 = ?

    n1n2

    =

    D2D1

    =

    600180

    =

    D260

    D2 =600 60

    180=

    36000180

    = 200 mm

    Clculo de rpm em conjuntos redutores de velocidade

    Os conjuntos redutores de velocidade agrupam polias de tamanhos desi-guais de um modo diferente do mostrado com a furadeira. So conjuntosparecidos com os mostrados na ilustrao a seguir.

    Apesar de parecer complicado pelo nmero de polias, o que voc deveobservar nesse conjunto que ele composto de dois estgios, ou etapas. Emcada um deles, voc tem de descobrir quais so as polias motoras e quais so aspolias movidas. Uma vez que voc descubra isso, basta aplicar, em cada estgio,a frmula que j aprendeu nesta aula.

    Ento, vamos supor que voc tenha de calcular a velocidade final doconjunto redutor da figura acima.

    O que precisamos encontrar a rpm das polias movidas do primeiro e dosegundo estgio. A frmula, como j sabemos, : n1

    n2=

    D2D1

    Primeiro estgio:Primeiro estgio:Primeiro estgio:Primeiro estgio:Primeiro estgio:n1 = 1000n2 = ?D 2 = 150D 1 = 60

    D1=60n1=1000

    D2=200n2=?

    n2=?n2=n1

  • A U L A

    8Calculando:Calculando:Calculando:Calculando:Calculando:

    n2 =1000 60

    150

    n2 =60000150

    n2 = 400

    No segundo estgio, a polia motora est acoplada polia movida doprimeiro estgio. Assim, n2 da polia movida do primeiro estgio n1 da poliamotora do segundo estgio ( qual ela est acoplada), ou seja, n2 = n1. Portanto,o valor de n1 do segundo estgio 400.

    n1 = 400n2 = ?D 2 = 200D 1 = 50

    n2 =400 50

    200

    n2 =20000200

    n2 = 100 rpm

    Portanto, a velocidade final do conjunto 100 rpm100 rpm100 rpm100 rpm100 rpm.

    Chegou a hora de exercitar a aplicao dessa frmula. Faa com ateno osexerccios a seguir.

    Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Um motor que possui uma polia de 160 mm de dimetro desenvolve 900 rpme move um eixo de transmisso cuja polia tem 300 mm de dimetro. Calculea rotao do eixo.

    n1n2

    =

    D2D1

    n1 = 900n2 = ?D2 = 300D1 = 160

    Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Uma polia motora tem 10 cm de dimetro. Sabendo que a polia movida tem30 cm de dimetro e desenvolve 1200 rpm, calcule o nmero de rpm que apolia motora desenvolve.

    n1 = ?n2 = 1200D2 = 30D1 = 10

    n1 =n2 D2

    D1

    Tente voctambm

  • A U L A

    8Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4

    Se a polia motora gira a 240 rpm e tem 50 cm de dimetro, que dimetrodever ter a polia movida para desenvolver 600 rpm?

    Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5No sistema de transmisso por quatro polias representado abaixo, o eixomotor desenvolve 1000 rpm. Os dimetros das polias medem: D1 = 150 mm,D2 = 300 mm, D3 = 80 mm e D4 = 400 mm. Determine a rpm final do sistema.

    Clculo de rpm de engrenagem

    Como j dissemos, a transmisso de movimentos pode ser feita por conjun-tos de polias e correias ou por engrenagens.

    Quando se quer calcular a rpm de engrenagens, a frmula muito semelhan-te usada para o clculo de rpm de polias. Observe:

    n1n2

    =

    Z2Z1

    Em que n1 e n2 so, respectivamente, a rpm da engrenagem motora e daengrenagem movida e Z2 e Z1 representam, respectivamente, a quantidade dedentes das engrenagens movida e motora.

    Vamos supor que voc precise descobrir a velocidade final de uma mquina,cujo sistema de reduo de velocidade tenha duas engrenagens: a primeira(motora) tem 20 dentes e gira a 200 rpm e a segunda (movida)tem 40 dentes.

    n1 = 200n2 = ?Z2 = 40Z1 = 20

    n2 =n1 Z1

    Z2

    n2 =200 20

    40

    n2 =400040

    n2 = 100 rpm

    D4 D3

    D2

    D1

    n4

    n1

    n2=n3

  • A U L A

    8Se voc tiver um conjunto com vrias engrenagens, a frmula a ser usada

    ser a mesma.Como exemplo, vamos calcular a rpm da engrenagem D da figura a seguir.

    Primeiro estgio:Primeiro estgio:Primeiro estgio:Primeiro estgio:Primeiro estgio:n1 = 300n2 = ?Z2 = 60Z1 = 30

    n2 =300 30

    60

    n2 =900060

    n2 = 150 rpm

    DicaDicaDicaDicaDicaAssim como possvel calcular o dimetro da polia usando a mesmafrmula para o clculo de rpm, pode-se calcular tambm o nmero dedentes de uma engrenagem:

    n1n2

    =

    Z2Z1

    Vamos calcular o nmero de dentes da engrenagem B da figura acima.

    n1 = 300n2 = 150Z2 = ?Z1 = 30

    Z2 =300 30

    150

    Z2 =9000150

    Z2 = 60 dentes

    n1=300

  • A U L A

    8Voc no ter nenhuma dificuldade no exerccio que vem agora. Veja

    como fcil!

    Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Seguindo o modelo do exempl